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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ADITIVOS QUÍMICOS E ADIÇÕES MINERAIS


Profª. Patrícia Silveira Lovato - patricialovato@upf.br
ADITIVOS QUÍMICOS
ADITIVOS QUÍMICOS

 Definição NBR 11768-1/2019 – Aditivo para


concreto
 “Produto adicionado e misturado no concreto, em
quantidade geralmente não superior a 5% da massa de
ligante total contida no concreto [...]”
 Modificam algumas propriedades do material fresco ou
endurecido

Cimento Argamassa Concreto

0,05 a 5%
ADITIVOS QUÍMICOS

Permitem que propriedades


do concreto sejam
modificadas

Aditivos
químicos Concretos mais duráveis

Aumento de rendimento
ADITIVOS QUÍMICOS

 Emprego CORRETO
 Modificar ou melhorar:
 Reologia do concreto no estado fresco
 A pega e o endurecimento do cimento
 O conteúdo de ar ou de outros gases no concreto
 Melhorar a durabilidade
 Resistência mecânica do concreto nas diferentes idades
 Obter regularidade na fabricação do concreto
 Ampliar campo de aplicação do concreto
 Redução de custo do concreto
ADITIVOS QUÍMICOS

 Emprego CORRETO – Avaliação da compatibilidade


cimento-aditivo
ADITIVOS QUÍMICOS

Efeito do aditivo Outros

Cimento Aditivo Temperatura


Agregados
Mistura

Tipo e quantidade Tipo


Tipo
Teor de C3A e C3S Quantidade
Características:
Adições dimensão
máxima,
Conteúdo de gesso granulometria,
Finura finos,
porosidade...
ADITIVOS QUÍMICOS

 Tipos (NBR 11768-1/2019 – Aditivos químicos


para concreto de cimento Portland)
 Redutor de água Tipo 1 (RA1, RA1-R, RA1-A)
 Redutor de água Tipo 2 (RA2, RA2-R, RA2-A)
 Incorporador de ar (IA)
 Incorporador de ar para concreto leve (IA-L)
 Controlador de hidratação (CH)
 Acelerador de pega (AP)
 Acelerador de resistência (AR)
 Acelerador de pega para concreto projetado (APP)
 Redutor de corrosão (RC)
ADITIVOS QUÍMICOS

 Tipos (NBR 11768-1/2019 - Aditivos químicos


para concreto de cimento Portland)
 Compensador de retração (CR)
 Redutor de retração (RR)
Modificador de viscosidade retentor de água (MV-
RT)
 Modificador de viscosidade antisegregante (MV-AS)
 Redutor de absorção capilar (RAC)
 Redutor de permeabilidade (RP)
 Aditivos para concreto vibroprensado (CVP)
ADITIVOS QUÍMICOS

 Requisitos gerais (NBR 11768-1/2019)


Homogêneo no momento da
 Homogeneidade utilização, não apresentando
separação ou sedimentação

 Cor Uniforme e similar à descrição informada pelo


fabricante

 Massa específica Valor declarado pelo fabricante com


tolerância de ±0,02 g/cm³

Valor declarado pelo fabricante com


 Teor de sólidos tolerância de ±2%
ADITIVOS QUÍMICOS

 Requisitos gerais (NBR 11768-1/2019)

 pH Valor fixado pelo fabricante com tolerância de ± 1

 Cloretos solúveis em água


Isento de cloretos ≤0,15% em massa ou
≤ ao valor declarado pelo
fabricante

 IM (índice de multiplicação): quociente entre o


resultado do ensaio do concreto de referência com aditivo
pelo resultado do concreto de referência sem aditivo
ADITIVOS QUÍMICOS

 Tipos (NBR 16826/2020 – Aditivos para


argamassas inorgânicas)
 Retentores de água
 Incorporadores de ar
 Polímeros auxiliadores de aderência e flexibilidade
ADITIVOS QUÍMICOS

 Redutores de água
 Plastificantes e superplastificantes
 Reduzem a tensão superficial da água ou
 Promovem defloculação das partículas de cimento
 Objetivos
 > trabalhabilidade
 Incremento da resistência e durabilidade
 Redução de custo: reduzindo água e cimento
para uma mesma resistência e trabalhabilidade
ADITIVOS QUÍMICOS

 Redutores de água

Resistência a 28 dias > A Resistência a 28 dias > A


Abatimento ≤ B Abatimento = B
+ cimento + redutor de água
- água

Resistência a 28 dias = A + redutor de água Resistência a 28 dias = A


Abatimento = B - Cimento - água Abatimento = B

+ cimento + redutor de água


+ água
Resistência a 28 dias = A Resistência a 28 dias = A
Abatimento > B Abatimento > B

Hartmann et al. (2011)


ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água
 Plastificantes

Redução da tensão
superficial da água
Partículas de
cimento tornam-se
hidrofílicas – evita a
floculação
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água
Concreto sem aditivo
Cimento Portland + Água

Floculação

Aprisonamento de água entre floculado


os grãos de cimento

Redução da fluidez e da área


específica disponível para
hidratação
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água
MODO DE AÇÃO DO ADITIVO
Cimento Portland + Água + Aditivo

Dispersão

Liberação da água aprisionada entre disperso


os grãos de cimento

Aumento da fluidez e da área


específica disponível para
hidratação
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água Tipo 1


 RA1, RA1-R, RA1-A
 Plastificantes, polifuncionais, multifuncionais
 NBR 11768 – redução mínima de 8% da água
 Aumento teor de ar:  2%
 Uso comum: reduzir consumo de cimento, melhorar
abatimento, em concretos com fck até 40 MPa e
abatimentos até 120 mm.
 RA1
IM 28 dias:  1,15
 Início de pega  30 min
 Final de pega  160 min
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água Tipo 1


 RA1, RA1-R, RA1-A
 RA1-R
 IM 28 dias:  1,15
 Início de pega  120 min
 Final de pega  360 min
 RA1-A
 IM 28 dias:  1,00
 Início de pega:  30 min
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água Tipo 2


 RA2, RA2-R, RA2-A
 Superplastificantes, hiperplastificantes
 NBR 11768: redução mínima de 15% de água
 Aumento teor de ar:  2%
 RA2 RA2-R
 IM 28 dias:  1,20  IM 28 dias:  1,20
 Início de pega  30 min  Início de pega  90 min
 Final de pega  90 min  Final de pega  240 min
RA2-A
 IM 28 dias:  1,10
 Início de pega  30 min
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água Tipo 2


 Superplastificantes (2ª geração)
 Abatimento 160 mm
 Eficiência por ½ hora, 40 minutos – adição na obra
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água
 Superplastificantes de última geração
 Policarboxilato-poliéteres (PCE)
 Alta redução de água
 Abatimento 220 mm
 Redução de água  até 40%
 Eficiência por 1:30 minutos
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Redutores de Água
 Superplastificantes de última geração
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Incorporadores de ar (IA)
 Incorporadores de ar, geradores de gases,
geradores de espuma
 Reduzem a tensão superficial da água e
incorporam ou adicionam ar ao concreto
 Introdução intencional de sistema de bolhas de ar
microscópico estável e uniforme
 Indicado para locais que ficarão expostos a gelo e
degelo
 Em excesso, retarda a hidratação do cimento
 Em argamassa: melhora a trabalhabilidade,
aumenta a coesão e facilita o espalhamento
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Incorporadores de ar (IA)
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Incorporadores de ar (IA)
ADITIVOS TENSOATIVOS (SURFACTANTES)

 Incorporadores de ar para concreto leve (IA-L)


 Incorporam intencionalmente, durante o
amassamento do concreto, uma quantidade de
microbolhas de ar, para produzir concretos com
densidade abaixo de 2000 kg/m³
ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA
Cuidado
 Aceleradores de Pega (AP)
 Silicatos, Carbonatos de sódio e Cloreto de cálcio
 Aditivos baseados em cloretos: limitados em 2%
 Intensifica reações de hidratação das fases à base
de aluminatos
 Aumenta a resistência inicial do concreto –
desforma mais rápida
 Melhora o endurecimento em clima frio
 IM ≥ 0,80
ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA

 Aceleradores de Pega (AP)

Freitas Jr. (2013)


ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA

 Aceleradores de Pega para concreto projetado


(APP)
 Altera imediatamente a reologia do concreto
projetado, promovendo aderência ao substrato
 Posteriormente, acelera a hidratação do cimento,
aumentando as resistências iniciais
 IM 28 dias: >0,75
 Início de pega: ≤ 10 min
 Fim de pega: ≤ 60 min
ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA

 Retardadores de pega
 Promovem a formação de uma camada ao redor dos
grãos, impedindo a evolução da hidratação
 Concretagens em clima quente
 Controle de pega em grandes unidades estruturais
 Auxiliam na redução da retração
 Redução da resistência inicial (1 a 3 dias)
 Retardamento entre 6 e 8 horas
ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA

 Controladores de hidratação (CH)


 Controlam a hidratação do cimento
 Estabilizadores, inibidores
 NBR 11768
 Abatimento após 24 horas: > 10 mm
 Teor de ar no concreto fresco: < 2%
 IM 48 horas: < 0,50
 IM aos 28 dias: > 1,05
 Retardamento de até 40 horas
 Controle da hidratação do C3S
ADITIVOS MODIFICADORES DE PEGA

 Controladores de hidratação (CH)


 Emprego para reuso da água de lavagem de
caminhões betoneira
 Reutilização de misturas de concreto – retornam a
central dosadoras, sendo misturados a misturas
frescas
ADITIVOS QUÍMICOS

 Aceleradores de resistência (AR)


 Aumentam a taxa de desenvolvimento das resistências
iniciais do concreto, com ou sem modificação do início de
pega
 IM 24 horas: ≥1,2
 IM 28 dias: ≥0,90
ADITIVOS QUÍMICOS

 Redutor de retração (RR)


 Possui como função principal a redução da
retração autógena, atuando na diminuição da tensão
superficial da água presente no concreto

 Compensador de retração (CR)


 Aditivo que ao reagir com o cimento e água, produz
etringita ou hidróxido de cálcio e outros
 Leva ao aumento de volume, que induz o concreto a
expandir e compensar as forças de retração total
 Base principal: óxido de cálcio supercalcinado
ADITIVOS QUÍMICOS

 Impermeabilizantes
 À base de silicatos
 Diminuem a permeabilidade do concreto
 Não influencia no tempo de pega
 Podem ter efeito plastificante
ADITIVOS QUÍMICOS

 Modificador de Viscosidade Retentor de água


(MV-RT)
 Retém a água dentro do concreto
 Diminui a exsudação
 Exsudação < 15%
 IM 28 dias ≥ 1,00
ADITIVOS QUÍMICOS

 Modificador de Viscosidade Antisegregante (MV-


AS)
 Reduz a segregação de concretos fluidos ou
autoadensáveis e também permite desenvolver
concretos submersos
 À base de polissacarídeos
 Melhora a coesão da massa no estado fresco
 Reduz a tendência à segregação e exsudação
 Utilizado em concreto autoadensável, mas seu
emprego não é imprescindível
 Grautes
ADITIVOS QUÍMICOS

 Redutor de corrosão (RC)


 Potencializa a diminuição da corrosão da
armadura do concreto
 Inibe a entrada de íons cloreto em seu interior

 Inibidor de corrosão
 Aumentam a tolerância da armadura aos íons
cloreto
 Aditivos adsorvem na superfície do metal
 Indicados para ambientes que apresentam risco de
corrosão: marinhos, pontes, portos, zonas de respingo
ADITIVOS QUÍMICOS

 Polímero auxiliador de aderência e flexibilidade


 Látex formador de filme
 Em pó ou na forma de emulsão ou dispersão
 Melhora a aderência e a deformação das argamassa

 Retentor de água
 Reduz a evaporação e a exsudação da água da
argamassa no estado fresco
 Confere capacidade de retenção de água à
argamassa, frente à sucção por bases absorventes e à
ação do meio ambiente
ADIÇÕES MINERAIS
ADIÇÕES MINERAIS

1500 a.C – Grécia – Material


de origem vulcânica
Adições
Atual - Resíduos industriais

 São materiais com propriedades cimentantes ou


pozolânicas, que são adicionados ao concreto em
quantidades variáveis em relação à massa de
cimento
 Materiais insolúveis finamente moídos, de fontes
naturais ou de alguns subprodutos industriais
ADIÇÕES MINERAIS

 Pozolanas naturais

Vidros Tufos Argilas


vulcânicos vulcânicos calcinadas

Subprodutos industriais

Cinza de
Cinza Escória de casca de
Metacaulim Sílica ativa
volante alto-forno arroz
ADIÇÕES MINERAIS

Pozolânicas

Adições Cimentantes

Fíler
ADIÇÕES MINERAIS

 Classificação
 Pozolânicas: material silicoso que por si só
possui pouca ou nenhuma propriedade cimentícia,
mas quando finamente dividido e na presença de
água, reage com o hidróxido de cálcio à temperatura
ambiente para formar compostos com propriedades
cimentantes
• Cinza volante com baixo teor de cálcio,
pozolana natural, sílica ativa, cinza de
casca de arroz, metacaulim
ADIÇÕES MINERAIS

 Pozolânicas
 Classe N: pozolanas naturais e artificiais que
obedeçam aos requisitos da NBR 12653/2014, como
certos materiais vulcânicos, terras diatomáceas e
argilas calcinadas
 Classe C: cinzas volantes produzidas pela queima
de carvão mineral em usinas termoelétricas, que
obedeçam aos requisitos da NBR 12653/2014
 Classe E: quaisquer pozolanas, não contempladas
nas classes N e C, ,que obedeçam aos requisitos da
norma
ADIÇÕES MINERAIS

 Pozolânicas – Requisitos físicos (NBR 12653/2014)


ADIÇÕES MINERAIS

 Classificação
 Cimentantes: não necessita do hidróxido de
cálcio presente no cimento Portland para formar
produtos cimentantes.
• Auto-hidratação lenta, a quantidade de
produtos cimentantes formados é insuficiente
para aplicação para fins estruturais.
• Usado como adição ou substituição ao cimento
Portland
• Acelera a hidratação
• Escória de alto-forno
ADIÇÕES MINERAIS

 Classificação
 Fíler: adição mineral finamente dividida sem
atividade química. Promove efeito físico de
empacotamento granulométrico.
• Calcáreo, pó de quartzo, pó de pedra
ADIÇÕES MINERAIS

 Classificação
Cimentantes Escória granulada de alto-forno

Cimentantes e
Cinza volante com alto teor de cálcio
pozolânicas

Superpozolanas Sílica ativa, metacaulim, cinza de casca de


arroz produzida por combustão controlada
Pozolana Cinza volante com baixo teor de cálcio
comum (<10%), argilas calcinadas, cinzas
vulcânicas
Pozolana pouco Escórias de alto-forno resfriadas
reativa lentamente, cinza de casca de arroz
predominantemente cristalina
Fíler Calcáreo, pó de quartzo, pó de pedra
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito Químico
 Reação com o hidróxido de cálcio – Ca(OH)2,
formado durante a hidratação do cimento, para
formar o silicato de cálcio hidratado – C-S-H –
adicional
Principal produto responsável
pela resistência das pastas de
cimento hidratadas
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito Físico
 Efeito microfíler: aumento da densidade da
mistura devido ao preenchimento dos vazios.
 Refinamento da estrutura de poros e dos produtos
de hidratação do cimento.
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito Físico
 Alteração da microestrutura da zona de transição:
 redução ou eliminação da água livre sob os
agregados
 diminuição da espessura da zona de transição.
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito Físico

Zona de transição Zona de transição


sem adição com adição
ADIÇÕES MINERAIS

 Pozolanas Naturais
 Material de origem vulcânica, geralmente ácidos,
ou de origem sedimentar
 Necessitam de moagem para seu emprego
 Vidros vulcânicos, tufos vulcânicos, argilas ou
folhelhos calcinados: derivados de rochas e minerais
vulcânicos
 Terra diatomácea: constituída de sílica hidratada
amorfa, derivada de carapaças de organismos
unicelulares vegetais (algas microscópicas aquáticas,
marinhas e lacustres)
ADIÇÕES MINERAIS

 Pozolanas Naturais

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza Volante
 Material finamente particulado proveniente da
queima de carvão pulverizado em usinas
termoelétricas
 De textura mais fina arrastadas pelos gases de
combustão das fornalhas da caldeira e recolhidas por
precipitadores eletrostáticos ou mecanicamente

Usina Termelétrica
de Candiota-RS Dal Molin (2011)
ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza Volante
 <10% de cálcio, classe C NBR 12653, mais
usadas no Brasil
 Cinzas com alto teor de cálcio (classe E):
comercializadas nos EUA e Canadá
 Contém de 60 a 90% de sílica amorfa
 Diâmetro de 1 a 150m, maioria < 45 m

Usina Termelétrica de
São Jerônimo
ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza Volante

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza Volante
 Esféricas - Algumas esferas ocas, outras
preenchidas por esferas menores
 Superfície específica: 300 a 700 m²/kg
 Massa específica: 1900 a 2400 kg/m³

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Sílica Ativa
 Subproduto resultante do processo de obtenção
do ferro-silício e silício-metálico.
ADIÇÕES MINERAIS

 Sílica Ativa
 Tipo de liga silícica, tipo de forno, composição
química, dosagem das matérias primas →
diferentes tipos de sílica ativa quanto à
composição química, cor, distribuição granulométrica.

 Reação envolvendo a sílica ativa


é rápida
 Efeito microfíler: resultado do
tamanho das partículas
ADIÇÕES MINERAIS

 Sílica Ativa
 Partículas com diâmetro menor que 1 µm,
diâmetro médio de 0,1 a 0,2 µm
 Superfície específica: 13000 a 30000m²/kg
 Massa específica: 2200 kg/m³

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Metacaulim
 Obtida da calcinação entre 600 e 900ºC de alguns
tipos de argilas, caulíniticas e caulins

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Metacaulim
 Metacaulim de alta reatividade (MCAR): calcinação
de argilas extremamente finas, com elevado teor de
caulinita e material amorfo
 Ou obtida por meio do tratamento da indústria
produtora de cobertura de papel

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Metacaulim
 51,52% SiO2
 40,18% Al2O3
 (Malhorta e Mehta, 1996)

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza de Casca de Arroz


 1 tonelada de arroz – 200 kg de casca – 40 kg de
cinza
 Queima controlada – 500 a 700ºC – cinzas amorfas
de alta pozolanicidade
 Elevado teor de sílica, de álcalis e de carbono

 Massa específica:
2200 a 2600 kg/m³

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Escória Granulada de Alto-forno


 Resíduos não metálicos proveniente da produção
de ferro-gusa – resfriados bruscamente, por jatos de
água ou vapor = material predominantemente
amorfo e potencialmente reativo
ADIÇÕES MINERAIS

 Escória Granulada de Alto-forno


 Principais elementos: Óxidos de cálcio, silício,
alumínio e magnésio
 Adição ou substituição parcial ao cimento

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS
 Fíler
 Dmédio próximo ao do cimento
 Ação física, trazendo melhorias para algumas
propriedades do concreto, quando em pequenas
quantidades (<15% da massa de cimento)
 Propriedades otimizadas: trabalhabilidade, massa
específica, permeabilidade, exsudação

Dal Molin (2011)


NOVAS ADIÇÕES MINERAIS

 Cinza de bagaço de cana de açúcar

 Escória de aciaria elétrica*


 Escória de cobre

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Fresco
 Reologia:
 > plasticidade
 > coesão
 < segregação
 < exsudação

Freitas Jr. (2013) Sílica ativa


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Fresco
 Consumo de água: depende da forma e superfície
específica das partículas da adição.
• Cinza volante: reduz o consumo de água para
uma mesma trabalhabilidade.
• Escória de alto forno: forma poliédrica pouco
contribui, não reduz consumo de água
• Metacaulim: não reduz consumo.
• Sílica ativa e cinza de casca de arroz: muito finas,
aumentam a água necessária em concretos.
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Fresco
 Calor de hidratação:
 Menor
 Metacaulim: o calor gerado é maior devido
a presença de aluminatos.
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Resistência à Compressão

Freitas Jr. (2013)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Resistência à Compressão

Sílica ativa

Freitas Jr. (2013)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Resistência à Compressão

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Resistência à Compressão

Moraes, 2001
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido
 Resistência à Compressão
-Quantidade e características da adição mineral
 Tamanho das partículas
 Quantidade SiO2 em fase amorfa
- Proporcionamento do concreto
- Condições de cura

- Quantidade de superpozolana: 5 a 12% da


massa de cimento, até 15%.
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido
 Resistência à Tração
- Não ocorre com a mesma magnitude que o
aumento da resistência à compressão
- Pequeno aumento ocorrerá com as reações
pozolânicas das adições, com redução do
tamanho e concentração de cristais de hidróxido
de cálcio na zona de transição
ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Módulo de Deformação
- Características do agregado são limitantes

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido
 Porosidade Capilar

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido
 Resistência à sulfatos
- As adições reduzem a quantidade disponível de
Ca(OH)2 para combinar com os sulfatos presentes e
gerar etringita.
 Corrosão de armaduras
- Redução na penetração de cloretos e na entrada de
umidade e oxigênio.
- Corrosão de armadura causada por carbonatação:
aumenta a profundidade de carbonatação, devido a
redução do pH
ADIÇÕES MINERAIS

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Efeito das Adições Minerais nas Propriedades do


Concreto
 Estado Endurecido - Reação álcali-agregado
- Reduzem permeabilidade do concreto
- Redução do total de álcalis
- Consumo de parte dos álcalis pela reação pozolânica

Dal Molin (2011)


ADIÇÕES MINERAIS

 Uso de adições em concreto


 Em obras onde é importante redução do calor de
hidratação: barragens, ambientes com cloretos.
 Aumentar a durabilidade e resistência

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