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Temas Condicionantes a Movimento de Massa

O tema trata-se da composição do banco de dados que fornecerá informações


geológicas, geomorfológicas, pedológicas, de declividade, uso e ocupação do solo (nesse
trabalho são os pontos de deslizamento e cortes em talude) entre outros, que condicionam a
formação de movimentos de massas.
A Geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo, sua gênese, composição
e os processos que nela atuam (Florenzano, 2008). No estudo do homem versus ambiente
urbano, a Geomorfologia Urbana corresponde uma subdivisão da geomorfologia, na qual é
vista por Goudie e Viles (1997) como uma compreensão da relação existente entre os fatores
do meio físico e os impactos causados pela ocupação humana.
A geologia, conforme apontado por Pietrobelli e Tratz (2015), enquanto ciência tem
como objetos de estudo a composição, estrutura, propriedades físicas e história dos processos
de configuração que ocorreram e ocorrem na Terra. Enquanto informação temática fornecerá
dados litológicos da área analisada. De acordo com Varnes (1978), as características
litológicas que influenciam na ocorrência de movimentação de massa correspondem à
composição mineralógica, textura, estrutura e geometria das rochas, além dos processos
tectônicos, intempéricos e erosivos que as afetam. Crepani (2001) destaca que as
características composicionais e texturais tornam os diferentes tipos de rochas mais ou menos
propensos aos processos de intemperismo e erosão, os quais contribuem para a deflagração de
movimentos de massa.
A Declividade fornece o percentual de inclinação da superfície terrestre. Em
plataformas SIG a declividade pode ser calculada a partir de um arquivo matricial de elevação
do terreno e é definida como a taxa de variação máxima entre o valor de elevação de uma
célula e suas vizinhas. A declividade pode ser expressa pelo ângulo de inclinação, de 0º a 90º,
ou em porcentagem, de 0 a 100% (ESRI, 2019). De acordo com Fernandes et al (2001) a
declividade atua como um fator topográfico nos estudos de suscetibilidade e risco, tanto em
terrenos com alta inclinação como com baixa.
A Pedologia traz a identificação dos tipos de solo, assim como a delimitação
cartográfica.

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Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil (2010) o crescimento da
população de Parauapebas passou de 71.568 habitantes em 2000 para 153.908 em 2010, sendo
138.690 habitantes na área urbana do município (Tabela 1), um crescimento a uma taxa média
anual de 7,96%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de
urbanização do município passou de 82,80% para 90,11% .

Figura x - Tabela de crescimento populacional do Brasil, Pará e Parauapebas de 1991 a 2010 (Fonte: Censo do
IBGE, 2010)

Em consequência dessa evolução demográfica, existe um processo de crescimento


urbano desordenado, com o surgimento de vários assentamentos humanos periféricos em área
consideradas de risco, devido às características topográficas inadequadas para habitação e a
condição de vulnerabilidade da população. As comunidades pobres ocupam normalmente as
áreas de encostas, sujeitas ao deslizamento de terra e processos erosivos ou as várzeas que
inundam nas épocas em que o índice de pluviosidade atinge seu ápice. Paralelamente ao
processo de favelização caminha o descaso com o meio ambiente, onde o homem é o agente
principal na alteração do espaço físico.

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