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DOMÍNIO 2 • Estrutura e dinâmica da geosfera

Exercícios de integração Em cada item de escolha múltipla, selecione a opção correta.

GRUPO I

Vulcão Taal
Na placa das Filipinas encontram-se numerosas ilhas vulcânicas que se formaram em resultado
de limites convergentes, um dos quais marcado pela fossa de Manila, onde esta placa contacta
com a placa Euro-Asiática (Fig. 1A). No dia 12 de janeiro de 2020, a sul de Manila iniciou-se uma
erupção no vulcão Taal na província de Batangas, a qual levou as autoridades nacionais a orde-
nar a evacuação de várias localidades. Milhares de pessoas vivem nas proximidades do vulcão
Taal, que se localiza no centro de um lago no interior de uma caldeira (Fig. 1B) e é uma popular
atração turística. Toda a ilha do vulcão foi considerada uma zona de perigo permanente, pelo
que foi obrigatória a evacuação dos seus moradores. A queda de cinzas e de lapilli foi relatada
em várias vilas e cidades a vários quilómetros do vulcão. As escolas em várias cidades foram
suspensas, para evitar os riscos à saúde causados pela queda de cinzas. Com o cair da noite,
foram observados diversos relâmpagos vulcânicos na cratera do vulcão. Um relâmpago vulcâ-
nico ocorre no interior de uma nuvem de cinzas, resultante da descarga elétrica nessa mesma
erupção. De acordo com as autoridades, foi registado um enxame sísmico1 e inflação2 do vulcão
antes do início da erupção. A rede de monitorização do vulcão registou um total de 52 sismos de
origem vulcânica na região de Taal, 26 dos quais foram sentidos pela população. Esta atividade
sísmica, de origem vulcânica, possivelmente está relacionada com a intrusão contínua de mag-
ma associada ao vulcão, o que pode indicar a continuação da atividade vulcânica. O vulcão Taal,
com apenas 311 metros de altura, é considerado um dos mais pequenos do mundo, e está entre os
25 ativos das Filipinas. No passado teve um período de atividade vulcânica que durou entre 1965
e 1977, e foi caracterizado pela interação do magma com a água do lago, produzindo violentas
erupções hidromagmáticas.
Adaptado de www.ivar.azores.gov.pt
(acedido a 11/02/2021)

A N B N

Placa Placa
Euro-Asiática das Filipinas
Manila
Vulcão Taal
Fossa de Taal
Manila

N
Lago Taal

0 1 km

Fig. 1 A – Contexto tectónico do vulcão Taal; B – Lago que se encontra no centro da ilha.

1Incidência de uma elevada quantidade de sismos numa determinada área.

2Aumento do volume do cone vulcânico.

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1. Os piroclastos emitidos pelo vulcão Taal indiciam que a erupção vulcânica de dia 12 de INTERMÉDIO

janeiro de 2020
(A) foi explosiva, com lava pobre em sílica e fácil libertação de gases.
(B) resultou da ascensão de um magma básico, com uma baixa fração volátil.
(C) foi efusiva, com lava rica em sílica e difícil libertação de gases.
(D) resultou da ascensão de um magma ácido, com uma elevada fração volátil.

2. O vulcão Taal apresenta vulcanismo do tipo ELEMENTAR

(A) central e intraplaca. (C) central e interplaca.


(B) fissural e interplaca. (D) fissural e intraplaca.

3. As erupções vulcânicas entre 1965 e 1977 resultaram da interação do magma com o INTERMÉDIO

, num local de .
(A) o mar … baixo gradiente geotérmico
(B) o lago … elevado gradiente geotérmico
(C) o mar … elevado gradiente geotérmico
(D) o lago … baixo gradiente geotérmico

4. A atividade do vulcão Taal resulta de um limite INTERMÉDIO

(A) divergente entre duas placas litosféricas oceânicas.


(B) convergente entre uma placa litosférica continental e uma placa litosférica oceânica.
(C) divergente entre uma placa litosférica continental e uma placa litosférica oceânica.
(D) convergente entre duas placas litosféricas oceânicas.

5. O arquipélago das Filipinas é um conjunto de ilhas que constitui . ELEMENTAR

(A) emersas … um arco vulcânico insular


(B) emersas … uma dorsal oceânica
(C) imersas … um arco vulcânico
(D) imersas … uma dorsal oceânica

6. Faça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo, expressas na coluna A, ELEMENTAR

à respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(1) Domo vulcânico
(a) Consolidação de lavas em meio subaquático. (2) Escoada
(b) Material piroclástico fragmentado de elevadas (3) Lapilli
dimensões.
(4) Bombas
(c) Estrutura arredondada, resultante da consolida-
ção de lavas viscosas. (5) Pillow lava
(6) Lava aa

7. Indique alguns riscos desta erupção vulcânica para as populações. INTERMÉDIO

8. Explique de que forma a interação do magma com a água do lago conduz a erupções COMPLEXO

vulcânicas do tipo explosivo.

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GRUPO II

Que relação existe entre os sismos de Granada e Arraiolos?


A região da Andaluzia, no sul de Espanha, tem sido abalada por centenas de sismos, sendo
a maioria deles sentidos perto da cidade de Granada. A 25 de janeiro de 2021 foram regista-
dos mais de dez sismos com epicentro nas localidades de Santa Fé, Atarfe e Cúllar Vega, a
cerca de 10 quilómetros de Granada, um deles com a magnitude de 4,3 na escala de Richter
(Fig. 2). Segundo os especialistas espanhóis, a zona sul de Espanha é particularmente propensa
à atividade sísmica porque está assente em falhas tectónicas dentro da placa Euro-Asiática,
devido a pressões exercidas nesta pela placa Africana. Os mesmos especialistas apontam que
a cada ano que passa a Europa e a África ficam mais próximas quatro a cinco milímetros,
devido aos movimentos da placa Africana em colisão com a placa Euro-Asiática. O território
continental português, tal como Espanha, está assente nestas duas placas que se friccionam
uma na outra num limite denominado transformante. Este movimento influencia, sobretudo,
a microplaca Ibérica onde Portugal continental se insere e cujo limite abrange exatamente a
cidade de Granada. Em 2018, Pedro Proença Cunha, geólogo da Universidade de Coimbra,
explicou que as pressões da placa Africana sobre a microplaca Ibérica, colocam Portugal con-
tinental à mercê de cada vez mais falhas tectónicas, uma vez que a microplaca sofre um le-
vantamento, originando falhas onde se acumula energia. Na altura, o geólogo indicou que
nos últimos milhares de anos, essa compressão vinha a aumentar cada vez mais, resultando
no aparecimento de mais falhas no país. Esta foi a grande causa do sismo de magnitude 4,9
na Escala de Richter sentido em Arraiolos em 2018. Foi o maior sismo com epicentro em
terra nos últimos anos em Portugal continental. Até aí, a falha na origem deste sismo não
era conhecida dos geólogos.
Adaptado de https://observador.pt e www.elindependiente.com
(acedidos a 13/02/2021)

N
Albolote
Atarfe

Maracena

Legenda:

Santa Fé Magnitude superior a 4

Magnitude entre 3 e 4
Purchil
Magnitude entre 2 e 3
GRANADA
Magnitude igual ou inferior a 2
Cúllar Vega

0 1 2 km

Fig. 2 Sismos ocorridos em Granada entre 23 e 25 de janeiro de 2021.

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1. O valor da magnitude do sismo ocorrido em Granada diz respeito ELEMENTAR

(A) à avaliação dos prejuízos causados nas populações, habitações e paisagens.


(B) aos prejuízos causados e à energia libertada no epicentro.
(C) à energia libertada no hipocentro ou foco sísmico.
(D) à diferença de chegada entre as ondas S e as ondas P.

2. Segundo a figura 2, à medida que ocorre um(a) da cidade de Santa Fé, verifi- INTERMÉDIO

ca-se um (a) da magnitude dos sismos para valores .


(A) afastamento … aumento … entre 3 e 4
(B) aproximação … aumento … superiores a 4
(C) afastamento … diminuição … entre 3 e 4
(D) aproximação … diminuição … superiores a 4

3. Admita que numa determinada estação sismográfica, localizada a 300 km do foco sís- COMPLEXO

mico de Santa Fé, foram registadas primeiro, ondas P refratadas e, posteriormente, on-
das P diretas. O atraso das ondas P diretas relativamente às P refratadas, deveu-se ao
facto de as ondas P
(A) refratadas terem-se propagado em meios com maior rigidez.
(B) diretas terem percorrido um trajeto mais longo.
(C) diretas terem percorrido um trajeto mais curto.
(D) refratadas terem-se propagado em meios de menor rigidez.

4. A análise de alterações na velocidade de propagação das ondas P e S constitui um mé- INTERMÉDIO

todo de estudo
(A) indireto do interior da Terra, que reconhece que a densidade aumenta com a pro-
fundidade.
(B) indireto do interior da Terra, que reconhece que a densidade diminui com a profun-
didade.
(C) direto do interior da Terra, que conclui que a Terra não é homogénea.
(D) direto do interior da Terra, através do estudo das ondas que são refratadas e refletidas.

5. Faça corresponder cada uma das descrições sobre sismologia da coluna A ao respetivo ELEMENTAR

conceito da coluna B.

Coluna A Coluna B

(1) Carta de isossistas


(a) É qualitativa e avalia a intensidade
dos sismos. (2) Carta de intensidades máximas

(b) Possui linhas irregulares, que unem (3) Escala Macrossísmica Europeia
pontos com a mesma intensidade (4) Escala de Richter
sísmica.
(5) Sismógrafo
(c) Deteta e regista as ondas sísmicas.
(6) Sismograma

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INTERMÉDIO 6. A grande maioria dos sismos


(A) resulta da acumulação de tensões em falhas inativas.
(B) origina a ocorrência de tsunamis.
(C) distribui-se geograficamente nos continentes.
(D) ocorre em áreas de colisão e afastamento das placas litosféricas.

INTERMÉDIO 7. Explique, recorrendo à Teoria do Ressalto Elástico, a ocorrência do sismo em Granada.

COMPLEXO 8. Explique por que razão os sismos de Granada e de Arraiolos foram considerados
superficiais.

GRUPO III

Novo vulcão na placa do Pacífico


Foi descoberto um vulcão na parte ocidental do oceano Pacífico, perto da Ilha Minamitorishima,
o ponto mais oriental do Japão. Os investigadores acreditam que este vulcão, que entra na clas-
se dos petit spots, entrou em erupção há menos de 3 milhões de anos devido à subdução mais
profunda da placa do Pacífico ao longo da fossa do Japão. Até então, acreditava-se que esta
área continha apenas montanhas e ilhas subaquáticas formadas há cerca de 70 a 140 milhões
de anos. Estes pequenos e jovens vulcões surgem ao longo de fendas na base das placas tectó-
nicas e poderão trazer informações sobre a verdadeira natureza da astenosfera, uma vez que o
magma provém diretamente desta camada. À medida que as placas mergulham mais profun-
damente no manto superior da Terra, formam-se fissuras onde a placa começa a dobrar-se,
causando a erupção de pequenos vulcões (Fig. 3). O primeiro vulcão deste tipo foi descoberto em
2006, na região nordeste do Japão.
Adaptado de https://zap.aeiou.pt
(consultado em 13/02/2021)

Fossa do Japão Erupções de petit spot

Placa Euro-Asiática Placa do Pacífico

Magma proveniente da astenosfera

Fig. 3 Formação de petit spots.

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1. A formação dos petit spot leva, inicialmente, à ocorrência de vulcanismo relacio- COMPLEXO

nada com .
(A) intraplaca … ascensão de magma que fratura as placas litosféricas
(B) intraplaca … movimentos de isostasia que fraturam as placas litosféricas
(C) interplaca … ascensão de magma que fratura as placas litosféricas
(D) interplaca … movimentos de isostasia que fraturam as placas litosféricas

2. A fraturação no interior de placas litosféricas pode resultar de e pode provocar COMPLEXO

.
(A) variações do campo magnético terrestre … fenómenos sísmicos e vulcânicos
(B) variações do campo magnético terrestre … apenas fenómenos sísmicos
(C) adelgaçamento ou soerguimento da litosfera … fenómenos sísmicos e vulcânicos
(D) adelgaçamento ou soerguimento da litosfera … apenas fenómenos sísmicos

3. A placa do Pacífico faz parte da , que é uma camada do interior da Terra, ELEMENTAR

considerada no modelo .
(A) litosfera … sólida … geofísico
(B) astenosfera … parcialmente líquida … geofísico
(C) mesosfera … sólida … geoquímico
(D) endosfera … líquida … geoquímico

4. A astenosfera INTERMÉDIO

(A) tem uma composição rica em sílica e magnésio e comportamento rígido.


(B) provoca a diminuição da velocidade das ondas sísmicas de Love e de Rayleigh.
(C) tem uma composição rica em ferro e níquel e comportamento plástico.
(D) provoca a diminuição da velocidade das ondas longitudinais e transversais.

5. De acordo com o magnetismo vigente, as lavas emitidas em qualquer erupção apresen- ELEMENTAR

tam polaridade e provocam anomalias magnéticas .


(A) normal … positivas
(B) normal … negativas
(C) inversa … positivas
(D) inversa … negativas

6. O gradiente geotérmico INTERMÉDIO

(A) apresenta um valor maior no manto do que no núcleo.


(B) é menor na litosfera do que no núcleo interno.
(C) atinge o valor máximo na transição do núcleo externo para o núcleo interno.
(D) é menor no manto inferior do que no núcleo.

7. A diminuição abrupta da velocidade de propagação das ondas P é assinalada pela des- INTERMÉDIO

continuidade de , que é uma superfície que marca a transição entre .


(A) Gutenberg … o manto e o núcleo externo
(B) Mohorovicic … crosta e manto superior
(C) Gutenberg … núcleo externo e núcleo interno
(D) Mohorovicic … litosfera e astenosfera

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DOMÍNIO 2 • Estrutura e dinâmica da Geosfera

INTERMÉDIO 8. As zonas de sombra para as ondas P e S são interpretadas como uma


(A) evidência da existência de um núcleo interno no estado sólido.
(B) prova de que os materiais do interior da Terra são igualmente densos.
(C) evidência da existência de um núcleo externo no estado de fusão.
(D) prova da igual forma de propagação das ondas de profundidade.

INTERMÉDIO 9. No manto verifica-se o aumento de velocidade das ondas de profundidade, porque


(A) são ondas cuja velocidade aumenta sempre em função da profundidade.
(B) atravessam diferentes meios terrestres progressivamente mais rígidos.
(C) estas ondas ganham velocidade por aumento da energia potencial gravítica.
(D) encontram progressivamente menos rochas para atravessarem.

INTERMÉDIO 10. O modelo geoquímico considera que a estrutura interna da Terra é constituída por três
camadas: , separadas .
(A) a crosta, o manto e o núcleo ... pela densidade dos materiais
(B) a crosta, o manto e o núcleo ... pelas descontinuidades terrestres
(C) a litosfera, a astenosfera e a mesosfera ... pela densidade dos materiais
(D) a litosfera, a astenosfera e a mesosfera ... pelas descontinuidades terrestres

INTERMÉDIO 11. No modelo geofísico, a está no estado e encontra-se sob a .


(A) astenosfera ... sólido ... mesosfera
(B) litosfera ... sólido ... astenosfera
(C) mesosfera ... sólido ... astenosfera
(D) astenosfera ... parcialmente fundido ... litosfera

ELEMENTAR 12. Faça corresponder cada uma das camadas relacionadas com os modelos geoquímico
e geofísico, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(1) Crosta oceânica
(a) Camada constituída por silicatos de alumínio, de menor (2) Crosta continental
densidade que todas as outras.
(3) Astenosfera
(b) Camada constituída por silicatos de ferro e magnésio,
que se encontra no estado sólido. (4) Mesosfera

(c) Camada constituída por ferro e níquel no estado sólido. (5) Núcleo externo
(6) Núcleo interno

COMPLEXO 13. Explique que tipo de informações permitiram inferir as características da astenosfera,
considerando os métodos de estudo do interior da Terra.

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