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Talvez haja uma ligação cósmica entre nossos futuros e terremotos.

Duas ocasiões
ligadas ao caos e a esperança. Quando se tem um terremoto, perdemos pessoas,
vemos casas em ruínas, cidades destruídas. Vemos pessoas tendo esperança de se
reerguer, reconstruções, pavimentações, novidades e mudanças. De certa forma,
nossos futuros também são assim. Perdemos pessoas, deixamos casas, destruímos
cidades e, depois de tudo, temos esperança, reconstruímos laços, buscamos
mudanças. E assim como certas partes de uma cidade devastada por um
terremoto, parte da nossa vida não se reconstrói. E nós choramos de saudade, de
tristeza, de amor, de esperança, de alegria, por mudança, por guerrilha, por tudo,
deixamos as lágrimas caírem enquanto tentamos reviver as ruínas que habitam em
nossas memórias. São casas, são lugares, são ruas, são cidades, são pessoas. O
arrependimento e a esperança passam a caminhar em uma linha tênue, plantando
aquela sensação de já ter vivido tudo e ao mesmo tempo ter vivido nada. Talvez
haja uma ligação cósmica entre nossos futuros e terremotos.

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