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Número Três – Editado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede
27 de julho de 2017
Diretor: Editor: Redator: Design e Composição:
ADÉRITO MACHADO GABINETE MARKETING DA AHBVC REGINA BILRO ESFERA DESIGN LDA
TLM.: 916 863 351
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Ficha técnica
Nome: Bombeiros de Cantanhede – Série II
Diretor: Adérito Machado
Redação: Gabinete Marketing da AHBVC
Óleo alimentar usado beneficia corpo de
bombeiros de Cantanhede
Fotografia: Gabinete de Marketing da AHBVC
Propriedade: Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Cantanhede
N.º de Contribuinte: 501066250
Sede e Redação: Rua dos Bombeiros Voluntários, A Ec3R – Rede Nacional de Recolha, Lda vai entregar à Asso- altamente poluente, pela sua transformação em produtos como
3060-163 Cantanhede ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede Biodiesel, tintas, vernizes, entre outros. O objetivo assumido pela
Telefone: 231 422 462 (AHBVC) cinco cêntimos por cada quilograma de óleo alimentar Ec3R é o de contribuir para a proteção do meio ambiente, a que
Fax: 231 423 313 usado recolhido junto de empresas e outras instituições do con- associa uma componente humanitária, manifestada pelo apoio
Endereço eletrónico: geral@bvc.pt / marketing@bvc.pt celho de Cantanhede. a associações existentes nas diversas áreas geográficas em que
Endereço Web: www.bvc.pt Trata-se de um compromisso assumido em fevereiro deste ano atua.
Grafismo/Paginação: pela empresa especializada na recolha de óleo alimentar usado, Neste sentido, ao entregar o óleo alimentar usado à Ec3R, em-
Pedro Ferreira – Designer de Comunicação com o estabelecimento de um protocolo de parceria assinado presas e outras instituições do concelho de Cantanhede estão a
Impressão: FIG – Indústrias Gráficas S.A. pela representante no distrito de Coimbra da Ec3R e pela AHBVC. colaborar na proteção do meio ambiente e, simultaneamente, a
Depósito Legal N.º: 395429/15 De salientar que a EC3R faz a recolha gratuita de óleo alimen- contribuir para que os Bombeiros de Cantanhede possam conti-
Tiragem: 2.000 exemplares tar usado em hotéis, restaurantes, empresas de catering e outras nuar a investir na melhoria dos meios de socorro e proteção que
Periodicidade: Anual instituições, oferecendo a garantia da valorização deste resíduo colocam à disposição de todos.
LAVANDARIAS
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
IPSS, CENTROS GERIÁTRICOS
HOSPITAIS E CLÍNICAS SAÚDE
HOTELARIA E RESTAURAÇÃO
INDÚSTRIA AGRO-ALIMENTAR
EMPRESAS DE LIMPEZA
TRANSPORTES E INDÚSTRIA
CONFIANÇA
QUALIDADE
EFICÁCIA
BOMBEIROS DE CANTANHEDE N.º 3 - julho.2017
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Rogério Marques
Presidente da Assembleia Geral da AHBVC
Presidente da Assembleia Geral da Federação
de Bombeiros do Distrito de Coimbra
Caro (a) Sócio(a), de Coimbra reconhece o trabalho realizado pela Associa- educação.
Apesar dos muitos afazeres da vida de hoje, existem pes- ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhe- Esse reconhecimento é mais do que merecido se con-
soas que conseguem dar do seu tempo a diferentes áreas de, ao longo dos 115ºanos de existência, na salvaguarda da sideramos que os sucessivos governos têm tido uma pou-
do voluntariado, como é o caso dos bombeiros voluntários! sua segurança e melhoria da qualidade de vida de todos pança efectiva nos custos da protecção das populações
É importante reconhecer a dedicação e empenho de nós. São bombeiros voluntários, mas todos sabemos que com os serviços prestados pelos bombeiros voluntários e o
todos os bombeiros voluntários, pela sua paixão, pela sua podemos contar com o seu profissionalismo e experiência! trabalho igualmente voluntário de todos os dirigentes das
dedicação, pelo seu profissionalismo e pela sua doação aos Em contraste com este sentimento de reconhecimen- Associações Humanitárias com Corpos de bombeiros. Este
outros. Estas mulheres e homens deixam as suas casas e to e simpatia da Sociedade Civil Portuguesa para com os voluntariado dos bombeiros e dirigentes é único na Europa,
famílias, arriscam a sua vida em incêndios e situações de bombeiros voluntários, o governo central ainda não reco- devendo por isso ser reconhecido e estimulado. Por tudo
socorro para salvar o próximo. São mulheres e homens que nheceu de forma inequívoca o valor do papel do bombeiro isto, não será mais que justo que o Estado central cuide me-
têm como lema “Vida por Vida”! voluntário e das Associações Humanitárias dos Bombeiros lhor destes bombeiros?
Os bombeiros voluntários da Associação Humanitária Voluntários na protecção civil das populações. Se assim Enquanto esperamos que tal aconteça, apresento em
dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) sen- fosse, certamente já teria criado várias medidas de incen- meu nome pessoal, dos nossos Sócios e de todos os cola-
tem orgulho em envergar a farda de bombeiros, em servir a tivo a este voluntariado essencial à protecção de todos nós. boradores da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-
Cidade e Concelho de Cantanhede, de acordo com critérios Para além do esperado apoio financeiro às Associações luntários de Cantanhede, o nosso agradecimento a todos
de rigor e de exigência que norteiam um Corpo de Bombei- baseado em critérios claros e objectivos, são igualmente os bombeiros desta Associação, do Distrito e de Portugal.
ros. Todos os dias, eles trabalham para melhor servirem a necessárias outras medidas sociais e humanitárias desti- Uma palavra especial de agradecimento a todos os Só-
nossa população em termos operacionais e contribuírem nadas a estas mulheres e homens que dão muitas horas cios da nossa Associação pelo seu reconhecimento, apoio,
para o engrandecimento da nossa prestigiada Associação. da sua vida a esta causa. Medidas tais como conceder aos contributo e amizade que tem demonstrado aos nossos
A população do Concelho de Cantanhede e do Distrito bombeiros “novos direitos e regalias” nas áreas da saúde e bombeiros. A todos Bem Hajam!
Nos últimos anos, tenho vindo a enaltecer a Associação Hu- reção e demais órgãos sociais, e particularmente àqueles que, luntários de Cantanhede, no âmbito de uma forte cooperação
manitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede por, a pro- no terreno, dão o melhor do seu esforço abnegado nas difíceis alicerçada na partilha de objetivos comuns, designadamente
pósito da Expofacic, sinalizar o seu envolvimento no certame missões que têm que enfrentar, algumas delas com riscos apre- os que decorrem das responsabilidades inerentes ao Serviço
com uma edição que divulga o essencial da sua atividade e pro- ciáveis. Municipal de Proteção Civil, cuja operacionalidade dependente
move os princípios e valores que pautam a sua ação. A este propósito talvez seja oportuno assinalar que, se dúvi- fundamentalmente dos meios de que a corporação dispõe para
Esta é sem dúvida uma boa forma de acentuar a perceção da das houvesse, algumas ocorrências trágicas recentes dão bem realizar diferentes tipos de intervenção.
comunidade relativamente às funções cruciais que a instituição a dimensão do carácter indispensável dos bombeiros e eviden- A minha última nota é para felicitar a instituição pelo cin-
exerce na proteção de pessoas e bens, incluindo os serviços ciam a necessidade de garantir a sua capacidade de resposta quentenário da sua fanfarra, saudando todos os que, ao longo
que assegura no domínio da emergência médica e assistência a solicitações cada vez mais difíceis e exigentes, pois este é, dos anos, têm participado nesta formação musical vocaciona-
a doentes. como sabemos, um fator decisivo para o êxito das operações da para a celebração de cerimónias e atos protocolares, cujo
Pela minha parte, faço questão de aproveitar esta ocasião em condições que salvaguardem a segurança de quem nelas prestígio tem sido amplamente demonstrado nas inúmeras
para, em representação do Município de Cantanhede, dar mais intervém. atuações que tem realizado em diversos tipos de eventos.
uma vez testemunho público do reconhecimento institucional De resto, é isso que justifica a disponibilidade com que a Parabéns pelo modo com têm dignificado institucionalmente
que reiteradamente tenho vindo a manifestar à Associação Hu- Câmara Municipal se tem assumido, e vai continuar a assumir, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Can-
manitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, à sua di- como parceira da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo- tanhede!
6 BOMBEIROS DE CANTANHEDE N.º3 - julho.2017
“Nunca se
conseguiu
proporcionar
tanta formação
em tão pouco
tempo”
E quais são as suas principais preocupações?
As minhas preocupações vão de encontro ao que referi aquando
da minha Tomada de Posse. É a questão da falta de voluntariado e a
falta de incentivos ao voluntariado por parte das entidades compe-
tentes. Alguma coisa tem obrigatoriamente de mudar para suscitar o
interesse dos mais jovens, e não só, em tornarem-se bombeiros vo-
luntários. Quem sabe não se poderá até criar incentivos para cativar
bombeiros de outras corporações para Cantanhede.
transportei um ferido para o Hospital de Coimbra e quando regressei, recebi informação para voltar a
Encontramo-nos em pleno verão, num ano que já foi considerado como dos mais quen- Febres. Quando lá cheguei a única vítima que faltava recolher era o corpo do causador de toda aquela
tes dos últimos tempos. Tendo o concelho de Cantanhede uma mancha florestal conside- desgraça. Como supostamente ele teria mais explosivos, o que, felizmente, não se confirmou, passei o
rável, estão assegurados os meios e recursos necessários para fazer face ao período em resto da noite à espera das Autoridades das Minas e Armadilhas para poder levantar o cadáver.
que nos encontramos?
Quanto a esta questão e por aquilo a que já assistimos com os grandes incêndios no início do verão, E o maior susto que apanhou?
devo dizer que estou preocupado. Não concordo que se faça notícia dos incêndios florestais, uma vez Foi num incêndio na Serra da Boa Viagem, quando estávamos num determinado local, de prevenção.
que essa visibilidade pode despertar mentes mal-intencionadas. É verdade que temos uma mancha flo- O fogo comportou-se de uma forma diferente do que prevíamos e quando nos apercebemos ele estava
restal muito grande no concelho de Cantanhede, mas temos um corpo de bombeiros bem formado e nas nossas costas, em cima de nós. Só demos conta quando o motorista da viatura começou a gritar e só
razoavelmente bem equipado, pronto para o que a sorte nos reservar. Os munícipes do concelho podem conseguimos escapar porque fomos agarrados às mangueiras, com o carro a puxar. Hoje esta situação já
dormir descansados, porque temos um Corpo de Bombeiros capaz de proteger pessoas e bens. não aconteceria, porque com a formação que temos hoje, sabemos que nunca deveríamos estar naquele
sítio. Correu bem, graças a Deus.
Na sua opinião, o que se passa no país para que todos os anos se repita o flagelo dos in-
cêndios? O que considera que se poderia fazer? Neste momento, o que é que a população do concelho de Cantanhede pode esperar dos
É do conhecimento de todos que os incêndios florestais dependem de vários fatores, desde a falta de Bombeiros Voluntários de Cantanhede?
limpeza dos terrenos à falta de reorganização da floresta. Ninguém cumpre as leis que dizem respeito Hoje posso dizer que os munícipes do concelho de Cantanhede podem dormir descansados porque
à obrigatoriedade da limpeza dos terrenos. Já lá vai tempo em que as pessoas compravam o mato dos podem contar com um Corpo de Bombeiros bem formado e bem equipado.
pinhais para o usar nos currais do gado. Tudo isso acabou e reflete-se na realidade dos dias de hoje. Basta
vermos o estado das florestas, mas não é só o abandono dos terrenos por parte dos proprietários porque
em todos os meus anos de bombeiro - e já são muitos! - vi muita coisa. Não podem ser só coincidências.
Também me atrevo a dizer que há muito negócio com os incêndios florestais. 115 anos ao serviço da população
No ano passado, falou-se da possibilidade do corpo de bombeiros de Cantanhede vir a O ano de 2017 tem uma importância redobrada para a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-
ter uma Equipa de Intervenção Permanente. Esse objetivo mantém-se? Quais as vanta- luntários de Cantanhede. Para além de ser o ano em que completa 115 anos de existência, é também
gens da existência desta equipa para os Bombeiros de Cantanhede? E para a comunidade? o ano em que a Fanfarra comemora o seu 50.º aniversário. Como tal, foi elaborado um vasto programa
A EIP, Equipa de Intervenção Permanente, tem de ser o futuro para o Corpo de Bombeiros de Canta- comemorativo, com iniciativas a decorrer ao longo de todo o ano.
nhede. Já lá vai tempo em que os bombeiros residiam, trabalhavam e dormiam na Cidade. Agora uma O programa das comemorações começou a 8 de março, com a Semana Municipal/Distrital da Prote-
grande parte dos bombeiros trabalham fora de Cantanhede. Por vezes, quando é necessário tocar a si- ção Civil, e estende-se até 12 de novembro, quando terá lugar o V Passeio TT – Motas. Mas até ao encer-
rene durante o dia, para um pedido de socorro, nota-se bem a diferença no número de bombeiros que ramento das comemorações, já várias iniciativas foram realizadas e outras aguardam a sua vez de chegar.
aparecem no quartel. Neste ponto, sim, a Equipa de Intervenção Permanente faz a diferença, porque é A próxima acontecerá depois da tradicional época de incêndios. Trata-se da terceira edição do Fórum da
uma equipa que se encontra em permanência no quartel durante o horário laboral, que é quando há AHBVC, agendado para o dia 21 de outubro, sábado. No dia seguinte, terá lugar o BTT Solidário, uma prova
mais dificuldade em que os bombeiros acedam a uma solicitação de socorro. Por isso, é fácil perceber desportiva organizada pela Urva Bike Team, a reverter para a AHBVC.
que os maiores beneficiários da existência de uma equipa deste género no Corpo de Bombeiros de Can- Apesar do aniversário da AHBVC ser a 24 de agosto, há vários anos que se opta por celebrar a efeméri-
tanhede é a população em geral, porque tem ali um grupo de bombeiros disponível para a proteger e aos de no outono. Este ano, a data escolhida foi o dia 29 de outubro, domingo. De acordo com as expetativas
seus bens. Agora para que a Equipa de Intervenção Permanente seja uma realidade, tudo depende das da Direção e do Comando, nessa data será feita a promoção dos estagiários a bombeiros de 3.ª e será
entidades responsáveis pelo processo. efetuada a bênção dos três novos veículos adquiridos este ano pela corporação, um dos quais financiado
pelo programa comunitário Portugal 2020. Paralelamente, será também inaugurado o edifício de forma-
Sendo bombeiro voluntário há 37 anos, assistiu, com certeza, a mudanças na atividade. ção, já apresentado ao público aquando a tomada de posse do novo Comando dos Bombeiros Voluntá-
É capaz de as identificar? rios de Cantanhede, a 21 de maio último.
É verdade que durante este anos houve muitas mudanças. Desde quando nós pensávamos em entrar
para os Bombeiros e nos inscrevíamos e depois andávamos alguns meses à experiência para o Coman-
dante ver se tínhamos perfil e para confirmarmos se era mesmo isto o que queríamos. No meu tempo
houve quem desistisse ao fim de algum tempo à experiência. Os que ficavam e iam para formação eram
os que tinham mesmo convicção de que queriam ser bombeiros.
Quando ao Equipamento de Proteção Individual, há 37 anos praticamente não existia ou era muito
escasso. Quando entrei para os Bombeiros, em 79/80, o meu primeiro Equipamento de Proteção Indi-
vidual foi um fato macaco e um capacete que nós dizíamos que era de “platex”, e um par de botas de
borracha, já sem rasto e queimado. E este equipamento tinha que dar para todo o tipo de ocorrências.
Quanto aos meios que tínhamos, eram muito poucos. Por exemplo nos incêndios florestais que havia
nessa altura e que não eram muitos, graças a Deus, não havia carros com água para combater as chamas.
Os fogos apagavam-se com batedores e material sapador e algumas vezes, quando dava, utilizávamos
um veículo urbano. Tínhamos que andar com a motobomba às costas, eram necessários seis homens
para a transportar. Os tempos foram evoluindo e ainda bem que hoje os tempos são outros e estamos Paulo Simões
razoavelmente bem equipados.
Foi também quarteleiro durante sete anos. Como era ser quarteleiro e que consequên- PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS
cias teve essa função para si e para a sua família?
Foi um período da minha vida um pouco atribulado. Quando surgiu a oportunidade de ocupar a vaga
para quarteleiro foi uma decisão muito difícil de tomar. Se, por um lado, era tudo o que eu queria, que era ESTORES INTERIORES
estar todos os dias nos Bombeiros, por outro foi necessário convencer o resto da família - a minha esposa
e as duas filhas-, a tomar tal decisão que implicava, de certa forma, perder liberdade. Porque sabia que ia
fazer aquilo que gostava, mas também ia estar preso 24 horas por dia, seis dias por semana. Tinha apenas Tlm. 919 007 229 // paulosimoes.decor@hotmail.com
o domingo livre. Além disso, tinha que me mudar com a família de armas e bagagens para o Quartel. Para
Rua Padre Américo n.º 29 r/c, 3060-186 CANTANHEDE
mim, de início, não foi fácil, embora a minha esposa sempre me tenha apoiado. Mas ainda hoje tenho
noção de que privei as minhas duas filhas, na infância, de sete anos de alguma liberdade. Mas hoje voltava
a tomar a mesma decisão. Há decisões nas nossas vidas que, por vezes, temos de tomar mesmo em
prejuízo de terceiros.
António Jesus Castilho estava “cheio de música”, quando quartel e saía em desfile até ao local onde se encontravam as Bombeiro de 2.ª no Quadro de Honra, António Melo orgulha-
tomou a iniciativa de propor ao comando dos Bombeiros Vo- viaturas que a iria transportar. -se do facto da Fanfarra de Cantanhede ter sido mentora de ou-
luntários de Cantanhede a constituição de uma Fanfarra. Tinha “No regresso era a mesma coisa. Os carros ficavam em certo tras que entretanto surgiram.
regressado da tropa há cerca de um ano e a solenidade das mar- sítio e a Fanfarra vinha a tocar até ao quartel”. “A Fanfarra de Condeixa, por exemplo, fomos nós que andá-
chas militares estavam-lhe gravadas também no coração. António Castilho esteve à frente da Fanfarra durante cerca de mos lá a ensinar. Foram seis meses a ir para lá”.
Na tropa, tinha feito parte da fanfarra militar, na altura com- 17 anos até que, por divergências com o Comandante do Cor- No desfile comemorativo do 50.º aniversário da Fanfarra de
posta por 80 elementos. António Castilho tocava clarim, curio- po de Bombeiros de Cantanhede da altura, tomou a iniciativa de Cantanhede, a 10 de junho último, a Fanfarra de Condeixa fez,
samente um instrumento com o qual tinha tido o primeiro con- sair. O seu lugar foi ocupado por um dos elementos da Fanfarra, por isso, questão de prestar a merecida homenagem a Canta-
tacto ainda antes de cumprir o serviço militar, precisamente nos que mais tarde viria a se tornar seu cunhado, Aníbal dos Santos nhede, enfatizando a ligação que existe entre as duas Fanfarras
Bombeiros de Cantanhede. Carvalho. e apontando a de Cantanhede como sua madrinha.
“Quem me transmitiu o ‘bichinho da música’ foi o Alberto “A minha entrada na Fanfarra coincidiu com a entrada nos A atuação da Fanfarra de Cantanhede no desfile do 10 de ju-
“Pirolito”, chamávamos-lhe assim. Foi ele que me ensinou a dar Bombeiros, como aspirante. Foi na altura em que se estava a nho é, aliás, motivo de orgulho para os seus responsáveis.
os primeiros toques no clarim, no trio que havia nos Bombeiros. formar a Fanfarra e havia ensaios todos os dias”, lembra o ainda “Correu muito bem, bateu tudo certinho. Não falharam uma,
Eram dois clarins e uma caixa”, recorda. responsável pela Fanfarra, atualmente subchefe do Quadro de a marcha, a ordem unida, o compasso, tudo isso. No fim, muita
A proposta da constituição de uma Fanfarra nos Bombeiros de Honra. gente nos veio dar os parabéns”, congratula-se António Melo.
Cantanhede foi levada à Direção e aprovada. A primeira apresentação pública da Fanfarra aconteceu a 29
“Se o homem tem força de vontade dá-se-lhe uma oportuni- de janeiro de 1967, no dia da inauguração da nova ambulân- “Fonte de vida para os Bombeiros”
dade”, terá dito o Presidente da Direção da altura. O desafio era cia da corporação, oferecida pela Fundação Caloust Gulbenkian.
então o de reunir elementos suficientes para integrar a Fanfarra. Tratava-se de um veículo da marca Skoda que, ao tempo, era do Em 50 anos de existência da Fanfarra dos Bombeiros de Can-
“Juntámos 25 homens, decidi os que iriam tocar clarim e os que melhor existia para a prestação de socorro no país. tanhede, foram muitos os que integraram as suas fileiras. Se “um
que iam tocar caixa, e fui apresentá-los numa reunião de Direção. ou dois” entraram tendo já alguns conhecimentos musicais, a
Composta a Fanfarra, foi feita a aquisição dos instrumentos, no Mentora de fanfarras de corporações vizinhas esmagadora maioria aprendeu tudo o que sabe com os seus
Porto. Começaram então os ensaios. responsáveis.
“Ao fim de 60 dias de ensaios já tinha a Fanfarra na rua!”, or- Entretanto António de Jesus Melo foi convidado a auxiliar o O ensaiador António Melo salienta que “é preciso muita pa-
gulha-se António Castilho, tendo bem presente na memória um responsável pela Fanfarra como instrutor, funções que ainda ciência”. Por isso, não se limita a ensinar. Toca com eles até “en-
dos primeiros desfiles em que participaram, em Coimbra. hoje desempenha. Tinha no currículo 37 meses de serviço mi- trarem na engrenagem”.
“A Fanfarra teve muita visibilidade, foi um ‘show’”. E acrescenta litar, onde tocou clarim. A nível musical, as marchas militares constituem a maioria das
que “naquela altura tinha uma gama de clarins que era um luxo!”. “Foi quando entrei na Fanfarra que se começou a fazer o músicas interpretadas pela Fanfarra de Cantanhede.
acompanhamento de procissões”, explica. “A primeira marcha que os bombeiros tocaram foi ‘Quem está
Apresentação pública no dia da inauguração da ambulância Naquela altura, a Fanfarra de Cantanhede era chamada a atuar doente, vá para o Hospital”, trauteia António Melo. Entretanto
para “todo o lado”, dentro e fora do concelho de Cantanhede. também entraram no seu reportório musical temas de índole
Os olhos do fundador da Fanfarra ainda brilham quando se Sem que existissem Fanfarras nos corpos de Bombeiros vizinhos, religiosa, como é o caso do “Queremos Deus”, interpretado no
lembra do impacto que a Fanfarra tinha também na cidade, en- era a de Cantanhede que efetuava os toques solenes nas ceri- acompanhamento das procissões.
tão vila. Sempre que havia uma saída, a Fanfarra formava-se no mónias públicas das corporações vizinhas. O subchefe do Quadro de Honra, Aníbal Carvalho, é perentório
BOMBEIROS DE CANTANHEDE N.º 3
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InIcIatIvas de angarIação de fundos ao longo de todo o ano
DESFILE EM FRENTE À IGREJA MATRIZ DE CANTANHEDE NOS FINAIS DOS ANOS 80 FANFARRA E COMITIVA QUE A ACOMPANHOU À SUÍÇA EM JUNHO DE 1997
em afirmar que a Fanfarra é, “desde sempre, uma fonte de vida Fanfarra de Cantanhede aconteceu em junho de 1997, quando da recorre aos primeiros instrumentos, em pele verdadeira, que
Passeio Todo-o-Terreno Caça Sabores
para os Bombeiros”, uma vez que constitui frequentemente o participou numa digressão pela Suíça, a convite de emigrantes continuam a fazer parte do espólio da associação Humanitária.
primeiro
A 9 de contacto
novembro dos
demais
2014 novos com a causa
realizou-se humanitária.
a quarta do Todo
edição do Passeio concelho de Cantanhede
o Terreno, com a par- radicados naquele
Evento país. Durante
gastronómico “O genuíno
que já se afirmou dá outro Apresenta
no concelho. batuque, porumacausa da pele
seleção verdadeira”,
de pratos reali-
“Os jovens entram para a Fanfarra e acabam por ingressar tam- cerca de uma semana atuaram em diversos locais. sublinha.
ticipação de cerca de 300 participantes, com 103 motos e 64 jipes. Esta prova contempla dois zados com várias peças de caça doadas por caçadores da região e confecionados por particula-
bém nos Bombeiros”,
percursos, reforça.
um dedicado A ida à Suíça
aos jipes e outro às motas, ambos com passagem coincidiu
por várias com a atualização
freguesias dos instrumentos
res e restaurantes locais. NadaúltimaOutro
edição,ponto alto para
realizada a 14a Fanfarra
de março,dosjuntaram-se
Bombeiros àdemesa
Cantanhe-
desta
Fanfarra e a substituição dos respetivos galhardetes.
do concelho de Cantanhede e concelhos limítrofes. No final há ainda uma pista de obstáculos. iniciativa 150 pessoas. de foi, segundo o subchefe Aníbal, no Congresso Nacional dos
Ida à Suíça em junho de 1997 “O novo instrumental foi todo estreado lá”, pormenoriza Antó- Bombeiros, na Figueira da Foz.
nio Melo, quem esclarece que embora o habitual seja a Fanfarra “Fomos convidados para ser a Fanfarra de serviço para receber
Para responsável e ensaiador, um dos momentos altos da utilizar os instrumentos mais recentes, em situações pontuais ain- o Presidente da República, Ramalho Eanes”, sublinha.
Os Bombeiros Voluntários de Cantanhede contam atualmente com 103 elementos, número que ainda O quartel da Tocha dos Bombeiros Voluntários O edifício principal também está a ser alvo de
antes do final do ano subirá para os 115. Isto porque 12 elementos da Escola de Estagiários concluíram, de Cantanhede está a ser alvo de uma intervenção intervenção. Uma vez que foi construído sem qual-
no segundo fim de semana de julho, as últimas avaliações escrita e prática da formação que frequentaram profunda, que garantirá as melhores condições de quer correção térmica, está a ser revestido com
nos últimos seis meses. Falta-lhes agora apenas concluir o estágio que lhes permitirá integrar no Quadro trabalho e habitabilidade aos 24 elementos que isolamento térmico (sistema “capoto”) de modo a
Ativo do corpo de bombeiros de Cantanhede. constituem aquela Secção. garantir conforto tanto no inverno como no verão.
As expetativas do Comando e da Direção são de que a promoção dos estagiários a bombeiros de 3.ª As obras contemplam a ligação do edifício do As paredes exteriores vão ser ainda impermeabili-
aconteça aquando as comemorações do 115.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros quartel, inaugurado em 2006, ao edifício contí- zadas.
Voluntários de Cantanhede, agendadas para 29 de outubro. guo, cedido pela Junta de Freguesia da Tocha. Ali A cobertura de todo o edifício vai ser substituída
Tudo dependerá da conclusão do estágio e do parecer da Autoridade Nacional de Proteção Civil. vão surgir balneários compartimentados para ho- por painéis de ‘sandwich’, podendo ainda, caso se
Caso tal se concretize, esta promoção acontecerá dois anos depois da última do género, já que o último mens e senhoras, instalações sanitárias e zona de justifique, se proceder à substituição de alguma
curso de estagiários foi promovido a 18 de outubro de 2015, no decurso das comemorações do 113.º duches. De acordo com o caderno da obra, as pa- caixilharia nas orientações norte e poente.
aniversário da Associação. Nessa altura foram promovidos a bombeiros de 3.ª 11 estagiários. redes vão ser revestidas com rebocos finos, sobre No final, o edifício será pintado e devidamente
Embora não existam previsões para o início da nova Escola de Estagiários dos Bombeiros Voluntários os quais assentarão azulejos, sendo o pavimento identificado com o logotipo da Associação Huma-
de Cantanhede, todos os interessados podem efetuar a sua inscrição junto de um dos elementos do revestido a mosaico antiderrapante. nitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
Comando.
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Os Sinos de Cantanhede
Outros tempos...
No então semanário «Boa Nova», editado com o nº 1015 e datado de 24-9-1954, foi publicado
um texto intitulado “Os sinos de Cantanhede”, na rubrica “Isto e Aquilo”, da autoria de Rui Doutil ao
tempo, onde é apresentado, em tom poético, um feito de Alexandre Herculano:
“Sino coração d’aldeia, coração sino da gente, um a sentir quando bate, outro a bater quando
sente”.
Também é citado Eugénio de Castro com as seguintes palavras “Sinos de Portugal, são das vozes
mais sugestivas e evocativas da nossa terra”;
A enciclopédia portuguesa e brasileira dedica aos sinos bom espaço com informações muito
curiosas. O significado de sino mediante o descrito na enciclopédia (Lelo Universal) dá como sen-
do “instrumento geralmente em bronze, oco e de forma cónica, que se suspende e de que se tiram
sons por meio de uma peça interior oscilante, que se chama badalo, ou dum martelo exterior”.
Os sinos eram conhecidos desde a mais remota antiguidade e aplicados a atos sagrados e pro-
fanos. Atribui-se, porém, aos egípcios a sua invenção, dedicando-os a Osíris.
No reinado de Constantino Magno, a Igreja começou a servir-se dos sinos, e, com Sabiniano
(604), as basílicas romanas foram pela primeira vez dotadas com eles. Era costume gravar nos
sinos o nome com que foram batizados, dos doadores, madrinhas e padrinhos e por vezes ins-
crições tiradas de textos latinos. A sua bênção consiste em várias abluções e aspersões de água
benta, acompanhadas de unções com os santos óleos, cabendo e reservado ao bispo da diocese
a presidência da cerimónia.
É antiquíssimo o uso dos sinos nas igrejas cristãs para congregar o Povo às celebrações litúrgicas.
Mas é intenção referir aqui de um modo especial, os sinos de Cantanhede; e nesta rúbrica
não apenas aos que são tangidos nas torres das igrejas da cidade, mas também em algumas e
outras localidades.
Queremos também fazer referência à indústria de fundição de sinos, que foi bastante próspera
na então vila, em fins do século XVIII, sendo desconhecida pela quase generalidade das povoações.
Pela vila:
O Dr. Viriato Sá Fragoso habitante e residente no lugar de Pocariça, no seu livro «Cantanhed,
Subsídios para a sua história» dado à estampa em 1960, dá dos sinos da igreja matriz a se-
guinte nota: o sino da ventana poente ostenta ao cimo esta inscrição “Ecce Cruce Domini ”; mais
abaixo: José Augusto Sorrilha 1885.
O mais antigo deles, o da ventana norte, tem a data de 1763 e ao cimo da campânula a seguinte
inscrição:-Tota pulcra as Maria ed macula nen isenta. (sic) 1763. Não se sabe onde foi feito,
nem se conhece o autor…
O que fica no lado nascente só tem a data de 1885.
O do lado sul tem ao cimo esta legenda: -Joaquim Amaro da Fonseca-1876. Também é
deste construtor o sino grande de Murtede, pois também tem escrito: -Joaquim Amaro da Fon-
seca- Cant. de 1877.
Na torre da Pocariça, o sino maior tem em relevo, as seguintes palavras: em cima –ECCE Cruce
Domini; fugite partes adversal; mais a abaixo: - Bendito e louvado seja o Santíssimo Sa-
cramento. Na base: André Deargos me fez no ano 1773.- No sino mais pequeno pode ler-se:
-In loc signo vinces-1890;- na base: António Dias Campos Sorrilhas me fez-Cantanhede
No sino maior da igreja de Portunhos escreveram:-Joaquim Dias Sorrilhas de Campos Jú-
nior me fez- não tem data.
Na torre da igreja da localidade da Pena, o sino maior tem escrito:-António Dias Campos –
1896
Os sinos da igreja de Cadima (2) também foram fabricados em Cantanhede. O maior por Joa-
quim Sorrilhas de Campos ( não se sabe data/ano). O mais pequeno ostenta bem visível a data
de 1804 e a legenda:- Sebastião Sorrilhas me fez-Cantanhede.
É curioso verificar que em quase todas as torres visitadas, os sinos mais pequenos foram quase
todos refundidos, pois apresentam as datas mais recentes, e as igrejas são antigas, aparecendo
então, sinos fundidos em Braga, Fermentelos, Alvaiázere, Rio Tinto, etc.
De notar muitos dos sinos das fundições de Cantanhede, desconhecendo-se a sua localização
física, lá estão há um século e mais, desafiando por vezes os descuidos de muitos sacristães, ou
até mesmo as brincadeiras do rapazio da terra, com algumas pedradas por mão ou pelas fungas
(fisgas) para ouvir o efeito do som.
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