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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CAMPUS GOVERNADOR VALADARES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Futsal Feminino em Governador Valadares: Um Estudo Etnográfico

Governador Valadares
2023
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Igor Pacheco Lopes
Vitor Nick Araújo

Trabalho apresentado à disciplina de


Pesquisa Qualitativa em Educação
Física, Curso de Bacharelado em
Educação Física da Universidade
Federal de Juiz de Fora – campus
Governador Valadares, como requisito
parcial à aprovação da disciplina
orientador pelo Professor Dr. João
Paulo F. Soares.

Governador Valadares
2023

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04
2 JUSTIFICATIVA 05
3 HIPÓTESE DO TRABAHO 05
4 METODOLOGIA 05
5 CRONOGRAMA 06
6 REFERÊNCIAS 09

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I. INTRODUÇÃO
O futsal é uma das modalidades esportivas coletivas mais amplamente difundidas e praticadas
pelos brasileiros. A similaridade entre o futsal e o futebol contribui para a sua expressiva
popularidade no Brasil, tornando-o um dos esportes mais frequentemente inseridos nas aulas
de Educação Física e em contextos educacionais informais no país. Adicionalmente, destaca-
se a presença de ligas e federações estabelecidas em todos os estados brasileiros (Santana,
2008).
A oficialização da prática do futsal feminino no Brasil ocorreu em 8 de janeiro de 1983, por
meio do Conselho Nacional de Desportos (CND). Santana e Reis (2003) destacam que a
autorização para a prática do futsal feminino foi concedida pela Federação Internacional de
Futebol de Salão (FIFUSA) em 23 de abril de 1983.
As ideias expostas anteriormente, juntamente com as restrições legais, resultaram em
desigualdades no acesso e na participação esportiva entre homens e mulheres. Apesar de as
mulheres terem desafiado as regras e proibições da época (Mourão; Morel, 2008), a
participação das mulheres no esporte no Brasil foi inferior à dos homens, especialmente nas
modalidades de futebol e futsal.
Apesar dos inúmeros desafios e resistências presentes na sociedade, assim como os
preconceitos e dúvidas que cercam sua credibilidade, o Futsal Feminino no Brasil tem
conquistado avanços significativos. Atualmente, é possível observar um notável aumento no
número de mulheres que procuram oportunidades de participação, engajando-se em escolinhas
e clubes dedicados à prática dessa modalidade esportiva (TORRES, 2006).
Objetivo Geral
A partir dessa breve explanação, desenvolvemos uma pesquisa com o objetivo de compreender
aspectos do associativismo feminino num esporte socialmente visto como masculino, tendo
como universo empírico um grupo de mulheres praticantes de futsal, em governador Valadares.
Objetivos Específicos
Quais são os motivos e formas de participação das mulheres em um esporte socialmente
considerado masculino, como o futsal?
Quais estratégias e dinâmicas são adotadas pelo grupo de mulheres praticantes de futsal?
De que maneira a prática do futsal impacta a vida das jogadoras e como elas se relacionam com
esse esporte?
Quais são os fatores que contribuem para a reputação de sucesso do futsal em Governador
Valadares?
Objeto
O estudo etnográfico investiga as jogadoras de futsal feminino em Governador Valadares.
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II. JUSTIFICATIVA
Este estudo etnográfico examina o futsal feminino em Governador Valadares, investigando a
interseção entre mulheres e esportes socialmente considerados masculinos. Nosso objetivo é
compreender as dinâmicas e experiências das jogadoras nesse contexto específico.
Reconhecemos que as relações de gênero desempenham um papel importante nessa interação,
tanto no que diz respeito à participação das mulheres nos esportes quanto às percepções
estabelecidas sobre o futsal como um esporte masculino. Ao explorar essas questões,
pretendemos contribuir para um maior entendimento da participação feminina nessa
modalidade esportiva e promover reflexões sobre igualdade e inclusão no cenário esportivo
local.
III. HIPÓTESES DE TRABALHO
As jogadoras de futsal feminino em Governador Valadares enfrentam desafios devido à
percepção de que o futsal é um esporte masculino, porém elas mostram força e determinação
ao buscar reconhecimento e aceitação dentro desse contexto, superando obstáculos e
reivindicando seu espaço no esporte.
A presença das mulheres no futsal feminino de Governador Valadares aumenta a visibilidade
e o reconhecimento desse esporte, inspirando mais meninas a se envolverem e abrindo mais
oportunidades para a participação feminina nessa modalidade esportiva,
IV. METODOLOGIA
A triangulação de dados é uma estratégia importante na pesquisa etnográfica. Consiste em
combinar diferentes fontes de informação, como observação, entrevistas, análise de
documentos, entre outros métodos, para aumentar a confiabilidade e a validade dos resultados
(Magnani, 2009). Isso permite uma visão mais abrangente do fenômeno estudado.
A primeira etapa da pesquisa envolve a observação das jogadoras de futsal feminino durante
treinos, jogos e interações sociais relacionadas ao esporte (Gil, 2006). Essa observação permite
obter insights sobre as dinâmicas, práticas e interações presentes nesse contexto específico.
Além disso, será realizado o método da História Oral, através de entrevistas temáticas com as
jogadoras, visando compreender suas experiências, motivações e desafios relacionados à
prática do futsal feminino em Governador Valadares (Meihy, 1994). Essas entrevistas
fornecerão dados qualitativos valiosos para enriquecer a compreensão do fenômeno estudado.
Para complementar a pesquisa, será realizado o Método Historiográfico, buscando-se analisar
o histórico do futsal feminino em Governador Valadares, identificando marcos importantes,
mudanças ao longo do tempo e eventos que possam ter influenciado a prática do esporte na
região.
Para isso, será realizada a Pesquisa Documental (Carvalho, 1988), envolvendo a busca por
documentos antigos relacionados ao futsal feminino, como cartas, jornais, fotografias e
registros oficiais. Esses documentos fornecerão insights históricos e contextuais relevantes
para a compreensão do desenvolvimento do futsal feminino em Governador Valadares.
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V. CRONOGRAMA
O objetivo é estabelecer um cronograma sequencial de seis meses, que englobe todas as etapas
da pesquisa, desde o início até a conclusão.
Etapa I: revisão da bibliografia: 04 de julho a 28 de julho.

Etapa II: construção dos instrumentos de pesquisa: 31 de agosto a 01 de setembro.

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Etapa III: Observação, entrevistas e análise documental: 04 de setembro a 27 de outubro.

Etapa IV: análise do material coletado: 30 de outubro a 24 de novembro.

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Etapa V: redação do trabalho final: 27 de novembro a 22 de dezembro.

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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Definindo história oral e memória. Cadernos CERU, n.5, série 2, 1994.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Etnografia como prática e experiência. Horizontes
Antropológicos, v. 15, n. 32, p. 129-156, jul./dez. 2009.
CARVALHO, Maria Cecília M. Construindo o saber: técnicas de metodologia científica. Campinas:
Papirus, 1988.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5a. Atlas. São Paulo, 2006.
SANTANA, W. C.; FRANÇA, V. S.; REIS, H. H. B. Perfil do processo de iniciação ao futsal de
jogadores juvenis paranaenses. Motriz. Journal of Physical Education. UNESP, v. 13, n. 3, p. 181-187,
2 jan. 2008.
Santana, W. C.; Reis, H. H. B. Futsal Feminino: perfil e implicações pedagógicas. Revista Brasileira de
Ciência e Movimento. Vol. 11. Núm. 4. p.45-50 2003.
MOURÃO, Ludmila; MOREL, Marcia. As narrativas sobre o futebol feminino o discurso da mídia
impressa em campo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 26, n. 2, p. 73-86, 2008.

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