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PATOLOGIA DAS

ESTRUTURAS
ADITIVOS PARA CONCRETO
MELHORIA DA QUALIDADE
DO CONCRETO

Engo José Eduardo Granato


Aditivos para concreto

Engo José Eduardo Granato


Engo José Eduardo Granato
Engo José Eduardo Granato
Definição

Aditivo é uma substância adicionada para


alterar uma ou mais propriedades de um
dado material.

Engo José Eduardo Granato


Without superplasticizers With superplasticizer MIGHTY®

O cimento necessita da água para promover sua


hidratação. A quantidade mínima de água para a
hidratação do cimento é por volta de 25% a 30% do seu
peso, ou relação água/cimento a/c = 0,25 a 0,30.
Com esta pequena quantidade de água, o concreto não
se torna trabalhável, isto é, o concreto é praticamente
seco ou com slump menor que 1, impossível de se moldar
nas formas.

Engo José Eduardo Granato


Definição

ADITIVOS QUÍMICOS PARA CONCRETO são produtos que


adicionados em quantidades de até 5% durante o preparo,
alteram uma ou mais características especificas do concreto,
como:

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Características gerais
 Pode-se também aumentar as resistências à compressão,
sem aumentar o consumo de cimento ou reduzir a
consistência da mistura;

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Características gerais
Pode utilizar este aditivo para aumentar a consistência do concreto, sem
adicionar mais cimento e água;

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Características gerais
Redução do consumo de cimento para uma dada resistência.

Fábrica de cimento
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Excesso de água no concreto

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Relação A/C e CURA
Efeitos da cura e relação a/c no ensaio de carbonatação
25,0
Profundidade de carbonatação

a/c 0,30
a/c 0,45
20,0 a/c 0,65

15,0
(mm)

10,0

5,0

0,0
1 - 27 2 - 26 3 - 25 7 - 21 10 - 18 14 - 14 21 - 7 28 - 0

Período de cura na sequência - câmara úmida -


câmara seca (dias)
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Relação A/C e CURA
Efeito da cura e relação a/c no ensaio de penetração de íons cloretos
16000
a/c 0,30
Carga passante (Coulombs)

14000 a/c 0,45


12000 a/c 0,65

10000

8000

6000

4000

2000

0
1 - 27 2 - 26 3 - 25 7 - 21 10 - 18 14 - 14 21 - 7 28 - 0
Período de cura na sequência - câmara úmida -
câmara seca (dias)
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Características gerais
• Diminuição da Retração.

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Características gerais
 Aumento da durabilidade do concreto

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Características gerais
 Aumento da durabilidade do concreto

Panteão de Agripade Roma 27 a.C.

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Características gerais
• Diminuição do calor de hidratação;
• Retardamento ou aceleração da pega.

2000

1750 Plain
Heat Evolved (uCal/g/s)

Accelerator
1500
Retarder
1250 Extended Retarder

1000

750

500

250

0
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Time (hrs)
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Características gerais
• Diminuição da Permeabilidade.

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Características gerais
Corrigir eventuais deficiências, próprias dos materiais constituintes do concreto
(cimento, agregados)

NÃO VIBRADO VIBRADO


resist. à compressão resist. à compressão
200 Kg/cm2 350 Kg/cm2

SLUMP 22 cm
A/C 0:56

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Concreto fresco

 Melhora na trabalhabilidade
 Melhor homogeneização
 Maior coesão
 Diminui a exsudação de água
 Controla o tempo de pega

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Concreto endurecido

 Aumento da resistência às solicitações mecânicas


 Melhora na resistência ao desgaste
 Aumento da impermeabilidade
 Aumento da durabilidade

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Aditivos para concreto e argamassas
A utilização dos aditivos remonta desde a idade dos romanos, que
utilizavam sebo, leite de cabra, clara de ovo, etc., mas a sua evolução
nos nossos tempos, surgiu após a invenção do cimento Portland:
· 1850 – cimento Portland
· 1855 – gesso (primeiro aditivo)
· 1900 – aceleradores – Ca Cl2
· 1900 – retardadores – açúcares
· 1935 – plastificantes – lignossulfonatos
· 1945 – incorporadores de ar
· 1960 – anticongelantes
· 1970 – superplastificantes (melamina / naftaleno)
· 1990 - hiperplastificantes (policarboxilatos – reodinâmicos)
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Classificação
Os aditivos podem ser classificados de diversas maneiras:
NBR 11768 – Aditivos para concreto de cimento Portland
1. Quanto à origem
2. Quanto à forma
3. Quanto a propriedade (ou ação).

A NBR 11768/2010 classifica às os aditivos quanto as


suas propriedades, que são:

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Classificação
 Retardadores (TIPO R): Retarda o tempo de pega conforme a
dosagem, prolongando assim a dissipação do calor de hidratação
ao longo do tempo, impedindo a perda rápida da água do concreto
lançado, devido à elevação da temperatura.
 Aceleradores (TIPO A): Acelera a evolução da resistência inicial
do concreto e da pega da pasta de cimento durante o
endurecimento

2000

1750 Plain
Heat Evolved (uCal/g/s)

Accelerator
1500
Retarder
1250 Extended Retarder

1000

750

500

250

0
0 3 6 9 12 15 18 21 24

Engo José Eduardo Granato Time (hrs)


Classificação
 Plastificantes (TIPO PN): Redução da relação a/c, mantendo a
trabalhabilidade desejada ou, como alternativa, aumenta a
trabalhabilidade com uma mesma relação a/c, reduzindo a
permeabilidade do concreto.
 Plastificantes retardador (TIPO PR): Produto que combina os
efeitos do plastificante e retardador
 Plastificantes acelerador (TIPO PA): Produto que combina os
efeitos do plastificante e acelerador

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Ensaio mantendo a consistência do concreto
Propriedade Requisito
Redução de água medida pelo Concreto em ensaio com redução de água  5% com relação ao
abatimento do tronco de cone concreto de referência
Teor de ar no concreto fresco Concreto em ensaio com teor de ar  2% em volume com relação ao
concreto de referência, salvo indicação contrária do fabricante
Quando retardador de pega, com relação à argamassa de referência:
Início de pega: t  90 min
Aditivo retardador
Fim de pega: t  360 min
PR
Requisito aplicável a aditivo redutor de água / retardador de pega e
aditivo plastificante / retardador de pega, (PR).
Tempo Quando acelerador de pega, com relação à argamassa de referência:
de Aditivo acelerador Início de pega: t  30 min
Pega PA Requisito aplicável a aditivo redutor de água/acelerador de pega e a
ab
aditivo plastificante / acelerador de pega, (PA).
Quando não tem a função de modificar a pega, com relação à
argamassa de referência:
Aditivo neutro
Início de pega: 30 min  t  90 min
PN
Requisito aplicável a aditivo redutor de água e a aditivo plastificante,
(PN)
Resistência à compressão Resistência do concreto em ensaio  110 % da resistência do
concreto de referência, nas idades de 7 dias e 28 dias
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Classificação
Superplastificantes Tipo I (SP- I N): Aumenta o índice de consistência
do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que
possibilita a redução de, no mínimo, 12% da quantidade de água de
amassamento para produzir um concreto com determinada consistência.
Superplastificantes retardador (TIPO SP- I R): Produto que combina os
efeitos do superplastificante e retardador.
Superplastificantes acelerador (TIPO SP-I A): Produto que combina os
efeitos do superplastificante e acelerador.

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Ensaio mantendo a consistência do concreto

Propriedade Requisito

Redução de água medida Concretod em ensaio com redução de água  12% com relação ao concreto de
pelo abatimento do tronco referência.
de cone
Teor de ar no concreto Concreto em ensaio com teor de ar  2% em volume com relação ao concreto
fresco de referência, salvo indicação contrária do fabricante.
Quando retardador de pega, com relação à argamassa de referência:
Aditivo Início de pega: t  90 min
retardador Fim de pega: t  360 min
SP-I R Requisito aplicável a aditivo de alta redução de água / retardador de pega e
aditivo superplastificante tipo I / retardador de pega, (SP-I R).
Quando acelerador de pega, com relação à argamassa de referência:
Aditivo
Tempo de acelerador Início de pega: t  30 min.
pega
SP-I A Requisito aplicável a aditivo de alta redução de água / acelerador de pega e a
aditivo superplastificante tipo I / acelerador de pega, (SP-I A).
Quando não tem a função de modificar a pega, com relação à argamassa de
referência:
Aditivo neutro
Início de pega: 30 min  t  90 min.
SP-I N
Requisito aplicável a aditivo de alta redução de água e a aditivo
superplastificante tipo I, (SP-I N).

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Aos 28 dias: resistência do concreto em ensaio  115 % da resistência do concreto
de referência.
Adicionalmente, quando o aditivo não retarda a pega, na idade de 1 dia:
Resistência à compressão resistência do concreto em ensaio  140 % da resistência do concreto de
referência.
Adicionalmente, quando retardador de pega, aos 7 dias: resistência do concreto
em ensaio  115 % da resistência do concreto de referência.

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Propriedade Requisito
Ensaio mantendo a relação água/cimento
Consistência Abatimento  160 mm (abatimento inicial de 40 mm  10 mm - sem
aditivo)
Teor de ar no Concreto em ensaio com teor de ar  2% em volume com relação ao
concreto fresco concreto de referência, salvo indicação contrária do fabricante

Resistência à Aos 28 dias: resistência do concreto em ensaio  100 % da resistência


compressão do concreto de referência

Aditivo Quando o aditivo tem função de retardar a pega, o abatimento após 60


retardador min da incorporação do aditivo não deve ser inferior ao concreto de
referência.
SP- I R
Perda Aditivo Quando o aditivo tem função de acelerar a pega, o abatimento após
de acelerador 30 min da incorporação do aditivo não deve ser inferior ao concreto de
consis- referência.
tência SP-I A
Aditivo Quando o aditivo não modifica a pega, o abatimento após 30 min da
neutro incorporação do aditivo não deve ser inferior ao concreto de
referência.
SP-I N

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Classificação
 Superplastificantes Tipo II (SP-II N): Aumenta o índice de
constência do concreto mantida a quantidade de água de
amassamento, ou que possibilita a redução de, no mínimo, 12% da
quantidade de água de amassamento para produzir um concreto
com determinada consistência.
 Superplastificantes retardador (TIPO SP- II R): Produto que
combina os efeitos do superplastificante e retardador.
 Superplastificantes acelerador (TIPO SP-II A): Produto que
combina os efeitos do superplastificante e acelerador.

Engo José Eduardo Granato


Propriedade Requisito
Ensaio mantendo a consistência do concreto
Redução de água Concretod em ensaio com redução de água  20% com relação ao
medida pelo concreto de referência.
abatimento do
tronco de cone
Teor de ar no Concreto em ensaio com teor de ar  2% em volume com relação ao
concreto fresco concreto de referência, salvo indicação contrária do fabricante.
Aditivo Quando retardador de pega, com relação à argamassa de referência:
retardador Início de pega: t  90 min
SP-I R Fim de pega: t  360 min
Tempo Aditivo Quando acelerador de pega, com relação à argamassa de referência:
de acelerador Início de pega: t  30 min.
pega a SP-I A
Aditivo Quando não tem a função de modificar a pega, com relação à
neutro argamassa de referência:
SP-I N Início de pega: 30 min  t  90 min.

Engo José Eduardo Granato


Aos 28 dias: resistência do concreto em ensaio  125 % da resistência
do concreto de referência.
Adicionalmente, quando o aditivo não retarda a pega, na idade de 1 dia:
Resistência à
resistência do concreto em ensaio  150 % da resistência do concreto de
compressão
referência.
Adicionalmente, quando retardador de pega, aos 7 dias: resistência do
concreto em ensaio  125 % da resistência do concreto de referência.

Engo José Eduardo Granato


Propriedade Requisito
Ensaio mantendo a relação a/c
Consistência Abatimento  220 mm (abatimento inicial de 40 mm  10 mm sem
aditivo)
Teor de ar no concreto fresco Concreto em ensaio com teor de ar  2%, em volume com relação
ao concreto de referência, salvo indicação contraria do fabricante
Resistência à compressão Aos 28 dias: resistência do concreto em ensaio  100 % da
resistência do concreto de referência

Retardador Quando o aditivo tem função de retardar a pega, o abatimento após


SP-II R 90 min da incorporação do aditivo não deve ser menor que o
abatimento do concreto de referência.

Perda de Acelerador Quando o aditivo tem função de acelerar a pega, o abatimento após
consistênciaa SP-II A 30 min da incorporação do aditivo não deve ser inferior ao concreto
de referência.

Neutro Quando o aditivo não modifica a pega, o abatimento após 60 min


SP-II N da incorporação do aditivo não deve ser inferior ao concreto de
referência.

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NORMAS

NBR 11768 (EB-1763/92) - Aditivos para concreto de cimento


portland
NBR 10908 (MB 2645/86) – Aditivos para argamassa e concreto –
Ensaios de uniformidade
NBR 12317 (NB 1401/92) – Verificação de desempenho de aditivos
para concreto.

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Outros aditivos
Expansor Provoca a expansão de 1% a 2% do concreto, mediante a formação de gases.
Impermeabilizante Formam compostos, notadamente com a reação com o hidróxido de cálcio do
cimento, repelindo a água. Cristalizantes
Inibidores de corrosão Solução de nitrito de cálcio ou éster & aminas, inibem o ataque de cloretos.
Inibidores de reação Produto à base de lítio, inibe a reação álcali-agregado.
álcali agregados
Fungicida Produto à base de sulfato de cobre ou pentaclorofenol, impede a formação de
fungos e algas no concreto endurecido.
Injeções Fluidificante para injeção de cimento em bainhas de protensão e trincas.
Controle de hidratação Controlam a hidratação do cimento, permitindo a inibição das reações de
do cimento hidratação por até 72 horas.
Anticongelante Evita o congelamento da água de mistura do concreto, durante a concretagem em
dias muito frios.
Redutor de ar Aumenta a viscosidade e coesão da mistura.
incorporado
Redutores ou
Reduzem a retração ou expandem, compensando a retração
compensadores de
retração

Engo José Eduardo Granato


Tipos de aditivos
A norma NBR 11768 (ABNT, 2011) classifica os aditivos como

2.1 - Redutor de água Tipo 1 – RA1


aditivo que, sem modificar a consistência do concreto, permite reduzir o conteúdo
de água; ou que, sem alterar a quantidade de água, modifica a consistência do
concreto, aumentando o abatimento e a fluidez; ou, ainda, aditivo que produz
esses dois efeitos simultaneamente

NOTA: Aditivos redutores de água Tipo 1 são conhecidos comercialmente por


aditivos plastificante, polifuncional, multifuncional, entre outros

2.2- Redutor de água Tipo 1/Retardador– RA1-R


aditivo que combina os efeitos de um aditivo redutor de água tipo 1 (função
principal) e os efeitos de um aditivo retardador de pega (função secundária)

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2.3- Redutor de água Tipo 1/Acelerador – RA1-A
aditivo que combina os efeitos de um aditivo redutor de água tipo 1 (função
principal) e os efeitos de um aditivo acelerador de pega (função secundária)

2.4- Redutor de água Tipo 2 – RA2


aditivo que, sem modificar a consistência, permite maior redução de água no
concreto quando comparado ao redutor de água Tipo 1 – RA1; ou que, sem alterar
a quantidade de água, aumenta consideravelmente o abatimento e a fluidez do
concreto; ou, ainda, aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente

NOTA: Aditivos redutores de água Tipo 2 são conhecidos comercialmente como


aditivos superplastificantes, hiperplastificantes, mid-ranges, entre outros

2.5- Redutor de água Tipo 2/Retardador – RA2-R


aditivo que combina os efeitos de um aditivo redutor de água tipo 2 (função
principal) e os efeitos de um aditivo retardador de pega (função secundária)
)

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2.6- redutor de água Tipo 2/Acelerador – RA2-A
aditivo que combina os efeitos de um aditivo redutor de água tipo 2 (função principal) e os
efeitos de um aditivo acelerador de pega (função secundária)

2.7 controlador de hidratação – CH


aditivo que controla a hidratação do cimento

NOTA: Aditivos controladores de hidratação são conhecidos comercialmente por


estabilizadores, inibidores, entre outros

2.8 acelerador de pega - AP


aditivo que promove a redução dos tempos de pega do concreto

2.9 acelerador de resistência - AR


aditivo que aumenta a taxa de desenvolvimento das resistências iniciais do concreto, com ou
sem modificação do início de pega

2.10 acelerador de pega para concreto projetado - APP


aditivo que altera imediatamente a reologia do concreto projetado promovendo aderência ao
substrato e posteriormente acelera a hidratação do cimento aumentando as resistências
iniciais

Engo José Eduardo Granato


2.11 compensador de retração - CR
aditivo que ao reagir com o cimento e água, produz etringita ou hidróxido de cálcio e outros, levando ao
aumento de volume que induz o concreto e argamassa a expandir e compensar as forças de retração total

NOTA: Os aditivos compesadores de retração contemplados por esta norma são do tipo G conforme
definição do ACI 223, cuja base principal é o oxido de cálcio supercalcinado

2.12 redutor de retração - RR


aditivo que possui como função principal a redução da retração autógena, atuando na diminuição da
tensão superficial da água presente no concreto

2.13 incorporador de ar - IA
aditivo que incorpora intencionalmente, durante o amassamento do concreto, uma quantidade controlada
de microbolhas de ar separadas entre si, uniformemente distribuídas, estáveis e que mantenham estas
características no estado endurecido

2.14 modificador de viscosidade – retentor de agua MV-RT


aditivo que retém a água dentro do concreto diminuindo o efeito de exsudação

2.15 incorporador de ar para concreto leve – IA-L


aditivo que incorpora intencionalmente, durante o amassamento do concreto, uma quantidade de
microbolhas de ar, para produzir concretos com densidade abaixo de 2000 kg/m³

Engo José Eduardo Granato


2.16 redutor de corrosão - RC
aditivo que diminuí a corrosão da armadura do concreto através da mitigação da
entrada de íons cloretos no interior do concreto

2.17 modificador de viscosidade – anti-segregante MV-AS


aditivo que reduz a segregação de concretos fluidos ou autoadensáveis e também
permite desenvolver concretos submersos

2.18 redutor de absorção capilar – RAC


aditivo que diminui a absorção capilar por efeito físico quando a resistência à água
sob pressão é limitada ou inexistente

2.19 redutor de permeabilidade - RP


aditivo que diminui a permeabilidade capilar por efeito de cristalização onde os
compostos que bloqueiam os poros são suficientemente estáveis para resistir a
água sob pressão

2.20 aditivos para concreto vibroprensado - CVP


grupo de aditivos utilizado especificamente na cadeia de concretos vibropren

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Aditivos compensadores de retração

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Aditivos cristalizantes

Engo José Eduardo Granato


Aditivos cristalizantes

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Excesso de água prejudica todas as
características do concreto

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Agregados com Granulometria Descontínua

 Causam problemas.

 Faltam agregados de certos tamanhos.

 Porque existem brechas na granulometría.

 Porcentagem retidas em traços de concreto com


granulometrías descotinuas.

Engo José Eduardo Granato


Packing de Agregados

Agregado
Descontínuo

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Distribuição e Tamanho das partículas
Teoria empacotando: Dado um volume fixo e
objetos do mesmo tamanho, há um número de
máximo de objetos que podem ajustar naquele
volume

Engo José Eduardo Granato


Empacotamento dos agregados

Engo José Eduardo Granato


Área Superficial
Agregados finos exigem maior quantidade de água de amassamento

Agregados grossos exigem maior quantidade de água de amassamento

(19mm)
3/4”
(38mm)
1-1/2”

(866 mm2) (1732 mm2)


Engo José Eduardo Granato
Teoria do empacotamento

Engo José Eduardo Granato


Teoria do empacotamento

Engo José Eduardo Granato


Packing de Agregados

Agregado
bem
graduado

Engo José Eduardo Granato


Modelo de curva
Mistura
Ideal
35,0 Baixo
Alto

30,0 Curva granulométrica


25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0
3/8 #4 #8 #16 #30 #50 #100 Fundo
Tamanho da Peneira

Engo José Eduardo Granato


Engo José Eduardo Granato
Engo José Eduardo Granato
Retração – excesso de água

Redução
de água
Água necessária < retração
para preencher
vazios

Engo José Eduardo Granato


Patologia das Construções

Quanto maior o
fator
água/cimento,
maior é a
permeabilidade a
água do concreto,
conforme vemos na
tabela ao lado.

Engo José Eduardo Granato


Engo José Eduardo Granato
Consistência do concreto

Engo José Eduardo Granato


CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO
CONCRETO FRESCO

CONSISTÊNCIA

HOMOGENEIDADE

 Fatores que influenciam:


- Forma, granulometria e tamanho máximo
das areias.
- Dosagem de cimento.
- Relação A/C
- Aditivos
Engo José Eduardo Granato
Características do concreto fresco

Engo José Eduardo Granato


Modelo de curva
Mistura
Ideal
35,0
Curva granulométrica Baixo
Alto

30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0
3/8 #4 #8 #16 #30 #50 #100 Fundo
Tamanho da Peneira

Engo José Eduardo Granato


Granulometria dos agregados

Engo José Eduardo Granato


Forma e tipo dos agregados

Redonda Alongada

Angular

Lamelar
Alongada e lamelar

Engo José Eduardo Granato


PROPRIEDADES PARA A PEDRA A SUBSTÂNCIA QUÍMICA E
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS INDIVIDUAIS QUE
COMPÕEM UMA PEDRA (QUÍMICA, FÍSICA, E MECÂNICA).

Engo José Eduardo Granato


RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE ROCHAS COMUNS

ROCHAS RESISTÊNCIA (MPa)

Granito 181
Basalto 283
Calcário 159
Mármore 117
Quartzito 252
Gnaisse 147
Xisto 170
Engo José Eduardo Granato
PROBLEMAS
Segregação:
Separação dos componentes por decantação,
de acordo com o seu tamanho e densidade.

Exsudação:

Tipo de segregação em que a água ascende


à superfície.

Engo José Eduardo Granato


POR QUE SE VIBRA O CONCRETO ???

 PARA PERMITIR A CORRETA APLICAÇÃO DO CONCRETO,

EXPULSANDO AS BOLHAS DE AR

 GARANTIR QUE O CONCRETO ESTUDADO SEJA APLICADO NA

PEÇA

Engo José Eduardo Granato


COMO VIBRAR O CONCRETO ???

 NO CASO DE PEÇAS GRANDES, DEVE-SE IMERGIR A

PONTEIRA DO VIBRADOR E SOMENTE A PONTEIRA.

 EM CASO DE PEÇAS MAIORES COM DIVERSAS CAMADAS DE

CONCRETAGENS, ESTAS DEVEM SER “COSTURADAS” COM A

IMERSÃO DO VIBRADOR ENTRE AS 2 CAMADAS

Engo José Eduardo Granato


COMO VIBRAR O CONCRETO ???

 DEVE-SE VIBRAR O CONCRETO ATÉ QUE SE FORME UMA

SUPERFÍCIE VÍTREA NO TOPO DO CONCRETO

 DEVE-SE RETIRAR O VIBRADOR LENTAMENTE PARA QUE

NÃO SE FORME UM “BURACO” COM A SUA RETIRADA

Engo José Eduardo Granato


COMO VIBRAR O CONCRETO ???

 NO CASO DE NÃO SER POSSÍVEL APLICAR O VIBRADOR

VERTICALMENTE, PODE-SE APLICAR O VIBRADOR COM UM ÂNGULO

MÁXIMO DE 45 O.

 NO CASO DE PEÇAS ESBELTAS, PODE E DEVE-SE VIBRAR O

CONCRETO COM O VIBRADOR NA POSIÇÃO HORIZONTAL DE FORMA

QUE O VIBRADOR SEJA TODO ENCOBERTO PELO CONCRETO.

DEVE-SE RETIRAR O VIBRADOR LENTAMENTE DE FORMA A EVITAR

A FORMAÇÃO DE BURACOS DE ARGAMASSA.

Engo José Eduardo Granato


COMO VIBRAR O CONCRETO ???

 NÃO DEVE-SE VIBRAR “MUITO” NEM “POUCO” O CONCRETO

 POUCO: A PEÇA NÃO SERÁ ADENSADA CORRETAMENTE,

COM A PRESENÇA DE MUITAS BOLHAS E PERDA DE

RESISTÊNCIA

 MUITO: SEPARAÇÃO DA ARGAMASSA DOS AGREGADOS

GRAÚDOS, GERANDO O FENÔMENO CHAMADO DE

SEGREGAÇÃO

Engo José Eduardo Granato


COMO VIBRAR O CONCRETO???

 O VIBRADOR POSSUI UM RAIO DE AÇÃO


 O VIBRADOR DEVE SER APLICADO NA PEÇA COM O
ESPASSAMENTO SUCESSIVOS SEGUNDO O RAIO DE
AÇÃO.
 O VIBRADOR DEVE SER APLICADO COM UMA DISTÂNCIA
PRÓXIMA A “R” DA PAREDE DA FORMA, NÃO DEVENDO SER

APLICADO JUNTO DESTA

Engo José Eduardo Granato


EVITE A SEGREGAÇÃO DO CONCRETO

Engo José Eduardo Granato


EVITE A SEGREGAÇÃO DO CONCRETO

Engo José Eduardo Granato


CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO
CONCRETO ENDURECIDO

DENSIDADE
RESISTÊNCIAS
MECÂNICAS
PERMEABILIDADE

Engo José Eduardo Granato


PERMEABILIDADE
Facilidade com que é atravessado por um fluido.
140
 Depende: 120

 Volume de poros.

PERMEABILIDADE (10-12 cm/s)


100

 Conexão entre 80
poros
60
 Relação A/C.
40

 Finura do cimento. 20

 Forma dos 0
agregados 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
RELAÇÃO A/C

Engo José Eduardo Granato


Relação entre a quantidade de
água e a Resistência do Concreto

Engo José Eduardo Granato


SLUMP

Engo José Eduardo Granato


NÃO VIBRADO VIBRADO
A/C 0,35 resist. à compressão resist. à compressão
100 Kg/cm2 700 Kg/cm2

SLUMP 1 cm

Engo José Eduardo Granato


A/C 0,46 NÃO VIBRADO VIBRADO
resist. à compressão resist. à compressão
150 Kg/cm2 450 Kg/cm2

SLUMP 10 cm

Engo José Eduardo Granato


VIBRADO
NÃO VIBRADO
A/C 0:56 resist. à compressão
resist. à compressão
350 Kg/cm2
200 Kg/cm2

SLUMP 22 cm

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NÃO VIBRADO VIBRADO
A/C 0,35 resist. à compressão resist. à compressão
500 Kg/cm2 700 Kg/cm2

SLUMP 26 cm

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Concreto segregado

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A fluidez de uma pasta de cimento é função das
forças de atração e repulsão, entre as partículas de cimento.
ADITIVO

Atração entre Repulsão entre


partículas de cimento partículas de cimento
FLOCULAÇÃO DISPERSÃO
Baixa fluidez Alta fluidez

Aumento da Diminuição da
Relação A/C + Água Relação A/C - Água
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Como atua o aditivo

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Floculação a/c = 0,5

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Defloculação a/c = 0,5
(Superplastificante)

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Mecanismo de ação para um dispersante

ADSORÇÃO SUPERFICIAL

CARGA ELETROSTÁTICA SOBRE A


PARTÍCULA DE CIMENTO

DISPERSÃO

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Mecanismo de ação de um superplastificante normal

Moléculas dispersantes

Dispersão
diminuição da relação A/C causada pela
repulsão eletrostática.

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No processo de hidratação, as partículas de
cimento reagem com a água formando cristais.

As moléculas do superplastificante são envoltas pelos


cristais de hidratação do cimento, anulando as cargas
negativas.

A Floculação irá ocorrer

Dando origem à perca de


Engo José Eduardo Granato fluidez e trabalhabilidade
Mecanismo de ação do novo superplastificante
Policarboxilato.

Moléculas Policarboxilato Maior dispersão


baixa relação A/C devido à repulsão
esteria e eletrostática

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Mecanismo de ação do novo superplastificante
POLICARBOXILATO
Ação combinada do POLICARBOXILATO

Moléculas

Moléculas Glenium

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No processo de hidratação as partículas de
cimento reagem com a água. Devido à sua natureza
particular, o POLICARBOXILATO, num meio alcalino
envolve as partículas de cimento, mantendo a
estabilidade da dispersão.

Maior estabilidade de dispersão


=
Melhor manutenção de trabalhabilidade
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Redução de
Agua

dose de HRWR por peso de


cimento

MPa
658 lb/yd3 (390 kg/m3) fator cimento
35
30
25
20
15
10
5
0
8 hr. 12 hr. 16 hr.
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Policarboxilato Naftaleno
Polycarboxylate
Slump Retention Performance

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Concreto convencional

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Concreto autoadensável

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1,09% maior

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Túneis

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Concreto projetado

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Equipamentos

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Concreto projetado

• Tomar medidas de segurança necessárias, tanto no armazenamento


como no manuseamento dos produtos alcalinos (pH > 12).

• Procurar utilizar aditivos não alcalinos (álcali free), que não são
tóxicos para o operador, nem reduzem drásticamente as resistências
do concreto.

• Recordar que o uso de um redutor de água


permite reduzir a relação água/cimento e
melhorar as resistências iniciais e finais.

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• Estabilização da água de lavagem (recuperação do lastro de
concreto).
• Estabilização do concreto em estado plástico devolvido.
• Estabilização do concreto fresco para longos trajetos.

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Espumantes
• Juntar o aditivo à argamassa pré-misturada, com consistência
seca ou plástica.
• Utilizar preferencialmente agregados naturais rolados. As
britas apresentam cantos que rompem as bolhas de ar à
medida que se formam. Este efeito limita a estabilidade da
espuma gerada.
• Manter constante a intensidade e o tempo de mistura.

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Hidrofugantes

• São aplicadas as recomendações gerais mencionadas para os


aditivos.

• Rever as dosagens a utilizar.

• Controlar as resistências mecânicas e a repulsão de água obtida.

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Aditivo compensador de retração

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Agressividade do meio ambiente

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Aditivos impermeabilizantes
 Produtos à base de cimento, silicatos e outros componentes
químicos, que são dosados no concreto, atuando como
impermeabilizante mineral por cristalização.
 O material reage com a umidade do concreto fresco e com
subprodutos do cimento, formando compostos cristalinos insolúveis
nos poros e capilares do concreto, tornando-o impermeável contra a
penetração de água e substâncias agressivas, garantindo maior
proteção e durabilidade. (Não normalizado).

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Permeabilidade do concreto

 O concreto é um material bastante poroso, com


uma estrutura bastante heterogênea e
complexa.
 (Metha_Monteiro-1994) tanto a matriz da pasta
de cimento e dos agregados, como a zona de
transição contém poros e microfissuras, ainda
sujeitos a modificação com o tempo, a umidade
e temperatura.

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Permeabilidade do concreto
 A pasta de cimento são compostos
principalmente de C-H-S, Ca (OH)2 e etringita.
A porosidade total gira em torno de 25% a 30%
em volume para uma relação água/cimento =
0,5.
 Poros entre cristais de C-H-S (ɲm), poros
capilares entre os compostos hidratados, bolhas
e fissuras variando entre alguns ɲm e mm.

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Poro capilar do
concreto

Nano cristais
bloqueiam os
capilares do
concreto

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Cristalização dentro dos vazios

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PERGUNTAS

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