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MEIOSE

Prof. Dra. Claudete F. Ruas

Cap. 14 – O Ciclo Celular, pg 617-623


ESTUDOS DA MEIOSE
• Redescoberta de Mendel (1822-1884) - BASE
PARA A TEORIA CROMOSSÔMICA DA
HERANÇA (Boveri e Sutton, 1902)

 Estabelece correlação entre comportamento

cromossômico e comportamento dos genes

 Evidências: Obtidas através de estudos sobre

estrutura/função UEL/Claudete
dos cromossomos
F. Ruas
- EVIDÊNCIA INDIRETA: Observação do fenótipo

 CROMOSSOMOS  Estruturas c/ função de


conter, conservar, transmitir e expressar a
informação genética segundo as Leis de Mendel

A) Princípio da uniformidade genética (cf. Mendel


1856-1863) - Ex.: AA x aa  F1 Aa (uniforme)

B) Princípio da segregação: Alelos de um mesmo


loco (Aa) segregam na meiose  ½ A e ½ a

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Genótipos/Fenótipos

Autofecundação
Vv x Vv
Amarelo

crescimento
VV x vv
1VV : 2Vv : 1vv
3:1

Vv
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CODOMINÂNCIA:
Homozigotos

(Rosilho)

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Pelagem Branca: R2R2

Pelagem
Vermelha: R1R1

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Fenótipo Ruano
(Rosilho)
R1 R2

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C) Princípio da segregação independente
 Genes em cromossomos diferentes
mostram segregação independente na
meiose. Ex.:
 2 genes: AaBb  (A + a) (B + b) =
gametas: AB, Ab, aB, ab
 3 genes: AaBbCc  (A + a) (B + b) (C + c)
= ABC, ABc, AbC, Abc,….,abc

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EVIDÊNCIA DIRETA
 A ordenação dos
genes é linear
 Evidências obtidas
com cromossomos
Politênicos: Interfásicos

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Experimentos com Drosophila

 Mutação white (olho branco) foi relacionada

com um genótipo específico  XXY

(cromossomo X)

 Evidências em milho – McClintock - 1942

• Fenômeno genético da recombinação está


relacionado com o fenômeno citológico de
trocas de segmentos cromossômicos
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SIGNIFICADO BIOLÓGICO DA MEIOSE

Gerar VARIABILIDADE GENÉTICA:

 Formação de gametas (n) – combina ao acaso


cromossomos de origem materna e paterna em
indivíduos diploides;

 Recombinação ou permuta entre cromossomos


de origem materna e paterna. Permite exploração
máxima da variação originada por mutação

 Restaura no. 2n com a fecundação Zigoto


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(2N)
(2N)

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Organismo
Diplóide:
2n = 6 (n = 3)
23 = 8 gametas
diferentes

Humanos:
2n = 46
Quantos gametas
diferentes podem
ser formados?
223 = 16.777.216
a) Quatro possíveis arranjos entre pares de homólogos
na Metáfase I

b) Oito possíveis conjuntos de cromossomos após Metáfase I


Meiose: consiste de duas divisões
nucleares sucessivas:

Meiose I e Meiose II.

Cada divisão consiste dos estágios:


prófase, metáfase, anáfase e telófase.

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Intérfase pré-meiótica: Síntese de DNA (S) –
Cromossomos (cromátides) duplicam antes
da meiose.

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FASES DA MEIOSE
MEIOSE I – REDUCIONAL
1 – PRÓFASE I
A – LEPTÓTENO: Características
- Cromossomos em número diplóide
- Cromossomos c/2 cromátides (fase S pré-meiótica)
- Distribuição polarizada (bouquet) no E. Nuclear
- Início do pareamento a partir dos telômeros
associados ao Envoltório Nuclear
- Início de formação de um eixo protéico entre
homólogos: Complexo Sinaptonêmico
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B - ZIGÓTENO  Características:
- Alinhamento pré-sináptico  Inicia em
várias regiões entre homólogos
- Pareamento loco a loco  Sinapse
- Complexo Sinaptonêmico (CS) formado
entre homólogos
- Presença de Nódulos de recombinação (NR)
- Final de Zigóteno e paquíteno
 Identificam sítios de recombinação
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COMPLEXO SINAPTONÊMICO
 Estrutura protéica tripartida observada do
início do Zigóteno ao Paquíteno

Cromatina

Elemento lateral

Elemento central

Elemento lateral

Cromatina
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Significado do Complexo Sinaptonêmico:

 Função no pareamento e na recombinação

• Estrutura do CS

 Começa e termina em associação com EN

 2 elementos laterais (EL)

 1 elemento central (EC)

• Composição química do CS

 Essencialmente protéica (digerido com tripsina)


Ex: identificadas: Miosina, Actina, topoisomerases
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NÓDULOS DE RECOMBINAÇÃO (NR)
 Complexos de estrutura esférica ou elipsóide
 Distribuição variável conforme espécie

 Região central do CS  Associa-se a locais


onde ocorre permuta
 Relação com síntese de DNA-P
 Correlação entre número de NR e Quiasmas

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C – PAQUÍTENO
- Completa-se o pareamento

- Contração longitudinal dos cromossomos


(encurtamento progressivo)

- Cada bivalente forma uma tétrade = 2 homólogos


em sinapse

- Os dois centrômeros tornam-se visíveis

- Permuta entre homólogos (nódulos de


recombinação) UEL/Claudete F. Ruas
D – DIPLÓTENO

- Dessinapse: Desaparece o CS

- Separação incompleta de homólogos

- Visualização dos quiasmas

- Encurtamento progressivo dos cromos.

- Interrupção do processo meiótico em


alguns organismos (Ex. humanos)

E – DIACINESE
Terminalização dos quiasmas
Bivalente em sinapse = Tétrade

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Término da prófase I (Filme 1)
- Desorganização do nucléolo e EN
- Organização do fuso
2. METÁFASE I
- Bivalentes orientados na placa metafásica
(cinetócoros irmãos voltados p/ mesmo polo)
3. ANÁFASE I
- Movimento cromossômico para os polos
- Cromossomos podem ter uma cromátide original
e uma mista (permuta)
4. TELÓFASE I - Opcional
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MEIOSE II - EQUACIONAL
5. PRÓFASE II
- Formação do fuso
6. METÁFASE II
- Cromossomos alinhados na placa equatorial
(centrômeros irmãos orientados para polos
opostos)
7. ANÁFASE II
- Separação de cromátides irmãs para polos opostos
8. TELÓFASE II
- Reorganização do EN e dos nucléolos
- Citocinese – Formação de gametas haplóides
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Conteúdo de DNA: 2C
G1 G1
Duplicação do DNA = 4C
S, G2 S, G2
e Mitose e Meiose
Alinhamento na placa MI
metafásica Homólogos
pareados
Separação de
Separação Cromossomos
Separação de
cromátides
Divisão celular: homólogos
Citocinese DNA = 2C
MI: 2 cels. n

DNA = 2C M II
Comparação entre Mitose
(A) e Meiose (B)
4 cels n = DNA = C

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