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ESPAÇOS CONFINADOS

Conceitos Básicos
O problema dos espaços confinados

Os acidentes envolvendo espaços


confinados não ocorrem com alta
freqüência, no entanto quando acontecem
são fatais, e ainda pior, muitas vezes com
múltiplas vítimas.
Vêm então a pergunta:
O que é um espaço confinado?
O que é um espaço confinado?

• Várias definições segundo Normas:


ABNT, NR33, OSHA, NIOSH, entre
outras.
Definição de Espaço Confinado

NBR 14787/2001 – Espaço Confinado – Prevenção


de acidentes, procedimentos e medidas de
proteção – temos:
“Qualquer área não projetada para ocupação contínua, a
qual tem meios limitados de entrada e saída, e na qual a
ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou
deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam
existir ou vir a se desenvolver”.
Definição de Espaço Confinado
Segundo NR 33 – Norma Regulamentadora de
Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços
Confinados – temos:
“Espaço confinado é qualquer área ou ambiente
não projetado para ocupação humana contínua
que possua meios limitados de entrada e saída,
cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir
deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.
Definição de Espaço Confinado
Norma 29CFR 1910.146 – Normas para Saúde e Segurança
na Indústria, em geral da OCCUPATIONAL SAFETY
AND HEALTH – OSHA (órgão oficial de Saúde e
Segurança Ocupacional dos Estados Unidos) – temos:
Espaço confinado é um local que possui as seguintes
características:
1. Grande o bastante para caber uma pessoa dentro;
2. Tem meios de acesso restritos, entrada / saída;
3. Não foi projetado para ocupação contínua.
Definição de Espaço Confinado
NOTA: A OSHA divide, ainda, os espaços
confinados em duas categorias:
• espaços que necessitam de permissão de
entrada.
• espaços que não precisam de permissão de
entrada.
Definição de Espaço Confinado
Definição NIOSH (National Institute for
Occupational Safety and Health): um espaço que
em seu desenho apresenta saídas e entradas
restritas; possui ventilação natural desfavorável
que pode conter ou produzir contaminantes
perigosos no ar; e que não é indicado para
ocupação humana contínua.
Definição de Espaço Confinado
A NIOSH ainda subdivide em três
classificações os espaços confinados:
• Classe A
• Classe B
• Classe C
Definição de Espaço Confinado

NIOSH – CLASSE A:
Espaço confinado que apresenta uma situação que é
imediatamente perigosa à vida e saúde (IPVS). Estas
situações incluem, e não estão limitadas a: deficiência
de oxigênio, presença e/ou acúmulo de substâncias
criando atmosferas explosivas e/ou inflamáveis, bem
como acúmulo de substâncias tóxicas em
concentrações acima dos limites de tolerância.
NOTA: Para atividades nestes espaços confinados é
requerida a presença de equipe de resgate
especializada e devidamente equipada no local.
Definição de Espaço Confinado
NIOSH - Classe B:
Espaço confinado que possui o potencial de causar danos
ou doenças à saúde, se medidas de proteção não forem
utilizadas, mas não são considerados imediatamente
perigosos à vida e saúde. NOTA: Para atividades nestes
espaços confinados não requer a presença de equipe de
resgate de prontidão no local, no entanto é altamente
recomendado que seja preparado um esquema para
eventuais ações mitigadoras, otimizando assim o tempo
de resposta em situações emergenciais.
Definição de Espaço Confinado
NIOSH – Classe C:
Espaço confinado que o potencial de risco é
muito pequeno que não necessita adoção
de medidas especiais para o procedimento
de trabalho.
Normalmente encarado como uma área
restrita.
Variações de Espaços confinados
Os espaços confinados podem apresentar
diferenças quanto a:
 Tamanho
 Formato
 Funções
Exemplos de Espaços Confinados
Exemplos de Espaços Confinados
Exemplos de espaços confinados
Exemplos de Espaços Confinados
Exemplos de Espaços Confinados
Exemplos de espaços confinados

Em muitas situações práticas é difícil


reconhecer o espaço confinado.

CASO DE ESTUDO Nº1


Para que entrar em um espaço confinado?

• Limpeza e remoção de resíduos


• Inspeções das condições dos
equipamentos
• Manutenção/remoção de revestimentos
• Entrada em galerias para inspeção, e
reparos em linha de esgoto subterrâneo,
linhas de vapor, de combustível
Para que entrar em um espaço confinado?

•Instalação, inspeção, substituição de válvulas,


bombas, motores, em cisternas, poços
•Reparos, soldas e ajustes em equipamentos
mecânicos
•Checagem, leitura e registro de equipamentos e
manômetros
•Instalação, manutenção e checagem de cabos
elétricos, sistemas de telefonia e fibras óticas
•Resgate de trabalhadores
Acidentes em Espaços Confinados – Brasil
(SC – considerado como aprisionamento)

1600
1400 1479
1200
1000 1106

800
600
400
200
0
1997 1998

Fonte: INSS/SC
Acidentes em Espaços Confinados
A UAW fez um levantamento dos acidentes em espaços confinados de
1974 a 1989 distribuídos por tipo de espaço e risco.
Tipo de espaço Risco Fatal Não fatal
Fornos Gases 2 22
Poços Vapores 5 24
Poços Gases 1 0
Poços Engolfamento 1 0
Poços Mecanico 1 0
Caixas de areia Mecanico 2 0
Veículos Vapores 1 12
Tanques Vapores 3 1
Silos / Caixas Engolfamento 2 0
Dutos de Exaustores Pós 0 2
Dutos Exaustores Gases 1 0
Acidentes em Espaços Confinados
TIPOS E ACIDENTE OCORRÊNCIAS FERIMENTOS MORTE
Condições atmosféricas 80 72 78
Explosão ou fogo em espaço 15 49 15
Explosão ou fogo no ponto de 23 20 32
entrada
Envolvido por material instável 16 0 16
Eletrocução/choque elétrico 11 2 9
Aprisionamento ou esmagamento 10 3 10
Atingido por queda de objetos 15 1 14
Quedas em espaços confinados 27 26 1
Erro de manobras 15 15 0
Ferimento nos olhos 10 10 0
Contato com temperaturas 7 4 3
extremas
Ruído 1 1 0
Vibração 1 1 0
Esforço excessivo 12 0 12
Total 243 204 190

NIOSH – estudo de acidentes em espaços confinados.


Adaptado Critérios e recomendações para trabalhos em espaços confinados, Publicação 80-106.
Riscos em Espaços Confinados

Os espaços confinados são considerados


IPVS e podem apresentar riscos:

 Riscos Atmosféricos

 Riscos Físicos
IPVS (IDLH)
IMEDIATAMENTE PERIGOSO PARA VIDA E
A SAÚDE
•Qualquer condição que cause uma ameaça
imediata à vida, ou;
•Que possa causar efeitos adversos irreversíveis à
saúde, ou;
•Interfira com a habilidade dos indivíduos para
escapar de um espaço confinado.
Riscos Atmosféricos
 Atmosferas com deficiência de
Oxigênio
 Atmosferas ricas em oxigênio
 Atmosferas Inflamáveis
 Atmosferas tóxicas
Riscos Atmosféricos
Por que a deficiência de
oxigênio é perigosa?
O homem consome
oxigênio em seu
metabolismo. O
oxigênio é essencial a
vida e a falta do
mesmo pode causar a
morte em poucos
minutos.
Riscos Atmosféricos
Concentração O2 Efeitos observados

20,9% em volume Sem efeito observado

19,5% em volume Concentração mínima de segurança

16 a 12% em volume Distúrbios na respiração, desvios emocionais, fadiga acima


normal. Possível euforia, dor de cabeça, início de perda da
acuidade visual.

10 a 6% em volume Náuseas e vômitos. Inabilidade de movimentos. Possível


perda de sentidos. Colapso sem capacidade de recuperação.

Menor que 6% em Respiração entrecortada. Parada respiratória, seguida parada


volume cardíaca. Morte em minutos
Riscos Atmosféricos
Deficiência de Oxigênio causada por reações de
combustão.

Devemos lembrar sempre que a combustão é a


queima de um material combustível com o
comburente que é o oxigênio do ar.
Riscos Atmosféricos
Deficiência de Oxigênio causada por
decomposição de material orgânico.
Muitos dos processos de decomposição acontecem
por micro-organismos aeróbicos, que consomem
oxigênio.

CASO DE ESTUDO Nº3


Riscos Atmosféricos
Deficiência de oxigênio causada por oxidação de
metal.
As ligas de ferro e de aço carbono entram em
oxidação em condições normais de temperatura
e pressão, podendo consumir quantidades
significativas de oxigênio.

CASO DE ESTUDO Nº2


Riscos Atmosféricos
Deficiência de oxigênio causada por adsorção de
oxigênio.

Em condições específicas algumas substâncias


podem adsorver o oxigênio do ambiente (sem
que seja uma reação de oxidação).

CASO DE ESTUDO Nº5


Riscos Atmosféricos
Deficiência de oxigênio causada por deslocamento
de Gases Inertes (inertização) normalmente com
nitrogênio e dióxido de carbono.
Este tipo de situações é encontrada em alguns
tipos de indústrias químicas e de alimentos.
Pode ser intencional ou não.

CASO DE ESTUDO Nº4


Riscos Atmosféricos
Atmosferas Ricas em oxigênio:
• NOTA: concentração de oxigênio acima de
23,5 % aumenta o risco de inflamabilidade.
Via de regra ocorre devido a cilindros de
oxigênio para processos de solda oxigênio-
acetileno e/ou devido ação de
microorganismos (caso mais raro).

CASO DE ESTUDO Nº6


Riscos Atmosféricos

Atmosferas Inflamáveis
Nota: fato comum de ocorrer em tanques e
outros espaços confinados que armazenam
combustíveis e solventes inflamáveis.
Procedimentos de pintura e outros processos
que utilizam compostos inflamáveis também
podem gerar ambientes explosivos, além da
decomposição de material orgânico.
Riscos Atmosféricos

Exemplo de um espaço confinado com atmosfera inflamável


Riscos Atmosféricos
As atmosferas inflamáveis são também
conhecidas como Áreas Classificadas.
As mesmas recebem este nome pois há um
método de classificação de acordo com o
potencial apresentado, determinado por:
• Classe (I, II ou III)
• Divisão (1 ou 2)
• Grupo (A, B, C, D, E, F e G)
Riscos Atmosféricos
Classe I – Locais onde gases e vapores inflamáveis
podem estar presentes em quantidades suficientes
para gerar misturas inflamáveis e/ou explosivas.
Classe II – Locais que podem ser considerados
perigosos pela presença de poeiras inflamáveis.
Classe III – Locais que podem entrar em ignição
facilmente devido a fibras em suspensão e/ou
sedimentadas.
Riscos Atmosféricos
Divisão 1 – designa um ambiente onde gases e
vapores inflamáveis, líquidos inflamáveis,
poeiras e fibras inflamáveis estão presentes
em situação comum de trabalho.

Divisão 2 – designa um ambiente onde gases e


vapores inflamáveis, líquidos inflamáveis,
poeiras e fibras inflamáveis não estão
presentes em condições normais de trabalho.
Riscos Atmosféricos
Grupo A – atmosferas contendo acetileno.
Grupo B – atmosferas contendo hidrogênio e outros gases
manufaturados.
Grupo C – atmosferas contendo vapores etileno e
ciclopropano.
Grupo D – atmosferas contendo gasolina, hexano, nafta,
benzeno, butano, propano, álcool, acetona, vapores de
solventes aromáticos e alifáticos e gás natural.
Grupo E – atmosferas contendo Alumínio, magnésio e outras
ligas de igual perigo.
Grupo F – atmosferas contendo negro de fumo, pó de carvão,
poeira de coqueria.
Grupo G – Atmosferas contendo farinha, amido e/ou poeiras
de grãos.
Riscos Atmosféricos
Atmosferas inflamáveis

CASO DE ESTUDO Nº7


Riscos Atmosféricos

Atmosferas tóxicas
Fato comum de ocorrer em tanques e outros
espaços confinados que armazenam produtos
tóxicos e/ou em equipamentos de processo
que liberam substâncias tóxicas (exemplo
gases tóxicos).
A decomposição de material orgânico também
pode gerar uma atmosfera tóxica (H2S).
Riscos Atmosféricos

Atmosferas tóxicas
Existem mais de 10.000 produtos químicos
comercializados pelo Homem.
A maioria apresenta em maior ou menor grau
riscos de toxicidade.
Muitas destas substâncias, quando não são
gasosas, apresentam a liberação de gases e
vapores.
NOTA ESPECIAL
É de extrema importância que todos os
trabalhadores que realizam trabalhos em
espaços confinados tenham conhecimento
básico sobre os princípios de Toxicologia
Industrial.
Toxicologia
O que é toxicidade?

Toxicidade é a capacidade de um molécula


química ou composto produzir uma
doença, uma vez que alcançou um ponto
suscetível dentro ou na superfície do
corpo.
Toxicologia
Termos Relacionados as Contaminações:
Aguda
Crônica
Local
Sistêmica.
Toxicologia

Intoxicação Aguda
É aquela caracterizada por exposição curta
ao contaminante, normalmente baseada
em segundos, minutos ou poucas horas.
Via de regra na contaminação aguda a
dose, ou quantidade, do produto
contaminante é elevada.
Toxicologia

Intoxicação Crônica
É utilizada em contraste com aguda.
Normalmente é uma contaminação
caracterizada por longos períodos de
exposição (várias horas, dias, semanas, meses),
onde a vítima sofre contatos repetitivos. A
contaminação crônica está normalmente
associada a doses relativamente baixas.
Toxicologia

Intoxicação Local
É aquela caracterizada quando a ação ocorre
em um ponto específico de contato do
produto químico com o corpo.
Normalmente ocorre na pele, nas
membranas mucosas, nas membranas dos
olhos, nariz, boca, traquéia, etc...
Toxicologia
Intoxicação Sistêmica
É aquela contaminação que é caracterizada
quando um produto químico apresenta
efeitos adversos em vários órgãos do
corpo, onde o produto não teve contato
direto, mas sim com o produto absorvido
pelo organismo.
Toxicologia
Classificações Internacionais:
 TLV – TWA (USA)
 IDHL (IPVS)
 Toxicidade Oral LD50
 Toxicidade Dérmica LD50
 Limite de Tolerância (LT – NR15)
Toxicologia
Uma pessoa é considerada contaminada
quando ocorreu a absorção do produto
químico.

O elemento de absorção é o SANGUE!


Toxicologia
Principais Vias de Absorção:

 Ação Cutânea (pele)


 Ingestão (gastro-intestinal)
 Inalação (respiração)
Toxicologia

Ação Cutânea
 Epiderme
 Derme
 Subcutânea

É responsável
por 8% das
contaminações!
Toxicologia

Ingestão
 Diversos órgãos
envolvidos
 Ocorre por descuido ou
acidente
É responsável por 2% das
contaminações!
Toxicologia
Inalação
Diversos órgãos
envolvidos (pulmões).
Contaminação
extremamente rápida!
É responsável por
90% das
contaminações!
Toxicologia
Fator Crítico para qualquer trabalhador e
para a equipe de emergência:
 Susceptibilidade Individual

Necessidade Básica:
Conhecimentos em Primeiros Socorros
Toxicologia

Toda equipe de trabalho e equipe de


emergência deve possuir,
obrigatoriamente, dados sobre a
toxicidade dos produtos que poderão
encontrar nas atividades a serem
realizadas no interior do espaço
confinado.
Riscos Atmosféricos
Atmosferas tóxicas

CASO DE ESTUDO Nº13

CASO DE ESTUDO Nº14


Riscos Físicos
Existem diversos tipos de riscos físicos que
podem estar presentes não apenas no interior
do espaço confinado, bem como nas
atividades a serem realizadas no interior do
mesmo.
Abaixo temos uma lista de alguns tipos de
riscos encontrados nas atividades de espaços
confinados.
Riscos Físicos (Energias Perigosas)
 Impactos Mecânicos por equipamentos Mecânicos
Fixos e Portáteis
 Quedas / Desnível
 Equipamentos elétricos energizados
 Fluídos – líquidos, pós e gases
 Temperaturas extremas (quente / frio)
 Engolfamento/envolvimento
 Aprisionamento
 Radiações ionizantes e não ionizantes
 Contato com substâncias corrosivas
Riscos Físicos
IMPACTOS MECÂNICOS
• Partes móveis: agitadores, misturadores, facas,
elevadores de canecas, etc...
• Partes fixas: bandejas, defletores, suportes, etc...
Todos componentes descritos podem ser agentes
de impacto mecânico, causando concussões e
traumas.
Riscos Físicos

Exemplo de espaço
confinado com
risco de peças
móveis e fixas.
Elevador de
canecas – 22
metros de altura.
Riscos Físicos
CASO DE ESTUDO Nº8

CASO DE ESTUDO Nº9

CASO DE ESTUDO Nº10


Riscos Físicos
Quedas / Desnível
Em uma grande parte dos espaços confinados há a
presença de desníveis e necessidade de trabalhos
em diferentes planos.
A possibilidade de quedas, tanto de pessoas como
de objetos é constante.
Riscos Físicos
Há relatos de acidentes fatais causados por quedas de
pessoas e de equipamentos.
Riscos Físicos
Equipamentos Elétricos energizados
Muitas das atividades realizadas em espaços
confinados utilizam equipamentos elétricos
tais como: máquinas de solda elétrica,
furadeiras, esmirilhadeiras, etc...
Caso tais equipamentos não estejam
devidamente aterrados e em boas condições
de uso, o usuário poderá receber uma
descarga elétrica com possibilidade de causar
morte.
Riscos Físicos
Caminhos de passagem elétrica pelo corpo:
Riscos Físicos
Efeitos fisiológicos de correntes elétricas
Corrente (mA) Efeitos Fisiológicos
<1 Não é sentido qualquer efeito
3 Choque dolorido
10 Cerca de 2,5%população – contração suficiente para não
conseguir soltar o contato
15 Cerca de 50% população – contração suficiente para não
soltar o contato
30 Respiração difícil, pode causar desmaio
50-100 Possível fibrilação ventricular do coração
100-200 Certeza de fibrilação ventricular do coração
>200 Queimaduras severas, contração muscular, parada
cardíaca e/ou fibrilação
Riscos Físicos
Tabela com: Corrente x tempo para causar fibrilação
Intensidade da Corrente (mA) Tempo para causar fibrilação

70-300 5 segundos

200-700 1 segundo

300 – 1.300 0,3 segundo

500 – 2.500 0,1 segundo

1.800 – 8.000 0,01 segundo


Riscos Físicos
Equipamentos energizados

CASO DE ESTUDO Nº11

CASO DE ESTUDO Nº12


Exemplo de queimadura elétrica
Recomendação
Ferramentas elétricas
podem ser substituídas
por ferramentas
pneumáticas; sendo que
neste caso a ferramenta
e as mangueiras
deverão ser
inspecionadas antes do
início do trabalho.
Riscos Físicos
Os fluidos em geral (líquidos, gases e vapores)
quando operam em sistemas pressurizados
apresentam grande possibilidade de causar
danos em casos de rompimento de
componentes pressurizados (mangueiras,
cilindros, bombas de engrenagem , tanque
pulmão de ar, unidade hidráulica,
equipamentos de hidrojateamento, etc...).
Riscos Físicos
Alguns destes equipamentos são considerados
vasos de pressão e devem passar por inspeções
periódicas em normas específicas como por
exemplo a Norma DOT 3AA para cilindros de
aço para ar respirável.
Exemplo da falha hidráulica
Riscos Físicos

Temperaturas extremas (quente / frio)


O corpo humano se adapta em uma faixa de
temperatura entre -10º a mais 50ºC, desde
que tenhamos vestimentas adequadas, bem
como fonte de água e alimentos em
proporções aceitáveis.
A faixa de temperatura de conforto para o ser
humano está entre 22ºC a 26ºC.
Riscos Físicos

Nos ambientes confinados podemos ter a


presença de temperaturas bem maiores e/ou
menores, dependendo dos trabalhos
realizados no interior do mesmo.
Muitos dos processos envolvem operações de
corte e soldagem que podem alcançar
temperaturas muito acima de 1.200ºC.
Riscos Físicos
Dispositivos de vapor podem elevar a
temperatura rapidamente.
Em outras situações o emprego de materiais
criogênicos (temperaturas muito baixas)
pode ser necessário; sendo em alguns
casos utilizados banho de nitrogênio com
temperatura inferior a -180ºC.
Exemplos de Queimadura
Exemplo queimadura de frio
Riscos Físicos
• Engolfamento / envolvimento – NBR 14787
• Engolfamento – NR-33 (mais simples)
É a captura de uma pessoa por líquidos ou
sólidos finamente divididos que possam ser
aspirados causando a morte por enchimento
ou obstrução do sistema respiratório, ou que
possa exercer força suficiente no corpo para
causar morte por estrangulamento, constrição
ou esmagamento.
Riscos Físicos
O engolfamento é uma possibilidade real em
atividades que envolvem silos graneleiros e
atividades em redes de água, esgotos, entre
outras.
O principal fato que leva muitas pessoas a morte
em casos de engolfamento é o esmagamento da
caixa toráxica.
Apesar de raro, pode ocorrer em outro tipos de
empresas.
Engolfamento
Engolfamento

Trabalhador envolvido por líquido.


Riscos Físicos
CASO DE ESTUDO Nº 15

CASO DE ESTUDO Nº 16

CASO DE ESTUDO Nº 17
Riscos Físicos
Aprisionamento
Condição de retenção do trabalhador no interior
do espaço confinado que impeça sua saída do
local pelos meios normais de escape ou que
possa proporcionar lesões e/ou morte.
Em alguns casos, o próprio equipamento de
segurança, tal como cinto e ou cabo de vida
podem causar o aprisionamento.
Riscos Físicos (aprisionamento)
Riscos Físicos
Radiações ionizantes.
Em poucas palavras as
radiações ionizantes são
aquelas que criam íons
e/ou raios radioativos.
A presença de radiação
ionizante pode ser
devido a um
procedimento específico
(gamagrafia).
Riscos Físicos

RADIOATIVIDADE
Propriedade que um
produto possui de liberar
energia ou corpúsculos
energizados, com
comprimento de onda
menor que a luz visível,
que apresenta efeitos
nefastos nos seres vivos.
Riscos Físicos
Já as radiações não
ionizantes são
aquelas que não
liberam íons, no
entanto liberam
energia perigosa na
forma de raios ultra-
violeta, e ou ondas
eletromagnéticas,
entre outras.
Riscos Físicos
NOTA ESPECIAL:
Uma vez que os riscos presentes não
podem ser eliminados sem que seja
eliminado todo o processo, os mesmos
devem ser sempre avaliados de maneira
criteriosa e os trabalhadores devem
receber proteção adequada.
Riscos Físicos
Contato com substâncias
corrosivas
Em muitos espaços
confinados a presença
de substância químicas
corrosivas é uma
constante.
Queimadura química
Riscos Físicos
É absolutamente
necessário em casos
de presença de
substâncias
corrosivas, que o
trabalhador utilize
uma roupa de
proteção química
adequada ao risco
presente.
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Antecipar, reconhecer, identificar,


cadastrar e sinalizar os espaços
confinados para evitar o acesso de
pessoas não autorizadas;
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Estabelecer medidas para isolar,


sinalizar, eliminar ou controlar os
riscos do espaço confinado;
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Controlar o acesso aos espaços


confinados procedendo a implantação
de travas e bloqueios;
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Implementar medidas necessárias para


eliminação ou controle das atmosferas
de risco em espaços confinados;
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Implantar procedimento para


emissão e cancelamento de ficha de
permissão de entrada;
Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Monitorar a atmosfera de risco.


Gestão de Segurança e Saúde nos trabalhos
em espaços confinados

• Capacitar os trabalhadores que


eventualmente irão realizar atividades
em espaços confinados, bem como
propiciar condições adequadas para
exercer a atividade com segurança.
Exercício Teórico

A caixa d’água é
um espaço
confinado?
Indique três riscos
presentes.
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Identificando um espaço confinado
Equipamentos para Entrada em
Espaços Confinados
Equipamentos para Entrada em
Espaços Confinados
 Detectores de gases e vapores
 Equipamentos de proteção respiratória
 Equipamentos e sistemas de ventilação
 Equipamentos de comunicação
 Equipamentos para travamento
 Cinturões e sistemas de içamento
 Equipamentos complementares
Detecção de gases e vapores
A presença de gases e vapores perigosos na
atmosfera é tão antiga como a própria
origem de nosso planeta.
Durante toda evolução os seres vivos e o
Homem têm tido contato com estas
substâncias.
Detecção de gases e vapores

A necessidade de sistemas confiáveis de


detecção de gases e vapores perigosos é
antiga e data da época da Revolução
Industrial – nas operações de
mineração.
Primeiros detectores
Os primeiros detectores de gases foram
pequenos animais.
Desenvolvimento Atual

Atualmente há um número muito grande


de tecnologias aplicadas a Detecção de
Gases e Vapores presentes no ambiente
de trabalho e/ou em situações
emergenciais.
Entre estas tecnologias estão as seguintes:
Tecnologias disponíveis:
• Tubos reagentes (ativos e passivos).
• Aparatos de aviso para risco de explosão.
• Detectores por ionização de chamas.
• Equipamentos Seletivos com Sensores
Eletroquímicos.
• Detectores por foto-ionização.
• Medidor de Espectro Infra-vermelho.
• Medidor de Espectro UV-VIS.
• Análise laboratorial com amostras colhidas por
amostradores e/ou frascos lavadores (IMPINGER).
Detecção de gases em espaços confinados
Nem todas as tecnologias disponíveis são
aplicáveis nas atividades em espaços confinados,
portanto iremos detalhar as técnicas mais
práticas para o monitoramento das atividades
realizadas em espaços confinados.
Tubos Reagentes

Método com mais de 80 anos


de utilização, sendo que o
primeiro modelo de tubo
reagente foi patenteado em
1919 nos E.U.A., por A.B.
Lamb e C.R. Hoover; e
detectava a presença de
monóxido de carbono no ar.
Tubos Reagentes
Os primeiros tubos reagentes eram apenas
qualitativos e sua capacidade de “detecção’ era
um tanto quanto rudimentar.
A medida que os conhecimentos de química
avançaram durante o Século XX, os tubos
reagentes se tornaram mais eficientes e
passaram a ter caráter quantitativo, com a
adoção de bombas de amostragem.
Tubos Reagentes
Abaixo vemos um conjunto de tubos reagentes
com bomba de amostragem do final da
Década de 40 do Século XX.
Tubos Reagentes
As bombas de
amostragem modernas
são equipamentos de
precisão, que contam
com importantes
acessórios tais como
indicador de número de
“bombadas” e
indicador de fim de
curso. Abaixo vemos a
foto de uma bomba de
amostragem moderna.
Tubos Reagentes
As grandes vantagens atuais da utilização
de tubos reagentes são:
• Tempo da operação de detecção.
• Facilidade de obter resultado.
• Custo bastante acessível.
• Confiabilidade.
Tubos Reagentes
Além das bombas de amostragem, os tubos
reagentes sofreram enormes avanços, e o
número de versões aumentou de maneira
muito significativa.
Atualmente, os grandes fabricantes possuem
programas de tubos reagentes que
ultrapassam 200 versões diferentes, onde é
possível realizar, com segurança, a detecção
de mais de 450 substâncias distintas.
Tubos Reagentes

Os tubos reagentes estão classificados de


acordo com sua construção.

A seguir podemos observar os principais


tipos de construções utilizadas:
Tubos Reagentes

Tubo reagente de uma única camada:

Podemos ver que há apenas uma camada


de material de indicação colorimétrico.
Tubos Reagentes
Tubo reagente com várias camadas:

Podemos observar que há mais de uma


camada de material de indicação
colorimétrico.
Tubos Reagentes
Tubo reagente gêmeo:

Normalmente a pré-camada é separada


da camada de indicação, devido a
imcompatibilidade química que
prejudicaria, ou não tornaria possível a
medição.
Tubos Reagentes

Tubos reagentes com pré-tubo:

Normalmente neste caso, a pré-camada


necessária é tão grande que necessita de
um tubo exclusivo para a mesma.
Tubos Reagentes
Tubo reagente com ampôla:

Neste caso, uma substância líquida deve


ser misturada apenas no momento da
medição, sendo que a ampôla interna
deve ser quebrada no momento correto
da medição.
Tubos Reagentes
Tipos de leitura e interpretação dos
resultados obtidos com os tubos reagentes:
 Leitura direta.
 Leitura Indireta.
 Comparação de cores.
 Número de bombadas.
Tubos Reagentes
LEITURA DIRETA
É quando a concentração do contaminante é
lida diretamente na escala do tubo
reagente sem a necessidade de qualquer
tipo de conversão matemática ou
interpretação de tabelas e gráficos.
Tubos Reagentes
LEITURA INDIRETA
Neste caso após realizarmos a leitura na
escala do tubo reagente, necessitaremos
interpretar o resultado através de gráficos
e/ou tabelas, para converter o dado
obtido em resultado real.
Tubos Reagentes
COMPARAÇÃO DE CORES
Neste caso, junto com os tubos reagentes é
fornecido um padrão de cor, onde a leitura é
feita através de um enquadramento de acordo
com a intensidade da cor alcançada durante o
processo de amostragem.
Exemplo: tubo reagente para ácido sulfúrico.
Tubos Reagentes
NÚMERO DE BOMBADAS
Neste caso, o tubo reagente já apresenta um
padrão de cor definido (camada de cor
padrão), sendo que fim da amostragem
ocorre quando a camada de indicação
apresenta a mesma coloração da camada de
cor padrão. O resultado final é obtido através
de verificação, em tabela, em função do
número de bombadas necessárias para o
equilíbrio de cores.
Tubos Reagentes
Veracidade de Informação Obtida:
Os tubos reagente são equipamentos de
precisão, e sua leitura, quando correta, é
digna de aceitação inclusive em pendências
trabalhistas.
A precisão depende muito do modelo do tubo
reagente utilizado, mas na grande maioria
dos casos é da ordem de ppm (partes por
milhão).
Tubos Reagentes
Os tubos reagentes também ser utilizados com
sucesso da detecção de gases e vapores
aquecidos, bem como também em locais de
difícil acesso (espaços confinados).
Para esta finalidade existem acessórios tais como:
Sondas para ar quente e mangueiras de
prolongamento.
Tubos Reagentes
Vista de acessórios de
tubos reagentes.
1- Abridor de tubos.
2-Sonda para
escapamentos.
3-Sonda de ar quente.
4-Mangueira de
prolongamento.
Tubos Reagentes

Possibilidades de erros:
 Número de bombadas incorretos.
 Posicionamento do tubo incorreto.
 Falha no ciclo completo da bombada.
 Vazamento na bomba de amostragem.
Tubos Reagentes
Para eliminar os erros mencionados, temos:
• Os tubos reagentes apresentam o número de
bombadas gravados de forma indelével.
• Há uma seta indicado o lado correto de
colocação na bomba de amostragem.
• As bombas modernas possuem indicadores
de fim de curso.
• As bombas de amostragem devem ser
testadas antes de iniciar o processo de
medição.
Tubos Reagentes
Um outro erro que também pode ocorrer é a
utilização de bomba de amostragem de um
fabricante com tubo reagente de outro
fabricante.
Apesar dos tubos, em muitos casos,
apresentarem o mesmo diâmetro externo, e
via de regra necessitarem de 100 cm3 por
bombada, o fato que origina o erro é a
CURVA DE VÁCUO (que não são iguais
devido ao desenho diferente das bombas).
Tubos Reagentes
Abaixo vemos duas curvas de vácuos de
bombas de amostragem diferentes:
Tubos Reagentes
Os tubos reagentes também são empregados
com sucesso em análises de campo para
verificação de contaminantes presentes na
água e no solo.
Este tipo de investigação apresenta como
vantagens:
• Baixo custo.
• Confiabilidade.
• Tempo muito reduzido para detecção.
Tubos Reagentes

Sistema de Detecção
de contaminantes
na água por
utilização de
tubos reagentes
em uso.
Permite a detecção
de substâncias
inorgânicas e
orgânicas.
Tubos Reagentes
Diagrama do Sistema de Detecção de
contaminantes na água por utilização de tubos
reagentes:
Tubos Reagentes
Sistema de Detecção de
contaminantes no solo
por utilização de tubos
reagentes.
Permite a detecção da
presença de substâncias
inorgânicas e orgânicas,
na determinação rápida e
econômica da extensão
da contaminação.
Tubos Reagentes

A utilização deste método permite


uma rápida avaliação de possíveis
passivos ambientais.
Tubos Reagentes
Durante os últimos anos foram realizados
diversos avanços de forma a tornar a
tecnologia dos tubos reagentes ainda mais
prática, econômica e confiável.
Os sistemas mais modernos de detecção já
possuem bombas de amostragem
automáticas, que eliminam a possibilidade de
erros durante a detecção.
Tubos Reagentes
Abaixo vemos uma bomba de amostragem
moderna em operação.
Tubos Reagentes
Abaixo vemos uma foto de um sistema
moderno de tubos reagentes, que devido a
sua formatação recebe o nome de CHIP.
Tubos Reagentes
Os CHIPS possuem uma etiqueta de código de
barras que informa para a Bomba de
Amostragem Automática a vazão e quantidade
necessária de ar para realizar a amostragem.
Um processador dotado de leitor óptico realiza a
leitura que é informada em display de cristal
líquido. Tais leituras podem ser armazenadas na
memória da bomba de leitura.
Tubos Reagentes

As bombas mais modernas


de amostragem também
possuem sistemas de
amostragem remotos,
oferecendo a mesma
versatilidade dos tubos
reagentes mais antigos.
Monitores Portáteis
Os monitores portáteis de gases e vapores
também apresentam uma longa história
de desenvolvimento, com diferentes
tecnologias aplicadas.
Um dos primeiros detectores que se têm
notícia é a lâmpada de DAVIS, que
indicava a presença de gases
inflamáveis.
Monitores Portáteis

Os primeiros
detectores
portáteis eram
grandes,
pesados e
apresentavam
limites
operacionais
que restringiam
suas aplicações.
Monitores Portáteis - Explosímetro
Uma das
tecnologias
desenvolvidas,
foi a do sensor
catalítico, que
apresenta grande
vida útil, além de
excelente tempo
de resposta.
Monitor Portátil - Explosímetro

O explosímetro é um
aparelho que pode
medir qualquer
gás e vapor
inflamável, devido
a reação de
continuidade da
queima.
Monitor Portátil - Explosímetro
Os explosímetros
são
equipamentos
que operam
com leitura na
faixa de 0 a
100% do Limite
Inferior de
Explosividade:
Produto % em vol. LIE % em vol. LSE Produto % em vol. LIE % em vol. LSE

Acetaldeído 4,0 60,0 Estireno 1,1 6,1

Acetato de Butila 1,7 7,6 Etano 2,9 13,0

Acetato de Amila 1,0 8,0 Etanol 4,0 19,0

Acetato de Etila 2,5 12,0 Éter etílico 2,0 47,0

Acetona 2,5 13,0 Fenol 1,7 8,6

Acido Acético 5,5 16,0 Furfural 2,1 19,3

Acrilonitrila 3,05 17,0 Gasolina 1,3 7,1

Amônia 15,5 27,0 Hexana 1,2 7,7

Benzeno 1,5 7,5 Hidrazina 4,7 100,0

Benzina 1,0 6,0 Metano 5,0 15,0

Butadieno 2,0 11,5 Metanol 6,0 36,5

Butanol 1,5 11,0 Metiletilcetona MEK 1,8 11,5

Ciclohexana 1,5 8,5 Óxido de etileno 3,0 100,0

Cloreto de etila 3,5 15,0 Pentano 1,4 8,3

Cloreto de metila 8,1 17,2 Propano 2,1 9,5

Cloreto de vinila 4,0 26,0 Propanol 2,1 13,5

Clorobenzeno 1,5 8,0 Querosene 0,7 5,0

Cresol 1,1 ND Tolueno 1,2 7,0

Dietilamina 2,0 10,0 Tolueno diisocianato 0,9 9,5

Dissulfeto Carbono 1,5 45,0 Xileno 1,1 6,4


Monitor Portátil Explosímetro
Apesar de poder medir qualquer substância
na forma de gás e vapor inflamável, é
importante lembrar que a leitura feita
pelos explosímetros deve ser corrigida de
acordo com fator de correção, pois os
explosímetros são calibrados para uma
única substância.
Gás ou Vapor Multiplicar o % LIE lido Gás ou Vapor Multiplicar o % LIE lido
por: por:
Acetato de Etila 2,60 Eter etílico 1,80
Acetato de Butila 3,90 Heptano 3,00
Acetileno 1,20 Hexano 2,30
Acetona 2,20 Hidrogênio 1,20
Ácido acético 3,40 Metano 1,00
Amônia 0,80 Metanol 1,50
Benzeno 2,50 Metiletilcetona 2,50
1,3 Butadieno 2,00 Monóxido de carbono 1,20
Butano 2,00 Nonano 4,00
Butanol 4,50 Octano 2,90
Butanona 2,60 Pentano 2,20
Ciclohexano 2,50 Propano 1,90
Ciclopentano 2,50 Propanol 2,70
Dietiléter 2,30 Propeno 1,80
Dicloroetileno 1,70 1,2 óxido de propileno 2,10
Dicloropropileno 1,00 Tetrahidrofurano 2,50
Etano 1,40 Tolueno 2,50
Etanol 1,70 o-Xileno 3,50
Etileno 1,50 m-Xileno 2,70
Estireno 3,33 p-Xileno 2,80
Nota Especial
Em muitas aplicações práticas de atividades
em espaços confinados nós podemos
encontrar não apenas um gás e/ou vapor
inflamável, mas sim vários produtos
concomitantes.
A determinação do novo LIE para estas
misturas deverá seguir a Lei de Chatelier.
Lei de Chatelier
Quando a atmosfera conter mais de um gás e/ou vapor
inflamável devemos aplicar:
Lei de Chatelier
Exemplo prático: em um ambiente confinado
temos, após uma análise:
1) 60% Benzeno – LIE 1,2
2) 20% Propano – LIE 2,0
3) 20% Butano – LIE 1,5
Aplicando a Lei de Chatelier o resultado será:
LIE = 1,36
Explosímetro - Desenvolvimento
Monitores Portáteis

Na mesma época em
que surgiram os
explosímetros,
também foi criada
uma outra
tecnologia, a dos
Sensores
Eletroquímicos
Monitores Portáteis
Atualmente existem
mais de 30 tipos de
sensores
eletroquímicos que
podem detectar mais
de 35 tipos de gases.
CO, O2, H2S, NH3, Cl2,
SO2, NO, NO2, etc...
Monitores Portáteis Desenvolvimento
Monitores Multisensores para atividades
em espaço confinado
A partir do início da
década de 1990
surgiram os
primeiros monitores
multi-sensores com
características
próprias para
monitoramento de
atividades em
espaços confinados.
Monitores Portáteis Outras Tecnologias
Monitores Portáteis Outras Tecnologias

Scanner Multi-gás –
tipo de
equipamento que
num futuro
próximo será o
padrão para
atividades
industriais.
Dicas de detecção
Verifique sempre antes de ir para a área se o
aparelho está com carga e em condições
adequadas de uso (AUTOCHECK).
Evite que o aparelho sofra quedas e/ou
impactos desnecessários.
Evite que o aparelho se molhe
excessivamente (explosímetro).
Dicas de detecção
Utilize sempre acessórios originais e de
maneira adequada.
Verifique a data de calibração, e evite
sempre que possível utilizar um
equipamento com data de calibração
vencida.
Dicas de detecção
Ao realizar medições em tanques e outros
tipos de locais confinados, realize
medições em todos os locais possíveis.
LEMBRE-SE: alguns gases são mais leves
que o ar, outros tem o mesmo peso do ar e
outros ainda podem ser mais pesados que
o ar.
Dicas de detecção

Faça a medição em maior número de pontos antes de


liberar a área para trabalho.
Lembre-se que as condições do ambiente podem se
alterar durante a jornada de trabalho, portanto, em caso
de dúvidas, refaça a medição.
Proteção respiratória
Existem diversos tipos de equipamentos de
proteção respiratória, sendo que
dependendo do risco apresentado pela
atividade à ser realizada no espaço
confinado a escolha incorreta pode levar o
trabalhador a morte.
Proteção respiratória

Os equipamentos de proteção respiratória


estão divididos em duas classes:
 Equipamentos dependentes
Equipamentos independentes
Proteção respiratória
Equipamentos Dependentes são aqueles
que, como o próprio nome informa,
dependem do oxigênio do local onde o
trabalhador está.
São equipamentos dependentes os
respiradores: isentos de manutenção,
respiradores semi-faciais e respiradores
faciais.
Proteção respiratória
Proteção respiratória
Equipamentos Independentes são aqueles que
possuem uma fonte ar respirável externa
(através de uma linha de ar) e/ou um
reservatório de ar integrado ao equipamento.
São equipamentos independentes: respiradores de
linha de ar, equipamentos autônomos,
equipamentos de circuito fechado, respiradores
de linha de ar com cilindro de escape.
Proteção respiratória
Proteção respiratória
Apesar dos equipamentos independentes
oferecerem, teoricamente, proteção para
atividades em espaços confinados, os
equipamentos mais recomendados são os
respiradores de linha de ar com cilindro
de escape, que oferecem pouco peso,
agilidade e possibilidade do auto-resgate.
Proteção respiratória
Proteção respiratória

Este sistema não permite o auto-resgate.


Proteção respiratória
Proteção respiratória
Proteção Respiratória
Sistema de ar respirável tipo cascata montado em
reboque rodoviário.
Ventilação e Purga
Apesar de muitas pessoas acharem que purga e
ventilação são o mesmo processo, na verdade
temos que os mesmos são processos
diferentes, e que no entanto podem ou não
utilizar os mesmos equipamentos.
Purga x Ventilação
NR33 - Purga por definição é um processo de que
torna a atmosfera interior do espaço confinado
isenta de gases, vapores e outras impurezas
indesejáveis, através de ventilação ou lavagem de
com água ou vapor.
Para os americanos purga ainda pode lançar mão da
inertização com outros gases, tais como
nitrogênio e/ou dióxido de carbono.
Purga xVentilação

Para americanos ventilação é a troca constante


do ar interno do ambiente confinado por ar
fresco.
Para os americanos a “purga” difere da
ventilação pois é realizada apenas na fase
inicial do trabalho e não durante toda a
atividade
Purga
De acordo com dados empíricos realizados
Bell Telephone Laboratoies no começo da
década de 70, pode-se aplicar a seguinte
fórmula para realização de purgas:

T = 7.5 V/C onde:


T = tempo de purga em minutos
V = volume do espaço confinado
C = vazão do sistema de exaustão ventilação
Purga

Exercícios Nº 01 e 02 de purga.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Existem diversos tipos de equipamentos que


podem ser utilizados para ventilar e/ou
realizar a exaustão de um espaço
confinado.
Todos equipamentos apresentam
características próprias, incluindo maior
ou menor eficiência dependendo da
aplicação prática.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Exaustores tipo Venturi


• Boa eficiência
• Podem operar com
produtos corrosivos
e/ou abrasivos.
• Necessitam de grande
consumo de ar
comprimido.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Exaustores/insulfladores
Centrifugos
• Oferecem grande vazão
de ar
• Podem operar
empurrando e/ou
succionando.
• Versões com motor
elétrico / à combustão e
pneumáticos
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Exaustores /
insulfladores axiais
• Possuem desenho
mais simples e alta
eficiência.
• Utilizam maior
energia
• Não apresentam
tantas versões.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

A seleção do tipo de exaustor / ventilador


dependerá:
• Desenho do espaço confinado
• Características dos produtos presentes
(corrosivos, inflamáveis, mais leves e/ou
pesados que o ar)
• Necessidade de regime turbulento ou não.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Regime turbulento com movimentação de todo volume interno.


Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Eventualmente a ventilação pode lançar contaminantes


para área industrial!
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Gases mais pesados que o ar. Gases mais leves que o ar.
Sistemas de Ventilação/ Exaustão

Ventilação e exaustão direcionada para atividade específica.


Exaustão (deficiente)
Exaustão (deficiente)
Ventilação em aplicação real
Sistemas de Içamento
Equipamentos
específicos tais como:
• Tripés
• Cabos
• Cinturões
• Sistemas de ancoragem
Tripés
Tripés
Tripés
Tripés
Tripés
Tripés
Tripé em uso real
Cintos de Segurança

Específicos para atividades em espaços confinados


Cabos e cordas
Cordas
As cordas estão divididas em dois grupos:
• Cordas estáticas – que apresentam pouco
alongamento.
• Cordas dinâmicas - que apresentam maior
alongamento
Para trabalhos de resgate só são permitidas
cordas estáticas.
Ferragens
Ferragens
DESCENSORES
Iluminação
Lanternas
Iluminação
A substituição de
lâmpadas de
corrente alternada
110 / 220 Volts por
lâmpadas de 12
Volts em corrente
contínua reduzem
muito o risco de
choques elétricos.
Sistema de Intercomunicação

Sistema de intercomunicação via cabo para atividades


em locais onde a transmissão via rádio é imperfeita.
Bloqueadores
Bloqueadores
Os bloqueadores são essenciais para permitir
uma atividade segura dentro de um espaço
confinado.
A utilização correta dos mesmos, através de
treinamentos específicos e reciclagem de
informação é extremamente importante.
Equipamentos de resgate

•Macas
especiais para
resgate
•Bolsas de
imobilização e
primeiros
socorros
Equipamentos de Resgate
Macas e cintos de resgate
Nota Importante
Nem sempre a utilização de macas é possível no
interior de espaços confinados.
Definições de funções
Trabalhador autorizado – deverão ser treinados
para todas as atividades que irão realizar em
espaços confinados, incluindo ai, o
reconhecimento de riscos e como realizar o auto-
resgate. Deverão receber treinamento específico
para procedimentos de entrada.
Os trabalhadores devem ser sempre orientados a
responder imediatamente qualquer ordem do
vigia.
Definições de funções
Vigia – trabalhador que se posiciona fora do
espaço confinado e monitora os trabalhadores
autorizados, realizando todos os deveres
definidos no Programa de entrada de espaços
confinados.
Este profissional deve receber treinamento de
reconhecimento dos riscos e de como acionar um
plano de emergência.
Definições de funções

ATRIBUIÇÕES DO VIGIA  
Identificar e controlar o número de trabalhadores
no interior do espaço
Monitorar as atividades ao redor do espaço, estando
atento aos riscos potenciais que podem afetar a
segurança dos trabalhadores dentro do espaço
Manter contato continuamente com os
trabalhadores dentro do espaço
Acionar o plano de emergência assim que surgir um
problema
Ordenando uma evacuação

1. Se ele observar processos ou procedimentos não


permitidos pela ficha de liberação, por exemplo, uso
solvente, trabalhos a quente ou práticas de trabalho não
autorizadas.
2. Se ele notar mudanças de comportamento como euforia
ou descoordenação que poderiam ser o resultado de
deficiência de oxigênio ou de exposição ha gases
anestésicos ou vapores de solventes.
3. Se ele perceber situações fora do espaço que possam
trazer riscos para o interior, como um veículo parado com
a ponta do escapamento próximo ao ponto de captação de
ar do ventilador
Ordenando uma evacuação
4. Se ele vê riscos em potencial como condutores elétricos
energizados desencapados ou escoando líquidos de tubulações
5. Se ele está monitorando mais de um espaço, talvez dois lado a
lado, e tem que desviar a atenção exclusivamente para um por
causa de exigências operacionais ou trabalhos de resgate
6. Se ele já não puder realizar suas atribuições de vigia
Definições de funções
Supervisor de Entrada – pessoa com capacitação e
responsabilidade pela determinação se as
condições de entrada são aceitáveis e estão
presentes numa permissão de entrada, como
determina a Norma.
Este profissional deve ter profundos
conhecimentos dos riscos e de todos os
dispositivos e procedimentos a serem utilizados
nas atividades a serem realizadas nos espaços
confinados.
Definições de funções
Equipe de Resgate – pessoal capacitado e
regularmente treinado para retirar os
trabalhadores dos espaços confinados em
situações de emergência e prestar-lhes os
primeiros socorros.
A capacitação de uma equipe de emergência
é longa e envolve custos significativos.
Definições importantes
Condição de entrada
Condições ambientais que devem permitir a
entrada em um espaço confinado onde haja
critérios técnicos de proteção para riscos
atmosféricos, físicos, químicos, biológicos e/ou
mecânicos que garantam a segurança dos
trabalhadores.
Definições importantes
Condição proibitiva de entrada
Qualquer condição de risco que não permita
a entrada em um espaço confinado.
Definições importantes

Entrada
Ação pela qual pessoas ingressam através
de uma abertura para o interior de um
espaço confinado. Essa ação passa a ser
considerada como tendo ocorrido logo
que alguma parte do corpo do
trabalhador ultrapasse o plano de uma
abertura no espaço confinado.
Definições importantes
Permissão de entrada
Autorização escrita que é fornecida pelo
empregador, ou seu representante com
habilitação legal, para permitir e controlar
a entrada de um espaço confinado.
Definições importantes
Permissão de trabalho a quente
Autorização escrita do empregador, ou seu
representante com a habilitação legal, para
permitir operações capazes de fornecer
uma fonte de ignição.
Definições importantes
Procedimento de Permissão
Documento escrito do empregador ou seu
representante com habilitação legal, para a
preparação e emissão da permissão de
entrada. Assegura também a continuidade
do serviço no espaço confinado, permitido
até sua conclusão.
Definições importantes

Programa de entrada em espaço confinado:


É um programa geral do empregador ou seu
representante com habilitação legal,
elaborado para controlar e proteger os
trabalhadores de riscos em espaços
confinados e para regulamentar a entrada
dos trabalhadores nestes espaços.
Definições importantes
Reinício dos trabalhos / pausa:
O reinício dos trabalhos após uma paralização, em
função de anormalidades que coloquem em risco
a segurança do trabalho, deverá ser precedido
de uma reavaliação geral por todos os
envolvidos, das condições ambientais de forma a
garantir a segurança das atividades e dos seus
executantes.
Resgate em Espaços Confinados
“Trabalho em espaço confinado
é uma das atividades
potencialmente mais perigosas
nos locais de trabalho.
Estima-se que trabalhos
realizados em espaços
confinados são 150 vezes mais
perigosos do que se realizados
fora dele.”

Safety in Confined Spaces


Departament of Labour New
Zeland
Emergência – Salvamento e Equipe de
Resgate
Emergência e Salvamento

• Emergência: É qualquer interferência (incluindo


qualquer falha nos equipamentos de controle e
monitoração de riscos) ou evento interno ou
externo, no espaço confinado, que possa causar
perigo aos trabalhadores. (NBR 14.787)
• Salvamento: procedimento operacional
padronizado, realizado por equipe com
conhecimento técnico especializado, para
resgatar e prestar os primeiros socorros a
trabalhadores em caso de emergência.
Emergência e Salvamento
• O empregador deve elaborar e implementar
procedimentos de emergência e resgate
adequados aos espaços confinados incluindo,
no mínimo:
• a) descrição dos possíveis cenários de
acidentes, obtidos a partir da Análise de
Riscos;
Tipos de Emergência

• Emergências que • Emergências que


ocorrem em espaços ocorrem em espaços
onde há um não conhecidos, não
programa de identificados. Os
espaços confinados riscos dos espaços
implantado. Os são desconhecidos.
riscos do espaço são
conhecidos.
Classificação de Incidentes
• Situações de evacuação ou auto resgate
• Incidentes com Ferimentos Leves
• Resgate que não requer Entrada no Espaço
• Entrada para Prover Tratamento Inicial
• Resgate que requer Entrada no Espaço
Situações de evacuação ou auto resgate

• Os trabalhadores estão em boas condições físicas e


mentais, sendo capazes de abandonar o espaço
sem qualquer ajuda externa.
• Situações para evacuação:
• O vigia observa um problema que pode afetar aos
trabalhadores no interior do espaço
• Acionamento de alarme que indica uma mudança
perigosa nas condições atmosféricas
• Problemas com a provisão de ar respirável
• Quando os trabalhadores suspeitam de algum risco
Incidentes com Ferimentos Leves

• Serão considerados ferimentos leves


aqueles ferimentos que necessitem de
assistência, porém não impedem o
trabalhador de realizar um auto-resgate,
por exemplo entorses, contusões, cortes,
alguns tipos de queimaduras.
• A vítima está consciente consegue evacuar
o local sem ajuda, porém uma vez fora do
espaço necessita de cuidados.
Resgate que não requer Entrada no
Espaço

• Resgates que não requerem entrada no espaço


normalmente envolvem uma única vítima que
pode ou não estar consciente.
• O trabalhador usa um cinto de segurança preso a
uma linha da vida conectada a um equipamento
de recuperação localizado fora do espaço.
• Em uma emergência, o vigia opera o
equipamento que puxa o trabalhador para fora
do espaço sem a necessidade ou pessoal adicional
para ajuda.
Entrada para Prover Tratamento Inicial

• são situações onde existe um trauma grave ou


outro problema que a vítima seja assistida antes
que possa ser removida do espaço, por exemplo,
imobilização de fraturas.
• A vítima pode ou não estar consciente, mas não
há outros riscos graves como engolfamento ou
uma atmosfera IPVS.
• o socorrista entra no espaço confinado para um
primeiro atendimento; porém, não existem riscos
que necessitem de precauções especiais
Resgate que requer Entrada no Espaço
• São os tipos mais críticos de incidentes.
• Tamanho, forma ou configuração do espaço
atrapalham o resgate sem a entrada
• Podem ser envolvidas múltiplas vítimas,
todas ou algumas delas podem estar
inconscientes
• Se as vítimas não respiram, o tempo de
resposta é crítico porque uma lesão
cerebral permanente acontecerá entre
quatro a seis minutos
Procedimentos de Emergência e Resgate

A configuração do
espaço confinado.
Procedimentos de Emergência e Resgate

1. Configuração • b. Obstruído – o
Interna espaço contém
a. Aberto – não há algum tipo de
nenhum obstrução em que
obstáculo, um socorrista
necessitaria
barreira ou
manobrar a vítima
obstrução dentro
ao redor do
do espaço. obstáculo.
Procedimentos de Emergência e Resgate
Procedimentos de Emergência e Resgate

A configuração do espaço confinado:


2. Elevação
a. Elevado – espaço onde a abertura de entrada
fica a mais de 1,20 m do chão. Este tipo de
espaço requer dos socorristas conhecimento em
técnicas de resgate em ambiente vertical, devido
a dificuldade de imobilizar e transportar a
vítima até o solo.
Procedimentos de Emergência e Resgate
Procedimentos de Emergência e Resgate

A configuração do espaço
confinado:
2. Elevação
b. Não Elevado – espaço
onde a abertura de
entrada fica a menos de
1,20 m do chão. Este
tipo de espaço permite
o transporte da vítima
de maneira mais fácil,
não exige
conhecimentos técnicos
especializados.
Procedimentos de Emergência e Resgate
• A configuração do espaço confinado:
• 3. Tamanho e forma da boca de visita
• a. Restrita – uma boca de visita, com 60 cm
ou menos de dimensão, a abertura é muito
apertada para se entrar usando um
equipamento autônomo de ar respirável
nas costas, o tamanho também atrapalha a
imobilização e transporte de uma vítima
que necessita de imobilização da coluna.
Procedimentos de Emergência e Resgate
Procedimentos de Emergência e Resgate

A configuração do espaço
confinado:
3. Tamanho e forma da
boca de visita
b. Não Restrita – uma
boca de visita, com mais
de 60 cm ou menos de
dimensão, permitem uma
entrada e saída do espaço
relativamente livre.
Procedimentos de Emergência e Resgate

A configuração do
espaço confinado:
4. Acesso ao espaço
confinado
a. Horizontal – a boca
de visita fica ao lado do
espaço confinado.
Procedimentos de Emergência e Resgate

• A configuração do espaço confinado:


• 4. Acesso ao espaço confinado
• a. Vertical – a boca de visita fica no alto
do espaço confinado, requerendo
algumas vezes conhecimentos de
técnica de verticais para acessar o
fundo ou o alto do espaço confinado.
Procedimentos de Emergência e Resgate
Emergência e Salvamento
O empregador deve elaborar e implementar
procedimentos de emergência e resgate
adequados aos espaços confinados incluindo,
no mínimo:
c) seleção e técnicas de utilização dos
equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, busca, resgate, primeiros
socorros e transporte de vítimas;
Emergência e Salvamento
O empregador deve elaborar e implementar
procedimentos de emergência e resgate
adequados aos espaços confinados
incluindo, no mínimo:
d) acionamento de equipe responsável,
pública ou privada, pela execução das
medidas de resgate e primeiros socorros
para cada serviço a ser realizado;
Emergência e Salvamento

• Pontos a serem considerados ao se optar


por ter uma equipe privada de resgate ou
uma equipe pública de resgate:
• Tempo de resposta - Agravante IPVS.
• Deslocamento/distância.
• Familiaridade com o local e riscos.
• Equipamentos para atender o acidente.
• Reserva de ar.
Emergência e Salvamento
• O empregador deve elaborar e
implementar procedimentos de
emergência e resgate adequados aos
espaços confinados incluindo, no mínimo:
• e) exercício simulado anual de salvamento
nos possíveis cenários de acidentes em
espaços confinados.
• A capacitação da equipe de salvamento
deve contemplar todos os possíveis
cenários de acidentes identificados na
análise de risco.
Questões Médicas

Associação Nacional de Medicina do


Trabalho
 
Do ponto de vista médico, quem pode
trabalhador em um espaço confinado?

Todo trabalhador devidamente qualificado e


que não apresente transtorno ou doença que
possam ser desencadeadas ou agravadas
durante a realização do trabalho em
ambientes confinados.
Quais são as condições físicas ideais que
permitem ao trabalhador atuar em um espaço
Ter boa condição física não é suficiente para o
confinado?
trabalhador desempenhar adequadamente o trabalho no
espaço confinado. O trabalhador deve estar
psicologicamente preparado para o trabalho nas
condições especiais que representam o espaço
confinado. Devem ter suficiente grau de instrução que
o permita compreender o treinamento ministrado para
ao trabalho. Trabalhadores analfabetos ou de baixa
escolaridade representam risco potencial de
acidente.
Qual o limite de peso para que um trabalhador
possa atuar num espaço confinado ?
• Não existe uma norma legal que estabeleça uma
regra. Depende do tipo de espaço confinado e
das vias de acesso e saída. Sempre deve
prevalecer o bom senso. Ninguém permitirá que
um portador de obesidade mórbida, isto é, com
Índice de Massa Corporal - IMC acima de 40
kg/m2 trabalhe num local de difícil acesso ou
saída.
Qual o limite de peso para que um trabalhador
possa atuar num espaço confinado ?
• Alguns profissionais estabelecem como limite o IMC de
35 kg/m2 . Outros mais exigentes estabelecem como
limite o IMC igual ou superior a 30 kg/m2 (obesos de
acordo com a Organização Mundial da Saúde).
• Nos trabalhadores com IMC em torno de 30 kg/m2 deve
ser considerada a influência da massa muscular, pois
muitos trabalhadores atingem essa marca por conta do
desenvolvimento da massa muscular e não de gordura
corporal.
O que é o Índice de Massa Corporal?

• O índice de Massa Corporal (IMC) é uma


fórmula que indica se um adulto está acima
do peso, se está obeso ou abaixo do peso
ideal considerado saudável. A fórmula para
calcular o Índice de Massa Corporal é:
IMC = peso / (altura)2
TABELA IMC

Condição IMC em adultos


Abaixo do peso abaixo de 18,5

No peso normal entre 18,5 e 25

Acima do peso entre 25 e 30

obeso acima de 30
Além da claustrofobia, que outros tipos de
complicações impedem o trabalhador de entrar num
espaço confinado?
• O excesso de peso;
• alergia respiratória (asma, rinite alérgica);
• doença cardiovascular (hipertensão arterial, arritmias
cardíacas, insuficiência coronariana);
• Transtornos mentais e neurológicos (ansiedade,
esquisofrenia, depressão, distúrbio bipolar,
esquizofrenia, epilepsia);
• fobia de altura (acrofobia),
• fobia de locais fechados (claustrofobia) e outras.
• Quaisquer doenças na fase aguda contra-indicam o
trabalho em espaços confinados desde uma gripe,
sinusite, dermatoses e outras.
Existem vacinas a serem feitas nos trabalhadores de espaços
confinados?

• Os trabalhadores em geral deveriam obrigatoriamente ser


vacinados contra o tétano. Aqueles que forem trabalhar em
locais com material biológico deveriam ser vacinados contra a
hepatite A e por extensão contra a hepatite B. Estes também
deveriam receber no início do outono a vacina anti-gripal.
Outras vacinas dependeriam da realidade epidemiológica da
região onde os trabalhos serão realizados. Por exemplo,
aqueles que necessitarem trabalhar na região onde a febre
amarela é endêmica também deveriam receber a vacina
contra essa doença pelo menos 10 dias antes de irem para o
local de trabalho.
Com que freqüência se deve fazer os exames
médicos nos trabalhadores dessa área?

• Dependerá do tipo do local onde trabalham e dos fatores de


riscos presentes.
• De acordo com a NR 7, nas atividades consideradas
insalubres a periodicidade do exame deve ser semestral.
• É muito importante o trabalhador ser perguntado sempre
que for adentrar no espaço confinado se está em condições
de exercer a atividade. A aptidão é pontual. No exame
periódico poderá estar apto mas o surgimento de uma
doença aguda após a realização do exame incapacitará o
trabalhador para o exercício da atividade.
Medidas Pessoais
Qual o limite de idade para trabalho em
espaços confinados?
• Para estes tipos de trabalho deve escolher-se pessoas
que não tenham claustrofobia nem outros tipos de
fobia, com boas condições físicas e mentais, e de
preferência com menos de 50 anos.

Formación y adiestramiento – NTP 223: Trabajos en


recintos confinados
Instituto Nacional de Seguridad e Higiene em el Trabajo
Medidas Pessoais
• Exames médicos conforme NR-7, NR-31
• Riscos psicossociais
Riscos psicossociais: influência na saúde
mental dos trabalhadores, provocada
pelas tensões da vida diária, pressão do
trabalho e outros fatores adversos.
Medidas Pessoais
• Exames médicos conforme NR-7, NR-31
• Riscos psicossociais
• Capacitação de todos os trabalhadores
envolvidos com espaços confinados
• Número de trabalhos envolvidos na
execução dos serviços, será
determinado pela análise de risco
Medidas Pessoais

É vedada a realização de qualquer


trabalho em espaços confinados de
forma individual ou isolada.

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