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RESUMO
Texto do resumo deve conter entre 550 e 1200 caracteres, incluindo os espaços […].
ABSTRACT
Text of abstract […].
1. INTRODUÇÃO
O estudo de Tamashiro e Galatti (2018) revela que o futsal, assim como o futebol feminino são
modalidades com pouco tempo de prática oficial (somente no final do século XX) além de serem
pouco apreciadas e com poucos trabalhos oferecidos na literatura.
No caso específico do Futsal no Brasil, Santana e Reis (2003) apud Tamashiro e Galatti (2018,
p.796) destacam:
l[...] a prática do futsal feminino foi oficializada em 08/01/1983 pelo extinto
Conselho Nacional de Desportos (CND). Para, a prática do futsal feminino foi
autorizada pela FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão) em 23 de
abril de 1893.
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Gênero é aqui considerado uma construção social do sexo biológico e refere-se aos
comportamentos, atitudes ou traços de personalidade que a cultura coloca sobre um corpo de
homem ou de mulher. Feminilidade e masculinidade se definem sem a existência de uma
essência a priori, mas sim produzidos pela cultura (GOELLNER, 2007).
Um exemplo clássico dessa influência pode ser evidenciado quando pais estabelecem
brinquedos conforme o sexo se configura em uma identidade de determinada cultura. Esta
cultura constrói padrões de brinquedos e brincadeiras ditas como adequadas de acordo com
cada sexo. (SILVA & SANTOS, 2010).
Logo, a literatura indica ser necessário investigar os fatores/fatos históricos que podem ter
contribuído para a formação desse preconceito de gênero na sociedade sobre a mulher no
ambiente esportivo brasileiro.
A ampliação do futsal feminino deu-se pela necessidade, até certo ponto política, de difundir o
esporte de modo análogo para os gêneros masculino e feminino, de forma a torná-lo capaz de
ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (TAMASHIRO & GALATTI, 2018).
Esse estudo justificou-se por uma aproximação da vivência da autora, que pratica o Futsal em
equipe profissional e se interessa em aprofundar a temática, ao mesmo tempo, pelo pequeno
número de estudos sobre o desenvolvimento do Futsal Feminino em nosso país, tanto no nível
escolar como profissional.
Para dar conta dos interesses de pesquisa se optou por voltar o olhar para uma escola, mais
especificamente de projeto extracurricular de Futsal feminino. Um levantamento inicial, feito no
segundo semestre de 2019, indicou que duas escolas públicas de ensino médio tinham projeto
extraclasse desenvolvido o ano inteiro. A escola escolhida como campo de pesquisa foi a que,
além de ter projeto extraclasse o ano inteiro, ainda ofereceu no segundo semestre, uma
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parceria com uma Universidade e com um Clube de Futsal Feminino da cidade de Pelotas/RS
para realizar o que chamaram de Equipe de transição.
Essa parceria chamada de “Equipe de Transição” visou, entre outras coisas, estimular a prática
do Futsal Feminino; oportunizar mais dois dias de treino – um nas instalações da Universidade
e outro na própria escola – com uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, preparador físico,
preparador de goleiros, instrutor de musculação) bem como, apresentar a possibilidade das
meninas após concluírem o ensino médio, poderem seguir jogando Futsal pela Universidade,
clube, etc. Todas as participantes do projeto extraclasse, independente da idade foram
convidadas a participar da Equipe de Transição.
Com essas informações surgiu o tema principal do estudo que foi descrever a percepção e as
expectativas referentes ao Futsal feminino de alunas concluintes do ensino médio de uma
escola pública de Pelotas/RS, participantes de um projeto extraclasse e de uma equipe de
transição que se desenvolveu na parceria de uma escola com uma Universidade e um Clube de
Futsal feminino.
As questões escolhidas para dar conta do objeto de estudo e aprofundamento teórico foram:
Que percepção as alunas do projeto extraclasse de Futsal têm sobre o projeto de transição
realizado em parceria com uma universidade e um clube da cidade de Pelotas? Quais motivos
levaram as alunas a procurar o Futsal como atividade extraclasse na escola e também
participar do projeto de transição? Qual a estrutura física e de pessoal do projeto de
transição? Como a família e os amigos das alunas se posicionam sobre a prática deste esporte?
São a favor ou contra? Motivam? Como se dá o processo de treinamentos da equipe de
transição no que se refere ao ensino e aprendizagem? (Passo a passo desde que chega pra
treinar, aquecimento, alongamento...). Quais as impressões sobre o trabalho da comissão
técnica e seus auxiliares no comando os treinamentos da equipe de transição? Como as alunas
percebem a convivência interpessoal com as atletas das diferentes instituições que participam
da equipe de transição? Em que medida o projeto gera expectativas futuras? Quais são? O
projeto pode colaborar na sua vida nos aspectos sociais e profissionais? Como? Existem
dificuldades por parte das alunas para participar do projeto? Quais? Já sofreram algum
preconceito por praticar a modalidade? Na percepção das alunas, o preconceito sobre mulheres
praticando futsal/futebol diminuiu, continua como antigamente ou nunca existiu?
Com a definição das questões de pesquisa o objetivo geral foi apresentar as percepções e as
expectativas referentes ao Futsal feminino de alunas concluintes do ensino médio de uma
escola pública de Pelotas/RS, participantes de um projeto extraclasse e de uma equipe de
transição que se desenvolveu em parceria com a escola, com uma Universidade e um Clube de
Futsal feminino.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. METODOLOGIA
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Com esses critérios chegou-se a três participantes, que para terem suas identidades
preservadas, escolheram ser chamadas por codinomes, homenageando atletas de Futebol que
admiram.
Quanto aos procedimentos técnicos à escolha foi de um questionário aberto, enviado às atletas
por e-mail. O questionário, preenchido sem a presença do investigador, é preenchido pela
pessoa que fornece as informações (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p. 50)
O projeto é muito interessante e enriquecedor para ambas as partes, tenho certeza que tanto
as atletas quanto os profissionais envolvidos crescerão bastante com essa interação (Megan
Rapinoe).
As falas revelam o quanto a estrutura e uma equipe multidisciplinar não só motivam como
qualificam o trabalho. [c1] Comentário: Trazer um estudo
que destaque o trabalho multidisciplinar
no futsal
As três participantes afirmaram que sempre foram ligadas aos esportes, mesmo antes de
chegar ao ensino médio, Alex Morgan relatou:
Sempre gostei muito de praticar esportes, mas o esporte que pratico desde criança
é o voleibol. Ao entrar na escola, o treinador de futsal me viu jogando e me
convidou para treinar futsal com ele, a partir daí, comecei a treinar e gostar de
praticar futsal, e isso fez com que eu treinasse semanalmente e entrasse para o
projeto de transição.
Foram questionadas também sobre a visão da família no que se refere à escolha da prática do
Futsal na escola. Apenas uma relatou ser motivada pela família. “Sempre contei com o apoio e
incentivo da minha família, em especial do meu pai que também sempre gostou muito do
esporte. Meus amigos mais próximos também me apoiam e já acompanharam alguns jogos”
(Megan Rapinoe).
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Enfrentar o descontentamento familiar pode trazer desmotivação para buscar algo mais no
esporte.
A própria história da Educação Física aponta que a medicina higienista desempenhou forte
alcance sobre a inserção morosa da mulher no âmbito esportivo, especialmente nos esportes
considerados de domínio masculino e isso culturalmente identificou diferentes papéis para
meninos e meninas. “Os discursos da eugenia afirmavam que a mulher deveria se dedicar à
maternidade e contribuir para a geração de uma “nova raça”. Dessa forma, a mulher era
proibida de praticar esportes que pudessem prejudicar sua saúde (MOURA, 2003, apud VIANA,
2012)”. Ainda sobre o assunto, Jennifer Hargreaves (2003), citada por Viana (2012, p. 69)
destaca.
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Da pra dizer que sofri preconceito quando comecei q jogar na edf do fundamental,
meninos não gostavam de ter menina no time (às vezes tendo que pedir para o
professor intervir no jogo pra eu poder entrar). Como por exemplo, tirar os times
entre eles o mais rápido possível pra quando eu tivesse chegado já estariam
jogando, me fazendo esperar eternamente ou chamar o professor (Andressinha).
E finalizando Andressinha afirma “Vem diminuindo, pois as mulheres estão cada vez mais
corajosas em conquistar seu espaço e a igualdade”.
É possível também analisar que essas conquistas se deram por um enfrentamento direto das
mulheres, muitas vezes sozinhas. O preconceito continua existindo, no entanto as
protagonistas da mudança são mulheres em diferentes movimentos, decididas a entrar nesse
espaço “masculino” e disputar território.
Ao mesmo tempo
O caminho parece ser esse, de participar de movimentos, setores no âmbito escolar, projetos
que deem visibilidade ao Futsal feminino, garantindo assim a diversidade e o respeito às
diferenças e, por conseguinte, a não exclusão dos sujeitos do referido movimento dentro e fora
do processo educacional.
Foram feitas questões referentes a rotinas de treinamento para trazer um pouco do processo
pedagógico realizado no projeto de transição. [c3] Comentário: Tenta fazer como
organizei até aqui, trazendo a fala das
meninas e apresentando um estudo.
Foca nas respostas da questão 6 e 8.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS
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SILVA, André Luiz dos Santos; NAZÁRIO, Patrícia Andrioli. Mulheres atletas de futsal: estratégias de
resistência e permanência no esporte. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 2017.
AUTOR, N. S. Título do capítulo de livro: subtítulo do capítulo de livro. In: AUTOR, N. S.;
AUTOR, N. S. (Org.). Título do livro: subtítulo do livro. 1. ed. Cidade: Editora, 2019. p.56-72.
AUTOR1, N. S.; AUTOR2, N. S.; AUTOR3, N. S. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, 6.,
2019, Cidade. Anais... Cidade: Local do evento, 2019.
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