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Tertúlias 2023

Quintas-feiras – 20h00 – Fundação Logosófica – Barra da Tijuca- RJ

Tema: A grande prerrogativa humana


Data: 19 de outubro de 2023
Direção: Carin Ades (Filial Saúde São Paulo – SP)

Objetivos:
Favorecer a compreensão do discípulo que o campo experimental logosófico é um dos mais
favoráveis para a prática dos ensinamentos que viabilizarão sua evolução espiritual e que ele é
uma partícula viva e integrante da Obra Logosófica.

Ensinamento base:
(LCM) A GRANDE PRERROGATIVA HUMANA
“Nunca existiu, até o presente, sistema ou ensinamento que revelasse ao homem o caminho do
aperfeiçoamento mediante a ação lúcida e continuada da consciência. Pela primeira vez, pois, na
história da humanidade, é encarada a realização do processo de evolução consciente, único meio real e
seguro de tirar o homem do ostracismo mental e psicológico em que permaneceu até aqui e elevá-lo a
níveis de superação extraordinários; a prova disso é que ninguém jamais mencionou tão importante
assunto, nem deu notícia de progressos dessa ordem que tivessem sido alcançados. Aceitar-se-á, então,
a afirmação de que fora da órbita de nossos conhecimentos não é possível levar a cabo tal realização.
Como ponto inicial para a consumação de tão alto objetivo, a Logosofia ilustra a inteligência acerca da
conformação mental-psicológica que habilita o ser humano para satisfazer o desiderato – tantas vezes
mencionado e jamais alcançado – de conhecer-se a si mesmo. Precisamente nesse conhecimento se
condensa a ciência do aperfeiçoamento, desde o instante em que o homem, arrostando (defrontando,
encarando, enfrentando) as partes perfectíveis do ente moral e psicológico que configura seu ser físico e
espiritual, dispõem-se a superá-las.

O desenvolvimento dessa possibilidade é impulsionado pela força renovadora e construtiva do método


logosófico, no cumprimento das altas realizações conscientes que o magno processo de evolução exige.
Esse processo transforma a vida e a enriquece progressivamente, até o fim dos dias, com inestimáveis
conhecimentos que o espírito cultiva, ampliando seu campo de ação.
A fonte da sabedoria logosófica não está vedada a ninguém, mas não se chega a ela senão pelo avanço
gradual nesse processo que exige ser cumprido com toda a exatidão e em que o esforço é compensado
com o eflúvio das grandes verdades que chegam até o homem na proporção de seus merecimentos.

O fato, registrado pela história do mundo, de aparecerem grandes espíritos – não precisamente
escalando as elevadas regiões, mas delas descendo para ajudar o avanço da humanidade – não prova
uma exceção à regra. Basta-nos saber que o mecanismo mental-psicológico do homem, perfeito em sua
concepção original, mas travado pela ignorância do respectivo dono acerca de tão admirável sistema,

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pode ser restituído à normalidade de seu funcionamento e alcançar essas prerrogativas, o que se revela
na dimensão das concepções da inteligência, na força incontível da palavra, na vastidão da sabedoria, no
exemplo da própria vida”.
(do livro Logosofia, Ciência e Método)

Perguntas:
1. Qual é a grande prerrogativa humana?
2. Que níveis são esses que o ser humano tem para escalar? Em que nível me encontro
atualmente?
3. E que merecimentos precisamos ter para receber o eflúvio das grandes verdades e
escalar outros níveis de consciência?
4. Como conecto meu mundo interno com o mundo logosófico?
5. Por que o Maestro menciona neste capítulo do livro LCM sobre o aparecimento de
grandes espíritos – não precisamente escalando as elevadas regiões, mas delas
descendo para ajudar o avanço da humanidade? O que tem isso a ver com a grande
prerrogativa humana?
6. Qual a relação entre o campo experimental das atividades logosóficas e a grande
prerrogativa humana?

Ensinamentos complementares:

11 de agosto de 1962
Mientras en este mundo físico existe un plano mental donde se mueven, actúan, viven y luchan muchos
pensamientos, hay otros planos mentales, superiores a éste, que a la vez son intermedios de otros más
arriba aún... Fue en uno de esos planos, sobre todo en el superior, donde se configura la concepción, la
magnífica concepción logosófica que ha dado nacimiento a este gran movimiento de superación
humana. (…) mensagem de 11/08/62

Montevideo, 22 de fevereiro de 1951


11. Haced de cuenta todos vosotros que en este instante dejáis de existir en la vida física
y sois transportados todos al mundo mental, así, tal como estáis en estos momentos, que
pueden ser antes o después, tomemos antes.
12. ¿Qué es lo que pensáis que ocurre cuando el espíritu liberado del cuerpo físico debe
presentarse en el mundo mental? Pues, discípulos, es necesario pensar que ese mundo
mental está tan poblado como el mundo físico, y que allí existen las jerarquías que gobiernan ese mundo
mental y donde todos deben entrar en él para vivir en él y no para morir en él.
Y entonces, a cada uno se le dice solamente una palabra: RECUERDA, y el espíritu se ve
obligado desde ese instante a recordar, a saber qué fue, qué hizo y luego él mismo juzga si
los recuerdos contienen oro en polvo –el oro espiritual– o no contienen nada.
13. Y podéis pensar que no es recuerdo pensar cosas aisladas, pensar que se fue al teatro,
o que se cosió un vestido, o que se perdió el tiempo aquí o allá, que se hizo esto o esto,
aisladamente, sin ninguna conexión con la vida, porque esto no sirve para nada. Podrá
haber entretenido la vida física, le habrán hecho pasar buenos momentos, quizá, pero
como resumen de vida no es nada.
14. La vida debe acusar continuidad, porque de no ser así, ¿qué clase de vida es?; qué
conciencia ha llevado cada uno de esa vida para luego poder decir yo he vivido tantos

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años y en estos tantos años recuerdo estos y estos y estos y estos hechos que yo he
vinculado a mi vida, que están vinculados a mi vida porque los he vivido y porque he
mantenido siempre presente el recuerdo de esos hechos que permanentemente vivieron
en mí, porque un hecho vivido que dejó de existir en el recuerdo, pues, ¿adónde va, qué
es, qué representa, un valor? No. Y he ahí como también se ha sido ingrato con esos
hechos que constituyeron en cierto instante un momento de su vida. Y entonces en ese
momento, cada uno se da cuenta que tiene que recordar, y se sienta en una piedra mental y allí debe
estar sentado recordando, y pasará mucho tiempo, mucho tiempo, tratando de recordar; a veces queda
convertido en piedra mental como la que está sentado. Y entonces son las ansias de volver otra vez para
poder recordar, entonces tiene que esperar el turno, pero mientras tanto ¿de qué vive el espíritu? ¿de
qué vive el espíritu? ¿qué es lo que llevó para continuar viviendo en la sustancia de esa vida? He ahí una
realidad, discípulos, que conviene meditar mucho si se quiere en verdad vivir la verdadera vida.

Introdução ao Conhecimento Logosófico pag. 229


“Penso que todos amamos a vida, mas não pelo que a vida nos dá, senão por que nos foi entregue para
que façamos dela o melhor dos usos. Amamos a vida porque nos vem de Deus, que é quem criou todas
as coisas; porque essa vida lhe pertence e porque, amando nossa vida, amamos a Ele. Portanto, cuidem
dessa vida em sua forma, conteúdo e espírito, e orientem constantemente seus pensamentos para
aquelas direções onde pressintam que encontrarão algo que pertença Àquele que deu a vida. Que ao
inspirar-se em algo, sejam conscientes de que o objeto dessa inspiração pertence a quem os criou; e não
esqueçam de que toda inspiração deve nascer sempre como uma oferenda de realização. (…)” ICL-229

Polaridade (exegese Logosófica)


A vida do logósofo se apóia sobre dois pólos: o processo de evolução consciente, que internamente
realiza, e sua estreita vinculação com a obra logosófica, da qual seu espírito se sustenta.

Na proporção de seu avanço nesse processo, surge sua identificação com a obra logosófica e sua
preocupação no sentido de que ela se estenda pelo mundo. (Exegese Logosófica)

Sonho precursor (Intermédio Logosófic0)


Certa noite, ... sonhei que tomava a forma de um pensamento, nas asas do qual me senti
transportado ao mundo arquetípico da Criação. Visitei lugares que eram verdadeiras maravilhas(...)
Percorri em meu vôo grandes distâncias e conheci em seu trajeto as coisas mais extraordinárias que
pode conter a Mente Universal. Enquanto isso - sugestões talvez do pensamento orientador -, percebia
que tudo quanto minha vista admirava - riqueza inesgotável de um mundo superior -, a algo, sem dúvida,
obedecia. Alguma razão deveria existir para que, elevando-me em épico vôo, me mantivesse sereno,
suspenso no meio do espaço.
Possivelmente, seguramente, essa razão existia, e o pensamento-guia me foi transmitindo-a no
curso da viagem. Assim foi como entendi que não devia ser egoísta, reservando só para mim tudo aquilo
que admirava, tudo aquilo que tinha conhecido, ainda mais porque tinha a sensação de que tais
conhecimentos transcendiam os limites de minha capacidade expansiva e que minha própria natureza
parecia dissolver-se na natureza da Criação.
Quando regressei, trazendo todo esse imenso acervo de conhecimentos, pedi a quem guiara meu
vôo, que me permitisse seguir sendo pensamento. E me respondeu:
"Você deve ser mente; não pensamento! Tudo quanto viu, quanto conheceu e admirou, acha-se
dentro de sua própria mente."

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Nesse instante apagou-se aquele sonho, e imediatamente tive outro.
(...)
Desde então - prosseguiu dizendo -, estimulado em meu sonho por sentimentos elevados, que
exaltavam meu ânimo predispondo-o à tarefa humanitária de auxiliar ao semelhante, comecei a
interrogar a uns e a outros sobre se sabiam de quanto eu lhes descrevia; mas ninguém me soube
responder. (...)

Senti, então, que ia assumindo uma grande responsabilidade. Animado por sentimentos
humanitários da mais nobre estirpe, pensei na obra gigantesca que implicava ajudar aos seres humanos
a restituir sua mente verdadeira, aquela que foi feita à imagem e semelhança da de seu Criador.

Conf Córdoba, 9 de outubro de 1955


Os grandes pensamentos monitores da Criação são os eloins são os rebentos celestiais da grande mente
cósmica e deles são segregados os pensamentos que devem ser captados pelas mentes evoluídas, para
comprender em si o pensamento universal; vê-lo em todas as partes do mundo visível, e, também, em
todos os lugares do mundo invisível, plasmado como algo vivente, real e eterno. (Conf. Cordoba,
8/10/1955)

Uma passagem da história divina (Intermédio Logosófic0)


Um dia, o Pai Divino estava muito triste, e um dos doze filhos, vendo-o assim, perguntou
por que estava triste. O Pai lhe res- pondeu:
– Estou triste porque meus outros filhos foram para tão longe que custará muito poder
encontrá-los.
Então outro filho perguntou ao Pai:
– Pai, como vai custar encontrá-los, se Tu conheces onde eles estão?
E o Pai respondeu:
– É verdade, mas eu não posso ir à procura deles. Por isso custará muito encontrá-los. E,
não sendo eu, somente vós devereis ir em busca deles.
Um dos filhos disse:
– Pai, eles quiseram ir. Deixa-os, até que eles mesmos reconheçam que devem voltar.
E disse outro:
– Pai, não é justo que nós, que gozamos de tanto bem-estar, desçamos a esses mundos
para sofrer por culpa deles.
E outro também disse:
– Pai, eu sinto que será um labor superior a nossas forças querer reunir a todos, porque
vamos demorar muito em encontrá-los.
Houve quem expusesse ainda outras causas, até que um dos fi- lhos, que não tinha falado
ainda, disse ao Pai:
– Pai, Tu deste a cada um de nós uma parte de luz, uma parte de verdade, uma parte de
espaço e uma parte de tempo. Eu quisera dividir minha parte entre todos, para que com

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minha luz, com meu tempo, com meu espaço, com minha verdade, possam novamente
vir para o teu lado.
E o Pai disse a este filho, que era o menor:
– Tu és o maior de meus filhos. Seja então tua parte a maior de todas, e que essa luz,
essa verdade, esse tempo e esse espaço sejam tão grandes como a parte que
corresponderia a cada um no seu total. Vai, pois, salvar meus filhos. Tu serás o Pai para
eles, porque serás para eles o que eu tenho sido para vós.
Ouvindo-o, este filho chorou amargamente. E o Pai lhe perguntou:
– Por que choras, se te concedi o pedido que me fizeste, e além do mais te conferi tão
grandes dons? Demonstraste ser o mais bondoso dos meus filhos; maior prova de
grandeza, de amor, não poderias ter dado. Então, por que choras?
E o filho respondeu ao Pai:
– Choro, Pai, porque penso que este meu gesto de compaixão diminuiu a luz de meus
irmãos – e apontou para os onze irmãos que rodeavam o Pai.
O Pai comprovou, ao escutá-lo, que o filho era já tão Pai como Ele, pois na angústia por
ele sentida, ao perceber que a parte maior de luz com que havia sido dotado diminuía a luz
de seus irmãos, havia- lhe dado mais uma prova de que exercia com verdadeiro domínio o
conhecimento do amor universal.

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