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Faculdade Uniube

João Paulo França da Silva:Ra:5167957

Ana Carolina Borges Diniz-Ra:5167042


Marissa Andrade Miranda-Ra:5168343
Tallita Izabelli Lima da Silva-Ra:5165893
Ana Júlia Pereira Santos Ra: 5166591
Bernardo Augusto Dias-Ra:5164676
Vitória Oliveira Côrtes-Ra:5168126
Vitor Lacerda Oliveira-Ra:5167879
Felipe Duarte Viana-Ra:5168739
Kamilla Alves Garcia-Ra:5167298
Sofia Amaral-Ra:5166516

Eutanásia

Uberlândia-MG
2024

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Grupo

João Paulo França da Silva:Ra:5167957


Ana Carolina Borges Diniz-Ra:5167042
Marissa Andrade Miranda-Ra:5168343
Tallita Izabelli Lima da Silva-Ra:5165893
Ana Júlia Pereira Santos Ra: 5166591
Bernardo Augusto Dias-Ra:5164676
Vitória Oliveira Côrtes-Ra:5168126
Vitor Lacerda Oliveira-Ra:5167879
Felipe Duarte Viana-Ra:5168739
Kamilla Alves Garcia-Ra:5167298
Sofia Amaral-Ra:5166516

Eutanásia

Trabalho apresentado
pelo curso de Direito, da
Faculdade Uniube.
Como requisito para
obtenção de nota.
Orientador(a): Fernando
Resende.

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Uberlândia –MG
2024

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Sumário

1- Capa.......................................[F.1]
2-Folha de rosto..........................[F.2]
3-Sumário..................................[F.3]
4-Introdução.............................[F.4]
5-Reportagem..........................[F.5]
6-Desenvolvimento..................[F.6\7]
7-Aspectos Sociológicos ...........[F.8]
8-Atualidade................................[F.9\11]
9-Cuidados Paliativos..................[F.12]
10-Conclusão................................[F.13]
11-Fontes.....................................[F.14]
12-Agradecimenos........................[F.15]

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Introdução

A palavra eutanásia foi criada no século XVII, pelo filósofo inglês Francis Bacon,
escrito na sua obra “História vitae eat mortis”. Em sua etimologia se deriva das
palavras gregas ‘’EU’’ que significa bem ou boa, e ‘’THANASIA’’, que equivale a morte.
Sendo em um sentindo mais liberal a eutanásia significa ‘’Boa Morte’’, a morte calma,
piedosa e humanitária.

Eutanásia é o ato intencional que proporciona levar ao individuo à morte indolor,


para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. Sendo
normalmente utilizado a eutanásia ativa, que é uma aplicação de uma dose excessiva
de sedativos, que resulta à parada do coração.

As outras formas de Eutanásia são: Passiva, ocorre com a interrupção do tratamento,


com o objetivo de minorar o sofrimento do doente, devido ao esgotamento de todas as
possibilidades terapêuticas; Dnt, derivada da palavra inglesa “Do Not Ressucitate”,
mais utilizada nos Estados Unidos, que significa não ressuscitar, utiliza-se o método
que impede os médicos de reanimar ou para prolongar a vida do paciente; Suícidio
assistido, mais utilizada nos Estados Unidos, que consiste em oferecer drogas, e
orientação para que o paciente se mate.

Reportagem

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Abaixo uma reportagem de 14/09/2022, onde
ocorreu o suicídio assistido na Suiça do cineasta
Jean-Luc:

O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira, 13, aos 91 anos, teve
acesso ao suicídio assistido, um recurso legal na Suíça. "Ele não estava doente, apenas
esgotado", disse a família ao jornal Libération. "Foi decisão dele e é importante que se
saiba". Outras pessoas próximas confirmaram a informação ao jornal francês.

O cineatas não tinha nenhuma infermidade terminal, apenas solicitou o suicídio


assistido por estar esgotado, onde foi concedido a ele na Suíça.

Bibliografia:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2022/09/jeanlc

Desenvolvimento

Aspectos Históricos

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A primeira eutanásia foi relatada na bíblia, há muitos anos atrás,no monte
Gelboé ,entre as batalhas de filisteus e israelistas. Saul o rei de Israel encontrava-se
debilitado diante da guerra, devido aos ferimentos de batalha, se encontrava ferido,
sendo incapaz de oferecer resistência á investidas de seu inimigo. Não querendo
querendo ser morto pelas mãos de filisteus, mandou um de seus soldados que lhe
cravasse uma espada em seu peito, mas o soldado negou seu pedido ,tornando-se
ineficaz , diante disso o rei Saul solicitou-se que um amalecita tirasse a sua vida , sendo
posteriormente atendida.

Também tendo o período da guerra mundial em 1945, nos tempos pré-coloniais a


pratica da eutanásia era comum no Brasil entre os indígenas, que as direcionavam aos
acometidos por velhice e que se encontravam debilitados para exercer atividades
corriqueiras da tribo. Também os recém-nascidos portadores de deformidades e os
nascituros advindos de relações de adultério, dentre os quais incluídos também os
gêmeos, pois acreditavam não ser possível que ocorresse através de relações com um
só parceiro, eram privados da vida. Já na época colonial, a prática da eutanásia,
ocorria dentre os enfermos acometidos de tuberculose, pois tal enfermidade não
dispunha de tratamento eficaz para sua cura, deixando-se os enfermos abandonados à
própria sorte, ou seja aguardando a eutanásia onde poderia ter a compaixão e piedade
de alguém para uma boa morte.

Em outros países como Atenas e Roma, se usufruía de um vinho intitulado ‘’Vino do


Moriam’’ (vinho da morte) , que era derivada de uma raíz chamada ‘’Mandrágora’’,
atribuída á um médico chamado de Dioscoride, que usufruía da mesma em cirurgias
como um calmante , que induzia os pacientes a caírem em um sono profundo,
ocasionando a perda da dor da cirurgia pelo estado de anestesia.

Na Grécia antiga, aqueles que sofriam por uma doença que implicasse a uma dor
exorbitante, estariam aptos á prática do suicídio, ou seja era defendidos por Sócrates,
Epicuro e Platão que defendiam que era plenamente aceitável. A contrário de
Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates, pai da medicina que eram totalmente contra o ato
de desfazer da vida. Hipócrates dizia ‘’Jamais ministrarei substâncias que tenha como

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fim abreviar a vida de um ser humano, ainda que me seja solicitado, tão pouco
recomendarei o seu uso ‘’.

Embora a Eutanásia possa ter sido praticada informalmente em algumas sociedades


ao longo da história, seu reconhecimento legal e discussão pública tornou-se mais
proeminente no século XX.

Os países baixos emergiram como pioneiros nesse domínio, promulgando em 2001 a


lei de eutanásia e suicídio assistido, que autoriza tais práticas sob condições
estritamente estabelecidas. A Bélgica e a Holanda foram os primeiros países que
promulgaram uma legislação similar em 2002. Além desses países, outras nações,
como Luxemburgo, Canadá e diversos estados dos Estados Unidos, também
promulgaram leis que legalizam a eutanásia ou o suicídio assistido em determinadas
circunstâncias.

Aspectos Sociológicos
A Eutanásia na atualidade , concitado uma atenção particular, reveste- se de um
indiscutível caráter social, quando relacionada com o tipo de sociedade em que ocorre.
É também nesta perspectiva que pode ser abordada pela sociologia, ciência que se
ocupa da análise dos sistemas sociais e dos universos de representação em que se
desenrola a vida dos homens.

A prática da Eutanásia não é um fenômeno dos nossos dias, nas sociedades do passado
é igualmente conhecida. Na república de Platão, assim como na Utopia de Tomás
Morus ou no Novum Organum de Francisco Bacon,os médicos não cuidam dos
incapazes. Destas cidades idealizadas são removidas todas as formas de "desordem".

A morte aparece nas sociedades tradicionais no centro da existência. Tal centralidade


inscreve-se no próprio espaço em que o homem habita e manifesta-se em diversas
simbologias. Durante muito tempo, de fato,a igreja e o cemitério situavam se no
interior da comunidade. A recordação do drama da morte era avivada, as dimensões

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entre vida e morte eram assumidas simbolicamente, a longevidade apresenta se
bastante curta.

A mudança das estruturas sociais e dos esquemas mentais operada nas sociedades
modernas veio alterar profundamente essa situação. Recusando todo o contato com a
morte , o homem atual volta se exclusivamente para a Vida. Os cemitérios são
transferidos para as zonas periféricas das aglomerações, poupando se assim aos
homens a sua visão perturbadora.

Voltados para a Vida as sociedades modernas esconjuram a morte do seu universo de


representação. O culto que o mundo atual presta à juventude e ao progresso faz com
que a velhice e a morte sejam esquecidas e percam suas referências simbólicas ligadas
aos grupos. Ao lado dos delinquentes e criminosos, dementes e incuráveis e todos os
inúteis e indesejáveis, também a velhice pertence à ordem da não rentabilidade e da
marginalidade. É de acordo com esta perspectiva mais ampla que deve ser abordada a
Eutanásia

Atualidade

A Eutanásia moderna como questão de debate e legislação, ganhou destaque


especialmente após a segunda guerra mundial, com os avanços na tecnologia médica e
o aumento do foco nos direitos individuais. Podemos citar o caso emblemático do Dr.
Jack Kevorkian que é um médico americano mundialmente conhecido por sua luta,
para fazer a eutanásia a um direito presente para todos, que chamou à atenção do
mundo para o tema e estimulou discussões sobre a eutanásia desde a década de 1990.

Atualmente, a Eutanásia é uma prática discutida em todos os continentes sobre sua


legalidade e eficácia. O ato de cessar a vida de um ser humano sem perspectiva de
cura, com Intuito de lhe cessar o sofrimento, por intermédio de uma morte provocada
e Intencional, se colide com diversos institutos do ordenamento jurídico, envolvendo
principalmente o direito constitucional, civil e penal, e acabando por movimentar
outros ramos das ciências jurídicas. Nesse trabalho, o objetivo foi averiguar a
eutanásia como prática legalizada em alguns países, suas origens e sua aplicabilidade,
levando em consideração, principalmente, o direito constitucional português. O
método utilizado se reduz a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental sobre o
tema. Desta forma, o trabalho conclui evidenciando a importância da eutanásia e da
sua legalização, diante do fato de que se legislada de maneira firme, ela cessa o

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sofrimento insuportável do indivíduo em fase terminal e sem perspectiva de cura,
trazendo assim uma morte digna e com serenidade.

A Eutanásia é uma prática discutida em todos os continentes sobre sua legalidade e


eficácia. O ato de cessar a vida de um ser humano sem perspectiva de cura, com intuito
de lhe cessar o sofrimento, por intermédio de uma morte provocada e intencional, se
colide com diversos institutos do ordenamento jurídico, envolvendo principalmente o
direito constitucional, civil e penal, e acabando por movimentar outros ramos das
ciências jurídicas. Nesse trabalho, o objetivo foi averiguar a Eutanásia como prática
legalizada em alguns países, suas origens e sua aplicabilidade, levando em
consideração principalmente o direito constitucional português. O método utilizado se
reduz a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental sobre o tema. Desta forma, o
trabalho conclui evidenciando a importância da eutanásia e da sua legalização, diante
do fato de que se legislada de maneira firme, ela cessa o sofrimento insuportável do
indivíduo em fase terminal e sem perspectiva de cura, trazendo assim uma morte digna
e serenidade.

No Brasil ,pelo atual lei do Código Penal 2848\40 , não conceitua a prática da
realização da Euntanásia, isto é, consumar a Eutanásia, estará praticando o delito de
homicídio beneficiado, tendo reduzida de um sexto à um terço da pena estipulada
conforme o artigo 121, § 1° do Código Penal, além da inclusão do artigo 122, que
inclui o individuo que servir qualquer espécie de auxílio , estará censurada pelo auxílio
devido a sua atitude.

Conforme a autora Ribas aponta, o direito a vida tornou-se constitucionalmente como


um direito essencial, sendo exemplificado no artigo 5° da Constituição Federal que
garante que ‘’ Todas as pessoas são iguais diante da lei ,sem diferenciação de, seja
qual for o tipo , assegurando os cidadãos brasileiros e aos estrangeiros que moram no
País, a vulnerabilidade do direito à vida, à independência, à igualdade, à segurança e a
propriedade’’, (Brasil 1988), dessa forma conclui-se que a vida é vista como um direito
essencial que não deve ser transgredido, ou seja, afirma-se que o direito á vida deveria
ser protegido desde o nascimento, visto que é um direito fundamental inerente em
qualquer indivíduo.

Concluindo, nossa legislação ainda não adquiriu uma lei que contenha ou anteveja um
modelo penal eutanásico. Todavia, a ordenação jurídica enunciou que de alguma
forma, possa ser utilizada para condenar essa ação, principalmente em respeito a
eutanásia passiva, no qual a penalidade é reduzida.

Tratando-se de um assunto que abrange todas as sociedades por ser relativo a um bem
inerente a todos, cada país tem sua visão quanto a legalidade da Eutanásia dos
indivíduos em fase terminal ou submetidos a sofrimento insuportável, assim conceitua

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Diniz (2011) sobre eutanásia:
[...] deliberação de antecipar a morte de doente irreversível ou terminal, a pedido seu
ou de seus familiares, ante o fato da incurabilidade de sua moléstia, da
insuportabilidade de seu sofrimento e da inutilidade de seu tratamento[...] (DINIZ,
2011, p.438).

A Eutanásia também é conceituada no dicionário jurídico: Eutanásia. Ato de provocar a


morte de alguém com o objetivo de eliminar-lhe o sofrimentos por não haver chances
de sobrevivência. O direito brasileiro não admite a eutanásia, apenando-a a título de
homicídio privilegiado (CP art. 121, §1º). (PAULO, 2002, p. 130).

Cuidados Paliativos

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Há quem diga que cuidados paliativos se refere a abreviar a vida do doente, ou até
mesmo desistir dela. No entanto, é um conceito muito errado. Um paciente paliativo
que já esteja em um momento próximo à morte, tem todo esse cuidado para garantir
que o paciente tenha a maior qualidade de vida possível até o fim dela, além de
transmitir um conforto aos familiares nesse momento difícil.

Os cuidados paliativos são voltados para aquelas pessoas que possuem doenças
graves e que afetam o funcionar do corpo dia após dia, é um ato muito nobre e que
exige um alto controle das emoções para não ser afetado por todo um clima de risco
de morte, contudo quanto mais cedo der entrada nos cuidados paliativos melhor será o
resultado. Entretanto mesmo após a óbito do paciente, esses cuidados não acabam,
eles continuam com as pessoas próximas do paciente.

Na maioria das vezes os pacientes recebem tratamento em um hospital, onde-se é


aplicado o remédio em suas veias, sendo aplicada por um profissional da saúde. Os
pacientes quem recebem em sua residência, recebem um serviço de home care, no
quais médicos e enfermeiros atendem o paciente.

Resta, portanto, demonstrado que os cuidados paliativos trazem um conforto maior ao


paciente, não sendo necessário a Eutanásia.

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Conclusão

Neste trabalho abordamos o assunto sobre a eutanásia, no qual mostramos os pontos


principais dessa prática de ato intencional, que proporciona levar o portador de estado
terminal ou com uma enfermidade incurável, que esteja em sofrimento constante, uma
morte rápida e indolor; cuja atitude, no Brasil é proibida por lei que define como crime
de homicídio.

Cumprimos todos os objetivos propostos, que foi muito importante para o nosso
conhecimento. O tema nos permitiu desenvolver e aperfeiçoar as competências de
investigação das bases textuais, que são debatidas há muitos séculos, vizando a
valorização da vida e dignidade humana.

Por tratar-se de um tema complexo e sensível ao livre arbítrio da vida , com direito a
escolher quando há sofrimento ou dor, observa-se a utilização de valores e direitos,
para tornar-se uma justificativa tangível buscando antecipar a morte ,como um meio
de alívio.

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Fontes

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eutan%C3%A1sia

https://www.todamateria.com.br/eutanasia/

https://congressoemfoco.uol.com.br/projeto-bula/reportagem/tipos-mais-comuns-de-
eutanasia/

https://www.medicina.ulispoa.pt

https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2022/09/jean-luc-godard-teve-acesso-a-
suicidio-assistido.ghtml

https://blog.eurekka.me/cuidados-paliativos/?
gad_source=1&gclid=EAIaIQobChMIhtDu4IL6hAMV_2JIAB33sgT7EAAYASAAEgJut_D_B
wEg

Gimbernat Ordeig, Enrique .Vida e Morte no direito penal: estudos sobre eutanásia,
pena de morte e aborto.1.ed. Barueri, SP: Manole,2004.56 p.( Coleção Estudos de
direito penal; 12) ISBN 85-204-1993-3.

Universidade do Porto- Portugal De AT Fernandez 1988.

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Agradecimentos

O desenvolvimento deste trabalho contou com a ajuda de diversas pessoas, que


participaram de pesquisas, e também pelo processo de debate para chegar a uma
conclusão de obtenção de dados, pela colaboração e disposição no processo, e ao
orientador Fenando Resende, pelo acompanhamento, dando todo o auxílio necessário
para a compreensão e desenvolvimento do tema Eutanásia , que permitiu a conclusão
deste trabalho.

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