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SUMÁRIO
HISTÓRIA
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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023
UNIDADE TEMÁICA:
Os processos de Independência nas Américas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Movimentos de Independência na América.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), para desenvolver as habilidades propostas inicie a aula apresentando uma música
para os alunos com a finalidade de aguçar o sentido crítico, valorizar a música como uma fonte
histórica e criar conexões entre os eventos históricos e o presente. Enfatize os aspectos
relacionados à luta e à liberdade presentes na música como uma constante que alimentou
movimentos de independências na América.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a), comece a aula apresentado para os estudantes a música Latinoamérica da banda
porto-riquenha Calle 13, distribua à eles uma cópia de letra com a tradução:
1
Latinoamérica (part. Totó La América Latina (part. Totó La
Momposina, Susana Baca y Maria Momposina, Susana Baca e Maria Rita)
Rita) – Calle 13 – Calle 13
Soy el Sol que nace y el día que muere Eu sou o Sol que nasce e o dia que morre
Con los mejores atardeceres Com os melhores pores do Sol
Soy el desarrollo en carne viva Sou o desenvolvimento em carne viva
Un discurso político sin saliva Um discurso político sem saliva
Las caras más bonitas que he conocido Os mais belos rostos que já vi
Soy la fotografía de un desaparecido Sou a fotografia de um desaparecido
La sangre dentro de tus venas O sangue correndo em suas veias
Soy un pedazo de tierra que vale la pena Sou um pedaço de terra que vale a pena
El viento que peina mis cabellos O vento que penteia meus cabelos
Soy todos los santos que cuelgan de mi Sou todos os santos pendurados em meu
cuello pescoço
El jugo de mi lucha no es artificial O suco da minha luta não é artificial
Porque el abono de mi tierra es natural Porque o adubo de minha terra é natural
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Tú no puedes comprar las nubes Não se pode comprar as nuvens
Tú no puedes comprar los colores Não se pode comprar as cores
Tú no puedes comprar mi alegría Não se pode comprar minha alegria
Tú no puedes comprar mis dolores Não se pode comprar minhas dores
Trabajo bruto, pero con orgullo Trabalho árduo, porém com orgulho
Aquí se comparte, lo mío es tuyo Aqui se divide, o que é meu é seu
Este pueblo no se ahoga con marullo Este povo não se afoga com as marés
Y si se derrumba, yo lo reconstruyo E se algo desaba, eu reconstruo
AULA 2
Professor(a), na segunda aula divida os estudantes em cinco grupos e os leve para a sala de
informática da escola (na ausência desse recurso utilize o material didático) e peça para que
eles pesquisem sobre os Movimentos de Independência da América. Realize um sorteio dos
temas entre os grupos e entregue aos estudantes um roteiro de pesquisa para os orientar no
processo e nas informações que devem ser pesquisadas. Ao final da pesquisa cada grupo
deverá apresentar para a turma o tema que foi pesquisado. Os itens contidos no roteiro
devem fazer parte da apresentação.
Após todos os grupos apresentarem feche a aula realizando reflexões sobre os temas
pesquisados pelos alunos, comparando os movimentos de independência, pontos em comum e
diferentes entre eles. Também aborde a forma como ocorreu a colonização e o
desdobramento em cada movimento de independência, destacando suas singularidades.
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Independência
Independênci Independência Independência Independência
da América
a do Haiti de Cuba do México do Brasil
Espanhola
Data em que
ocorreu?
Líderes do
movimento?
Ideias que
inspiraram o
movimento?
Grupos sociais
que participaram
do movimento?
Tipo de governo
que foi adotado
após a
independência?
Houve abolição
da escravatura e
mudanças
sociais?
AULA 3
Professor(a), retome com os estudantes o que foi trabalhado na aula anterior e faça uma
introdução apontando os líderes do movimento de Independência e as ideias pan-americanas
que circulavam entre esses agentes políticos. Em seguida, forme grupos e distribua entre eles
cópias dos trechos das falas de líderes dos processos de independência e da crítica realizada
por Eduardo Prado ao pan-americanismo.
Apresente a atividade explicando que esses textos são fontes históricas e devem ser
analisadas levando em consideração quem as produziu, em qual contexto e com qual
finalidade. Entregue para os grupos roteiros de perguntas que devem guiá-los na atividade.
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universo. Seus canais encurtarão as distâncias do mundo: estreitaram os laços comerciais da
Europa, América e Ásia, poderão trazer à tão feliz região os tributos das quatro partes do
globo.” (COTRIM, 2018).
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americana, onde fica a confraternização das repúblicas?
A Colômbia e a Venezuela odeiam-se de morte. O Equador é vítima, nunca resignada, ora das
violências colombianas, ora das pretensões do Peru. E o Peru? Já não assaltou a Bolívia, já
não se uniu depois a ela numa guerra injustíssima ao Chile? E o Chile, já não invadiu duas
vezes a Bolívia e o Peru, não fez um horroroso morticínio de bolivianos e peruanos na última
guerra, talvez a mais sangrenta deste século? E o Chile não tem somente estes inimigos: o
seu grande adversário é a República Argentina. Este país, que tem usurpado territórios à
Bolívia, obriga o Chile a conservar um exército numeroso, e ninguém ignora que um conflito
entre aqueles países é uma catástrofe que, de um momento para o outro, poderá rebentar. O
ditador da França, o verdugo taciturno do Paraguai, que Augusto Comte coloca entre os
santos da humanidade venerados no calendário positivista, por ódio aos argentinos e aos
outros povos americanos, enclausurou o seu país durante dezenas de anos. A República
Argentina é a adversária nata do Paraguai. López atacou-a, e ela secundou o Brasil na sua
guerra contra o Paraguai. E que sentimento tem a República Argentina pelo Uruguai? Não há
um só homem de estado argentino que não confesse que a suprema ambição do seu país é a
reconstituição do antigo vice-reinado de Buenos Aires, pela conquista do Paraguai e do
Uruguai.
Eis aí a fraternidade americana.
[...]
Até então, a atitude dos Estados Unidos tinha sido toda a reserva, de abstenção, e, para
uma nação que se quer apresentar como a protetora dos latino-americanos, é forçoso
confessar que essa política não era de fraternidade, mas sim de egoísmo. Ainda em 1819 o
governo americano recusou receber os cônsules nomeados pela Venezuela e pelo governo de
Buenos Aires, alegando vários pretextos, e só a 9 de março de 1823 é que reconheceu a
independência das repúblicas espanholas. (PRADO, 2010. p. 12-17).
Roteiro de perguntas:
• Qual o projeto apresentado por Simon Bolívar no texto 1? Ele foi concretizado?
• Para José Bonifácio qual caminho a América deveria seguir? Quais as semelhanças
entre o discurso de Bonifácio e Bolívar?
• De acordo com Monroe, no texto 3, qual perigo pode ameaçar a América? E qual a
posição dos Estados Unidos frente a esse perigo?
• Quais são as semelhanças do discurso de Monroe e Bonifácio?
• Os autores dos textos 1, 2 e 3 estão falando de qual momento histórico?
• No texto 4, Eduardo Prado faz uma crítica à fraternidade americana, que crítica é essa?
• Qual a visão de Eduardo Prado sobre o pan-americanismo? Como ele vê a influência
dos Estados Unidos na América?
Após a discussão dos textos nos grupos, forme uma roda e traga a discussão para a sala,
para que todos possam dialogar entre si e compartilhar suas conclusões. Feche o debate
mostrando para a turma um mapa atual da América Latina destacando a atual configuração
geográfica e compare com o mapa da América do período das Independências. Mostre as
mudanças geográficas e que a ideia pan-americana não foi concretizada em termos
territoriais. Apresente o que foi a doutrina Monroe e explique como ela se relaciona com a
ideia pan-americana, as críticas a essa ideia, à dominação norte-americana e as críticas
apresentadas por Eduardo Prado.
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I magem 1: Mapa Política da América em 1794 Imagem 2: Mapa Política da América Atual
AULA 4
Professor(a), para falar sobre os líderes dos movimentos de Independência da América Latina
comece a aula registrando no quadro o nome dos líderes dos movimentos e as regiões a qual
contribuíram para a Independência.
Após o registro faça uma explanação sobre as regiões que cada líder foi atuante e as
características intelectuais e origens sociais de cada um. Em seguida, forme grupos e dê a
cada grupo, por meio de sorteio, o nome de um líder para ser pesquisado. Entregue um
roteiro de pesquisa para orientar os estudantes:
1. Nome do Líder
2. Data de nascimento
3. Profissão e atuação profissional
4. Origem social
5. Ideias defendidas
6. Atuação no movimento de independência
7. Região que atuou durante a independência
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→ Oriente os estudantes a criar uma rede social do líder do movimento de independência,
para isso use a plataforma ClassTools.net para criar um fakebook, você poderá acessá-
la por meio do link: https://www.classtools.net/FB/home-page.
Os estudantes devem inserir foto de perfil, editá-lo e criar postagens que exemplificam as
ideias defendidas pelo líder e os movimentos que participaram. Disponibilize um e-mail para
que os alunos possam te encaminhar os links das redes sociais criadas.
RECURSOS:
Computador, Projetor, Caixa de Som, Atividades Impressas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), durante essa sequência didática avalie a participação dos alunos nos diálogos e
debates, o envolvimento com as atividades, a apresentação dos grupos e a rede social criada
por eles sobre um líder dos movimentos de independência.
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ATIVIDADES
1 − Observe a imagem e leia o texto:
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Em 1992 a União Europeia foi criada como um bloco econômico que unia países da Europa.
Sete anos depois, em 1999 o Euro foi criado como uma moeda única que fortalecia a
economia dos países europeus, facilitava as relações comerciais e criava vantagens financeiras
para os membros da União Europeia. Em 1991 foi criado o Mercosul, bloco econômico que
unia Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, entretanto uma moeda única nunca foi criada para
atender os interesses econômicos do grupo. Em janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, em reunião com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, cogitou a criação de
uma moeda única para os países da América do Sul com o objetivo de estreitar as relações
econômicas e fortalecer a moeda sul-americana perante o Euro e o Dólar.
a) RELACIONE a ideia da criação de uma moeda única entre os países da América do Sul e
as ideias Pan-americanas.
b) Os movimentos de Independência fortaleceram a América no cenário mundial e
proporcionaram autonomia política e econômica aos países da América? Explique.
"Houve um ajuste entre as várias elites locais no sentido de preservar a escravidão, evitar o
formato de uma revolução, inclusive sabendo do que havia ocorrido na América Espanhola e
conseguir manter o país unificado"
SCHWARCZ, Lilia.
Por que o Brasil continuou um só enquanto a América Espanhola se dividiu em vários países.
Entrevista concedida a Luiz Barrucho. BBC News Brasil. 7 de setembro de 2018.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. BRASIL.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História, Geografia. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira;
Diretoria de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível
em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_refe
rencia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
CALLE 13. Latinoamérica. Letras. Disponível em: https://www.letras.mus.br/calle-
13/latinoamerica/traducao.html. Acesso em: 08 mar. 2023.
CANAL MULTIRIO. Independência da América Espanhola, Tempo de Estudar, História, 8º
ano. Rio de Janeiro, 12 de mar. 2019. 1 vídeo ( 7:25 min). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HQ1jNqW6RJw. Acesso em: 16 mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Mapa Político da América de 1794. [ s.l.] 4 de agosto de 2008. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:America_1794.png. Acesso em: 16 mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Troféu da Copa Libertadores no Allianz Parque em 2016. São Paulo. 06
jan. 2016. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Trof%C3%A9u_da_Copa_Libertadores_no_Allianz_Parque_e
m_2016.jpg. Acesso em: 11 mar. 2023.
COTRIM, Gilberto. RODRIGUES, Jaime. Historiar. Manual do Professor Material Digital.
TUBERTINI, Laís (Org.). Editora Saraiva. 3ª edição, São Paulo, 2018.
FRANCO, Giullya. "Copa Libertadores da América"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/copa-libertadores-america.htm. Acesso em: 11 mar.
2023.
ISTOCK. Mapa Político da América. [s.l.] 01 de maio de 2020. Disponível em:
https://www.istockphoto.com/br/vetor/am%C3%A9ricas-estados-%C3%BAnicos-mapa-
pol%C3%ADtico-com-fronteiras-nacionais-gm1222247901-358589605. Acesso 16 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em:05 fev. 2023.
PRADO, Eduardo. A Ilusão Americana. 2. reimpressão. – Brasília : Senado Federal, Conselho
Editorial, 2010. p. 12-17.
SCHWARCZ, Lilia. Por que o Brasil continuou um só enquanto a América Espanhola se dividiu em vários
países. Entrevista concedida a Luiz Barrucho. BBC News Brasil. 7 de setembro de 2018. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45229400. Acesso em: 11 mar. 2023.
TOP LEGENDAS. Calle 13 - Latinoamerica (legendado). YouTube, 06 de dezembro de 2011. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=jW9_mFAGO0E. Acesso em: 28 mar. 2023.
TOUN, Lígia. Brasil e Argentina discutem propostas para moeda comum, confirma Lula. CNN. 23 de
jan. 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/brasil-e-argentina-discutem-
propostas-para-moeda-comum-confirma-lula. Acesso em: 16 mar. 2023.
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UNIDADE TEMÁICA:
O processo de independência das Américas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
A revolução dos (EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos
escravizados em São independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à
Domingo e seus independência das colônias hispano-americanas.
múltiplos significados
(EF08HI10X) Identificar a Revolução de São Domingo como evento
e desdobramentos: o
singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas
caso do Haiti.
implicações sociais, políticas, culturais e econômicas.
(EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de
diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no
Brasil, na América espanhola e no Haiti.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Revolução Haitiana.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), inicie a aula perguntando aos estudantes o que eles sabem sobre o Haiti, quais
as visões que eles têm do país, o que já viram, ouviram, as reportagens que já leram. A
medida que os estudantes forem dizendo as impressões que têm do país, registre no quadro
todas as falas, características, estereótipos que forem ditos.
O objetivo desse primeiro momento é fazer os estudantes perceberem as visões que eles têm
do Haiti. É natural que muitos preconceitos e estereótipos sejam ditos, por isso a finalidade
desse planejamento é quebrar alguns estereótipos sobre o Haiti, como a ideia de que o país é
pobre, atrasado, marcado pela miséria, foi destruído pelo terremoto, entre outros.
Sabemos que esses são alguns dos problemas sociais que atingem o Haiti, mas devemos
ressaltar a história do país, o seu pioneirismo nos movimentos de independência da América e
na abolição da escravatura, o protagonismo dos negros no movimento e as ideias que
motivaram a luta pela independência.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Após o primeiro momento onde os estudantes apresentaram suas impressões a respeito do
Haiti, convide-os a conversar com outras pessoas sobre as visões que elas têm do país. Forme
grupos e peça para que eles façam entrevistas com os funcionários da escola (professores,
coordenação, direção, porteiros, funcionários da cantina e da limpeza) a respeito do que eles
sabem e acreditam ser o Haiti. Entregue aos grupos um roteiro de entrevistas para auxiliar no
desenvolvimento do trabalho.
• Você já ouviu falar sobre o Haiti? Se sim o que?
• Você sabe onde o Haiti está localizado?
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• Na escola você estudou sobre o Haiti e a história da independência do país? Se sim, o
que você recorda desse processo?
• Qual a imagem que você tem do Haiti?
Após os grupos finalizarem as entrevistas retorne para a sala com os resultados, forme uma
roda e debata com a turma os resultados das entrevistas, deixe que os estudantes digam
aquilo que foi coletado e os indague se há semelhança com aquilo que eles disseram no início
da aula. Comparem os resultados das entrevistas e finalize o diálogo com a pergunta: qual a
imagem que as pessoas entrevistadas têm do Haiti?
AULA 2
Professor(a), na segunda aula comece apresentando aos estudantes um mapa da América e a
localização do Haiti, em seguida apresente a imagem de Toussaint Louverture e converse com
os alunos a respeito da participação dele na Revolução Haitiana e ressalte a sua origem social
e o protagonismo dos negros no movimento de independência do Haiti.
Em seguida apresente aos estudantes o poema “To Toussaint L’Ouverture” escrito por William
Wordsworth sobre o líder da Revolução Haitiana Toussaint L’Ouverture. Trabalhe com eles a
imagem que o poeta constrói sobre Toussaint L’Ouverture e converse sobre a penalidade que
foi aplicada estabeleça correspondências em outros movimentos da América.
Dica!
Essa aula pode se tornar interdisciplinar com as disciplinas de Língua Inglesa e Literatura. O
professor(a) de Língua Inglesa pode se debruçar sobre os aspectos linguísticos do idioma
inglês, o professor(a) de literatura sobre os aspectos literários do poema e o professor(a) de
História sobre a perspectiva histórica e o contexto de criação do poema.
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To Toussaint L’Ouverture (1803) To Toussaint L’Ouverture (1803)
William Wordsworth William Wordsworth
Toussaint – the most unhappy of men! – Toussaint – o mais infeliz dos homens! –
Whether the rural milkmaid by her cow Se a leiteira rural por sua vaca
Sing in thy hearing, or though liest now Cante em seus ouvidos, ou embora você
Alone in some deep dungeon’s earless esteja agora
den, Sozinho no covil sem ouvidos de alguma
Oh miserable Chieftain, where and when masmorra profunda,
Wilt thou find patience? Yet die not! Do Oh miserável Chieftain, onde e quando
thou Encontrarás paciência? No entanto, não
Wear rather in thy bonds a cheerful brow; morra! você
Though fallen thyself, never to rise again, Use antes em teus laços uma fronte alegre;
Live, and take comfort! Thou hast left Embora caído, para nunca mais se levantar,
behind Viva e tenha conforto! Você deixou para
Powers that will work for thee – air, earth, trás
and skies – Poderes que trabalharão para ti – ar, terra
There’s not a breathing of the common e céus –
wind Não há uma respiração do vento comum
That will forget thee! Thou hast great Isso vai te esquecer! Tens grandes aliados:
allies: Teus amigos são exultações, agonias,
Thy friends are exultations, agonies, E o amor, e a mente invencível do homem.
And love, and man’s unconquerable mind.
WORDSWORTH, 1803.
Finalize a aula fazendo uma explanação sobre a Revolução Haitiana, destaque os grupos
sociais envolvidos, as ideias que inspiraram o movimento e os seus desdobramentos políticos
e sociais. Peça para os alunos como trabalho de casa que pesquisem por reportagens e
imagens do Haiti e as tragam para sala de forma impressa na próxima aula.
AULA 3
Professor(a), inicie a aula retomando o que foi dito na aula anterior e conferindo as imagens e
reportagens que os estudantes trouxeram sobre o Haiti. Dialogue com a turma sobre as visões
e narrativas que as imagens e reportagens criam sobre o país e conecte com as entrevistas
que foram feitas e com o que foi estudado na aula anterior sobre a Revolução Haitiana.
Conduza o debate de forma a fazer a turma compreender que existem muitos estereótipos
sobre o país e compare o que é impresso nas imagens e reportagens com a história de
independência e o pioneirismo que o Haiti representa para a História da América.
Após essa retrospectiva inicial, convide os estudantes a realizarem uma intervenção na escola
por meio de um sarau sobre a Revolução Haitiana. Para isso utilize a literatura de cordel para
informar a comunidade escolar sobre o que foi esse movimento, suas especificidades e
divulgar essa informação, dando um retorno para a comunidade da entrevista que foi
realizada na aula 1.
Para isso apresente aos estudantes o que é a literatura de cordel, mostre imagens de como
funciona e de como é o livro de cordel e os poemas que estão escritos, se você professor(a),
tiver em casa um livro de cordel leve para que os estudantes possam visualizá-los fisicamente,
caso não tenha utilize imagens e apresente o vídeo a seguir para exemplificar para a turma.
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Ressalte as características desse tipo de literatura, que além de divertir tem a função de
informar o leitor, usa linguagem popular, se baseia na oralidade e por vezes apresenta críticas
à sociedade ou a algum tema específico.
Dica!
Essa atividade pode ser desenvolvida de forma interdisciplinar com o professor(a) de
literatura.
Disponibilize aos estudantes o material necessário para a produção dos livretos, pode ser
utilizado folha colorida A4 e peça para que os estudantes façam a ilustração da capa. Após os
trabalhos finalizados pendure os livretos em varais, típicos da literatura de cordel, no pátio da
escola ou em algum lugar onde passa toda a comunidade escolar. Separe alguns minutos
durante o intervalo para que os estudantes possam ler para a comunidade escolar os poemas
que escreveram e deixe-os em exposição para que a comunidade escolar possa ler e adquirir
informações sobre a Revolução Haitiana.
→ Literatura de Cordel.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pGLqxe1yjF8.
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RECURSOS:
Computador, projetor, caixa de som, papel impresso.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie a participação dos alunos nas atividades propostas, envolvimento,
desempenho e o material produzido para o sarau, os poemas, ilustrações e as apresentações.
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ATIVIDADES
1 – Observe as manchetes abaixo:
a) Compare as manchetes das duas reportagens. Qual a visão que cada uma expressa
sobre o Haiti?
b) Faça uma pesquisa sobre a história do movimento de independência do Haiti e pesquisa
a situação atual do Haiti, em seguida escreva um texto explicando por meio de
argumentos históricos a situação atual do Haiti e compare a Revolução Haitiana.
Apresente o seu texto ao seu professor(a) e o leia para a turma. Mínimo de 15 linhas.
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REFERÊNCIAS
ASSERÉ, Patativa do. O poeta da roça. [s.l.: s.d.] Disponível em:
https://www.culturagenial.com/cordel-nordestino-poemas/. Acesso em: 13 mar. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História,
Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica -
documentos de referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018.
Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de
_referencia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Literatura de Cordel. [s.l]. 6 de abr. 2010. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Literatura_de_cordel.jpg. Acesso em: 13 mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Mapa Político da América Central. [s.l.]. 23 de set. 2015.
Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=mapa+politico+da+america+central&titl
e=Special:MediaSearch&go=Go&type=image . Acesso em: 16 fev. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Toussaint Louverture. [s.l.]. 17 de agosto de 2011. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Toussaint_louverture.jpg. Acesso em: 17 mar. 2023.
HARAREESINGH, Sudhir. O maior revolucionário das Américas: Louverture. Jornal Nexo.
1 de set. 2021. Disponível em:
https://www.nexojornal.com.br/estante/trechos/2021/09/10/%E2%80%98O-maior-
revolucion%C3%A1rio-das-Am%C3%A9ricas%E2%80%99-Louverture. Acesso em: 13 mar.
2023.
CANAL IURI FARIAS. Literatura de Cordel. [s.l.: s.d.]. 1 vídeo ( 4:35 min). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=pGLqxe1yjF8. Acesso em: 16 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
PRESSE, Franco. Um ano após assassinato de presidente do Haiti, investigação está
paralisada. G1 Globo. 08 de jul. 2023. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/07/08/um-ano-apos-assassinato-de-presidente-do-
haiti-investigacao-esta-paralisada.ghtml. Acesso em: 13 mar. 2023.
WORDSWORTH, William. To Toussaint L’Ouverture. [s.l.]. 1803. Disponível em :
https://www.poetrybyheart.org.uk/poems/to-toussaint-louverture. Acesso em: 13 mar. 2023.
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UNIDADE TEMÁICA:
Os Processos de Independência da América.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Os caminhos até a (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil
independência do Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e
seus desdobramentos para a história política brasileira.
(EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação
de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de
independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: De 1808 a 1822: A Chegada da Corte Portuguesa à Independência do
Brasil.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), para trabalhar as habilidades elencadas acima, utilize o recurso audiovisual para
enriquecer o conteúdo e despertar o senso crítico dos estudantes, use o filme como uma fonte
histórica para compreender a narrativa que foi criada do passado assim como a sociedade que
o produziu. Estimule os estudantes ao debate e à compreensão de que as imagens históricas
são construções feitas sobre o passado e refletem uma imagem que as pessoas ou o país tem
de si mesmo. Não somente, utilize o filme para que os estudantes possam compreender as
divisões sociais e os atores que atuaram no cenário político entre 1808 e 1822 e que foram
agentes fundamentais no processo de independência do Brasil.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULAS 1 E 2
Professor(a), utilize as aulas 1 e 2 para exibir aos estudantes o filme Carlota Joaquina,
Princesa do Brasil de 1995, direção de Carla Camurati, classificação indicativa 14 anos. Após o
término da exibição do filme peça aos estudantes que façam como dever de casa uma
pesquisa abordando os pontos elencados a seguir para a próxima aula:
1. O que ocorreu no Brasil entre 1808 e 1822? Quais as relações com o filme?
2. Quais ações foram tomadas por D. João quando chegou ao Brasil? As suas atitudes são
correspondentes à imagem que é passada dele no filme?
3. Qual a data da produção do filme?
4. O que estava acontecendo no Brasil no período em que o filme foi produzido e exibido?
5. De alguma forma o que estava acontecendo no país influenciou a visão que o filme
passa sobre a História do Brasil?
6. De que maneira a presença da família real portuguesa no Brasil impactou o movimento
de independência do Brasil?
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Dica!
Professor(a), você pode acessar a plataforma Stremio para assistir o filme Carlota
Joaquina, Princesa do Brasil gratuitamente e reproduzi-lo para turma. Para acessar a
plataforma use o link a seguir e faça o download em seu computador, celular ou tablet.
Disponível em: https://www.stremio.com/translation/br/.
AULA 3
Inicie a aula retomando com a turma o filme que foi exibido na aula anterior e forme uma
roda com os estudantes. Inicie o debate exibindo o seguinte vídeo da historiadora Lilian
Schwarcz em entrevista para a rede de televisão CNN na ocasião das comemorações do
Bicentenário da Independência do Brasil “CNN no Bicentenário: A Chegada da Família Real
Portuguesa ao Brasil”, disponível no link:
→ CNN no Bicentenário: A Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=N7IZRwO3mm8.
AULA 4
Inicie a aula retomando o que foi trabalhado na última aula e apresente aos estudantes o
tema da aula: “Independência do Brasil”. Comece o diálogo lembrando-os que ano passado,
em 2022, comemorou-se o Bicentenário da Independência do Brasil. Pergunte aos alunos
como foi comemorado o bicentenário? Eles viram alguma coisa a respeito? O que?
Participaram de algum tipo de comemoração do bicentenário? Em seguida apresente a tela
“Independência ou Morte” de Pedro Américo e faça uma análise da obra junto com a turma,
atente-se os agentes representados na imagem, quem são os protagonistas da ação, a
representação que foi dada a Dom Pedro I e não se esqueça de destacar que a tela foi
produzida 64 anos depois de deflagrada a Independência, ou seja, alerte-os de que a tela não
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pode ser tomada como uma representação fidedigna do ocorrido. Enfatize que as imagens são
sempre construções premeditadas para transparecer alguma ideia específica, logo, não são
neutras e isentas de parcialidade.
Após concluir a análise do quadro com a turma associando aos eventos relacionados ao
processo de Independência do Brasil apresente para a turma a entrevista da historiadora Lilia
Schwarcz para o canal do youtube e podcast Corte da Inteligência, que pode ser acessado
através do link:
→ A Verdadeira História da Independência do Brasil.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MFGWYX6PxrI.
23
O 7 de setembro foi sendo forjado a partir de 1830, para dar proeminência à
monarquia e a Dom Pedro. Mas o que importa é que a data passou por vários
sequestros, várias mudanças de sentido. A festa sempre foi uma festa civil, uma
festa republicana, na qual os estudantes iam para as ruas, as famílias faziam
piquenique, tinha balões, tinha bandas. Desde 1972, quando se celebrou os 150
anos da Independência, em plena ditadura militar, a festa civil foi sequestrada pela
festa militar.
O que é importante a gente pensar agora, em 2022, é que essa precisa ser uma
festa da sociedade civil brasileira, na qual somos conclamados para pensar em
liberdade e independência no plural. Que liberdade queremos comemorar? Que
independência podemos imaginar para o futuro?
Eu, pelo menos, penso uma Independência muito mais plural, muito mais inclusiva e
que diga respeito a todes nós, brasileiros. Aos homens, é claro, mas também ao
protagonismo das mulheres, das pessoas negras, indígenas, da comunidade
LGBTQIA+ e tantas outras pessoas que foram silenciadas por nosso processo
histórico, que agora aparecem – ainda bem – na agenda brasileira.[...] (SCHWARCZ,
2022).
Professor(a), reserve alguns minutos finais da aula para destacar o papel das mulheres no
processo de Independência do Brasil, destaque a importância da Imperatriz Leopoldina no
processo de independência e nas tramitações políticas que envolveram o processo. Para isso
leia com a turma um trecho da reportagem abaixo:
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simples colônia além-mar.
Com o aparecimento de uma guerra civil que pretendia separar a Província de São
Paulo do resto do Brasil, D. Pedro passou o poder do reino no Brasil à Dona
Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado
e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o
país durante a sua ausência.
A Princesa Regente Leopoldina recebeu notícias que Portugal estava preparando uma
ação militar de invasão contra o Brasil, e sem tempo para aguardar a chegada de D.
Pedro, Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio e usando de seus atributos de
chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822 com o
Conselho de Estado, assinando o Decreto da Independência, declarando o Brasil
separado de Portugal.
José Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para levar a sua
carta e a de Leopoldina para D. Pedro, que estava em São Paulo. Paulo Bregaro
encontrou-se com o Príncipe e a sua comitiva nas margens do riacho Ipiranga, no dia
7 de setembro. Das cartas, a mais enfática era de D. Leopoldina: “O pomo está
maduro, colhe-o já, senão apodrece”, escreveu ela. E, ao ler as cartas sobre os
acontecidos, D. Pedro I, referendando a medida tomada pela Princesa Regente,
proclamou a Independência do Brasil.
Enquanto se aguardava o retorno de Pedro, Leopoldina, governante interina de um
Brasil já independente, idealizou a Bandeira do Brasil, em que misturou o verde da
família Bragança com o amarelo-ouro da família Habsburgo. (CÂNDIDO, 2022).
RECURSOS:
Computador, projetos, caixa de som, papel impresso.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie a participação dos estudantes nas atividades e nos debates propostos em
sala. Proponha aos mesmos a produção de um texto em que eles deverão reescrever a
história da Independência do Brasil, os estimule a criar uma visão crítica sobre o evento e a
desenvolver o próprio ponto de vista. Estipule o mínimo de 20 linhas.
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ATIVIDADES
1 – Em 1808 chegava ao Brasil a Corte Portuguesa fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte
a Portugal. Junto com a Corte também veio uma série de medidas responsáveis por
proporcionar maior liberdade ao Brasil e abrir caminhos para quem em 1822 fosse deflagrada
a Independência do Brasil. Dom João VI foi um personagem importante nesse trâmite, a sua
chegada ao Brasil, assim como o seu retorno para Portugal, 13 anos depois, deixando seu filho
D. Pedro no Brasil, foi fundamental para que a Independência no Brasil ocorresse da forma
como foi.
Imagem 2: Retrato de Dom João VI
2 – Observe o quadro:
Imagem3: Independência ou Morte – Pedro Américo - 1888
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História,
Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica -
documentos de referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018.
Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de
_referencia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
CÂNDIDO, Francisco. Independência do Brasil e a Imperatriz Leopoldina: Uma mulher
assinou o decreto de Independência do Brasil. Folha BV. 07 de setembro de 2022. Disponível
em: https://folhabv.com.br/coluna/INDEPENDENCIA-DO-BRASIL-E-A-IMPERATRIZ-
LEOPOLDINA/14518#:~:text=Foi%20l%C3%A1%20que%20 a%20 princesa,fim%20do%20
Imp%C3%A9rio%20no%20Brasil. Acesso em 14 mar. 2023.
CNN BRASIL. CNN no Bicentenário: A Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. [s.l.:
s.d]. 1 vídeo ( 2:41 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=N7IZRwO3mm8.
Acesso em: 17 mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Independência ou Morte. Pedro Américo, 1888. 4 de maio de
2018. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pedro_Am%C3%A9rico_-
_Independ%C3%AAncia_ou_Morte_-_Google_Art_Project.jpg. Acesso em: 14 mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Retrato de Dom João VI. [s.d]. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=dom+jo%C3%A3o+vi&title=Special:Me
diaSearch&go=Go&type=image. Acesso em: 14 mar. 2023.
CORTES DO INTELIGÊNCIA. A Verdadeira História da Independência do Brasil. [s.l.]. 23 de
fevereiro de 2023. 1 vídeo (9:03 min). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MFGWYX6PxrI. Acesso em: 14 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
SCHWARCZ, Lilia. Penso uma independência mais inclusiva, que diga respeito a todes. Fast
Company Brasil. Entrevista cedida a Claudia Penteado. 07 de setembro de 2022. Disponível
em: https://fastcompanybrasil.com/esg/lilia-schwarczpenso-uma-independencia-mais-
inclusiva-que-diga-respeito-a-todes/. Acesso em: 14 mar. 2023.
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UNIDADE TEMÁICA:
Os Processos de Independência na América.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
A tutela da população (EF08HI14X) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a
indígena, a escravidão
participação dos negros na sociedade brasileira do final do período
dos negros e a tutela
colonial, identificando permanências na forma de preconceitos,
dos egressos da
estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras
escravidão.
no Brasil, bem como para as populações quilombolas e indígenas
de Minas Gerais, e nas Américas.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Protagonismo, participação e resistência da população preta no período
colonial.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), para desenvolver a habilidade enunciada acima procure mostrar aos estudantes
o protagonismo dos povos negros na História do Brasil para romper com o imaginário de uma
história pacifica e da submissão desse grupo ao governo colonial. Para isso, iremos recuperar
revoltas de escravizados para evidenciar a luta dos negros por direitos e reconhecimento.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a), inicie a aula apresentando aos estudantes a tela de Debret “Execução do Castigo
do Açoite” do século XIX, explique para a turma o contexto de produção da tela. Lembre-se
que Debret foi um pintor francês que veio ao Brasil junto da Missão Artística Francesa, a
convite de Dom. João VI, para retratar as características do Brasil e criar a Academia de Belas
Artes. Ao retornar à Europa, Debret publicou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil com
imagens das telas que ele produziu enquanto estava em viagem, fruto da sua observação da
sociedade colonial brasileira.
Imagem1: Execução do Castigo do Açoite – Debret
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Professor(a), estimule os estudantes a refletirem sobre a imagem, os indague sobre o
contexto de produção e as intenções do artista com a obra, ressalte que não existe imagem
neutra, e assim como qualquer texto, a imagem também carrega intencionalidade. Reflita com
os estudantes sobre o castigo que está sendo aplicado, o fato de estar sendo aplicado em
praça pública e o comportamento dos negros que estão presentes na cena assistindo o
acontecido. Qual a imagem da população negra que a tela expressa? Eles possuem
autonomia? Qual reação deles em relação ao castigo aplicado?
Em seguida entregue para os estudantes o texto sobre revoltas escravas no Brasil e confronte
as narrativas com a turma. Ressalte o protagonismo e ação dos povos negros que foram
apagados pela História. Por fim questione a turma: Porque temos uma visão de uma história
pacífica que pouco fala das lutas dos povos negros pelo reconhecimento e conquista de
direitos?
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Professor(a), enfatize que existiram várias formas de resistência dos escravizados: a formação
de quilombos, a manutenção das tradições culturais, linguísticas e religiosas, assim como as
revoltas. Evidencie que os povos negros não passaram inertes por esse período, mas lutaram,
resistiram e foram fundamentais para a formação do Brasil. Não se esqueça de enfatizar com
a turma a discussão sobre a mudança de vocabulários pejorativos e racistas, como exemplo:
ovelha negra, a coisa está preta, denegrir, criado-mudo, disputar a nega. Utilize o seguinte
vídeo “Tire o Racismo do Seu Vocabulário” , do canal Unilasalle para abrir o debate. Explique o
contexto em que essas expressões foram criadas e fale sobre a necessidade de nos
comprometermos com essa mudança.
→ Tire o Racismo do seu vocabulário.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rXhodki0o7U.
Dica!
Professor(a), para saber mais sobre o assunto e conhecer outras expressões racistas
você pode acessar a cartilha disponibilizada no seguinte link:
https://sedh.es.gov.br/Not%C3%ADcia/novembro-negro-conheca-algumas-expressoes-
racistas-e-seus-significados.
AULA 2
Professor(a), nessa aula leve os estudantes para a sala de informática da escola e proponha o
jogo Detetives do Passado. O jogo permite que os estudantes desvendem casos históricos e se
aproximem das fontes históricas, compreendam a sua importância para o historiador e para a
construção da História, assim como permite que eles desconstroem imagens pré-concebidas
de alguns momentos históricos. Nessa aula você irá trabalhar com a turma o caso 1, sobre a
revolta de escravos no Engenho de Santana. Esse caso, em específico, permite que os alunos
compreendam o protagonismo dos povos negros e a sua luta por direitos e reconhecimento no
final do período colonial.
→ Para jogar acesse: http://www.numemunirio.org/detetivesdopassado/caso1.html.
RECURSOS:
Computador, projetor, papel impresso.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie a participação dos alunos no debate, o envolvimento com as questões
propostas e com o jogo Detetives do Passado. Proponha aos alunos a produção de um
minidicionário revendo palavras e expressões racistas que foram naturalizadas no nosso
vocabulário. Peça para que os estudantes pesquisem por palavras e expressões racistas e
proponha novas denominações que não sejam pejorativas. Ao final dos trabalhos reúna todas
em ordem alfabética em um livreto e o deixe disponível na biblioteca da escola para consulta
dos alunos e da comunidade escolar.
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ATIVIDADES
1 – Leia os texto a seguir e responda as questões:
Texto II
“Meu povo seguiu rumando de um canto para outro, procurando trabalho. Buscando
terra e morada. Um lugar onde pudesse plantar e colher. Onde tivesse uma tapera
para chamar de casa. Os donos já não podiam ter mais escravos, por causa da lei,
mas precisavam deles. Então, foi assim que passaram a chamar os escravos de
trabalhadores e moradores. Não poderiam arriscar, fingindo que nada mudou,
porque os homens da lei poderiam criar caso. Passaram a lembrar para seus
trabalhadores como eram bons, porque davam abrigo aos pretos sem casa, que
andavam de terra em terra procurando onde morar. Como eram bons, porque não
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havia mais chicote para castigar o povo. Como eram bons, por permitirem que
plantassem seu próprio arroz e feijão, o quiabo e a abóbora. A batata-doce do café
da manhã. “Mas vocês precisam pagar esse pedaço de chão onde plantam seu
sustento, o prato que comem, porque saco vazio não fica em pé. Então, vocês
trabalham nas minhas roças e, com o tempo que sobrar, cuidam do que é de vocês.
Ah, mas não pode construir casa de tijolo, nem colocar telha de cerâmica. Vocês são
trabalhadores, não podem ter casa igual a dono. Podem ir embora quando quiserem,
mas pensem bem, está difícil morada em outro canto”. (JÚNIOR, 2019. p. 204-205).
Os textos apresentados acima refletem contexto geográficos distintos, mas ambos denunciam
a situação da população preta após a abolição da escravatura.
Texto I
Imagem 2: Manchete de Jornal
Texto II
Louvação a Oxum – Maria Bethânia
[...]
Orarei a Oxum
Que adoro Oxum
Sei que sim
Xinguinxi comigo
Orarei a Oxum
Que adoro Oxum
Sei que sim
Xinguinxi comigo
[...] BETHÂNIA, [s.d].
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Atualmente o Brasil registra elevados índices de denúncia de racismo e de intolerância
religiosa. O elevado número pode ser consequência do aumento da discriminação mas
também pode ser sintomático da tomada de consciência da população de situações e ações
que são enquadradas como racistas e intolerantes. Associando esses dados com os
conhecimentos adquiridos em sala responda às questões propostas:
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REFERÊNCIAS
BETHÂNIA, Maria. Louvação a Oxum. Letras. Disponível em:
<https://www.letras.mus.br/maria-bethania/710173/>. Acesso em: 13 mar. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História,
Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica -
documentos de referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018.
Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de
_referencia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
CANAL UNILASALLE. Tire o Racismo do Seu Vocabulário. 1 vídeo (2:34 min). 19 de novembro
de 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rXhodki0o7U. Acesso em: 17
mar. 2023.
COMMONS WIKIMEDIA. Execução do Castigo do Açoite. [s.d.]. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=debret&title=Special:MediaSearch&go=
Go&type=image. Acesso em: 15 mar. 2023.
GOMES, Flávio dos Santos. A Hidra e os Pântanos: Mocambos, Quilombos e Comunidades
de Fugitivos no Brasil (séculos 17-19). Rio de Janeiro: Polis, 2005.
JÚNIOR, Itamar Viera. Torto Arado. São Paulo: Todavia, 1ª ed., 2019. P. 204-205
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
MOTA, Isadora. Revoltas Escravas no Brasil do século XIX. Jornal Nexo. 31 de maio de 2021.
Disponível em: https://pp.nexojornal.com.br/linha-do-tempo/2021/Revoltas-escravas-no-
Brasil-do-s%C3%A9culo-19. Acesso em: 15 mar. 2023.
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil: A História do Levante dos Malês em 1835. Ed.
rev. e ampliada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
SIQUEIRA, Juliana. FÓRNEAS, Vitor. Em apenas três anos, intolerância religiosa cresce 173%
no Brasil. Jornal O Tempo. 27 de fevereiro de 2023. Disponível em:
https://www.otempo.com.br/cidades/em-apenas-tres-anos-intolerancia-religiosa-cresce-173-
no-brasil-1.2820370. Acesso em: 15 mar. 2023.
SOARES, ELZA. A Carne. Disponível em: https://www.letras.mus.br/elza-soares/281242/.
Acesso em: 17 mar. 2023.
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