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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA

Fundamentos de Macroeconomia – EAE0111

Lista de Exercícios 5
Professor: Ricardo Guedes

1 – O modelo de Solow em sua versão original, sem crescimento populacional e sem progresso técnico
pressupõe que as economias estagnam num determinado nível de produto no longuíssimo prazo. A versão
do modelo com crescimento populacional resolve o problema de explicar o crescimento sustentável no
longo prazo. Explique de que modo isso ocorre.

2 – Os Países A e B têm a seguinte função de produção: 𝑌 = 𝐹(𝑁, 𝐾) = √𝑁𝐾


a) Esta função de produção tem retornos constantes à escala?

b) Qual é a função de produção por trabalhador resultante de 𝑌⁄𝑁 = 𝑓(𝐾⁄𝑁)

c) Presuma que nenhum país experimenta crescimento populacional ou progresso tecnológico e que 5% do
capital se desvaloriza a cada ano. Suponha ainda que o país A economize 10% da produção a cada ano e o
país B economize 20% da produção a cada ano. Encontre o nível de capital no estado estacionário por
trabalhador, o nível de renda no estado estacionário por trabalhador e o consumo por trabalhador.
3 – Uma economia descrita pelo modelo de crescimento de Solow tem a seguinte função de produção: 𝑦 =
√𝑘, onde 𝑘 = 𝐾⁄𝑁. Um país A desenvolvido tem taxa de poupança de 28% e taxa de crescimento
populacional de 1% aa. Um país B em desenvolvimento tem taxa de poupança igual a 10% e taxa de
crescimento populacional de 4% aa. Em ambos os países a taxa de crescimento tecnológico é 𝑔 = 0,02 e
depreciação é 𝛿 = 0,04. Descubra o valor do estado estacionário da renda por trabalhador (y) de ambos.
Para esse modelo, que política econômica os países menos desenvolvidos podem adotar para aumentar o
nível de renda?
4 – Um investidor tem a opção de investir certo montante (em dólares) em seu país à taxa de 2% ou em
um ativo de risco equivalente no Brasil à taxa de 6% para o mesmo prazo. Sabendo que a taxa de câmbio
no início do período é de R$5/US$1, qual deve ser a expectativa de variação cambial no final do período
para valer a condição de paridade de juros?
5 – Considere uma economia aberta descrita pelas seguintes equações:
Consumo: 𝐶 = 100 + 0,6𝑌
Investimentos: 𝐼 = 50 − 4𝑖
Gastos do governo: 𝐺 = 100
Exportações líquidas: 𝑁𝑋 = 50 + 0,1𝑌 ∗ − 0,1𝑌 + 70𝜀

Demanda por moeda: (𝑀⁄𝑃)𝑑 = 0,5 𝑌⁄𝑖

Renda externa: 𝑌 ∗ = 1000


Onde 𝑌 é a renda doméstica, 𝑖 é a taxa de juros domésticas e 𝜀 é a taxa de câmbio real. Os níveis de
preços são 𝑃 = 𝑃∗ = 1 e a taxa de juros externa 𝑖 ∗ = 5 e há perfeita mobilidade de capitais. O governo
adota um regime de câmbio fixo e mantém o câmbio nominal igual a 1 sem expectativa de alteração no
futuro.
a) Qual a taxa de câmbio real?
b) Qual a taxa de juros doméstica?
c) Qual é a renda doméstica?

6 – Considere uma economia aberta descrita pelas seguintes equações:


Consumo: 𝐶 = 200 + 0,5𝑌𝑑
Investimentos: 𝐼 = 400 + 0,2𝑌 − 2000𝑖
Gastos do governo: 𝐺 = 100
Impostos: 𝑇 = 100
Exportações: 𝑋 = 200 + 0,01𝑌 ∗ + 100𝜀
Importações: 𝑀 = 0,1𝑌 − 50𝜀
Renda externa: 𝑌 ∗ = 10000
Onde 𝑌 é a renda doméstica, 𝑌𝑑 é a renda disponível (𝑌 − 𝑇), 𝑖 é a taxa de juros e 𝜀 é a taxa de câmbio
real. Supondo que a taxa de juros 𝑖 seja igual a 5% e que a taxa de câmbio é igual a 1. Calcule é a renda
doméstica de equilíbrio?

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