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Prova obtida por meio de acesso ilegal ao celular do réu deve ser anulada .........................14
Pontos centrais do texto ..................................................................................................................15
Análise entre o enfoque teórico dogmático ou zetético jurídico ...............................................16
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A primeira delas é a longa e enfadonha descrição das condutas criminosas pela denúncia.
Para narrar os fatos, muitas peças de acusação são prolixas e repetitivas, com enxurradas de
transcrições e citações, que poderiam ser resumidas em poucos parágrafos. No caso da denúncia
contra Lula, referente ao triplex, um procurador chegou a alertar a Deltan que a “reduziria a
metade, o que não foi contado em trinta folhas, ou no máximo em cinquenta, não merece ser
contado”.
Denúncias enormes não são novidade no mundo do processo penal. Não se trata apenas
de má redação, mas de um ato deliberado de acoplar aos atos narrados o maior número de
adjetivos e advérbios, com o objetivo de confundir o juiz e a opinião pública. Como rejeitar
uma denúncia com centenas páginas com expressões tão fortes, e tantos documentos anexados,
sem passar por irresponsável aos olhos da população?
Por mais que se trate de um texto repetitivo, que poderia ser apresentado em poucos
parágrafos, por mais que os anexos amontoem contratos sociais, transações bancárias e dados
telefônicos, que espremidos resultariam em poucas páginas de informações relevantes, o
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conjunto assusta o magistrado, impele a abertura do processo, e joga para os anos seguintes a
análise mais apurada dos fatos.
Não raro, após longo tempo de calvário dos réus, percebe-se o vazio das acusações, o
nada embaixo das palavras de ordem, e decide-se pela absolvição. Tardia, noticiada em pés de
páginas, em rodapés de matérias, nos últimos cadernos de jornais, não é capaz de restituir
carreiras destruídas, imagens desgastadas e remir saúdes e vidas perdidas.
Na “lava jato”, mensagens apontam que falhas na denúncia contra Lula, como a
dificuldade de provar o conhecimento da origem criminosa dos valores por parte de
empreiteiros, e a existência de teses “capengas”, foram ocultadas por táticas de marketing
judicial, pela distribuição de releasings para a imprensa para “definir as primeiras manchetes”:
“É ele que dará o tom e pautará a imprensa de cara”, disse Deltan.
Emile Zola, a pretexto das acusações infundadas contra Dreyfuss, na França do final do
século 19, apontava ser “um crime ludibriar a opinião, utilizá-la para uma tarefa de morte,
pervertendo-a até fazê-la delirar”.
força-tarefa, e sobre formas de forçar colaborações por meio da divulgação de dados em segredo
de Justiça.
O granjeiro não pode negociar com raposas a distribuição das galinhas que jurou
proteger. Muito menos em nome do combate a corrupção e de Deus.
A propósito, muitas das ações parecem ter sido praticadas em nome de Deus. “Vejo Deus
agir nesse caso desde o começo”, “Eu creio que Deus quer que a igreja alavanque essa
mudança”, afirmou Deltan.
Não creio que o Criador tenha outorgado a ele qualquer procuração, mas, se
eventualmente o fez, deve estar bastante insatisfeito com o resultado do trabalho.
Tempo e dinheiro, que poderiam ter sido empregados para juntar provas relevantes,
identificar desvios de recursos públicos, e punir empresários e políticos envolvidos em
corrupção, acabaram gastos em projetos político-partidários, megalomanias individuais e
arroubos messiânicos.
A doença infantil da vaidade apressou acusações mal construídas, e jogou na lata do lixo
trabalhos que poderiam ter esclarecido malfeitos, se manejados de forma responsável e
competente.
Carrara afirmava que “quando a política entra as portas do Templo da Justiça, esta foge
pela janela, para librar-se ao céu”.
“Meus vazamentos objetivam sempre com que pensem que as investigações são
inevitáveis e incentivar colaboração (sic)”. Palavras de Deltan Dallagnol. Não é frase que se
espere de um fiscal da lei, de alguém que, no momento de posse, prometeu solenemente
respeitar a Constituição.
No caso, a Justiça cedeu, não sem resmungos, e deu espaço à política, que tirou para
dançar procuradores e juízes, ao som de propostas legislativas de enfurecimento da legislação,
da busca por fundos e recursos para promoção pessoal, e de candidaturas.
A montanha da “lava jato”, com seus bumbos e carreatas, pariu ratos. Em especial, ratos
no mundo político, em diversos e relevantes cargos.
O mais triste, no entanto, é notar que tais estratégias não são fenômenos isolados, exceções ou
pontos fora da curva.
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Ao final das mensagens, Deltan sugere a alguém que não se incomode com as críticas à
“lava jato”, e cita Churchill ao afirmar que “se parar para atirar pedra em cada cão que passa
pelo caminho, não chegaremos ao nosso destino”.
Talvez os cães fossem aqueles que ladravam pelo respeito ao Estado de Direito,
incomodando seu impávido caminho em direção à glória política. Levaram pedradas, ganiram,
mas seguiram latindo. E, ao final, a caravana tombou. Seus efeitos ainda grassam pelo país, mas
não faltarão cães a ladrar, em cada esquina, a incomodar quem quer que abuse de suas funções.
3. Vazamentos Seletivos:
• O texto aponta para o uso de vazamentos seletivos de informações sigilosas durante
a Operação Lava Jato, sugerindo que isso era feito para fragilizar inimigos e
fortalecer a posição dos procuradores.
• São mencionadas mensagens que indicam a manipulação da imprensa para criar
manchetes favoráveis à operação.
6. Conclusão:
• O autor conclui com uma nota de esperança, sugerindo que os críticos da operação
continuam a se manifestar, apesar das tentativas de silenciá-los, e que a verdade
acabará por prevalecer.
Este texto apresenta uma análise crítica da conduta dos procuradores da Operação Lava
Jato, destacando preocupações éticas, políticas e legais em relação às práticas adotadas durante
a investigação.
• Há uma abordagem mais crítica e reflexiva sobre as consequências das ações dos
procuradores, apontando para questões éticas, políticas e legais envolvidas.
• Não há uma busca ativa por novas evidências ou questionamentos diretos sobre o
funcionamento do sistema jurídico, mas sim uma análise crítica das práticas existentes.
Há poucos dias, ao utilizar uma rede social, me deparei aleatoriamente com um pequeno
vídeo em que uma mãe estava arrumando o cabelo de sua filha, conversando sobre algo que a
pré-adolescente não sabia o significado.
Prontamente a mãe disse: “não sabe? Procura no Google o que é…”. E assim foi
instaurado um diálogo interessantíssimo onde a filha afirmou que “ninguém mais usa o Google,
só gente velha igual a você, mãe”.
Pretende-se neste artigo a retomada desses diálogos, deixando claros alguns riscos ao
não entender como as ferramentas de inteligência artificial funcionam e mostrar que problemas
já existem, como uma situação ocorrida recentemente com uma companhia aérea.
Simplificando, páginas que são mais referenciadas (linkadas) em outros sites tendem a
aparecer como os primeiros resultados da busca, o que facilita aos usuários encontrar resultados
relevantes para as suas pesquisas.
Parece, porém, que estamos em um limite. Afinal, se todos sabem a mesma técnica de
melhoria, acabam utilizando a mesma fórmula: textos que repetem parcialmente conteúdos de
outros textos já publicados como forma de ancorar algumas palavras-chave.
Como resultado, encontramos sites e mais sites com versões do mesmo texto, copiado e
colado com os termos buscados, mas que simplesmente não informam ou respondem
satisfatoriamente.
Chegamos a um impasse, e a pergunta certa não é como resolver isso, mas se esse
problema realmente importa para os usuários.
A IA é o futuro. Mas a grande maioria destes players não se perguntou sobre que tipo de
inteligência artificial estamos falando? A IA generativa (modelo generativo LLM) é apenas uma
espécie (que mesmos os especialistas divergem quanto ao fato de tratar-se efetivamente de uma
inteligência artificial).
os padrões de linguagem que podem ser usados (“n-gram’s” — fragmentos de frases e mesmo
de palavras que aparecem mais vezes juntas nos bancos utilizados para treinamento).
Como vimos relatado, os mais jovens utilizam estes chatbots como fonte de pesquisa.
Empresas estão descobrindo formas escaláveis de utilizar tais modelos, considerando a
preferência de seu consumidor e o grande potencial de gerar textos e respostas ágeis de forma
automatizada. Mas será que todos estes atores compreendem os riscos deste uso?
Em fevereiro deste ano, a Air Canada sofreu uma condenação judicial decorrente de um
problema causado por um chatbot com AI integrada.
Ainda no último ano, as pessoas se depararam com situações parecidas como esta,
quando uma IA generativa devolveu respostas não-críveis (situação coloquialmente chamada
de alucinação da IA), ou até mesmo conteúdos protegidos por direitos autorais (o que gera
diversos questionamentos sobre quais materiais foram usados para treinar tais linguagens).
E se os usuários não compreendem que isto não é um erro, mas um verdadeiro limite
técnico da ferramenta, podem acabar tendo problemas devido a outputs problemáticos — por
exemplo, o caso do consumidor da Air Canada.
Com o auxílio destas ferramentas é muito mais fácil reproduzir textos para sites e redes
sociais, seguindo os parâmetros de ancoragem SEO do Google. E, ironicamente, estes mesmos
textos voltam a treinar algumas destas ferramentas generativas. É um ciclo vicioso de
padronização de conteúdo, o que dificulta ainda mais ao usuário encontrar informações precisas
e assertivas em um mar de “lero-leros”.
Será que a pré-adolescente que gerou o relato do início deste texto, como representante
de uma parcela enorme da população, tem dimensão que estes chatbots não são fontes de
informação confiável? Acredito que não. E como resolvemos esses problemas?
Essa pergunta está tirando o sono dos órgãos reguladores nos diversos países do mundo;
é a pergunta que está abrindo um mar de possibilidades para que empreendedores invistam
tempo em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Independentemente das respostas, que ainda não existem, uma coisa é fato: saber como
funciona a ferramenta, investir em adaptação ao seu negócio e evitar caminhos ruins reforça
aquela velha máxima de que “conhecimento é poder”.
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5. Conscientização e Adaptação:
• Conclui-se enfatizando a importância da conscientização sobre o funcionamento das
ferramentas de IA, da adaptação dos negócios e da busca por soluções para os
desafios apresentados.
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Este texto oferece uma reflexão sobre as mudanças trazidas pela adoção de IA generativa
na internet, destacando os benefícios, os desafios e os riscos associados a essa tecnologia
emergente.
Conclusão: Predominância do enfoque teórico zetético jurídico, pois o texto reflete sobre as
implicações éticas, práticas e legais do uso de inteligência artificial generativa na internet,
buscando entender e questionar as consequências dessa tecnologia emergente.
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Prova obtida por meio de acesso ilegal ao celular do réu deve ser anulada
O artigo 157, caput e §1º, do Código de Processo Penal estabelece que são inadmissíveis
as provas obtidas de forma ilícita, assim como aquelas que são originariamente lícitas, mas
derivadas das ilícitas.
A decisão foi provocada por Habeas Corpus em que a defesa apontou a nulidade da
busca pessoal contra o réu, já que os policiais, ao fazerem a abordagem, acessaram o conteúdo
de seu celular sem a devida autorização judicial.
Ao analisar o caso, o ministro apontou que a situação narrada nos autos violou o artigo
5º, inciso XII, da Constituição Federal, o qual assegura a inviolabilidade das comunicações —
exceto nos casos em que houver quebra de sigilo telefônico, por ordem judicial, nas hipóteses
e do modo estabelecidos pela Lei 9.296/1996.
Diante disso, ele decidiu anular as provas obtidas contra o acusado e, consequentemente,
a condenação.
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3. Jurisprudência do STJ:
• O texto menciona que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no
sentido de considerar ilícitas as provas obtidas de forma irregular, como no caso do
acesso ao celular do réu sem autorização judicial.
Este texto aborda uma decisão judicial relevante sobre a anulação de provas obtidas de
forma ilegal, destacando a importância do respeito aos direitos constitucionais e legais dos
acusados durante investigações criminais.
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• O texto trata de uma decisão judicial que anulou a condenação de um réu acusado de
tráfico de drogas devido à obtenção de provas de forma ilegal, especificamente o acesso
ao conteúdo de seu celular sem autorização judicial.
• Há uma análise jurídica direta da situação, incluindo referências aos dispositivos legais
relevantes, como o artigo 157 do Código de Processo Penal e o artigo 5º da Constituição
Federal.
• A decisão do ministro é fundamentada em princípios jurídicos estabelecidos e na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, enfatizando a importância do respeito
aos direitos constitucionais e legais dos acusados.