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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – 21/02/2021

TEMA: VIDA CURTA, MINISTÉRIO FRUTÍFERO


TEXTO-BASE: MARCOS 6:14-29

1. QUEM FOI JOÃO BATISTA?

 Seus pais: Zacarias (avançado em idade, sacerdote) e Isabel (que era avançada em idade e estéril).
O anjo Gabriel apareceu a Zacarias no templo, dizendo que sua mulher daria à luz um filho, que seria
chamado João. Este seria grande diante do Senhor. Isabel era prima de Maria, mãe de Jesus, e ficou
grávida 6 meses antes de Maria receber a notícia de que seria mãe do Salvador (Lucas 1:5-38).

 Seu nascimento: foi profetizado por Isaías (Isaías 40:3) e Malaquias (Malaquias 3:1). O próprio João
Batista menciona isto (João 1:23).

 Sua missão: “endireitar o caminho do Senhor” (João 1:23); “preparar ao Senhor um povo bem-
disposto (Lucas 1:17). Em Lucas 3:10-14, podemos ter uma noção do teor do discurso de João, que
convidava as pessoas para o arrependimento e mudança de atitude. Além disso, a sua pregação
apontava sempre para o Salvador que viria depois dele (João 3:28, 36).

 O responsável pelo batismo de Jesus: João é quem realizou o batismo do Senhor Jesus no rio Jordão
(Marcos 1:9-11). Além disso, foi dele um dos testemunhos mais impactantes acerca do Senhor Jesus
(João 1:29, 32-34).

 Seu estilo de vida: pregava no deserto, vestia-se de pelos de camelo e alimentava-se de gafanhotos
e de mel silvestre (Mateus 3:4). Seu modo de vida chegou a fazer com que as pessoas dissessem
que ele estava endemoninhado (Mateus 11:18-19).

2. O QUE PODEMOS APRENDER COM A VIDA E O MINISTÉRIO DE JOÃO?

 Sua vida foi humilde, mas isto não impediu que ele realizasse a sua missão. As pessoas vinham até
ele por causa da sua mensagem, e não por causa de sua delicadeza, palavras mansas, aparência
ou vestimentas. O próprio Senhor Jesus testificou dele, dizendo não haver maior profeta do que João
Batista (Lucas 7:24-28), e honrando-o diante dos homens (Mateus 11:11a).

E nós? Temos nos preocupado mais com o teor de nossa mensagem, ou em agradarmos os olhos
e ouvidos daqueles que nos ouvem? Nossa mensagem tem conduzido as pessoas à salvação, ou
temos nos dedicado a fazer a obra para nossa glória própria? Que tenhamos a humildade de declarar
como João Batista: “É necessário que Ele cresça e eu diminua.” (João 3:30). Muito diferente do que
temos visto hoje em muitas igrejas, nas quais os líderes são as grandes estrelas, que tudo podem.
O Senhor certamente recompensa aqueles que fazem a Sua obra com temor e sinceridade de
coração, reconhecendo quem somos e quem Ele é!

 O seu tempo de ministério foi reduzido, mas suficiente para cumprir aquilo que Deus havia
determinado para ele. A grande questão não está no tempo em que temos servido ao Senhor, mas
sim na qualidade com a qual temos buscado realizar a Sua obra.

Podemos viver anos dentro de uma Igreja local, participando ativamente dos trabalhos, e mesmo
assim não produzirmos frutos espirituais verdadeiros e abundantes. Muitas vezes, confundimos uma
vida de santidade com religiosidade, a qual o Senhor abomina. Lendo Isaías 1:11-17, percebemos
as duras palavras que o próprio Deus direciona ao seu povo, que havia abandonado o verdadeiro
culto ao Senhor por uma vida de aparência.
Nos evangelhos, o Senhor Jesus trata esta questão com o mesmo rigor diante da hipocrisia de
escribas e fariseus, que impunham pesados fardos sobre as pessoas, porém suas obras não
seguiam aquilo que pregavam (Mateus 23:1-4).

Cada um de nós deve se policiar, para que não sejamos conduzidos a uma vida de aparente
religiosidade, porém imersa em pecados e iniquidade. “Deixando, pois, toda malícia, e todo engano,
e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente
nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo.” (1 Pedro 2:1-2).

 João não mudou o teor do seu discurso, mesmo diante de elevadas autoridades que poderiam
prendê-lo, e até matá-lo, como acabou por acontecer. Ao contrário, condenou o pecado de Herodes,
que havia seduzido a mulher de seu próprio irmão (Marcos 6:17-18).

Da mesma forma, nosso testemunho e nossa mensagem não podem ser alterados da forma como
acharmos conveniente para cada circunstância. No seio familiar, no trabalho, na escola, na
faculdade, entre os amigos... em todo o momento, precisamos ser um livro aberto, que anuncia a
salvação e a graça de Cristo para com o pecador.

Lembre-se: nós podemos usar ferramentas e meios diferentes, porém a mensagem é a mesma! Veja
o exemplo de Paulo (1 Coríntios 9:19-22). Ele procurava se adaptar às diferentes situações, para
que de alguma forma conseguisse conduzir as pessoas à salvação. No entanto, independente das
circunstâncias, seu objetivo sempre era “propor de graça o evangelho de Cristo” (1 Coríntios 9:18).

João, assim como Paulo, sabia que o sofrimento e as tribulações sempre estarão presentes na vida
daquele que escolhe servir ao Senhor. Ambos aprenderam a contentar-se com aquilo que haviam
recebido de Deus: tanto o abatimento, quanto a abundância; tanto a fome, quanto a fartura. Todas
as coisas são possíveis quando estamos naquele que nos fortalece (Filipenses 4:11-13). E somos
ainda convidados a nos gloriarmos nas tribulações, pois estas produzem a paciência, que produz a
experiência, que produz a esperança (Romanos 5:3-4).

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda
consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os
que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de
Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa
consolação sobeja por meio de Cristo.” (2 Coríntios 1:3-5).

 João teve o privilégio de ter o próprio Senhor Jesus Cristo confundido com ele (Marcos 6:14-16).
Certamente, a confusão feita por Herodes aconteceu por causa da semelhança que havia entre o
discurso e a vida de João com o discurso e a vida do próprio Senhor Jesus.

Será que eu poderia ser comparado com o Senhor Jesus? Minhas atitudes, palavras e gestos
apresentam alguma semelhança com o Mestre? No modo como trato minha esposa ou esposo, os
filhos, pais, amigos, irmãos em Cristo, autoridades... tenho demonstrado uma vida digna do meu
Salvador? Temos sido imitadores de Cristo, como Paulo? (1 Coríntios 11:1).

A vida de João Batista, e o seu testemunho, impactaram mesmo aqueles que não queriam dar crédito
à sua mensagem, como foi o caso de Herodes (Marcos 6:20).

“Se alguém foi chamado para ser varredor de ruas, ele deveria varrer as ruas com o mesmo empenho
que Michelangelo pintava seus quadros, que Beethoven compunha suas músicas ou que
Shakespeare escrevia suas obras. Ele deveria varrer tão bem as ruas de modo que todas as hostes
celestiais e terrenas parassem para observar e dissessem: aqui viveu um grande varredor de rua,
que fez um ótimo trabalho.” (Martin Luther King)

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
(1 Coríntios 10:31)

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