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Explosoes Com Poeiras
Explosoes Com Poeiras
1-INTRODUÇÃO. 06
1.1. Gráfico Representando os Riscos com Explosões de Poeiras por atividade 09
1.2. Gráfico Representando os Riscos Com Explosões de Poeiras por causa 10
2. INCÊNDIOS. 11
2.1. Formas do produto no incêndio. 11
2.1.1. Empilhados 11
2.1.2. Armazenados em tulhas. 11
2.1.3. Depósitos. 12
2.1.4. Outros. 12
2.2. Definições de incêndios. 13
2.2.1. Material combustível. 13
2.3. Combustíveis. 14
2.3.1. Combustíveis sólidos. 15
2.3.2. Combustíveis sólidos especiais. 15
2.3.3. Sólidos metálicos. 15
2.4. Combustíveis Líquidos. 16
2.4.1. Líquidos inflamáveis. 16
2.4.2. Líquidos combustíveis. 16
2.4.3. Líquidos Voláteis. 16
2.4.4. Líquidos Não Voláteis. 16
2.5. Combustíveis Gasosos. 16
2.5.1. Gás inflamável. 16
2.5.2. Gás inerte 16
2.5.3. Riscos dos gases. 17
2.6. Terminologia da Combustão. 17
2.6.1. Combustível, solido, liquido ou gasosos 18
2.6.2. Comburente (Oxigênio) 18
2.6.3. Calor. 18
2.6.4. Reação em Cadeia 18
2.6.5. Ponto de Fulgor (Flash-point). 18
2.6.6. Ponto de Combustão (Fire-point) 18
2.6.7. Ponto de ignição (Flashover) 19
2.6.8. Combustão Incompleta Backdraft 19
2.6.9. BLEVE ou "Bola de Fogo" 20
3. EXPLOSÕES 21
3.1. Poeiras combustíveis. 21
3.2. Gases Inflamáveis: 21
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1-INTRODUÇÃO.
Da revisão 03. (capitulo 13 espaços confinados).
“Atualmente, com a implementação da NR 33, bem como das áreas classificadas,
temos sido consultados com frequência sobre os efeitos das poeiras explosivas nos
Espaços Confinados, e nas áreas classificadas” bem como sobre os efeitos das
substâncias tóxicas, inflamáveis, explosivas e inertes, ali presentes ou formadas
durante trabalhos realizados nestes espaços. Desta feita resolvemos incrementar ao
nosso trabalho os aspectos mais importantes da interação dos ambientes objeto sob
o enfoque da NR33. Uma vez que por falta de conhecimento ou de interpretação,
existe confusão no enfoque, o que traz muitos inconvenientes quanto ao acesso de
alguns locais.
Temos observado porem, que em varias indústrias que processam com poeiras
explosivas, consideram como espaços confinados espaços de acesso restrito,
ambientes adaptados para o controle de emissões de poeiras e ventilação dos
mesmos, e ainda são locais de acesso constante e com características próprias
para acesso dos trabalhadores.
Com a segurança comprovada e em bom estado de manutenção e operação,
estes devem ser na realidade considerados como, “áreas de acesso restrito ou
áreas classificadas”.
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Observamos porem, que como pode ser visto nas imagens abaixo o grande numero
de acidentes acontecem quando de trabalhos de manutenção, desta forma ao
classificar um ambiente devemos estar atentos aos trabalhos que são realizados
nestes espaços e classifica-lo para atender as reais necessidades da norma de
segurança.
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Neste trabalho fizemos ainda uma revisão geral, em diversos itens adequando-os às
poeiras explosivas com elementos metálicos, para diferenciação com os demais
cuidados ao manipula-las quanto a seu comportamento e com soluções
especificas para os metais, devido a diferenciação com relação às poeiras de
nosso conhecimento.
Abaixo, anexamos alguns gráficos de sinistros com poeiras da revista Stahl ocorridos
em varias partes do mundo e suas principais causas. Trabalho elaborado por
empresa especializada nesta área.
Os riscos de eventos com poeiras metálicas responsáveis por 10% dos acidentes
destas explosões no mundo, conforme imagens abaixo devem ser um alerta para os
profissionais da segurança uma vez que por serem de origem metálica, muitas vezes
são desprezadas, e como se vera no trabalho, são poeiras de metais que implicam
em cuidados maiores e de maior potencial de risco que as demais poeiras ate aqui
vistas, uma vez que seu controle como se vera, prescinde de muita técnica e
cuidados avançados, o capitulo foi motivado quando da investigação de um
acidente de trabalho com perda de uma vida e um ferido gravemente.
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Neste gráfico, podemos verificar os fatores responsáveis pelos eventos, que têm sua
predominância nas situações de faíscas mecânicas 30%, isto é, faíscas provocadas
nas ocorrências de paradas de manutenção onde o uso de ferramentas de corte,
solda, esmerilhamento, etc., são comuns. Os demais fatores são de menor
proporção, porém, compõem o cenário atual no planeta.
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2. INCÊNDIOS.
Os incêndios ocorrem com quaisquer materiais combustíveis; porém, para que isso
aconteça, é necessário que a quantidade de material combustível seja muito
grande e que as partículas do combustível tenham pouco espaço entre si,
impedindo um contato direto e abundante com o oxigênio do ar. As partículas
devem, entretanto, estar um pouco afastadas entre si, de maneira que, apesar da
existência da fonte de ignição e da consequente combustão local, não seja
permitida a propagação instantânea do calor de combustão às partículas
localizadas nas camadas mais internas, devido à insuficiência de ar. Desta forma, a
queima se dá por camadas desde que não sejam agitadas para entrar em
suspensão, em locais onde as poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas
de trabalho, ou em uma das seguintes formas:
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2.1.3. Depósitos.
Silos ou graneleiros, onde grandes dimensões e quantidades de grãos são
armazenadas para abastecer o fluxo operacional, nestes temos as situações que
ocorrem quando da carga e descarga de poeiras e que ficam depositadas em
locais de difícil acesso, e ali permanecerem por longos períodos, em situações
propicias podem provocar incêndios e explosões ate que não haja mais poeiras,
em seguida devido as condições do local a carga de grãos entra em combustão
ate ser extinta ou terminar o combustível.
2.1.4. Outros.
Locais na própria planta objeto de limpeza ou transferência de material.
Nestes incêndios, a ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com
cuidado, para evitar que o material depositado em estruturas, tubulações e locais
de difícil visualização e limpeza seja colocado em suspensão, formando a nuvem
de poeira, que evoluirá para explosão, pois há, no ambiente, os fatores de
deflagração da mesma, isto é: combustível e comburente e foco calorifico.
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A cor do fogo é também usada para estimar a temperatura dos auto forno
industriais, uma vez que a temperatura do fogo também varia de acordo com a cor
da chama. Deve-se considerar aqui que há então vários fatores, entre eles o tipo de
combustível e a temperatura do fogo que fazem o fogo ter determinada cor.
Combustível é o elemento que serve de campo de propagação do fogo. Na
natureza têm-se materiais orgânicos, que são todos combustíveis, e os inorgânicos,
geralmente incombustíveis nas condições CNPT (condições normais de temperatura
e pressão).
2.3. Combustíveis.
Como combustível devemos entender ser todo o material, solido, liquido ou gasoso,
passível de entrar em combustão, desprendendo com consequência, luz, calor e
radiação térmica.
É todo material que pode entrar em combustão quando exposto a uma chama ou
fonte térmica suficiente para iniciar o processo. São sólidos, líquidos ou gasosos,
sendo que os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor
cedido pela fonte (voláteis) e posteriormente inflamam.
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Todo material combustível que se gaseifica para combinar com o oxigênio, possui
em sua estrutura um ou mais dos seguintes elementos químicos, chamados
elementos combustíveis: Carbono, Hidrogênio e Enxofre. Portanto, um material
combustível é aquele que contêm na sua composição uma maior quantidade de
um ou mais elementos combustíveis.
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2.6.3. Calor.
É uma forma de energia geradora do incêndio. É o elemento que dá início ao fogo,
é ele que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um
superaquecimento em máquinas e aparelhos energizados, é quantificado
tecnicamente em quilocalorias por hora (Kcal/h).
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3. EXPLOSÕES.
Ocorrem frequentemente em unidades processadoras em referência, industrias que
processem ou manufaturem produtos que possam evoluir para forma de poeiras e
que possuam propriedades combustíveis; é necessário, porém, que as mesmas
estejam dispersas no ar e em concentrações adequadas. Isto ocorre em pontos das
instalações onde haja moagem, descarga, movimentação, transporte, etc., desde
que sem controle de exaustão e que, obviamente, existam os fatores
desencadeantes.
Lembramos que nesta revisão no item 7, especifico para explosões com poeiras
metálicas estaremos tratando de causas e efeitos bem como do controle e explosões
destas, que além de causarem muito mais prejuízo aos armazéns, são também mais
difíceis de controlar, e mais fatais aos operadores, em face de seus efeitos tóxicos,
térmicos e ou radioativos, em função de suas características inerentes.
As explosões acontecem com:
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3.4.2. Secundarias.
As explosões primarias, colocam as poeiras depositadas nas estruturas e locais
diversos, em suspensão, e estas ao caírem na forma de nuvem de pó, no recinto e
encontrarem no percurso o foco calorífico, entram imediatamente em combustão,
por terem uma superfície especifica grande em relação ao seu volume e massa, são
oxidadas rapidamente aumentando o volume gasoso no local, e este volume por
estar contido em um local exíguo, não consegue aliviar as crescentes pressões
geradas, culminando com as explosões finais e catastróficas, caracterizada pela
resistência do recinto, e dos elementos que interligam os setores, que pode ser um
elevador de canecas, uma rosca transportadora, uma rede de dutos de ventilação,
etc., ou o próprio recinto onde esta operação gasosa e inflamável se fundem.
Na sequência das explosões iniciais, todas as áreas vizinhas são agitadas pelas
vibrações subsequentes. Isto fará com que mais pó depositado entre em suspensão e
mais explosões ocorram, cada qual mais devastadora do que a anterior, este
fenômeno pode atingir outras unidades do complexo industrial além daquele em
que o processo se iniciou. Causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio, paradas no
processo produtivo. E, o que é pior, vidas são ceifadas ou ficam alijadas de sua
capacidade laborativa, com as consequências por todos conhecidas
(incapacidades totais e permanentes).
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O exemplo ilustrado foi obtido em uma de nossas avaliações em campo. Num caso
que ocorreu a explosão em silos de armazenagem de malte. Quando da fase inicial
a do levantamento de dados, efetuamos este ensaio para que pudéssemos
assegurar que se tratava de uma poeira explosiva, uma vez que o incêndio poderia
ser criminoso. Posteriormente após a confirmação, passamos ao levantamento de
todas as áreas envolvidas, como transportadores, desvios de fluxo, transferências,
etc., verificando na ordem inversa ao ponto final que foram os silos dos e alvenaria. E
com estes elementos confeccionar o laudo técnico do ocorrido.
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POEIRAS DE MALTE.
Uma analise rápida, porem, conclusiva (se uma poeira pode ser ou não explosiva). Pode ser obtida na maioria das plantas de
armazenamento, como o exemplo acima, tomamos uma amostra do produto e após fazê-los passar por uma peneira de malha
adequada, fizemos sua quantificação em pó e grão, extraindo desta, elementos quantitativos (quantidade de pó da amostra e de produto)
grandes auxiliares no dimensionamento dos sistemas de controle posterior.
Passo seguinte á quantificação é o ensaio de combustividade, onde ambas as amostras pó e grão são colocadas sobre a placa de
amianto do bico de bunsen; o pó, para testar a auto combustão e o grão a combustibilidade, após o aquecimento nota-se pelo
desprendimento de fumaça branca, a emissão dos voláteis, que com mais calor, queima sem contato com a chama, levando também
o grão a queimar.
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4.1.1. Conclusão.
Portanto concluímos que a poeira agrícola analisada é combustível e pelos fumos
desprendidos, também é explosiva, fato que só confirmou o obvio que foi u
ma violenta explosão destruindo enormes silos de alvenaria, bem como boa parte do
complexo industrial, observando porem, que no quadro do item três, subitem 3.3.3
temos uma tabela de elementos já qualificados em testes da NFPA, e temos ali a
confirmação da evidencia levantada.
Poeiras agrícolas Ie. Si. Ge. Pmp Vmp T1 T2 E C P(1)
Malte de cevada 5,5 2,6 2,1 6,7 308 400 250 0,04 57 -
Estudo das consequências deste elementos nas instalações, poderão ser analisados
conforme o exemplo enunciado com outros produtos, em nosso exemplo simulado
no subitem 4.9. deste item, com o qual pode-se prever os efeitos de uma explosão
com este produto, fato que pudemos ter a oportunidade de visualizar e documentar
em nosso trabalho.
4.2. Comentários.
As misturas combustíveis finamente pulverizadas são, em geral, muito perigosas. Os
depósitos de poeiras combustíveis sobre vigas e máquinas em torno dos locais de
transferência no transporte e beneficiamento são suscetíveis de incendiar com
chamas. Ao entrarem em ignição, as poeiras combustíveis suspensas no ar podem
produzir fortes explosões. Por outra parte, se as poeiras são agentes oxidantes e se
acumulam sobre superfícies combustíveis, o processo de combustão se acelera
consideravelmente no caso de incêndio. Se um agente oxidante finamente
pulverizado é misturado com outras poeiras combustíveis, a violência da explosão
resultante será muito mais grave do que se faltasse tal agente oxidante. Para
sufocar ou deter os incêndios ou deflagrações de poeiras combustíveis se
empregam materiais inertes, tais como a pedra cal, gases inertes, etc.
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Lembrando que estes produtos por serem agentes pirofóricos, entram em ignição de
forma muito simples e seu grau de combustividade é aumentado pelas
características dos metais e outros elementos presentes na cena do acidente,
necessitando ainda cuidados especiais no seu manuseio, armazenagem e
transporte.
Observando ainda que os incêndios são muito mais devastadores que outras
poeiras, exigindo técnicas e cuidados especiais, na sua extinção, para não
potencializar ainda mais seus efeitos.
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4.6.2. Concentração.
Como acontece com os vapores e os gases inflamáveis. Existe uma margem
específica de concentração de pó dentro da qual pode ocorrer a combustão ou a
explosão, nas margens inferiores, faltara o oxidante e nas superiores o excesso não
causara explosão devido a insuficiência de espaço entre as partículas, ocorrendo
apenas incêndio, que deve ser administrado com cuidado, para que não forme
nuvens de pó, pois nesse caso o incêndio evolui para explosão, mesmo em
presença do agente extintor.
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4.6.3. Umidade.
A umidade contida nas partículas de pó faz com que seja necessário aumentar a
temperatura de ignição, devido ao calor absorvido, para a vaporização da água
contida nelas. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a deflagração. Depois que
se produz a ignição, existe, porém, uma relação direta entre o conteúdo de
umidade, a energia mínima necessária para a ignição, a concentração de explosão
mínima, a Pmp. e a Vmp. Por exemplo, a temperatura de ignição do amido de milho
pode aumentar até 50 º C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto
de vista prático, a umidade não pode ser considerada como meio efetivo de
prevenção contra explosões, pois a maior parte das fontes de ignição proporciona
energia suficiente para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no
pó. Para que a umidade seja um meio de proteção provisório, ela deve ser
extremamente alta (a partícula deverá estar encharcada), a fim de que o a energia
convencional não seja suficiente para a evaporação, volatilização e inflamação da
mesma, dai nossa recomendação para que antes de se efetuar soldas ou operações
a quente, lavar o elementos com agua abundante.
Industrias têxteis, para segurança contra explosões das poeiras suspensas, fazem uso
de humidificadores, para que as poeiras se umedeçam e em caso de uma descarga
estática, não ocorra inicio de explosões.
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A ultima coluna P(1) das tabelas abaixo tem referência a condições especificas para determinados
produtos quanto a sua reação, com os agentes referenciados.
(1) Os valores destas colunas indicam a porcentagem de oxigênio, enquanto que o prefixo lateral indica o gás diluente.
Ex.: C13 = diluição de até 13% de O2 com CO2. Os prefixos são: C= CO2, N= N2, A= Argônio, H= Hélio.
(2) Não se produz ignição a 8,3 J.
(3) A ignição sobrevém com chama.
(4) Designação de riscos por incêndio.
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Amido de milho 9,5 2,8 3,4 7,4 525 400 - 0,04 46,7 -
Amido de milho malha 325 23,2 4,3 5,4 10 665 390 350 0,03 41,5 C11
Amido de trigo 17,7 5,2 3,4 7 455 430 - 0,03 46,7 C12
Amido de trigo tratado 35 10,6 3,3 8,2 455 380 - 0,03 31,1 -
Arroz 0,3 0,5 0,5 3,3 49 510 450 0,1 88,2 -
Cacau 19% gordura 0,6 0,5 1,1 4,8 84 510 240 0,1 77,8 -
Café Instantâneo 0,1 0,1 4,8 35 410 350 - 290 -
Café torrado 0,2 0,1 2,7 10,5 720 270 0,2 88,2 C17
Canela 5,8 2,5 2,3 8,5 273 440 230 0,03 62,2 -
Casca de amêndoa 0,3 0,9 0,3 7,1 98 450 210 0,08 67,4 -
Casca de amendoim 4 2 2 8,2 560 460 210 0,05 46,7 -
Casca de arroz 2,7 1,6 1,7 7,6 280 450 220 0,05 57 -
Casca de coco 4,2 2 2,1 8,1 2,9 470 220 0,06 36,3 -
Casca de noz de cacau 13,7 3,6 3,8 5,4 231 470 370 0,03 41,5 -
Casca de coco 7,1 3,1 2,3 8,1 329 440 210 0,05 31,1 -
Casca noz preta 5,1 3 1,7 7,9 280 450 220 0,05 31,1 -
Cebola desidratada 2,5 35 410 - - 135 -
Celulose 2,8 1 2,8 9,1 315 480 270 0,08 57,4 C13
Celulose alfa 2,7 4 8,2 560 410 300 0,04 46,7 -
Chá seco 0,1 3,4 28 580 340 -2 - -
Clara de ovo 0,2 4,1 35 610 - 0,7 145 -
Dextrina de milho cru 12,1 3,1 3,9 8,7 385 410 390 0,04 41,5 -
Erva de cereais 0,1 4,6 28 620 230 0,8 208 -
Farinha de alfafa 0,1(4) 0,1(4) 1,2 4,6 77 530 - 0,3 109 -
Farinha de ervilha 4 1,8 2,2 4,8 133 560 260 0,04 51,9 -
Farinha de pinho branco 9,9 3,1 3,2 7,9 385 470 260 0,04 36,3 -
Farinha de soja 0,7 0,6 1,1 6,6 56 550 340 0,1 62,2 C15
Farinha de trigo 4,1 1,5 2,7 6,8 196 440 440 0,06 51,9 -
Farinha semente de algodão 1,1 0,9 1,2 7,3 154 540 - 0,08 57,4 -
Fécula de batata dextrinada 20,9 5,1 4,1 8,4 560 440 - 0,03 46,7 -
Folhas de crisântemo moída 0,4 0,6 0,6 6,7 105 460 210 0,08 104 -
Goma arábica 1,1 0,7 1,6 5,9 105 500 260 0,1 62,2 -
Goma de glúten de trigo - 1 - - - 520 - 0,08 51,9 C15
Grão de café 0,1 0,1 2,3 10,5 650 280 0,3 156 C17
Leite desnatado 1,4 1,6 0,9 6,7 161 490 200 0,05 51,9 N15
Linho verde 0,2 0,7 0,3 7,6 105 430 230 0,08 81 -
Malte de cevada 5,5 2,6 2,1 6,7 308 400 250 0,04 57 -
Milho 6,9 2,3 3 7,9 420 400 250 0,04 57 -
Musgo de turfa seco ao sol 2 2 1 7,3 154 460 240 0,05 46,7 -
Musgo irlandês 2,5 28 480 230 - - -
Palha de trigo 5 1,6 3,1 8,2 420 470 220 0,05 57 -
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Pectina 10,3 2,2 4,7 9,2 560 410 200 0,04 77,8 -
Pele de cítricos 0,6 0,7 0,9 3,6 84 500 330 0,1 62,2 -
Pelugem de celulose 8,7 2,3 3,8 7,8 490 460 260 0,04 57 C13
Pó cereal trigo, milho e 9,2 2,8 3,3 9,2 490 430 230 0,03 57 -
aveia
Pó de cortiça -10 3,6 3,3 6,7 525 460 210 0,04 36,3 -
Proteína de soja 4 1,2 3,3 6,9 455 540 - 0,06 51,9 C15
(3)
Sacarose 9,6 4 2,4 7,6 350 370 400 0,03 46,7 -
(3)
Sacarose pura 3,3 1,1 3 5,3 175 420 470 0,1 46,7 -
Semente erva azul 0,1 0,1 3,6 28 490 180 0,3 301 -
Semente cereja 4,4 2 2,2 7,9 308 430 220 0,08 31,1 -
semente de damasco 1,9 1,6 1,2 7,6 280 440 230 0,08 36,3 -
Sêmola de espiga de milho 5,5 2,5 2,2 8,9 259 450 240 0,05 46,7 -
Talo tabaco 3,7 28 420 230 -2 - -
Trigo bruto 2,6 1 2,6 5 154 500 220 0,06 67,4 -
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Al Si (si - 12%) 3,6 1,3 2,9 6,0 527,8 670 - 0,06 0,04 -
Fe Mg (médio ca) 0,4 0,4 1 4,4 351,9 450 590 0,08 0,13 C19
Fe Si (si 88%, Fe 9%) <0,1 <0,1 0,2 4,9 70,4 860 - 0,4 0,425 C19
Fe Ti (ti 19%, Fe 74,1%, C 0.06) 13 0,5 2,6 3,9 668,5 370 400 0,8 0,14 C13
Silicato de Ca 2 0,4 5 6,1 914,8 540 540 15 0,06 -
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O gás inerte é eficaz na prevenção das explosões de pós, uma vez que dilui o O2 a
uma concentração muito baixa. Ao selecionar o gás inerte mais adequado, deve-se
cuidar para que este não reacione com o pó; é o caso de certas poeiras metálicas
que reacionam com o CO2 ou com o N2. Neste caso, deve se usar o Hélio (He) ou
Argônio (A).
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Uma das razões pelas quais o grau de destruição de muitas explosões de pó não
chega a ser maior reside no fato de que o pó não se encontra dispersado
uniformemente através do volume circundante. Raras vezes se incendeia uma nuvem
de pó em condições ideais para a formação de pressões observadas
empiricamente.
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4.11.4.1. Deflagração.
É o fenômeno de explosão que ocorre com velocidade de chama de 1 a 100 m/s e é
o que acontece com maior frequência nas indústrias.
4.11.4.2. Detonação.
É o fenômeno de explosão em que a velocidade da chama é igual ou superior à
velocidade do som, chegando aos 1000 m/s. No caso das explosões em cadeia, a
deflagração inicial evolui para detonação nas fases posteriores.
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Explosões recentes causadas por poeiras de cereais. Neste caso, os danos provocados foram aos pavilhões,
aos equipamentos de beneficiamento e aos elementos transportadores, o que evidencia que a explosão
iniciou dentro, internamente, ganhando propagação e aumentando seus efeitos até atingir os pavilhões, que
foram os últimos atingidos pela explosão.
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5. GASES TÓXICOS.
As chamas e os efeitos do aumento de pressão numa explosão não são os únicos
problemas a enfrentar. Na atmosfera do evento ocorre uma deficiência de oxigênio
e a formação de gases tóxicos em virtude da combustão, particularmente o CO
(monóxido de carbono). A concentração de gás pode ser suficientemente alta
durante alguns momentos e, assim causar inconsciência, ainda que momentânea às
pessoas presentes e conduzi-las à morte por asfixia.
Desta feita, o ingresso nestes locais só deve acontecer após um incêndio por pessoas
treinadas e com equipamento autônomo de ar mandado.
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6.3. Conclusões:
.3.1. Ordem De Grandeza Dos Produtos.
Comparando os nossos valores com os índices da tabela parâmetro, temos que: “ie”
(índice de explosividade) sequência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e milho.
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6.5. Consequências.
Em nosso exemplo, com pressões internas de até 3,3 kg/cm² ou 30000 mmCa,
teríamos a morte de 50% dos envolvido na planta de arroz; nas demais, todos
morreriam.
6.5.3. Da Simulação.
No nosso exemplo prático, todos os materiais analisados seriam catastróficos para as
edificações, equipamentos e participantes do evento, confirmando o acidente
ocorrido por ocasião do trabalho pericial.
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7. METAIS COMBUSTÍVEIS.
7.1. Considerações Iniciais.
Quase todos os metais podem queimar ao ar livre, Alguns se oxidam rapidamente em
presença do ar ou unidade, gerando suficiente calor para alcançar suas
temperaturas de ignição; outros se oxidam tão lentamente que o calor gerado é
dissipado antes que atinjam sua temperatura de ignição. Alguns metais como:
Magnésio, Titânio, Sódio, Potássio, Cálcio, lítio, Háfnio, Zircônio, Zinco, Tório, Urânio e
Plutônio, são denominados tecnicamente como metais combustíveis devido sua
facilidade de ignição, quando se encontram em forma de laminas, limalhas ou em
pó, observando que estes materiais, em forma de perfis como: chapas, tarugos
aminados, perfilados etc., são de difícil combustão.
Certos metais como Alumínio, Ferro e Aço, que normalmente não são combustíveis,
podem entrar em ignição e queimar se estiverem na forma fina ou pulverizada ou
ainda em pó um exemplo típico é a palha de aço, que se aquecida por uma chama
viva entra em combustão ate sua extinção.
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As temperaturas dos metais em combustão, geralmente são muito mais elevadas que
a dos líquidos inflamáveis nas mesmas condições. Alguns metais quentes podem
continuar sua combustão em atmosferas inertes como Nitrogênio, Dióxido de
Carbono ou vapor de água nas quais os combustíveis convencionais não reacionam.
Desta forma o combate aos incêndios com metais é muito complexa e exige
conhecimentos específicos dos bombeiros para contenção, segurança dos
trabalhadores e das instalações. Quando se trabalhar com metais diferentes dos aqui
abordados, é conveniente que se prepare os bombeiros especializados mediantes
praticas especificas empregadas em metais para evitar riscos interagentes com
determinados agentes de extinção.
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Como acontece com outros metais combustíveis sua facilidade de ignição depende
da forma e dimensão da partícula. Peças pequenas e finas como laminas, chips,
aparas, ou poeira podem entrar em combustão com a simples chama de uma vela,
enquanto peças maiores ou fundidas são difíceis de inflamar, inclusive com frente ao
fogo de um maçarico, devido a alta condutividade térmica do material, para
inflamar é necessário aquecer a peça inteira ate seu ponto de ignição.
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Chips, limalha e outros finos de metais, podem entrar em combustão ao contato com
os panos e estopas de limpeza embebida em contaminantes da limpeza. Os que
estejam umedecidos com água, óleos solúveis em água, ou óleos com mais de 0.2%
de ácidos graxos, podem gerar H2, lentamente. As rebarbas empapadas com óleos
vegetal ou animal podem entrar em ignição pelo óleo que possuem. Os finos das
operações de moagem geram H2 , quando submersos em água, porem, nesta
condição podem inflamar. Levemente umedecido em água, podem gerar calor
suficiente para entrar em combustão espontânea ao ar e queimam violentamente
quando se extrai o O2 da água, liberando H2.
7.4.1. Armazenagem:
Quanto maior seja uma peça de magnésio, maior a dificuldade de incendiar, porem,
quando ocorre, queima intensa é difícil controlar a reação. A norma NFPA 48 é
especifica para este metal. Esta norma inclui a recomendação de quantidades
máximas de magnésio em diferentes formas e dimensões que podem ser
armazenadas em uma condição especifica. É ainda aconselhável que o local onde
se armazenam este metal não seja construído de materiais combustíveis ao magnésio
e devera ainda estar isolado de outros materiais combustíveis.
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Os fogos em fornos de tratamento térmico devem ser combatidos com pós e gases
criados especificamente para eles, a utilização de fundentes para separar o ar do
metal em combustão, tem sido bem aceita nestes incêndios.
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Não existe restrição para o transporte do titânio, exceto na forma de pó fino, que
requer cuidados específicos, conforme legislação vigente dos países.
O calor gerado durante as operações de corte, furações, fresa, etc., podem gerar
energia suficiente para que o metal entre em ignição em seus restos gerados nas
operacoes, bem como por lubrificantes de corte a base de oleo mineral, portanto
para reduzir o calor gerado, deve-se usar um lubrificante a base de agua, e as
ferramentas devem estar sempre bem afiadas. Os chips de metal e poeiras devem
ser removidos da área de trabalho, e armazenados adequadamente, as maquinas
operatrizes devem ser providas de sistema de exaustão por ventilação com
captores adequados, para que os resíduos gerados sejam imediatamente retirados
do local da operação, evitando assim o risco de combustão.
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Os extintores de CO2, espuma e produtos químicos secos, não são efetivos sobre
fogos de titânio, porem obteve-se bons resultados com agentes extintores criados
especialmente para os incêndios do magnésio.
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fusão 98o C. entra em combustão ao contato com pastilhas de oxido de sódio o que
representa poder inflamar a temperaturas inferiores a de seu ponto de ebulição.
O principal risco destes incêndios é sua rápida reação com água, o H2 liberado na
reação pode entrar em ignição pelo próprio calor da reação, pode também
reacionar violentamente frente a hidrocarbonetos halogêneos como o tetracloreto
de carbono, halogêneos com Iodo e com acido sulfúrico, tendendo para explosões,
caso estejam confinados.
7.7.Lítio (Li).
Como o sódio e o potássio é um metal alcalino, reage semelhantemente ao sódio
em água, entra em ignição a 180o C. e queima violentamente. O lítio de forma
diversa do sódio e do potássio, queima em atmosfera de Nitrogênio N2. O lítio é o
mais leve destes metais, durante sua combustão tende a fundir e tornar-se fluido.
7.10. Cuidados.
7.10.1. Armazenagem manipulação e transporte:
Devido a sua reatividade frente à agua, o sódio requer precauções especiais para
impedir que entre em contato com a umidade dos tambores e caixas com este
material, devem de preferência ser armazenado em local seco e resistente ao fogo
ou em um edifício que seja utilizado exclusivamente para o sódio, a proteção com
sprinklers é indesejável, e não devem ser armazenados com qualquer material
combustível no mesmo local, é conveniente armazenar as embalagens de sódio
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As recomendacões para litio, potassio e NaK, sao as mesmas que para o sodio.
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Quando se usa sódio fundido em processos industriais, todas as maquinas devem ser
providas de bandejas para recolher qualquer derrame ao piso, para impedir violentas
reações com o concreto. Os processos com sódio consistem essencialmente na
refundição para formar barras ou briquetes ou agrega-los a outros líquidos em
sistemas fechados de transferência. Durante esta manipulação, deve evitar-se a todo
custo o contato com o ar úmido, água, halogêneos hidrocarbonetos halogêneos, e
acido sulfúrico.
Os dados fornecidos para o sódio podem servir como guia para os processos de lítio,
potássio e NaK.
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Ao entrar em ignição este metal queima com pouca chama, porem, com emissao
de grande quantidade de calor. A não ser que esteja desativado, na forma
exponjosa, pode entrar em combustão expontânea.
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pó de zircônio o pó extintor deve ser aplicado de forma a não permitir que se forme
nuvem do pó do metal pois há risco de explosão nesta forma. Si o incêndio se produz
em ambiente confinado, pode ser debelado com atmosfera de argônio ou hélio.
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Algumas ligas de aço projetadas para altas temperaturas podem resistir ao calor ao
roxo, sem perda de seção e resistência. Estas ligas devido ao custo, são empregadas
em aplicações industriais especificas nas quais é necessário manter as características
sob temperaturas elevadas durante largos espaços de tempo.
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7.16.4. Uranio.
O uranio normal é um metal radioativo que, também, é combustível. Sua
radioatividade não afeta não afeta sua combustibilidade, embora possa repercutir
nos volumes das perdas pelo incêndio. A maior parte do uranio metálico se manipula
em grandes massas que não apresentam riscos graves. Quando entra em ignição, o
metal queima muito devagar. Uma barra de 25 mm. de diâmetro necessita de um
dia para ser consumido. Em ausência de fortes correntes de ar, o fumo do oxido de
uranio tende a depositar-se nas zonas próximas ao metal em combustão. A não ser
que esteja banhada em óleo, uma massa de uranio queima sem que haja chama
visível. O uranio queimando reaciona violentamente com o tetracloreto de carbono,
com o 1,1,1 tricloroetano e com os halogêneos. Para seu emprego em reatores
produtores de energia, os elemento s combustíveis do uranio se encontram sempre
encerrados em uma cobertura metálica, geralmente de zircônio ou de aço
inoxidável..,
7.16.5. Tório.
O tório como o uranio é um elemento natural.
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São conhecidos como materiais fonte, visto que são matérias básicas a partir das
quais se produzem os combustíveis para os reatores nucleares.
Na forma de poeira exige técnicas especiais de manuseio em função de sua baixa
temperatura de ignição. Deve ser manipulado a seco em atmosferas de hélio ou
argônio. O pó do metal seco não deve ser colocado em contato com o ar devido
ao fato de o atrito entre suas partículas gerar energia estática suficiente para entrar
em combustão.
7.16.6. Plutônio.
O plutônio, bem com o uranio, é um metal radioativo e combustível. Sendo mais
suscetível ignição que o uranio é manipulado a distancia em suas operações de
transformação, em atmosfera de ar seco ou com gás inerte. Quando na forma de pó
ou limalhas, pode entrar em combustão espontânea em ar úmido.
O plutônio, não deve ser exposto a agua, em parte devido aos princípios da
prevenção de incêndios. Em pecas grandes, entra em ignição a 600oC.e queima de
maneira parecida com o uranio, diferenciando-se pelo impacto dos fumos, que são
radioativos e provocam a contaminação aérea da região, difícil de controlar e
danos ao meio ambiente e a população envolvida.
Em face destas de suas propriedades, este metal, não deve ser armazenado no
mesmo local e em grandes quantidades, pois os impactos seriam de grandes
proporções, este metal quando em combustão espontânea, deve deixar queimar
ate que se consuma, controlando as difusões do fogo e da contaminação
radiológica.
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Portanto, conclui-se que não pode ser feita uma generalização de métodos de
proteção em relação ao risco de explosão, porque tais métodos dependerão das
propriedades da poeira, tipo de projeto, planta industrial, equipamentos existentes,
risco de instalações vizinhas e valor do equipamento em risco.
8.1.1. Incêndios.
Lembrando que incêndios sempre são o inicializadores das explosões, embora de
difícil visualização, a não ser que se faça um teste como o indicado no item 4.1.
exemplo numérico, onde pode-se notar nas imagens que inicialmente ocorre um
emissão gasosa, causado pela emissão de seus voláteis, na forma de uma fumaça,
que ao atingir sua temperatura de ignição, inflama, e quando em contato com uma
nuvem de poeira explode, em micro explosões sucessivas até atingir uma valor
significativo para causar uma explosão mais forte que normalmente sacode as
estruturas provocando a suspensão das poeiras depositadas em forma de pó, ai
acontece então uma explosão mais violenta que percorre as instalações
provocando outras cada vez mais fortes e destrutivas.
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Estes equipamentos hoje disponíveis, tiveram sua fase inicial com o halogêneos, que
hoje tem sua confiabilidade comprometida em face da camada de ozônio, que
hoje merece novo enfoque, com a produção de gases e químicos usados na
extinção num processo limpo, que além de não destruir itens perecíveis, não
compromete os trabalhadores e os bens patrimoniais de elevado valor material e
histórico.
Desta forma nestas situações devemos nos voltar a esses produtos quando houver
risco de perdas, estes equipamentos hoje disponíveis, permitem uma contenção
limpa dos riscos de incêndios com rápido retorno das atividades cotidianas.
Nos próximos itens deste capitulo, fazemos menção a eles, pois embora o enfoque
principal sejam as explosões, elas não existem sem um incêndio inicial, e mesmo
assim, em face da rápida evolução das explosões, os sistemas para eficiência total
também deve conter os supressores para que as explosões não avancem para outros
locais causando grandes destruições na edificação.
8.1.2. Confinamento.
Quando se produz uma explosão de pó, em ambientes confinados, formam-se
produtos gasosos e a liberação de calor, que faz aumentar a temperatura do ar
contido no recinto. Como os gases expandem-se ao aquecerem, exercem pressões
crescentes no espaço circundante, e quanto mais resistentes forem estes, maiores
serão os efeitos das explosões, a não ser que hajam áreas de alívio suficientes para
evacuar os gases quentes antes que atinjam níveis de pressão destrutivos.
Desta forma, um sistema de alívio adequado deve ser previsto, para saída dos gases
formados, a baixa pressão, evitando danos maiores. Em algumas situações, estas
medidas não são práticas, sendo aconselhado processar estas operações em
ambientes abertos, atmosferas inertes ou supressores automáticos. Os supressores
consistem em um sistema formado por detectores de pressão ou de chamas e um
agente extintor confinado e submetido a pressão continua caso por um detector do
sistema veja uma chama, o disparo, abre uma válvula de derrama no recinto onde
ocorreu o evento uma quantidade de produto gás inerte ou pó químico, que
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8.1.3. Inertização.
Uma das medidas adotadas para reduzir os efeitos
das explosões é a inertizaçao, isto é a injeção de
um gás inerte, ou um pó químico, que reduz
drasticamente a quantidade de oxigênio presente
no espaço, chamamos atenção que poeiras
metálicas, não podem ser consideradas numa
primeira hipótese, pois pode reagir com agentes
inertizantes bem como com agentes de extinção
daí termos acrescentado o capitulo especifico de
metais e seu controle nestes riscos, o disparo é feito por um sensor colocado dentro
do local a ser protegido, nos dois casos, com pó químico ou gás inerte.
8.1.4. Supressores.
De forma semelhante, pode-se usar os supressores limpos,
que atuam com um produto químico tipo pó, que ao ser
derramado no ambiente, reaciona com os gases reagindo
com o oxigênio presente na mistura e impedindo desta forma
a continuidade do fogo ou da explosão. Adiante no
determos para esclarecimentos sobre estes produtos
disponíveis no mercado.
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8.1.7. Superdimensionamento.
Face ao alto custo inicial e às periódicas manutenções exigidas por um
superdimensionamento estrutural e dos equipamentos para que resistam aos efeitos
das explosões, superdimensionar as instalações, somente são recomendáveis em
situações onde outros métodos alternativos não são interessantes, pela localização
particular de certas unidades.
8.1.8. Estanqueidade.
Uma explosão de pó pode gerar pressões na ordem de até 7 kg/cm2 em recintos
fechados, como em linhas de transporte pneumático, redlers, silos, roscas
transportadoras, etc. Portanto, para evitar danos maiores, estes elementos devem ser
providas de válvulas de alívio contra o aumento de pressões e suas consequências,
lembramos que estas descargas de emergência, devem ser instaladas fora do
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ambiente fabril, uma vez que podem no caso de haver poeiras espalhadas, provocar
explosões no ambiente.
Um recinto fabril raramente resistiria a tal pressão; as máximas das edificações são da
ordem de 0,07 kg/cm2, portanto, devem ter telhados, aberturas, portas e outros itens
de resistência inferior aos da construção, sob pena de haver perdas totais em tais
eventos.
O níquel: este metal revestido bem como o bronze apresenta pouca probabilidade
de produzir faíscas, e o aço inox bem menos. Ferramentas especiais de cobre-berílio
e outras ligas são projetadas para reduzir os riscos de fricção porem, não eliminam
totalmente e devem ser usadas quando nas operações próximas de produtos
inflamáveis, como os vapores, gases e poeiras agrícolas ou metálicas, as ferramentas
a base de couro, plástico ou madeira, estão isentas de produzir faíscas.
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estudo especifica para que estas cargas não sejam acumuladas nas partículas pois
ao atingir certa carga, esta poderá detonar uma faísca que dará inicio ás explosões
dentro das redes de transporte ou exaustão.
8.1.12. Umidificação.
Indústrias que processam com tecelagem em suas
instalações, tem um alto risco de explosão com as poeiras
suspensa, e para evitar que estas possam entrar em
combustão, o ambiente é umidificado constantemente,
para que a umidade das partículas seja alta e a
possibilidade de inflamar é maior, sendo esta medida a das
mais antigas e atuais ate hoje.
Desta feita, temos hoje a constatação que o mais importante numa planta onde se
manipule poeiras explosivas de qualquer origem, que estas sejam retiradas do
ambiente à medida que são geradas, para isto toda e qualquer planta deve ser
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Importante frisar que nestas unidades, o fator manutenção é imprescindível, pois todo
e qualquer elemento sujeito ao desgaste ou vida útil poderá comprometer a
eficiência de exaustão, como por exemplo, a vida útil dos elementos de separação,
como as mangas filtrantes que podem inviabilizar a segurança original do sistema de
controle e dai não haver mais segurança patrimonial de operacional.
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9. SISTEMAS DE VENTILAÇÃO.
Introdução.
A ventilação de operações, processos e equipamentos dos quais emanam
contaminantes tem se tornado, mais modernamente, uma importante ferramenta no
campo de controle da poluição do ar e da segurança patrimonial. O controle
adequado da poluição do ar tem início com uma adequada ventilação das
operações e dos processos poluidores da atmosfera, que também concorrem com
os riscos de explosividade, no caso das poeiras. Segue-se a escolha adequada de
um equipamento para a coleta dos poluentes captados pelo sistema de ventilação.
9.1. Definição.
Abaixo descreveremos os processo usuais para manter os locais ventilados com
condições de salubridade bem como de condições limpas, onde todas as poeiras
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acordo com suas características é que será definido um captador adequado as suas
propriedades físico químicas, segundo ilustramos abaixo.
9.2.1.3. Temperatura.
As principais influências da temperatura são sobre o volume do gás carreador e
sobre os materiais de construção do coletor. O volume tem consequências sobre o
tamanho do coletor que, dessa forma, provocará alterações no custo do
equipamento. A temperatura também afetará a viscosidade e a umidade da poeira.
9.2.1.4. Viscosidade.
As principais influências da viscosidade se relacionam com o sistema como um todo,
uma vez que se houver viscosidade, poderá haver depósitos de material sobre as
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9.2.1.5. Umidade.
A alta umidade contribui para o empastamento das partículas sobre o coletor,
principalmente nos coletores inerciais, centrífugos e filtros, provocando seu
entupimento. Pode, ainda, agravar os problemas de corrosão, além de ter grande
influência sobre a resistividade elétrica das partículas e, portanto, em sua
precipitação eletrostática. Em adsorção, pode agir como fator limitante da
capacidade do leito, se este absorver vapor de água.
9.2.1.6. Combustividade.
Quando um gás carreador é inflamável ou explosivo, algumas precauções especiais
devem ser tomadas. A principal é assegurar que se esteja acima do limite superior de
explosividade ou abaixo do limite inferior de explosividade da mistura. Nesses casos,
lavadores são preferidos para a captura e separação dos poluentes, e precipitadores
eletrostáticos raramente são usados.
9.2.1.8. Carga.
A carga elétrica, ou a concentração do poluente no gás carreador, afetam
diferentemente os diversos tipos de coletor. Assim é que a eficiência de coleta de
ciclones aumenta com a carga, mas cresce também a possibilidade de entupimento
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9.2.1.9. Higroscopicidade.
É importante por influir na possibilidade de entupimento (principalmente em coletores
inerciais, centrífugos e filtros) por formação de pasta devido à absorção de umidade
pelas partículas.
9.3. Captadores.
Um bom captador é aquele que consegue aspirar o máximo de substâncias com a
menor vazão de ar. Isto depende do porte do equipamento, da potência absorvida
e do tamanho dos dutos de transporte, sendo, entretanto, indispensável que capture
o máximo de substâncias indesejáveis. Deve também ser projetado para não
prejudicar a operação, manutenção e visibilidade do operador, observando-se,
porém, que as concentrações fiquem fora dos limites de explosividade.
Os captores podem ser:
9.3.1. Enclausurantes:
este tipo possui todos os lados fechados, inclusive o teto, tendo apenas a saída dos
poluentes por duto e uma entrada de ar carreador. O ambiente é vedado por uma
cabine ampla.
A vazão do ar exaurida pelo captor deve ser capaz de arrastar todos os poluentes
gerados pela fonte, mas não tão elevada a ponto de arrastar a matéria prima do
processo.
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A coleta do poluente pode ser feita por uma série de equipamentos projetados
especificamente para este fim. A escolha do equipamento de controle que melhor
atenda ao processo dependerá das propriedades do poluente (ver item 10.3.1), e
tradicionalmente é definido pelo bom senso do projetista, que verificará se tal
equipamento se adéqua não só a realidade econômico-financeira da empresa, mas
também se é compatível com o momento em que o país vive, sem esquecer-se das
emissões, que são controladas por órgãos ambientais e se não atendidas podem
gerar interdições do estabelecimento.
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Quanto às emissões internas dos ambientes ocupacionais, em face dos efeitos que
estas emissões causam aos trabalhadores, temos que sempre estar atentos aos
parâmetros definidos pela legislação federal do Ministério do Trabalho, atendendo
aos parâmetros da NR15 e seus anexos, quanto aos padrões de emissão seguros para
gases, vapores, aerossóis no ambiente de trabalho, para que os trabalhadores
confinados tenham a proteção adequada aos elementos de risco nos processos
laborais.
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Observamos porem, que muitos resíduos, podem conter substâncias que os torna
inviáveis, pois podem como já vimos, gerar riscos aos trabalhadores que os
manipulam, um exemplo é a serragem das indústrias da madeira e afins, por serem
poeiras inflamáveis, devem merecer os mesmos cuidados que na indústria.
Por outro lado, algumas plantas vendem proveniente das estações de tratamento de
suas aguas, após passarem por processo de tratamento das aguas residuais, sobra
um lodo orgânico muito rico para a agricultura vizinha, que fazem compostagem
orgânica, reduzindo a quantidade de insumos necessários para o desenvolvimento
de suas lavouras.
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Temos ainda diversos acidentes com gases tóxicos e asfixiantes como em Bhopal na
índia matando em uma noite mais de 6000 pessoas com graves quadros de
intoxicação, culminando com a morte.
O controle das emissões nos processos bem definidos é fator de radical importância
pois podem ocorrer falhas e estas comprometem os níveis estabelecidos culminando
com o comprometimento do meio ambiente, mesmo que por períodos breves,
porem, suficientes para comprometer o ambiente como verificamos no Vale dos
Sinos recentemente a matança dos peixes aos milhares, da fauna e da flora.
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Neste item, focaremos nossa atenção a alguns locais das agroindústrias e dos portos
de movimentação de grãos diversos, onde existem locais subterrâneos para
movimentação dos grãos. Nestes locais, há elementos transportadores, transferências
de grãos, elevadores de canecas e descarga de moegas. São locais para um
grande número de instalações desse gênero, projetadas para ocupação humana, e
por serem projetados com normas de acesso e saída devidamente dimensionados
bem como processos de ventilação forçada, para a permanência e movimentação
para os trabalhadores sem riscos presentes sendo incorretamente classificados como
espaços confinados.
Nas plantas da Agro Industria, estes locais necessitam ser acessados muitas vezes ao
dia, para verificação de fluxo do material, abertura ou fechamento manual das
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comportas de descarga dos silos, verificações constantes, para rotinas muito breves,
que, às vezes, levam apenas alguns minutos, etc.
Como temos neste local situações que são inerentes aos operadores da área, com
conhecimento e execução dos trabalhos ali inerentes somente estes terão acesso ao
local, é obvio que outros elementos despreparados não devem ingressar nesta área,
pois além dos riscos presentes relativos a ignorância do local, pode haver ate
situações de sabotagem como já tivemos oportunidade de presenciar.
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Observamos, porem, que além dos equipamentos que mantem o ambiente isento de
poeiras, devemos prever como medida extrema no caso de falhas nos equipamentos
ou falta de manutenção, sistemas de supressão automática, como janelas de alivio e
supressores de incêndio para estancar uma possível evolução de incêndio e
explosão, descrito no item 8 deste trabalho.
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Temos outros locais na agro indústria que deverão ser observados no mapa de riscos,
uma vez que em todos pode haver tanto material combustível como biológico em
decomposição, onde tem havido muitas mortes por asfixia.
No item 13.7. Temos um espaço confinado típico, onde se pode notar a dificuldade
de acesso na área confinada, inclusive com o uso de EPI de içamento, adequado a
salvamentos e emergências.
No caso deste item, os riscos presentes, quando bem equacionados e eliminados, por
sistemas adequados de controle ambiental, estarão sendo eliminando os riscos
presentes e quando isto ocorrer de forma segura e continua, estarão eliminando os
mesmos e consequentemente mudando a gradação do risco presente, podendo
usar equipamentos adequados a classe convencional.
No item 16.4, apresentamos alguns aspectos desta área ainda pouco conhecida dos
projetistas e de grande responsabilidade na segurança patrimonial.
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caso em que os socorristas somente poderão acessar o local com respirador artificial,
senão, haverá outras mortes.
Na agroindústria, temos duas circunstâncias atenuadoras. A primeira é a VGD, ou
seja, a renovação de ar constante, nos locais abaixo do nível de movimentação,
onde são comuns os pés de elevadores de canecas. Caso haja, ali, a formação do
gás, este não será renovado, devido à sua densidade ser maior do que o ar. Neste
local, quando em trabalhos de manutenção, a atmosfera deverá ser monitorada
antes do acesso. Em nossos sistemas, dotamos os elevadores de canecas, cuja
exaustão é feita no corpo e cria uma pressão negativa. Previmos uma entrada de ar
no fundo deste elevador, retirando continuamente quaisquer gases ali formados, na
medida em que são gerados.
Observamos que este gás é apenas um dos mais perigosamente fatais. Porém,
muitos outros podem intervir na ocupação dos EC. Sugerimos a leitura de nosso
trabalho, publicado no site da ANEST (Associação Nacional dos Engenheiros de
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A imagem acima é um caso tipo de ventilação geral ventiladora que deve ser feita
preventivamente antes do acesso a locais passiveis de riscos oriundos dos produtos ali
presentes, um mangote é colocado no EC, e faz uma renovação de ar por injeção,
desta forma o ar tomado da região externo ao espaço confinado, é injetado pelo
mangote dentro do EC. Forcando sua saída pela abertura de entrada, diluindo os
poluentes se houver e deixando o ambiente apto a ser acessado. Lembramos que
esta situação pode ser invertida com os mesmo resultados, porem seria um sistema
de ventilação geral exautora. É aconselhável porem, que o equipamento trabalhe
algum tempo ate a renovação ser de algumas trocas por hora, e fazer a medição da
concentração do poluente antes de ingressar no EC. Observamos que há espaços
confinados que a ventilação exautora seja efetuada, pois tem maior abrangência e
eficiência na retirada de substancias de densidade superior que a do ar que
normalmente ficam nas regiões mais baixas e podem comprometer os operários
presentes pela contaminação do local.
Nos itens acima exemplificamos, as características de dois gases que mais tem
causado acidentes ocupacionais em EC o H2S e o CO, Porem lembramos que
existem muitos outros já devidamente qualificados e que merecem os mesmos
cuidados, antes de serem acessados, normas especificas com valores de referência
são encontrados no site da ACGIH, observamos ainda que poeiras metálicas
merecem atenção especial em face de suas características de reatividade frente a
agentes de extinção e riscos a sua exposição como é o caso dos radioativos.
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Lembramos que grande parte dos eventos envolvendo poeiras ocorreu em períodos
de manutenção, conforme pode ser verificado nas tabelas anexas, no início deste
trabalho, quando eram utilizadas ferramentas de corte, desbaste ou soldagem
elétrica, confirmando a necessidade de se optar pela preventiva.
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Também se incluem nesta classificação os materiais que podem causar graves lesões
nos olhos.
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16. RECOMENDAÇÕES.
Segundo nossas conclusões e vivência em relação a estes fenômenos, colocamos
aqui nossas recomendações para que sejam evitados futuros acidentes com
poeiras explosivas. São recomendações genéricas, que devem ser observadas
quando não existirem.
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16.4.3. Conclusão.
Quanto às áreas classificadas, devem merecer os mesmos cuidados em relação aos
equipamentos elétricos em espaços confinados. O projetista deve especificar apenas
os equipamentos, conforme item 16.4, quanto aos riscos inerentes. Porém, aqui
também se pode errar por excesso, quando se definirem equipamentos de alta
complexibilidade e de difícil aquisição no país, caso os locais confinados sejam
considerados como áreas classificadas.
Se o complexo possuir todo o controle inerente à formação dos itens que possam
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Outros elementos como os gases inflamáveis, devem ser bem observados quanto aos
elementos eletroeletrônicos, quando de sua definição, pois os riscos são mais severos
e de difícil qualificação e quantificação.
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