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L Exercı́cios de Fı́sica 1C
| Lista 0 |
04. Qual a aceleração de um carro de Fórmula 1? E da 09. Uma das teorias para explicar o aparecimento do ho-
gravidade próximo à superfı́cie da Terra? O que é mem no continente americano propõe que ele, vindo
aceleração? da Ásia, entrou na América pelo Estreito de Bering e
foi migrando para o sul até atingir a Patagônia, como
05. Um aluno, sentado na carteira da sala, observa os co- indicado no mapa. Datações arqueológicas sugerem
legas, também sentados nas respectivas carteiras, bem que foram necessários cerca de 10.000 anos para que
como um mosquito que voa perseguindo o professor essa migração se realizasse. O comprimento AB, mos-
que perambula pela sala. trado ao lado do mapa, corresponde à distância de
5000 km nesse mesmo mapa.
Das alternativas abaixo, a única que retrata uma
análise correta do aluno é:
(a) A velocidade de todos os meus colegas é nula
para todo observador na superfı́cie da Terra.
(b) Eu estou em repouso em relação aos meus cole-
gas, mas nós estamos em movimento em relação
a todo observador na superfı́cie da Terra.
(c) Como não há repouso absoluto, não há nenhum
referencial em relação ao qual nós, estudantes,
estejamos em repouso.
(d) A velocidade do mosquito é a mesma, tanto em
relação aos meus colegas, quanto em relação ao
professor.
(e) Mesmo para o professor, que não para de andar
pela sala, seria possı́vel achar um referencial em
relação ao qual ele estivesse em repouso. Com base nesses dados, pode-se estimar que a veloci-
dade escalar média de ocupação do continente ameri-
cano pelo homem, ao longo da rota desenhada, foi de
06. Um móvel parte do km 50, indo até o km 60, onde,
aproximadamente:
mudando o sentido do movimento, vai até o km 32. O
deslocamento escalar e a distância efetivamente per- (a) 0,5 km/ano
corrida são, respectivamente:
(b) 8,0 km/ano
(a) 28 km e 28 km (c) 24 km/ano
(b) 18 km e 38 km (d) 2,0 km/ano
(c) 18 km e 38 km
(d) 18 km e 18 km
(e) 38 km e 18 km
(e) 9 × 1023
14. O movimento de um corpo ocorre sobre um eixo x,
de acordo com o gráfico, em que as distâncias são da-
11. A luz proveniente do Sol demora, aproximadamente, das em metros e o tempo, em segundos. A partir do
8 minutos para chegar à Terra. Isso significa que ao gráfico, determine:
olharmos para o Sol (com equipamento de visão ade- (a) a distância percorrida em 1 segundo entre o ins-
quado) o vemos no passado; como ele era há 8 minu- tante 0,5 s e 1,5 s;
tos. Se por uma catástrofe inexplicável o Sol desapare- (b) a velocidade média do corpo entre 0,0 s e 2,0 s;
cesse neste instante, só perceberı́amos a sua ausência
(c) a velocidade instantânea em 1,5 s.
passados 8 minutos do evento.
Sabendo que a velocidade da luz no vácuo é de 3 × 105
km/s, a distância Sol-Terra é, aproximadamente, de
Definição
A Considere um partı́cula cuja posição unidimensional é medida em uma reta orientada. A posição da partı́cula
neste referencial, no instante t, é indicada por x(t). O limite do quociente
x(t2 ) − x(t1 )
, para t2 → t1 , (leia-se: tê dois tendendo a tê um)
t2 − t1
(quando existe) é chamado de a velocidade instantânea da partı́cula no instante t1 .
17. A intenção desse problema é calcular, no instante 2, 0 segundos, a velocidade instantânea de um corpo inicialmente
em repouso, que partiu da origem e se move com aceleração fixa de +2 m/s2 .
Considere o gráfico da posição x, medida em metros, versus o tempo t, em segundos, da referida partı́cula. Sabe-se
que (você sabe mesmo?) tal função é x(t) = t2 .
(a) Calcule, primeiramente, a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,0 s e 3,0 s.
Solução. Essa farei de exemplo. Por definição, a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,0 s e 3,0,
denotada por v[2,0;3,0] , é
x(3, 0) − x(2, 0) (3, 0)2 − (2, 0)2
v[2,0;3,0] = = = 9, 0 − 4, 0 = 5, 0 m/s.
3, 0 − 2, 0 1, 0
(b) Agora calcule a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,0 s e 2,5 s.
(c) E entre os instantes 2,0 s e 2,1 s? Um pouco mais perto.
(d) Entre os instantes 2,0 s e 2,01 s, ainda mais perto, o que você calcula de velocidade média?
(e) Por fim, calcule agora a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,0 s e 2,001 s.
O que você percebe? Algo interessante? E agora pelo outro lado:
(f) Calcule a velocidade média da partı́cula entre os instantes 1,0 s e 2,0 s.
(g) E entre os instantes 1,5 s e 2,0 s? Um pouco mais perto de 2,0 s, mas pela esquerda.
(h) Entre os instantes 2,1 s e 2,0 s, ainda mais perto, o que você calcula de velocidade média?
(i) Por fim, calcule agora a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,01 s e 2,0 s.
(j) Só mais um: calcule a velocidade média da partı́cula entre os instantes 2,001 s e 2,0 s.
Os cocientes estão se aproximando do mesmo número que nas contas anteriores, não é? Pois esse número que você
achou é o que se define como a velocidade instantânea da partı́cula em t = 2, 0 s.
Mas note uma imprecisão: tanto aproximando de 2,0 s pela esquerda como pela direita, parece que o quociente
calculado, a velocidade média no intervalo, se aproxima de 4,0 m/s. Mas será mesmo? Vamos fazer uma conta de
convencimento. Primeiramente nos aproximando de t1 = 2, 0 s pela direita. Nesse caso, O t2 é sempre 2, 0 mais
”alguma coisa”positiva que vai ficando pequena: 1,0, depois 0,5, 0,1, etc. Toma então t2 = 2 + h e vamos ver o
que acontece com a velocidade média quando esse h fica pequeno. Olha só:
x(2 + h) − x(2) (2 + h)2 − (2)2 4 + 4h + h2 − 4 4h + h2 h(4 + h)
v[2,2+h] = = = = = = 4 + h.
2+h−2 h h h h
Pois bem: se fizemos h = 0, então v[2,2+0] = 4 m/s como desconfiávamos. Faça pelo lado contrário e obtenha o
mesmo resultado: fixe t2 = 2, 0 s, tome t1 = 2 − h, calcule a velocidade média e veja o que acontece quando h = 0,
mas só no final. 1
1 Toda a confusão que eu fiz aqui deve ser esclarecida em um bom curo de Cálculo 1, no capı́tulo de processos de limite. O que fizemos
aqui pode ser estranho para você já que se trata de matemática pós-iluminismo. A matemática do Ensino Médio é toda, bem dizer,
pré-iluminismo.
18. De um corpo que cai livremente 21. Um disco de raio r gira com velocidade angular cons-
desde o repouso, em um planeta tante. Na borda do disco, está presa uma placa fina
X, foram tomadas fotografias de de material facilmente perfurável. Um projétil é dis-
múltipla exposição à razão de parado com velocidade v em direção ao eixo do disco,
1.200 fotos por minuto. As- conforme mostra a figura, e fura a placa no ponto
sim, entre duas posições vizi- central. Enquanto o projétil prossegue sua trajetória
nhas, decorre um intervalo de sobre o disco, a placa gira meia circunferência, de
tempo de 1/20 de segundo. A forma que o projétil atravessa mais uma vez o mesmo
partir das informações constan- orifı́cio que havia perfurado. Considere a velocidade
tes da figura, podemos concluir do projétil constante e sua trajetória retilı́nea. O
que a aceleração da gravidade no módulo da velocidade v do projétil é:
planeta X, expressa em metros
por segundo ao quadrado, é:
ωr
(a)
π
(a) 10 (c) 30 (e) 50 2ωr
(b)
(b) 20 (d) 40 π
ωr
(c)
2π
(d) ωr
πω
19. Os vetores velocidade (⃗v ) e aceleração (⃗a) de uma (e)
partı́cula em movimento circular uniforme, no sentido r
indicado, estão melhor representados na figura:
dinâmica
26. Duas forças de módulo F/2 e uma de módulo F 29. Dois caixotes de mesma altura e mesma massa, A e
atuam sobre uma partı́cula de massa m, sendo as suas B, podem movimentar-se sobre uma superfı́cie plana
direções e sentidos mostrados na figura. sem atrito. Estando inicialmente A parado próximo a
uma parede, o caixote B aproxima-se perpendicular-
mente à parede com velocidade V0 , provocando uma
sucessão de colisões elásticas no plano da figura.
(a) R
(b) 2R
De acordo com as situações I e II, pode-se afirmar que (c) 3R/2
a situação III ocorre somente se P2 for de
(d) 3R
(a) 36 N (b) 27 N (c) 18 N (d) 45 N (e) 5R/2
31. Um satélite artificial A se move em órbita circular em 33. Suponha que duas partı́culas de massas m1 e m2 são fi-
torno da Terra com um perı́odo de 25 dias. Um outro xadas no vácuo a uma distância d uma da outra. Mos-
satélite B possui órbita circular de raio 9 vezes maior tre que, caso as massas sejam diferentes, a posição de
do que A. Calcule o perı́odo do satélite B. equilı́brio de uma terceira partı́cula se localiza sempre
mais próxima da partı́cula de menor massa.
Para isso, siga o estudo dirigido.
✓ GABARITO:
05. (e)
AA A proporcionalidade é, provavelmente,
a noção matemática mais difundida na cul-
tura de todos os povos e seu uso universal
06. (c) data de milênios.
AA Sem ir tão longe, vejamos como este
assunto era tratado em nosso paı́s pelas
gerações que nos antecederam. Para isto, va-
07. 1 m/s. mos consultar um compêndio antigo e muito
bem conceituado, sem dúvida o texto ma-
temático de mais longa utilização no Brasil.
Trata-se da Aritmética Progressiva, de An-
08. (e) tonio Trajano, cuja primeira edição ocorreu
em 1883 e ainda se achava em circulação na
década de 60, com mais de oitenta edições
publicadas. Trajano dá a seguinte definição:
09. (d) AA Diz-se que duas grandezas são propor-
cionais quando elas se correspondem de tal
modo que, multiplicando-se uma quantidade
de uma delas por um número, a quantidade
10. (c) correspondente da outra fica multiplicada ou
dividida pelo mesmo número. No primeiro
caso, a proporcionalidade se chama direta e,
no segundo, inversa; as grandezas se dizem
11. (c) diretamente proporcionais ou inversamente
proporcionais. [...]
AA Em suma, a definição tradicional equi-
vale a dizer que: a grandeza y é di-
12. (d) retamente proporcional à grandeza x
quando existe um número a (chamado a
constante de proporcionalidade) tal que
13. (b) y = ax
19. (a)
16. (c) 20. 7,75 m/s.
21. (b)
As afirmações do enunciado evocam o conceito oni-
presente de proporcionalidade. Para julgá-las, por- 25. (d) 27. (d) 29. (e) 31. 675
tanto, é preciso que você esteja familiarizado(a) com dias
tal conceito. Se já estiver, ótimo. Caso contrário,
é chegada a hora (!!!) e sugiro a leitura do texto a 26. (e) 28. (c) 30. (e) 32. (e)
seguir.