Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O trabalho do antropólogo
Reitor
João Carlos Salles Pires da Silva
Vice-Reitor
Paulo Cesar Miguez de Oliveira
Assessor do Reitor
Paulo Costa Lima
Indicação da publicação
Edilene Matos
CLIFFORD GEERTZ
O trabalho do antropólogo
tradução de
Salvador
EDUFBA
2019
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do material protegido por este copyright
poderá ser reproduzida de alguma forma sem a autorização escrita do Editor.
CDD - 301
Elaborada por Evandro Ramos dos Santos CRB-5/1205
Editora afiliada à
Editora da UFBA
Rua Barão de Jeremoabo
s/n – Campus de Ondina
40170-115 – Salvador – Bahia
Tel.: +55 71 3283-6164
www.edufba.ufba.br
edufba@ufba.br
***
S. M. D.
Introdução .11
CAPÍTULO I
A Antropologia Pós-Moderna
CAPÍTULO II
A Ciência da Ação Simbólica
CAPÍTULO III
O Círculo Hermenêutico
Ficções .105
Subjetivismo e objetivismo .114
Do ponto de vista do antropólogo .124
CAPÍTULO V
O Papel do Antropólogo
CAPÍTULO VI
Relativismo e Antirrelativismo
Anti-antirrelativismo .207
O saber local .220
O conflito das interpretações .235
Bibliografia .249
11
Roberto Malighetti 13
Roberto Malighetti 15
Roberto Malighetti 17
Roberto Malighetti 19
Roberto Malighetti 21
Roberto Malighetti 23
Roberto Malighetti 25
Roberto Malighetti 27
Roberto Malighetti 29
Roberto Malighetti 31
1
Língua pidgin: uma “língua nova”, de contato, produzida espontaneamente pela hibridação
de linguagens pré-existentes, com o objetivo de possilitar a comunicação entre falantes de
línguas diferentes. (N. T.).
Roberto Malighetti 33
Roberto Malighetti 35
Roberto Malighetti 37
A Antropologia Pós-Moderna
39
Roberto Malighetti 41
Roberto Malighetti 43
Roberto Malighetti 45
Roberto Malighetti 47
Roberto Malighetti 49
Roberto Malighetti 51
Roberto Malighetti 53
Roberto Malighetti 55
Roberto Malighetti 57
Roberto Malighetti 59
[…] [E]sta situação fez com que um número cada vez maior de
pessoas que desejam explicar o porquê de insurreições, ou hos-
pitais, ou por que razão algumas piadas tornam-se favoritas,
começassem a buscar respostas na linguística, na estética, na
história cultural, no direito, ou na crítica literária, em vez de ir
buscá-las onde o faziam antes, na mecânica ou na fisiologia. Se
tudo isso está tornando as ciências sociais menos científicas ou
as ciências humanas mais científicas (ou, como creio, mudando
Roberto Malighetti 61
Roberto Malighetti 63
Roberto Malighetti 65
Roberto Malighetti 67
Roberto Malighetti 69
Roberto Malighetti 71
Roberto Malighetti 73
75
Roberto Malighetti 77
Roberto Malighetti 79
Roberto Malighetti 81
Roberto Malighetti 83
Roberto Malighetti 85
Roberto Malighetti 87
Roberto Malighetti 89
O espectro na máquina
Roberto Malighetti 91
Roberto Malighetti 93
Roberto Malighetti 95
Roberto Malighetti 97
Roberto Malighetti 99
O Círculo Hermenêutico
Ficções
105
‘dizer a coisa como ela é’ não vem a ser um lema mais adequa-
do para a etnografia do que para a filosofia desde Wittgenstein
(ou Gadamer), para a história desde Collingwood (ou Ricoeur),
para a literatura desde Auerbach (ou Barthes), para a pintura
desde Gombrich (ou Goodman), para a política desde Foucault
(ou Skinner), ou para a física desde Kuhn (ou Hesse). (Geertz,
1988, p. 137 [179])
Subjetivismo e objetivismo
A ironia etnográfica
141
O problema da assinatura
[…] não se pode fugir ao ônus da autoria, por mais pesado que
ele se tenha tornado; não há possibilidade de transferi-lo para
o ‘método’, a ‘linguagem’ ou (manobra especialmente popu-
lar no momento) ‘as próprias pessoas’, redescritas (‘apropria-
das’ seria um termo melhor) como co-autoras. (Geertz, 1988,
p. 140 [182])
O Papel do Antropólogo
173
A subversão antropológica
[P]arece provável que, seja qual for o uso dado aos textos etno-
gráficos no futuro, se de fato eles tiverem algum, ele implicará
facultar a conversa através de linhas societárias – de etnia, re-
ligião, classe, sexo, língua, raça – que se tornaram progressi-
vamente mais matizadas, mais imediatas e mais irregulares. A
próxima coisa necessária (ao que me parece, pelo menos) não
Relativismo e Antirrelativismo
Anti-antirrelativismo
207
Não foi a teoria antropológica como tal que fez nosso cam-
po de investigação parecer um argumento poderoso contra
o absolutismo no pensamento, na moral e no juízo estético,
mas sim os dados antropológicos: costumes, crânios, vestígios
arqueológicos e léxicos. A ideia de que foram Boas, Benedict
e Melville Herskovits, com a ajuda europeia de Westermark,
que infectaram o nosso campo com o vírus relativista, e de
que Kroeber, Kluckhohn e Redfield, com ajuda similar de Lévi-
Strauss, lutaram para nos livrar dele, não passa de um mito a
confundir toda essa discussão. Afinal, Montaigne pôde tirar
1
Em português, ver “Pessoa, tempo e conduta em Bali”, parte V de A interpretação das culturas.
(N. T.)
2
Em português, ver Negara: o Estado-teatro no século XIX. (N. T.)
Adam, J.M., Borel, M.J., Calame, C., & Kilani, M. (Orgs.). (1990).
Le discours anthropologique. Paris: Méridiens Kiincksieck.
249
Clifford, J., & Marcus, G. E. (org.), 1986. Writing culture: The poetics
and politics of ethnography. Berkeley: University of California Press.
Dunlop, J. T., Gilmore, M. P., Kluckhohn, C. K., Parsons, T., & Taylor,
O. H. (1941). Toward a common language for the area of the social
sciences. Mimeographed. Cambridge, MA.
Fabian, J. (1983). Time and the other. New York: Columbia University
Press.
Geertz, C. (Org.). (1963b). Old societies and new States: The quest for
modernity in Asia and Africa. New York: Free Press.
Geertz, C. (1966). Yale Southeast Asia Program: Vol. 14. Person, time
and conduct in Bali: An essay of cultural analysis. New Haven, CT:
Yale University Press. (Trad. bras.: Geertz, C. (2008). Pessoa, tempo e
conduta. In C. Geertz, A interpretação das culturas (parte V). Rio de
Janeiro: LTC.)
Geertz, C. (1967). Under the mosquito net. New York Review of Books,
9(4), 12-13.
Geertz, C. (1971). After the revolution, the fate of nationalism in the new
States. In B. Barber, & A. Inkeles (Orgs.), Stability and social change (pp.
357-376). Brown: Little.
Geertz, C. (1988). Works and lives. Palo Alto, CA: Stanford University
Press. (Trad. bras.: Geertz, C. (2009). Obras e vidas: O antropólogo
como autor (3ª ed.). Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.)
Geertz, C. (1996). Welt in Stücken: Kultur und Politik am Ende des 20.
Jahrhunderts. Wien: Passagen.
Geertz, C., & Geertz, H. (1975). Kinship in Bali. Chicago, IL: University
of Chicago Press.
Geertz, C., Geertz, H., & Rosen, L. (1979). Meaning and order in a
Moroccan society: Three essays in cultural analysis. Cambridge, UK:
Cambridge University Press.
Heidegger, M. (1927). Sein und Zeit. Halle, SN: Niemeyer. (Trad. bras.:
Heidegger, M. (2005) Ser e tempo (15ª ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.)
Horowitz, L. (Org.). (1967). The rise and the fall of Camelot Project.
Cambridge, MA: MIT Press.
Parsons, T. (1951). The social system. London: Routledge & Kegan Paul.
Van Maanen, J. (1988). Tales of the field. Chicago, IL: The University of
Chicago Press.
Salvador, 2019