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Exercicio Filogenia de Plantas Vasculares - 2016
Exercicio Filogenia de Plantas Vasculares - 2016
O cladograma abaixo apresenta as hipóteses mais corroboradas de relações filogenéticas entre grandes
grupos de plantas vasculares (ou Traqueófitas). Dados morfológicos, bioquímicos e moleculares (DNA e RNA)
sustentam essas hipóteses, e alguns deles foram plotados como sinapomorfias (novidades evolutivas
compartilhadas).
Analise a árvore e complete as lacunas, e depois responda as questões propostas.
Ophioglossales
Polypodiales
Lycopodiaceae
Plantas com
Equisetales
Marattiales
Calamites*
Isoetaceae
sementes
Psilotales
lenho e
Zosterophyllum *
Psilophyton*
11 10
Rhyniohyta*
5 8 9
12
4
13
7
3 *Extintos
6
Baseado em Judd et al. 2008,
Raven et al. 2007,
2 Simpson et al. 2006,
Rai & Graham 2010
1
Obs. Os nomes dos terminais com o sufixo aceae referem-se à categoria taxonômica de família e aqueles cm
sufixo ales à categoria de ordem, mas os nomes dos clados maiores são nomes informais, e embora terminados em
“fita” não se referem à categoria divisão (ou filo). Já existem alguns sistemas de classificação hierárquicos,
compatíveis com essa filogenia, que contempla todos ou a maioria dos grupos, mas não será adotado aqui por
enquanto.
1. Considerando que os terminais fósseis Riniófitas, Zosterophyllum e Psilophytum não possuem raízes, seria
possível admitir que as raízes surgiram mais de uma vez, independentemente, na história das plantas vasculares.
Em que nós teriam ocorrido tais passos e porque essa hipótese pode ser vista como muito robusta? (Obs. Atente
também para os caracteres 3b-c e 6b-c).
2. As folhas muito reduzidas das cavalinhas (Equisetales) são normalmente vistas como microfilos. Analise a
topologia da árvore e diga por que esses não seriam microfilos homólogos aos das Licopodiófitas.
3. As Psilotales foram muitas vezes consideradas verdadeiros “fósseis vivos”, por serem desprovidas de raízes e de
folhas (só têm escamas sem vascularização). Reinterprete esses atributos aparentemente “primitivos” à luz da
filogenia agora disponível, explicando o que provavelmente ocorreu na história desse grupo. Seria possível
também correlacionar essa hipótese evolutiva com o hábito de vida (epifitismo) dessas plantas?
4. Os esporos das plantas vasculares têm esporopolenina na parede. Por que esse atributo não pode ser plotado
como sinapomorfia no cladograma apresentado?
6. Das novidades evolutivas (sinapomorfias) acima apontadas, destaque as que devem ter sido muito importantes
na conquista do ambiente terrestre.
Referências bibliográficas
Cracraft, J. & M.J. Donoghue. 2004. Assembling the tree of life. Oxford University Press, Oxford.
Judd, W.S., C.S. Campbell, E.A. Kellog, P.F. Stevens & M.J. Donoghue. 2008. Plant systematics. A phylogenetic
approach. Ed. 3. Sinauer Associates, Sunderland.
Rai, H.S. & Graham, S.W. 2010. Utility of a large, multigene plastid data set in inferring higher-order relationships in
ferns and relatives (monilophytes). Amer. J. Bot. 97(9): 1444-1456.
Raven, P.H., R.F. Evert & S.E. Eichhorn. 2007. Biologia vegetal. Ed. 7. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.
Simpson, M.G. 2010. Plant systematics. Ed.2. Elsevier, Amsterdam.