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Trabalho De História De Educação Física E Desporto

Nome: Betson Paulo Afonso

Tema: Comparação dos jogos olímpicos da antiguidade e da era moderna

Resumo

Jogos Olímpicos da Antiguidade

Os Jogos Olímpicos eram a mais importante festa pan-helênica do mundo grego, e nestes só
podiam participar homens livres, de raça grega, e em pleno gozo de seus direitos de cidadão,
assim, como bem afirma Manolis Andronicos, as Olimpíadas criavam condições para que os
gregos, subdivididos em grupos que viviam em centenas de póleis (cidades-estados que segundo
alguns autores também podem ser denominadas de Polis) independentes e em constantes atritos
entre si, adquirissem consciência de sua unidade nacional.

Jogos eram dedicados a Zeus, a divindade suprema, e aconteciam no santuário erguido em sua
homenagem na cidade de Olímpia, na região de Élis, a oeste do Peloponeso, sendo este composto
por um ginásio, uma palestra, um estádio, um hipódromo, um hotel e dois templos, um de Hera e
um de Zeus, sendo o último o de maior importância e o maior templo da Grécia continental
possuindo no seu interior, a célebre estátua de Zeus, considerada pelos antigos uma das sete
maravilhas do mundo, deste modo não é de admirar que existam várias lendas que explicam o
aparecimento dos Jogos Olímpicos, estando todas elas associadas à mitologia grega.

Jogos eram realizados em pleno verão, na semana de lua cheia do mês metagitnion
(correspondente à segunda quinzena de Agosto e primeira de Setembro do nosso calendário),
sendo celebrados regularmente a partir de 776 a.C., data do primeiro registro dos vencedores. A
partir dessa data, os gregos adoptaram os Jogos Olímpicos como referência cronológica,
chamando "olimpíada" ao período de quatro anos entre um festival e outro, estendendo-se por
aproximadamente 12 séculos, até 393 d.C., quando foram abolidos pelo imperador romano
Teodósio, que após se ter convertido ao cristianismo, proibiu os cultos pagãos.

As provas consistiam em competições de exercícios corporais de força ou agilidade, dividindo-se


em concursos gímnicos e concursos hípicos. Os concursos gímnicos realizavam-se no estádio e
compreendiam: as corridas (simples, dupla, de fundo e com armas); o pugilato; o pancrácio e o
pentlato. Por seu lado os concursos hípicos aconteciam no hipódromo e compreendiam as
corridas de carros e o hipismo. Além dessas provas atléticas, haviam também concursos de
tocadores de corneta e concursos de arautos, com a finalidade de premiar os que tivessem maior
força e capacidade pulmonar.

prêmios dos vencedores dos jogos olímpicos na antiguidade

A vitória atribuía uma enorme honra não só para o vencedor, como também para sua família e
também à sua cidade natal. O vencedor ganhava o estatuto de Olimpiônico e com ele adquiria
como recompensa pelos seus feitos diversas regalias, entre as quais a lendária coroa de folhas de
oliveira, destacando-se, como o mais importante a aclamação do público e todo o prestígio e fama
que dai advinham.

Os Olimpiônicos eram recebidos triunfalmente na sua cidade natal, o seu nome e façanhas eram
imortalizados pelos poetas, sendo o seu nome inscrito no catálogo oficial dos olimpiônicos e
conservado no ginásio. Caso ele próprio ou os amigos tivessem recursos financeiros, era
contratado um escultor para fazer a sua estátua, que seria colocada em Olímpia, enquanto que, em
Atenas, recompensava-se os seus cidadãos vitoriosos em Olímpia dando-lhes alimentação para
toda a vida.

Jogos olímpicos na era moderna

Com o avançar dos tempos e até chegar à sociedade contemporânea os Jogos evoluíram, sofrendo
grandes modificações em relação ao que eram antigamente, sendo alvo de uma normal
complexidade em relação aos Jogos Originais, Podemos definir os Jogos Olímpicos muito
sucintamente como uma competição desportiva que se realiza de quatro em quatro anos e reúne
milhares de representantes de dezenas de países, em provas das mais variadas modalidades, sendo
o principal acontecimento do desporto mundial, não só pelo seu objectivo, que é da
confraternização dos povos através de uma das suas mais expressivas manifestações, mas
também pelo facto de que a ele só podem concorrer os amadores, que não usufruem qualquer
vantagem da prática desportiva.
Esta competição tinha sido interrompida na antiguidade, mas entretanto no final do século XIX,
um eminente educador e filantropo francês, o Barão Pierre de Coubertin (1863-1937), empenhou-
se em fazê-la ressurgir. Convencido de que as glórias da Grécia na sua idade de Ouro eram
devidas, em grande parte, ao impulso que se dera à cultura física e à celebração de festivais
desportivos, e sustentando com um trabalho admirável junto a vários países a ideia de que só
benefícios podiam advir da realização periódica de competições internacionais, em que se
oferecessem aos atletas amadores de todas as nacionalidades iguais oportunidades de triunfo, o
Barão de Coubertin conseguiu, num congresso na Sorbonne de Paris, em 1894, lançar as bases
dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

É também este organismo que está responsável por toda a logística associada aos Jogos, é ele que
organiza o alojamento de todos os atletas Olímpicos, visto que todos os participantes das
Olimpíadas são obrigados a alojar-se num conjunto especial de residências, denominado Vila
Olímpica. Esse costume é um incentivo à própria essência dos Jogos, que é o da aproximação dos
povos por intermédio dos seus desportistas, quando homens e mulheres de todo os continentes
vivem, durante alguns dias, o mesmo ambiente de amizade e fraternidade, acima das rivalidades e
dos preconceitos.

O C.O.I. designa a sede dos Jogos Olímpicos seis anos antes de cada realização, podendo
concorrer para sede qualquer país. O país que promove a competição compõe o hino Olímpico
daquele ano, que é tocado nas principais cerimónias, relativamente a hinos é importante salientar
que durante a entrega das medalhas aos vencedores é tocado o hino do país a que pertence o
campeão.

Prêmios dos vencedores dos jogos olímpicos na era moderna

Na actualidade as coisas já não são bem iguais quando aos jogos olímpicos da antiguidade, mas
os Jogos Olímpicos continuam a ter grande importância, e os campeões Olímpicos continuam a
ser considerados em certa parte heróis e a ter uma grande projecção mediática. Porém, os atletas
recebem hoje como recompensa prémios monetários avultados, existindo ainda um prémio
simbólico que substitui a coroa de ramos de oliveira da antiguidade.

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