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ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS
LUCAS PERIM
Ouro Preto
Março de 2023
LUCAS PERIM
Ouro Preto
Março de 2023
SISBIN - SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO
CDU 347.249
FOLHA DE APROVAÇÃO
Lucas Perim
Membros da banca
Hernani Mota de Lima, orientador do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito na Biblioteca Digital
de Trabalhos de Conclusão de Curso da UFOP em 27/03/2023
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.003833/2023-14 SEI nº 0498345
All forms of mineral exploration are guided by a set of laws, rules and
regulations. The science that deals with the study and understanding of these
laws is called mineral law. Mineral law is a subject of extreme relevance and
complexity within the world of mining. With that in mind, this monograph aims to
provide simple and objective explanations on the main themes that guide this
science and serve as a reference for Mining Engineering students. This
monograph addresses topics such as the definition of a mining process, and
basic notions about Authorization, Concession, Licensing and Permission
regimes for prospector mining. In addition, this monograph also has a specific
chapter presenting the tools and software, available on the website of the
National Mining Agency, useful in the study of mining law.
GU – Guia de Utilização
CM – Código de Mineração
Art.— Artigo
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................ 5
ABSTRACT ........................................................................................................ 6
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
2 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 12
2.1.1 Identificação
2.1.2 Poligonais
Outro fato interessante, é que cada processo pode ter apenas uma
poligonal, que não pode conter o cruzamento de retas e deve ser desenhada em
rumos verdadeiros. Estar em rumos verdadeiros, significa que todas as linhas da
poligonal só podem estar na direção Norte-Sul ou Leste-Oeste.
Autorização
Concessão.
Licenciamento.
Permissão de lavra garimpeira (PLG).
Registro de extração.
Monopolização.
Além disso, é fácil afirmar que os regimes voltados para o setor privado
compõem a grande maioria dos processos minerários existentes no Brasil, logo,
eles terão capítulos próprios neste documento. No entanto, apenas para fins de
conhecimento, também é interessante entender os conceitos básicos dos
regimes de Extração e Monopolização.
Nessa fase a ANM deverá realizar vistorias ao local para verificar se tudo
está de acordo com a lei, poderá fazer exigências requisitando a mudança de
algo específico, poderá pedir atualização de documentos, dentre outros. Ou seja,
durante toda a vida do título, do requerimento até a extinção da jazida e renúncia
do título minerário, existem leis e regulamentos que devem ser seguidos.
2.1.5 Áreas Livres x Ocupadas x Disponibilidade
Áreas livres, como o próprio nome sugere, são áreas que nunca
possuíram um direito minerário sobre elas, ou seja, estão livres para serem
requeridas. Para melhor compreensão sobre a dinâmica que envolve as áreas
livres, é necessário conhecer sobre o direito de prioridade. O direito de prioridade
diz que, sobre uma área livre, quem encaminhar o requerimento primeiro tem
direito sobre a área, ou seja, se dois requerentes, tiverem interesse na mesma
área, quem fizer o requerimento primeiro terá a oportunidade de conseguir o
título. Vale lembrar que, caso o requerente não cumpra de forma correta as
normas relativas ao seu requerimento, ele pode perder direito a área, fazendo
com que ela vá para disponibilidade, ou em alguns casos específicos, volte a ser
uma área livre.
Como pode ser observado, a figura 2 possui áreas azuis, “cinza” e áreas
sem marcação. As áreas azuis, correspondem a áreas ocupadas, que possuem
um processo minerário sobre elas. As áreas em cinza claro, correspondem a
áreas em disponibilidade, e o restante de imagem que não possui marcação
específica, corresponde a áreas livres.
Por fim, restam as áreas em disponibilidade. É dito que uma área vai para
disponibilidade, assim que seu requerente ou titular renuncie ao título ou perca
o direito sobre ela. Isto se dá quando uma pessoa ou instituição descumpre
alguma norma cabível de perda do requerimento ou título, deixando de ter o
direito sobre o processo em questão e enviando a área para disponibilidade.
Por fim, vale lembrar que não são todas as áreas em disponibilidade que
vão para leilão, por isso, é importante checar os editais anualmente.
2.1.6 SIGMINE
3 REGIMES DE APROVEITAMENTO
Um ponto forte desse regime, é que ele pode ser aplicado para qualquer
substância, salvo materiais radioativos e petróleo, logo, qualquer que seja o
mineral presente na área, ele poderá ser pesquisado e extraído através dos
regimes de autorização e concessão. Outro fator interessante a ser citado são
as áreas máximas. Cada regime possui um valor máximo de área que pode ser
requerida, no caso dos regimes de autorização e concessão, essas áreas
máximas variam de acordo com a substância e estão todas dispostas no Art.42
da Portaria DNPM 155/2016. A tabela 1 sumariza estas áreas por substância.
Tabela 1: Esquema de áreas
Vale lembrar, que todo o processo precisa ser feito através da conta do
requerente, e não do profissional que estiver auxiliando no processo. Além disso,
pode-se observar nos demais ícones da imagem, que a própria ANM
disponibiliza manual de usuário, perguntas frequentes e vídeos explicativos
ensinado a utilizar a plataforma.
https://www.gov.br/anm/pt-br/assuntos/acesso-a-sistemas/requerimento-de-
pesquisa
Vale lembrar, que todo o processo precisa ser feito através da conta do
requerente, e não do profissional que estiver auxiliando no processo. Além disso,
pode-se observar nos demais ícones da imagem, que a própria ANM
disponibiliza manual de usuário, perguntas frequentes e vídeos explicativos
ensinado a utilizar a plataforma.
Tendo isso em vista, o RFP é o ofício que irá atestar para a ANM tudo
aquilo que requerente descobriu no local a partir de suas pesquisas, informações
tais como: tipos de minerais, teores, volumes, profundidades etc. Além disso, a
aprovação do RFP, é o que dará direito ao titular de realizar um requerimento de
concessão de lavra, ou seja, a concessão de lavra poderá ser concedida apenas
caso o Relatório Final de Pesquisa da área em questão tenha sido analisado e
aprovado pela ANM.
As leis que regem o PAE e ditam seus elementos essenciais, podem ser
encontradas nos Art. 39 do CM e Art.32 do RCM. Outrossim, é importante
salientar que durante a elaboração do Plano de Aproveitamento Econômico,
todas os meios e métodos citados devem estar em conformidade com as Normas
Reguladoras da Mineração (NRM’s). Portanto, é de suma importância o
conhecimento dessas normas para a elaboração de um bom PAE.
Vale lembrar, que tanto o PAE quanto o PFM são documentos extensos
e que serão avaliados pela ANM na realização do requerimento. Além disso, eles
são cabíveis de exigência, então é possível que a ANM faça requisições
adicionais ou modificações em partes específicas do documento.
3.2 Licenciamento
Além disso, também existe o fato de que todos os materiais extraídos pelo
regime de licenciamento podem ser utilizados diretamente na construção civil,
ou seja, caso sua extração fosse muito complexa e custosa, a oferta desses
produtos iria diminuir e, consequentemente, o seu preço iria aumentar,
ocasionando na desaceleração do processo de desenvolvimento urbano, e
dificultando-o principalmente nas pequenas e médias cidades, que precisariam
buscar os recursos mais longe e possivelmente mais caros.
Dito isso, a primeira dúvida que pode surgir é: quais são as substâncias
que permitem a lavra pelo regime de beneficiamento? Para responder essa
pergunta, segue o Art.1 da Lei ordinária Nº 6567/1978, são elas:
Além disso, o Art. 10 da Lei 7805/1989, também traz uma lista de quais
tipos de materiais podem ser extraídos nesse regime conforme segue o trecho:
‘’São considerados minerais garimpáveis o ouro, o diamante, a cassiterita, a
columbita, a tantalita e wolframita, nas formas aluvionar, eluvionar e coluvial; a
sheelita, as demais gemas, o rutilo, o quartzo, o berilo, a muscovita, o
espodumênio, a lepidolita, o feldspato, a mica e outros, em tipos de ocorrência
que vierem a ser indicados, a critério do Departamento Nacional de Produção
Mineral - DNPM’’ (BRASIL,1989).
Uma vez que o regime de PLG pode ser utilizado apenas para atividades
de garimpagem, entender como a lei define essas atividades é extremamente
necessário para a compreensão do regime. Dito isso, o conceito de garimpo
pode ser dividido em 3 atividades, são elas: garimpagem, faiscação e cata. A
definição desses termos está presente no Código de Mineração, mais
precisamente no Capítulo Vl, onde o documento as caracteriza e diferencia. Vale
lembrar, que apesar dessa diferenciação, todas as 3 atividades são
consideradas como garimpo.
As principais definições dessa lei, encontram-se no Art. 70, que traz:
“Considera-se:
III - cata, o trabalho individual de quem faça, por processos equiparáveis aos de
garimpagem e faiscação, na parte decomposta dos afloramentos dos filões e
veeiros, a extração de substâncias minerais úteis, sem o emprego de explosivos,
e as apure por processos rudimentares” (BRASIL,1967).
III - pelo caráter individual do trabalho, sempre por conta própria” (BRASIL,1967).
4 FERRAMENTAS DE ESTUDO
Como explicitado na introdução dessa monografia, as informações
contidas aqui não são exaustivamente detalhadas, e possuem o intuito de
orientar os interessados sobre as principais questões que envolvem o direito
mineral no Brasil.
Tendo isso em vista, e com o intuito de fornecer ferramentas para o
estudo mais aprofundado sobre o assunto, os capítulos a seguir tratam de uma
série de sítios e softwares gratuitos, que podem ser utilizados para estudo de
leis, processos, normas e tudo que envolve o direito mineral no Brasil.
4.2 SEI
O acesso a este menu, expõe todos as funções que podem ser realizadas
através do protocolo digital, bem como os principais documentos requeridos para
cada uma delas, segue o exemplo na figura 23.
5 CONSIDERAÇOES FINAIS.
O direito minerário é uma área de estudo de extrema importância e alta
abrangência. Por conta disso, o bom entendimento dessa legislação é de grande
valia para todo profissional que atua na mineração. Portanto, está monografia,
cumpre o objetivo principal de nortear profissionais e estudantes da mineração
no entendimento da legislação mineral e de suas variantes.