COMO DETERMINAR A CURVA DE

CONFIABILIDADE X RISCO DE UMA

CORREIA TRANSPORTADORA
Artigo 02 – Publicado no LinkedIn em: 11/09/2018
Autor: Willian de Castro Toledo
Engenheiro Mecânico CREA: MG 158177D

Willian Castro

31 988206238

williancastro86@hotmail.com
SUMÁRIO

COMO DETERMINAR A CURVA DE CONFIABILIDADE X RISCO

DE UMA CORREIA TRANSPORTADORA ............................. I

INTRODUÇÃO ............................................................. 2

CONFIABILIDADE ........................................................ 2

DISTRUIBUIÇÃO DE WEIBULL........................................ 2

ETAPAS PARA DETERMINAR A CURVA DE CONFIABILIDADE

X RISCO .................................................................... 4

ETAPA 01 ................................................................................ 4
ETAPA 02 ................................................................................ 5
ETAPA 03 ................................................................................ 5
ETAPA 04 ................................................................................ 6
ETAPA 05 ................................................................................ 6
ETAPA 06 ................................................................................ 7
ETAPA 07 ................................................................................ 8

CONCLUSÃO .............................................................. 9

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INTRODUÇÃO

Após definir a estimativa de vida útil da correia transportadora por

degradação da cobertura superior utilizando o método de regressão
linear simples, é possível fazer sua curva de confiabilidade através
da distribuição de Weibull. Para isto, é necessário entender
conceitos descritos a seguir.

CONFIABILIDADE

Entende-se por confiabilidade, a capacidade do sistema de realizar

e manter seu funcionamento requerido sob condições
especificadas, durante um dado intervalo de tempo sem a
ocorrência de falhas, ou seja, quando falamos em confiabilidade
precisamos atrelar a um período de tempo.

DISTRUIBUIÇÃO DE WEIBULL

A distribuição de Weibull é uma expressão semiempírica

desenvolvida pelo físico sueco Ernest Hjalmar Wallodi Weibull, que
em 1939 apresentou o modelo de planejamento estatístico sobre a
fadiga dos materiais que é extensivamente usada em engenharia
da confiabilidade, análise de sobrevivência e em outras áreas
devido a sua versatilidade e simplicidade.

A distribuição de Weibull permite:

2
 • Representar falhas típicas de partida (mortalidade infantil),
falhas aleatórias e falhas devido ao desgaste;
• Obter parâmetros significativos da configuração das falhas;
• Representação gráfica simples.

Em geral, suas aplicações visam à determinação do tempo de vida

médio e da taxa de falhas em função do tempo da população
analisada. Ressalta-se que o sucesso da distribuição se justifica
não só pela sua eficácia, mas também pelo fato de existirem
recursos gráficos que facilitam sua interpretação e por ser capaz de
fazer previsões de acurácia razoável mesmo quando a quantidade
de dados disponível é baixa. A distribuição de Weibull utiliza as
seguintes equações com os parâmetros t, η e β:

A equação F(t) mostra a probabilidade de falhas de um item em um

dado intervalo de tempo “t” de operação (risco).

A equação R(t) mostra a probabilidade o qual um equipamento não

irá falhar para um dado período de tempo “t” de operação
(confiabilidade).

t: Vida mínima ou confiabilidade intrínseca (tempo de operação a

partir do qual o equipamento passa a apresentar falhas, ou seja,
intervalo de tempo que o equipamento não apresenta falhas).

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η: Vida característica ou parâmetro de escala.

β: Fator de forma que indica a forma da curva e a característica das

falhas.

β < 1 = Mortalidade infantil: falhas precoces, taxa de falha é

decrescente.

β = 1 = Falhas aleatórias, taxa de falha é constante.

β > 1 = Falhas por desgaste, taxa de falha é crescente.

É possível aplicar este método para qualquer equipamento sujeito

a desgaste e falhas por um determinado período. Neste artigo será
feito a análise para uma correia transportadora utilizando o software
Excel.

ETAPAS PARA DETERMINAR A CURVA DE

CONFIABILIDADE X RISCO

ETAPA 01

Determinar os tempos de operação até a falha ou até alcançar o

limite especificado da cobertura superior por regressão linear para
cada ponto medido através de ultrassom na seção transversal da
correia.

No exemplo abaixo foram medidos 17 pontos. Este método foi

demonstrado no artigo n°1 (Como estimar o final de vida útil de uma
correia transportadora por regressão linear).

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ETAPA 02

Colocar os tempos até a falha em ordem crescente dos 17 pontos,

ou seja, de 1 a 17.

ETAPA 03

Calcular a aproximação Q(t) para representar a frequência

acumulada pela equação 08 de Bernard, onde “i” é a posição do
dado de vida e “n” é o número total de amostras. Esta equação é
utilizada para aproximação quando existe número limitado de
dados.

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ETAPA 04

Linearizar a equação 05 para a equação de uma reta Y = ax + b.

Este processo é feito para converter uma curva em uma reta para
facilitar a análise conforme mostrado pelas equações 09,10 e 11.

ETAPA 05

A partir dos resultados das equações 8 e 11, é possível aplicar a

regressão linear para calcular o fator de forma “β” e o parâmetro de
escala “η” através das equações 12, 13 e 14.

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ETAPA 06

Calcular a confiabilidade (equação 05) e risco (equação 06) através

da distribuição Weibull.

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ETAPA 07

Gerar gráfico de confiabilidade x risco. Percebe-se que a partir de

4.164 dias o risco de operação da correia é maior que sua
confiabilidade conforme degradação da cobertura superior.
Confiabilidade de 45,2% e risco de 54,8%.

No exemplo, as medições de ultrassom foram feitas até o dia

05/04/18, porém através da curva é possível projetar a
confiabilidade e risco do equipamento com base do desgaste
apresentado até o momento.

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CONCLUSÃO

Foi mostrado como calcular e projetar a curva de confiabilidade e

risco de uma correia transportadora no software Excel com uso da
distribuição de Weibull em complemento aos dados de vida
calculados por regressão linear demostrados no primeiro artigo.

A curva de confiabilidade mostra a probabilidade de um item

sobreviver por um determinado período de tempo e pode ser
importante para tomada de decisão quanto ao planejamento de
substituição do ativo.