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Jean Carneiro Silva, Gláucio Lima Siqueira e Pedro Vladimir Gonzales Castellanos
Abstract - This paper proposes the utilization of neural-empiric neural artificial do tipo MLP operando em paralelo para
hybrid models on propagation loss analysis over paths with
fazer a previsão de perda em cada ambiente analisado.
vegetation. The hybrid model is composed by a multi-layer
perceptron neural artificial network and a classic empiric model.
Three environments were investigated: a small wood, an arborized
A rede neural será treinada com os valores dos erros
city park square and a line of trees. The models will be compared in calculados a partir do modelo empírico em relação aos
terms of standard deviation and absolute mean error metrics. valores médios da perda obtidos na campanha de
medições para cada morfologia vegetal. Sua função é
Keywords – Propagation on vegeted environments, artificial
neural networks, modeling. aprender e compensar o erro do modelo de forma a
melhorar a capacidade de previsão.
Resumo - O presente trabalho propõe a utilização de modelos
híbridos neuro-empíricos na análise da perda em propagação em Os modelos híbridos serão comparados aos modelos
ambientes vegetados. Estes modelos são compostos de uma rede
originais em termos de erro médio quadrático e desvio
neural multi-layer perceptron (MLP) e um modelo empírico clássico
em processamento paralelo. Os modelos híbridos e empíricos serão padrão, e focado na perda em propagação do sinal em
comparados entre sí pelas métricas do erro absoluto médio e desvio função da distância entre transmissor e receptor.
padrão. As análises abordam os ambientes: floresta, bosque e linha
de árvores. O espaço amostral foi tomado a partir de uma II. Ambientes, rotas e espaço amostral
campanha de medições realizada nos estados do Pará e Rio de
Janeiro.
Foram consideradas três morfologias bem representativas
como possíveis ambientes de propagação sobre áreas
I. Introdução
vegetadas:
O estudo da dispersão e desvanecimento dos sinais
a) Linha de árvores (configuração habitual de vegetação
eletromagnéticos associados a ambientes com vegetação é
em ruas, usualmente paralelas aos prédios, com a
um tema pouco estudado no mundo [1], de relevância
vegetação disposta na calçada);
crescente, pois existe um interesse maior na sua criação e
manutenção. b) Bosque cobrindo uma área bem definida no interior de
cidades (como ocorre em parques e jardins botânicos e
Vários modelos de predição de perda em propagação
praças arborizadas);
utilizam abordagens experimentais baseadas em medições
de campo. Tal abordagem possui a vantagem de conseguir c) Floresta relativamente grande, cobrindo completamente
uma boa caracterização do fenômeno a nível local, em uma área.
detrimento da generalidade [2].
As principais configurações utilizadas no setup de
Uma característica destes modelos diz respeito a sua medições pode ser visto na TABELA I, abaixo.
representação por funções monotônicas, em especial as
logarítmicas, que aproximam a previsão a partir das TABELA I
amostras por uma determinada métrica. Este tipo de Características do setup de medições.
representação apresenta deficiências na modelagem de
ambientes vegetados em virtude da alta Antenas de TX e RX Log-periódica
o
aleatoriedade e não linearidade intrínsecas a este meio [3]. Largura de feixe vertica ( ) 22
Largura de feixe horizontal (o) 25
Este estudo propõe a utilização de uma nova classe de Polarização Horizontal
modelos híbridos de predição em ambientes vegetados Potência transmitida (dBm) 43
Altura do TX (m) 1,5 / 6 / 12
baseados nos modelos propostos por Sanches e
Altura do RX (m) 1,5
Cavalcante [4] para sistemas de comunicações móveis. Frequências (MHz) 700 / 750 / 800
Estes são compostos por um modelo empírico e uma rede
O espaço amostral de cada morfologia consiste dos Os sites de medição consistem de rotas previamente
valores obtidos em campo do valor médio da perda em estabelecidas, localizadas no Inmetro, em Xerém, Duque
propagação, tomados em intervalos regulares de distância de Caxias, zona metropolitana do Rio de Janeiro-RJ e no
entre as antenas, na direção de maior diretividade e em Jardim Botânico e uma propriedade rural com floresta em
todas as alturas de transmissão (1.5, 6 e 12 m) e Belém, PA, Figuras A, B e C.
frequências (700, 750 e 800 MHz).
Os dados aquisitados serão analisados e processados para
a extração da perda média em função da distância com o
transmissor fixo nas alturas de 1.5, 6 e 12 metros, e o
receptor variando na distância em uma altura fixa de 1.5
metros, nas frequências de 700, 750 e 800 MHz.
Floresta
(1)
Bosque
(2)
Figura C- Pequena floresta,Belém-PA. (Dados: Digital globe).
Linha de árvores b)Codificação e normalização: será utilizada a codificação
1-de-N para os valores da distância entre as antenas e
representação numérica normalizada entre -1 e 1 para o
(3) erro na topologia. As variáveis frequência e altura de
transmissão não se mostraram representativas e foram
desconsideradas para simplificação do espaço de
atributos;
Onde é a frequência em MHz, é a altura de c) Topologia: serão utilizados para floresta e bosque, 20
transmissão em metros, d é a distância do transmissor em entradas e para linha de árvores 16 entradas. Doze
quilômetros e é a perda adicional por proximidade de neurônios na camada escondida e um na camada de
uma árvore que vale 10,29 dB. saída, aproximando a métrica proposta em [6], abaixo:
V. Modelos híbridos
VI. Resultados
Figura F- Floresta.
Os modelos empíricos e híbridos foram analisados em
função das estatísticas de erro médio absoluto e desvio
padrão representadas em função da perda de propagação
em relação a distância entre as antenas, para cada
morfologia (Tabela II). Foram utilizados como controle os
sets de medição na altura de transmissão de seis metros
em 750 MHz em cada ambiente, que não foram utilizados
em nenhuma etapa do processamento das redes neurais.
Tabela II
VII. Conclusão
Referências