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DIREITO TRIBUTÁRIO
AMBIENTAL
ORGANIZADORES:
CARLOS ARAUJO LEONETTI
LIANE FRANCISCA HUNING PAZINATO
ADRIELLE BETINA INÁCIO OLIVEIRA
AUTORES
ADRIELLE BETINA I. OLIVEIRA
ANDRÉ AFECHE PIMENTA
CARLOS ARAUJO LEONETTI
EPAMINONDAS JOSÉ MESSIAS
JACKSON TORRES
LEATRICE FARACO DAROS
LIANE FRANCISCA HUNING PAZINATO
LUANA REGINA DEBATIN TOMASI
LUCIANA YOSHIHARA A. ZANIN
ENSAIOS SOBRE
DIREITO TRIBUTÁRIO
AMBIENTAL
Esta obra é fruto das discussões dos encontros da disciplina ministrada pelo
professor Dr. Carlos Araujo Leonetti para o mestrado DIR410281- Direito
Tributário Ambiental e para o doutorado DIR510104-Marcos Teóricos em
Teorias do Estado e da Constituição no segundo trimestre de 2020. As ideias
e opiniões expressas neste livro são de exclusiva responsabilidade dos
autores, não refletindo, necessariamente, a opinião dos organizadores ou da
instituição.
Florianópolis
2020
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................. 8
EXTERNALIDADE AMBIENTAL E DIREITO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO: QUESTÃO DE VONTADE
POLÍTICA .......................................................................................... 10
ADRIELLE BETINA I. OLIVEIRA
AS TAXAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, A LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO E O DIREITO FUNDAMENTAL AO LAZER: UMA ANÁLISE
DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL À LUZ DOS
PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO AMBIENTAL ........................ 34
ANDRÉ AFECHE PIMENTA
OS PRINCÍPIOS CONFORMADORES DA TRIBUTAÇÃO AMBIENTAL
........................................................................................................... 50
CARLOS ARAÚJO LEONETTI
LIANE HÜNING PAZINATO
TRIBUTAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL ............................................. 64
EPAMINONDAS JOSÉ MESSIAS
INCENTIVOS TRIBUTÁRIOS À GERAÇÃO E AO USO DE ENERGIA
EÓLICA .............................................................................................. 83
JACKSON TORRES
APONTAMENTOS SOBRE A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
ATRAVÉS DA TRIBUTAÇÃO AMBIENTAL E DO ESTÍMULO ÀS
ENERGIAS RENOVÁVEIS .................................................................. 94
LEATRICE FARACO DAROS
A TRIBUTAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO AO MEIO
AMBIENTE ....................................................................................... 109
LUANA REGINA DEBATIN TOMASI
O FENÔMENO DA ESCASSEZ NO DIREITO TRIBUTÁRIO AMBIENTAL
......................................................................................................... 121
LUCIANA YOSHIHARA ARCANGELO ZANIN
8
APRESENTAÇÃO
A presente obra abriga uma coletânea de ensaios produzidos
no âmbito das disciplinas DIREITO TRIBUTÁRIO AMBIENTAL e
MARCOS TEÓRICOS EM TEORIAS DOS DIREITOS HUMANOS
E DA CIDADANIA, oferecidas no segundo trimestre de 2020, pelo
Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de
Santa Catarina - PPGD/UFSC.
Os ensaios, elaborados por professores e alunos, abordam
temas discutidos em classe, todos tendo por “pano de fundo” o Direito
Tributário Ambiental.
Embora no Brasil, o Direito Tributário Ambiental ainda seja
um ramo do direito não muito conhecido, no plano internacional já é
estudado há, pelo menos, 2 (duas) décadas.
Assim é que o Global Conference on Environmental Taxation
(GCET), o mais importante evento acadêmico sobre Direito Tributário
Ambiental realizou em 2020 a sua 21ª edição, desta feita em caráter
não presencial. O PPGD/UFSC, por meio do seu grupo de pesquisas
em DIREITOS HUMANOS DA TRIBUTAÇÃO, já se fez presente em
3 (três) desses encontros, sempre com apresentação de trabalho e em 2
(duas) oportunidades com publicação de artigo.
A presente publicação sob a forma de e-book, além de
registrar produção acadêmico-cientifica de professores e alunos busca
estimular a produção bibliográfica na academia, no âmbito do Direito
Tributário Ambiental.
Por questão de justiça e de reconhecimento, registre-se, aqui,
que esta obra não seria possível sem a efetiva participação dos alunos,
e em especial, da aluna Adrielle Betina I. Oliveira e da pós-doutoranda
Profa. Dra. Liane Hüning Pazinato, que comigo compartilham a sua
organização.
INTRODUÇÃO
2 “De toda a quantidade de água da Terra, apenas 2,5% são potáveis. Desta pequena
parcela, 69% estão congeladas nas regiões polares e 30% misturadas no solo ou
estocadas em aquíferos de difícil acesso. Só resta 140 mil quilômetros cúbicos de água
para serem utilizadas por toda a biodiversidade do Planeta” (ALVES, 2015, p.52).
3 “Tragédia dos comuns” simboliza a degradação do ambiente que seria de esperar
sempre que muitos indivíduos usassem um recurso escasso em comum, em que cada
indivíduo é impelido a aumentar seus benefícios particulares sem considerar o todo
(OSTROM, 1990).
16
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1
Procurador da Fazenda Nacional. Especialista em Direito Processual Civil, em
Direito Constitucional e em Direito Administrativo pela AVM Educacional LTDA
(2013). Bacharel em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC,
(2004).
2 RE 146.733-9/SP
35
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
dispondo em seu art. 225 que “todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado [...] impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações”. Dessa forma, o princípio da participação acaba por
permitir à coletividade e ao cidadão a fiscalização da atuação estatal na
proteção ambiental.
O princípio da informação, assegura por sua vez, que todos
os cidadãos têm o direito de receber informações sobre intervenções
que atinjam o meio ambiente de maneira efetiva, de modo a viabilizar
a implementação também do princípio da cooperação repostando ao
Estado e aos cidadãos a divisão dos custos decorrentes da
implementação de uma política de prevenção ambiental.
Mas resta destacar ainda o princípio do desenvolvimento
sustentável, o qual busca o equilíbrio entre presente e futuro, o respeito
às gerações que estão por vir e a conciliação entre desenvolvimento
econômico e preservação ambiental. Trabalha-se a ideia de que o
desenvolvimento para ser sustentável deve atender às necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações
atenderem às próprias necessidades e se estrutura a partir de duas
premissas básicas, a primeira atinente aos recursos materiais e a
segunda pautada na ética intra e intergerações.
Luís Antônio Monteiro de Brito lembra que a Declaração do
Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992) apesar de
diversas menções ao princípio, não trouxe o conceito o
desenvolvimento sustentável. Entretanto tal definição já havia sido
realizada pelo relatório Brundtland, em 1987, “o desenvolvimento que
satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (BRITO, 2017).
Esse princípio foi a grande tônica das discussões da
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento no Rio de Janeiro em 1992. No ano de 2015, líderes
mundiais se reuniram na sede da ONU e decidiram um plano de ação
para erradicar a pobreza e proteger o planeta, surgindo assim a Agenda
2030 da ONU, na qual é possível encontrar o conjunto de 17 Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável e 169 metas para erradicar a
62
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Janeiro, a Lei n. 2.877/97, prevê no artigo 10, incisos VI, VI-A e VII,
as seguintes alíquotas:
VI - 2% (dois por cento) para automóveis que utilizem
motor especificado de fábrica para funcionar,
exclusivamente, com álcool;
VI-A – 1,5% (um e meio por cento) para veículos que
utilizem gás natural ou veículos híbridos que possuem
mais de um motor de propulsão, usando cada um seu tipo
de energia para funcionamento sendo que a fonte
energética de um dos motores seja a energia elétrica;
VII – 0,5% (meio por cento) para veículos que utilizem
motor de propulsão especificado de fábrica para
funcionar, exclusivamente, com energia elétrica. (RIO
DE JANEIRO, 1997).
Em síntese, as iniciativas dos Estados do PR, SP e RJ, de
incentivar a utilização de combustíveis menos poluentes, através da
redução das alíquotas do IPVA, seria muito mais eficiente caso não
isentassem os veículos de fabricação mais antiga, veículos que poluem
muito mais que os de fabricação mais recente. No mesmo sentido, os
Estados do RS, AC, ES, CE, AM, RO, GO, BA, AL e SC, que também
isentam do IPVA os veículos antigos conforme demostrado na Tabela
1, também cometem o mesmo equívoco (erro).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Jackson Torres1
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
3 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] VI -
defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação [...].
3
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para
as presentes e futuras gerações.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para
o setor privado.
103
4
Nesse sentido, o autor recorda os compromissos relacionados a Pretendida
Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC) - pertencente ao quadro
normativo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(UNFCCC) - firmados pelo Brasil na Convenção de Paris de 2015 (COP21),
que se relacionam com a substituição da matriz energética e promoção das
energias renováveis.
105
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5
Conforme as informações do sítio: http://www.agenda2030.org.br/ods/7/
106
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
1 EFICIÊNCIA ECONÔMICA-AMBIENTAL
2 TRIBUTAÇÃO AMBIENTAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
3Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
129
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS