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Fundamentos
da
Doutrina de
Cristo
“Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até
a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de
obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da
imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.”
(Hebreus 6:1)

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Sumário
1.1 Compreendendo a sua Origem ............................................................... 5

1.2 Lute contra o Pecado .............................................................................. 7

1.3 Tome Posse da Vitória da Cruz ............................................................ 10

1.4 Cubra-se com o Precioso Sangue de Jesus ....................................... 13

1.5 Desenvolva a Sua Salvação.................................................................. 16

1.6 Arrependa-se das Obras Mortas .......................................................... 19

1.7 Exercite a sua Fé ................................................................................... 24

1.9 Experimente o Poder das Escrituras .................................................. 28

1.10 Ande com o Espírito Santo ................................................................. 32

1.11 Consagre as Suas Mãos ...................................................................... 37

1.12 Entenda o Destino dos Mortos e o Juízo Eterno ............................. 42

1.13 Prepare-se para a 2ª Vinda de Jesus ................................................ 47

2.1 O REINO DA LUZ..................................................................................... 54

2.2 O REINO DAS TREVAS ........................................................................... 61

2.3 LIBERTAÇÃO ........................................................................................... 67

2.4 PRINCÍPIOS DE GUERRA ESPIRITUAL................................................ 75

2.5 A QUEBRA DE MALDIÇOES ................................................................... 81

2.6 A CURA INTERIOR .................................................................................. 86

2.7 ESTABELECENDO UM HÁBITO DEVOCIONAL ................................... 91

3.1 A Benção de Ser Solteiro ...................................................................... 99

3.2 Princípios de Namoro Cristão ............................................................ 102

3.3 Casamento: Uma Aliança diante de Deus ........................................ 109

3.4 Os Fundamentos do Matrimônio ........................................................ 112

3.5 O Papel de Cada Cônjuge.................................................................... 116

3.6 O Lar que Tudo Suporta ...................................................................... 121

3.7 Criando Filhos Vencedores ................................................................. 126

3.8 Administrando Suas Finanças............................................................ 130

3.9 Servindo a Deus em Família ............................................................... 136

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1.1 Compreendendo a sua Origem
1. Tudo começa em Deus: “porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo
foi criado por ele e para ele.” (Colossenses 1:16);
2. Os dois primeiros capítulos do livro de Gênesis falam da obra da criação. “Gênesis” quer
dizer “princípio” “começo”: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1);
3. Antes de criar o homem, Deus criou a Terra para o homem. “Assim, os céus, e a terra, e
todo o seu exército foram acabados.” (Gênesis 2:1);
4. O homem é a coroa de toda a criação de Deus. Após cada ato criativo, Deus via que era
bom, mas após criar o homem Deus viu que era muito bom. “E viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.” (Gênesis 1:31);
5. O homem foi criado de uma forma especial, tendo sido formado pelas mãos do Senhor e
recebido diretamente dEle o sopro da vida. E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra
e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gênesis 2:7);
6. O Senhor revestiu o homem de autoridade e lhe deu poder para dominar sobre toda a
criação: “disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e
sobre todo réptil que se move sobre a terra” (Gênesis 1:26);

CARACTERÍSTICAS DO HOMEM ORIGINAL:


• Retidão: O homem foi criado reto “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem
reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.” (Eclesiastes 7:29);
• Justo e Santo: Como imagem de Deus, o homem refletia Sua santidade e justiça
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher
os criou” (Gênesis 1:27);
• Inocente: Seus atos eram absolutamente puros. “E ambos estavam nus, o homem e a
sua mulher; e não se envergonhavam” (Gênesis 2:25);
• Amigo de Deus: Até o dia em que o homem pecou, Deus visitava o homem. Eram
amigos. “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia;
e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar
no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me”. (Gênesis 3:8 - 10);
• Eterno: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no
coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio
até ao fim” (Eclesiastes 3:11);
• Grande capacidade física: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no
jardim do Éden para o cultivar e o guardar.” (Gênesis 2:15);
• Grande capacidade intelectual: “E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos
céus, e a todo animal do campo...” (Gênesis 2:20);
• Vigor: “E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos; e morreu.”
(Gênesis 5:5);
• Próspero: O homem tinha plena abundância (física, emocional, espiritual) “E a todo
animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente,
toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi” (Gênesis 1:30);

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• Abençoado por Deus: “E Deus os abençoou...” (Gênesis 1:28);

• Dono da Terra: A Terra foi dada para o homem “Os céus são os céus do SENHOR,
mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens.” (Salmo 115:16);
• Produtivo: Ao contrário do que muitos pensam, Adão trabalhava, ele tinha duas
ocupações: Cultivar o Jardim e Guardá-lo. Quando Deus ordena a guarda do Éden
certamente Satanás era o único perigo presente. “E tomou o Senhor Deus o homem e
o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gênesis 2:15);

O LIVRE ARBÍTRIO:
O homem foi dotado com o livre arbítrio, ou seja, a capacidade de decidir seu
próprio caminho. “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto
a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente”
(Deuteronômio 30:19);
Deus nos criou inteligentes e livres, por isso podemos escolher e determinar nosso
próprio caminho. Nós somos responsáveis por nossas decisões. “A alma que pecar, essa
morrerá”; (Ezequiel 18:20);
A grande condição para que o homem preservasse seu estado original de benção
seria a sua submissão completa e voluntária a Deus. “E ordenou o Senhor Deus ao homem,
dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do
mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis
2:16-17);
Até hoje exercemos nosso livre arbítrio. Salvação ou Perdição, Pecado ou Santidade,
Céu ou Inferno são fruto de nossa escolha pessoal. O Pecado arruinou o plano original de
Deus para o Homem, mas em Jesus tudo o que foi roubado nos é devolvido. Esta é a época
da restauração de Deus sobre sua vida!

PARA PRATICAR:
• Não duvide do amor de Deus por você! Você não é fruto do acaso, é filho do Pai
Celestial! “Eu, o Senhor, sou o seu Criador e o tenho ajudado desde o dia em que você
nasceu. Israel, meu servo, não fique com medo, pois eu o amo e o escolhi para ser meu.”
(Isaías 44:2 NTLH);

• Jamais duvide da importância da sua vida nesse mundo! Sua vida é necessária e
importante para Deus, para este mundo e para a Igreja de Deus. “Porque somos
feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que
andássemos nelas.” (Efésios 2:10);

• Nunca duvide do plano de Deus para sua vida! Creia! O Senhor nos criou para uma
vida feliz, de benção e de paz: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós,
diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais”
(Jeremias 29:11);

• Você veio de Deus! Está aqui para cumprir um grande e maravilhoso propósito
divino! Deus tem para você uma Vida Abundante na Terra e uma Vida Eterna no
Céu!

Você não está aqui por acaso. Cada detalhe da criação fala do amor e do cuidado de Deus
por você. Pois tudo que Ele fez, fez para o homem. Nunca duvide do amor de Deus por
você. Ele tem um plano na vida de cada um de seus filhos. Descobrir e participar do plano
de Deus para nossas vidas é o que torna nossa vida emocionante!

Sugestão de leitura: Você é o melhor de Deus – T L Osborn

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1.2 Lute contra o Pecado

A ORIGEM DO PECADO:
• No Éden, Deus deu apenas um mandamento. “Ordenou o Senhor Deus ao homem,
dizendo: de toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente
morrerás.” (Gênesis 2:16 e 17);
• Satanás usou a boca da serpente para enganar Eva. Essa foi a primeira sessão
espírita do mundo. “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que
o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis
de toda árvore do jardim?” (Gênesis 3:1);
• O homem desobedeceu a Deus. “Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se
comer... tomou do seu fruto e comeu, e deu também a seu marido, que estava com ela, e
ele comeu.” (Gênesis 3:6);
• Rebelando-se contra a autoridade de Deus, ele optou pelo autogoverno: “Ouvi, ó
céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exalcei-os, mas eles
prevaricaram contra mim” (Isaías 1:2);
• Toda atitude de rebelião, de independência de Deus e de desobediência, chamamos
PECADO. “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal” (Salmo
51:4);

AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO:
1. A perca da inocência: “E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore
de que te ordenei que não comesses?” (Gênesis 3:11);
2. A presença do medo no coração do homem: “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava
no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus,
entre as árvores do jardim” (Gênesis 3:8);
3. A perca da provisão de Deus e a maldição do pecado imposta sobre a Terra: “E a Adão
disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei,
dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias
da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo.” (Gênesis 3:17-
18);
4. O banimento do Éden e da presença de Deus: “o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim
do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins
ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o
caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3:23-24).
5. A separação completa de Deus: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não
possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem
divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos
não ouça.” (Isaías 59:1 e 2);
6. A separação da glória de Deus: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”
(Romanos 3:23);
7. O peso do sentimento de culpa: “Pois já as minhas iniquidades ultrapassam a minha cabeça;
como carga pesada são demais para as minhas forças.” (Salmo 38:4);
8. A penalidade de morte: “A alma que pecar, esta morrerá” (Ezequiel 18:4).

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9. O pecado trouxe três tipos de morte para o homem: “pois no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.” (Gênesis 2:16 e 17); “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que
todos pecaram” (Romanos 5:12);
a) O pecado trouxe a morte física. Por envelhecimento, doença ou degeneração, o
espírito do homem deixa o corpo. “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9:27);
b) O pecado trouxe morte espiritual. Esta morte acontece enquanto o homem vive
no corpo. É viver separado de Deus. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e
pecados” (Efésios 2:1); “mas a que vive em deleites, vivendo, está morta” (I Timóteo 5:6);
c) . “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e
aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago
que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8);

A NOSSA RESPONSABILIDADE DIANTE DO PECADO:


• Cada indivíduo, ao cometer seus próprios pecados, atrai sobre si as consequências
terríveis da desobediência aberta à Palavra de Deus. Cada um é responsável por si!
“A alma que pecar, essa morrerá”; (Ezequiel 18:20);

• O homem peca por conduta. O pecado é uma escolha. “Não te deixes vencer do mal,
mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12:21); Por isso precisamos de
arrependimento!

• O homem também peca por causa de sua natureza pecaminosa. Nascemos em


iniquidade. “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”
(Salmo 51:5); Por isso precisamos nascer de novo!

COMO VENCER O PECADO:


1- Rejeite a passividade. Exerça sua vontade contra o pecado. Há crentes que ficaram tanto
tempo submissos ao pecado que mesmo depois de convertidos não sabem impor-se sobre ele.
A chave para vencer o pecado é lembrar-se que é você e não Deus quem resistirá ao pecado.
“Se alguém quiser fazer a vontade dele...” (João 7:17); A vontade do crente é livre e precisa
ser diariamente submetida a vontade de Deus e exercitada contra o pecado. Quem faz isso
é você e não Deus!
2- Controle seu próprio espírito. Use sua vontade para conter seu espírito quando ele se
tornar precipitado ou para levantá-lo quando ele afundar demais. “Mas o fruto do Espírito
é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22 e 23);
3- Renove sua mente. Você pode evitar o pecado enchendo-se com a Palavra de Deus.
Alguém disse sobre a Bíblia: “Ou este livro te afastará do pecado ou o pecado te afastará
deste livro”. Você decidirá! “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus. (Romanos 12:2);
4- Subjugue seu corpo. Ele é seu servo e não seu senhor! “Antes, subjugo o meu corpo e o
reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar
reprovado.” (I Coríntios 9:27); A Bíblia revela que a imoralidade sexual é mais séria que
outros pecados, porque envolve nosso corpo de forma mais intensa.
O pecado tem que ser um acidente em sua vida. Se pecar, confesse imediatamente seu
pecado. Banhe-se no sangue de Jesus, receba perdão e misericórdia do trono celestial. “Se

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confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de
toda injustiça.” (I João 1:9);
Ou você destrói o pecado hoje, ou ele te destruirá amanhã! Não tolere o pecado em sua
vida. Lute contra ele.

Sugestão de Leitura: Força para Viver – Jamie Buckinghan

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1.3 Tome Posse da Vitória da Cruz
Através da morte do Senhor Jesus na cruz, Deus estava lidando com o pecado, com
o sofrimento e a angústia de todas as pessoas. Jesus estava morrendo no lugar de todos os
indivíduos do mundo. A aceitação pessoal do que Ele fez na cruz traz a resposta à todas as
nossas necessidades.

A VITÓRIA DA CRUZ:
1- Na cruz, Deus revela o seu poder: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem;
mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. (I Coríntios 1:18);
2- Na cruz, Deus mostra o seu amor por nós: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em
que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8);
3- Na cruz, Deus removeu as nossas dores: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido.” (Isaías 53:4);
4- Na cruz, Jesus levou a punição pelos nossos pecados: “Mas ele foi ferido pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e,
pelas suas pisaduras, fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Isaías
53:5 e 6);
5- Na cruz, Jesus levou os nossos pecados e nossas enfermidades. “levando ele mesmo em seu
corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver
para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (1 Pedro 2:24);
6- Na cruz, Jesus derrotou o diabo, a morte e nos livrou da escravidão do pecado. “E, visto
como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para
que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os
que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” (Hebreus 2:15)
7- Na cruz, Jesus se fez maldito em nosso lugar. “Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro)” (Gálatas 3:13); A cruz é um lugar de maldição. É nela que se
morriam os mais indignos entre os homens.
8- Na cruz, Jesus pagou a nossa dívida e triunfou sobre os principados e potestades. “havendo
riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades,
os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.” (Colossenses 2:14 e 15);
9- Na cruz, Jesus se tornou maldito em nosso lugar para que recebêssemos a benção de
Abraão; “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse
aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito” (Gálatas
3:13 e 14);

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UM NOVO RELACIONAMENTO ATRAVÉS DA CRUZ:
• Tornamo-nos aceitáveis diante de Deus através da cruz: “Àquele que não conheceu
pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (II
Coríntios 5:21);

• Recebemos o perdão através da cruz: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos
transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu
sangue, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação;” (Colossenses 1:13-14);

• Nos tornamos membros da Família de Deus através da cruz: “Porque, assim o que
santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha
de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei
louvores no meio da congregação.” (Hebreus 11:1 e 2);

LIBERDADE ATRAVÉS DA CRUZ:


• Livres de Satanás: “E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente
e deles triunfou em si mesmo.” (Colossenses 2:15);

• Livres dos pecados cometidos no passado: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas
transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro. (Isaías 43:25);

• Livres do poder do pecado hoje: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois
não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” (Romanos 6:14);

• Livres das enfermidades: “para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que
diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.” (Mateus
8:17);

• Livres da maldição: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por
nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” (Gálatas
3:13);

• Livres da condenação do julgamento: “uma vez por todas ele apareceu agora, quando
os tempos estão chegando ao fim, para tirar os pecados por meio do sacrifício de si
mesmo... Cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus.”
(Hebreus 9:26 e 27 NTLH);

• Livres da Morte Eterna: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
(João 3:16); “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os
justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou
dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos
8:33 -34);

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COMO TOMAR POSSE DA VITÓRIA DA CRUZ
1- Busque compreender todos os benefícios da obra da cruz e aceite pessoalmente cada um
deles: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.” (I Coríntios
2:2);
2- Creia nesses benefícios de todo coração e confesse-os com a sua boca: “Bendize, ó minha
alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas
as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te
coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se
renova como a da águia.” (Salmo 103:2-5);
3- Ore e trabalhe para que cada aspecto da sua vida seja tocado pela obra da cruz: “Estou
plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6);
4- Compartilhe a revelação da cruz com outros: “mas nós pregamos a Cristo crucificado, que
é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus
como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (Colossenses 1:23 e
24);

Sugestão de Leitura: A revelação da Cruz – Pr. César Castellanos D.

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1.4 Cubra-se com o Precioso Sangue de Jesus
O derramamento do sangue de Jesus Cristo na Cruz foi fundamental para que pudéssemos
receber o perdão pelos nossos pecados e aceitação na presença de Deus. Pois “Sem o
derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9:22);

A IMPORTÂNCIA DO SANGUE:
A Vida está no sangue: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o
altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da
vida.” (Lv. 17:11);
O homem nada pode fazer para auto purificar-se. Nem boas obras ou qualquer outra coisa
pode nos purificar. “Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado!”
(Provérbios 20:9); Por isso Deus prometeu providenciar um meio para nos purificar
completamente do nosso pecado. “... ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles
se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como
a branca lã.” (Isaías 1:18);
Desde o Éden, sempre que pecava, o homem oferecia o sangue de animais como expiação
pelos seus pecados. Mas em Jesus, este sangue foi substituído por um sacrifício superior.
“Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos,
os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito
eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?” (Hebreus 9:13,14);
Jesus deu seu próprio sangue na cruz, por todos os pecados, de todos os pecadores, de todos
os tempos! “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado” (I Pedro 1:18-20);
O sangue de Jesus tem poder para nos purificar de TODA injustiça, de TODO pecado, de
TODA culpa! “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7).

O QUE O SANGUE FAZ POR NÓS:


1- Nossa comunhão é restaurada: “Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por
nós quando ainda vivíamos no pecado. E, agora que fomos aceitos por Deus por meio da morte
de Cristo na cruz, é mais certo ainda que ficaremos livres, por meio dele, do castigo de Deus.”
(Romanos 5:8 e 9);
3- O direito de posse é anulado de Satanás: “em quem temos a redenção pelo seu sangue, a
saber, a remissão dos pecados; (Colossenses 1:14); Redenção significa “comprar de volta”.
Estamos debaixo de um novo dono, e o preço que foi pago por nós foi o sangue derramado
de Jesus. Somos “...a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (Atos 20:28);
4- Somos purificados da culpa: “quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para
servirdes ao Deus vivo?” (Hebreus 9:14);
5- O sangue nos santifica: “E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio
sangue, padeceu fora da porta” (Hebreus 13:12);
6- O sangue nos aproxima de Deus: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe,
já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” (Efésios 2:13);

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7- O sangue nos dá confiança diante de Deus: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no
Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto
é, pela sua carne, e tendo

um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira
certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,”
(Hebreus 10:19 -22);

O SANGUE DERRAMADO NO GETSÊMANI: Quando Jesus orava no Jardim


do Getsêmani, ele anteviu todo o sofrimento, dor, ódio e fúria que estava prestes a cair sobre
sua vida por isso orou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice;” (Lucas 22:42a); Mas Jesus
também nos viu. Mortos em nossos pecados. Ele nos amou e se submeteu a vontade de Deus,
entregando-se para morrer na cruz em nosso lugar! “todavia, não se faça a minha vontade,
mas a tua.” (Lucas 22:42b);
• No Jardim do Éden, Adão escolheu a rebelião. Este sentimento de rebeldia tornou-
se parte da natureza do homem. Mas aqueles que são lavados pelo sangue de Jesus
são livres para assumirem a natureza divina. “pelas quais ele nos tem dado
grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza
divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo” (II
Pedro 1:4);

• No Jardim do Getsêmani, Jesus escolheu ser obediente e submisso à Deus. Ali ele
suou grandes gotas de sangue. “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu
suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão.” (Lucas 22:44); No
poder do sangue de Jesus nossa vida deve ser um Getsêmani e não um Éden!!!

O SANGUE DERRAMADO NO AÇOITE: Jesus foi açoitado por um chicote feito


de metais e ossos pontiagudos, que abriram uma enorme chaga em suas costas “... e, tendo
mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.” (Mateus 27:26).

• O sangue derramado durante os 39 açoites de Jesus nos curava “Verdadeiramente,


ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre
ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.” (Isaías 53:4 e 5); No poder do sangue de
Jesus há cura para todas as nossas enfermidades!!!

O SANGUE DERRAMADO PELA COROA DE ESPINHOS: Os soldados


coroaram Jesus com uma coroa de espinhos e ali seu sangue foi derramado. “E, tecendo uma
coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça” (Mateus 27:29-30);
• O espinho é símbolo de maldição. A Terra originalmente foi criada sem espinhos,
eles só apareceram como sinal da maldição advinda do pecado. “... maldita é a terra
por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também
te produzirá...” (Gênesis 3:17 e 18); Quando Jesus foi coroado, o sangue ali
derramado, liberava poder para quebrar toda maldição em nossas vidas. “Cristo nos
resgatou da maldição da lei... para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus
Cristo” (Gálatas 3:13 e 14); No poder do sangue de Jesus, nenhuma maldição terá
poder sobre as nossas vidas!!!

O SANGUE DERRAMADO NA CRUZ:


• Na cruz o sangue de Jesus foi novamente derramado quando Ele teve seu corpo
perfurado pelos cravos e pela lança. “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira,

14
ali o crucificaram...” (Lucas 23:33); “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com
uma lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19:34);
• O sangue derramado na cruz nos lavou completamente. “e da parte de Jesus Cristo,
que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele
que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Apocalipse 1:5 e 6);

Lembre-se da aliança de sangue que Deus tem com você, de lhe perdoar, lhe
purificar de todo pecado e de lhe proteger dos ataques de satanás.
Sugestão de leitura: O Sangue – Benny Hinn

15
1.5 Desenvolva a Sua Salvação
Para experimentarmos a plenitude da Vida Abundante de Deus precisamos cooperar com
a obra do Senhor Jesus em nossas vidas. A salvação que Deus nos deu pode e deve ser
desenvolvida. “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;” (Filipenses 2:12b); Isso só é
possível quando entendemos como ela funciona em nossa vida.

A NATUREZA DO HOMEM:
A maioria das pessoas imagina que somos apenas corpo e alma. Acham que alma e espírito
é a mesma coisa. Mas isso não é verdade. Na Palavra de Deus vemos que alma e espírito são
coisas distintas: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer
espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito...” (Hebreus 4:12);

• Nós somos formados por três substâncias: Espírito, alma e corpo. A parte material
é o corpo e pela parte imaterial é o espírito e a alma. Nós somos um espírito, temos
uma alma e habitamos um corpo. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e
todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para
a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5:23);
• Corpo é a habitação física do nosso espírito. Foi formado por Deus do pó da terra.
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra...” (Gênesis 2:7);
• Espírito (Pneuma) é o nosso verdadeiro eu, o fôlego de vida que Deus nos deu. “e
soprou em seus narizes o fôlego da vida...” (Gênesis 2:7);
• Alma (Psique) é nossa mente, emoções e intelecto; “... e o homem foi feito alma
vivente.” (Gênesis 2:7);
• Alma e Espírito não são a mesma coisa: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e
mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma,
e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções
do coração.” (Hebreus 4:12); Com o corpo contatamos o mundo físico, com o espírito
contatamos o mundo espiritual, com a alma contatamos o mundo psicológico.

A SALVAÇÃO DO NOSSO ESPÍRITO:


O Novo Nascimento ocorre instantaneamente em nosso espírito: “O que é nascido da carne é
carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” (João 3:6);
Quando nos convertemos, nascemos de novo e tudo em nós se faz novo. “Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (II
Coríntios 5:17);
No entanto, este “TUDO” é apenas no nosso espírito. Nossa alma ainda tem que ser livre de
laços e embaraços que nos aprisionam. “e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do
diabo, em cuja vontade estão presos.” (II Timóteo 2:26);
Mesmo depois de nascer de novo nosso espírito precisa ser exercitado para que possamos
discernir o que procede da alma daquilo que procede do espírito. “Mas o alimento sólido é
para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir
não somente o bem, mas também o mal.” (Hebreus 5:14);

• Exercitamos o espírito pelo quebrantamento da alma. Assim como o osso precisa ser
quebrado para que vejamos a medula, a alma precisa ser quebrada para que
vejamos o espírito. O quebrantamento da alma torna nosso espírito sensível à Deus:
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito
não desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:17);

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• Exercitamos o espírito alimentando-o com a Palavra de Deus: “Jesus, porém,
respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca de Deus.” (Mateus 4:4);

• Exercitamos o nosso espírito orando em línguas: “Porque, se eu orar em outra língua,


o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera.” (I Coríntios 14:14);

• Exercitamos o nosso espírito rejeitando a passividade. O diabo sempre nos levará a


passividade. Mas nós precisamos ter iniciativa de buscar a Deus e nos livrarmos do
mal.

A SALVAÇÃO DA NOSSA ALMA:


A alma humana é composta de três partes: mente, emoções e vontade. A transformação da
alma não é instantânea. É gradual, pouco a pouco ela vai sendo renovada pela Palavra de
Deus e transformada. “Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com
mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.” (Tiago 1:21);

• A transformação da alma acontece pela renovação da mente: “E não vos conformeis


com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2);

• A transformação da alma acontece pela contemplação do Senhor: E todos nós, com


o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
(II Coríntios 3:18). Nosso espírito deve conter Deus, mas nossa alma deve refleti-lo.

A SALVAÇÃO DO NOSSO CORPO:


O Nosso corpo é a habitação terrestre do nosso espírito. “Pois, na verdade, os que estamos
neste tabernáculo gememos angustiados” (II Coríntios 5:4); Ele tem três funções básicas: A
locomoção, a sensação (através dos cinco sentidos) e o instinto (de sobrevivência, de defesa
e sexual).
A transformação total do nosso corpo se dará apenas no dia do arrebatamento da igreja
quando ele será glorificado. “num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela
tocará, os mortos serão ressuscitados como seres imortais, e todos nós seremos transformados.
Pois este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se
vestir com o que não pode morrer.” (I Coríntios 15:52 e 53);

• Hoje nosso corpo tem que ser disciplinado por um autocontrole ferrenho. Veja um
exemplo disso na vida de Paulo: “esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para
que tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado!” (I Coríntios
9:27);

• Hoje nosso corpo tem que ser apresentado para servir a Deus como um sacrifício
vivo. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso
corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
(Romanos 12:1);

A VISÃO COMPLETA DA NOSSA SALVAÇÃO:


• Nosso espírito nasceu de novo quando aceitamos a Jesus, agora precisa ser
exercitado.
• Nossa alma está sendo gradualmente transformada pela Palavra de Deus.
• Nosso corpo está sendo disciplinado e será glorificado um dia.

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A alma e o corpo não nascem de novo, por ocasião do Novo Nascimento. Fica claro que
todos que aceitam Jesus, apesar de ter seu espírito transformado, ainda têm pela frente
dois processos: O Sacrifício do corpo e a Renovação da Alma;
Sugestão de leitura: O homem em três dimensões – Keneth Hagin

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1.6 Arrependa-se das Obras Mortas
Evangelho é transformação de vida. A Transformação só acontece na medida em que nos
arrependemos. “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos
os homens, em todo lugar, que se arrependam” (Atos 17:30); Arrependimento contínuo gera
transformação contínua. Arrependimento profundo gera transformação profunda. Falta de
arrependimento é a causa da falta de transformação.

O QUE O ARREPENDIMENTO NÃO É:


• Não é um mero sentimento de culpa. Nem todos que se sentem culpados se
arrependem de fato. Félix se sentiu culpado, porém não se arrependeu. (Atos 24:25);
• Não é apenas ficar triste pelo pecado. Muitos ficam tristes, não pelo que fizeram de
errado, mas pela penalidade que recebem ao serem pegas. Judas chorou de tristeza
e se matou, mas não se arrependeu: “Porque a tristeza segundo Deus opera
arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo
opera a morte.” (II Coríntios 7:10);
• Não é uma tentativa de sermos pessoas boas. Muitas pessoas tentam ser melhores
sem reconhecer a necessidade de arrependimento. Adão vestiu-se com folhas e não
se arrependeu. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como
trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento,
nos arrebatam.” (Isaías 64:6);
• Não é adquirir religiosidade apenas. Os fariseus da Bíblia eram extremamente
religiosos, jejuavam, oravam, no entanto nunca se arrependeram. “E, vendo ele
muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de
víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento” (Mateus 3:7 e 8);
O QUE É O VERDADEIRO ARREPENDIMENTO:
• É uma tristeza, não apenas para consigo próprio, ou para com outra pessoa, mas em
primeiro lugar é uma verdadeira tristeza para com Deus. “tem misericórdia de mim,
ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão
das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do
meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para
que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.” (Salmo 51:1-4);
• É ser realista e honesto com relação ao seu pecado: “Confessei-te o meu pecado e a
minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e
tu perdoaste a maldade do meu pecado.” (Salmo 32:5);
• É abandonar o pecado, trazendo-o à luz: “O que encobre as suas transgressões nunca
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13);
• É odiar o pecado: “ali vos lembrareis de vossos caminhos e de todos os vossos atos com
que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas maldades que
tendes cometido.” (Ezequiel 20:43);

FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO:


• Agora que nascemos de novo somos desafiados a dar frutos de verdadeiro
arrependimento: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” (Mateus 3:8); Estes
frutos são atitudes, posicionamentos e decisões compatíveis com a vida de um filho
de Deus. A promessa de Deus é mudar completamente o nosso coração: “Dar-vos-ei

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coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos
darei coração de carne.” (Ez 36:26);

• Uma nova maneira de pensar: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com


Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai
nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;” (Colossenses 3:1 e 2);

• Uma nova maneira de falar: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim
unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita
graça aos que ouvem.” (Efésios 4:29);

• Um nova maneira de agir sem enganos ou mentiras: “Foram também publicanos para
serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de fazer? Respondeu-lhes: Não
cobreis mais do que o estipulado.” (Lucas 3:12 e 13);

DESPRENDA-SE DOS LAÇOS DO DIABO:


• Mesmo após a conversão, existem muitos laços do diabo dos quais devemos nos
desprender. “instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes
dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-
se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos.” (II Timóteo 2:25 e 26);

• Zaqueu foi um exemplo bem claro disso. Imediatamente após a conversão ele sabia
que precisava ressarcir aqueles que no passado havia extorquido. Também sabia
que no passado havia tido uma atitude avarenta e mesquinha com relação ao
dinheiro e isso tinha que mudar: E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis
que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado
alguém, o restituo quadruplicado. (Lucas 19:8);

• Os irmãos de Éfeso, logo após se converterem, trouxeram todos os livros de magia


para serem queimados, porque sabiam que aquilo não tinha mais lugar em sua nova
vida: Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os
queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a
cinqüenta mil peças de prata. (Atos 19:19);

1- O LAÇO DA IDOLATRIA: A idolatria é um laço muito sério: “e como, deixando os


ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (I Tessalonicenses
1:9);
• Idolatria é adorar deuses falsos com um culto verdadeiro. Ídolo é tudo aquilo que
reverenciamos no lugar de Deus: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha
glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” (Isaías
42:8);
• O Senhor proíbe fazer e adorar imagens de quem está nos céus (Deus, Jesus, os
anjos, etc.) de quem está na terra (os vivos) e de quem está debaixo da terra (os
mortos, Paulo, Pedro, etc “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou
Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem” (Ex 20:4 e 5);
• Somos chamados para adorar o Deus vivo: “Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo
o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca,
mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas
não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai
da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles
confiam.” (Salmo 115:3 a 8);

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• As imagens de escultura não têm poder algum: “Congregai-vos e vinde; chegai-vos
juntos, vós que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas
imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” (Isaías
45:20);
• Se as imagens não têm poder para fazer mal nem para bem, qual é o problema então
com elas? O problema é quem está por trás delas, recebendo adoração devida
somente à Deus. “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao
ídolo é alguma coisa? Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam
aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” (I
Coríntios 10:19-20);
• Amigos, familiares, artistas, objetos, e todo aquele que se colocar como centro da
nossa vida, no lugar que só ao Senhor pertence, está na verdade fazendo o papel de
ídolo em nosso coração e precisa ser removido dali: Quem ama seu pai ou sua mãe
mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a
mim não é digno de mim; (Mateus 10:37);
• Idolatria é pecado: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Apocalipse 22:15);
• Nenhum anjo de Deus aceita que se prostre diante dele: “E eu, João, sou aquele que
vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas
mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de
teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.”
(Apocalipse 22:8-9);
2- O LAÇO DA FEITIÇARIA:
• A Palavra de Deus condena toda prática espírita de feitiçaria: “Entre ti se não achará
quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem
quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, pois
todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor,
teu Deus, as lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus. Porque
estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém
a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa.” (Deuteronômio 18:10-14);
• Feitiçaria contamina: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os
busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” (Levítico 19:31);

• Reger a vida através de horóscopo é feitiçaria: “Deixa-te estar com os teus


encantamentos e com a multidão das tuas feitiçarias em que te fatigaste desde a tua
mocidade; talvez possas tirar proveito, talvez, com isso, inspirar terror. Já estás cansada
com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora, os que dissecam os céus e
fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que
serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas;
nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo, para que diante dele se assentem.
Assim serão para contigo aqueles com quem te fatigaste; aqueles com quem negociaste
desde a tua mocidade; dispersar-se-ão, cambaleantes, cada qual pelo seu caminho;
ninguém te salvará.” (Isaías 47:12-15);
• Há uma sentença contra os astrólogos e místicos: “Espalhá-los-ão ao sol, e à lua, e a
todo o exército do céu, a quem tinham amado, e a quem serviram, e após quem tinham
ido, e a quem procuraram, e diante de quem se tinham prostrado; não serão recolhidos,
nem sepultados; serão como esterco sobre a terra” (Jeremias 8:2);

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• Eles até curam, através de cirurgias espirituais, mas roubam a paz da alma: “Curam
superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” (Jeremias
8: 11);

• Satanás também faz sinais para enganar e prender a alma: “Ora, o aparecimento do
iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,”
(II Ts 2:9);

• O fato de alguém curar não garante que esta pessoa seja de Deus. “porque surgirão
falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se
possível, os próprios eleitos.” (Mt 24:24);

• A consulta aos mortos é abominação ao Senhor: “Assim, morreu Saul por causa da sua
transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não
guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não ao SENHOR,
que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” (I Crônicas 10:13,14);

3- O LAÇO DOS VÍCIOS:


• Deus nos chamou à liberdade. Portanto em Cristo não precisamos ser escravos de
drogas, bebidas, cigarro, pornografia ou qualquer outro vício: “Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36);
• A maioria das drogas vem de plantas (maconha, cocaína, tabaco, cana de açúcar,
cevada, uva) que impropriamente consumidas nos escravizam viciando-nos. O
homem deveria dominar as plantas e não ser dominado por elas “E Deus os abençoou
e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a;” (Gn 1:28-29).
• Vícios destroem nossa vida social: “Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para
quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem,
os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam
buscando bebida misturada... Os teus olhos verão coisas esquisitas, e o teu coração falará
perversidades. “(Provérbios 23:29 a 33);
• Vícios destroem a saúde do nosso corpo: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus
o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (I Coríntios 3:16-17);
• Vícios destroem nosso patrimônio e devora nossa renda: “Por que gastais o dinheiro
naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente,
comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.” (Isaías 55:2);
PARA PRATICAR:
1- Livre-se de tudo aquilo que lhe traz condenação: “Então, os príncipes e os presidentes
procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou
culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.” (Daniel 6:4
RC);
2- Tome a firme decisão de ser livre: “Porque ele conhece os homens vãos e vê o vício; e não o
terá em consideração?... se há iniqüidade na tua mão, lança-a para longe de ti e não deixes habitar
a injustiça nas tuas tendas, porque, então, o teu rosto levantarás sem mácula; e estarás firme e não
temerás.” (Jó 11:11 e 15 RC);
3- Conheça as Escrituras: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32);

4- Evite lugares ou pessoas que lhe tentam: “Mas, agora, vos escrevo que não vos
associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais” (I Coríntios
5:11);

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5- Destrua os objetos de culto que não servem para mais nada a não ser para aquelas
práticas antigas: “Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os
queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta
mil peças de prata.” (Atos 19:19);
6- Consagre à Deus todo objeto que tem utilidade em sua vida como carro, móveis,
utensílios, etc. que outrora foram consagrados às praticas idólatras ou de feitiçaria, “na sua
mão trazia vasos de prata, e vasos de ouro, e vasos de bronze, os quais também o rei Davi
consagrou ao SENHOR, juntamente com a prata e ouro que já havia consagrado de todas as
nações que sujeitara” (II Samuel 8:10 e 11);
7- Evite ou filtre aquilo que mesmo não sendo pecado pode se tornar embaraço em sua vida:
“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a
carreira que nos está proposta” (Hebreus 12:1); Exemplo Internet, TV, más companhias, etc.
8- Pague o que deve, perdoe quem lhe ofendeu, e comece a viver dignamente de acordo com
sua Nova Vida em Cristo: “E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós, que
faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso
soldo.” (Lucas 3:14);

Sugestão de leitura: O arrependimento das obr mortas - Pr. Abe Huber/ Pr. Antônio
Cirillo

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1.7 Exercite a sua Fé
A fé sempre foi a marca de todo discípulo de Jesus. Por isso os primeiros discípulos eram
conhecidos como “crentes”. Jesus disse: “Tudo é possível para aquele que crê” (Marcos 9:23);
A fé significa total dependência de Deus. Quando Adão pecou, ele saiu da dependência de
Deus e entrou na “in-dependência” (que significa incredulidade). Esta é a razão pela qual a
fé é a forma pela qual somos restaurados a um relacionamento com Deus (dependência de
Deus);

TIPOS DE FÉ:
• Fé natural: É comum a todos os homens. É a capacidade que todo homem tem em
acreditar em algo ou em alguém;
• Fé Salvadora: É a fé pela qual recebemos a salvação. De acordo com Efésios 2:8 e 9
até mesmo essa fé não é nossa, mas é dom de Deus.
• Fé como Corpo de Doutrinas: Paulo diz que há uma só fé, ou seja, há um só corpo
de doutrinas verdadeiras às quais devemos obedecer.
• Fé como Dom Espiritual: É uma fé especial, concedida a algumas pessoas pelo
Espírito Santo, para realizarem grandes coisas.
• Fé como Confiança: É a atitude confiante que libera o agir de Deus em nós. E é dessa
fé que iremos falar neste capítulo da Escola de Líderes;

A BASE DA FÉ: A base para termos fé em Deus encontra-se em três importantes


realidades:
1- A Natureza de Deus: “Ao fazer a sua promessa a Abraão, já que não havia ninguém maior
por quem Ele pudesse jurar, Ele jurou por Si Próprio” (Hebreus 6:13);
• Ele não pode mudar: “Eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6);
• Ele não pode falhar: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser
frustrado.” (Jó 42:2);
• Ele não pode mentir: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para
que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o
cumprirá?” (Números 23:19);
2- A Obra Redentora do Filho de Deus: “olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual,
pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra
do trono de Deus.” (Hebreus 12:2);
3- A Segurança da Palavra de Deus: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não
passarão.” (Mateus 24:35); “E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha
palavra para a cumprir.” (Jeremias 1:12);

A DEFINIÇÃO BÍBLICA DA FÉ
• A fé é certeza e convicção: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção
de fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:1);
• A fé envolve esperança e visão: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:1);
• A fé invade o futuro e o invisível: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:1);

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• A fé é uma atitude que pode ser vista: “E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado
num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão
perdoados os teus pecados.” (Marcos 9:2);
• A fé é um estilo de vida: “todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não
se compraz a minha alma.” (Hebreus 10:38);
• A fé não é um sentimento, é uma atitude: “Porque, assim como o corpo sem espírito é
morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:26);
• A fé não se baseia nas circunstâncias da vida: “Porque andamos por fé e não por vista.”
(II Coríntios 5:7)
• A fé não se baseia em evidências físicas: “Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas
mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo
algum acreditarei... Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que
não viram e creram.” (João 20:25 e 29);
• A fé se baseia na Palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra
de Deus.” (Romanos 10:17);

A IMPORTÂNCIA DA FÉ:
• A fé é essencial para nos relacionarmos com Deus: “De fato, sem fé é impossível
agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele
existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6);
• A fé é essencial para recebermos a salvação e o perdão dos nossos pecados: “Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios
2:8);
• A fé é essencial para liberarmos o poder de Deus em nossas vidas: “E estes sinais
seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum;
e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Marcos 16: 17 e 18);
• A fé é essencial para vencermos este mundo: “porque todo o que é nascido de Deus
vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (I João 5:4);
• A fé é essencial para entendemos as coisas espirituais: “Pela fé, entendemos...”
(Hebreus 11:3);
• A fé é essencial para alcançarmos as promessas de Deus: “para que não vos torneis
indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as
promessas.” (Hebreus 6:12);

O CRESCIMENTO DA FÉ
• Todos nós recebemos uma medida de fé: “... segundo a medida da fé que Deus repartiu
a cada um. “(Romanos 12:3)
• A nossa medida de fé pode ser aumentada: “Então, disseram os apóstolos ao Senhor:
Aumenta-nos a fé.” (Lucas 17:5);
• Existem diferentes dimensões de fé: “Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher,
grande é a tua fé.” (Mateus 15:28); “E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena
fé” (Mateus 8:26);
• Para remover montanhas de problemas e necessário toda a fé: “e ainda que tivesse
toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes...” (I Coríntios 13:2);

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• Jesus censurou a pequenez da fé: “E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o
e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mateus 14:31);

• A fé para remover montanhas não tem que ser como um grão de mostarda porque
tem que ser pequena: “E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois
em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” (Mateus 17:20);
• A fé que remove montanhas tem que ser como um grão de mostarda porque tem
que crescer como um grão de mostarda: “como um grão de mostarda, que, quando
semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; mas, uma vez semeada, cresce e
se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu
poderem aninhar-se à sua sombra.” (Marcos 4:31 e 32);
• A fé cresce quando ouvimos a Palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17);
• A fé se fortalece quando oramos em línguas: “Vós, porém, amados, edificando-vos na
vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo,” (Judas 1:20);
• A fé cresce através de nossas experiências pessoais: “O teu servo matou tanto o leão
como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles, porquanto afrontou os
exércitos do Deus vivo.” (I Samuel 17:36);
COMO A FÉ FUNCIONA:
• Deus envia sua Palavra: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” (Isaías
55:11);
• Nós precisamos dar ouvidos à Palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra (Rhema) de Deus.” (Romanos 10:17);

Existem três níveis de Palavra de Deus na Bíblia:

• Grafo: Algo escrito. Ex. “Examinai as escrituras (grafo)” (João 5:39); O grafo apenas
nos informa.
• Logos: Vontade de Deus revelada, revelação divina e plena para todos os homens. Ex
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes” Hebreus 4:12); O logos age em nossa mente nos ensinando.
• Rhema: Palavra falada, específica naquele momento de necessidade, para aquela
pessoa específica. Ex. “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4:4); O Rhema
age em nosso espírito gerando fé viva para grandes coisas!
Precisamos ler o Grafo, estudar o Logos e ouvir o Rhema! Porém não basta apenas ouvir o
Rhema, para que a fé funcione ainda são necessárias algumas atitudes:
• A fé precisa ser falada: “Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu
cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos” (II Coríntios
4:13); “porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e
lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será
com ele.” (Marcos 11:23);
• A fé precisa ser acompanhada de atitude correspondente: “recordando-nos, diante do
nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé” (I Tessalonicenses 1:3);

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• A fé precisa ser exercida com perseverança: “todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se
retroceder, nele não se compraz a minha alma.” (Hebreus 10:38);

Sugestão de Leitura: Novos Limares da Fé – Kenneth Hagin

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1.9 Experimente o Poder das Escrituras
A Bíblia é o Livro dos livros, é o registro da Vontade de Deus para o ser humano.
Ela é formada por um conjunto de 66 livros, escritos num período de 1600 anos, por cerca
de 40 autores de diferentes épocas, culturas e posições sociais. Os primeiros livros da Bíblia
foram escritos por Moisés, a cerca de 1500 anos antes de Cristo. O último livro a ser escrito
foi o livro de Apocalipse cerca de 96 anos depois de Cristo. A Bíblia foi escrita em Hebraico
(Antigo Testamento), Grego (Novo Testamento) e Aramaico (pequenas porções, a saber
Esdras 4: 8-6: 18; 7: 12-26; Daniel 2: 4-7: 28 e Jeremias 10: 11).

DIVINAMENTE INSPIRADA:
• As Escrituras são inspiradas por Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Timóteo
3:16);

• Deus ordenou que homens a escrevessem: “Vai, pois, escreve isso numa tabuinha
perante eles, escreve-o num livro, para que fique registrado para os dias vindouros, para
sempre, perpetuamente.” (Isaías 30:8);

• As Escrituras são A Palavra de Deus para nós: “Palavra que do SENHOR veio a
Jeremias, dizendo: Assim fala o SENHOR, Deus de Israel: Escreve num livro todas as
palavras que eu disse.” (Jeremias 30:1,2),

PROVAS DA SUA AUNTENTICIDADE:


• A Harmonia Bíblica: Uma das maiores provas da autenticidade da Bíblia é o fato de
40 autores, morando em lugares e culturas diferentes, com ocupações diferentes,
com tradições e línguas diferentes, escreverem 66 livros, num período de 16 séculos,
na maioria dos casos sem nem sequer conhecer uns aos outros ou os seus escritos. E
ainda assim, ao reunirmos todos estes livros, notamos uma maravilhosa harmonia
doutrinária, histórica e científica. Isso seria humanamente impossível! Homens
escreveram inspirados por Deus “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por
vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo.” (II Pedro 1:21);

• O poder da Palavra: Outra prova de sua autenticidade é que ela continua


transformando as vidas daqueles que se dedicam a aprender e praticar os seus
ensinos “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;” (Romanos
1:16); e mesmo depois de dois mil anos de completado seu compêndio ela continua
sendo o livro mais lido, mais vendido e mais traduzido no mundo inteiro.

• A nossa própria vida: Nossa própria vida, tocada, transformada, liberta e curada
pela Palavra de Deus é a prova mais poderosa de que ela é de fato a Palavra de Deus!

O ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento, além de relatar o princípio de todas as coisas, conta-nos
como Deus criou o homem e como o homem caiu debaixo do pecado. Apesar de apontar o
estado lastimável do homem, o Antigo Testamento também traz a promessa de um salvador
que morreria pela humanidade e cancelaria toda a maldição. Os livros do Velho Testamento
não estão em exata ordem cronológica, mas agrupados por categoria:

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ANTIGO TESTAMENTO - 39 LIVROS
PENTATEUCO (TORÁ) HISTÓRICOS POÉTICOS PROFETAS MAIORES PROFETAS MENORES
Gênesis Josué Jó Isaías Oséias
êxodo Juízes Salmos Jeremias Joel
Levítico Rute Provérbios Lamentações Amós
Números I Samuel Eclesiastes Ezequiel Obadias
Deuteronômio II Samuel Cantares Daniel Jonas
I Reis Miquéias
II Reis Naum
I Crônicas Habacuque
II Crônicas Sofonias
Esdras Ageu
Neemias Zacarias
Ester Malaquias

O NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento revela-nos o cumprimento das promessas contidas no Antigo
Testamento através da vida de Jesus; Ele traz a narração do início da história da igreja, e
toda a sua base doutrinária contida nas epístolas dos apóstolos. O Novo Testamento contém
um livro profético, o Apocalipse, que relata os últimos acontecimentos da história humana
e o início da história eterna com Deus. Os livros do Novo Testamento não estão em exata
ordem cronológica, mas estão agrupados por categoria:

NOVO TESTAMENTO - 27 LIVROS


EVANGELHOS HISTÓRICOS EPÍSTOLAS PAULINAS EPÍSTOLAS GERAIS PROFÉTICOS
Mateus Atos Romanos Hebreus Apocalipse
Marcos I Coríntios Tiago
Lucas II Coríntios I Pedro
João Gálatas II Pedro
Efésios I João
Filipenses II João
Colossenses III João
I Tessalonicenses Judas
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filmemon

OS LIVROS APÓCRIFOS:
No ano de 1546, a Igreja Católica Romana acrescentou à Bíblia vários livros
considerados apócrifos ou “não genuínos” e, portanto, sem autoridade divina. A primeira
edição da Bíblia católica romana com os livros apócrifos deu-se em 1592, com autorização
do papa Clemente VIII. Estes livros ao contrário dos outros, nunca reconhecidos pela
comunidade judaica e nunca foram citados por Jesus ou pelos apóstolos. Estes livros são:
Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus, e acréscimos

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aos livros de Daniel e Ester. Os apócrifos são livros comuns que não têm peso de Palavra de
Deus e que estão repletos de erros doutrinários e históricos. Exemplos:

• No livro de Tobias um anjo mente (Tobias 5:15-19);


• O livro de Judite diz que Nabucodonosor foi rei da Assíria e reinava em Nínive,
(Judite 1:5); mas todos sabem que Nabucodonozor foi rei da Babilônia e reinava na
cidade de Babilônia;
• Eclesiástico ensina a ser cruel com os escravos (Eclesiástico 33:26 e 30; 42:1 e 5);
• O autor de Baruque diz ser o Baruque secretário do profeta Jeremias e que escreveu
este livro na Babilônia. Mas o verdadeiro Baruque morava em Jerusalém e esteve
apenas no Egito (Jeremias 43:6-7 compare com Baruque 1:1);
• No livro de II Macabeus o Espírito Santo pede desculpa por sua mediocridade; (II
Macabeus 15: 38-40); etc.

O PODER DA PALAVRA DE DEUS:


• Santifica: Ela é a Verdade de Deus para nossa vida: “Santifica-os na verdade; a tua
palavra é a verdade.” (João 17:17);

• Liberta: Ela tem poder contra todo mal: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.” (João 8:32);

• Gera fé: Ela libera o poder sobrenatural em nossas vidas. “De sorte que a fé é pelo
ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 1:17);

• Ensina: Ela é o nosso manual de vida. “Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o
teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina;
persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que
te ouvem” (I Timoteo 4:15 e 16);

• Transforma: Ela renova nosso entendimento: “E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2);

• Destrói o mal: Ela se transforma na arma do Espírito quando estamos em guerra


“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,”
(Efésios 6:17);

• Unge com Poder: Ela dá energia, poder espiritual. “Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”
(Romanos 1:16);

• Direciona: Ela nos mantém focados no que realmente interessa. “Tão-somente


esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que
meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda,
para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.” (Josué 1:7);

• Alerta: Ela alimenta nosso ódio pelo pecado. “De mim se apoderou a indignação, por
causa dos pecadores que abandonaram a tua lei.” (Salmo 119:53);

• Sara: Ela libera a cura sobre as nossas vidas. “Enviou a sua palavra, e os sarou, e os
livrou da sua destruição.” (Salmo 107:20);

• Consola: Ela nos fortalece quando estamos abatidos: A minha alma, de tristeza, verte
lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra. (Salmo 119:28);

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A Palavra de Deus é nosso livro de sabedoria. Muitos só lêem as Escrituras quando estão
procurando uma mensagem para os outros. Mas é ela que alimenta a nossa alma: “Jesus,
porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca de Deus.” (Mateus 4:4);
A Palavra de Deus não é apenas uma parte da nossa vida pessoal. Ela deve orientar-nos o
em todas as áreas da nossa vida. “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele
dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque,
então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás.” (Josué 1:8);

Um soldado sabe manejar o seu fuzil, o pintor sabe manejar o seu pincel, o cristão tem que
saber manejar a sua Bíblia. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem
de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Timóteo 2:15);

PARA PRATICAR:
1- Leia a Palavra para se tornar sábio. “E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras,
que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (II Timóteo 3:15);
2- Creia na Palavra para se tornar salvo. “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação:
que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I
Timóteo 1:15);
3- Pratique a Palavra para se tornar santo. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
(João 17:17);
4- Leia conhecendo o seu autor. “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39);
5- Leia diariamente. É uma questão de hábito e não de mero desejo. “Antes, tem o seu prazer
na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmo 1:2);
6- Leia com persistência: “Persiste em ler....” (I Timóteo 4:13);
7- Medite na Palavra de Deus constantemente: Quanto amo a tua lei! É a minha meditação,
todo o dia! (Salmos 119:97);
8- Adquira livros sobre a Palavra de Deus, dicionários, ferramentas que o ajudarão a
compreendê-la melhor. “Quando você vier, traga a minha capa que deixei na cidade de Trôade,
na casa de Carpo. Traga os livros também, principalmente os de couro.” (II Timóteo 4:13);

Leitura sugerida: Histórias, milagres e profecias da Bíblia – Abraão de Almeida

31
1.10 Ande com o Espírito Santo
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, não porque seja menor, mas porque a
trindade é sempre citada nessa ordem: Pai, Filho e Espírito Santo. A palavra “Espírito” tem
a ver com a sua natureza. A palavra “Santo” tem a ver com o seu caráter. O relacionamento
com o Espírito Santo é o maior segredo da vida sobrenatural e abundante que Deus tem
para nós!
Mesmo durante a Antiga Aliança, Deus sempre prometeu restaurar sua comunhão com o
homem, através do derramar do Espírito Santo: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei
que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36:27)
O próprio Jesus falando a respeito de sua morte disse que após Ele ir, mandaria o Espírito
Santo: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador
não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.” (João 16:7);

O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA: Algumas seitas ensinam que o Espírito


Santo é apenas uma “força” como a eletricidade, mas Ele de fato é uma pessoa, pois ele
possui intelecto, emoção e vontade:

• O Espírito Santo possui vontade própria: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas
essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (I Coríntios 12:11);
Precisamos conhecer, respeitar e cooperar com a vontade soberana do Espírito
Santo.

• O Espírito Santo planeja: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (Atos 13:2);

• O Espírito Santo possui emoções: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30); Temos que saber o que entristece o
Espírito Santo e evitar estas coisas.

• O Espírito Santo fala: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao
vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de
Deus.” (Apocalipse 2:7); A todo instante devemos procurar estar sensíveis a doce voz
do Espírito Santo.

• O Espírito Santo ensina: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em
meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho
dito. (João 14:26); A sabedoria necessária para todas as coisas da nossa vida, até
mesmo decisões no trabalho ou na família, nos é revelado e ensinado pelo Espírito
Santo! Todas as respostas que você precisa já estão dentro de você na pessoa do
Espírito Santo, ouça-o!

• O Espírito Santo convence: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça
e do juízo” (João 16:8); Nós não temos que convencer o mundo. O Espírito Santo é o
obreiro dos corações. Ele toca onde não alcançamos, ele fala de forma que nunca
falaríamos.

• O Espírito Santo dá ordens: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro
e acompanha-o” (Atos 8:29); Precisamos estar atentos à direção do Espírito Santo
para obedecê-lo.

• O Espírito Santo possui intelecto: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente
do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos
“(Romanos 8:27); O Espírito Santo

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Saber que o Espírito Santo é uma pessoa confirma o privilégio que o cristão tem de ter o
próprio Criador habitando em seu interior, na Pessoa do Espírito Santo: “Não sabeis que
sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16);

O ESPÍRITO SANTO É DEUS: Além de ser uma personalidade, o Espírito Santo


é Deus. O Espírito Santo tem atributos exclusivos da Divindade:

• Ele é Eterno, isto é, sem começo e sem fim: “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo
Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência
de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9:14);

• Ele é Onipresente, isto é, está presente em todo lugar: “Para onde me ausentarei do
teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha
cama no mais profundo abismo, lá estás também” (Salmo 139:7);

• Ele é Onisciente, isto é, sabe todas as coisas: “Mas Deus no-lo revelou pelo
Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele
está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.”
(I Coríntios 2:10 e 11);

• Ele é Onipotente, isto é, pode todas as coisas O Espírito de Deus me fez, e o sopro
do Todo-Poderoso me dá vida. (Jó 33:4);

• Ele é Criador: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do
abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve
luz.” (Gn 1:1,2,26).
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são as três pessoas da Trindade: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”
(Mateus 28:19);

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS:


• No Antigo Testamento, Ele atuava no homem de uma maneira limitada. Ele não
habitava, apenas visitava o homem. O Espírito Santo vinha sobre alguém como um
manto: “Veio sobre ele o Espírito do SENHOR, e ele julgou a Israel...” (Juízes 3:10);

• Com a morte e ressurreição de Cristo o Espírito pôde finalmente habitar em nossas


vidas “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.” (João 16:7);

• Agora somos templos do Espírito Santo de Deus: “Não sabeis que sois santuário de
Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16);

• Todo crente em Jesus tem o Espírito Santo habitando dentro de si: “Vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9);

• O Espírito Santo tem agido na sua vida desde a sua concepção. Ele nos dá vida: O
Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida. (Jó 33:4);

• Convence o homem do seu pecado e da salvação em Jesus: “Quando ele vier,


convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em
mim;” (João 16:8 e 9);

33
• Quando cremos em Jesus, é o Espírito Santo quem opera o Novo Nascimento: “Em
verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”
(João 3:5 e 6);

• O Ele santifica os salvos: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós,
irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação,
pela santificação do Espírito e fé na verdade” (II Tessalonicenses 2:13);

• Nos ajuda nas nossas fraquezas: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as
nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Romanos 8:26);

• Nos fortalece nas batalhas: “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Efésios 3:16);

• O Espírito Santo glorifica a Jesus: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é


meu e vo-lo há de anunciar”. (João 16:14);

• O Espírito Santo nos revela o coração de Deus: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito;
porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.” (I
Coríntios 2:10)

• O Espírito Santo é o autor da Palavra de Deus: “porque nunca jamais qualquer


profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (II Pedro 1:21);

• Ele nos guia ensinando toda a verdade: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem
o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas...” (João 14:26);

• Ele nos consola, anima e encoraja quando enfrentamos dificuldades: “E eu rogarei


ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João
14:16);

• Ele é a fonte de unção em nossas vidas: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8);

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO:


• VENTO: A palavra hebraica “RUACH” (espírito) também pode ser traduzida como
vento, sopro. O vento como símbolo, fala da natureza invisível do Espírito Santo.
(João 3:8);
• ÁGUA: A água como símbolo, fala do quanto ele é necessário ao sustento da vida.
(João 7:39).

• FOGO: Assim como uma brasa tirada do altar purificou os lábios de Isaías (Isaías
6:6 e 7), no dia de Pentecostes “línguas de fogo” marcaram a vinda do Espírito:
(Atos 2:3);

• ÓLEO: O azeite foi primeiramente usado para ungir os reis, sacerdotes e profetas.
O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o serviço no Reino de
Deus. (Lucas 4:18);

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• POMBA: O Espírito desceu sobre Jesus na forma de pomba, trazendo a idéia de
mansidão e paz. Ele é manso e nas tempestades da vida produz paz em nosso
interior. (Mateus 3:16);

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO: Deus prometeu que nos últimos dias
derramaria do Espírito Santo sobre toda a carne. Esse derramamento sobrenatural traria
poder para a vida dos fiéis capacitando-os a operarem sinais e prodígios na terra:
“acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas
filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e
sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra:
sangue, fogo e colunas de fumaça.” (Joel 2:28 e 29);

• Esta promessa foi confirmada pelo Senhor Jesus “Eis que envio sobre vós a promessa
de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.”
(Lucas 24:49).

• No dia de Pentecostes (Festa judaica em ação de graças pelos primeiros frutos da


colheita) cumpriu-se a promessa: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso,
e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles,
línguas, como de fogo, e pousou uma
• sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” (Atos 2:1-4);

• Cremos que a evidência física dessa experiência sobrenatural é o falar em línguas:


“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em
línguas como profetizavam.” (Atos 19:6).

• Todo salvo já tem o Espírito Santo habitando dentro dele, mas quando este salvo é
batizado no Espírito Santo, ele é capacitado com poder sobrenatural para pregar o
evangelho: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da
terra.” (Atos 1:8); O Batismo no Espírito Santo é, portanto, uma experiência distinta
e subseqüente à salvação. Por isso é chamado de “Segunda Benção”, a primeira é a
salvação.

• O Batismo no Espírito Santo é uma promessa para TODOS os crentes: “Porque a


promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos
quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” (Atos 2:39);

• O Batismo no Espírito Santo não é uma opção para o crente, mas é uma necessidade
e uma ordem a ser obedecida: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18);

• Para receber o Batismo no Espírito Santo precisamos crer que a benção é para nós
(Atos 2:39), deseja receber de todo o coração e receber pela fé: Ora, se vós, que sois
maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito
Santo àqueles que lho pedirem? (Lucas 11:13);

• O Batismo no Espírito transmite poder, mas não muda o caráter de quem o recebe,
por isso podemos encontrar pessoas batizadas no Espírito, tremendamente usadas
por Deus que mesmo assim, ainda andem em derrota em várias áreas: “Muitos,
naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em
teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos
milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os
que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:22 e 23);

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• A santidade é produzida pelo Espírito Santo na vida dos crentes (batizados ou não
no Espírito). Por isso a evidência desse trabalho chamamos de frutos do Espírito:
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. (Gálatas 5:22 e
23);

PARA PRATICAR:
1- Cultive a presença do Espírito Santo, para não “apagá-lo” da sua vida: “Não
extingais o Espírito.” (I Tessalonicenses 5:19); Muitos homens de Deus “apagaram”
o Espírito Santo por negligência: “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo
ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me
livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele.” (Juízes
16:20);
2- Ore em línguas constantemente: “Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé
santíssima, orando no Espírito Santo” (Judas 1:20);
3- Evite o pecado: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia
da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem
assim toda malícia.” (Efésios 4:30 e 31);
4- Devemos nos relacionar com o Espírito Santo, fazendo dele o nosso melhor amigo:

Leitura sugerida: Bom dia Espírito Santo - Benny Him

36
1.11 Consagre as Suas Mãos

Mãos cheias do poder de Deus!


Pouca gente conhece, mesmo que na teoria, a Doutrina da Imposição de Mãos, apesar dela
fazer parte dos seis princípios fundamentais da doutrina no Senhor Jesus listados em
Hebreus 6:1. “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-
nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas
e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do
juízo eterno”. Poucos ensinam a Imposição de Mãos com o mesmo zelo com que ensinam os
outros 5 princípios elementares da Doutrina de Cristo. Porém, ao que parece a igreja
primitiva incluía este assunto em seu discipulado básico.
Pouca gente pratica a Doutrina da Imposição de Mãos, apesar dela fazer parte integrante
da Grande Comissão ordenada pelo Senhor Jesus a todos os crentes do mundo: “E disse-
lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura... e imporão as mãos sobre os
enfermos e os curarão.” (Marcos 16:15 e 18); Pregar o evangelho, orar por enfermos, expulsar
os demônios são ordens tão importantes

Imposição de mãos é o ato de colocar as mãos sobre algo ou alguém para transferir
ou compartilhar uma verdade espiritual. A imposição de mãos é uma prática poderosa
e por isso precisamos ter zelo e entendimento sobre este assunto: “A ninguém imponhas
precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (I
Timóteo 5:22);

A IMPOSIÇÃO DE MÃOS NO ANTIGO TESTAMENTO:


A primeira imposição de mãos: Deus criou todas as coisas por sua palavra. Mas o Senhor
criou o ser humano com suas próprias mãos. Ele o formou do pó da terra, modelando-o
segundo o seu querer. Houve contato. Esta é a primeira imposição de mãos na Bíblia, se
assim podemos dizer: “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou
nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gênesis 2:7);
Liberando o sobrenatural: Por muitas vezes lemos que a “mão do Senhor veio sobre
alguém”, e logo após algo sobrenatural acontecia: “A mão do SENHOR veio sobre Elias, o
qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel.” (I Re 18: 46);
Transferindo pecados e imperfeições: Na Antiga Aliança as imperfeições dos adoradores
eram transferidas, pela fé, para o sacrifício, mediante a imposição de mãos: “Farás chegar o
novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele.
Imolarás o novilho perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação.” (Êxodo 29:10 e 11);
Decretando Benção: “Depois, Arão levantou as mãos para o povo e o abençoou; e desceu,
havendo feito a oferta pelo pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica.” (Levítico 9:22);
Transferindo sabedoria e virtude espiritual: Josué recebeu o mesmo espírito de sabedoria
de Moisés, mediante a imposição de mãos. “Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de
sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos
e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés.” (Deuteronômio 34:9); Isso significa que os
atributos de Moisés foram transmitidos pela imposição de mãos!
O método pelo qual Deus se manifesta: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Dize a Arão: toma
o teu bordão e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre os seus rios, sobre os seus canais,
sobre as suas lagoas e sobre todos os seus reservatórios, para que se tornem em sangue; haja
sangue em toda a terra do Egito, tanto nos vasos de madeira como nos de pedra.” (Êxodo 7:19);

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A IMPOSIÇÃO DE MÃOS NO NOVO TESTAMENTO:
Separando ou ordenando pessoas ao Ministério: A maioria das igrejas hoje fazem isso
seguindo o exemplo bíblico: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando,
e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (Atos 13:2 e 3); Paulo e Barnabé receberam a
unção apostólica através da imposição de mãos.
Delegando autoridade para determinadas funções na igreja: “Mas, irmãos, escolhei dentre
vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos
deste serviço... Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.”
(Atos 6:3 e 6); A escolha dos primeiros diáconos foi oficializada com a imposição das mãos
dos apóstolos.

• Apenas autoridades constituídas podem constituir outras autoridades no corpo de


Cristo: “Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido
mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (I Timóteo 4:14);

• Nesse aspecto também é muito importante que os líderes não sejam precipitados
ordenando ou separando ministros que ainda não estão prontos e que por isso trarão
prejuízo e escândalo para o Reino de Deus: “A ninguém imponhas precipitadamente
as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (I Timóteo
5:22);
Liberando dons espirituais: A imposição de mãos é um meio pelo qual se pode transmitir
dons espirituais e capacitações ministeriais “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o
dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” (II Timóteo 1: 6);

• É óbvio que isto precisa ser feito debaixo de revelação, pois quem distribui dons é o
Espírito, conforme lhe apraz: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas,
distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (I Coríntios 12:11);
Abençoando pessoas: Assim devem os pais abençoarem aos filhos, os líderes aos seus
liderados, etc: “Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse... Então, tomando-as
nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Marcos 10:13 e 17);
Liberando sinais e prodígios: A imposição das mãos é um canal para a operação
sobrenatural de Deus. Mãos cheias de poder só funcionarão quando colocadas sobre os
necessitados. “Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.”
(Atos 5:12);
Ministrando o Batismo com o Espírito Santo: Na maioria esmagadora das vezes, o Batismo
no Espírito Santo no livro de Atos, aconteceu mediante a imposição das mãos. Exceções
foram os dois derramamentos espontâneos de Atos capítulos 2 e 10.

• Pedro e João ministravam o Batismo no Espírito Santo impondo as mãos: “Então,


lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.” (Atos 8:17);

• Paulo ministrava o Batismo no Espírito Santo impondo as mãos: “E, impondo-lhes


Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como
profetizavam.” (Atos 19:6);

• O próprio Paulo foi curado e cheio com o Espírito Santo pela imposição das mãos
de Ananias: “Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo:
Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho
por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.” (Atos 9:17);

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Curando os enfermos: Jesus curou enfermos impondo as mãos sobre eles: “Jesus,
profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo
instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.” (Marcos 1:41 e 42);

• Jairo, um proeminente líder judeu cria na imposição de mãos. Por isso ele nem pediu
por oração, mas pediu para que Jesus impusesse as mãos sobre sua filha enferma:
“Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o,
prostrou-se a seus pés e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem,
impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá.” (Marcos 5:22 e 23);

• Existem muitas formas de Deus nos curar, mas Jesus curava tanto através da
imposição de mãos que este era o método mais requisitado: “Então, lhe trouxeram um
surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele.” (Marcos 7:32);

• Houve momentos que mesmo sendo o Filho de Deus e apesar de querer, Jesus não
podia fazer milagres nem curar os enfermos por causa da incredulidade do povo.
Nesses momentos parece que a imposição de mãos funcionava quando tudo o mais
falhava: “Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos,
impondo-lhes as mãos. Admirou-se da incredulidade deles.” (Marcos 6:5 e 6);

• Alguns homens trouxeram um cego e pediram para que Jesus tocasse nele. “...e lhe
trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse.” (Marcos 8:22); A primeira vez que
Jesus orou e impôs as mãos não foi suficiente, o cego ficou parcialmente curado:
“Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando” Jesus então volta a impor as
mãos sobre ele e então o cego ficou completamente curado: “Então, novamente lhe
pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo
distinguia de modo perfeito.” (Marcos 8:25); É bíblico portanto impor as mãos mais
de uma vez sobre os enfermos para que eles sejam curados!

• Paulo impôs as mãos sobre os enfermos: “Aconteceu achar-se enfermo de disenteria,


ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o
curou.” (Atos 28:8);

• Até os lenços e aventais que o apóstolo Paulo tocava recebiam a unção de cura e
milagre: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de
levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as
enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.” (Atos 19:
11 e 12);

A IMPOSIÇÃO DE MÃOS HOJE EM DIA:


Há quem diga que impor as mãos sobre os enfermos para curá-los era só para Jesus. Mas
foi o próprio Jesus quem disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim
também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.”
(João 14:12);
O Senhor Jesus ordenou aos cristãos que procedessem do mesmo modo que ele: “imporão as
mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Marcos 16:18);
Os discípulos levaram a sério as instruções de Jesus: “E muitos sinais e prodígios eram feitos
entre o povo pelas mãos dos apóstolos” (Atos 5:12a);
Há quem diga que impor as mãos para que Deus opere, era só para os apóstolos ou era
somente para os cristãos do primeiro século. Mas não é isso o que a Palavra de Deus diz. Ela
diz que é para quem crer! “e estes sinais seguirão aos que crêem... imporão as mãos sobre os
enfermos e os curarão” (Marcos 16:17 e 18);

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Há quem diga que apenas o pastor, o pregador, o diácono pode impor as mãos sobre os
enfermos. Mas a Palavra é clara quando diz que todo CRENTE pode impor as mãos em
nome de Jesus e ver o milagre acontecer: “e estes sinais seguirão aos que crêem, em meu
nome... imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Marcos 16:17 e 18);
A imposição das mãos é um princípio espiritual tão poderoso que Satanás procura imitá-lo
para o mal. Em diversas religiões, principalmente em terreiros, em rituais de feitiçaria ou
nas práticas da Nova Era, se dá ênfase a este assunto. “a esse cuja vinda é segundo a eficácia
de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira” (I Tessalonicenses 2:9);
A Grande Comissão de Marcos 16:15-18 é para todos aqueles que crêem no Senhor Jesus.
E a imposição de mãos é parte integrante deste grande mandamento. Devemos impor as
mãos porque é mandamento do Senhor, devemos impor as mãos por causa da necessidade
das pessoas e acima de tudo, devemos impor as mãos porque se Deus disse que podemos,
então podemos mesmo!!!

PARA PRATICAR:
• Nunca permita que servos do diabo, pessoas mal intencionadas ou cuja conduta e
caráter lhe sejam desconhecidas, imponham as mãos sobre você. Pois até mesmo
pecado se transfere pela imposição de mãos: “Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça
do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas
transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao
deserto, pela mão de um homem à disposição para isso.” (Levítico 16:21);

• Se isso aconteceu um dia, quebre toda maldição que porventura possa ter sido
lançada em sua vida. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a
todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente’ (Tito 2:11 e 12);

• Não ministre com imposição de mãos sem antes, fechar toda brecha de pecado em
sua vida. Lembre-se que sempre há perdão e restauração para quem se arrepende:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça.” (I João 1:9);

• Não ministre com imposição de mãos se há falta de fé, especialmente se vai ministrar
sobre pessoas oprimidas ou endemoninhadas. Mãos vazias do poder de Deus são
inúteis! Encha-se primeiro. “Mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado,
porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.” (Romanos 14:23);

• Ao ministrar dons de Deus sobre alguém, só o faça debaixo de clara direção de Deus.
A imposição das nossas mãos, neste caso, é para confirmar a vontade de Deus e não
determinar a nossa vontade. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer.” (II Coríntios 12:11);

• Ministrando sobre alguém do sexo oposto, imponha as mãos apenas na cabeça. Se


for necessário ungir outra parte do corpo delegue para alguém do mesmo sexo da
pessoa a ser ministrada. “Abstende-vos de toda aparência do mal.” (I Tessalonincenses
5:22);

• Especialmente aos pastores e líderes, a Palavra de Deus recomenda com muita


clareza que não devemos ordenar ao ministério pessoas neófitas. Por isso antes de
ordenar é importante que sejam primeiramente provadas e depois de aprovadas
então receberem oficialmente o encargo, mediante a imposição de mãos: “(pois, se
alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? não seja
neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo... E

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também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.” (I
Timóteo 3:5, 6 e 10);

Sugestão de leitura:
A imposição de Mãos – Kenneth Hagin

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1.12 Entenda o Destino dos Mortos e o Juízo Eterno

COMPREENDENDO A MORTE: “Morte” no grego é “Thanatos” que significa


“Separação”. O pecado trouxe três tipos de morte para a experiência do homem:
1- A morte Espiritual: Refere-se a pessoas que estão espiritualmente mortas, isto é, estão
espiritualmente separadas de Deus, sem comunhão com o Senhor. Ex: “E vos vivificou,
estando vós, mortos em ofensas e pecados”. (Efésios 2:1);
2- A morte Eterna: É o nome dado à condição eterna dos ímpios que morrem sem Deus e
que serão lançados no lago de fogo, separados de Deus para todo o sempre. A morte eterna
é também chamada de Segunda Morte. Ex: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos
abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a
parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.”
(Apocalipse 21:8);
3- A morte Física: É a morte natural do homem aqui na terra. E é dela que vamos tratar
nesta lição. Somos constituídos por espírito, alma e corpo. A morte física ocorre quando a
parte imaterial (espírito/ alma) separa-se da parte material (corpo). Por envelhecimento,
doença ou degeneração, o espírito/ alma do homem deixa o corpo. Ex: “Preciosa é aos olhos
do SENHOR a morte dos seus santos.” (Salmo 116:15);

FALSOS ENSINOS SOBRE A CONDIÇÃO DOS QUE MORREM:


1- O FALSO ENSINO DA ANIQUILAÇÃO: Doutrina que ensina que a vida é apenas
agora. Falsamente afirma que morte é um ponto final, que Deus nos teria criado apenas
para viver esta vida terrena. É falsa doutrina, pois Jesus deixou claro a vida após a morte:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”
(João 11:25);

• A vida terrena só faz sentido quando vivida sob a perspectiva da vida eterna “Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I
Coríntios 15:19);

2- O FALSO ENSINO DA “REENCARNAÇÃO”: É uma doutrina segundo a qual, após


morrer, o espírito/ alma do homem nasce de novo em outro corpo (reencarna), para purgar
os pecados da vida anterior. Segundo esta doutrina a salvação é resultado das boas obras
que nos purificam.

• Basta comparar a geração atual com a de nossos avôs, para perceber que, ao
contrário do que afirma a doutrina da Reencarnação, as novas gerações não são
melhores e menos violentas, mas a cada dia a humanidade piora. “Sabe, porém, isto:
que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de
si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos...” (II Timóteo 3:1 e 2);

• A Palavra de Deus derruba completamente a idéia de reencarnação: “E, assim como


aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus
9:27);

• O homem jamais voltará a viver nesta terra novamente: “Tal como a nuvem se desfaz
e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua
casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais.” (Jó 7:9-10);

• Salvação não pode ser obtida por atos humanos, por melhores que sejam: “Quem
pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9);

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• Salvação é pela fé, não vem por causa das boas obras que praticamos: “Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras,
para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8 e 9);
3- O FALSO ENSINO DO PURGATÓRIO: A religião tradicional ensina que após morrer
todos nós iremos para o purgatório onde sofreremos pelos nossos pecados. Esta doutrina
ignora que só há dois caminhos revelados na Palavra de Deus, e só há dois tipos de mortos:
Os justos e os ímpios: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.
(Mateus 25:46);

• Ignora que, após a morte, ninguém mais pode mudar sua condição de salvo ou
perdido. “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os
que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.”
(Lucas 16:26);

• Ao afirmar que o fogo do purgatório purifica pecados, esta falsa doutrina ignora o
valor do Sangue de Jesus, que é o único no Universo capaz de nos purificar: “e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (I João 1:7); “e, sem
derramamento de sangue, não há remissão.” (Hebreus 9:22);
4- O FALSO ENSINO DO “SONO DA ALMA”: É uma doutrina falsa que, por causa de
textos bíblicos que falam dos mortos como “dormindo” (Ex. I Ts 4:13), ensina que na morte
física, o espírito/ alma “desliga” e está dormindo na inconsciência, como se estivesse
“desativado”. Porém a Palavra de Deus é clara quando afirma o “sono do corpo”, isto é, na
morte, o corpo físico é que está desligado ou “dormindo” e não a alma.

• Quando o espírito/ alma deixa o corpo, por ocasião da morte, o corpo fica
“desligado” ou “dormindo” na decomposição, tornando-se pó novamente. “Antes
que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à
fonte, e se desfaça a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte
a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12:6 e 7);

• Os que dormem, dormem no pó da terra, isto se refere claramente ao corpo: “Muitos


dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para
vergonha e horror eterno.” (Daniel 12:2);

• Porém o espírito/ alma dos mortos continuam despertos e lúcidos após a morte: “E,
havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor
da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz,
dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue
dos que habitam sobre a terra? (Apocalipse 6:9-10);

• Os mortos, no Paraíso ou no Inferno, estão plenamente conscientes: “No inferno,


estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que
molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta
chama.” (Lucas 16:23 e 24);

• É por isso que o apóstolo Paulo fala que ao morrer ele estaria melhor com Cristo.
“Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo,
o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer
na carne.” (Filipenses 1:23 e 24);

• Ao morrer, o corpo de Jesus ficou “dormindo” no sepulcro: “Mas, de fato, Cristo


ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (I Coríntios
15:20); Mas seu Espírito/ Alma foi proclamar o evangelho no mundo dos mortos.

43
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para
conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também
foi e pregou aos espíritos em prisão,” (I Pedro 3:18 e 19);

• Quando uma pessoa morre, cessa o seu testemunho e louvor na terra dos viventes:
“Os mortos não louvam o SENHOR, nem os que descem à região do silêncio.” (Salmo
115:17); O que não significa que não haja louvor após a morte: “Nós, porém,
bendiremos o SENHOR, desde agora e para sempre. Aleluia!” (Salmo 115:18);

A VERDADE SOBRE A VIDA APÓS A MORTE:


Após a morte física o espírito/ alma dos justos vão para um lugar chamado Seio de Abraão
ou Paraíso. “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;”
(Lucas 16:22);
Ao fechar os olhos na Terra, os que morrem em Cristo, abrem os olhos no Paraíso: “E
acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:42 e 43);
Após a morte física o espírito/ alma dos ímpios vão para um lugar chamado Inferno
(Hebraico: Sheol). Ao fechar os olhos na Terra, os que morrem sem Cristo, abrem os olhos
no Inferno. “morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou
os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio” (Lucas 16:22 e 23); O texto mais
esclarecedor sobre a situação dos mortos é Lucas 16:19-31:
• Percebemos que os mortos vêem e se reconhecem: “viu ao longe a Abraão e Lázaro no
seu seio” (v. 23);
• Mantém traços de personalidade, exemplo do rico mandão: “Pai Abraão... manda a
Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua” (v. 24);
• Os justos são consolados e os ímpios atormentados: “Filho, lembra-te de que recebeste
os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está
consolado; tu, em tormentos.” (v. 25);
• Não podem mudar sua condição de salvo e perdido: “E, além de tudo, está posto um
grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros
não podem, nem os de lá passar para nós.” (v. 26);
• Possuem memória da vida pregressa e sentimentos: “eu te imploro que o mandes à
minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de
não virem também para este lugar de tormento.” (v. 27 e 28);
• Não podem interferir na vida terrena, nem voltar a este mundo a não ser por
ressurreição, isto é, voltar ao mesmo corpo: “Se não ouvem a Moisés e aos Profetas,
tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” (v. 31);
Isso exclui a idéia de “almas penadas” e de reencarnação (voltar em outro corpo).

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS JUSTOS: As Escrituras ensinam que


após a morte, o espírito/ alma dos justos seguem para um lugar chamado Paraíso. Lá eles
aguardarão o arrebatamento da igreja, para ressuscitarem, e por fim habitarem novos céus
e nova terra. Por isso o Paraíso não é o lugar definitivo para os salvos, mas um lugar
intermediário de descanso até a ressurreição: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados.” (I Coríntios 15:52); “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que
descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi

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grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará
com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.” (Apocalipse 21:1-3);

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS ÍMPIOS: Após a morte física, o espírito


alma dos ímpios não seguirão imediatamente para o lugar final de castigo, mas seguirão
para um lugar temporário, onde aguardarão o dia do Juízo Final, para só depois serem
lançados no lago de fogo: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja
presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes
e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro
da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para
dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:11, 12 e 15);

A RESSUREIÇÃO DOS MORTOS:


O termo “ressurreição” vem do grego “anastasis” e “egeiró” que significam “tornar a vida;
levantar-se; erguer-se; despertar”. É quando o espírito e a alma unem-se ao corpo
(milagrosamente reconstituído). A ressurreição dos mortos foi predita no Velho Testamento
“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para
vergonha e horror eterno.” (Dn 12:2);
Abraão cria na ressurreição dos mortos: “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu
Isaque... porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de
onde também, figuradamente, o recobrou.” (Hb 11:17-19);
Jesus ensinou a ressurreição: “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de
todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu
Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último
dia.” (João 6:39,40);
Jesus provou na prática a realidade da ressurreição: “Ele não está aqui, mas ressuscitou.
Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho
do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.”
(Lc 24:6 e 7); “Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos
de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.” (João 2:22);

A RESSURREIÇÃO E O JUÍZO DOS JUSTOS: Assim como a colheita


judaica era feita em três etapas distintas: (1) Primícias ou primeiros frutos, (2) Colheita
Principal e (3) Restolho (Levítico 23:17 e 22), assim também é a Ressurreição dos justos:
1- O Senhor Jesus é indicado como “as primícias dos mortos” “Mas, de fato, Cristo ressuscitou
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (I Coríntios 15:20);
2- O segundo grupo é composto por todos os mortos em Cristo que ressuscitarão na volta
de Cristo, estes simbolizam a Colheita Principal: “Eis que vos digo um mistério: nem todos
dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados.” (I Coríntios 15:51-52); “Pois, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem... nós,
os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.
Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” (I Ts 4:14-
17).
3- Por fim, os mártires, mortos na Grande Tribulação e as duas testemunhas são o restolho
da ceifa: “Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do

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abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará... Mas, depois dos três dias e meio, um espírito
de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os
viram sobreveio grande medo; e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-
lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.” (Ap
11:7, 11 e 12); Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de
julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa
da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não
receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
(Apocalipse 20:4);
Todos os justos logo a após a volta de Cristo e a sua ressurreição passarão por um
julgamento que a Palavra de Deus chama de Tribunal de Cristo: “Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio
do corpo, ou bem ou mal.” (II Coríntios 5:10);

Não se trata de julgamento para condenar ou salvar, pois todos já estão salvos! No Tribunal
de Cristo nossas obras serão julgadas para que possamos receber galardão: “E eis que cedo
venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra.” (Apocalipse
22:12);

A RESSURREIÇÃO E O JUÍZO DOS ÍMPIOS: Os ímpios continuarão


mortos, durante o arrebatamento da igreja, durante a grande tribulação e durante o
milênio. Somente no fim da história humana nesta Terra, é que os ímpios ressuscitarão para
serem julgados e logo depois lançados no lago de fogo: “Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da
Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros.” (Apocalipse 20:12);
No final da história humana, todos os ímpios ressuscitarão para serem julgados diante do
Grande Trono Branco: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja
presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Deu o mar os mortos que nele
estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um,
segundo as suas obras.” (Apocalipse 20:11 e 13);
Este é um julgamento para condenação, onde todos os pecados são apresentados de maneira
que ninguém será inculpável diante de Deus: “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos,
postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi
aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos
livros.” (Apocalipse 20:12);
Por fim, comprovar-se-á que nenhum desses ímpios têm o seu nome escrito no livro da Vida.
Nenhum deles aceitou a Jesus como Salvador e o seguiu como Senhor de suas vidas. Os
ímpios, cientes de seus pecados e de que não tem seus nomes escritos no livro da vida serão
lançados no lago de fogo para todo o sempre. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da
Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Apocalipse 20:15);

Sugestão de leitura: O Plano Divino Através dos Séculos –

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1.13 Prepare-se para a 2ª Vinda de Jesus

Ele voltará!
Uma das bases mais poderosas da esperança dos crentes é a certeza na promessa da Volta
de Cristo: “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para
que, onde eu estou, estejais vós também.” (João 14:3);
O Senhor antecipadamente deixou um recado para aqueles que duvidam da sua volta:
“sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas
próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os
pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação... Mas, amados,
não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia. O
Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para
convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o
Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.” (II Pedro 3:3,4
e 8-10);

SINAIS DA VINDA DE CRISTO: Embora ninguém saiba nem o dia nem a hora
da Volta de Cristo, o Senhor Jesus nos deixou profecias, que cumpridas são sinais da sua
vinda: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.”
(Mateus 24:33);

• O aumento do saber e da informação: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este
livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma para outra parte, e a ciência se
multiplicará. (Daniel 12:4); Cumprida!

• O automóvel: “Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas ruas, o seu
parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos” (Naum 2:4); Cumprida!

• A Televisão e as transmissões em tempo real por satélite: “E homens de vários povos,


e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão
que o seu corpo seja posto em sepulcros.” (Apocalipse 11:9); Cumprida!

• O armamento nuclear capaz de destruir totalmente o planeta Terra: “Porque haverá


aflição, como nunca antes houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco
haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas
por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias” (Mateus 24:21,22);
Cumprida!

• Terremotos: “Haverá, em vários lugares, grandes terremotos...” (Lucas 21:11); Os


registros de 500 anos passados mostram um aumento constante dos terremotos na
Terra: Século 15 – 115 terremotos; Século 16 – 253 Terremotos; Século 17 – 378
Terremotos; Século 18 – 640 Terremotos; Século 19 – 2119 Terremotos; Tanto o
número quanto a severidade dos terremotos aumentam a cada século! Cumprida!

• O bramido do mar: “E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas e, na terra, angústia
das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25); As ondas
que em 1953 cobriram uma sexta parte da Holanda, e o Tsunami de 2006, que
mataram milhares de pessoas e provocaram grande destruição é apenas um exemplo
do bramido do mar; Cumprida!

• O Tempo dos Gentios: “E cairão ao fio da espada e para todas as nações serão levados
cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem” (Lucas 21:24); Esta profecia se cumpriu no ano 70 d. C. quando o

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exército de Tito invadiu Jerusalém matando e destruindo tudo que encontrava. O
restante dos Judeus foram dispersos por todo o mundo e Jerusalém ficou sob o
domínio dos povos estrangeiros por quase 20 séculos. Somente no século XX o tempo
dos gentios se “completou” e agora os judeus voltaram e reconstruíram Israel.
Cumprida!

• A restauração da terra da palestina: “Assim diz o SENHOR Deus: No dia em que eu


vos purificar de todas as vossas iniqüidades, então, farei que sejam habitadas as cidades
e sejam edificados os lugares desertos. Lavrar-se-á a terra deserta, em vez de estar
desolada aos olhos de todos os que passam. Dir-se-á: Esta terra desolada ficou como o
jardim do Éden; as cidades desertas, desoladas e em ruínas estão fortificadas e habitadas.”
(Ezequiel 36:33-35); Durante séculos de dominação turca e muçulmana as árvores
da palestina foram cortadas, o deserto avançou onde antes era terra fértil. Mas hoje,
após a volta dos judeus à palestina, Israel é um grande produtores de hortaliças,
frutas e flores. Seu território é de fato um imenso jardim. Cumprida!

• A reconstrução de Jerusalém: “Quando o Senhor edificar a Sião, e na sua glória se


manifestar” (Salmo 102:16); No ano 70 d. C, os exércitos romanos destruíram e
incendiaram Jerusalém. Ela foi ocupada por diversos outros povos, destruída e
reconstruída sucessivamente até que a partir de 1917, os judeus voltaram a habitá-
la e a reconstruí-la conforme a profecia de Jeremias 31:38-40; Cumprida!

• O Nascimento do Estado de Israel: “quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas
semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de
uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Isaías 66:8); No dia 14
de Maio de 1948 foi assinada a declaração de Independência do Estado de Israel.

• Guerras Mundiais: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino,”
(Mateus 24:7a); Sempre houve guerras na terra, mas nunca envolvendo todo o
planeta... até 1914 com a Primeira Guerra Mundial e 1939 com a Segunda Grande
Guerra. Cumprida!

• Fomes, Pestes: “e haverá fomes, pestes... em vários lugares” (Mateus 24:7); Sempre
houve fome na terra por má distribuição, mas agora se aproxima o dia da fome
porque a Terra é incapaz de produzir alimento para tanta gente viva. Em 1347, a
peste negra devastou a Europa, em 1918 foi a gripe espanhola, mau controlamos a
Tuberculose, surgiu o Câncer, logo depois a AIDS, em seguida o Ebola e agora a
Gripe do Frango. Tudo isso indica que Jesus está às portas! Cumprida!

• A pregação do Evangelho por todo o mundo: “E este evangelho do Reino será pregado
em todo o mundo em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mateus 24:14);
Esta é a última profecia a ser totalmente cumprida. O único sinal que ainda não
aconteceu!

O ARREBATAMENTO DA IGREJA:
Jesus virá para levar a sua igreja deste mundo conforme prometeu. Quando a última pessoa
tiver ouvido o evangelho, Ele virá! Os mortos em Cristo ressuscitarão e serão arrebatados
juntamente com todos os vivos que fazem parte da Igreja do Senhor. “Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos
ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”
Durante o arrebatamento da igreja, nossos corpos serão transformados num corpo de glória
ou corpo glorificado para então entrarmos nos céus do Senhor: “Isto afirmo, irmãos, que a

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carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção Eis
que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (I Coríntios 15:50-52);
Cristo vem para a sua igreja: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho
preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” (II Coríntios
11:2):
Será invisível para o mundo: “e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a
todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24:39);
Jesus virá somente até as nuvens: “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4:17),
Haverá segredo: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o
Filho do Homem virá.” (Mateus 24:44),
Será como o relâmpago: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no
ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24:27);

A GRANDE TRIBULAÇÃO:
Durante o arrebatamento da igreja o Espírito Santo também é tirado da Terra “Porque já o
mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;” (II
Tessalonicenses 2:7);
Os anjos, que hoje estão na Terra para servir os salvos (Hebreus 1:14) também irão, todos,
para o céu juntamente com a igreja. “Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos
e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus”
(Apocalipse 7:11);
No céu, haverá um grande culto e um grande banquete com a Igreja e os anjos. São as bodas
do Cordeiro: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do
Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou” (Apocalipse 19:7); Na sua última Ceia, Jesus
predisse este momento em que comeria com seus discípulos: “E digo-vos que, desde agora,
não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu
Pai.” (Mateus 26:29);
Na Terra, restam apenas multidões de pessoas que ouviram e rejeitaram o evangelho, os
desviados e os crentes que não vigiaram: “Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando:
Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.” (Mateus 25:11-13);
Inicia-se um período de sete anos de Grande Tribulação: “porque nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.”
(Mateus 24:21);
Surgirá um homem com poder político e econômico, ele é a primeira besta: “Vi emergir do
mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as
cabeças, nomes de blasfêmia.” (Apocalipse 13:1); Este homem é mais conhecido como Anti
Cristo, porque assim como Deus ungiu a Jesus Cristo com poder (At 10:38), ele será
investido de poder pelo Diabo. O Anti Cristo receberá poder sobre os mesmos Reinos da
Terra que Jesus rejeitou durante a tentação no deserto (Mt 4:8 e 9): “A besta que vi era
semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu
poder, o seu trono e grande autoridade.” (Apocalipse 13:2);

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O Anti Cristo exercerá poder político e econômico sobre toda a Terra. Trata-se de uma
globalização política e econômica: “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os
livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para
que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o
número do seu nome. (Apocalipse 13:16 e 17);
Neste tempo também se levantará um segundo homem, com voz mansa parecendo cordeiro,
porém com doutrina mentirosa, para exercer poder religioso, este homem é chamado de
Falso Profeta: “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro,
mas falava como dragão. (Apocalipse 13:11);
O Falso profeta vem para unir todas as religiões em uma só. Ele ensinará os homens a
adorar o Anti Cristo: “Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que
a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera
grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.” (Apocalipse
13:12, 13);
A Terra sofrerá grandes castigos, liberados pela abertura de “selos”, pelo derramar de
“taças” ou pelo toque de “trombetas” de Deus:

O ARMAGEDOM: O Anti Cristo reunirá as nações para combater o próprio Deus: E


vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que
estava montado no cavalo e contra o seu exército. (Apocalipse 19:19);
Então Jesus virá pessoalmente com os anjos e sua igreja: “Vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça... e seguiam-no
os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco
e puro.” (Apocalipse 19:11 e 14);
Dessa vez todo o olho o verá: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá...” (Apocalipse
1:7); “Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso
e vindo com as nuvens do céu.” (Marcos 14:62);
Ele pisará na terra: “Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no
dia da batalha. Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de
Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o
ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra
metade, para o sul.” (Zacarias 14:3 e 4);
Jesus derrotará o Anti Cristo e seu exército, lançará o Anti Cristo e o Falso Profeta no lago
de fogo: Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante
dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os
dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram
mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se
fartaram das suas carnes. (Apocalipse 19:20 e 21);
Satanás será preso: “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma
grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por
mil anos;” (Apocalipse 20:1);

O MILÊNIO: Após o Armagedom, Jesus reinará sobre o remanescente da humanidade


durante mil anos: “Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade
de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por
causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e
não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.”
(Apocalipse 20:4);

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Satanás será solto e pela última vez será derrotado e lançado no lago de fogo. “Quando,
porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações
que há nos quatro cantos da terra Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número
dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o
acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo,
o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a
besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos
séculos. (Apocalipse 20:7-10);
Os ímpios então serão julgados e lançados no lago de fogo: E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros... E, se alguém não foi achado
inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Apocalipse 20:12b e
15);
O Senhor criará Novos Céus e Nova Terra: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe... (Apocalipse 20:1);
Os salvos estarão para sempre com o Senhor: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo:
Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e
Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá,
já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Apocalipse 20:3
e 4);
Sugestão de Leitura: Apocalipse – Aluísio Silva

51
FUNDAMENTOS
DE

BATALHA

ESPIRITUAL
“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12)

52
53
2.1 O REINO DA LUZ

Tanto o mundo físico que é visível, quanto o mundo espiritual que é invisível foram
criados por Deus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados”
(Hebreus 11:3a);
Há um mundo espiritual por trás deste mundo físico que conhecemos. Tudo neste
mundo físico foi criado e é regido a partir do mundo espiritual: “de maneira que o visível
veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hebreus 11:3b);
No mundo espiritual há duas forças que lutam pelas almas humanas: O Reino da
Luz e o Reino das Trevas: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13);
O Reino da Luz é representado por Deus, pelos anjos de Deus e pela Igreja: “Mas
chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares
de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus,
o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;” (Hebreus 12:22 e 23);

1- O DEUS ÚNICO E VERDADEIRO:


• O Panteísmo é uma doutrina que ensina que tudo é Deus, é um ensino que não
distingue a criatura do criador. Nós não somos panteístas, porém acreditamos que
todas as coisas apontam para Deus e refletem a sua glória e o seu poder: “Os céus
proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” (Sl.
19:1);

• Deus criou tudo o que existe: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo
ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.” (Atos
17:24);

• Ele dá vida e alento para todo ser vivo: “Nem é servido por mãos humanas, como se
de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo
mais;” (Atos 17:25);

• Deus criou a Terra e o homem: “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre
toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da
sua habitação;” (Atos 17:26);

• Nossa missão é conhecer a Deus, pois Ele não está longe de nós: “para buscarem a
Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de
nós;” (Atos 17:27);

• Tudo que somos, que temos e que fazemos depende de Deus: “pois nele vivemos, e
nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também
somos geração.” (Atos 17:28);

OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS:


• Deus é Espírito: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito
e em verdade.” (João 4:24);

• Imortal e invisível: “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém!” (I Timoteo 1:17);

• Eterno, sem começo e sem fim: “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que
é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1:8);

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• Onipotente: “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o
SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê
perfeito.” (Gn 17:1);

• Onisciente: “SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando


me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu
deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e
tu, SENHOR, já a conheces toda.” (Sl 139:1-4);

• Onipresente: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás
também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me
haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” (Sl 139:7-10);

• Imutável: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tg 1:17).

OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS:


• Fiel: “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si
mesmo.” (II Timóteo 2:13);
• Verdadeiro: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o
cumprirá?” (Números 23:19);
• Bom: “Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre” (Salmo 100:5);
• Paciente: “Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em
misericórdia e em verdade.” (Salmo 86:15);
• Amor: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e
aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” (I João 4:16);
• Santo: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.”
(Levítico 20:7);
• Reto e justo: “Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão
a face.” (Salmo 11:7);

A TRINDADE DE DEUS:
• A Bíblia revela a existência de apenas um único Deus: “Ouve, Israel, o SENHOR,
nosso Deus, é o único SENHOR.” (Deuteronômio 6:4); No entanto o termo Hebraico
traduzido por único é “echad”, que significa uma “unidade composta”. O próprio
termo hebraico “Elohin” traduzido por “Deus” é plural.
• Deus é triúno, ou seja, um Deus que existe em três pessoas - Pai, Filho e Espírito
Santo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19);
A trindade é indiretamente mencionada no Antigo Testamento:
• Nas formas plurais: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança;” (Gênesis 1:26);
• Nas teofanias – aparições de Deus em forma humana: “Depois, apareceu-lhe o
SENHOR nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, quando tinha
aquecido o dia. E levantou os olhos e olhou, e eis três varões estavam em pé junto a ele.”
(Gênesis 18:1 e 2)

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• Na adoração dos anjos: “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo
é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6:3);
A trindade é abertamente declarada no Novo Testamento
• No Batismo de Jesus: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os
céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos
céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:16,17)
• No relacionamento entre Deus e o homem: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” ( João 14:16);
• Na Benção Apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a
comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!” (II Coríntios 13:13);
• Na confissão do Batismo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-
os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19);

2- OS ANJOS DE DEUS:
Além do Senhor, os anjos de Deus são parte integrante do Reino da Luz. O termo
“anjo” (Heb. malak/gr.angelos) significa “mensageiro”. Os anjos são espíritos enviados por
Deus para servir os salvos: “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados
para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:14);
• Criados por Deus: “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer
potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.” (Colossenses 1:16);

• Não têm sexo: “Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são,
porém, como os anjos no céu.” (Mateus 22:30); Não se reproduzem, portanto seu
número é completo.

• São numerosos: “Acaso, têm número os seus exércitos?” (Jó 25:3);

• Adoram a Deus: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas legiões
celestes.” (Salmo 148:2);

• Não devem ser adorados: “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as
ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo.
Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas,
e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Apocalipse 22:8-9);

• Sujeitos a Jesus: “o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe
subordinados anjos, e potestades, e poderes.” (I Pedro 3:22);

• Obedientes: “Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que


executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.” (Salmo 103:20);

• Santos: “Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se
envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos
anjos.” (Lucas. 9:26);

• Possuem livre arbítrio: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas
abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas,
para o juízo do grande Dia;” (Judas 6)

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• Os anjos podem ser classificados em Anjos Caídos que se rebelaram e seguiram a
satanás tornando-se demônios e Anjos Eleitos que permaneceram fiéis à Deus. (I
Timóteo 5:21);
Termos bíblicos que se referem aos anjos:
• Estrelas (Apocalipse 12:4);
• Pedras afogueadas (Ezequiel. 28:14 e 16);
• Ventos e Labaredas de fogo (Hebreus. 1:7);
• Exército do céu (II Reis 6:15)

A HIERARQUIA DOS ANJOS:


Apesar de não definir o assunto a Bíblia revela que os anjos estão organizados em
termos de autoridade e de glória. Eles diferem em poder. A Bíblia é clara quando destaca
os seguintes termos:
I- Arcanjo (anjo chefe): Não existe base bíblica suficiente para afirmar a existência de outros
arcanjos, embora alguns acreditem ser em número de sete.
• Na Bíblia só se aplica à Miguel: “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o
diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo
infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” (Judas. 9);
• Reconhecido como sendo um dos primeiros príncipes no céu “Mas o príncipe do reino
da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio
para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.” (Daniel 10:13);
• Responsável pela nação de Israel: “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande
príncipe, o defensor dos filhos do teu povo...” (Daniel 12:1);
• Acompanhará Jesus na sua segunda vinda: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua
palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;” (I Tessalonicenses 4:16);

II- Querubins (Vigias, vigilantes): São anjos guerreiros com grande dignidade e honra.
Descritos na Bíblia como glorificando constantemente Deus: “tu que estás entronizado acima
dos querubins, mostra o teu esplendor.” (Salmo 80:1);

• Guardavam a árvore da vida no Jardim do Éden, após a queda do homem: “E,


expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma
espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:24);

• Satanás era um querubim ungido: “Tu eras querubim ungido para proteger, e te
estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.”
(Ezequiel 28:14);

III- Serafins (ardentes): A sua função é louvar a Deus e promover a sua santidade.

• Na visão de Isaías eles aparecem irradiando a glória e a pureza de Deus como se


estivessem incandescidos “Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com
duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava” (Isaías 6:1-3).

IV- O anjo do Senhor: Há cerca de 60 ocorrências no Antigo Testamento citando a


atuação do “anjo do Senhor”. Pela maneira como é descrito podemos afirmar que na

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maioria das vezes é uma Teofania, ou seja, uma aparição indireta e transitória do próprio
Deus. Como em (Gn. 16:7-13; Ex.3:2-6; At. 7:30-38). Outras vezes é claro se tratar de uma
aparição do Senhor Jesus antes da sua encarnação, também chamado de príncipe do
Senhor (II Sm. 24:16; Zc. 1:12)

O PAPEL DOS ANJOS:

• São Adoradores: E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os


anjos de Deus o adorem. (Hebreus 1:6);
• Estiveram presentes na ressurreição de Jesus: “E eis que houve um grande terremoto;
porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre
ela.” (Mateus 28:2);
• Estiverem presentes na ascensão de Jesus: “E, estando eles com os olhos fitos no céu,
enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles”
(Atos 1:10);
• Auxiliadores dos salvos: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para
serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:14);
• Guardadores dos crentes: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem
e os livra” (Salmo 34:7);
• Cuidam das crianças: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu
vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.”
(Mateus 18:10);
• Aplicam o juízo de Deus “Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do SENHOR e feriu,
no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram os restantes
pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.” (II Reis 19:35);
• São a “força de apoio” na pregação do evangelho, auxiliando os crentes a anunciá-
lo: “Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no
caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.”
(Atos 8:26 e 27);

3- A IGREJA DE DEUS
A palavra Igreja, em grego “EKLESIA” significa “chamados para fora”. A Igreja é
um grupo de pessoas chamadas por Deus, lavadas e remidas pelo sangue de Jesus, e
habitadas pelo Espírito Santo. A igreja é uma comunidade de fé que compartilha da benção
e da responsabilidade de servir ao Senhor. Juntamente com os anjos a Igreja faz parte do
Reino da Luz!

Os símbolos da Igreja: Quando estudamos os símbolos bíblicos da igreja, aprendemos


mais sobre sua natureza e propósito.

Edifício de Deus: “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício
de Deus” (I Coríntios 3:9);

• O único fundamento da Igreja é o Senhor Jesus: “edificados sobre o fundamento dos


apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;” (Efésios 2:20);
• Os pastores e líderes são os arquitetos: “Segundo a graça de Deus que me foi dada,
pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um
como edifica sobre ele.” (I Coríntios 3:10);

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• Cada membro é uma pedra viva nessa construção: “vós também, como pedras vivas,
sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios
espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.” (I Pedro 2:5);
Corpo de Cristo: “Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.” (I Coríntios
12:27);
• Isso fala da Diversidade dos membros: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos
membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.”
(I Coríntios 12:12);
• Isso fala de Unidade na Diversidade: “para que não haja divisão no corpo, mas, antes,
tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” (I Coríntios 12:25);
• Isso fala de interdependência: “De maneira que, se um membro padece, todos os
membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam
com ele.” (I Coríntios 12:26);
• Isso fala de nossa relação de submissão com o Senhor Jesus: “... como também Cristo
é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está
sujeita a Cristo...” (Efésios 5:23 e 24);
Lavoura de Deus: A igreja é a lavoura, os pastores e líderes são os lavradores e quem dá o
crescimento é Deus: “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e
edifício de Deus” (I Coríntios 3:9);
Noiva e Esposa: “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem
coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Efésios 5:27);
O Propósito da Igreja:
1- A Igreja deve ministrar adoração à Deus: “falando entre vós com salmos, entoando e
louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Efésios 5:19);
2- A Igreja deve levar o evangelho ao mundo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19);
3- A Igreja deve promover edificação a si mesma: “Pelo que exortai-vos uns aos outros
e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.” (I Tessalonicenses 5:11);
O Surgimento da Igreja:
Em Mateus 16:18, na primeira menção sobre a Igreja na Palavra de Deus, Jesus já
declara duas promessas poderosíssimas:
• É o próprio Jesus quem se encarrega de nos edificar: “edificarei a minha igreja”
• As portas do inferno não podem resisti-la: “as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.”
• A Igreja nasceu na cruz com o derramamento do sangue de Jesus que tem purificado
um povo para Deus: “o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda
iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2:14);
• Onde houver alguém com o coração lavado pelo sangue de Jesus, ali estará a Igreja
do Senhor: “para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio
sangue” (Atos 20:28);
• A inauguração da Igreja foi em Pentecoste quando o Espírito Santo foi derramado
e foram colhidos os primeiros frutos da grande colheita de almas: “Todos ficaram
cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem.4 Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo
um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.” (Atos 2:4 e 41);

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Como Podemos Ser Igreja
• A vida como Igreja começa quando aceitamos a Jesus: “E todos os dias acrescentava
o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:47);
• A vida como Igreja é confirmada quando nos batizamos nas águas: “Então, os que
lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase
três mil pessoas.” (Atos 2:41);
• A vida como Igreja é renovada sempre que participamos da Ceia do Senhor: “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações.” (Atos 2:42);
• A vida como Igreja é vivida pela unidade. Quem crê, quer estar junto: “Todos os que
criam estavam juntos” (Atos 2:44);
• Essa unidade não acontece apenas nos cultos de celebração, mas na vida em comum
no dia a dia: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em
casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (Atos 2:46);

Sugestão de Leitura: Oração de Guerra – Peter Wagner

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2.2 O REINO DAS TREVAS
A realidade do mal é tão grande que mesmo quem não acredita em Deus, admite a
existência do mal. O que poucas pessoas sabem é que o mal tem nome, tem um propósito
definido e é extremamente organizado. Os filhos da luz precisam conhecer, identificar e
discernir o mal para que possam vencê-lo. A Palavra de Deus denuncia o Império das Trevas
como sendo comandado por um anjo rebelde chamado “Lúcifer”. Com ele, ainda compõe o
reino das trevas, um numeroso grupo de “anjos caídos”, os demônios e todos os homens
ímpios e tudo aquilo que não esta debaixo do controle de Deus.

A Origem de Satanás
1- Satanás era um anjo criado por Deus: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da
alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14:12);
2- Foi criado perfeito, sábio e belo: “Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e
formosura.” (Ezequiel 28:12 b);
3- Era tão belo como as pedras mais preciosas: “Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra
preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a
safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro;” (Ezequiel 28:13 a);
4- É possível que fosse um ministro de louvor: “a obra dos teus tambores e dos teus pífaros
estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados.” (Ezequiel 28:13 b);
5- Era um querubim: “Tu eras querubim da guarda ungido” (Ezequiel 28:14);

A Queda de Satanás
1- Um dia se rebelou e tentou tomar o lugar de Deus: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde
o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti.” (Ezequiel 28:15);
2- O orgulho encheu o seu coração: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o
meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima
das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14:13 e 14);
3- O orgulho o levou a pecar: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te
pus, para que te contemplem.” (Ezequiel 28:17);
4- Em sua rebelião contaminou outros anjos que o seguiram: “A sua cauda arrastava a terça
parte das estrelas do céu” (Apocalipse 12:3 e 4);
5- Deus o julgou e proferiu sua sentença de condenação: “Contudo, serás precipitado para o
reino dos mortos, no mais profundo do abismo." (Isaías 14:15);
6- O inferno foi preparado para ele e para todos os que o seguir: “Então, o Rei dirá também
aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado
para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41);

7- Vendo que não poderia vencer Deus frontalmente, enganou Adão e Eva, o primeiro casal,
e ali no Éden conquistou legalmente autoridade sobre a Terra: “Levou-o ainda o diabo a um
monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles” (Mateus. 4:8 e 9);
8- Por isso é chamado de “o príncipe deste mundo” ou “o deus deste século”: “nos quais o
deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (II Coríntios 4:4);

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Os Atributos de Satanás
• Sabendo que o diabo é um anjo, apesar de rebelde, podemos atribuir-lhe muitas
características dos anjos como o fato de ser espírito, criado por Deus, não ter sexo,
etc.

• O Diabo não é onisciente: “mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a


qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória, a qual nenhum dos príncipes
deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da
glória.” (I Coríntios 2:7 e 8);

• O Diabo não é onipresente: “Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens?


Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.” (Jó 1:7);

• O Diabo não é onipotente. Deus tem anjos mais poderosos que o diabo: “Então, vi
descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele
segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;”
(Apocalipse 20:1 e 2);

• O Diabo é criatura e não criador: “Estavas no Éden, jardim de Deus... no dia em que
foste criado, foram eles preparados.” (Ezequiel 28:13);

A DERROTA DE SATANÁS
• A Bíblia diz que Deus deu a autoridade da Terra à Adão. Ao pecar o homem
entregou-a ao diabo. Durante o Antigo Testamento satanás imperou quase sem
oposição atacando os homens e especialmente o povo de Israel, de onde nasceria o
Senhor Jesus.

• Jesus veio para destruir as obras do diabo: “Aquele que pratica o pecado procede do
diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho
de Deus: para destruir as obras do diabo.” (I João 3:8);

• Jesus venceu o diabo e todas as suas hostes na cruz do calvário: “e, despojando os
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na
cruz.” (Colossenses 2:15);

• Hoje o Senhor Jesus está em nós, por isso temos vitória sobre satanás: “Filhinhos,
sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está
no mundo” (I João 4:4);

• No fim, Satanás será lançado no lago de fogo: “O diabo, o sedutor deles, foi lançado
para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também
o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.”
(Apocalipse 20:10).

A ORIGEM DOS DEMÔNIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS:


• Os demônios são anjos caídos perversos que trabalham ao lado de satanás: “Houve
peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o
dragão e seus anjos;” (Apocalipse 12:7);

• Como anjos caídos, os demônios já estão condenados: “e a anjos, os que não


guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem
guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;” (Judas 6);

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• A diferença entre os demônios e os anjos fiéis a Deus está no caráter, pois seus
atributos são idênticos. Assim como os anjos, os demônios são seres pessoais com
intelecto: “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno?... Bem sei quem és: o Santo de
Deus!” (Lucas 4:34);

• Assim como os anjos, são sem idade. Não morrem. Os mesmos demônios que Jesus
expulsou ainda estão influenciando a humanidade para o mal. São personalidades
sem corpos.

• Nomeiam-se: “E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião


é o meu nome, porque somos muitos.” (Marcos 5:9);

• Mentem (pedir informação a um demônio é pedir verdade a um mentiroso) “Vós


sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde
o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João
8:44);

• Alguns são mais perversos do que outros: “Então, vai e leva consigo outros sete
espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem
torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.”
(Mateus 12:45);

• Eles crêem e temem: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem
e tremem.” (Tiago 2:19);

• Tem vontade pessoal: “Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo
voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada.” (Mateus 12:44);

• Quando uma pessoa possessa morre, ou tem um espírito maligno expulso, o demônio
imediatamente procura um outro lugar para habitar: “Quando o espírito imundo sai
do homem, anda por lugares áridos procurando repouso...” (Mateus 12:43);

• Qualquer coisa que mata, rouba ou destrói está associada com demônios: “O ladrão
vem somente para roubar, matar e destruir;” (João 10:10);

• Criam e divulgam doutrinas enganosas: “Ora, o Espírito afirma expressamente que,


nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores
e a ensinos de demônios” (I Timóteo 4:1);

• Operam sinais para enganar: “e eles são espíritos de demônios, operadores de sinais”
(Apocalipse 16:14);

• Para se apossar das vidas os demônios usam “portas espirituais” tais como: atitudes
e ações pecaminosas (At. 5:3), palavras pecaminosas (Pv. 6:2), falta de perdão (Mt.
18:34-35), práticas ocultas (Dt. 18:9-13), Idolatria (I Coríntios 10:20 e 21);

• Demônios podem possuir homens e animais: “... veio dos sepulcros, ao seu encontro,
um homem possesso de espírito imundo... E os espíritos imundos rogaram a Jesus,
dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles... Jesus o permitiu. Então,
saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois
mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram”
(Marcos 5:2, 12 e 13);

• Demônios causam enfermidades: “E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões


se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel!” (Mateus 9:33);

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• No entanto não devemos achar que toda enfermidade é causada por demônios.
Curar enfermidade e expulsar demônios nem sempre é a mesma coisa: “E ele curou
muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes
permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.” (Marcos 1:34);

• Demônios podem provocar distúrbio mental: “E sucedia que, quando o espírito


maligno, da parte de Deus (com a permissão) vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e
a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava
dele.” (I Samuel 16:23); Mas nem todo distúrbio mental é atuação de demônios.

• Como distinguir um endemoniado de um doente mental:


1- O possesso reage a oração e é indiferente ao medicamento;
2- O doente mental reage ao medicamento e é indiferente à oração;
3- O possesso possui uma força sobre humana e é insensível à dor, o doente mental
não;

• Ao contrário do que muitos pensam e ensinam o diabo não habita no inferno e sim
nos ares: “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe
da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;” (Efésios
2:2);

• Existem conflitos entre anjos e demônios nos ares: “porque a nossa luta não é contra
o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
(Efésios 6:12);

• Os demônios não podem ler pensamentos. Embora, como bons observadores dos
seres humanos, podem identificar nossas fraquezas, estado de espírito,
temperamentos, desejos, motivações, dúvidas, etc.

A HIERARQUIA DEMONÍACA
Assim como os anjos, os demônios são altamente organizados e tem graus de poder: “porque
a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
(Efésios 6:12); embora a Bíblia não aborde o assunto de uma maneira sistemática podemos
destacar alguns termos como se segue:

• Principados (gr. Archai) – Demônios com poderes espirituais no mundo invisível,


em grego se define como território ou jurisdição (nação, estado, cidade). São
príncipes rebeldes que tem autoridade sobre nações, estados e cidades: “Mas o
príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.”
(Daniel 10:13); São os generais do Reino das Trevas, mas a Igreja prevalece sobre
eles (Rm. 8:38);

• Potestades (gr. Exousia) – Significa autoridade delegada, poder. Localizam-se em


lugares específicos com atuação específica. Exemplos: Um bairro com grande
atuação de prostituição, podemos dizer que há uma potestade, um espírito maligno,
que tem inspirado este comportamento naquele bairro, através de muitos outros
demônios menores;

• Dominadores – Demônios que instigam, inspiram e manipulam coletivamente.


Aproveitam-se de certos momentos para inspirarem instituições e organizações
humanas levando-as a práticas de violência, ira, rebeldia, corrupção, engano, etc.
Exemplos partidos políticos, mídias, sindicatos, torcidas organizadas, seitas, etc.

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• Forças espirituais – São comumente chamados de demônios, encostos, espíritos
maus, etc. A Bíblia fala muito mais sobre estes demônios do que de qualquer outra
classe demoníaca. Estes espíritos podem apoderar-se de pessoas para exprimir
através de um corpo físico toda sua maldade (sexo, álcool, violência, etc). Os
demônios auto nomeiam-se com nomes de “divindades” ou “personagens
folclóricas” para ser mais bem identificados pelos seus seguidores (ex. Exu, Preto
Velho, etc.) ou simplesmente adotam o nome do mal que causam (ex. espírito de ira,
medo, etc). São os soldados rasos, a infantaria do Reino das Trevas.

• Fortalezas – Não se tratam de demônios (II Cor. 10:4 e 5), e sim de tradições,
argumentos, doutrinas, inspiradas por demônios. Muitas pessoas estão presas
dentro dessas fortalezas, são reféns do seu próprio entendimento e precisam de
libertação.

PORQUE OS DEMÔNIOS NÃO TÊM PERDÃO?


Talvez você já tenha pensado: “se satanás ou os demônios conhecem seu fim, porque
não se arrependem? Porque eles não têm direito a salvação como nós?”
1o. O ser humano pecou ao ser tentado pelo diabo, mas o diabo não foi tentado por
ninguém e mesmo assim pecou.
2o. Quando pecam, os homens sedem aos apetites carnais naturais, mas o diabo
pecou como espírito, por isso é indesculpável.
3o. Os seres humanos não estiveram na presença de Deus com o satanás. Desse modo,
para os anjos que pecaram nenhum perdão é possível, sua rebelião assemelha-se ao pecado
de blasfêmia contra o Espírito Santo. Aquele que tem mais entendimento sobre os caminhos
de Deus é mais culpável, por causa daquilo que sabe (Mc. 12:38-40; Tg. 3:1). Pecar
ousadamente depois de conhecer a plenitude de Deus pode revelar uma consciência que não
pode ou não quer se arrepender (Hb. 6:4-6; Rm 1:28; I Tm. 4:2).
Em todo caso sabemos por meio das Escrituras que satanás e seus anjos não se
arrependerão e seu destino será o lago de fogo (Mt. 25:46; Ap. 20:10-15).

COMO EXERCERMOS NOSSO PODER SOBRE OS DEMÔNIOS


• Atando e Desatando: “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens,
sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.” (Marcos 3:27);

• Dando-lhes ordem para sair em nome de Jesus: “Estes sinais hão de acompanhar
aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas” (Marcos
16:17);

• Submetendo-se a Deus e resistindo à Satanás: “Sujeitai- vos, portanto, a Deus; mas


resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7);

• Demolindo as fortalezas (tradições na mente): “Porque as armas da nossa milícia não


são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas;” (II
Corínitos 10:4);

• Não dando lugar à Satanás (não pecando): “nem deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27);

• Louvando ao Senhor: “E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus


(com a permissão) vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul
sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.” (I Samuel
16:23);

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• Através da Oração e Jejum: “Mas esta casta não se expele senão por meio de oração
e jejum.” (Mateus 17:21);

Sugestão de Leitura: Este Mundo Tenebroso I – Frank Peretti

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2.3 LIBERTAÇÃO

A Batalha é Espiritual! “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim
contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as
forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12);
O Reino das Trevas e o Reino da Luz estão em Guerra. Todo ser humano está envolvido
nesse conflito sem trégua pelas almas humanas. Todo aquele que recebeu a Jesus como Senhor e
Salvador está automaticamente alistado no Reino da Luz. Todo aquele que ainda não entregou
sua vida a Jesus, infelizmente está sob a autoridade e influência do Reino das Trevas. Nessa guerra
ninguém é neutro. Por isso a Batalha Espiritual é uma realidade que precisa ser desempenhada
com sinceridade e entendimento.

OS TRÊS NÍVEIS DE BATALHA ESPIRITUAL


Para um melhor entendimento do assunto, costuma-se dividir a batalha espiritual em três
níveis distintos de envolvimento:
1- BATALHA ESPIRITUAL EM NÍVEL DE SOLO: (crente contra demônio), trata-se
do nível mais comum, onde um crente ao pregar o evangelho à uma pessoa possessa,
precisa confrontar e expulsar o(s) demônio(s) que a controla.
2- BATALHA ESPIRITUAL EM NÍVEL DE OCULTISMO: (crente contra vínculos e
resistências espirituais). Através da intercessão e ministração dirigida pelo Espírito Santo,
podemos abrir cativeiros espirituais invisíveis, destruir vínculos espirituais mantidos com
as trevas, quebrar consagrações malignas ocultas, etc.
3- BATALHA ESPIRITUAL EM NÍVEL ESTRATÉGICO: (igreja contra principado).
É a batalha dirigida diretamente contra um principado que domina certa cidade, região ou
nação. Quanto maior o nível de luta, maior o revestimento espiritual. Entendemos ser este
um assunto delicado, pois se poucos sentem-se chamados para este nível de luta, é bem
menor o número que realmente encontra-se preparado e sabe como fazer. Para este nível
de luta é preciso:

• Ouvir de Deus o tempo certo para desencadear esta luta;


• Estar seguro da cobertura espiritual;
• Não atacar sozinho, e sim em grupo com mesma intenção e entendimento;
• Lutar até que haja uma clara liberação no reino espiritual.
OBS: A Libertação só é Libertação quando:

• Se expulsa o espírito maligno através do confronto – nível de solo;


• Quebra-se o vínculo espiritual que dava lugar ao demônio – nível de ocultismo;
• Providencia-se o meio eficaz de encher a pessoa liberta com a Palavra de Deus;

1- A LIBERTAÇÃO DE PESSOAS POSSESSAS

A NECESSIDADE DO CONFRONTO: Quando o Senhor nos mandou ir por todo


o mundo e pregar o evangelho a toda criatura, estabeleceu sinais que deveriam acompanhar e
complementar a nossa missão: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu
nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;” (Mc. 16:17,18).
Note que um desses sinais é “expulsar demônios”. Ao contrário do que muitos crêem, a
tarefa de libertar vidas do poder demoníaco é de todo cristão. Embora haja pessoas
especialmente habilitadas para este ministério, o plano de Deus não é que ele seja
desempenhado apenas por “especialistas”, mas por cada um de seus filhos.

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O ministério de Jesus foi um ministério de libertação. Proclamar liberdade aos cativos e
por em liberdade os oprimidos foi uma prioridade em sua agenda “O Espírito do Senhor está
sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar
libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos”
(Lucas 4:18, 19);
Jesus confrontava diretamente os demônios: “foi por toda a Galiléia, pregando nas
sinagogas deles e expelindo os demônios.” (Marcos 1:39);
Os discípulos de Jesus foram treinados para expulsar os demônios: “expeliam muitos
demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo.” (Marcos 6:13);
Todo crente em Jesus Cristo tem autoridade e respaldo bíblico para expulsar demônios:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios;
falarão novas línguas;” (Marcos 16:17).
Lembre-se de que sem Libertação, não há Salvação!

A BASE DA NOSSA AUTORIDADE:


Aquele que chama também capacita! Juntamente com a Grande Comissão, Jesus nos deu
poder e autoridade para realizá-la: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a
autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:18, 19);
A Bíblia diz que Jesus “despojou os principados e potestades, e publicamente os expôs
ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:15);
Por isso os espíritos malignos tremem diante dele “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes
bem. Até os demônios crêem e tremem.” (Tiago 2:19);
É nesta realidade que se baseia a missão libertadora da igreja. A vitória de Cristo é a
vitória da igreja. Ele tornou cada crente nascido de novo um representante seu sobre a terra. Jesus
disse que em seu nome expulsaríamos demônios e faríamos muitas outras coisas. Jesus disse que
pisaríamos toda força espiritual maligna: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lucas
10:19); Os demônios têm que nos obedecer por causa da autoridade de Cristo em nós.

EXPULSANDO DEMÔNIOS NO NOME DE JESUS


• Não tema diante de uma possessão: Normalmente a pessoa possessa entra em transe e
o demônio fala ou se expressa através de seu corpo. Estas manifestações podem parecer
assustadoras (pessoas que caem no chão, se arrastam como serpentes, gritam, xingam,
reagem com violência, vomitam, rangem os dentes, etc.), mas estes comportamentos não
devem nos impressionar ou intimidar. Pois Jesus também se deparou com isso “Quando
se ia aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou; mas Jesus
repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou a seu pai” (Lucas 9:42);

• Ordene em nome de Jesus: O reino das trevas só se submete a um nome, o nome de


Jesus: “E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os
demônios se nos sujeitam.” (Lucas. 10:17); Não é a experiência, dignidade ou aparência
de quem ministra que faz a diferença, mas a autoridade de Cristo. Quando damos uma
ordem no nome de Jesus, é como se o próprio Senhor estivesse falando e os espíritos terão
que obedecer.

• Saiba trabalhar em equipe: Jesus sempre enviou seus discípulos, no mínimo, de dois
em dois: “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes
autoridade sobre os espíritos imundos.” (Marcos. 6:7). Isso é trabalhar em equipe. A
unidade tem poder. Desta forma enquanto um trata diretamente com os espíritos imundos
o(s) outro(s) se mantém em intercessão e apoio.

• Estabeleça o comando: Ao tratar com demônios fale com autoridade, assumindo o


controle da situação e determinando o que eles têm que fazer. Jesus fez assim “Vendo

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Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito
mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.” (Marcos 9:25).
Quando expulsamos os demônios, não o fazemos orando a Deus, mas dando ordens
diretas aos demônios. Isso deve acontecer com firmeza e autoridade, o que não implica
necessariamente levantar a voz ou gritar.

• Proíba os demônios de causarem tumulto: Muitas vezes os espíritos malignos querem


machucar a pessoa em que estão, expô-la a uma situação humilhante ou mesmo
tumultuar um ambiente. Por isso, devemos proibi-los de usar da violência ou fazer
qualquer coisa inconveniente. Jesus usou este tipo de comando ao proibir os demônios
de falarem, por exemplo: “Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse
homem.” (Marcos. 1:25);

• Imobilize o demônio: É aconselhável ordenar que ele permaneça amarrado com as mãos
para trás. Isto é bíblico. Jesus o ensinou, falando da necessidade de “amarrar o valente”:
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.” (Marcos 3:27); Embora haja espíritos mais
resistentes, eles terão que obedecer. Às vezes, é necessário que irmãos segurem a pessoa
para que ela não se machuque ou machuque a outros.

• Mantenha os olhos abertos: Espíritos malignos são traiçoeiros e podem tentar usar a
violência. Por isso, nunca se deve ministrar libertação a alguém com os olhos fechados
ou distraídos. É importante estar atento às reações discernindo tudo e buscando o domínio
de toda a situação.

• Não deixe o blefe te intimidar: Os demônios tentam intimidar os servos de Deus com
xingamento, ironia, desdém, ameaças ou mesmo acusações. Sua grande arma é sempre a
mentira. Por isso neste caso você deve repreendê-lo proibindo-o de falar. O ministrante
não deve aceitar “discutir” com o demônio, colocando-se no mesmo nível dele, mas deve
dar-lhe voz de comando, não se deixando intimidar por suas ações.

• Só fale o necessário com os demônios: A ministração de libertação não deve ser tornar
um “show” e nem tampouco um “interrogatório” aos espíritos imundos. Infelizmente em
muitos grupos cristãos hoje se dá muito espaço para que os demônios falem, e eles
acabam roubando a atenção que deveria ser do Senhor. Fazer perguntas só deve ser
procedimento em casos especiais na direção do Espírito Santo (Lc. 8:27-33).
Eventualmente, será útil interrogar sobre a identidade daquele espírito e as brechas por
onde ele age, a fim de tratá-lo adequadamente e orientar o ministrado posteriormente.
Entretanto esta deve ser e exceção e não a regra.

• Quebre resistências usando a palavra de Deus: Há demônios mais resistentes


(teimosos) que insistem em não obedecer às ordens ou recusam as verdades da palavra
de Deus que os colocam como vencidos. Lembre-se que a palavra é uma espada, arma de
ataque espiritual “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é
a palavra de Deus;” (Efésios 6:17).

• Prepare-se com jejum e oração: Até os apóstolos fracassaram certa vez ao ministrar
libertação, porque não estavam preparados “Mas esta casta não se expele senão por meio
de oração e jejum.” (Mateus 17:21). Há níveis de demônios que exigem maior preparo.
O fato é que, não obtendo sucesso em alguma ministração de libertação, devemos avaliar
a necessidade de uma preparação maior para tratar aquele caso.

• Seja sensível a direção do Espírito Santo: O ministério de libertação não é uma ciência
exata. Embora possamos seguir alguns procedimentos comuns, cada caso é um caso e há
necessidade de estarmos dependendo de direção do Espírito Santo. Dons como a palavra
de conhecimento e discernimento de espíritos são muito úteis neste ministério.

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• Identifique os demônios: Os demônios são identificados de acordo com a sua natureza
e objetivo. Há por exemplo, espíritos especialistas em promover enfermidades no corpo
da pessoa. São espíritos de enfermidade. Jesus tratou com esse tipo de demônio “E veio
ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava
ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se.” (Lucas 13:11). Há ainda
espíritos de morte, de suicídio, de dúvida, de confusão, de vício, de prostituição e tantos
outros que seria difícil enumerar. Durante o processo de libertação, muitas vezes os
próprios demônios se identificam através da pessoa, assumindo nomes populares como
“Zé-pelintra” (espírito de vício), “Pomba-Gira” (espíritos de perversão sexual) e tantos
outros. Esses nomes são designacões de castas. Assim, não há apenas um “tranca-rua”,
mas muitos. É importante ao ministrarmos, identificar a identidade do espírito imundo a
fim de orientar a pessoa depois da ministração em como se defender.

• Identifique o cabeça: É comum ver pessoas possessas de vários demônios ao mesmo


tempo. Quando isto acontece há sempre um chefe ou “homem forte” que comanda os
demais. Nestes casos, muitas vezes será fundamental identificar este chefe e tratar
diretamente com ele, embora a libertação possa ocorrer sem este procedimento, mas é
sempre importante buscar sobretudo a direção do Senhor.

APRENDENDO COM OS FILHOS DE CEVA:


“E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre
possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega. Os
que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o espírito
maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso
do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles,
que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.” (Atos 19:13-16);
A triste experiência destes sete judeus que foram derrotados por um demônio nos fornece
preciosos ensinos que devemos observar antes de lidar com os demônios. A pergunta aqui é
porque eles não prevaleceram?

• Não eram filhos de Deus: A autoridade do Senhor está sobre os seus filhos. Jesus tinha
autoridade porque era Filho de Deus: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo.” (I João 3:8); Nós também temos autoridade porque somos
Filhos de Deus. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos
filhos de Deus.” (Romanos 8:19);

• Não conheciam Jesus de fato: O nome de Jesus não é uma “palavra mágica”. Ele só tem
sentido na vida daqueles que o receberam como Senhor. Todo aquele que pertence ao
Senhor é reconhecido pelo reino das trevas “Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas
vós, quem sois?” (Atos 19:15);

• Não tinham fé: Expulsar os demônios é para quem crer. Portanto, o pré-requisito para
exercer esta autoridade é fé. Crer em Jesus (ser um crente) e crer na autoridade para tratar
com os espíritos imundos. “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em
meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16:17);

• Não conheciam a Palavra de Deus: É importante buscar conhecer a palavra de Deus,


porque a ignorância espiritual pode dar margens para que os demônios enganem o crente
e o resistam.

• Não tinham experiência: Outro fato importante é a maturidade (experiência) nessa área.
Por isso, é recomendável que os novos crentes procurem se introduzir neste ministério,
sempre acompanhados de seus líderes, pessoas mais experientes que os possam ensinar e
proteger.

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• Não tinham santidade: Isso não significa que o cristão tem que ser perfeito para exercer
a libertação. O que ele precisa é ter uma vida na luz e sem escravidão do pecado, pois a
falta de santidade ou confissão abre as brechas para retaliações e acusações.

• Subestimaram o demônio: Não devemos subestimar o demônio sob o risco de sermos


vencidos por causa da nossa negligência. Também não devemos supervalorizar o
demônio para não nos encontrarmos dando mais honra e glória às trevas do que à Deus.

2- A QUEBRA DOS VÍNCULOS ESPIRITUAIS:


A expulsão de demônios é normalmente chamada de Libertação. Mas como já vimos, a
verdadeira libertação é muito mais que isso. Só podemos dizer que houve libertação genuína
quando houve:

• Confronto e expulsão dos demônios; “o homem de quem saíram os demônios” (Lucas


8:35);
• Quebra dos vínculos espirituais; “desprendendo-se dos laços do diabo” (II Timóteo
2:26);
• Enchimento com a Palavra; “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara” (João
8:32);
Nem todos são possuídos por demônios, porém todos são influenciados. A libertação,
portanto, não é apenas expulsar um demônio, é também quebrar os vínculos, fechar as “brechas”
presentes na vida do homem. Para que o influenciado não se afunde a ponto de se tornar um
possesso e o liberto de um espírito, não fique pior quando voltarem outros sete demônios
“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e,
não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida
e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando,
habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro.” (Lucas 11:24-
26);

A IMPORTÂNCIA DA QUEBRA DE VÍNCULOS:


Os vínculos são portas espirituais por onde os demônios entram, são laços espirituais aos
quais as pessoas estão amarradas. Expulsar um demônio e não quebrar um vínculo é como varrer
uma sujeira para debaixo de um tapete, mais cedo ou mais tarde aquela sujeira aparece de novo.
Infelizmente muitos ministros envolvidos em libertação são míopes espiritualmente, ou seja, só
enxergam a libertação até o momento que o demônio vai embora.
Mas isso não garante a libertação, porque o demônio certamente voltará e se encontrar
acesso, o segundo estado da vítima será pior que o primeiro. Dessa forma muitos ministros estão
trabalhando a favor de satanás e não contra ele.
Quando Jesus ressuscitou Lázaro, a Bíblia diz que Lázaro realmente recebeu vida,
ressuscitou e saiu do túmulo, porém estava completamente atado com as faixas de pano com que
o haviam envolvido no sepultamento. Ora, Jesus que o havia ressuscitado, não poderia também
remover estas ataduras? É claro que sim! Mas ele deu esta tarefa ao povo. “Saiu aquele que
estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então,
lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.” (João 11:44); Hoje Jesus continua ressuscitando
mortos. As igrejas estão cheias de pessoas que já nasceram de novo, mas que ainda estão de
alguma forma vinculadas às trevas. Nós temos que desatar estas pessoas de todos os laços do
diabo;
Existem muitas coisas que não são pecados, mas são embaraços e são tão destrutivos
quanto o pecado. “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hebreus 12:1);

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Por diversas vezes Deus advertiu o seu povo a respeito de tais laços:

• “Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais, para que te não
sejam por cilada. Mas derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e cortareis
os seus postes-ídolos” (Êxodo 34:12 e 13);

• “Sabei, certamente, que o SENHOR, vosso Deus, não expulsará mais estas nações de
vossa presença, mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos
aos vossos olhos, até que pereçais nesta boa terra que vos deu o SENHOR, vosso Deus.”
(Josué 23:13);

• “Mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos
cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” (II Timoteo 2:26);

AS PORTAS DE ENTRADA DOS DEMÔNIOS: Os demônios têm capacidade


de possuir pessoas desprotegidas espiritualmente. Eles usam diversas portas espirituais, vejamos
algumas:

• Andar em pecado: “não deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27);


• Falta de perdão: “o seu senhor o entregou aos atormentadores” (Mateus 18:34);
• Idolatria: “Mas que digo?... Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes, digo
que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E
não quero que sejais participantes com os demônios.” (I Coríntios 10:19 e 20);
• Feitiços, ritos, objetos consagrados, etc. “Não vos virareis para os adivinhadores e
encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor, vosso
Deus.” (Levitico 19:31);
• Prostituição: “Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.” (Mateus 16:9);
• Etc.
Existem muitas pessoas que depois de se converterem ainda mantém vínculos com
satanás e estes vínculos dão acesso aos demônios. Exemplos de vínculos espirituais:

I- IDOLATRIA: Consagração do nome da pessoa a um santo, participação de cerimônias ou


rituais (batizado, casamento, crisma, 1ª comunhão, procissão, novena, quermesse, acender velas,
benzimentos, rezas, terços, ave-maria, fitinhas e etc) participação em festas idólatras, etc.

II- ESPIRITISMO / FEITIÇARIA: Consagração do nome da pessoa a entidades, visitas ao


centro, ao cemitério, encruzilhadas, consulta aos mortos ou sessões espíritas, banhos espirituais,
tais como: de arruda, sal grosso, pipoca, pétalas de flores, receber passes, benzimentos, simpatias,
queima de incenso, mapa astral, quiromancia, numerologia, tarô, cartomancia, búzios, runas,
cabala, bola de cristal, festas espíritas (como yemanjá nas praias de todo país) levar objetos, fotos,
roupas ao centro, chutar ou zombar de despachos, trabalhos, batismo ou casamento no terreiro,
rituais de sangue, horóscopo, etc.
III- NOVA ERA / ESOTERISMO: Jogar búzios, usar pirâmides ou cristal de rocha para cura
ou proteção, medicinas alternativas, meditação transcendental, crença em gnomos, duendes,
fechamento dos pontos chacras, superstições, uso de ferradura, trevo de quatro folhas, buda, figa,
pé de coelho, yin-yang, escaravelhos, suásticas, elefante (para dar paz e prosperidade); coruja
(para dar sabedoria, é simbolo do demônio Lilith - Is 34:14); yoga, regressão, viagem astral,
levitação, clarividência, controle da mente, hipnose, florais de bach, etc.

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IV- RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS: Ler livros, assistir ou participar de movimentos
como Mórmons, Testemunhas de Jeová, Igreja Messiânica, Teosofia, Pl, Seicho-no-ie, Hare-
Krishna, Budismo, culto aos ancestrais, LBV, Maçonaria, Rosa Cruz, Gnose e etc.

PASSOS PARA A QUEBRA DE VÍNCULOS


1. Receber a Cristo como Senhor: Somente depois de nascer de novo é que a pessoa será
capaz de resistir e vencer os demônios; Por isso não devemos expulsar demônios de
pessoas que não querem ajuda. Não adianta tentar libertar alguém que não quer nada com
o evangelho.
2. Confessar os pecados: Reconhecer, confessar e abandonar os pecados é o meio pelo qual
negamos aos demônios qualquer acesso em nossas vidas.
3. Renunciar ao diabo e as suas obras: Aquele que fez aliança com o ocultismo, deve
agora renunciar esta aliança em nome de Jesus.
4. Destruir os objetos de feitiçaria e idolatria: Estes objetos devem totalmente destruídos.
5. Submeter-se a Cristo e sua Palavra: O diabo não prevalece contra alguém submisso à
Deus: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago
4:7);
6. Resistir ao diabo: Somos nós e não Deus que tem que resistir ao diabo. Quando nos
levantamos contra o diabo, Deus se levanta conosco para nos respaldar.
7. Receber o batismo com o Espírito Santo: O Espírito Santo é o selo de Deus em nossas
vidas.

CUIDADOS AO LIDAR COM OBJETOS


• Entenda que o propósito é levar o ministrado a renunciar e anular toda prática maligna e
quebrar todo vínculo adquirido através de objetos.

• Se os objetos identificados como vínculo são de uso exclusivo para o mal, livros, objetos
rituais ou amuletos... eles devem ser destruídos assim como fizeram os irmãos de Éfeso:
“Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os
queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a
cinqüenta mil denários.” (Atos 19:19);

• Se o objeto é útil no seu dia a dia, servindo para outra finalidade e não apenas para ser
usado nas práticas ocultistas, então deve-se quebrar a consagração maligna e consagrar o
objeto a Deus. Foi isso o que o Rei Davi fez: “mandou seu filho Hadorão a Davi, para
lhe perguntar como estava, e para o abençoar... enviando-lhe juntamente toda sorte de
vasos de ouro, e de prata, e de cobre, os quais Davi também consagrou ao SENHOR,
juntamente com a prata e ouro que trouxera de todas as mais nações: dos edomitas, e
dos moabitas, e dos filhos de Amom, e dos filisteus, e dos amalequitas” (I Crônicas
18:10 e 11);

• É necessário que o ministrado realmente saiba o que está acontecendo.

• Só remover o objeto com a total permissão do dono, ou donos se for casal.

3- O PROBLEMA DA CASA VAZIA


A Bíblia diz “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Mas,
se é assim, porque tantas pessoas voltam à escravidão após terem os espíritos imundos expulsos
de sua vida? Há uma razão para isso, e é papel da Igreja não apenas promover a libertação, mas

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ensinar as pessoas a permanecerem livres. Jesus ensinou que quando um demônio é expulso, ele
sai, mas tentará retornar. Se, ao fazê-lo, encontrar a casa (a vida da pessoa) vazia e adornada,
retomará a posse dela e trará consigo outros demônios, ficando o segundo estado daquela pessoa
pior que o primeiro. Isso quer dizer que ela precisa entregar sua vida a Cristo, invocando-o como
seu Senhor e Salvador. É preciso encher esta vida com a palavra de Deus. A verdadeira libertação
não é apenas fruto da saída dos demônios, mas do ser cheio com a palavra de Deus (João 8:32).
Você não deve expulsar um demônio a menos que tenha disposição para adotar aquela
vida ou encaminhá-la para alguém que o fará. Muitos agem como se estivessem tirando água de
um barco furado ao invés de tapar o furo. Precisamos nos preocupar mais com o furo do barco
que com a água que entrou.

Sugestão de Leitura: Porcos na Sala, um manual prático de libertação – Ida Mãe e Frank
Hammond

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2.4 PRINCÍPIOS DE GUERRA ESPIRITUAL

1- A RAZÃO DA GUERRA ESPIRITUAL: Muitos se perguntam: “Porque tem


haver Guerra Espiritual?” Abaixo vamos ver algumas razões:
1- É Tempo de Vingança: Muitas guerras são travadas por causa de disputas antigas. Um
exército se fortalece para vingar-se de feridas passadas. O exército de Deus tem uma disputa
contra satanás, que entrou no Éden quando o homem era inocente e, pelo engano, o levou à queda.
Satanás armou uma emboscada e aprisionou o homem. Hoje, todo pecado, doença, dor, aflição,
desespero, vergonha, e morte são resultantes dessa emboscada. Deus decretou guerra entre a
semente da mulher e satanás. Jamais nos esqueceremos o que ele fez no Éden. Há um débito a ser
pago. Não descansaremos até nos vingarmos dele e de suas hostes pelo dano que nos causaram.
O caso de Amaleque bem retrata esse tipo de vingança. Ele lutou contra Israel no deserto ferindo
os mais fracos. Deus, então, ordenou que Moisés escrevesse um memorial para que ninguém se
esquecesse do que lhe fizera (Ex. 17:8-14). Gerações mais tarde, Saul é escolhido para vingar
aquela ofensa (I Sm 15:2 e 3). Amaleque deveria ser totalmente destruído porque agiu
traiçoeiramente (Dt. 25:17-19). Amaleque simboliza satanás. Não ficaremos satisfeitos até que
ele seja totalmente destruído. Saul falhou na sua vingança, porém nós, como Igreja, não podemos
falhar.
2- É Tempo de Saque: Saquear o despojo era o motivo para guerra (I Cr 20:1 e 2). Na guerra
espiritual há despojos preciosos para serem tomados: vidas criadas à imagem de Deus. Por isso
Jesus fala que o motivo de nossa guerra é o saque espiritual dessas pessoas:
• “Ou como pode alguém entrar em casa do homem valente e furtar os seus bens, se
primeiro não manietar o valente, saqueando, então, a sua casa?” (Mateus 12:29);

Satanás tem trazido vidas sob prisão em seu reino. Para Jesus, cada vida arrebatada das
mãos inimigas é uma pedra para sua coroa. O exército do Senhor precisa entrar na casa do valente,
amarrá-lo e saquear o seu reino trazendo as preciosidades para o Rei Jesus.
3- É tempo de conquistar territórios: Alargar as fronteiras tem sido boa razão para guerras. O
exército do Senhor tem que reconquistar todo o território invadido pelo inimigo. O limite do nosso
território é o mundo inteiro:
• “Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua
possessão.” (Salmo 2:7 e 8);

Será através da força invasora da igreja que o inimigo será derrotado. Não deporemos
nossas armas até que todas as nações da terra se rendam aos pés do Senhor Jesus.
4- É Tempo de conquistar Glória e Honra à Jesus: Davi entendeu que destruir Golias seria
remover a afronta aos exércitos do Deus vivo.
• “Então, falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão àquele
homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse
incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (I Samuel 17:26);

A honra e a glória de Deus estavam em jogo. Ele precisava mostrar a todos aqueles pagãos
quem era o Deus de Israel. Este nome merecia glória e honra. Da mesma forma, o exército de
Deus removerá a afronta de satanás, e trazendo a honra e a glória a quem ela pertence, ao Senhor
dos Exércitos, Jeová Nissi, nossa bandeira. Todo poder, domínio, honra e glória pertencem a Ele.
Nós somos o seu exército, venceremos Golias, e nisto o grande nome do Senhor será honrado e
glorificado.

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2- CARACTERÍSTICAS DO EXÉRCITO DA LUZ:
O Livro de Joel fala de um exército que precederá o grande avivamento do Espírito. Ele
virá em um tempo de crise, destruição inimiga e clamor por livramento, quando a voz do Senhor
soar:
“Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os
moradores da terra, porque o Dia do SENHOR vem, já está próximo;” (Joel 2:1);
Esse texto refere-se à convocação do Senhor dos exércitos. Em Joel, encontramos as
principais características dessa poderosa força invasora. Trazendo o paralelo para o reino do
espírito, vemos o exército de Deus organizado invadindo as fortalezas inimigas, sob a voz do
Senhor.

• Um povo numeroso: Há um mover de Deus na Terra e seu povo começa a responder sua
convocação. Em meio a essa geração se levanta um povo de características distintas, que
assume a identidade de guerreiro. Um verdadeiro exército se levanta, e suas fileiras são
engrossadas a cada dia: “Como a alva por sobre os montes, assim se difunde um povo
grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá
pelos anos adiante, de geração em geração. O SENHOR levanta a voz diante do seu
exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa
as suas ordens; sim, grande é o Dia do SENHOR e mui terrível! Quem o poderá
suportar?” (Joel 2:2 e 11);

• Uma força devastadora: Pelo poder de Deus, o exército deixa atrás de si as fortalezas
malignas que escravizavam os homens totalmente destruídas e arrasadas: “À frente dele
vai fogo devorador, atrás, chama que abrasa; diante dele, a terra é como o jardim do
Éden; mas, atrás dele, um deserto assolado. Nada lhe escapa.” (Joel 2:3);

• Uma força veloz: Há presa na execução da obra, pois o dia do Senhor está próximo. As
vidas têm de ser arrebatadas das trevas antes daquele dia. Há que correr com
determinação. A ordem é avançar depressa: “A sua aparência é como a de cavalos; e,
como cavaleiros, assim correm.” (Joel 2:4);

• Uma força de combate: Uma força agressiva. A igreja tem se sustentado por muito
tempo em uma atitude passiva, quando muito defensiva. Agora, porém é chegada a hora
da batalha e do ataque decisivo. “como um povo poderoso posto em ordem de combate.”
(Joel 2:5);

• Um povo temido: Diante dos exércitos de Deus os demônios estremecem. Eles se


apavoram diante do povo que sabe quem se levanta para cumprir sua vocação de filhos
de Deus na terra: “destruir as obras do diabo” (I João 3:8); “Diante deles, treme a terra,
e os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor.”
(Joel 2:10);

• Uma força corajosa: A ousadia do Espírito de Deus é característica do exército ungido


e equipado. Nada há a temer porque “maior é o que está em nós” (I João 4:4). A certeza
da vitória e o conhecimento de quem nos convoca e nos dirige na batalha determinam o
grau de coragem: “Correm como valentes; como homens de guerra, sobem muros; e
cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira.” (Joel 2:7); “Fogem os
perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão.”
(Provérbios 28:1);

• Uma força invasora: Satanás tem instalado seus príncipes nas nações, cidades e bairros.
O exército de Deus não respeitará muros e invadirá cada bairro, cidade e nação. É tempo
de tomar os reinos para Jesus: “Correm como valentes; como homens de guerra, sobem

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muros; e cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira... Assaltam a
cidade, correm pelos muros, sobem às casas; pelas janelas entram como ladrão.” (Joel
2:7 e 9);

• Uma força ordenada: Cada guerreiro do Senhor tem uma posição e uma tarefa. A ordem
e a disciplina no guardar essas posições e tarefas são imprescindíveis. Cada um fazendo
o seu papel, dentro desse exército, permitira que a missão seja completada: “E cada um
vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outros; cada
um segue o seu rumo.” (Joel 2:7 e 8);

• Uma força imbatível: Não há recuo diante do contra ataque. Eles virão por certo , mas
o exército de Deus não deixa esmorecer, nem pára no caminho. Há muita terra a possuir.
“arremetem contra lanças e não se detêm no seu caminho.” (Joel 2:8);

• Um força imprevisível: Não há ataque mais vem sucedido do que aquele em que o
inimigo é surpreendido. Hoje é tempo de planejar ataques surpresa e desfechar golpes
antes que o inimigo pense em reagir: “... pelas janelas entram como ladrão.” (Joel
2:9);

• Um povo poderoso: A força desse exército está em Deus. Ele é gerado, comissionado,
equipado e comandado pelo próprio Senhor. “um povo grande e poderoso... como um
povo poderoso posto em ordem de combate. Porque é poderoso quem executa as suas
ordens.” (Joel 2:2, 5, 11); O poder explosivo dele está nas armas devastadoras “que são
poderosas em Deus para demolir fortalezas” (II Coríntios 10:4). A autoridade desse
povo está no nome de Jesus.

3- ENTENDENDO A GUERRA ESPIRITUAL:


• A guerra é espiritual: Nossa luta acontece “nos lugares celestiais” (Ef 6: 11). Essa
declaração nos traz uma grande revelação: fala-nos de uma dimensão espiritual e não
material. Isso quer dizer que para promover essa guerra precisamos de conhecimento
(revelação), discernimento e armas espirituais. Não conseguimos vitória nessa guerra a
partir de recursos humanos (como influência, inteligência, força física, política, etc.).
Embora Deus possa usar esses recursos, não é deles que depende o nosso êxito.
• A guerra é uma sucessão de batalhas: Uma guerra é feita através de uma sucessão de
batalhas. Temos períodos de menor e outros de grande confronto espiritual (Ef 6:13). Há
ocasiões em que a igreja apenas vigia preservando o que já conquistou, em outros
momentos resiste aos ataques do inimigo e ainda em outros ataca, provocando batalhas,
anulando posições em que os demônios mantêm controle. Por isso um dos segredos da
vitória é a perseverança (Mt 24: 13). O crente só perde quando desiste. Devemos resistir
e não desistir. (Tg 4:7).
• A Igreja está no ataque: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será
condenado.” (Marcos 16:15 e 16);
• A posição da Igreja é de superioridade em relação ao Reino das Trevas: “Filhinhos,
vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em
vós do que aquele que está no mundo.” (I João 4:4);
• Nossas armas são poderosas: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e
sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (II Coríntios 4:4);
• Os anjos estão a nosso serviço: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados
para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:14);

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• A guerra espiritual é promovida através da oração: “E rogo-vos, irmãos, por nosso
Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações
por mim a Deus” (Romanos 15:30);
• A oração é a artilharia que abre caminho para a infantaria pregar o evangelho:
“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me seja
dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o
mistério do evangelho” (Efésios 6:18 e 19);
• A guerra espiritual é feita amarrando o valente: “Ninguém pode entrar na casa do
valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a
casa.” (Marcos 3:27);

4- AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS: “Portanto, tomai toda a armadura de


Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer
inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da
justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da
fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;” (Efésios 6:13-17);
Cada peça da armadura de Deus fala de um aspecto da Palavra de Deus em nossa vida
espiritual ede atitudes que devemos tomar. Lembre-se de que precisamos tomar TODA a
armadura de Deus, ou seja, não podemos negligenciar nenhuma peça. Lembre-se de que nós é
que tomamos a armadura de Deus. Ela não cairá automaticamente em nossas vidas, nem Deus,
por milagre, nos revestirá com ela.
“O Cinto da Verdade”: O cinto deve segurar e ajustar a armadura de Deus à vida do crente.
Sem ele todas as demais peças tornam-se inúteis. Existem três aspectos importantes da
verdade na vida de um crente. O primeiro é que Jesus é a verdade. Sem uma experiência
pessoal com Deus ninguém pode apropriar-se do poder de Deus. Aquele que não fez uma
entrega absoluta de sua vida a Jesus não pode prevalecer:
• “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim.” (João 14: 6).
O segundo aspecto nos fala da Palavra. Jesus afirmou que a palavra é a verdade, não
podemos enfrentar o reino das trevas baseados em crendices ou racionalismos humanos, mas sim
na única e suficiente Palavra de Deus:
• “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17);
O terceiro aspecto diz respeito à nossa própria conduta. Devemos sempre falar a verdade,
ser firmes e firmes e confiáveis. Nossa vida precisa estar na luz, sem áreas ocultas ou
comprometidas para não dar legalidade à Satanás.
• “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”
(Mateus 5:37);
• “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7);

“A Couraça da Justiça”: A couraça é a peça que protege as partes vitais principalmente o


coração. Espiritualmente a couraça da justiça protege as fontes da vida de Deus em nós (Pv.
4:23).
• Justiça como sinônimo de Santidade: “e vos revistais do novo homem, que, segundo
Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Efésios 4:24);
• Justiça como sinônimo de fidelidade: “É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe
foi imputado como justiça.” (Gálatas 6:3);

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Se o crente mantém uma vida de pecado, sua vida espiritual estará exposta. Além disso, a
couraça romana protegia a parte da frente do corpo do soldado, mas não as costas, para o
crente, olhar para trás, retroceder é letal (Hb 10:38).

“Os Calçados do Evangelismo”: A qualidade daquilo que protege os pés do guerreiro


determina a distância aonde ele poderá chegar. O evangelismo é uma arma de conquista,
com ela avançamos contra as trevas:
• “E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os
pés dos que anunciam coisas boas!” (Romanos 10:15);
O Evangelismo também é uma arma de defesa, com ela pisamos sobre o inimigo. Enquanto
estabelecemos a paz de Cristo no coração dos seres humanos, fazemos guerra contra os
demônios.
• “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder
do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lucas 10:19)
• “E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de
nosso Senhor Jesus seja convosco.” (Romanos 16:20);

“O Escudo da Fé”: Esta arma nos defende contra as flechas ou dardos inflamados do
maligno (enfermidades, confusões, medo, problemas financeiros, etc.). Mas precisamos estar
atentos, o escudo precisa ser manuseado, ou seja, tem que estar na posição e direção certas
para nos defender de cada flecha. A fé é a arma que temos para desfazer as obras de Satanás
contra nós. É com a fé que anulamos todo o veneno maligno e vencemos o mundo:
• “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé.” (I João 5: 4);

“O Capacete da Salvação”: Nossa mente é um constante campo de batalha, mas temos o


capacete da salvação. Na mente reside o poder das decisões. Por isso, Satanás e seus
demônios sempre trabalham para nos atingir através do engano, dúvidas e acusações. Esta foi
sua estratégia quando enfrentou Jesus no deserto (Lc 4: 1-13) e na cruz (Mt 27: 40). Ele
queria colocar em dúvida a sua identidade como Filho de Deus. O crente precisa estar
convicto de quem é, de sua posição em Cristo e dos seus direitos como filho de Deus. Sua
mente tem que estar protegida com a certeza da salvação. O capacete protege a cabeça. A
palavra grega salvação é “soteria” que significa bem estar físico e mental:
• “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do
amor e tomando como capacete a esperança da salvação;” (I Tessalonicenses 5:8);
• “Naquele dia, se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a quem
Deus pôs a salvação por muros e antemuros... Tu conservarás em paz aquele cuja
mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” (Isaías 26:1-3);

“A Espada do Espírito”: Ao contrário do que muitos imaginam a espada romana a qual este
texto faz alusão, é uma espada curta para combate corpo a corpo, e não aquela espada longa
onde o soldado guardava certa distância do inimigo. Isso nos ensina que o combate que
travamos com Satanás é um combate corpo a corpo, muito próximo, sem nada ou ninguém
entre nós e o diabo, a não ser Palavra de Deus. Este é o nosso maior instrumento de ataque,
que realmente pode ferir o inimigo. Não há nada mais temido no reino das trevas do que a
espada da Palavra de Deus. TODO obreiro cristão precisa dedicar-se ao manuseio da Palavra
como quem aprende a usar uma arma:
• “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (II Timóteo 2: 15).

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AS ARMAS DEFENSIVAS: São a Couraça da Justiça, o Escudo da Fé, o Capacete da
Salvação, a Espada do Espírito, o Calçado do Evangelismo. E além dessas ainda temos:
O Sangue de Jesus: O sangue é uma cobertura para os nossos pecados. Satanás
não tem direito de tocar em alguém coberto pelo sangue de Jesus. Ele nem mesmo pode
nos acusar (Rm 8:33). O sangue nos garante a vitória. Assim como o sangue de cordeiros,
aplicado nas casas dos israelitas no antigo Egito protegeu suas famílias do anjo da morte,
assim acontece hoje com aquele que tem o sangue de Jesus nos “umbrais da sua alma”.
• “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro” (Apocalipse 12:11);
• “Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na
verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não
permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” (Êxodo 12:23);

AS ARMAS OFENSIVAS: Além da Espada do Espírito e do Calçado do Evangelismo, a outra


grande arma de ataque da Igreja é o Nome de Jesus:
O Nome de Jesus: este é o poder de Deus outorgado ao crente com o propósito
de edificar e expandir o Reino dele. Esse nome transporta tal autoridade e poder que está
acima de todo o nome (Fp 2:9-11); Pela menção desse nome os demônios recuam (Lc
10:17);
Louvor e adoração: Deus está entronizado nos louvores (Sl 22:3). O segundo
capítulo de crônicas ilustra bem a vitória através do louvor. Pelo louvor e exaltação do
nome do Senhor, tanto derrubamos os muros inimigos como também quebramos cadeias
sobre nossas próprias vidas e dos que nos cercam. O louvor abre as portas das prisões e
liberta os cativos (At 16:23-26);

Sugestão de leitura: Batalha Espiritual – Dean Shermam

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2.5 A QUEBRA DE MALDIÇOES

O QUE SÃO MALDIÇÕES:


Maldições são males que atingem nossa vida, como conseqüência do pecado. Em
Deuteronômio 28, Deus previne seu povo de uma série de atitudes que causam maldições. A
proteção de Deus sobre Abraão previa o caso da maldição: “Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;” (Gênesis 12:3);
A Palavra de Deus diz que toda maldição tem uma causa: “Como o pássaro no seu
vaguear, e como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não virá.” (Provérbios
26:2);
O Pecado é a grande fonte de maldição sobre a raça humana. Adão e Eva, quando
pecaram, abriram a porta para a maldição contaminar a Terra e toda a humanidade: “E a Adão
disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não
comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias
de tua vida.” (Gênesis 3:17);
Jesus morreu na cruz para nos salvar da perdição eterna, para nos purificar de todo pecado
e para nos livrar de toda maldição: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
em madeiro)” (Gálatas 3:13);
Assim todo aquele que ainda não recebeu Jesus como Senhor e Salvador permanece
debaixo de maldição: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
As maldições se manifestam na área física, espiritual, financeira e familiar.
Normalmente acontecem através da desintegração familiar, escassez econômica,
acidentes freqüentes, enfermidades crônicas, colapso mental, estancamento espiritual etc.
Lembre-se que as maldições são conseqüências de pecados, portanto se você quiser realmente
anulá-las deve identificar a raiz do problema (o pecado). Um bom médico não trata os sintomas
(febre, dor, etc), trata a causa (inflamação). Nós também devemos nos utilizar dos sintomas
apenas para identificar a causa.
Cuidado!!! Não saia por aí apontando sinais de maldição na vida alheia. Você deve em
primeiro lugar olhar para a sua própria vida e assim não vai cair no erro dos amigos de Jó (Jó
42:8).

COMO A CRUZ ANULA O PODER DA MALDIÇÃO


A Cruz é o remédio de Deus para anular o pecado e a maldição que pesa sobre o homem.
Jesus nos resgatou da maldição da lei, sendo nosso substituto “Cristo nos resgatou da maldição
da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele
que for pendurado em madeiro)” (Gálatas 3:13); Mas isso não é automático em nossas vidas.
O primeiro passo é nascer de novo, mas não pára por aí. Quando nascemos de novo nosso espírito
foi totalmente transformado (II Corínitos 5:17), mas nossa alma não. Ela precisará ser renovada
pela Palavra de Deus (Tiago 1:21).
De fato mesmo após aceitarmos a Jesus continuamos com velhos hábitos do mundo, o
velho linguajar, enfim, atitudes que não mudam do dia para a noite, mas que são tratadas
gradualmente, através do ouvir a palavra de Deus e exercer fé, posicionando-se corretamente e
rompendo com a velha vida. A nossa alma constantemente abre brechas para o pecado e os males
que ele traz, portanto a nossa vitória sobre o poder da maldição dependerá do trato correto com a
nossa alma.
Na medida em que nos enchemos da Palavra de Deus, exercitamos nossa fé e a
praticamos, a obra de Deus vai se completando em nossa vida: “Estou plenamente certo de que
aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses
1:6);

MALDIÇÕES NA VIDA DO CRENTE


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1- LEGALMENTE CRENTE: Quando aceitamos a Jesus nos tornamos legalmente filhos de
Deus. Isso significa que todas as bênçãos conquistadas na cruz são nossas por herança. “pois para
isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.” (I Pedro 3:9); Tudo
que Jesus conquistou na cruz já é nosso por herança, inclusive o estar livre de toda maldição. No
entanto uma coisa é a posição legal de crente, outra é vivermos isso em nossa experiência de vida.

2- EXPERIMENTALMENTE CRENTE: Não basta apenas sabermos de nossa posição


legal. Precisamos experimentar na prática os benefícios da vida cristã. A maioria das igrejas estão
cheias de pessoas que são legalmente crentes, mas que não vivem os benefícios da salvação na
prática de suas vidas.
Exemplo 1 - Spurgeon conta de uma viúva pobre que viveu e morreu na mais completa pobreza.
Dois dias antes de sua morte, revirando seus pertences, alguém achou um papel muito antigo que
lhe dava direito a uma rica fortuna. Perguntada sobre isso, a pobre viúva disse ter recebido aquele
documento de presente dos patrões bilionários a quem havia servido por mais de trinta anos. A
viúva pensou a vida inteira se tratar de um diploma sem valor e por isso o guardava apenas como
recordação! Ela era legalmente rica, mas nunca experimentou sua riqueza. Cada crente recebeu
uma imensa herança da parte de Deus, mas a maioria viverá uma vida toda sem experimentá-la.
Exemplo 2 - Dois homens compraram bilhetes para uma viagem de navio. Como o dinheiro era
curto, passaram a viagem toda em suas cabines comendo pão dormido enquanto ouviam o barulho
das festas e sentiam o cheiro dos banquetes. No final da viagem, quando iam desembarcar, o
capitão lhes perguntou por que passaram a viagem toda em suas cabines. Eles então confessaram
que não tinham dinheiro para participar de todas aquelas festas. O capitão então lhes contou que
o bilhete que compraram lhes dava direito a tudo aquilo. Eles tiveram o direito legal à tudo, mas
não experimentaram. Todo aquele que recebe Jesus ganha um bilhete de VIDA ETERNA NO
CÉU E VIDA ABUNDANTE NA TERRA. Infelizmente muitos passam a vida toda, rumando
para o céu, mas sem experimentar o melhor de Deus aqui na Terra. Eles têm a posição legal, mas
não a experimental.
Assim como um crente pode acabar pecando, mesmo após a conversão, se não andar em
espírito, o crente também pode abrir portas para a maldição se não se submeter a Palavra de Deus.
Mesmo crentes podem dar lugar ao diabo (Ef 4:27); Temos poder para abençoar, mas também
para amaldiçoar (Rm 12:14). Existem maldições que dizem respeito exclusivamente aos crentes:
• Fazer a obra de Deus relaxadamente ou se omitir perante ela (Jr 48:10);
• Reter o dízimo (Ml 3:9 e 10);
• Não servir ao Senhor com o nosso melhor (Ml 1:13 e 14);
Na verdade enquanto não houver arrependimento e mudança de atitude a maldição permanecerá.

PORTAS DE ENTRADA PARA MALDIÇÃO


A Bíblia é clara quando afirma que “maldição sem causa não virá” (Provérbios 26:2).
É necessário então descobrir qual é a legalidade (porta) que estamos dando em nossas vidas
para sermos atingidos. Vejamos algumas causas dentre as mais comuns:

• Idolatria: “Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás
culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais
nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Êxodo 20:4 e
5);

• Desonrar os pais: “Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe”
(Deuteronômio 27:16);

• Confiar em si mesmo: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem,
faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17:5);

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• Relações sexuais ilícitas: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é
fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.” (I Coríntios
6:18);

• Injustiças para com os fracos: “Maldito aquele que fizer o cego errar o caminho...
Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva.”
(Deuteronômio 27:18 e 19);

• A falta de perdão: “Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos
perdoará as vossas ofensas.” (Marcos 11:26) a falta de perdão nos expõe a todo tipo
de ataque de satanás: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que
lhe pagasse toda a dívida.” (Mateus 18:34). O perdão não muda o passado, mas
transforma o futuro.

• Sentenças de maldição: Muitas vezes proferidas por aqueles que deveriam usar a
autoridade que tem para abençoar: patrão sobre empregados, professor sobre
alunos, líderes sobre liderados, pais sobre filhos: “A morte e a vida estão no poder da
língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” (Provérbios 18:21);

• Maldições auto conferidas: “estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso
com as palavras da tua boca.” (Provérbios 6:2); Quantas pessoas, até mesmo crentes,
vivem amaldiçoando a própria vida, o salário, o trabalho, a família, etc.

AS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS
A Bíblia fala da existência de maldições que podem se estender até a quarta geração
(Números 14:18) ou até mesmo a décima geração (Deuteronômio 23:2). Essas maldições afetam
toda a descendência daquele que abriu portas de legalidade. Vejamos alguns casos na Bíblia e
fora dela:
1 – A MALDIÇÃO DE JERICÓ: Por volta do ano 1200 a. C. aproximadamente, Josué
conquistou a cidade de Jericó e proferiu uma palavra de maldição sobre quem a reconstruísse:
“Naquele tempo, Josué fez o povo jurar e dizer: Maldito diante do SENHOR seja o homem que
se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os
fundamentos e, à custa do mais novo, as portas.” (Josué 6:26); 330 anos depois, durante o
reinado de Acabe, quando Hiel, homem da cidade de Betel reedificou Jericó, a maldição de Josué
teve seu cumprimento: “Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os
fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu Segube,
seu último, segundo a palavra do SENHOR, que falara por intermédio de Josué, filho de Num.”
(I Reis 16:34).
2 – A MALDIÇÃO SOBRE A DESCENDÊNCIA DE JUDÁ: A nora de Judá viúva de seus
dois primeiros filhos se disfarçou de prostituta e se colocou no caminho de seu sogro. Seu objetivo
era através de um relacionamento sexual, suscitar uma descendência para não viver com a
vergonha de não ter filhos.
O resultado foi uma relação incestuosa que é abominável ao Senhor: “A nudez de tua
nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não lhe descobrirás a nudez.” (Levítico 18:15).
O filho desta relação era considerado bastardo e maldito até a décima geração “Nenhum bastardo
entrará na assembléia do SENHOR; nem ainda a sua décima geração entrará nela.”
(Deuteronômio 23:2). Segundo Mateus capítulo 1, Davi foi a décima geração de Judá, nele esta
maldição se encerraria. Satanás sabia disso e atacou Davi para que a maldição se perpetuasse entre
seus descendentes também.
3 – A MALDIÇÃO SOBRE A FAMÍLIA DE DAVI: Davi, um homem segundo o coração de
Deus, teve seus momentos de fraqueza e queda. Em uma dessas ocasiões praticou um adultério e
um homicídio (II Sm 11). Deus então enviou o profeta Natã para repreendê-lo e determinar sobre
a casa de Davi (sua geração futura) uma maldição como conseqüência do pecado; “agora

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portanto, a espada jamais se apartará da tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher
de Urias, o heteu para ser tua mulher” (II Samuel 12:10). Davi se arrependeu de seu pecado,
mas a maldição (morte e sexo ilícito) acompanhou toda uma geração seguinte. Vejamos:

• Incesto entre Amnon e Tamar – irmãos, filhos de Davi (II Samuel 13:1-22);
• Absalão mata Amnon – irmãos, filhos de Davi (II Samuel 13:22-29);
• Rebelião de Absalão contra Davi – filho contra pai (II Samuel 15);
• A morte de Absalão – filho de Davi (II Samuel 18);
• Rebelião de Adonias – filho de Davi contra seu irmão (I Reis 1);
• Salomão mata Adonias – irmão contra irmão (I Reis 2).

4- A GERAÇÃO DA CRUCIFICAÇÃO: “para que desta geração seja requerido o sangue de


todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado; desde o sangue de Abel até
ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido
desta geração.” (Lucas 11:21); A geração que crucificou Jesus também foi crucificada. No ano
70 d. C. Jerusalém foi invadida e assolada pelo general romano Tito. A maioria dos sobreviventes
foram crucificados.
5- CASOS COTIDIANOS: É muito comum hoje em dia nos depararmos com famílias cujas
gerações tem sido assoladas pelo mesmo problema. Por exemplo, famílias onde o avô era
alcoólatra, o pai era alcoólatra e depois o filho também. Da mesma forma encontramos casos de
prostituição, separação de casais, morte precoce, doenças inexplicáveis. Um mesmo problema
repetindo-se geração após geração. A Bíblia fala, por exemplo, que os patriarcas tiveram suas
mulheres atacadas pela esterilidade. Sara, mulher de Abraão era estéril e Deus a curou (Gn
15:2e3); Rebeca, mulher de Isaque – 2ª geração – era estéril (Gn 25:21); Raquel mulher de Jacó
– 3ª geração – era estéril (Gn 30:01):

LIBERTANDO-SE DO JUGO DAS MALDIÇÕES


Diante do que foi apresentado aqui, podemos classificar as maldiçoes em dois grandes
grupos: as maldições hereditárias (passada de geração a geração) e as maldições auto conferidas
(resultado de brechas que nós mesmos abrimos). Temos que entender que precisamos tratar cada
uma de uma maneira específica:
1 – MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS:
Se houver uma maldição hereditária em sua família, saiba que a partir do momento que
você recebeu a Jesus como seu Senhor e Salvador, todo o poder da maldição foi quebrado em sua
vida. Na cruz do calvário Jesus se fez maldito em nosso lugar (Gálatas 3:13).
• Não importa o que fizeram seus pais ou aqueles que vieram antes deles, agora você
pertence à família de Deus “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas
concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Efésios 2:19);
• Ordene em nome de Jesus que todo espírito familiar que tem agido em seus
antepassados saiam da sua vida;
• Encha-se de fé na obra da cruz e tome posse dessa verdade;
2 – MALDIÇÕES AUTO CONFERIDAS:

• Identifique em que área você está debaixo de maldição.


• Identifique a causa dessa maldição. Descubra a atitude que tem aberto a porta para
maldição em sua vida.
• Arrependa-se e faça um compromisso sério de obedecer aos princípios da Palavra
de Deus.
3- SENTENÇAS DE MALDIÇÃO:

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• Identifique todas as sentenças de maldição que você proferiu contra si mesmo ou
contra outros.
• Peça perdão ao Senhor e ore quebrando estas sentenças, em nome de Jesus.
• Abençoe cada um daqueles e tudo aquilo que você amaldiçoou.
• Identifique proferidas contra você ao longo de sua vida.
• Libere perdão para aqueles que as proferiram.
• Ore quebrando o efeito destas palavras sobre a sua vida, em Nome de Jesus.

Sugestão de Leitura: Quebrando as maldições hereditárias – Robson Rodovalho

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2.6 A CURA INTERIOR
A maioria das pessoas chegam na Igreja repletas de feridas emocionais, fruto de
relacionamentos distorcidos que tiveram na vida pregressa. Todavia, mesmo na igreja, podemos
ser emocionalmente agredidos a ponto de desenvolvermos uma ferida emocional. A cura interior,
portanto, é necessária para restaurar a memória e as emoções dessas pessoas feridas.

ONDE ACONTECE A CURA INTERIOR:


Já aprendemos que o homem é formado por espírito, alma e corpo. A alma e o corpo não
nascem de novo, por ocasião do Novo Nascimento. Fica claro que todos que aceitam Jesus, apesar
de ter seu espírito transformado, ainda têm pela frente dois processos: O Sacrifício do corpo e a
Renovação da Alma;

• Nosso espírito nasceu de novo quando aceitamos a Jesus. (II Co 5:17);


• Nossa alma está sendo gradualmente transformada pela Palavra de Deus (Rm 12:2);
• Nosso corpo está sendo disciplinado e será glorificado um dia (Rm 12:1);
É na alma onde se encontram as feridas emocionais que precisam da cura de Deus. Por
isso a cura interior também é chamada de “a cura da alma”. “Disse eu: compadece-te de mim,
SENHOR; sara a minha alma...” (Salmo 41:4);
Deus promete curar TODAS as nossas enfermidades. Isso fala não apenas das doenças
corpo, mas também das enfermidades da alma. “É ele que perdoa todas as tuas iniqüidades e
sara todas as tuas enfermidades;” (Salmo 103:3);
Jesus curava toda sorte de enfermidades. “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando
nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades
entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes,
acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E
ele os curou.” (Mateus 4:23 e 24);
Jesus veio restaurar a nossa alma: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mateus
11:29);
Jesus foi ungido com o Espírito Santo para realizar uma obra completa que trouxesse a
cura tanto para o nosso corpo, quanto para a nossa alma: “O Espírito do Senhor é sobre mim,
pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a
anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4:18 e 19);

A NECESSIDADE DA CURA INTERIOR


Jesus morreu para nos dar vida eterna no céu, e vida abundante na terra (João 10:10).
Infelizmente, muitos pregam o evangelho tratando apenas do espírito do homem. Assim, muitos
que aceitam a Jesus, ganham a vida eterna no céu, mas não vivem a vida abundante na terra porque
sua alma não foi tratada pelo poder de Deus. É comum encontrarmos bons crentes, sinceros e
herdeiros do céu, mas sofrendo por causa de feridas emocionais.
O QUE AS FERIDAS EMOCIONAIS NOS CAUSAM:
1- Afetam nosso relacionamento com Deus: Muitos transferem para Deus uma imagem de
severidade excessiva ou de indiferença irresponsável que viam no seu próprio pai biológico.
Outros constroem uma imagem distorcida de Deus por causa de experiências da vida. Foi o que
quase destruiu a vida de Asafe. Leia o testemunho do próprio Asafe no Salmo 73.
2- Afetam nosso relacionamento com as outras pessoas: Quando estamos enfermos na alma
podemos nos rebeldes, manipuladores, ciumentos, etc. Exemplos:

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• O desconfiado e invejoso Saul: “Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras
lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim
somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino? Daquele dia em diante,
Saul não via a Davi com bons olhos.” (I Samuel 18:8 e 9);

• O rancoroso Jefté: “Era então Jefté, gileadita, homem valente, porém filho de uma
prostituta... expulsaram Jefté... Jefté fugiu da presença de seus irmãos... Porém Jefté
disse aos anciãos de Gileade: Porventura, não me aborrecestes a mim e não me
expulsastes da casa de meu pai? Por que, pois, vindes a mim, agora, quando estais em
aperto?” (Juízes 11:1-10);
3- Ferem a imagem que temos de nós mesmos: Satanás tenta tocar em nossa auto imagem o
mais cedo que puder para que cresçamos deformados em nossa identidade trazendo complexos
de inferioridade, incapacidade, sentimentos de desvalor, culpa, acusação, rejeição, etc. Exemplos:

• Os 12 espias e a Mentalidade de Gafanhoto: Por causa da baixo auto estima se viam


como gafanhotos diante dos gigantes, agiram com covardia, pessimismo e medo e por
causa disso não conquistaram nada. “Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque
são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos
e assim também o éramos aos seus olhos.” (Números 13:33).
• Mefibosete e o complexo de inferioridade: Ele era filho do perverso e falecido rei Saul,
ficou aleijado num acidente e seu nome significa “vergonha destruidora”. Não é a toa que
se via como um cão: “Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para teres olhado
para um cão morto tal como eu?” (II Samuel 9:8);
4- Geram comportamentos limitadores: Existem comportamentos que não são normais. Eles
nos limitam e destroem nossa capacidade de se relacionar. Quando praticamos a ameaça, a
chantagem, a violência, ciúme, inveja, críticas impiedosas, desconfiança, dependência exagerada.
Estas reações são mecanismos de defesa carnais que as pessoas desenvolvem para tentar se
proteger. Ou quando apresentamos tendência a depressão, necessidade extrema de ouvir elogios,
compulsão por mentir, gastos desordenados, cleptomania e etc.
5- Causam distorções na área sexual: As paixões carnais agridem e ferem terrivelmente a nossa
alma: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões
carnais, que fazem guerra contra a alma” (I Pedro 2:11); Por isso bestialismo, tendências
homossexuais, pedofilia, sadismo, masoquismo, e outros desvios sexuais estão profundamente
ligados a feridas na alma. É importante lembrar que todas estas coisas são pecados condenados
pelas escrituras E afetam a nossa alma: “O que adultera com uma mulher é falto de
entendimento; destrói a sua alma o que tal faz. Achará castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio
nunca se apagará.” (Provérbios 6:32 e 33); As doenças na alma apenas explicam estes
comportamentos, mas não justificam a sua prática. A mensagem da cruz é libertação e cura de
todos estes males.

A ORIGEM DAS FERIDAS DA ALMA


O DIAGNÓSTICO DE MICAL: Tudo tem uma causa! É comum condenarmos a amargura de
Mical descrita em II Samuel 6:16 a 20 sem nos determos na causa: “Ao entrar a arca do
SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei
Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração... Voltando
Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse:
Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos,
como, sem pejo, se descobre um vadio qualquer!” Perceba que ela nem sempre foi assim. Ela se
tornou amarga por causa das feridas que lhe foram feitas:
• Toda noiva recebia um dote em bens materiais, mas Saul “vendeu” Mical, sua filha, à
Davi, por 200 prepúcios de filisteus! (I Sm 18:27);

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• Davi teve que abandonar Mical e fugir para não ser morto por Saul; Mical teve que se
colocar entre seu pai e seu marido; (I Sm 19:11-17);
• Como vingança, Saul deu Mical como esposa à Paltiel. (I Sm 25:44);
• Ao invés de tentar resgatar Mical, Davi casou-se com outras mulheres. (I Sm 25:42 e
43);
• Quando Davi se tornou rei, ele arrancou Mical de seu lar e a trouxe de volta à força! (II
Sm 3:14-16); Não é a toa que Mical tornou-se tão amarga! Toda ferida de alma tem uma
origem bem específica, ainda que não a conheçamos em nossa consciência. São
experiências que ficam guardadas na alma e que afetam nossas vidas hoje.
VEJAMOS A ORIGEM DE ALGUMAS FERIDAS:

• REJEIÇÃO: Desde a infância estamos sujeitos a sofrer alguma espécie de rejeição: No


ventre (tentativas de aborto), divórcio ou separação dos pais, maus tratos físicos, maus
tratos verbais e emocionais, discriminação racial, sexual ou cultural, apelidos
depreciativos, indiferença, ausência ou preferência dos pais por outro filho, etc. A
ocorrência desses fatos marca o indivíduo, liberando comportamentos indesejáveis em
sua vida. O diabo adota os rejeitados! Exemplo: Jefté foi rejeitado pelos seus irmãos (Jz
11:1-3); José foi vendido como escravo pelos seus irmãos (Gn 37:28);

• AUTO REJEIÇÃO: Quando a própria pessoa não se aceita e passa a depreciar-se. A


auto rejeição pode acontecer por várias razões: Deficiência física, magreza ou excessiva,
obesidade, cor da pele, etc. Exemplo: Moisés não se sentia a altura da obra porque
provavelmente era gago (Ex.4:10); Gideão não se achava qualificado porque era de
família muito humilde (Jz 6:15);

• CULPA: É grande fonte de feridas emocionais. Pessoas que se sentem culpadas por erros
graves, podem ficar presas a este fato por toda a vida. A culpa obscurece a graça de Deus
e pode levar a pessoa a morte. Exemplo: Judas chegou ao ponto de cometer suicídio (Mt
27:5);

• PERDA: A morte de gente querida, os fracassos na área profissional, sentimental,


familiar, ministerial são exemplos de perdas que podem limitar alguém, bloqueando seu
crescimento na vida cristã. Todos passam por elas, mas há pessoas que não conseguem
assimilar uma perda.

• ABUSO SEXUAL: A maioria dos abusos sexuais acontecem no seio familiar por
parentes ou pessoas muito ligadas à vítima;

A CURA DA ALMA:
1- A Cura Natural da alma: Assim como o corpo, a alma tem poderes naturais de cura. Com o
passar do tempo, podemos aprender a nos relacionar com os outros, sermos bem sucedidos e
ganhar respeito das pessoas. A maturidade nos levará a enfrentamos tristezas, angústias e perdas
com compreensão. A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que naturalmente superaram
enfermidades da alma. No entanto, assim como há enfermidades físicas naturalmente incuráveis,
também há feridas na alma que não podem ser curadas de forma natural. Para estes casos
precisaremos de uma cura sobrenatural. Nosso Deus é aquele que “sara os quebrantados de
coração e liga-lhes as feridas” (Salmo 147:3);
2- A Cura Sobrenatural da alma: Creia na cura sobrenatural liberada na cruz do calvário. Na
cruz, Jesus foi nosso substituto em tudo. Ali Ele derramou a sua própria alma por nossas almas.
“Todavia, ao SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser
por expiação do pecado” (Isaías 53:10); A cruz trouxe restauração completa para o ser humano,
ela toca nosso espírito, alma e corpo: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades (a cura do dano do pecado no espírito); o castigo que nos traz a

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paz estava sobre ele (a cura das enfermidades emocionais na alma), e pelas suas pisaduras fomos
sarados” (a cura física do corpo) (Isaías 53:5);
3- Perdoe! Sem perdão não há cura interior! O perdão não é um sentimento opcional, é uma
atitude ordenada por Jesus Cristo. Perdoar é condição para também sermos perdoados por Deus
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;
se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as
vossas ofensas” (Mateus 6:14 e 15); Perdoar é uma ordem porque é uma decisão da nossa
vontade e não fruto dos nossos sentimentos. Quando liberamos o perdão e com a nossa boca
abençoamos as pessoas envolvidas, então Deus libera o sentimento correto em nosso coração.
Após liberar o perdão e verbalizar bênçãos sobre as pessoas envolvidas, você deve orar
mencionando as situações desagradáveis a medida que o Espírito Santo for revelando e pedindo
ao Senhor que retire todos os traumas e coloque no lugar amor, paz, perdão e fé para crer que será
uma nova pessoa liberta e sarada.

• OS VERDUGOS DA ALMA: Jesus ensina que uma pessoa que não perdoa fica sujeita
a ação de verdugos (espíritos atormentadores) que só irão embora quando o perdão for
liberado: “Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te
aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do
teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o
entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.” (Mateus 18:32-34); A
própria medicina reconhece que muitas doenças no corpo são fruto de corações feridos,
amargurados e rancorosos. Os verdugos da alma podem ser enfermidades, sequidão
espiritual, revezes financeiros, etc. Enquanto não houver perdão eles estarão
atormentando esta pessoa.
4- Confronte as suas feridas! Após negar Jesus três vezes diante da fogueira do Sumo Sacerdote,
Pedro sentiu tanta culpa que voltou à vida de pescador e quase abandonou a obra de Deus. Mas
foi restaurado por Jesus. Às margens do mar de Tiberíades, diante de outra fogueira, por três vezes
Pedro teve que confessar seu amor por Jesus “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão
Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor,
tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela
segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que
te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou:
Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez:
Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus
lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:15-17); Isso não foi uma regressão espiritual
como pensam alguns, mas ao olhar aquela fogueira ser por três vezes questionado, certamente
Pedro recordou seu erro e o superou naquele instante.
5- Busque ajuda! Líderes cheios do amor de Deus e da unção do Espírito podem e devem impor
as mãos, ungindo com óleo a pessoa enferma em sua alma e ministrar a cura da parte de Deus!
Temos praticado a confissão dos nossos pecados à Deus para sermos perdoados. Mas também
precisamos praticar a confissão das nossas culpas à pessoas maduras na fé para sermos curados!
É possível errarmos, arrependermos, confessarmos a Deus, sermos perdoados, uma vez após
outra, sem contudo, sermos curados naquela área. Isso porque a confissão a Deus traz perdão, mas
a confissão a outra pessoa que nos ajudará orando, orientando e nos acompanhando é que trará a
cura: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes
curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16);
6- Use a força da sua vontade! A vontade é uma das poderosas faculdades da alma. E ela é livre!
Nem Deus força nossa vontade, nem o diabo pode fazê-lo. Porém o diabo nos faz pensar que
domina sobre nossa vontade. A cura total da alma só é possível quando conscientemente
submetemos nossa vontade à Deus acolhendo e praticando a sua Palavra e rejeitando todo
sentimento, pensamento ou desejo imundo de satanás. “Portanto, despojando-vos de toda

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impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual
é poderosa para salvar a vossa alma.” (Tiago 1:21);
7- Experimente a cura do Corpo de Cristo: Fazer parte da igreja, participar ativamente de uma
célula, relacionar-se com os irmãos em Cristo é uma das formas que Deus usa para nos curar,
restaurar a nossa alma e reeducar nosso comportamento. Todos os seres humanos possuem cinco
necessidades básicas: amor, perdão, proteção, elogio e motivação. Toda vez que ele não for
correspondido em uma dessas áreas, será seriamente prejudicado. Por isso nós temos que oferecer
proteção emocional para aqueles que nos cercam, e olhar por nós mesmos não permitindo ser
afetados pela carência ou inversão dessas necessidades.

Sugestão de Leitura: Cura Interior e Aconselhamento Pessoal – Durvil Ferro


Rocha

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2.7 ESTABELECENDO UM HÁBITO DEVOCIONAL
Precisamos a prender a buscar a Deus diariamente até que isso se torne um hábito em
nossa vida. Necessitamos estabelecer hora e lugar para nos encontrarmos com Deus. Este deve
ser o nosso lugar secreto onde nos encontramos com Deus todos os dias de nossa vida. Ali
recebemos perdão, restauração e revelação do nosso dever na Terra. O nosso lugar secreto é onde
Deus pode entrar de forma íntima e reservada em nossa vida. É onde podemos adorá-lo de forma
íntima, onde podemos derramar nosso coração em oração e onde podemos meditar na sua Palavra.
Os três hábitos devocionais que precisamos cultivar são: A oração, o jejum e a meditação na
Palavra de Deus.

1- A ORAÇÃO QUE PREVALECE


A oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no
trabalho de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os poderes
das trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o homem. Fica, pois, claro que
cada esforço no reino de Deus só terá sucesso se for gerado e sustentado pela oração. Todo sucesso
na vida cristã é proporcional ao tempo de oração. 10% de oração, 10% de sucesso; 50% de oração,
50% de sucesso; 100% de oração, 100% de sucesso. Por isso Lucas 18:1 fala do “dever de orar
sempre e nunca esmorecer”, I Tessalonicenses 5:17 declara: “Orai sem cessar”. Paulo
recomenda “orando em todo o tempo no espírito...” (Efésios 6:18). Como orar sempre?

Oração é um modo de viver.


Oração é comunhão com Deus.
Oração é comunicação com um Deus pessoal e digno de confiança.
Oração é o primeiro passo para o conhecimento de Jesus.
Oração é reconhecer a presença de Deus.
Oração é dar a Deus acesso às nossas necessidades.

PORQUE ORAR
1- Porque é uma ordem: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca
esmorecer:” (Lucas 18:1); “Orai sem cessar.” (I Tessalonicenses 5:17); “Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus
26:41);
2- Porque é forma pela qual recebemos de Deus o que precisamos: “e tudo quanto pedirdes
em oração, crendo, recebereis.” (Mateus 21:22);
3- Porque Deus nos alegra pela resposta das nossas orações: “Até agora nada tendes pedido
em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (João 16:24);
4- Porque a oração é a cura para toda preocupação e ansiedade: “Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração
e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4:6);
5- Porque a oração respondida é um argumento irrefutável contra a incredulidade:
“Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e
que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o
holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (I Reis
18:37 e 38);

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6- Porque a oração traz o poder do Espírito Santo: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar
boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho
pedirem?” (Lucas 11:13);
7- Porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13);
8- Porque não orar é pecado: “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR,
deixando de orar por vós; antes ensinarei o caminho bom e direito” (I Samuel 12:23);

INIMIGOS DA ORAÇÃO
1- Relacionamentos errados na família, o lar fora da ordem divina: “Mulheres, sede vós,
igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra,
seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa... Maridos, vós,
igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a
vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros
da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.” (I Pedro 3:1 e 7);
2- Falta de Perdão: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11:25);

3- Motivação errada: “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos,
mas dá graça aos humildes.” (Tiago 4:6);
4- Toda forma de desobediência à Deus: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para
que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades
fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós,
para que vos não ouça.” (Isaías 58:1 e 2);
5- Ídolos no coração: “Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu
coração, tropeço para a iniqüidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles
me interroguem?” (Ezequiel 14:3);
6- Falta de generosidade para com os pobres: “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre
também clamará e não será ouvido.” (Provérbios 21:13);
7- Incredulidade: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos
dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada
duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não
suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;” (Tiago 1:5-7); “Tende cuidado,
irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos
afaste do Deus vivo;” (Hebreus 3:12);
8- Falta de entendimento da nossa posição em Cristo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais
em Cristo” (Efésios 1:3);
9- Confissão errada: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a
promessa é fiel.” (Hebreus 10:23);

OS 7 TIPOS DE ORAÇÃO:
DEUS COMO CENTRO DAS NOSSAS ORAÇÕES:
1- Ações de Graça: É a oração que expressa gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele tem
derramado sobre nós: “Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre
eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam.” (João 6:11);

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2- Louvor: A oração de louvor é um passo além das ações de graça. É quando exaltamos a
Deus por tudo aquilo que ele fez ou é capaz de fazer. “Pois tu, SENHOR, me alegraste com os
teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos.” (Salmo 92:4);
3- Adoração: A oração de adoração é quando exaltamos a Deus pelo que Ele é. Nessa oração
não há referência ao homem, nem as obras de Deus, apenas à pessoa do Senhor, ao caráter,
seu amor, sua grandeza, etc. “Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; adorai o SENHOR
na beleza da sua santidade.” (Salmo 29:2)
NÓS MESMOS COMO CENTRO DE NOSSAS ORAÇÕES: Nestes tipos de oração,
embora estejamos falando com Deus, o foco da atenção é a satisfação das nossas
necessidades. Vamos até Deus em oração para mudar alguma circunstância em nossa vida:
1- Petição: É quando, baseados numa promessa de Deus, fazemos um à Ele, querendo
satisfazer uma necessidade. Nesse tipo de oração já temos certeza de que a resposta a este
pedido é a clara vontade de Deus, por isso ele será feito em fé, com a certeza da resposta
antes mesmo da sua manifestação: Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes,
crede que recebestes, e será assim convosco. (Marcos 11:24);
2- Consagração ou Dedicação: É uma atitude de submissão à vontade de Deus. É quando a
vontade de Deus é desconhecida. Exige espera, consagração e inteira disposição de
conhecer e seguir a vontade do Pai. “Então, Davi consultou a Deus, dizendo: Subirei contra
os filisteus? Entregar-mos-ás nas mãos? Respondeu-lhe o SENHOR: Sobe, porque os
entregarei nas tuas mãos.” (I Crônicas 14:10);
3- Entrega: É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus. É lançar o cuidado
sobre o Senhor, com um conseqüente descanso. Essa oração é feita quando um cuidado, um
problema ou inquietação nos bate à porta: “Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe
e os do monte Seir... vindo para lançar-nos fora da tua possessão, que nos deste em herança. Ah!
Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força
para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer;
porém os nossos olhos estão postos em ti.” (II Crônicas 20:10-12);
OUTROS COMO O CENTRO DAS NOSSAS ORAÇÕES
1- Intercessão: Aqui nos aproximamos do Senhor em oração como sacerdotes, como
intercessores, levando a necessidade de outra pessoa. Nosso primeiro motivo é ver
circunstâncias alteradas na vida de outras pessoas. Interceder é colocar-se no lugar do outro
e pleitear a sua causa. Deus busca intercessores: “Busquei entre eles um homem que tapasse o
muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse;
mas a ninguém achei.” (Ezequiel 22:30);

COMO ALCANÇAR RESULTADOS PELA ORAÇÃO


1- Evite fazer orações indefinidas:
• Normalmente é mera formalidade. As pessoas oram por coisas que realmente não
desejam.
• Muitas vezes as orações são feitas só para serem ouvidas pelos outros, oração em reunião
pública.
• A oração indefinida revela que não há um clamor na alma, nem urgência no coração,
nenhum peso na oração ou desejo real.
• A oração formal, indefinida, geral, vaga é resultado da falta de direção do Espírito Santo.
Revela um desconhecimento da mente de Deus.
2- Como ser específico ou definido:
• Analise suas orações. Separe as coisas que você realmente deseja e tem um peso de
oração.
• Espere na presença de Deus. A oração específica não é uma alternativa de você fazer
Deus concordar com o seu desejo, mas é, antes, descobrir o desejo de Deus para você, e

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orar de acordo com o que o Espírito coloca em seu coração. Escreva seu desejo. Isso lhe
ajudará a ser específico.
• Busque na Bíblia textos que ser referem ao que você deseja, quer em promessas ou em
princípios. Uma vez identificada a necessidade, pesquise a Palavra e selecione textos que
se referem ao assunto.
• Ore baseado na Palavra de Deus:
3- Faça seu pedido a Deus de modo simples: “... aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó
SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e
que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR,
responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o
coração deles. Então, caiu fogo do SENHOR...” (I Reis 18:36-38);
4- Creia que Deus atendeu sua petição. A manifestação da resposta já está a caminho.
• Não tente crer, simplesmente aja de acordo com a Palavra.
• Não use uma confissão dupla.
• Não confie na fé de outras pessoas. Tenha a sua própria fé.
• Não confesse incredulidade, falando sobre doenças e problemas ou fracasso.
5- Rejeite toda dúvida.
• A dúvida é um ladrão que rouba a benção de Deus. É o inimigo número 1 da fé.
• A dúvida impede a resposta à oração. Ela é mãe da derrota. (Tg 1:6-8);
• Duvide das dúvidas, mas nunca duvide das promessas de Deus. (II Co 1:20);
6- Como vencer a dúvida;
• Mantenha controle sobre sua mente (II Co 10:3-5);
• Use as promessas de Deus como arma contra os ataques de dúvida (Mateus 4:1-11);
• Concentre-se na fidelidade de Deus e de Sua Palavra (Rm 4:19-21);
7- Medite na promessa que é base da sua oração. Conserve uma visão clara das promessas que
serviram de base para sua petição. (Pv 4:20-21);
• Pela meditação a promessa é interiorizada e a certeza da sua manifestação é alimentada
(Js 1:8);
• A meditação favorece a permanência na Palavra (Jo 15:7), e isso é condição para a
resposta à oração. A meditação aquece o coração e alimenta a fé (Sl 119:99);
8- Mantenha uma atitude de louvor:
• Conserve uma postura de gratidão e louvor até a plena materialização da resposta.

Sugestão de leitura: A Oração que funciona – Um cristão anônimo

2- O JEJUM BÍBLICO
O povo de Deus sempre jejuou, tanto no Antigo, como no Novo Testamento. Não há,
contudo, nenhum mandamento bíblico para que jejuemos. Isso leva alguns a concluírem
apressadamente que agora, na época da graça, o jejum já não é necessário. Porém a razão de não
haver mandamento a respeito do jejum é porque a sua prática já era inquestionável. Jesus não
ordena o jejum, mas diz “quando jejuardes” (Mateus 6:17). O Jejum é chave para uma vida
plena em Deus e para a vitória sobre a carne. O jejum foi e é prática comum a todos os homens
de Deus.
Exemplos de Jejum no Antigo Testamento:
• Davi jejuou pela cura de seu filho: “Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e,
vindo, passou a noite prostrado em terra” (II Samuel 12:16);
• Ester e os judeus jejuaram por justiça: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem
em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de
dia; eu e as minhas servas também jejuaremos.” (Ester 4:16);

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• Os ninivitas jejuaram em arrependimento: “Os ninivitas creram em Deus, e
proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor.”
(Jonas 3:5);
Exemplos de Jejum no Novo Testamento:
• Ana consagrava-se através do jejum: “e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta
não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lucas 2:37);
• Jesus iniciou o ministério com jejum: “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta
noites, teve fome.” (Mateus 4:2);
• Os líderes da Igreja jejuaram antes de enviar os primeiros missionários: “Então,
jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” (Atos 13:3);
Jejum é abstinência de alimento. O Jejum completo é a abstinência de alimento
sólido e líquido (Atos 9:9). Este tipo de jejum não deve ser muito prolongado para não trazer
dano à saúde e sempre deve ser feito sob orientação de alguém mais experiente.
Não devemos jejuar para que se faça a nossa vontade, mas a de Deus. Também não
devemos jejuar para que Deus faça aquilo que a nós compete fazer: “dizendo: Por que
jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em
conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça
todo o vosso trabalho.” (Isaías 58:3);
Não devemos jejuar sem estar dispostos a mudar nossa maneira de pensar, falar e
agir. “Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim
como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. (Isaías 58:4);
O verdadeiro jejum sempre está aliado ao arrependimento e ao quebrantamento:
“Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e
isso com jejuns, com choro e com pranto.” (Joel 2:12);

NOVE PROPÓSITOS PARA VOCÊ JEJUAR – Isaías 58:1-14


Ao contrário do que muitos imaginam, no capítulo 58 de Isaías, Deus não está abolindo,
nem trocando o jejum por ações sociais, mas está nos desafiando a praticar o Jejum COM
ATITUDES CORRESPONDENTES. Deus nos revela 9 propósitos pelos quais podemos jejuar,
que com as atitudes certas moverão o mundo espiritual em nosso favor:
1- Para soltar as ligaduras da impiedade “que soltes as ligaduras da impiedade” (v.6): Pecados
dos quais não conseguirmos nos livrar (II Tm 2:26) ou demônios que teimam em nos influenciar
(Ef 4:27) e só podem ser vencidos através da oração e do jejum (Mt 17:21); Jejue renunciando o
pecado, liberando perdão e arrependo-se dos seus pecados.
2-Para desfazer as ataduras da servidão “desfaças as ataduras da servidão” (v.6): Ataduras
da servidão são problemas que o maligno ou a própria vida nos trazem para gerar angústia,
ansiedade, medo ou desânimo. Diante de novos desafios ou problemas insolúveis, jejue pedindo
uma solução (Ed 8:21-23); Jejue esperando orientação. Tenha sempre papel e caneta à mão para
escrever a direção de Deus.
3- Pela liberdade do oprimido: “deixes livres os oprimidos” (v. 6): Jejum pela salvação e
libertação de outra pessoa (do cônjuge, do filho, do amigo, do vizinho, etc.). Esteja atento a um
sinal simbólico do mover de Deus na vida do cativo. Estabeleça contato com o cativo para que
Deus o use na vida dele.
4- Para despedaçar o jugo: “e despedaces todo jugo? (v. 6): A unção quebra todo o jugo (Is
10:27), mas a unção é de quem se consagra para tê-la! Se está deprimido, angustiado,
desmotivado, sentindo-se desvalorizado, abatido, desiludido, decepcionado consigo mesmo ou
com outros. Se não jejuar, esta atadura acabará te definhando! O jejum pode romper este jugo nas
suas emoções. Lembre-se de Elias (I Reis 19:5-8) Procure o seu Horebe. Isole-se com Deus.
Deixe que a Palavra revele a sua fraqueza e Deus te fortalecerá.

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5- Por provisão financeira: “Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto,
e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu
semelhante? (v. 7): Para suprir e ser suprido financeiramente rompendo cadeias que prendem a
vida financeira! Enquanto jejua ouça as orientações do Senhor, estabeleça alvos nessa área e
semeie na obra ou na vida de outros famintos; Existem muitos tipos de sementes. Dinheiro,
alimento, roupas, tempo, etc.
6- Para receber revelação divina: “romperá a tua luz como a alva” (v. 8): Para receber
revelação da Palavra, ou discernimento para tomar decisões difíceis. Revelação tem preço! Separe
tempo e lugar apropriado para ouvir Deus. Tempo de jejum é tempo de luz!
7- Para receber cura divina: “a tua cura brotará sem detença” (v. 8): Jejuar pela saúde do
próprio corpo ou para mantê-la. Durante o jejum Deus liberará fé sobrenatural para sua cura.
8- Para que se cumpra a justiça de Deus: “a tua justiça irá adiante de ti” (v. 8): Para romper
com a opressão maligna em seu trabalho, escola, ou qualquer outra área (Et 4:16); O jejum pode
trazer justiça a sua vida! (causas na justiça, benção retidas, etc);
9- Para ver a glória de Deus: “a glória do SENHOR será a tua retaguarda” (v. 8): Quando há
frieza espiritual, sequidão no espírito, religiosidade, etc. O jejum pode nos levar de volta pelo
caminho do arrependimento e do concerto. A glória pode ser devolvida para sua vida durante um
período de jejum.

3- A MEDITAÇÃO NA PALAVRA DE DEUS


A Meditação na Palavra de Deus é uma chave poderosa para uma vida feliz e
abundante. Meditar é considerar, sondar, pensar sobre, ponderar, esquadrinhar, etc. Ler a
Palavra sem meditar é o mesmo que comer sem digerir. O nosso entendimento da Palavra
é proporcional à nossa meditação nela. A meditação determina a força da nossa fé e a
velocidade do nosso crescimento espiritual. Com medo de serem confundidos com as
religiões orientais, muitas igreja nem tocam no assunto meditação, mas há uma enorme
diferença entre a meditação praticada pelas religiões orientais e a meditação cristã.
• A meta da meditação das religiões orientais é esvaziar a mente. Isso a deixa
desprotegida e vulnerável aos espíritos malignos, ou como diz a voz popular: “Mente
vazia, oficina do diabo”.
• A meta da meditação cristã é encher a mente com a poderosa Palavra de Deus.
Meditar é ruminar a Palavra, não analisando a letra, mas buscando revelação de
Deus para nossa vida.
A IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO:
• Devemos meditar porque Deus nos ordena meditarmos em Sua Palavra: “Não cesses
de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite (Josué 1:8a);
• A meditação nos fará sábios para prosperarmos em nossos caminhos: “... o Livro da
Lei; antes medita nele dia e noite... então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-
sucedido” (Josué 1:8);
• A meditação agrada a Deus: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração
sejam agradáveis na tua presença, SENHOR” (Salmo 19:14);
• A meditação nos faz crescer em comunhão com Deus e com sua Palavra: “Medita
estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” (I
Timóteo 4:15).
• Quando meditamos Deus nos fala: “Enquanto meditava Pedro acerca da visão, disse-
lhe o Espírito: Estão aí dois homens que te procuram;” (Atos 10:19); Por preguiça,
comodismo ou indiferença preferimos ouvir de terceiros (Êxodo 20:19).
• Quando meditamos na Palavra enchemos o coração com ela: “Estas palavras que,
hoje, te ordeno estarão no teu coração” (Deuteronômio 6:6);

96
• Compreendemos e nos relacionamos melhor com as pessoas: “O coração do justo
medita o que há de responder, mas a boca dos perversos transborda maldades.”
(Provérbios 15:28);
• A meditação é uma das mais poderosas formas de aprendizado: “Tendo-o visto,
considerei; vi e recebi a instrução.” (Provérbios 24:32); Quando meditamos pesamos
melhor nossa vida e nossas decisões.
COMO MEDITAR:
1- Procure um lugar tranqüilo e isolado para meditar. Isaque meditava no campo (Gn 24:63)
e Pedro meditou no terraço (At 10:19);
2- Medite na Palavra de Deus: “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita
de dia e de noite.” (Salmo1:2);
3- Medite naquilo que é bom: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
(Filipenses 4:8);
4- Medite diariamente: “de dia e de noite” (Josué 1:8, Salmo1:2);
5- Evite o ruído e a pressa.

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FUNDAMENTOS
DO
LAR
CRISTÃO
“o SENHOR te fará casa firme, porque pelejas as batalhas do SENHOR” (I Samuel 25:28);

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3.1 A Benção de Ser Solteiro
É na juventude, antes de nos casarmos, que tomamos algumas das decisões mais
importantes da vida, como por exemplo, com quem vamos nos casar e à que profissão
dedicaremos nossas vidas. É nesse momento de passagem da adolescência à vida adulta que
estruturamos nossa vida emocional, financeira, material e espiritual. Nessa época a carne, o
mundo e o diabo armarão diversas emboscadas para ferir, manchar e até mesmo destruir o jovem.
Mas é nesse momento que o Senhor se levanta como guia seguro daqueles que confiam em Sua
Palavra: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo
a tua palavra.” (Salmo 119:9);
Há propósitos específicos para cada fase da vida: “Tudo tem o seu tempo determinado,
e há tempo para todo propósito debaixo do céu:” (Eclesiastes 3:1);
O tempo da juventude tem que ser vivido com alegria e responsabilidade diante de Deus.
“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda
pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de
todas estas coisas Deus te pedirá contas.” (Eclesiastes 11:9); Mas para que isso ocorra
precisamos ter em mente alguns princípios da palavra de Deus.

SOLTEIRO ATÉ QUANDO?


Um dos grandes males dos jovens é deixar de viver o presente para preocupar-se e
angustiar-se pelo futuro. Por causa disso muitos solteiros deixam de viver a vida de solteiro em
sua plenitude para se martirizar pensando em como, quando e com quem casar. Se você é solteiro,
Deus tem uma promessa para você: “Deus faz que o solitário viva em família...” (Salmos 68:6);
O casamento é uma benção do Senhor para sua vida! Aprenda a esperar o tempo de Deus para o
casamento e enquanto espera, aja de maneira que você possa viver plenamente a vida de solteiro.
Existem algumas atitudes que além de lhe ajudarem a desfrutar do melhor da sua juventude,
prepararão o caminho para um bom e feliz casamento no Senhor!

COMO VIVER PLENAMENTE A VIDA DE SOLTEIRO


Mesmo que seja temporária, a vida de solteiro pode ser um alicerce para um futuro
brilhante e seguro, se seguirmos atentamente os poderosos conselhos da Palavra de Deus:
• Busque a Deus! Tempo de Juventude é tempo de buscar a Deus: “Lembra-te do teu
Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos
dos quais dirás: Não tenho neles prazer;” (Eclesiastes 12:1);
• Envolva-se na Obra de Deus! O solteiro pode fazer muito mais para Deus e para seu
Reino do que o casado. Portanto faça história com Deus no seu tempo de solteiro. “Quem
não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se
casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa” (I Coríntios 7:32 e 33);
• Amadureça Espiritualmente! Tempo de solteiro é tempo de crescer em intimidade com
Deus, de consagrar-se mais, de orar mais, de ler mais, de ouvir mais a Deus: “Tu me tens
ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas
maravilhas.” (Salmo 71:17);
• Amadureça Emocionalmente! Gere laços familiares com todas as pessoas. Tempo de
solteiro é tempo de aprender relacionar-se bem: “Não repreendas ao homem idoso;
antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a
mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.” (I Timóteo 5:1 e 2);
• Amadureça Profissionalmente! É na juventude, enquanto ainda somos solteiros que
devemos definir e nos aplicar à profissão que nos sustentará pelo resto da vida: “Do
trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.” (Salmo 128:2);
• Amadureça Intelectualmente! Estude. A juventude é o melhor tempo para aprender, e
a vida de solteiro nos permite fazer isso com dedicação: Ora, a esses quatro jovens Deus
deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria... E em toda matéria

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de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes
mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. (Daniel
1:17 e 20);
• Faça amizades verdadeiras: Este é o melhor tempo para investir em amizades para a
vida toda. O solteiro está muito mais livre do que o casado para sair, viajar e investir em
amizades profundas: “Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão.”
(Provérbios 17:17);
• Rejeite a passividade! Diz o dito popular: “Mente vazia, oficina do diabo”. Tempo de
solteiro é tempo de envolver-se em projetos na igreja, e na comunidade. É tempo de
cultivar o idealismo, a filantropia e o civismo. O Espírito Santo lhe dará propósitos e
projetos: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito
sobre toda a carne... vossos jovens terão visões;” (Joel 2:28); Não seja um jovem
improdutivo.
• Seja realista com sua juventude! Este tempo passa mais rápido do que imaginamos e
esconde mais perigos do que gostaríamos. Não subestime nem supervalorize este tempo,
apenas cresça nele: “Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.”
(Lamentações 3:17);
• Evite as armadilhas da juventude! O apetite sexual incontrolável, as amizades
perniciosas, e engano das drogas e tantas outras armadilhas precisam ser rejeitadas:
“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com
os que, de coração puro, invocam o Senhor.” (II Timóteo 2:22);
• Lidere! Não se intimide por sua juventude. Faça discípulos, lidere células, envolva-se
nos ministérios da igreja, seja o padrão de Deus para a sua geração: “Ninguém despreze
a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento,
no amor, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4:12);

O DOM DE SER SOLTEIRO


Daniel e Paulo envelheceram estando solteiros. Jesus foi solteiro. Os irmãos Marta, Maria
e Lázaro eram três solteirões felizes! Algumas pessoas nascem para serem solteiras, outras não!
Paulo incentivava abertamente o permanecer solteiro como algo bom: “Digo, porém, aos
solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.” (I Coríntios 7:8); Mas reconhecia
que nem todos tinham recebido este dom de Deus: “Porque quereria que todos os homens fossem
como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro
de outra.” (I Coríntios 7:7); Por isso a alegação de que casar é uma obrigação a qual estamos
sujeitos é totalmente falsa.
Ser solteiro não é uma maldição como pensam alguns. Mas por causa desse pensamento,
muitos se casam precipitadamente para fugir da discriminação e da pressão social. O mundo
persegue, discrimina e ridiculariza quem não é casado. Especialmente as mulheres. Infelizmente
até dentro de algumas igrejas, os solteiros se sentem mal por serem alvo de piadas e comentários
maldosos que põe em dúvida sua sexualidade ou sua competência para obter um pretendente. Mas
é possível ser solteiro e ser plenamente feliz e realizado tanto emocionalmente quanto
espiritualmente.
Como saber se tenho o dom de ser solteiro? Acredite... você saberá! Mas há uma dica do
próprio Apóstolo Paulo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do
que abrasar-se.” (I Coríntios 7:9); Aquele que é chamado por Deus para permanecer solteiro,
não terá nenhum conflito por isso, nem sofrerá pela abstinência sexual.
Hoje, cada vez mais jovens decidem que, ao invés de casar, permanecerão solteiros,
morando sozinhos ou com os seus pais. Infelizmente a grande maioria apóia-se em motivos
errados e precisam ser tratados quanto a isso. Vejamos algumas motivações erradas nas quais se
baseiam:
• Muitos querem viver solteiros para continuar com uma vida dissoluta;
• Outros permanecem solteiros porque trazem feridas ou traumas que os impedem de
relacionar-se e assumir o compromisso do casamento;

100
• Alguns tem um padrão demasiadamente alto na hora de escolher um cônjuge;
• Existem aqueles que se acomodam sob o conforto e proteção dos pais e resolvem não
assumirem compromissos.
• Por fim, alguns foram convencidos pelo mundo a abominar a aliança do casamento.

Se você abriga uma motivação errada trate isso! Mas, se percebe que tem o dom de Paulo,
não aceite ser discriminado por sua condição de solteiro. Jamais discrimine alguém por causa
disso! Repreenda todo aquele que, em nosso meio, diminuir alguém por sua condição de solteiro.

101
3.2 Princípios de Namoro Cristão
Namoro é o relacionamento entre dois jovens como preparação para o casamento.
Algumas igrejas aboliram este termo e o substituíram por “romance” “enamoro” “corte” ou outro
termo que não lembre a forma pervertida com que o mundo trata este tema. Todavia nós
manteremos aqui o termo namoro para que seja melhor compreendido.
O QUE FAZ UM NAMORO SER CRISTÃO
Dentro do assunto namoro existem no mundo e até mesmo dentro da igreja muitos mitos,
idéias, ensinos, opiniões e por causa disso, às vezes é muito difícil para o jovem cristão construir
e viver um relacionamento que agrade a Deus. Muitos jovens menosprezam o conselho de Deus
e decidem viver sua vida emocional sob as regras deste mundo. Outros procuram um equilíbrio
morno, buscando conciliar o santo com o profano, colocando a vida emocional acima da vida
espiritual. Não queremos viver debaixo de um legalismo sem sentido, mas por outro lado,
sabemos que o namoro só é cristão quando é desenvolvido debaixo dos princípios da Palavra de
Deus. Pelo fato do casamento ser a segunda decisão mais importante na vida (a primeira é Jesus),
Deus se importa com o namoro e tem em sua palavra diversas orientações a este respeito:
O TEMPO CERTO PARA O NAMORO CRISTÃO:
É certo que boa parte dos jovens que pensam em casamento ainda não estão prontos para
ele. São jovens que ainda não estão adequadamente estruturados para assumirem tal
compromisso. Mas como saber se alguém está pronto para o namoro cristão? Há três aspectos que
lhe darão esta certeza:
1- Maturidade Espiritual: O namoro é um tempo de risco até para os maduros na fé e o
casamento é um projeto de vida que requer convicção da vontade de Deus. Portanto é necessário
que haja certa maturidade espiritual na vida daqueles que decidem namorar. Por isso o melhor é
que os novos convertidos sejam orientados a investirem em sua vida com Deus, sem envolverem-
se em namoro até que estejam devidamente consolidados. Envolver-se num relacionamento antes
de estar alicerçado na fé pode prejudicar o crescimento espiritual, levando o novo convertido a
esfriar na fé e até cair.
2- Maturidade Emocional: Idade cronológica não é o mesmo que idade mental. Alguns
envelhecem, mas não amadurecem. O namoro e casamento exigem maturidade para lidar com
diversos conflitos e situações. Por esta razão pessoas imaturas emocionalmente devem ser
orientadas a aguardar um pouco mais antes de envolverem-se num namoro.
3- Maturidade Profissional: No Reino de Deus não namoramos para brincar, namoramos para
casar. No mundo o namoro é diversão, é lazer, é passatempo, mas na Igreja, namoro é a preparação
do casamento. Por isso é fundamental que os pretendentes tenham clara perspectiva financeira
tanto para investirem no casamento como para sustentarem-se depois dele. “Pois qual de vós,
querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se
tem com que a acabar?” (Lucas 14:28);
MOTIVOS ERRADOS PARA NAMORAR:
• Pressão dos pais: Alguns filhos sentem-se pressionados pelos próprios pais a provarem
que são homens através do namoro. A filha sente-se mal quando a mãe sem perceber
manifesta preocupação ou pena por ela não estar namorando para casar.
• Pressão do grupo social: Quando todos os amigos que andavam com aquele rapaz
começam a namorar, logo ele sente-se sozinho e pode querer namorar apenas para
manter-se socialmente aceito. Quando todas as irmãs dela se casam, a moça pode se sentir
pressionada a provar que tem “competência” para casar também. A própria igreja pode
inconscientemente discriminar, menosprezar ou caçoar do solteiro pressionando-o a
namorar.

102
• Namorar porque outro quer: Aqueles que namoram com alguém por pena dele, por dó
da insistência e devoção do outro, por não conseguirem dizer “não. Aqueles que namoram
porque alguém “profetizou” que era da vontade de Deus, ou porque um líder sugeriu o
namoro ou porque os pais impuseram aquele par ou porque os amigos o induziram.

• Namorar para sair da casa dos pais: Alguns jovens vivem em lares desajustados e
sonham em viver no próprio lar. Outros jovens são desajustados, mas culpam o lar em
que vivem. Para todos estes o casamento é a chance de fuga.
• Namorar para mudar a situação financeira: Casar com alguém de melhor condição
social, para garantir um futuro estável ou para subir de classe social é mais comum do
que se imagina. É claro que a capacidade financeira do futuro cônjuge deve ser
considerada, mas namorar apenas por esta razão revela um coração ganancioso e egoísta
que não é próprio de um verdadeiro cristão.
• Namorar por causa da pressão sexual: Alguns namoram querendo casar logo para
descarregar a energia sexual. Casamento não é remédio para nada! Nem para
concupiscência.
• Namorar para passar o tempo. Namorar por diversão, por lazer, brincar com
sentimentos alheios, dando falsas esperanças, ficando com alguém hoje e com outra
pessoa amanhã, isso tem nome, se chama CARNALIDADE. Este não é o comportamento
de um cristão cheio do Espírito Santo.

O JUGO DESIGUAL:
• Para um namoro ser cristão, em primeiro lugar, os dois jovens devem ser de Cristo.
Quando apenas um é do Senhor e o outro não, trata-se de um relacionamento misto ou
um jugo desigual.
• O texto mais esclarecedor sobre o namoro e o casamento misto sem dúvida é o de II
Coríntios 6:14-18, Este texto é tão profundo e tão lindo. Nele existem cinco perguntas
para responder (Procure responder cuidadosamente cada uma das cinco), Há também uma
Doutrina para aprender (Somos templos de Deus), Há uma ordem clara (separai-vos) e
várias promessas para os obedientes (habitarei, andarei entre eles, serão meu povo, os
receberei, serei seu Pai); Vejamos:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos;
(1) Porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade?
(2) Ou que comunhão, da luz com as trevas?
(3) Que harmonia, entre Cristo e o Maligno?
(4) Ou que união, do crente com o incrédulo?
(5) Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?
Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e
andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do
meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos
receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-
Poderoso”. (II Coríntios 6:14-18)
• Abraão teve duas preocupações na vida: (1) Ter seu filho Isaque e (2) ter uma nora
temente à Deus: “Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da
terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos
quais eu habito. Mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher
para meu filho Isaque.” (Gênesis 24:3 e 4); O nosso cônjuge deve ser da nossa
“parentela espiritual”;
• Esse foi o grande alerta de Deus para o seu povo: “nem contrairás matrimônio com os
filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para
teus filhos;” E Ele dá a razão da sua ordem: “pois elas fariam desviar teus filhos de
mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós

103
outros e depressa vos destruiria” (Deuteronômio 7:3 e 4); Deus diz que casamento
misto põe em risco nossa fé?
• A tribo de Judá foi duramente repreendida por Deus porque permitiu o casamento misto:
“Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém;
porque Judá profanou o santuário do SENHOR, o qual ele ama, e se casou com
adoradora de deus estranho.” (Malaquias 2:11); Note que quem casa com adorador de
deus estranho torna-se desleal com Deus.
• Para aqueles que dizem ser tão firmes no Senhor, que jamais cairão por causa de namoro
ou casamento misto, fica o alerta da história do homem mais sábio do mundo, que
conhecia a Palavra mais do que nós, que escreveu parte da Bíblia e mesmo assim caiu:
“Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses;
e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de
Davi, seu pai. Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação
dos amonitas. Assim, fez Salomão o que era mau perante o SENHOR e não perseverou
em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai... Assim fez para com todas as suas
mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses. Pelo
que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR,
Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. E acerca disso lhe tinha ordenado que
não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o SENHOR lhe
ordenara.” (I Reis 11:4-10);
• Neemias, o grande líder reconstrutor, fala sobre o casamento misto à alguns que não o
levaram a sério: “Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes
arranquei os cabelos, e os conjurei por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a
seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós
mesmos. Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não
havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre
todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado.”
(Neemias 13:25 e 26); Hoje nenhum líder arrancará os cabelos de quem entra em jugo
desigual. Infelizmente são estas pessoas que depois estão arrancando os próprios cabelos.
• O Novo Testamento diz que podemos casar com quem quisermos, desde que seja “NO
SENHOR” isto é, com outra pessoa que também nasceu de novo: “A mulher está ligada
enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem
quiser, mas somente no Senhor.” (I Coríntios 7:39);
• Mas existe um texto arrepiante quando compreendido, veja só: “Tenho, todavia, contra
ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual
ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas
sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” (Apocalipse 2:14); Você só arrepia
quando compreende que doutrina é essa, e que ciladas são estas de que Jesus está falando.
• Nesta carta ao anjo da Igreja de Pérgamo, Jesus denuncia uma doutrina (ensinamento)
que ele chama de “doutrina de Balaão. Ora o “profeta Balaão” tentou, por dinheiro,
amaldiçoar o povo. Mas não conseguiu porque Deus é o Muro Protetor do povo. Então
Balaão ensinou os reis ímpios como “abrir brechas” no muro de proteção para que a praga
alcançasse o povo de Deus. Era simples: através de casamentos mistos! Através de
namoros mistos, os povos sem Deus, seduziriam os filhos de Deus e os levariam a adorar
os falsos deuses. Pronto! Brecha aberta! Maldição dentro! E foi isso que aconteceu:
“Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se
aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra
Israel. Disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao
SENHOR ao ar livre, e a ardente ira do SENHOR se retirará de Israel.” (Números
11:1-4);

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• Aquele conselho de Balaão transformou-se em Doutrina hoje! Existem de fato igrejas/
líderes que ensinam e pregam que não tem problema algum o filho de Deus relacionar-se
com idólatra, macumbeiro, ateu, desde que seja um “cara legal”, honesto, carinhoso e
trabalhador. Isso é doutrina de Balaão! Porque Satanás continua armando as mesmas
ciladas hoje.
• Deus mandou matar todos aqueles povos, porém quando os capitães decidiram poupar as
mulheres, veja a reação de Moisés: “Indignou-se Moisés contra os oficiais do exército,
capitães dos milhares e capitães das centenas, que vinham do serviço da guerra. Disse-
lhes Moisés: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas, por conselho de Balaão,
fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o SENHOR, no caso de Peor, pelo que
houve a praga entre a congregação do SENHOR.” (Números 31:14-16); Balaão, autor
desta doutrina, foi morto à espada: “Também os filhos de Israel mataram à espada
Balaão, filho de Beor, o adivinho, com outros mais que mataram.” (Josué 13:22); Você
não vai para o inferno por casar com um cônjuge descrente. A sua vida é que pode se
transformar num inferno!
PARA NÃO ERRAR NA ESCOLHA DA PESSOA CERTA:
Tudo na vida depende de uma escolha! O casamento é uma decisão. A pessoa com quem
nos casamos também! Já vimos que ser cristão é fundamental para um “casamento no Senhor”
por isso nem discutiremos isso aqui. Mas lembre-se de que “nem tudo que reluz é ouro” e nem
todo cristão é cristão mesmo. Na verdade há outros aspectos secundários, mas também
importantes que não podem ser negligenciados no momento de fazer uma boa escolha.
• Cuidado com o Romantismo Mundano: O amor à primeira vista não nos impressiona!
Isso não tem nada de mais. O que nos impressiona é o amor à “milionésima vista” trocado
entre aquele casal idoso que suportou tudo na vida para construir e manter um lar cristão.
E até hoje apesar da idade, dos defeitos mútuos, ainda se olham e se amam. Muitos ainda
não descobriram seu par apesar dele estar ao seu lado porque fantasiam algo arrebatador,
incontrolável, em outras palavras procuram paixão e não o verdadeiro amor. “Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?” (Jeremias 17:9);
• Não seja místico! Muitos pensam que Deus criou apenas um homem para uma mulher.
No mundo chamam isso de destino, na igreja chamam isso de predestinação. Isso foi
verdade apenas na vida de Adão. Depois dele, todos nós sempre teremos o benefício da
escolha. Então não seja místico nem supersticioso nesse assunto, saiba escolher
corretamente. Nem todo mundo é para todo mundo, mas existe um certo grupo de homens
que é adequado a um certo grupo de mulheres. Você deve escolher dentro deste contexto.
Deus não tem uma única pessoa predestinada para você, Deus tem um grupo de pessoas
que são adequadas à você, mas a escolha sempre será sua. “O que acha uma esposa acha
o bem e alcançou a benevolência do SENHOR.” (Provérbios 18:22);
• Não escolha apenas pela aparência! Muitos idealizam seu futuro cônjuge manipulados
pelo “padrão holywoodiano”. Buscam o atleta malhado, o de rosto simetricamente bonito,
o endinheirado aventureiro, etc. Vamos seguir o padrão de Deus. Tudo que Deus fez é
bonito! Você pode não achar todo mundo lindo, mas comece enxergar beleza nas pessoas.
Cuidado! Padrões demasiadamente altos têm atrapalhado a muitos! “O homem vê o
exterior, porém o SENHOR, o coração.” (I Samuel 16:7);
• Considere as diferenças! As diferenças, quando muito grandes, devem ser analisadas
com cuidado. Diferença muito grande de idade, de condição social, de formação
intelectual ou de culturas distintas não são determinantes, mas contam muito para o
sucesso ou fracasso de um casamento. Lembre-se também que não são apenas os noivos,
mas as duas famílias que se casam no casamento.

105
COMO TER CERTEZA DA ESCOLHA CERTA
1- É amor ou é paixão? Podemos nos envolver numa paixão e nos machucarmos achando que é
amor. Paixão é algo avassalador, que nos leva a perder a razão, a lógica e até o temor de Deus. O
amor, ao contrário, já é um sentimento maduro, consciente, nasce aos poucos, se desenvolve com
o tempo e vai se fortalecendo diante das dificuldades. A paixão á algo passageiro, não resiste à
distância, esfria, não espera, arde em ansiedades e tende a dominar a razão. Por isso Paulo diz:
“Foge das paixões da mocidade” (II Timóteo 2:22). O amor, ao contrário, permanece “o amor
tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (I Coríntios 13:7). O amor sabe esperar o
momento certo para o sexo (o casamento). A paixão não, pois é pura emoção. Veja a diferença
entre Amnon e Jacó. Amnon se apaixonou por Tamar, sua irmã. Após ter tido relações sexuais
com ela, a deixou friamente (II Samuel 13). Quantos jovens abandonam moças grávidas após
satisfazer os seus desejos sexuais?! Jacó, por sua vez, amou a Raquel e o seu amor o fez esperar
7 anos até finalmente tê-la em seus braços (Gênesis 29). Além disso, trabalhou mais 7 anos para
poder estar ao lado de sua amada definitivamente. Só um amor maduro pode sustentar um
casamento por toda a vida. Por isso o casal deve saber distinguir uma paixão carnal de um amor
genuíno.
2- Que frutos esta pessoa revela? “Portanto, pelos seus frutos o conhecereis” (Mateus 7:20).
Veja se o rapaz ou a moça é um servo de Deus, analise o seu comportamento, a sua vida com o
Senhor. Cuidado, pois existem muitos lobos vestidos de ovelhas. Veja a sua vida na igreja e
especialmente em casa, se é um bom filho ou boa filha, analise também o seu comportamento
profissional, etc. É muito fácil ser cristão na igreja, os verdadeiros frutos são revelados no dia a
dia, nos bastidores.
3- Sinto paz em meu interior? “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração” (Colossenses
3:15). O árbitro é aquele que resolve uma questão, que direciona. Ou seja, a paz deve ser o
indicativo se o relacionamento é ou não da vontade de Deus. Assim, se o namoro é algo que rouba
paz, que leva a pessoa a ficar distante de Deus, que traz inquietação, perturbação, tome cuidado,
pois há algo de errado! Lutas e obstáculos sempre existirão e até desentendimentos esporádicos
causados por diferenças de opiniões. Todavia, se o relacionamento rouba a sua paz interior,
especialmente a sua comunhão com Deus é um grande indício de que o Senhor não está nesse
relacionamento.
4- Esta pessoa me enriquece? “a benção do Senhor enriquece e não acrescenta dores”
(Provérbios 10:22). O namoro que é da vontade de Deus traz um enriquecimento mútuo. Ou seja,
traz um enriquecimento na área espiritual, profissional, familiar, etc. Deus nos ama e certamente
colocará alguém em nosso caminho que nos abençoe, que tenha algo de bom a acrescentar em
nossa vida, que nos ajude a dar continuidade aos nossos sonhos. Muitos jovens se envolvem
sentimentalmente com pessoas que nada têm a acrescentar em suas vidas. Ao contrário, são
pessoas que surgem para roubar a paz, o futuro e para trazer dor e destruição. O namoro, em caso
como estes, se torna um verdadeiro sofrimento.
4- Há convicção em meu coração? “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não,
porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mateus 5:37); Neste caso, o
namoro aprovado por Deus é algo certo, definido e não indeciso. Quando o
relacionamento é envolto por inseguranças e incertezas, algo está errado e precisa ser
revisto, pois a dúvida não procede de Deus. Por isso, antes de relacionar-se
sentimentalmente com alguém é preciso pedir ao Senhor a confirmação sobre o namoro.
Se não houver certeza, ore bastante e busque a direção de Deus e se preciso for, abra mão
do relacionamento antes que alguém se machuque. Jamais se relacione com alguém sem
que haja essa confirmação, essa convicção sobre os seus sentimentos. Muitos jovens até
oram para que Deus lhes fale, mas não esperam pela resposta, ao invés disso precipitam-
se num relacionamento confiando apenas no próprio coração. Atitudes assim
normalmente conduzem ao fracasso. “ao homem pertencem os planos do coração, mas
a resposta da língua é do Senhor” (Provérbios 16:1);

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AS CONDIÇÕES PARA UM NAMORO CRISTÃO
1- A benção dos Pais: Namore debaixo de benção. Os pais são autoridade na vida dos filhos,
portanto é necessário que eles liberem a benção sobre o relacionamento. Não estamos falando de
levantar as mãos e orar formalmente, mas de aprovarem e encorajarem o relacionamento. “rogo
igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos” (I Pedro 5:5);
2- O conselho dos líderes: Andar debaixo do conselho de pastores e líderes é sempre uma rota
de vitória para aqueles que estão iniciando um compromisso de namoro, mas se os jovens
pretendentes estão envolvidos em algum ministério, este acompanhamento por parte dos líderes
é ainda mais necessário. Roboão foi derrotado por não andar debaixo de conselhos sábios:
“Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os
jovens que haviam crescido com ele e o serviam.” (II Crônicas 10:8);
3- A santidade no namoro: Para nós, santidade é muito mais do que não transar. Ela deve fazer
parte da nossa mente, do nosso coração e dos nossos pensamentos e atitudes. Relacionamentos
desenvolvidos sob a impureza são instrumentos pelos quais satanás faz marcas profundas na vida
dos filhos de Deus. “Ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador
de todas estas coisas.” (I Tessalonicenses 4:6); Há dois verbos importantes nesse texto: “iludir”
e “defraudar”. Ambos tem o sentido de gerar expectativas que não poderão ser supridas.
• A defraudação emocional. É comum vermos pessoas feridas emocionalmente porque
deram seus sentimentos a alguém e depois foram rejeitadas.
• A defraudação física. Quando um namoro não é maduro e comprometido, ele tende a
inclinar-se para as carícias e intimidades físicas, culminando muitas vezes em fornicação.
4- Tenha um namoro santo: O termo “namoro” está muito desgastado devido a sua conotação
no mundo, onde se admite todo tipo de intimidade física e até o sexo. Na igreja isso deve ser
completamente diferente, pois Deus exige do seu povo um comportamento santo e puro: “Porque
esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição” (I
Tessalonicenses 4:3);
5- Saiba refrear os seus hormônios: Hormônio não se converte! Toda prática que desperte
desejo sexual deve ser guardada para o casamento. Carícias excessivas e beijos são sempre o
passo inicial para um abrasamento que resultará, de uma forma ou de outra em pecado. Um
namoro edificante e maduro consiste muito mais no companheirismo do que no contato físico
“que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,” (I Tessalonicenses
4:4);
6- Aprofunde o compromisso e não a intimidade: “Use a boca para falar mais e beijar menos”.
Sexo antes do casamento é costume de quem não tem Deus: “não na paixão de concupiscência,
como os gentios, que não conhecem a Deus.” (I Tessalonicenses 4:5);
7- Não confunda contato físico com amor: Amor e sexo são sinônimos no mundo, mas não no
Reino de Deus. Só porque lábios se encontram não quer dizer que corações se unem. Desenvolva
o amor que pensa: “O que eu peço a Deus é que o amor de vocês cresça cada vez mais e que
tenham sabedoria e um entendimento completo, a fim de que saibam escolher o melhor. Assim,
no dia da vinda de Cristo, vocês estarão livres de toda impureza e de qualquer culpa.”
(Filipenses 1:9 e 10);
8- Namore à luz de “velas”: Não se isole de seus familiares, amigos ou irmãos em Cristo só
porque está namorando. Esta é uma atitude tola e perigosa. Não fique sozinho com a pessoa
amada. A “luz das velas” irá proteger seu relacionamento.
9- Avalie friamente: Namoro é tempo de luz, de revelação da parte de Deus, de conhecer de fato
a outra pessoa. Muitos embriagam-se pelos sentimentos e não conseguem enxergar como a outra
pessoa realmente é. Alguém disse: “não foi com este homem que eu casei” – Ela estava errada!
O homem sempre foi o mesmo, ela é que não o enxergou enquanto estavam namorando!

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10- Jamais dependa do outro para ser feliz: Deus nunca lhe dará um presente que substitua a
presença dele. É por isso que seu namorado ou cônjuge não foi criado para produzir a sua alegria.
A presença de Deus é que fará você feliz! “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença
há plenitude de alegria” (Salmo 16:11); O que é pleno não precisa de nada para ser completo!

Sugestão de Leitura: Antes de dizer SIM – Jaime Kemp

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3.3 Casamento: Uma Aliança diante de Deus
A Bíblia começa com um casamento no Éden e termina com outro casamento entre o
Senhor Jesus e a Igreja. O casamento foi uma idéia divina e não humana. Como todas as coisas
divinas, o casamento é um mistério espiritual. “Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e
se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a
respeito de Cristo e da igreja.” (Efésios 5:31 e 32);
Esta é a razão porque o ímpio não pode compreender completamente o casamento, pois
este é um conceito completamente espiritual. “Ora, o homem natural não compreende as coisas
do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido.”(I Coríntios 2:14 e 15); Aquele que não nasceu de novo jamais vai compreender a
Doutrina do Matrimônio corretamente. O fato do casamento ser espiritual e divino, o torna
também sagrado, é por isso que ele deveria ser sempre feito na presença de Deus, em um culto
apropriado, e não apenas diante de um juiz como se fosse um contrato legal.
O mundo imagina o casamento como um contrato, mas o Senhor concebeu o casamento
como uma aliança da qual Ele mesmo se coloca como testemunha: “E dizeis: Por quê? Porque
o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo
ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.” (Malaquias 2:14); Quais as diferenças entre
um contrato e uma aliança?
• O contrato tem responsabilidades limitadas, a aliança tem responsabilidades ilimitadas;
• No contrato há escapes e meios de se livrar dele, a aliança não pode ser quebrada, é até a
morte;
• O contrato é uma relação de troca, eu te dou o que prometi se você me der o que prometeu.
A aliança, porém é unilateral, eu lhe dou o que prometi mesmo que você não me dê o que
prometeu.
• No contrato eu só “funciono” se você “funciona”. Na aliança eu “funciono” não pelo seu
merecimento, mas por minha fidelidade à esta aliança que fizemos.
• A maioria dos casamentos se baseia em contrato e não em aliança. Algumas pessoas se
sentem desobrigadas de amar seus cônjuges porque não são amadas por eles. Isto seria
normal em um contrato, mas é inadmissível em uma aliança. Quando o casal entende que
está unido em aliança, o amor se torna incondicional.
• Na aliança a minha fidelidade não depende da fidelidade do meu cônjuge. Diante de Deus
estou obrigado a ser fiel à aliança por causa da palavra que empenhei diante dele.
• Outro grande problema dos contratos é a inflação. Nos casamentos baseados em contrato,
na medida em que os anos passam, o preço sobe, podendo chegar ao ponto do casamento
se tornar insustentável, pois nenhuma das partes consegue pagar para ter o amor do outro.
Esse casamento logo acabará. Mas aqueles que tem uma aliança como base é sustentado
pelo amor e fidelidade incondicional, portanto ele não pode ser destruído.
• Uma aliança é um compromisso até a morte. Parceiros de aliança fazem o compromisso
de darem a vida um pelo outro. O casamento não é um contrato, e sim, uma aliança:
“Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a
revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.” (Gálatas 3:15);
OS ELEMENTOS DE UMA ALIANÇA
• Os termos: O casamento tem termos com os quais concordamos solenemente diante de
Deus: na alegria e na dor e até que a morte nos separe, etc. Muitos casais repudiam todo
tipo de cobrança. Toda cobrança é vista como descabida e injusta. Mas isso não é verdade.
Em uma aliança os termos são colocados e os parceiros de aliança podem ser lembrados
ocasionalmente daquilo em que se comprometeram de acordo com os termos da aliança.
Como parceiros de aliança, compartilhamos tudo: Nossos corpos, salário, bens, herança,
dívidas e forças. Um exemplo de aliança é o de Rute e Noemi: “porque, aonde quer que

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fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu
Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-
me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar
de ti.” (Rute 1:16 e 17);
• O juramento: Não importa se o casamento foi em outra religião ou apenas diante de um
juiz. A aliança foi confirmada pela palavra empenhada como um juramento e isto é
validado diante de Deus. Os votos do casamento são assunto muito sério: “Quando a
Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos.
Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras.”
(Eclesiastes 5:4 e 5); “O que proferiram os teus lábios, isso guardarás e o farás, porque
votaste livremente ao SENHOR, teu Deus, o que falaste com a tua boca.”
(Deuteronômio 23:23);
• O Sinal: Toda aliança era ratificada através de um sinal ou ato concreto: poderia ser um
sacrifício de sangue, troca de presentes, uma refeição cerimonial, etc. O arco íris foi o
sinal da aliança entre Deus e Noé, a circuncisão o sinal entre Deus e Abraão, o pão e o
vinho, o sinal entre Jesus e a Igreja. No casamento, o derramamento de sangue na primeira
relação, deveria ser o sinal de aliança entre os cônjuges. Hoje em tempos da graça o que
interessa é a nova vida que vivemos depois de convertidos, mas ainda assim usamos o
aro de ouro no dedo e a troca de nomes como sinal de aliança. Veja o exemplo da aliança
entre Davi e Jônatas: “Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de
Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul,
naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e
Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou-se
Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a
espada, o arco e o cinto.” (I Samuel 18:1-4);
1- A capa: Significa que em uma aliança nós guardamos e cobrimos o outro. Um cônjuge não é
cúmplice do pecado do outro, mas também não irá expor as falhas e debilidades do outro em
público.
2- A armadura: Despojar-se da armadura é o mesmo que dizer “agora eu dependo de você para
me proteger dos meus inimigos”. São muitos os ataques a que estamos sujeitos e só nos sentimos
protegidos se estivermos em aliança. Um cônjuge protege o outro, sendo a armadura dele contra
calúnias, armações, etc.
3- A espada: De um lado, significa que estou me desarmando para o outro. Entramos no
casamento desarmados de qualquer atitude de desconfiança. Por outro lado entregar a espada é
confiar que o outro jamais a usará para me ferir, mas se for preciso, a usará para extirpar um tumor
que me ameaça: “Leais são as feridas feitas pelo que ama” (Provérbios 27:6);
4- O arco: O arco não era somente arma de guerra, era também símbolo de provisão e sustento
porque com ele se caçava. Na aliança significa: “Tudo que tenho é seu, sua dívidas são minhas
dívidas”
5- O cinto: fala do suporte, da firmeza e sustentação que nosso cônjuge nos dá nos momentos de
lutas e aflições.

O CASAMENTO CIVIL – ALIANÇA DIANTE DOS HOMENS


• O casamento civil é uma obrigação legal em nosso país e nós devemos obedecer-lho.
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não venha de Deus; e as autoridades que há, foram ordenadas por Deus.” (Romanos
13:1);
• Casamentos ilegais não podem atrair boas coisas: “Por isso, quem resiste à autoridade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.”
(Romanos 13:2);

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• Se você tem um casamento civil, então você de fato está ligado ao seu cônjuge: “A
mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive...” (1
Coríntios 7:39);
• Se você não tem um casamento civil, você tem uma ligação “clandestina” com o seu
cônjuge: “porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto
disseste com verdade.” (João 4:18)
• Casar-se no civil não é apenas prova de amor para com seu cônjuge e filhos, mas uma
prova de amor para com Deus: “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor
do Senhor;” (1 Pedro 2:13)

Sugestão de Leitura: O Casamento em Cristo – Neil T. Anderson e Charles


Mylander

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3.4 Os Fundamentos do Matrimônio
Não foi o homem quem criou o casamento, foi Deus. O matrimônio antecede qualquer
cultura, tradição, povo ou lei. Desde o Éden o Senhor estabeleceu esta aliança e em todas as
gerações velou por ela. O Casamento foi criado por Deus para que fôssemos extraordinariamente
abençoados por ele.
1- UMA BENÇÃO DE DEUS PARA NÓS
• Seu cônjuge lhe fará ir muito mais longe e conquistar muito mais da vida: “Melhor é
serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.” (Eclesiastes 4:9);
• Seu cônjuge é a única pessoa (fora o Senhor) que o ouvirá, que suportará suas fraquezas
e atravessará os momentos difíceis da vida ao seu lado: “Porque, se um cair, o outro
levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro
que o levante.” (Eclesiastes 4:10);
• Seu cônjuge foi-lhe dado para que você aprenda a dar e receber calor humano, amor,
perdão, elogio, motivação, etc. “Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão;
mas um só como se aquentará?” (Eclesiastes 4:11);
• Seu cônjuge aumenta a sua fraqueza ou aumenta a sua força, de acordo com a forma como
vocês estão unidos: “E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão;”
(Eclesiastes 4:12 a); Os inimigos não irão nos vencer se estivermos juntos!
• Jesus, você e seu cônjuge são invencíveis se estiverem conectados (dobras) um ao outro:
“e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” (Eclesiastes 4:12 a);
2- A QUESTÃO DO DIVÓRCIO: O divórcio nunca foi planejado por Deus. Suas
conseqüências são arrasadoras tanto para os cônjuges como, principalmente, para os filhos.
• Do ponto de vista divino, o matrimônio é indissolúvel. “Assim não são mais dois, mas
uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mateus 19:6);
• Deus mesmo é testemunha do nosso casamento. “E dizeis: Por quê? Porque o Senhor
foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo
ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.” (Malaquias 2:14);
• Deus odeia o divórcio. “Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio...
portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.” (Malaquias 2:16);
• Há duas situações em que o divórcio é tolerado. Quando alguém trai o seu cônjuge,
mantendo relações sexuais com outra pessoa, está quebrando a aliança do matrimônio.
Neste caso Deus permite o divórcio ao que foi traído “Eu, porém, vos digo: quem
repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com
outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério” (Mateus 19:9).
Mesmo assim, Ele não ordena o divórcio. Apenas o permite, pois sua vontade perfeita
será sempre o perdão e a reconciliação.
• Se analisarmos as palavras de Jesus, logo veremos que mesmo o divórcio por causa do
adultério pode ser vencido pelo cristão. Porque toda pessoa verdadeiramente nascida de
novo possui um novo coração, onde não há dureza: “Dar-vos-ei coração novo e porei
dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de
carne.” (Ezequiel 36:26);
• A segunda exceção é quando um descrente abandona ou separa-se do cônjuge crente.
Neste caso, diz a Bíblia: “Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais
casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à
paz” (I Coríntios 7:15), o que obviamente significa que a pessoa está livre para casar
novamente.

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• Se o divórcio já é tão restrito nas Escrituras, muito mais restrita ainda é a possibilidade
do novo casamento: “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher
não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se
reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.” (I Coríntios
7:10); Por isso os pastores devem acompanhar cuidadosamente cada caso.
• É muito comum pessoas chegarem à Igreja com seu casamento destruído. Para muitos
ainda há chance de restauração e o novo convertido deve orar e trabalhar para isso:
“Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também, hoje, vos anuncio que tudo vos
restituirei em dobro.” (Zacarias 9:12); “Porque para Deus não haverá impossíveis”
(Lucas 1:37);
• As pessoas que tiveram seus casamentos destruídos no mundo e não tem como reavê-los,
estão livres para olhar para frente e reconstruir sua vida no temor do Senhor, a partir do
momento da conversão. “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância,
anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (Atos17:30);
• O sangue de Jesus encerra todo erro no passado e dá a oportunidade de se começar uma
nova vida, sem as velhas pendências: “Porque serei misericordioso para com as suas
iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.”
(Hebreus 8:12); Os pastores, depois de serem informados, deverão orientar e
acompanhar o novo convertido enquanto ele caminha para um novo projeto familiar em
sua vida.

3- INGREDIENTES PARA UM CASAMENTO FELIZ:


Não há um segredo apenas, que sozinho, torne o casamento bem sucedido. O que há é
uma receita repleta de ingredientes que se vividos na dose certa farão do nosso lar “um pedacinho
do céu na terra”. No dia em que realizou o primeiro casamento, Deus estabeleceu os princípios
fundamentais que devem regê-lo:

• O Princípio do Deixar “por isso deixará o homem pai e mãe” (Gênesis 2:24): É um
deixar financeiro, não deve haver mais dependência financeira dos pais e sogros. É um
deixar geográfico, diz o dito popular: “quem casa quer casa”. Antes viviam na casa dos
pais, mas agora devem sair e construir sua própria casa. É um deixar emocional. A
dependência emocional que tinham dos pais agora deve ser substituída pela dependência
mútua. A quebra de qualquer um destes três princípios tem sido a causa do fracasso de
muitos casamentos.

• O Princípio do Compromisso: “e se unirá a sua mulher” (Gênesis 2:24): Fala em


primeiro lugar que o casamento é um compromisso permanente, isto é, para toda a vida.
Em segundo lugar é um compromisso monogâmico e exclusivo, um homem para uma
mulher. Ambos devem se guardar exclusivamente um para o outro.

• O Princípio da Unidade: “tornando-se os dois, uma só carne” (Gênesis 2:24): Isso não
significa a perda de identidade ou individualidade, nem a anulação de um em função do
outro. Mas é o relacionamento de duas pessoas se dando ativamente um ao outro. Se
completando, se satisfazendo e se fortalecendo mutuamente.

• O Princípio da Intimidade: “estavam nus” (Gênesis 2:25): A unidade do homem e da


mulher se torna visível no nível de intimidade em que vivem. Sendo o homem um ser
triúno (corpo, alma e espírito) a intimidade deve acontecer nesses três níveis. Assim como
Adão e Eva devemos ter intimidade espiritual, desenvolvendo um mesmo coração que
busca comunhão com Deus. Também deve haver intimidade intelectual, tendo um mesmo
pensar e um mesmo parecer “de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo
amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo
ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si

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mesmo.” (Filipenses 2:2 e 3); Deve haver intimidade emocional, a ponto de nenhum dos
dois se constranger ao expressar suas emoções livremente. Por fim, deve haver intimidade
física, onde os dois tornam-se de fato, uma só carne.

• O Princípio da Segurança: “e não se envergonhavam” (Gênesis 2:25): A ausência de


roupa nos fala de transparência um com o outro. Não tinham nada a esconder, nem do
que se envergonhar. Você só pode estar nu com aquele com quem você tem aliança.

4- A QUEDA DA FAMÍLIA:
Quando estudamos a queda da primeira família humana, relatada no capítulo três de
Gênesis, descobrimos as principais razões que até hoje levam muitos lares ao fracasso:
1- O HOMEM E A MULHER SE DISTANCIARAM: Eva parece estar só quando a serpente
veio atacá-la. Adão deveria estar com ela. Eles deveriam fazer tudo juntos no Éden. A família
dividida deu oportunidade para o inimigo atacar. Quando alguém começa a tomar suas próprias
decisões e agir de forma independente, o inimigo tem oportunidade para “dividir e governar”.
2- A ORDEM DIVINA FOI INVERTIDA: Deus fixou uma ordem divina dentro do lar.
Devemos reconhecer o princípio de autoridade independente das circunstâncias:
• Maridos necessitam se sujeitar à Cristo: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça
de todo varão,” (I Coríntios 11:3 a);
• Esposas necessitam se sujeitar ao marido: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido,
como ao Senhor;” (Efésios 5:22);
• Filhos necessitam se sujeitar aos pais: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto é agradável ao Senhor.” (Colossences 3:20);
Adão por ser criado primeiro era o cabeça, Eva por ter sido criada de Adão era o corpo
da família, mas na queda a ordem divina foi invertida. Eva deveria ter dito a serpente: “Eu vou
me aconselhar com meu marido antes de tomar qualquer decisão”. Agindo assim, ela nunca teria
caído. Mas ela assumiu o encabeçamento e tomou a iniciativa de forma independente. Adão se
omitiu em seu papel, permitiu ser conduzido por Eva, e recebeu o fruto de suas mãos. Mesmo é
Adão foi responsabilizado por Deus pelo pecado, porque ele era o cabeça: “Portanto, assim como
por um só homem entrou o pecado no mundo” (Romanos 5:12);
3- DEUS DEIXOU DE SER O PRIMEIRO: Eva, avaliando o conselho de Deus e pesando o
conselho da serpente, preferiu seguir a proposta de satanás, ao invés, de obedecer a Deus. Toda
vez que os princípios divinos são substituídos por outros princípios haverá queda, derrota e
vergonha. Adão, por sua vez, não foi enganado, ele estava com os olhos bem abertos quando
comeu do fruto: “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em
transgressão.” (I Timoteo 2:14); Ele sabia que era errado. Então, porque ele comeu? Porque
amou a Eva mais do que a Deus. Ele estava disposto a desistir de Deus, mas a não desistir de sua
esposa. O homem deve amar a sua esposa, mas o alicerce do casamento depende de amarmos a
Deus acima de todas as coisas, até mesmo acima do cônjuge.
4- TENTARAM ENCOBRIR O PECADO: Não havia mais transparência entre o homem e a
mulher. Na tentativa de esconder o pecado eles fizeram roupas de para si. Havia máscaras,
segredos ocultos, eles não eram mais “uma só alma”. Todo segredo produz isolamento. “O que
encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia.” (Provérbios 28:13);
5- ESCONDERAM-SE DE DEUS: Eles sabiam que a conseqüência do pecado era a morte. Por
isso se esconderam de Deus para não morrer. Deus já não era parte do casamento deles. Quando
o Senhor deixa de fazer parte do casamento ele desmorona. “Se o SENHOR não edificar a casa,
em vão trabalham os que edificam;” (Salmo 127:1);

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6- PROJETARAM A CULPA NO OUTRO: Perderam a perspectiva de quem é o verdadeiro
inimigo. Muitos casais estão cegados por satanás pensando que o problema do casamento é o
cônjuge. Por outro lado ao tentar livrar-se da culpa jogando-a na mulher, Adão tentou passar-se
por inocente, mesmo que a custo de sua própria mulher. Isso comprova que o amor deu lugar ao
egoísmo.
7- NÃO ASSUMIRAM RESPONSABILIDADES: Adão não culpou apenas a Eva, mas
também culpou a Deus por criado ao dizer “a mulher que tu me destes”. Onde não há
responsabilidade não há arrependimento. Casais que não reconhecem seus próprios erros, que não
chamam pecado de pecado, são incapazes de se arrepender e por causa disso, jamais serão
restaurados.

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3.5 O Papel de Cada Cônjuge

Não há na Bíblia nada que diga que a mulher é mais sensível à Deus que o homem, embora
ela seja mais emotiva e extrovertida, ou que o homem seja superior à mulher, embora ele seja
fisicamente mais forte. Eles são iguais perante Deus, mas o próprio Deus estabeleceu papéis
distintos para ambos: o marido é o cabeça e a esposa é o corpo da família. “Mas quero que saibais
que Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo.”
(I Coríntios 11:3);
Deus estabeleceu não apenas o casamento, mas os princípios que devem regê-lo. Ele
distribuiu papéis e responsabilidades específicas para marido e mulher. Quando estes papéis são
invertidos ou negligenciados, o casamento fica comprometido e muitas vezes entra em colapso.
Vivemos numa geração de lares confusos. O feminismo distorceu o papel da mulher e o
materialismo inverteu prioridades na vida da família. O machismo substituiu a autoridade do
homem pelo autoritarismo. Por isso precisamos resgatar os valores e responsabilidades que Deus
deu originalmente ao marido e a esposa.

A ORDENAÇÃO DIVINA
A linha de autoridade que coloca o marido como cabeça da mulher está baseada no
próprio ordenamento divino no qual Deus é o cabeça de Cristo. “Quero, entretanto, que saibais
ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de
Cristo.” (I Coríntios 11:3);
Somente a correta compreensão do ordenamento divino nos dará condições para vivermos
este ordenamento em nosso próprio matrimônio. O Pai e o Filho são um e possuem a mesma vida
e essência, em tudo são iguais. “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30); Assim também o marido
e a esposa são um e também igualmente dignos diante de Deus.
Pelo eterno propósito de Deus, o filho se esvaziou de Si mesmo voluntariamente e
assumiu a forma de servo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo...” (Filipenses 2:5-7). Analogamente
a mulher deve também esvaziar-se a si mesma, e assumir uma atitude de submissão em relação
ao marido. Por outro lado, assim como o Pai ama o Filho, o marido deve amar a sua esposa.

O PAPEL DO MARIDO
1- O LÍDER DA FAMÍLIA: “porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é
o cabeça da igreja” (Efésios 5:23). Isto não significa absolutamente uma postura autoritária. Mas
fala de apontar o caminho, tomar as decisões e arcar com as responsabilidades. Assim como a
mulher necessita aprender submissão, o marido necessita aprender a ser cabeça.
A liderança do homem não é fruto de uma habilidade natural, mas deve ser antes de tudo
fruto de obediência a Cristo e amor à esposa “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25);
O marido deve ser líder tanto no âmbito natural como no âmbito espiritual. O marido tem
a palavra final, apesar disso ele deve aprender a discutir cada questão com sua mulher, de maneira
plena e franca. Ser líder não é ter a resposta para tudo nem resolver tudo sozinho. A mulher pode
e deve ser ouvida pelo marido: “O coração do seu marido confia nela” (Provérbios 31:11);

2- O PROVEDOR DO LAR: Cabe ao homem ser o provedor do lar. O homem foi


responsabilizado por Deus pela provisão da família: “Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te
irá bem.” (Salmo 128:1 e 2); Através da obediência e dependência de Deus, o homem pode, com
sabedoria, trazer abundância para o seu lar. Aquele que se recusa a cumprir o papel de provedor,
nega a fé: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem
negado a fé e é pior do que o descrente.” (I Timoteo 5:8);

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Aviso aos homens que dependem da ajuda financeira da esposa: O propósito de Deus
é que o homem sustente a sua casa e a mulher dedique-se ao governo na família e a educação dos
filhos. Muitas vezes, porém será necessário que a mulher ajude no sustento do lar. Nestes casos,
a mulher pode e deve trabalhar para ajudar seu marido: “Examina uma propriedade e adquire-
a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho. Cinge os lombos de força e fortalece os
braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite.” (Provérbios
31:16-18); No entanto, o marido deve crer e se esforçar para vencer esta situação e ser capaz de
sustentar o seu lar.

3- O PROTETOR DA CASA: É responsabilidade do homem ser o protetor físico, emocional e


espiritual do lar: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida,
como também Cristo o faz com a igreja;” (Efésios 5:29); O marido precisa ser a parte mais forte
da família. Aquele que resolve os problemas que surgem, aquele que provê segurança em todos
os aspectos, principalmente no aspecto espiritual. É o marido que guarda sua casa dos ataques do
maligno. Para isso o marido precisa de discernimento espiritual e atuar como um sacerdote.

4- O DISCIPLINADOR DOS FILHOS: À esposa cabe educar os filhos, mas é o marido que
define o estilo de vida e os valores familiares que a esposa deve ensinar aos filhos. O homem
sustenta esses valores na disciplina dos filhos. A disciplina é responsabilidade do pai e não da
mãe: “É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o
pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo,
sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos
corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai
espiritual e, então, viveremos?” (Hebreus 12:7-9);
É o marido e não a esposa que responderá diante de Deus pela disciplina dos filhos:
“Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa;
começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela
iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não
repreendeu”. (I Samuel 3:12 e 13);

5- O SACERDOTE DO LAR: O sacerdócio no meio da família deve ser exercido primeiramente


pelo homem. Ele é a “locomotiva” que deve puxar os demais membros para a presença de Deus.
A liderança espiritual da família é do homem. Ele deve promover a vida devocional da família
ministrando a oração e a Palavra de Deus. Infelizmente muitos maridos têm delegado este papel
para a esposa. Graças a Deus por estas mulheres fiéis, mas é o marido que será cobrado por não
ter exercido o sacerdócio em sua família. Jó é um modelo de sacerdote da família, ele costumava
interceder até mesmo pelos filhos que já estavam casados: “Decorrido o turno de dias de seus
banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos
e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1:5);

AS ATITUDES DO MARIDO
1- AMABILIDADE: “não a trateis com amargura” (Colossenses 3:19); Amabilidade significa
doçura, gentileza e benignidade. Ser amável é o maior desafio para os homens. Aqueles que tem
uma tendência machista sentem-se desconfortáveis em expressar qualquer comportamento dócil
porque acham que estão enfraquecendo. Por outros lado alguns homens confundem amabilidade
com frouxidão. Todo verdadeiro discípulo de Jesus procura tratar sua esposa com ternura,
respeito, suavidade e paciência: “tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais
frágil, tratai-a com dignidade” (I Pedro 3:7)

2- ABNEGAÇÃO: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25); Jesus se entregou pela igreja. A grande característica
do amor que o marido deve nutrir pela esposa é a disposição em estar mais interessado em dar do

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que em ter. Abnegação é “negar a si mesmo”, é abrir mão do conforto, da tranqüilidade, do prazer,
em favor da pessoa amada. O contrário disso é o egoísmo. Maridos egoístas sempre colhem
esposas decepcionadas. Assim com Jesus disse: “eu não vim para ser servido, mas para servir”
(Mateus 20:28), o marido deve dizer “Eu não casei para ser servido, mas para servir”. Se quiser
experimentar isso na prática, experimente dar para a sua esposa o controle remoto da TV.

3- COMUNHÃO, CONSIDERAÇÃO E PROTEÇÃO: Pedro escreve em sua primeira


epístola: “maridos, vós, igualmente vivei a vida comum no lar, com discernimento, e tendo
consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque
sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas
orações” (I Pedro 3:7). Há três atitudes importantes nesse texto que Deus cobra do marido. A
primeira é comunhão “viver a vida em comum no lar” significa participar de tudo o que acontece
na família, dividindo com a esposa as responsabilidades da administração da casa e do ensino e
disciplina em relação aos filhos. Assim o homem de Deus precisa ser um homem caseiro,
presente, que se envolve com todos os aspectos da vida de sua família.
A Segunda atitude é consideração. O Senhor exige que o marido busque considerar e
entender sua mulher, tratando-a com dignidade, sem aspereza. Para isso ele terá que encontrar e
ressaltar suas virtudes, promovendo encorajamento e ânimo constantes. A frase mais ouvida em
muitos lares é: “Você não me entende”. Todo marido deve ouvir sua esposa. Uma mulher que se
sente apreciada e entendida pelo marido dificilmente será rebelde.
A terceira atitude é de proteção. A mulher deve ser considerada como parte mais frágil
(não como parte inferior). Sua estrutura física e emocional requer cuidado e cobertura. A Palavra
diz que a esposa é como uma “videira frutífera” (Salmo 128:3). Ela requer um cuidado especial
para produzir o bom vinho de alegria no casamento. O marido deve preservar a mulher do peso
de ter que resolver todos os problemas da casa. Ela deve sentir-se segura e confiante em seu
marido. Uma mulher assim dificilmente será indiferente ao marido.

4- AMOR ROMÂNTICO: “Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim. Vem, ó meu
amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã para
ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-
ei ali o meu amor.” (Cantares 7:10-13); O romance não é apenas para a lua de mel, mas para a
vida toda. Os discípulos do Senhor possuem dentro de si o amor de Deus, assim eles deveriam ser
os melhores maridos e os melhores amantes de suas esposas.

ATITUDES ERRADAS DO MARIDO


• O HOMEM MACHISTA: O machismo normalmente é atitude de homens inseguros
que a todo tempo sentem que precisam provar que são homens. Muitos homens habituam-
se a brigar, xingar, falar com aspereza como se isso os torna-se homens de verdade. O
machista costuma desprezar a esposa e ignorar as suas necessidades. São egocêntricos,
querem fazer tudo sozinhos, nunca consultam a esposa para nada. O resultado desse tipo
de homem são mulheres frustradas e amarguradas. A mulher é tão delicada quanto uma
videira, o marido tem que ser um sábio viticultor: “Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos... Tua esposa, no interior de tua casa, será como
a videira frutífera;” (Salmo 128:1 e 2);

• O HOMEM EMASCULADO: É aquele que chamamos de homem mole. Normalmente


são indecisos, fracos, sem confiança e sem vigor. Acha que ser cavalheiro é nunca
contrariar a esposa, então ele torna-se um homem sem respeito, sem liderança, sem
autoridade. Isso acontece porque ele tem medo de ser rejeitado. Outra razão que torna o
homem emasculado é quando ele se intimida pelo fato da mulher ser mais culta, mais
velha ou ganhar mais que ele. Por fim, alguns homens acham que ser espiritual é ser
omisso, plácido, quase feminino. Essa visão distorcida da espiritualidade também produz
homens emasculados. Por isso Paulo precisou ordenar os irmãos a serem homens: “Sede

118
vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.” (I
Coríntios 16:13);

O HOMEM DE DEUS: Toda mulher deseja ser amada por um homem verdadeiramente
masculino. Não por um homem emasculado, destituído de energia e segurança. Nem tampouco
por um machão que esconde sua insegurança atrás da agressividade. O homem de Deus é tanto
firme quanto terno. Ele chora sem ser chorão, lidera sem ser áspero. É dócil sem ser fraco, é
seguro sem ser ignorante, é forte sem perder a sensibilidade. É como Davi, guerreiro valente e
poeta sensível! É como Jesus, o Leão da tribo de Judá e o Lírio dos Vales!
O PAPEL DA MULHER
1- A AUXILIADORA DO MARIDO: O marido é o líder, mas a mulher é a ajudadora. O homem
toma as decisões, mas é a esposa que administra o dia a dia do lar e da família. “No tocante à sua
casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se
de linho fino e de púrpura... Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da
preguiça” (Provérbios 31:21, 22 e 27);
2- A ADMINISTRADORA DAS FINANÇAS: É a esposa que administra as finanças do lar no
dia a dia. Cabe a ela fazer isso com sabedoria e discernimento. Se ela usar o dinheiro de maneira
sábia a família será edificada e prosperará. No capítulo 31 de Provérbios há uma descrição
detalhada da mulher sábia. Ali ela é apresentada como alguém que sabe fazer bom uso do dinheiro
fazendo-o render. Ela é econômica e moderada. Sabe abastecer sua lâmpada sem desperdiçar e
sem deixar faltar: “Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite.”
(Provérbios 31:18);
Aviso às mulheres que ajudam no sustento financeiro da família: O ideal é que o
marido sustente a casa e a esposa dedique-se ao governo do lar e a educação dos filhos. “a fim de
instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas,
honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não
seja difamada.” (Tito 2:4 e 5); Não há problema na mulher trabalhar fora, desde que não seja
feito por motivações erradas. Há casais que abandonam os filhos em casa para trabalhar mais,
apenas pela ambição mundana de igualar seu padrão de vida com outros casais. Há mulheres que
desprezam o papel de esposa e mãe, atribuindo valor unicamente à carreira profissional. Essa
ambição egoísta a leva a sacrificar a família.
3- A EDUCADORA DOS FILHOS: Por passar a maior parte do tempo com os filhos, é a esposa
a grande responsável pela educação deles. Ser mãe é uma missão para a mulher: “Todavia, será
preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com
bom senso.” (I Timóteo 2:15);
4- A INTERCESSORA DO LAR: O homem é o sacerdote do lar, mas a mulher é a sua
intercessora. É ela quem deve encher seu lar com uma atmosfera de oração cultivando diariamente
a presença de Deus. No Novo Testamento os intercessores são freqüentemente representados por
aqueles que sofrem dores de parto. Sendo assim, nada mais apropriado do que ter como
intercessora aquela que conhece este princípio na prática.

AS ATITUDES DA MULHER
1- SUBMISSÃO AO MARIDO: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como
ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja,
sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” (Efésios 5:22-24); O marido é
a cabeça e a mulher o corpo da família. Quando a mulher age de forma independente, ignora a
cabeça. Como corpo a mulher não deve agir antes da cabeça, isso é “convulsão” na família.
Igualmente, quando receber um comando da cabeça, a mulher como corpo não deve omitir-se em
obedecer, isso seria uma “paralisia” na família.

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• A submissão é uma ordem de Deus à esposa: “Esposas, sede submissas ao próprio
marido, como convém no Senhor.” (Colossenses 3:18);
• A submissão não anula a mulher: A mulher tem o direito de falar e opinar, pois o marido
sábio levará em consideração as palavras de sua mulher. Mas a mulher deve ter disposição
de deixar a decisão final nas mãos do marido, sem amargura e nem rebelião interior.
• A submissão não rebaixa a mulher: O alvo de Deus é que a mulher esteja segura e
protegida debaixo da autoridade do marido. Que ela não ande sobrecarregada e nervosa,
mas tranqüila e feliz. Ela não foi feita para carregar o peso nem responder pela direção
da família.
• A mulher do descrente também lhe deve submissão: Aliás, é com atitudes de
obediência e submissão que a mulher ganha o marido descrente:
• Os limites da Submissão: O fato da mulher ser submissa não significa que ela deve
concordar com atitudes erradas ou imorais que ferem a sua consciência. A mulher está
desobrigada de obedecer se o marido lhe pedir para pecar ou deixar o Senhor.
2- O RESPEITO AO MARIDO: “e a esposa respeite a seu marido” (Efésios 5:33); A atitude
de respeito para com o marido reveste a mulher de elegância e dignidade. Mas a atitude arrogante
e grosseira de desrespeito para com ele, rebaixa a mulher e a faz vulgar.
• Honre seu marido e o elogie publicamente: Jamais fale mal de seu marido na presença
de outra pessoa. Quem desrespeita o marido, a si mesma se desrespeita.
• Não tente ensinar-lhe de forma confrontativa: A mulher não deve se colocar como
discipuladora ou mentora espiritual do marido, nem como sua líder na vida da Igreja. “E
não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em
silêncio.” (I Timoteo 2:12);
• Seja uma boa dona de casa: Isso fala da decoração da casa, do asseio e de uma boa
administração doméstica: “a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao
marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas,
sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada” (Tito 2:4 e 5);

ATITUDES ERRADAS DA MULHER


O Mito do Feminismo: Não é da vontade de Deus que a mulher seja subjugada e humilhada pelo
homem. Somente muito recentemente a mulher começou a ser valorizada como de fato merece.
Só em 1920 a mulher passou a votar nos Estados Unidos e somente depois de 1960 puderam
assinar contratos de aluguel ou obter crédito junto aos bancos sem o aval do marido. Toda essa
repressão contra as mulheres gerou um movimento de reação tão pernicioso quanto o machismo:
O Feminismo. Se o machismo erra ao afirmar a superioridade do homem, o feminismo erra ao
afirmar a superioridade da mulher. Infelizmente dentro das igrejas vemos homens e mulheres
envolvidos nessa guerra inútil dos sexos. Devemos voltar os olhos para a Palavra de Deus e aceitar
que homens e mulheres são iguais, porém com papéis diferentes.

O Mulher Dominadora: Normalmente estas mulheres têm a imagem de vencedora, mas é


grosseira e mandona. Quando tais mulheres se casam, elas querem assumir a liderança da família
e anulam o marido. Elas querem dirigir tudo, ter a última palavra, não dão valor a opinião do
marido. Além de quebrar a ordem divina, ela sobrecarrega a si mesma e arruína o marido. Tudo
isso produz uma família infeliz e filhos criados sob um mau exemplo que irão repetir os mesmos
erros quando tiverem seus próprios lares. Acabe foi um marido emasculado e Jezabel uma esposa
dominadora. Isso arruinou aquela família e ainda trouxe enorme prejuízo para toda a nação:
“Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do
SENHOR, porque Jezabel, sua mulher, o incitava.” (I Reis 21:25);

Sugestão de Leitura: A Arte de permanecer casado – Jaime Kemp

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3.6 O Lar que Tudo Suporta

Não há espaço, onde o desafio de conviver bem, seja mais intenso que no lar. Ali nossas
deficiências estão expostas e somos conhecidos além da aparência. Ali convivemos de maneira
mais profunda com as pessoas, num espaço limitado onde os atritos e choques de vontade são
inevitáveis. Não há como fugir dessa realidade. A única perspectiva viável é amadurecer, e
aprender a solucionar conflitos, observando conselhos da palavra de Deus.

1- AS FORTALEZAS DE SATANÁS NA FAMÍLIA:


Desde o Éden quando desestabilizou o primeiro casal com sua filosofia perniciosa,
satanás tem atacado a família impiedosamente. O caos reina nas famílias de hoje em dia, causado
pelas armas do inferno em nossa geração “ora, todos quantos querem viver piedosamente em
Cristo Jesus serão perseguidos.” (II Timoteo 3:12). O diabo tem com sucesso, edificado fortalezas
malignas na mente e na cultura de nossa geração, através de argumentos como:

• A QUEBRA DA LINHA DE AUTORIDADE: Ao supervalorizar os “direitos do


indivíduo” Satanás tem removido a linha de autoridade estabelecida por Deus desde o
Éden. Assim, marido e mulher, pais e filhos, são iguais, inclusive em termos de
autoridade. Isso estabeleceu o caos nos lares.

• A INFIDELIDADE: O conceito de fidelidade se tornou arcaico e fora de moda. O prazer


está acima de tudo e por isso, o adultério e qualquer envolvimento sexual condenado pela
Palavra de Deus são procedimentos aceitáveis e normais em nossos dias.

• O BANALIZAÇÃO DO MATRIMÔNIO: O divórcio se estabeleceu como opção


natural para quem não está feliz com o casamento. Muito embora Deus trate o casamento
como indissolúvel e odeie o divórcio “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia
o repúdio” (Malquias 2:16). A sociedade ocidental decidiu ignorar a Palavra de Deus e
os lares estão sendo destruídos.

• A FRIEZA NOS RELACIONAMENTOS: Através da televisão, do excesso de


trabalho, dos vícios e tantas outras artimanhas, satanás tem conseguido trazer a frieza para
os relacionamentos familiares, tornando o lar um ambiente sem graça e muitas vezes,
indesejável.

• A INDISCIPLINA: Filhos sem limites. Este é o fruto da psicologia moderna que ensina
que “Não se pode usar de disciplina com as crianças”. Através disso, a desonra e a
rebeldia se estabeleceram na juventude dos nossos dias e têm minado todas as estruturas
sociais.

• A VIOLÊNCIA: É assustadora a quantidade de pessoas que tiveram suas vidas


destruídas ou terrivelmente marcadas por causa da violência doméstica. Violência física,
sexual e emocional tem sido o pano de fundo do desenvolvimento de muitos indivíduos
nos lares.

• O SONHO ROMÂNTICO DO CASAMENTO: Muitas pessoas se casam sob uma


expectativa exageradamente sentimental. Vislumbram o matrimônio de maneira
puramente romântica e logo se desiludem, ao perceber que não há cônjuge perfeito e que
a felicidade familiar não é uma terra pronta, mas um sonho a ser conquistado dia após
dia, com muito trabalho. Um casamento feliz não surge do nada ou de uma intervenção
sobrenatural instantânea. Ele é conquistado através de dedicação e renúncia, à medida
que a relação e as pessoas amadurecem e são aperfeiçoados por Deus. Esse processo dura
tempo e causará atritos que, se não forem adequadamente tratados, poderão resultar na
infelicidade e até mesmo na destruição da família.

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• O CONFLITO DE GERAÇÕES: Pais e filhos não se entendem, falam linguagens
diferentes e criam um terrível abismo entre si, especialmente quando enfrentam as fases
da adolescência e da primeira juventude. Não é a toa que o Antigo Testamento termina
com a promessa restauração entre o relacionamento de pais e filhos: “ele converterá o
coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e
fira a terra com maldição.” (Malaquias 4:6)

2- A ORIGEM DOS PROBLEMAS FAMILIARES

A origem de todos os problemas familiares está na estrutura humana, falha e vulnerável.


Quando duas pessoas se casam há uma série de diferenças e imperfeições que precisarão ser
tratadas. Cada um tem sua história com formação e traumas particulares. Da mesma maneira,
quando os filhos crescem, fazem-nos debaixo de uma natureza pecaminosa, tendente à rebelião.
O desafio da felicidade familiar passa por compreender essas dificuldades e tratá-las segundo a
palavra de Deus.

• Maldições e Feridas Emocionais: Muitas pessoas não conseguem romper na vida


porque estão presas por maldições ou feridas emocionais. Queira ou não, a lama do ser
humano é resultado de suas experiências e o mundo espiritual produz influências reais
em sua vida. No contexto do lar, esta é uma verdade muito importante a ser considerada.
Maldições têm que ser quebradas em Deus, caso contrário, problemas crônicos minarão
a família e poderão levá-la à ruína.

• Comunicação Falha: A comunicação é um dos principais atributos que Deus deu ao ser
humano. Nela está o poder da vida e da morte “A morte e a vida estão no poder da
língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” (Provérbios 18:21). Como um ente
social, ele se relaciona com seu semelhante comunicando-se (falando-se e expressando-
se de outras formas). As falhas nesta área: desinteresse, impaciência, superficialidade,
falta de clareza, linguagem ofensiva, agressividade, etc. Estas são as causas de muitos
problemas no ambiente familiar.

• Vida Financeira Comprometida: A vida financeira afeta profundamente o casamento.


A escassez, os revezes da vida, as dívidas e o desemprego podem gerar uma pressão tão
grande sobre o casal, a ponto de serem acometidos pelo desespero, pela ansiedade e por
fim, a culparem-se mutuamente. Por outro lado a abundância pode dividir o casal na hora
da tomada de decisões. Grande parte dos divórcios tem como principal motivo a vida
financeira.

• Intimidade Sexual Distorcida: A vida sexual influencia muito mais o matrimônio do


que os casais admitem. A frieza, a indiferença, o egoísmo, os padrões do mundo, a falta
de diálogo sobre as dificuldades e preferências do cônjuge, são fatores que acabam a
afetando o relacionamento do casal, muitas vezes, a ponto de comprometer o casamento.
O relacionamento sexual ruim, não justifica, mas explica muitos casos de adultério.

• O Pecado: O pecado funciona como uma bomba no centro da família. Mais vidas têm
sido destruídas pelo adultério, pela mentira, pela violência (física, moral e sexual) e por
outros comportamentos pecaminosos dentro do lar do que se imagina. Através do pecado,
a confiança, o respeito e os sonhos das pessoas são abalados a ponto de muitas perderem
a vontade de viver e outros desistirem do alvo da felicidade.

• Falta de Espiritualidade: Às vezes o problema não está em pecados grosseiros, mas na


falta de espiritualidade. A ausência de oração, de temor a Deus, de consideração a Palavra

122
e os comportamentos carnais de seus membros levam a família a perder a influência do
Espírito Santo e entrar numa desordem perigosa, às vezes fatal.

• Egocentrismo: A proposta de vida em família concebida por Deus se baseia no amor


mútuo, na abnegação, na busca pelos interesses e felicidade do outro “Não tenha cada
um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”
(Filipenses 2:4). Quando essa atitude é substituída pelo egocentrismo, cada um buscando
sua própria satisfação, o resultado é sempre quebra de vínculos afetivos e frustração.

• O Desgaste do Tempo: O tempo pode ser um grande amigo da família, trazendo-lhe


experiência e maturidade, mas pode ser também seu maior inimigo. Na medida em que
os anos passam, o desgaste dos relacionamentos, a falta de semeadura e os problemas não
resolvidos podem produzir crises insuportáveis no relacionamento conjugal e entre os
demais membros da família.

3- AS REAÇÕES INÚTEIS

Os problemas e as crises agudas decorrente deles são, muitas vezes, agravadas por
atitudes erradas que adotamos. Há reações que só piorarão o ambiente familiar:

• Fugir dos Problemas: A Bíblia diz “não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios
4:31). Fugir dos problemas ou deixar que o tempo passe sobre eles é uma grande cilada.
Isso só dará oportunidade para que as suas raízes cresçam e se tornem mais poderosas.
Temos que olhar para os problemas no relacionamento familiar como “ervas daninhas”
que precisam ser arrancadas o quanto antes. Assim, não enfrentá-los ou adiar sempre o
enfrentamento nunca será uma escolha sábia.

• A Arma do Silêncio: Há pessoas que, quando feridas, respondem com silêncio. Cortam
a comunicação ou a mantém em níveis absolutamente superficiais. Com isso as portas de
saída que sempre dependerão do diálogo permanecem trancadas. O silêncio, além de
atrair trevas para a situação (porque na boa comunicação, há luz). Fere as pessoas e
produz amargura. Uma boa regra de convivência familiar é: Ninguém nesta casa tem o
direito de calar-se, de “emburrar” ou negar-se ao diálogo. Ainda que seja às vezes
necessário esperar o momento certo para falar “Como maçãs de ouro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo”(Provérbios 25:11), o silêncio punitivo ou de fuga
nunca ajudará na solução dos problemas.

• Ira e a Gritaria: O extremo oposto do silêncio, tão mais prejudicial que ele, é a
comunicação agressiva. Resolver conflitos com gritaria ou linguajar ofensivo só agravará
a situação. A gritaria, a ira, a raiva devem estar longe dos lares cristãos “Longe de vós,
toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.”
(Efésios 4:31). Quando a comunicação chega a esses níveis, o respeito é abalado e
mágoas são produzidas no coração daqueles que estão envolvidos.

• Vingança e Rebelião: “Não te deixes vencer ao mal, mas vence o mal com o bem”
(Romanos 12:21). Se todos seguissem esse conselho da palavra de Deus, muitas crises
agudas no lar seriam evitadas. A vingança e a retaliação são sempre o caminho proposto
pela carne para responder a ofensas. Entretanto, aquele que “semeia na carne, da carne
colherá corrupção” (Gálatas 6:8). Muitos casamentos estão estragados pela ação do
espírito negativo, que lança em rosto as coisas passadas e retribui o mal com o mal.
Muitos filhos estão debaixo de maldição porque escolheram a rebelião como forma de

123
protesto ou vingança. “Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem
maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte” (Mateus 15:4);

4- AS CHAVES PARA SOLUCIONAR CONFLITOS

Conflitos familiares são resolvidos com quebrantamento e espiritualidade. Sem esses


elementos, fica difícil encontrar saída no emaranhado de interesses e razões de cada um.

1- Creia e afirme a possibilidade de solução: Não há impossibilidade para Deus “Porque para
Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” (Lucas 1: 37); É dessa premissa que
deve partir o crente, para a solução de todos os seus problemas, inclusive familiares. É comum
vermos pessoas falando que chegaram ao seu limite e não tem mais reservas para investir em seus
relacionamentos e problemas. Entretanto, isso é uma negação da Palavra de Deus. O crente tem
que afirmar sempre: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4: 13). Ele tem que crer
e buscar saídas em Deus e não pode abrir mão desse objetivo, pois o Senhor não tem prazer
naquele que retrocede. “todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se
compraz a minha alma” (Hebreus 10: 38).

2- Enfrente os problemas sem paixão: Conflitos nunca são resolvidos passionalmente. Não
ajuda em nada colocar as emoções para falarem alto, porque elas costumam distorcer a realidade.
Um ambiente de tranqüilidade e diálogo será sempre fértil para a sabedoria, mas dar vazão ao
sentimento ou à agressividade agravará a situação “Como cidade derribada, que não tem muros,
assim é o homem que não tem domínio próprio” (Proverbios 25: 28). É preciso racionar,
tentando colocar-se no lugar do outro, para que equilíbrio reine sobre as palavras e decisões.

3- Leve os conflitos à cruz: Nenhuma solução será adequada ou duradoura se não nascer de
Deus. Por isso, nossos conflitos familiares têm que ser antes de tudo levados à cruz. Isso fala de
entrega de quebrantamento, de busca em oração. Quando nos humilhamos diante do Senhor e lhe
apresentamos as nossas orações, Ele interfere: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de
Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós...Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua
eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar,
fortificar e fundamentar”(I Pedro 5:6-10); Muitos problemas não são resolvidos por que as
pessoas se apegam à suas razões e não renunciam pelo bem comum. Não estão dispostas ao
quebrantamento, que de maneira prática se manifesta através da confissão, de reconhecimento de
erros, de arrependimento e perdão.

4- Não deixe que os problemas se acumulem: Deus trata conosco a cada dia: “As misericórdias
do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm
fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3: 22-23); Jesus nos
ensinou a pedir o “pão nosso cotidiano” (Mateus 6: 11). Da mesma maneira os nossos conflitos
têm que ser enfrentados logo e não deixados para depois “Irai-vos e não pequeis; não se ponha
o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4: 26), pois eles se tornarão mais fortes a cada dia. Acumular
problemas é uma escolha errada. Podemos fazer isso silenciando até que a bomba estoure (e
quando isso acontece o estrago costuma ser grande), ou trazendo sempre à tona velhos argumentos
que já deveriam ter sido esquecidos, evocando erros do passado.

5- Reconheça o princípio de autoridade: O princípio de autoridade independe das


circunstâncias. Segundo a palavra de Deus, maridos têm que se sujeitar a Cristo (I Co 11:3),
mulheres tem que se sujeitar aos seus esposos (Ef 5:22), e filhos tem que obedecer aos pais (Cl
3:20); Isso não significa perder o direito de argumentação, do diálogo, mas usá-lo com uma pré
disposição de render-se ao que tem maior autoridade. Assim, mulheres cristãs podem e devem

124
respeitosamente expor seus pensamentos e discordâncias aos seus maridos, bem como os filhos
aos pais, mas devem fazê-lo com a decisão de calar-se se não forem ouvidos, submetendo-se e
deixando que Deus cuide da situação.

6- Estabeleça metas de progresso: Os desafios familiares precisam de tempo para serem


resolvidos. Há sempre um processo até que se chegue ao alvo da excelência em cada área. É
muito importante que as pessoas creiam e busquem esse alvo, caso contrário, desanimarão.
Entretanto, elas precisam também estabelecer metas intermediárias, que sejam conquistas
progressivas e mais acessíveis. Por exemplo, um casamento que foi marcado por adultério, terá
que ser restaurado passo a passo. Primeiro vem a confissão daquele que pecou, depois a decisão
de perdoar por parte do que foi traído, em seguida a conquista do perdão nas emoções e
finalmente a volta da confiança plena. Tentar fazer com que essas coisas aconteçam do dia para
noite só acarretará desânimo e frustrações.

7- Ande debaixo do conselho e cobertura: Todos somos ovelhas e todos nós precisamos de
pastoreio. Nossa vida pessoal e familiar deve estar sendo acompanhada de perto por aqueles que
Deus levantou para esta tarefa, nossos líderes e pastores; “Obedecei aos vossos guias e sede
submissos para com eles; pois velam por vossa alma” (Hebreus 13:17). Isso dependerá mais de
nós do que deles, pois a iniciativa de colocar todas as situações na luz precisa ser nossa. Assim
teremos direção para todos os desafios de nossas vidas. Quando surgem crises agudas no meio da
família e as tentativas internas de solução fracassam, é muito importante a interferência de um
líder maduro como árbitro e conselheiro sobre a situação. A sabedoria de Deus se manifesta
através do conselho de pessoas ungidas para a tarefa do pastoreio “Não havendo sábia direção,
cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança” (Provérbios 11: 14).

Sugestão de Leitura: As cinco linguagens do amor – Gary Chapman

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3.7 Criando Filhos Vencedores

Uma das funções mais gloriosas da família é a geração e a formação de filhos. Num lar
cristão, filhos são discípulos do Senhor colocados sob a responsabilidade dos pais. Deus espera
que os pais preparem e projetem seus filhos nos alvos estabelecidos por Ele, como discípulos bem
formados. “Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade” (Salmo 127:4);
Diz o salmista: “Que nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas
filhas, como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio” (Salmo 144:12). Isso fala de
dedicação e trabalho duro, plantas exigem cultivo e pedras angulares requerem um trabalho
artesanal. A única maneira de sermos bem sucedidos nesta tarefa é observarmos rigorosamente
os ensinamentos da Bíblia sobre o assunto.
• Preparando Uma Geração: Não temos como mudar a geração dos adultos, mas
podemos mudar a geração das crianças. Não somos uma igreja com visão tão curta que
pensa apenas nesta geração, queremos tocar a geração seguinte também através de filhos
vencedores! Deus não tem netos, somente filhos. Filho de crente nem sempre torna-se
crente. Há relatos na Bíblia e na história de gerações inteiras que se desviaram de Deus,
mesmo sendo fruto de pais crentes. “foi também congregado a seus pais toda aquela
geração; e outra geração se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as
obras que fizera a Israel. Então fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o
Senhor; pois serviam aos baalins” (Juízes 2:10 e11); O texto está falando dos filhos
daqueles homens comandados por Josué, que conquistaram a terra de Canaã. A fé e a
intrepidez de seus pais não lhes foram transmitidas e desviaram-se de Deus.
• Família – A Célula Principal: O nosso primeiro ministério é com nossa família. Ao
descrever o perfil necessário a um ministro de Deus, Paulo ressalta o testemunho familiar:
“alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes
que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados” (Tito 1:6) “O diácono
seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa” (I Timoteo
3:12).

OS ERROS MAIS COMUNS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS


• A FALTA DE AMOR: “O amor é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3:14); Não
haverá formação de caráter cristão num ambiente que não esteja impregnado pelo amor
de Deus. Antes de qualquer coisa, filhos precisam estar seguros que são amados pelos
seus pais. Isso tem que ser revelado de maneira prática através da amizade, do tempo, da
qualidade das manifestações físicas e verbais de carinho, do perdão e de tantas outras
práticas que demonstram o valor que eles têm.
• A FALTA DE ENSINO PELO EXEMPLO: “ensina a criança no caminho em que
deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Esta é
uma promessa condicional. Nossos filhos serão firmes se os ensinarmos no caminho.
Note que não se trata apenas de apontar ou ensinar o caminho, mas no caminho. Isso fala
de relacionamento, de se oferecer como exemplo de vida. Para tanto precisamos nos
policiar em relação a atitudes comuns no convívio humano, porém prejudiciais, para que
não comprometamos a direção que estamos dando a eles.
• A LIBERAÇÃO DE PALAVRAS DE MALDIÇÃO: Noé errou embriagando-se. Cão
errou caçoando do seu pai. Noé então lançou uma palavra de maldição contra o seu filho
Cão. Gênesis 9:20-25). O resultado desta palavra prevaleceu por gerações e gerações,
causando desgraça e miséria. O que dizemos acerca de nossos filhos ou para eles está
revestido de uma autoridade que o Senhor nos conferiu. Por isso quando liberamos
palavras negativas ou de maldição sobre suas vidas, estamos dando legalidade para que
demônios ajam e certamente eles a usarão. “A morte e a vida estão no poder da língua;
o que bem a utiliza come do seu fruto” (Provérbios 18:21).

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• AS EXPECTATIVAS ERRADAS: Uns confiam num “derramar do Espírito” e vivem
numa expectativa mística. Acham que, simplesmente por servirem a Deus com muita
dedicação, o Senhor cuidará sozinho dos seus filhos. Outros confiam na ação do
Ministério Infantil ou acham que uma escola cristã ou a influência da igreja será suficiente
para firmá-los no caminho do Senhor. Essas expectativas estão erradas. Filhos são
formados no contexto da família. As demais estruturas são estruturas de apoio e de
cooperação.
• O ENGANO DA SUPERPROTEÇÃO: Um grande problema na criação de filhos é a
super proteção. Muitas vezes, o amor mal aplicado acaba sendo o fator de deformação do
caráter das pessoas. A Bíblia conta que Jacó era o preferido de sua mãe, Rebeca. Isso
produziu nele um caráter desequilibrado e trapaceiro. “Rebeca, porém, amava a Jacó.”
(Gênesis 25:28); A super proteção deforma o caráter. Normalmente o filho
superprotegido sente-se o “centro do universo” e desenvolve uma personalidade
egocêntrica. O resultado é covardia e despreparo para a vida. Quantos pais sufocam seus
filhos durante a formação de sua personalidade e caráter.
• A PREDILEÇÃO: Outro grande problema na criação dos filhos é a predileção e a
parcialidade por parte dos pais. A família de Israel viveu terrível drama durante muitos
anos originado de um amor especial por José “Ora, Israel amava mais a José que a todos
os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas
compridas. Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros
filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente” (Gênesis 37:3 e 4); Muitas
vezes podemos nos identificar mais com um filho ou outro, mas erramos quando isso se
torna visível e determina um tratamento diferenciado. “A túnica de várias cores” que
Israel fez foi uma expressão visível de sua predileção por José e desencadeou um processo
de ciúmes e ódio de seus irmãos para com eles trazendo prejuízo para todos. Deus, o
nosso Pai Perfeito, não faz acepção de pessoas (Rm 2:11). Ele trata seus filhos sob os
mesmos pesos e medidas, embora considere a individualidade de cada um. Assim
devemos ser no tratamento com nossos próprios filhos.

MINISTRANDO AMOR
Todo ser humano possui um amor biológico materno ou paterno para criação de filhos.
Mas este amor humano é falho e por vezes tem se mostrado ineficaz para criar os filhos. O cristão
deve amar seus filhos com o amor Ágape, o amor de Deus, que é incondicional e disposto a fazer
sacrifícios. Vamos aprender com o próprio Deus como esse amor se expressa:
• Ame falando palavras de encorajamento: Há palavras que levantam: “Eu amo você”,
“eu estou com você”, e há palavras que diminuem: “Você é um burro” “desperdício de
dinheiro” “nunca vai mudar”. O Amor nunca põe para baixo. O amor se expressa através
das palavras. Deus é assim com os seus filhos: “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este
é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17);
• Ame servindo ao seu filho: Muitos fazem aquilo que acham que os filhos querem e não
aquilo que eles realmente precisam. Ajudá-lo no dever de casa pode ser mais significativo
que dar um brinquedo: “bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir” (Mt 20:28);
• Ame dando presentes: Essa é a forma mais comum que os pais fazem para expressar
seu amor. Os melhores presentes foram aqueles dados não por conta de uma data e sim
por conta do amor. Deus também é “ galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6
b);
• Ame dando tempo de qualidade: Muitos pais ficam de seis a oito horas “com os filhos”
na mesma casa, porém longe deles. Você pode ter uma surpresa quando eles crescerem e
dizerem que tinham um pai ausente em casa. Presente no corpo, mas ausente no coração.
“ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus
1:23);

127
• Ame tocando o seu Filho: Quanto menor é a criança mais pegamos nela. Quanto mais
ela cresce menos tocamos nela. Precisamos continuar abraçando, beijando nossos filhos
mesmo quando eles forem crescendo. “Como a águia desperta o seu ninho, se move
sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os e os leva sobre as suas asas, assim,
só o SENHOR o guiou” (Deuteronômio 32:11 e 12);
• Ame incondicionalmente: Não ame seu filho só quando ele é bonzinho e talentoso. Ame
quando ele estiver birrento, ranzinza, ou quando ele tirar nota baixa. Ame em qualquer
circunstância. “como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”
(João 13:1);
• Ame com firmeza: Implica em falar a verdade em amor. Ser honesto em amor. O amor
é verdadeiro. Não concordamos com brutalidade, com aspereza, com falta de educação,
mas pai e mãe tem que ser firmes com os filhos.

ENSINANDO A DISCIPLINA:
A disciplina é uma das ferramentas fundamentais para a formação do caráter humano. É
um princípio válido para todo o tempo em que os filhos estiverem sob o cuidado e autoridade dos
pais. A Bíblia conta de um sacerdote, Eli, que teve o seu ministério rejeitado e um fim trágico
para sua família, porque não exerceu a disciplina sobre seus filhos. Um dia, Deus lhe trouxe o
seguinte juízo: “Naquele dia cumprirei contra Ele, do princípio ao fim, tudo quanto tenho
falado a respeito de sua casa . Porque já lhe fiz saber que hei de julgar a sua casa para sempre,
por causa da iniqüidade que ele bem sabia, pois seus filhos ofendiam a Deus e ele não os
repreendeu” (I Sm 3:12 e 13). Isso mesmo! Deus repreendeu o ministério de Eli porque ele não
foi zeloso a ponto de repreender seus filhos, que chegavam a prostituir-se com as mulheres que
ministravam na Casa do Senhor. Vejamos algumas áreas onde ensinar disciplina aos nossos filhos:

• A lei da saúde: Os pais velam pela saúde dos filhos. Uma vida saudável com alimentação
adequada, exercícios físicos e atividades de lazer deve ser ensinada em casa. Leis são
para todos. Os pais são o exemplo.
• A lei do tempo: Filhos tem que aprender que há tempo para tudo. Uma casa disciplinada
tem tempo para comer, para dormir, para ver televisão, para buscar a Deus, etc. Leis são
para todos. Se você não se submete à lei do tempo, seu filho também não vai submeter.
• A lei do lugar: Um lugar para cada coisa. Toalha não fica na sala, tênis não fica no
corredor. Lugar de comer é na mesa e não na frente da TV. Leis são para todos. Os filhos
são apenas reflexos dos pais.
• A lei da limitação: Há limite para comer, há limites para brincar, há limites para ingerir
doces, há limites para assistir TV, jogar vídeo game ou navegar na internet. Mas as leis
são para todos. Se você não tem limites, então seus filhos também não terão!
• A lei dos costumes sociais: Existe uma maneira certa para atender o telefone, para
receber ou despedir um visitante em sua casa, para agradecer por um presente ou para se
comportar diante de uma conversa, etc. São os pais e não o mundo que devem ensinar
isso aos filhos. Porém a maioria dos pais não tomam tempo para ensinar essas coisas por
preguiça ou porque nem eles sabem.
• A lei do dinheiro: Toda criança de 2 ou 3 anos acha que o pai é milionário. É triste
quando vão descobrindo que não é assim, mas é necessário! Temos que ensinar que eles
não podem querer tudo. Os filhos tem que saber lidar com dinheiro, saber cuidar das
próprias coisas e do que é dos outros também.
• A lei de Deus: A base da sua autoridade é a autoridade de Deus. Não passe para o seu
filho a imagem de que Deus é mau. “Papai do céu não gosta que coma de boca cheia”
Isso é pecado! É o pecado de Moisés que feriu a rocha e passou a idéia errada de um Deus
irado! Pais também não deveriam falar mau de ninguém, especialmente diante dos filhos.
Muitos pais fazem comentários negativos da Igreja, do pastor, dos líderes, dos irmãos, do

128
culto, diante dos filhos. Depois esses pais não sabem porque os filhos, depois de crescidos
se recusam a ir a igreja.

COMO CORRIGIR ADEQUADAMENTE:


• O EQUILÍBRIO ENTRE ENSINO E CORREÇÃO: A correção dos filhos, para ser
eficaz, precisa ser aplicada com ensino “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos,
mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios 6:4) e com amor “porque
o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hebreus12:6). Se
não for assim, produzirá mágoa e rebelião na vida dos filhos. Antes de serem punidos por
um erro, eles têm que estar absolutamente seguros de que são amados e precisam receber
ensinamento sobre o que é correto.

• A PSICOLOGIA OU A PALAVRA DE DEUS: A Bíblia aconselha várias vezes o


uso da vara na correção nos filhos, enquanto crianças:
“O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina”
(Provérbios 13:24);
“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará
dela.” (Provérbios 22:15):
“Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu
a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.” (Provérbios 23:13-14);
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a
envergonhar a sua mãe” (Provérbios 29:15);
Isso choca frontalmente com os conceitos da psicologia moderna, que ensina que
as crianças não devem ser punidas pelos seus erros, muito menos com correção física. Por
isso, os cristãos têm que fazer uma opção séria entre a filosofia humanista e a Palavra
Eterna de Deus. Aqueles que têm optado pela frouxidão, estão colhendo filhos rebeldes e
sem limites sobre si.

• O SIGNIFICADO DA CORREÇÃO: Ao corrigir um filho (puni-lo por uma atitude ou


comportamento reprovável), os pais devem ter em mente o objetivo de ensinar o caminho
correto, apontando para o fato de que escolhas erradas sempre trarão conseqüências
dolorosas. A correção, portanto, nunca pode ser mero “castigo” e muito menos uma forma
de extravasar a ira. Se não tomarmos cuidado, ao invés de contribuir para a formação de
seu caráter, vamos gerar nele mágoa e revolta.

• CONSIDERANDO A IDADE DOS FILHOS: É muito importante discernir a idade dos


filhos para aplicar-lhes a correção apropriada. A Bíblia fala do uso da “vara” para as
crianças. Entretanto, correções físicas para adolescentes ou jovens quase nunca resultarão
em quebrantamento. Ao contrário, a reação diante da vergonha e da humilhação tenderá
a ser mais rebeldia ou mágoa. À medida que os filhos crescem, a correção deve afligir
mais a alma que o corpo. Exemplos: Privá-los de assistir TV, navegar na internet, sair
com os amigos, cortar a mesada do mês, etc.

• O EXCESSO MATA A PERSONALIDADE: Há limites para a correção. É obvio que


a Bíblia não ensina a violência “Castiga teu filho enquanto há esperança, mas para o
matar não alçarás a tua alma” (Provérbios 19:18). Esse versículo mostra que o uso da
vara não deve ser uma expressão de violência. Nenhum pai tem direito de fazer marcas
no corpo ou alma dos seus filhos. O excesso na intensidade ou quantidade da correção
mata a personalidade. O filho se tornará inseguro diante da vida.

Sugestão de Leitura: Filhos precisam de pais – Jaime Kemp

129
3.8 Administrando Suas Finanças

As Crenças Erradas Acerca do Dinheiro: Deus que prosperemos que sejamos


dominados pela prosperidade. Mas o diabo tem atado o entendimento da igreja através de dois
ensinos perniciosos:
1- Afirmações falsas da Teologia da Prosperidade:
• O foco principal da fé é adquirir riquezas. A razão principal para seguir a Jesus é prosperar
na vida material.
• O desejo principal de Deus é nosso bem estar material.
• Dinheiro é o verdadeiro termômetro da espiritualidade. Quanto mais rico você for, mas
espiritual é.
2- Afirmações falsas da Teologia da Pobreza:
• Jesus viveu numa pobreza serviu, passando necessidade o tempo todo.
• Dinheiro é um mal. Por isso a prosperidade bíblica não tem nada a ver com valores
materiais. Você não pode aplicar fé para prosperar materialmente.
• Quanto mais espiritual alguém for, mais pobre ele será. Pobreza é sinal de humildade,
todo pobre é humilde e só estes “humildes” herdam o céu.
O EQUILÍBRIO DA PALAVRA DE DEUS:
• O dinheiro não traz a verdadeira felicidade. Salomão, o homem mais rico que já
viveu testemunha: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos... e eis que
tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.”
(Eclesiastes 2:11); “Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a
abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5:10);
• O dinheiro não garante a saúde, embora ajude na hora da doença: “E uma mulher,
que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus
haveres, e por nenhum pudera ser curada” (Lucas 8:43); Muitos ricos morrem jovens!
• O dinheiro não garante uma família feliz, nem compra a salvação!
• O dinheiro não é mal. O amor ao dinheiro é que é mal: “Porque o amor do dinheiro
é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se
atormentaram com muitas dores” (I Timóteo 6:10);
• Devemos desejar as coisas espirituais mais que as coisas materiais, sabendo que ao
buscar as coisas espirituais, Deus nos acrescentará todas as demais coisas materiais:
“buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.” (Mateus 6:33);
• Não devemos confiar nas riquezas. Mas devemos crer que Deus é a nossa fonte de
prosperidade: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a
esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as
coisas para delas gozarmos;” (I Timóteo 6:17);
• Não é errado possuir dinheiro, o errado é o dinheiro nos possuir: “Ninguém pode
servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mateus 6:24);
• Deus deseja a nossa prosperidade: “O SENHOR, que ama a prosperidade do seu servo,
seja engrandecido.” (Salmo 35:27 b); A religião por muito tempo ensinou que ser
pobre é sinal de piedade. Há religiosos que fazem voto de pobreza. Mas Deus não
ama a nossa prosperidade.
• Deus quer a salvação da nossa alma acima de tudo, mas também deseja a nossa
prosperidade material: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e
saúde, assim como é próspera a tua alma” (III João 1:2);

130
PORQUE O CRISTÃO DEVE PROSPERAR:
• Para não dever nada a ninguém: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor”
(Romanos 13:8);
• Para não ser escravo da dívida: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma
emprestado é servo do que empresta.” (Provérbios 22:7);
• Para ter bom testemunho cristão: “O ímpio toma emprestado e não paga; mas o justo
se compadece e dá.” (Salmo 37:21);
• Para ter sustento: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (I
Timoteo 6:8);
• Para ter todas as suas necessidades supridas: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza
em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses
4:19);
• Para suprir sua própria família: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e
principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” (I Timoteo 5:8);
• Para ser generoso com o pobre: “O generoso será abençoado, porque dá do seu pão
ao pobre” (Provérbios 22:9);
• Para honrar ao Senhor com seus bens: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com
as primícias de toda a tua renda;” (Provérbios 3:9);
• Para financiar o avanço do evangelho: “E como pregarão, se não forem enviados?”
(Romanos 10:15);
• Para suprir a Igreja de Deus: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que
haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu
não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida”
(Malaquias 3:10);
• Para gozar de todas as coisas que Deus nos dá: “Aos que têm riquezas neste mundo
ordene que não sejam orgulhosos e que não ponham a sua esperança nessas riquezas,
pois elas não dão segurança nenhuma. Que eles ponham a sua esperança em Deus, que
nos dá todas as coisas em grande quantidade, para o nosso prazer!” (I Timoteo 6:17
NTLH);

A BASE DA NOSSA PROSPERIDADE:


• O diabo trabalha para nos arruinar, mas Jesus veio para que tenhamos Vida
Abundante na Terra: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10);
• Nossa prosperidade é parte da obra de Jesus na cruz: “pois conheceis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela
sua pobreza, vos tornásseis ricos.” (II Coríntios 8:9);
• Nossa prosperidade é baseada no poder da Palavra de Deus: “Não cesses de falar
deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer
segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-
sucedido” (Josué 1:8);
• Nossa prosperidade é baseada na obediência à Palavra: “Bem-aventurado o varão
que não anda segundo o conselho dos ímpios... Antes, tem o seu prazer na lei do
SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite... e tudo quanto fizer prosperará” (Salmo
1:1-3);
• Nossa prosperidade é baseada na fé que temos no caráter generoso do nosso
Deus:“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que é recompensador dos que o buscam”
(Hebreus 11:6);

131
COMO PROSPERAR CORRETAMENTE:
1- Rejeite a forma diabólica de prosperar: Muitos buscam prosperar através do
engano em negócios fraudulentos, da exploração da mão de obra barata, da venda do próprio
corpo, da corrupção e do suborno, através de feitiçaria e macumba, por meio de jogos de azar,
sacrificando a própria família por uma carreira bem sucedida, etc. Alguns até enriquecem nessas
práticas, porém as dores e aflições são tantas que não há paz para desfrutar corretamente daquilo
que foi adquirido de forma injusta.
• Santifique a sua fonte de renda: “O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas
a mão dos diligentes enriquece” (Provérbios 10:4);
• Deus não sujará suas mãos abençoando algo pecaminoso: “Balança enganosa é
abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer” (Provérbios 11:1);
• Ande na lei e faça o que é justo: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra”
(Romanos 13:7);
• Seja íntegro em todos os seus negócios: “Melhor é o pobre que anda na sua integridade
do que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico” (Provérbios 28:6);
• Honre os seus compromissos. A palavra do cristão tem que valer mais que um
contrato: “aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda” (Salmo 15:4);

2- Aprenda a forma humana de prosperar: O próprio Deus estabelece em Sua


Palavra, princípios que se bem praticados podem nos conduzir à prosperidade. Muitas pessoas
mesmo sem conhecer o Senhor, são bem sucedidas porque desenvolveram estes princípios.
I- O Conceito de Mordomia Cristã:
• Um mordomo é alguém que administra os bens de outro: “E, se no alheio não fostes
fiéis, quem vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:12);
• O bom mordomo cristão reconhece que Deus é o dono de tudo: “Antes, te lembrarás
do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas”
(Deuteronômio 8:18); “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A
ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:36);
• Deus vai abençoar mordomos que vão usar o dinheiro segundo a vontade dEle e não
segundo a suas próprias vontades. “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para
esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4:3);
II- A Função do Dinheiro na Vida do Mordomo:
• Deus usa o dinheiro para fortalecer a nossa confiança nele: “Porque os gentios é que
procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas” (Mateus 6:32 e 33);
• Deus usa o dinheiro para comprovar o seu amor para conosco: “Ora, se vós, que sois
maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos
céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11);
• Deus usa o dinheiro para desenvolver a nossa fidelidade: “Se, pois, não vos tornastes
fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira
riqueza?” (Lucas 16:11);
• Deus usa o dinheiro para desenvolver a nossa generosidade: “Tenho-vos mostrado
em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras
do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” (Atos 20:35);
• Deus usa o dinheiro para nos ensinar contentamento, nos guiando através da
abundância e da carência: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a

132
viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser
honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura
como de fome; assim de abundância como de escassez” (Filipenses 4:11 e 12);

III- Atitudes Erradas na Vida do Mordomo: Deus está mais interessado nas atitudes do coração
do mordomo do que nas suas posses. Existem algumas atitudes que devem ser evitadas:
• A preocupação: “Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos
entregueis a inquietações” (Lucas 12:29);
• A corrupção: “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia
o suborno, esse viverá.” (Provérbios 15:27);
• A avareza: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;” (Colossenses 3:5);
• A ostentação: “porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que
ele possui.” (Lucas 12:15 b);
• A ganância: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição” (I Timoteo 6:9);
• A preguiça: “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer
trabalhar, também não coma.” (I Tessalonicenses 3:10);
• A inveja: “Por não haver limites à sua cobiça, não chegará a salvar as coisas por ele
desejadas. Nada escapou à sua cobiça insaciável, pelo que a sua prosperidade não
durará” (Jó 20:20-21);
• O consumismo: “Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância
nunca se farta da renda; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5:10);
• O materialismo: “mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem
corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí
estará também o teu coração.” (Mateus 6:20 e 21);

IV- Para ser um Bom Mordomo Cristão:

• Trabalhe com diligência: “Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será
posto; não será posto perante os de baixa sorte” (Provérbios 22:29);“Os pensamentos
do diligente tendem à abundância, mas os de todo apressado, tão-somente à pobreza”
(Provérbios 21:5);
• Faça um planejamento financeiro: É preciso fazer uma planilha com o orçamento
financeiro da família: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta
primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lucas
14:28);
• Economize com sabedoria: É preciso gastar menos do que se ganha. É preciso conter
todo desperdício: “Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem
insensato os desperdiça” (Provérbios 21:20);
• Distinga “Necessidade” de “Desejo”: Querer um carro é diferente de querer uma
Ferrari, querer carne na mesa é diferente de querer filé mignon todo dia. Antes de comprar
pergunte-se: É necessidade ou desejo? Deus promete suprir as necessidades, não os
desejos: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus,
cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4:19); Os desejos ele concede conforme
a sua vontade soberana: “Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja
o teu coração” (Salmo 37:4);

133
3- Prospere pelo agir de Deus em sua Vida:
I- Seja fiel nos dízimos:
• O Dízimo destranca as janelas dos céus e a benção abundante sobre nossas vidas:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa;
e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós bênção sem medida” (Malaquias 3:10);
• O dízimo significa dez por cento da nossa renda e ele não se limita à lei de Moisés.
Abraão pagou os dízimos à Melguisedeque 430 anos antes da Lei: “E de tudo lhe deu
Abrão o dízimo” (Gênesis 14:20b);
• Jacó fez o voto para se tornar dizimista centenas de anos antes da Lei: “e esta pedra,
que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente
te darei o dízimo” (Gênesis 28:22);
• Jesus confirmou o dízimo juntamente com a prática do juízo, da misericórdia e da
fé: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro
e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis,
porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mateus 23:23);
• Os apóstolos testificaram que Deus recebe os dízimos enquanto os trazemos à sua
casa:“Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de
quem se testifica que vive” (Hebreus 7:8);
• O dízimo não é voluntário, é obrigatório. Reter o dízimo é considerado roubo:
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos
dízimos e nas ofertas” (Malaquias 3:8);
• Reter o dízimo é fonte de maldição na vida de muitos: Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. (Malaquias 3:9);
• O Devorador é o único mal que não podemos repreender. Deus reserva para si a
responsabilidade de repreendê-lo quando trazemos o dízimo: “Por vossa causa,
repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra;” (Malaquias
3:11);

II- Aprenda a ofertar com alegria:

• A Bíblia fala de ofertas voluntárias, fruto de nossa decisão pessoal: “Três vezes no
ano, todo varão entre ti aparecerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher...
porém não aparecerá de mãos vazias perante o SENHOR... cada um oferecerá na
proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver
concedido.” (Deuteronômio 16:16);

• O Dízimo demonstra nossa obediência e zelo, porém as ofertas voluntárias nosso


amor e fé. “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou
por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (II Coríntios 9:7);

• A medida que semearmos, colheremos: “isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.” (II
Coríntios 9:6);

• A prosperidade que recebemos de Deus é proporcional a nossa generosidade; “dai,


e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” (Lucas
6:38);
• Parte do que recebemos se chama pão e a outra parte se chama semente. A parte
pão é para ser usufruída, a parte semente é para ser semeada na obra de Deus. A
parte semente da nossa renda são os dízimos e as ofertas. Muitos não prosperam

134
porque comem as sementes: “Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para
comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça”
(II Coríntios 9:10);

III- Dedique-se em primeiro lugar ao Reino de Deus:

• O alvo não é apenas Deus abençoando um negócio humano, mas um negócio humano
servindo aos propósitos divinos. “Acaso, é tempo de habitardes vós em casas
apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?Ora, pois, assim diz o SENHOR
dos Exércitos: Considerai o vosso passado.Tendes semeado muito e recolhido pouco;
comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos,
mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel
furado.” (Ageu 1:4-6);
• A prosperidade não é alvo, mas conseqüência da vida de um cristão “buscai, pois,
em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” (Mateus 6:33);

Sugestão de Leitura: O Seu Dinheiro – Howard Dayton

135
3.9 Servindo a Deus em Família

A SALVAÇÃO DA NOSSA FAMÍLIA:


• Todo convertido ao Evangelho carrega a promessa de Salvação para toda a sua família:
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31);
• A conquista da família não depende da pregação da palavra e sim da demonstração do
exemplo, por isso não basta ter mensagem de profeta: “Jesus, porém, lhes disse: Não há
profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa.” (Mateus
6:4);
• A mulher ganhará o marido através de atitudes de respeito e submissão e não através de
palavras: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que,
se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do
procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de
temor.” (I Pedro 3:1);
• O marido convertido ganhará a esposa, na medida em que se submete à Jesus. Sé tem
autoridade quem está debaixo de autoridade: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo
o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher...” (I Coríntios 11:3); E na
medida em que se parece com “JesusVós, maridos, amai vossa mulher, como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:5);
• Os filhos serão ganhos na medida em que vão observando o exemplo de consagração na
vida dos pais. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for
velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6); “Estas palavras que, hoje, te ordeno
estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua
casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Deuteronômio 6:6 e
7);

DEUS USA FAMÍLIAS:


• A Família de Abraão: A família de Abraão gerou uma nação que se tornou testemunha
de Deus para todos os povos: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis
12:3);
• As Famílias israelitas: Faraó não queria liberar toda a família dos israelitas para servirem
a Deus. O diabo ainda hoje tenta fazer o mesmo conosco. Nossa resposta deve ser a
mesma de Moisés: “Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos, e com
os filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos
de ir, porque temos de celebrar festa ao SENHOR” (Êxodo 10:9); Não negocie com o
diabo, reivindique toda sua família para Deus!
• A Família de Josué: Josué tomou a decisão radical de nem trocar Deus pela família, nem
trocar a família por Deus, mas de servir a Deus COM toda a sua família: “Eu e a minha
casa serviremos ao SENHOR” (Josué 24:15 b);
• A Família de Nazaré: Jesus nasceu numa família temente a Deus. Ele cresceu num
ambiente familiar consagrado: “Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a
Festa da Páscoa” (Lucas 2:41); Nosso lar deve ser também deve ser consagrado para
que Deus se mova nele.
• A Família de Felipe: Felipe soube criar suas filhas, envolvendo-as com a obra e
encorajando-as a terem intimidade com o Espírito Santo: “entrando na casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas donzelas,
que profetizavam.” (Atos 21:8 e 9);
• A Famílias da Igreja Primitiva: A igreja nasceu nos lares em meio às famílias, porque
Deus deseja mover através de todos. Maridos e esposas, pais e filhos; “Diariamente

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perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas
refeições com alegria e singeleza de coração” (Atos 2:46);
• A Família de Priscila e Áquila: Este casal foram obreiros incansáveis na obra de Deus.
Eles tinham uma célula em sua casa: “No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila
e, bem assim, a igreja que está na casa deles” (I Coríntios 16:19);
• A Família de Onesíforo: Esta família foi usada por Deus para ajudar o apóstolo Paulo
nos seus momentos mais sombrios: “Conceda o Senhor misericórdia à casa de
Onesíforo, porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas
algemas” (II Timóteo 1:16);
• A Família de Estéfanas: Além de ser a primeira família a se converter na Acaia, esta
família toda se consagrou para fazer a obra de Deus: “sabeis que a casa de Estéfanas são
as primícias da Acaia e que se consagraram ao serviço dos santos” (I Coríntios 16:15);
• A Sua Família: Creia e trabalhe para que a sua família faça parte desta galeria de famílias
que serviram a Deus nesta terra! Que nossa casa seja um ponto de pregação, que nossos
filhos cresçam consagrando-se ao ministério, que nosso cônjuge encontre em nós apoio
para cumprir o IDE!

Faça da Sua Família, sua Célula Principal:


• Creia e trabalhe pela conversão de toda sua família à Jesus!
• Encoraje e facilite a consagração de toda a sua família à Obra de Deus!
• Dedique seu lar para pregação do evangelho. Consagre sua casa para abrigar uma
célula de evangelismo!
• Seja, para seus filhos, o modelo de alguém apaixonado por Jesus e por sua Obra!
• Apóie e encoraje seu cônjuge a fazer a obra de Deus. Vá junto com seu cônjuge, se
não puder ir, garanta a cobertura de oração apropriada para ele!
• Procure receber em seu lar famílias cristãs que podem inspirar e edificar a sua
família!

• Estabeleça um hábito devocional em família. Ore, leia a bíblia e louve a Deus junto
com sua família!
• Jejue em família por alvos específicos da própria família!
• Interceda por países, projetos missionários, ou alvos da igreja e da sua liderança,
junto com toda a sua família!
• Participe da vida da igreja com toda a família. Vá aos cultos, seminários,
conferências, acampamentos e encoraje toda a sua família a participar também!

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