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Instituto Federal do Paraná

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Curso de Engenharia Elétrica
Tópicos Especiais de Controle

Quantização de Sinais Elétricos

Aluno: Mateus Crepaldi da Silva

Paranavaí
2022
Mateus Crepaldi da Silva

Quantização de Sinais Elétricos

Atividade do 5º ano do curso de Enge-


nharia Elétrica do Instituto Federal do
Paraná - Campus Paranavaí, para a ob-
tenção de conceito na disciplina Tópicos
Especiais em Controle, ministrada pelo
professor Edno Gentilho Júnior

Paranavaí
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1 INTRODUÇÃO

No mundo real as grandezas físicas raramente são de natureza elétrica. Com


isso, o primeiro passo para trazer esse mundo para os processadores de informações
é transformar essas grandezas em sinais elétricos. Os equipamentos responsáveis
por essa transformação são conhecidos por sensores ou transdutores. São sensores
de pressão, vazão, luz, temperatura, PH, etc. Os sinais elétricos podem ser lineares
e proporcionais à amplitude das grandezas medidas, ou então não lineares mas com
curvas conhecidas, que podem ser compensadas de alguma maneira depois.
No processo de conversão de um sinal analógico para um sinal digital, a
quantização é um efeito que ocorre quando um sinal de amplitude contínua é
representado por um sinal de amplitude discreta. Quando aplicado a um sinal, o
termo digital significa que o sinal pode ser representado por números, números.
Portanto, é impossível manter uma relação um-para-um do ponto de vista
da amplitude ao representar um sinal contínuo com um sinal discreto, porque os
sinais contínuos têm valores de amplitude infinitamente diferentes, enquanto os
sinais discretos têm apenas um número finito de valores diferentes. Do ponto de
vista prático, sinais discretos não podem ter valores de magnitude infinitos, pois
para cada um desses valores é necessário um número com um número infinito de
dígitos (RUSCHEL, 1996).

3
2 DESENVOLVIMENTO

Conforme Andrade (2014), uma vez transformadas em sinais elétricos, a


precisão das grandezas convertidas pelos transdutores fica limitada às características
ou especificações dos transdutores utilizados para mensurar as grandezas físicas.
Além disso, para realizar uma transformação do sinal analógico para digital para
podermos tratar e processar digitalmente o sinal precisamos de um Conversor A/D
(Analógico/Digital).
Neste cenário, o Conversor Analógico-Digital (A/D) e o Conversor Digital-
Analógico (D/A) têm o papel de serem a interface entre o mundo real e o digital e
do digital para o real respectivamente. Os conversores A/D tradicionais seguem ao
critério de Nyquist, ou seja, para se recuperar um sinal com o mínimo de perdas, a
frequência de amostragem deve ser maior que duas vezes a máxima frequência do
sinal (ANDRADE, 2014).

Figura 1 – Diagrama de blocos típico para um processo de conversão

Fonte: (ANDRADE, 2014)

A Figura 1 mostra o processo típico de uma conversão de dados analógicos


para digitais. O processo de amostragem costuma ser do tipo sample and hold, onde
o sinal é amostrado em um tempo ti e mantido durante o período de quantização,
que depende da topologia utilizada. O processo de quantização por sua vez compara
o valor amostrado com níveis bem delimitados de sinais de referência. Este processo
gera um erro associado ao número de níveis chamado de erro de quantização. Este
erro corresponde a metade do valor do menor nível de quantização ou também a

4
0.5 LSB (Least Significant Bit). A Fig. 2 ilustra o efeito da quantização de um
sinal de entrada analógica para um conversor A/D de 3 bits. Verifique também o
comportamento do erro de quantização de 0.5 LSB.
É evidente que não é possível representar exatamente a amplitude de cada
amostra de um sinal analógico para um número digital, neste caso são feitas
aproximações para o valor de amplitude mais próximo que esteja associado a um
número digital. Justamente esta aproximação é chamada de quantização de um
sinal elétrico (RUSCHEL, 1996). Como é de se esperar, essas aproximações geram
erros de quantização que, por exemplo, quando o sinal for convertido de digital
para analógico novamente irá ser ligeiramente diferente do sinal analógico original.
A quantização pode ser feita de feita de duas forma:

• Quantização direta;

• Quantização indireta.

A forma direta consiste em dividir a faixa dinâmica de variação do sinal


analógico em intervalos que correspondem a valores de amplitude representados
por um número binário diferente. Este tipo de quantização deu origem ao sistema
de conversão chamado de PCM(Pulse Code Modulation). Já na forma indireta o
sinal a ser quantizado é o sinal obtido pela diferença entre a amostra atual e a
última amostra quantizada (RUSCHEL, 1996).

5
3 CONCLUSÃO

O processo de quantização de sinais elétricos é, de fato, uma ferramenta


muito importante para a eletrônica digital atualmente. Este processo permite que
nossos computadores interpretem o mundo real de forma aproximada e nos auxiliem
a analisar as grandezas físicas de formas que antes não eram possíveis. Para isso,
os conversores A/D são os principais recursos para trazer para os processadores os
sinais analógicos do mundo real e é necessário ter um bom conhecimento sobre o
funcionamento, limitações e aplicações do conversor para que se possa especificá-lo
corretamente e garantir que ele atenda às necessidades projeto.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, J. A. A. d. Projeto de um conversor a/d de baixo consumo para


aplicações de alta resolução. 2014. 4

RUSCHEL, O. T. Princípios da comunicação digital. [S.l.]: EDIPUCRS, 1996.


v. 3. 3, 5

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