XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

VI-031 - PROJETO CIRANDA DA LIMPEZA: CONSCIENTIZAÇÃO

DE BANHISTAS E LIMPEZA DAS PRAIAS DE JOÃO PESSOA
PARAÍBA - BRASIL

Claudia Ruberg(1)
Arquiteta pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB/1994. Mestre em Estruturas
Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo - FAUUSP. Professora Adjunta do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ.
Arquiteta da Coordenadoria de Planejamento da Autarquia Especial Municipal de Limpeza
Urbana - EMLUR - João Pessoa/PB.
Josué Peixoto Flôres Neto
Engenheiro Civil pela UFPB/1988. Mestrando em Engenharia Sanitária e Ambiental na
UFPB. Coordenador Técnico e de Planejamento da EMLUR. Membro da Equipe Executiva
do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Município de Rio Formoso - UNICAP/AVINA.
José Dantas de Lima
Engenheiro Civil pela UFPB/1988. Mestrando em Engenharia Sanitária e Ambiental na UFPB. Diretor de
Operações da EMLUR.
Maria de Fátima Dantas Carneiro Souto
Licenciada em Psicologia pela UFPB/1980. Psicóloga pela UFPB/1981. Especialista em Psicologia
Comunitária pela UFPB/1984. Mestre em Psicologia Social pela UFPB/1987. Professora do Centro Federal
de Educação Tecnológica - CEFET/PB. Coordenadora de Educação Ambiental da EMLUR.
Claudia Coutinho Nóbrega
Engenheira Civil pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB/1989. Mestre em Engenharia Sanitária.
Professora Assistente III do DTCC da UFPB/Campus I. Doutoranda em Recursos Naturais na UFPB.
Consultora da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana - EMLUR - de João Pessoa/PB.

Endereço(1): Rua Joaquim S. Carvalho, 140 - Bessa - João Pessoa - PB - CEP: 58037-360 - Brasil - Tel: (83)
246-4295 - e-mail: c.ruberg@terra.com.br

RESUMO
João Pessoa, capital da Paraíba, é um município de médio porte repleto de belezas naturais. Suas praias são
amplamente visitadas pelos habitantes locais e, principalmente no verão, pelos turistas.
Grande quantidade de lixo é gerada na orla, por banhistas, vendedores ambulantes e fixos. Este material
muitas vezes é abandonado nas areias da praia, poluindo-a e degradando-a.
O Projeto Ciranda da Limpeza surge com o intuito de garantir a limpeza nas principais praias da cidade,
durante os três meses de maior fluxo de turistas na cidade. As atividades do Projeto foram executadas por
adolescentes, filhos de funcionários da EMLUR, que realizavam a distribuição de sacolas plásticas, a
conscientização de banhistas e a coleta de resíduos sólidos da areia.
O Projeto caráter educativo, pois visa despertar na população o interesse na problemática dos resíduos
sólidos, e caráter social, pois visa inserir adolescentes carentes no processo como agentes mobilizadores,
participando e interagindo com a comunidade na aquisição de novos hábitos.
Grande quantidade de resíduos foram coletados e os principais resíduos encontrados foram: cocos, palitos de
picolé, canudos, garrafas plásticas (água e refrigerante), tampas de garrafas, latas de refrigerante, copos
descartáveis, entre outros.
A atividade dos adolescentes do Projeto foi elogiada por diversos banhistas, dentre turistas e moradores locais
e também foi alvo da mídia local, devido aos benefícios que trabalhos como este proporcionam.

PALAVRAS-CHAVE: Limpeza de Praias, Conscientização, Educação de Banhistas.

INTRODUÇÃO
João Pessoa, capital da Paraíba, localiza-se no litoral do nordeste brasileiro, sendo uma cidade de porte
médio, que em 1996 possuía uma população de aproximadamente 550.000 habitantes (IBGE, 1997).

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O município é rico em belezas naturais, com uma flora exuberante que se encontra espalhada por quase toda
a malha urbana. Na região central da cidade e em bairros mais antigos, árvores foram plantadas nos eixos das
ruas e, em quase toda a cidade, há vegetação arbórea e rasteira nas calçadas, jardins e quintais das
residências. Dois pontos de destaque são: uma reserva de mata nativa, remanescente de Mata Atlântica e a
lagoa do Parque Solon de Lucena, no centro da cidade, que é circundada por palmeiras imperiais.

Além da vegetação, em João Pessoa há também uma área, motivo de atração dos moradores locais e turistas
durante todo o ano e principalmente no verão, as praias. São 25 km ao longo da costa brasileira de águas
límpidas e quentes, ora calmas, ora agitadas que agradam aos mais variados gostos.

As praias do Município são, sentido Sul-Norte: Barra de Gramame, Cumurupim, Praia do Sol, Jacarapé,
Arraial, Penha, Seixas, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa. Dentre as mais procuradas estão Cabo
Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, que são cada vez mais freqüentadas por turistas, pois dispõe de infra-
estrutura organizada, como hotéis, bares, restaurantes e casas noturnas.

Todo ano, a partir do mês de Outubro as praias do litoral pessoense recebem um fluxo maior de pessoas, mais
notadamente nos finais de semana, acarretando problemas cada vez mais sérios ao meio ambiente. O lixo se
acumula nas areias das praias, nas calçadas e nas ruas de acesso ao litoral, a sujeira abandonada pelos
banhistas, além de contaminar a água e a areia, cria riscos à saúde da população, afasta os turistas, entope
galerias pluviais e pode provocar acidentes.

Para garantir a presença deste contingente de pessoas que se dirigem à orla para obter momentos de lazer, é
fundamental a limpeza e conservação das praias. A EMLUR - Autarquia Especial Municipal de Limpeza
Urbana é responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos do Município, juntamente com
empresas prestadoras de serviço, por ela contratadas.

Além da limpeza das praias, a EMLUR realiza as seguintes atividades: coleta, transporte e destino final do
lixo domiciliar, comercial, industrial, hospitalar e público, varrição e capinação de espaços públicos, limpeza
de terrenos baldios, feiras e mercados.

Durante o verão, na orla, o consumo de bebidas, comidas e a utilização de descartáveis é bem maior, tendo
como conseqüência natural um grande volume de resíduos em locais de difícil acesso aos caminhões coletores
e agentes de limpeza urbana (garis), funcionários da EMLUR.

Nas principais praias da cidade, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, na faixa de areia não inundável, há
lixeiras públicas em espaços regulares, aproximadamente a cada 50 metros, porém, grande parte da
população, por falta de hábito, preguiça ou simplesmente descaso com a natureza, abandona seu lixo nas
areias da praia, degradando-a.

Durante todo o ano há equipes de agentes, que realizam a limpeza manual das praias e uma varredeira
mecânica auxilia nas atividades. Em eventos esportivos e festas fora de época, as atividades são reforçadas,
porém, o número de funcionários que são responsáveis pela varrição e coleta continua o mesmo, só que há
uma demanda bem maior de resíduos e de serviços.

Com o objetivo de desenvolver, durante os meses do verão, programas emergenciais e alternativos para
solucionar os problemas ambientais causados pelo uso desordenado e irresponsável da orla marítima, surgiu o
Projeto Ciranda da Limpeza, realizado por adolescentes, nas quintas, sextas, sábados e domingos, durante
três meses e meio.

OBJETIVOS
 Conscientizar os banhistas quanto à importância da limpeza urbana, em especial às praias.
 Orientar a população para e evitar o acúmulo de resíduos sólidos na orla marítima da cidade;
 Envolver adolescentes, para que eles próprios também se conscientizem sobre a importância da limpeza
urbana;
 Envolver adolescentes, filhos de funcionários da EMLUR, em atividade similar à dos pais;

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 Estimular os banhistas a acondicionarem corretamente os resíduos e a disporem nas lixeiras existentes

na orla;
 Distribuir, entre os banhistas, sacolas plásticas para acondicionamento dos resíduos;
 Promover a limpeza da orla através da coleta dos resíduos que são jogados na areia.
 Implantar uma política de parceria com instituições privadas;
 Desenvolver material educativo.

PROJETO CIRANDA DA LIMPEZA

O Projeto Ciranda da Limpeza foi implantado pela 1ª vez em 1997 e a cada ano vem sofrendo modificações
visando sempre melhorar os resultados. Em sua terceira atuação, o Projeto, chamado de “ Verão 2000:
Ciranda da Limpeza”, de caráter educativo e social foi realizado durante o verão de 99/2000 e trouxe
benefícios à saúde pública, ao meio ambiente, à sociedade e ao desenvolvimento turístico da região.

Com a retirada dos resíduos sólidos, o meio ambiente permanece preservado, evita-se que haja proliferação de
vetores de doenças, que fazem do lixo alimento, a cidade fica mais bela por estar limpa, a sociedade ganha no
aumento da qualidade de suas praias, além de favorecer a vinda de turistas para a região.

O Projeto tem caráter educativo, pois visa despertar na população o interesse na problemática dos resíduos
sólidos, levando-a a perceber sua responsabilidade e co-participação nos problemas ambientais, causados pela
forma inadequada do acondicionamento do lixo quando freqüenta locais públicos (praças, praias, logradouros,
etc.).

Tem caráter social, pois visa inserir adolescentes carentes no processo como agentes mobilizadores. Participando
e interagindo com a comunidade na aquisição de novos hábitos, os adolescentes despertarão além do seu
próprio interesse, o da população, na proteção do meio ambiente.

Para o desenvolvimento das atividades inicialmente foram selecionados os adolescentes que participariam do
programa. O adolescente necessariamente precisa ser filho de funcionário da EMLUR e estar matriculado no ensino
regular. Outros critérios adotados foram:
 Faixa etária entre 13 anos e 11 meses e 17 anos;
 Faixa salarial do funcionário da empresa;
 Número de filhos do funcionário;
 Adolescente com idade entre 13 anos e 11 meses e 17 anos.
 Ter cuidado com a própria aparência física, como, cabelos, higiene e cuidados pessoais.

Os 70 adolescentes selecionados passaram por um treinamento para conhecimento do projeto, com: simulação da
abordagem dos banhistas e orientação quanto à atividade de coleta de lixo da orla. Utilizou-se também uma
fita educativa para conscientizar os menores sobre a importância da limpeza urbana e preservação do meio
ambiente.

A equipe, formada pelos adolescentes e funcionários da EMLUR, no papel de educadores ambientais, e

coordenadores, atuava nas principais praias da cidade, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, distribuindo sacolas
plásticas para lixo, conscientizando turistas e coletando o lixo jogado nas areias da orla.

Figura 1: Equipe de adolescentes do Projeto Ciranda da Limpeza 2000.

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Os educadores e adolescentes receberam fardamento completo e equipamento de proteção individual

contendo, boné, camiseta, bermuda e luvas. Os menores recebiam mensalmente uma bolsa auxílio e em
cada dia de atividade era distribuído um lanche.

Antes do início das atividades as sacolas plásticas e os sacos de lixo eram distribuídos entre os
participantes.

Fichas de controle foram utilizadas para acompanhamento diário das atividades desenvolvidas. Além
destas atividades foram realizadas entrevistas com banhistas.

As atribuições foram definidas da seguinte maneira:

 Adolescentes - distribuir e recolher sacolas plásticas com a marca do Projeto para acondicionamento do
lixo produzido pelos banhistas e outros (transeuntes, barraqueiros), na orla marítima, bem como utilizar
técnicas de mobilização e sensibilização treinadas previamente, para induzi-los a não sujar as praias.
Além de coleta dos resíduos sólidos que foram jogados indevidamente na areia da praia.
 Educadores ambientais - treinar os adolescentes em técnicas de mobilização e sensibilização,
problemática ambiental do lixo nas praias, higiene e cuidados pessoais, medicina e segurança do
trabalho e relações interpessoais.
 Coordenador - supervisionar e coordenar todas as atividades relacionadas ao bom andamento do Projeto,
sendo-lhe permitido intervir, em qualquer problema, se for necessário.
 EMLUR - operacionalizar o projeto e fornecer as condições técnico-administrativas para o
desenvolvimento dos serviços.
 Instituição parceira - fornecer os recursos financeiros para viabilização da operacionalização do projeto.

Os recursos financeiros para o Projeto foram alocados através de parceria com uma empresa privada do setor
de telecomunicações e da própria EMLUR, com o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa. A parceria
somente foi firmada neste ano, até então, a EMLUR ficou responsável por todas as despesas do Projeto.

Após a seleção, todos os adolescentes receberam treinamento na sede da EMLUR, constando de noções de
relações interpessoais, importância do trabalho, técnicas de sensibilização e mobilização social, técnicas de
abordagem, problemática ambiental do lixo nas praias - origens e conseqüências, medicina e segurança do
trabalho e higiene e cuidados pessoais.

Os adolescentes e os demais membros da equipe trabalharam durante três meses e meio, de Dezembro/99 a
Março/00, sempre de quinta a domingo, das 9 h às 12 h. Como remuneração receberam uma bolsa ajuda de
meio salário mínimo, sem caracterizar algum vínculo empregatício com a Empresa ou com a instituição
parceira.

O fardamento distribuído era composto de boné e camiseta com a logomarca do Projeto Verão 2000:
Ciranda da Limpeza, shorts, tênis e meias, um cantil para água e um par de luvas.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação, foram elaboradas fichas de acompanhamento diário

para preenchimento pelos educadores, acompanhamento das atividades desenvolvidas e identificação dos
pontos positivos e negativos em períodos aproximados de 15 dias e pesquisa de opinião pública com
freqüentadores da orla.

OPERACIONALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
O Projeto Ciranda da Limpeza iniciou em 17/dez/99 e se desenvolveu até 31/mar/00. Contou com a atuação
de 70 adolescentes, 6 educadores e 1 coordenadora (Coordenadoria de Educação Ambiental), além de
acompanhamento e suporte da Coordenadoria de Planejamento. Toda semana, de Quinta a Domingo, entre as
9:00h e 12:00h, nas praias de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, parte dos adolescentes distribuíam
sacolas plásticas entre banhistas e outra parte realizava a coleta dos resíduos sólidos na areia.

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Cada educador, funcionário da EMLUR, era responsável por um grupo de aproximadamente 12 adolescentes,
cuja função era distribuir o material entre os adolescentes, orientá-los quanto às dúvidas e fiscalizá-los nas
atividades, além de controlar as atividades através de uma ficha resumo de atividades.

Todos dias de atuação, os adolescentes reunidos na praia recebiam as instruções do dia, a divisão dos
adolescentes por equipes coordenadas por um educador, distribuição do material para distribuição entre
banhistas e sacos de lixo para a coleta do lixo da areia. Antes do início das atividades, todos os menores
recebiam um lanche, um sanduíche com refrigerante.

Figura 3: Atividade de coleta de resíduos sólidos da areia.

Durante o período de atividades do Projeto, foi realizada uma pesquisa entre os banhistas, aplicada pela
EMLUR, com o intuito de verificar um impacto do Projeto e de obter sugestões para melhoria da limpeza das
praias.

Um carro da EMLUR ficava a disposição do Projeto para o transporte do material da campanha, sacos de lixo,
do lanche e também para locomoção da coordenadora entre as praias atendidas.

Iniciadas as atividades, os adolescentes abordavam os banhistas, falando sobre a importância do papel de cada
um na preservação do meio ambiente, incluindo praias e distribuindo sacolas plásticas para o
acondicionamento dos resíduos sólidos gerados na orla. Outra atividade desenvolvida foi a “catação” de lixo,
munidos de sacos plástico, luvas e às vezes com ciscador (ancinho) os adolescentes retiravam todos os objetos
e detritos que os banhistas e vendedores ambulantes descartavam nas areias da orla.

Figura 4: Atividade de conscientização de

banhistas e distribuição de sacolas plásticas.

Os resíduos encontrados nas areias eram os mais variados possível, havia desde saquinhos de picolé a cacos
de vidro, animais mortos e cadeira de praia velha. Os cocos, encontrados em grande quantidade, devido ao
seu peso e volume, não puderam ser recolhidos em sacos plásticos, sacos de nylon foram adotados por serem
resistentes e de tamanho adequado.

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Vale ressaltar a presença de cacos de vidro, principalmente após as festividades de Natal e Ano Novo, o que
demandou um maior cuidado para os menores não se machucarem.

Figura 5: Colocação dos sacos

de lixo na lixeira da praia.

RESULTADOS
A EMLUR realiza mensalmente um arrastão de limpeza nas areias das principais praias do município, porém
durante o Projeto Ciranda da Limpeza esta atividade foi suspensa, por não haver necessidade do serviço.
Apenas após grandes eventos como, Natal, Ano Novo, Micaroa, etc. os funcionários da EMLUR fizeram a
limpeza nas principais praias, onde ocorrem as festividades.

Durante o desenvolvimento do Projeto, houveram algumas adaptações: os sacos de 100 litros para coleta de
lixo foram substituídos por sacos de 30 litros, mais fáceis de manusear e com menor peso quando cheios;
adotou-se o uso de sacos de nylon para coleta de cocos, já que os sacos plásticos se rasgavam com o peso. Os
cacos de vidro foram recolhidos em saco separado, devido à periculosidade do material.

Durante os três meses e meio de atuação do Projeto (56 dias de trabalho), entre Dezembro de 99 e Março de
2000, pôde-se verificar que:
 cerca de 50.000 sacolas plásticas foram distribuídas entre os banhistas;
 as praias permaneceram mais limpas neste período;
 os banhistas, principalmente os turistas, apoiaram e incentivaram a atuação dos adolescentes e
da empresa de limpeza urbana;
 a imprensa televisionada e escrita apoiou o projeto divulgando as atividades desenvolvidas
através da mídia;
 é muito importante programas deste tipo, onde a população é convidada a participar em prol de
um benefício comum a todos.

Os principais materiais encontrados foram: cocos, palitos de picolé, canudos, garrafas plásticas (água e
refrigerante), tampas de garrafas, latas de refrigerante, copos descartáveis, entre outros.

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PESQUISA COM OS BANHISTAS

A pesquisa realizada entre os banhistas, foi bastante direta e objetiva, através de um questionário
simplificado, aplicado por um funcionário da Assessoria de Comunicação da EMLUR, obteve-se a opinião e
sugestões dos freqüentadores das praias.
Foram aplicados 34 questionários, nas praias de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, onde se
questionava o sexo do entrevistado, sua faixa etária, e residência, também perguntava-se sobre o grupo do
Ciranda da Limpeza e o grau de limpeza das praias de João Pessoa. Os principais resultados obtidos estão
apresentados nos gráficos a seguir.

Figura 6: Perguntas e respostas da entrevista com banhistas.

Reside em João Pessoa? 85% 15%

Viu os garotos distribuindo sacolas aos

76% 24%
banhistas?

Foi abordado por eles na praia? 56% 44%

A mensagem é clara? 90% 10%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Sim Não

Figura 7: Sobre o uso das sacolas de lixo.

3%
20%

15%

62%

Bom Regular Ruim Não respondeu

Figura 8: Sobre a limpeza das praias.

15%

18%

67%

Boa Regular Ruim

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Verifica-se que apesar de grande parte da população não utilizar adequadamente as sacolas para
acondicionamento de resíduos, os banhistas, em sua maioria, avaliam como boa a limpeza das praias de João
Pessoa.

CONCLUSÃO
Do exposto podemos concluir que Projetos dessa natureza são extremamente válidos, pois beneficiam o lado
social e ambiental, através da conscientização da população, do envolvimento de adolescentes de baixa renda,
da promoção da limpeza e da preservação da beleza natural das praias, cartão postal do Município de João
Pessoa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. IBGE. Contagem da população 1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1997. v.1.
2. JOÃO PESSOA. Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana - EMLUR. Projeto Verão 2000:
Ciranda da Limpeza. João Pessoa: EMLUR, 1999. (documento interno).

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