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ESTUDO DA RELAÇÃO K/(Ca+Mg) E DIAGNOSE POR

SUBTRAÇÃO DE P, SE MICRONUTRIENTES EM SOLOS


CALCÁRIOS DA MICRORREGIÃO DE IRECÊ-BA

Washington Luiz Cotrim Duete


Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Or. Euripedes Malavolta

Tese apresentada à Escola Superior de Agricultura


"Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo,
para obtenção do título de Doutor em Agronomia,
Área de Concentração: Solos e Nutrição de Plantas.

PIRACICABA
Estado de São Paulo - Brasil
Novembro de 1995
Dados Internacionais de CataLogação na PubLicação (CIP)
DIVISA0 DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇAo - Campus "Luiz de Queiroz"/USP

Duete, Washington Luiz Cotrim


Estudo da reLação K/CCa+Mg) e diagnose por subtração de P, S e
micronutrientes em solos calcários da microrregião de Irecê-BA.
Piracicaba, 1995.
134p. i Lus.

Tese - ESALQ
BibL iografia.

1. Feijão - Nutrição 2. Micronutriente em soLo - Irecê, BA


3. ReLação soLo'pLanta - Irecê, BA 4. SoLo . Qufmica . Irecê, BA
I. EscoLa Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba

CDD 635.652
631.41
II

ESTUDO DA RELAÇÃO K/(Ca+Mg) E DIAGNOSE POR


SUBTRAÇÃO DE P, S E MICRONUTRIENTES EM SOLOS
CALCÁRIOS DA MICRORREGIÃO DE IRECÊ-BA

WASHINGTON LUIZ COTRIM DUETE

Aprovada em: 14.12.1995

Comissão Julgadora:

Prof. Dr. Eurípedes Malavolta CENAlUSP


Prof. Dr. José Carlos Chitolina ESALO/USP
Prof. Dr. Moacyr de O. Camponês do Brasil Sobrinho ESALO/USP
Prof. Dr. Braz Vitor Defelipo UFV
Prof. Dr. Leonardo Theodoro Buli FCAlUNESP

Prof.Dr. Eurípedes Malavolta


Orientador
III

Aos meus pais Antonio & Amália


que pelo despreendimento, força, diligência, sabedoria
e sobretudo pelo imenso amor, propiciaram as
condições básicas, para que eu seguisse este
caminho.
A quem devo o que sou.

À memória do meu irmão: Luiz Alberto


Aos meus irmãos:
Tânia, Ro/emberg e Robson

OFEREÇO

A minha esposa Renilda

por amor, amizade, lealdade ...


sempre encorajadora e exigente do meu sucesso.

A meu filho Luiz Alberto Sobrinho


a maior felicidade e alegria de nossas vidas.

DEDICO
iv

AGRADECIMENTOS

À Deus, pela graça, pela presença e pela força constante nesta jornada.

* À Universidade Federal da Bahia -UFB a , pela oportunidade de ralização deste curso.


* À Universidade de São Paulo - USP, através da Escola Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", pelo curso proporcionado.
* Ao Professor Doutor Eurípedes Malavolta, pelas orientações seguras e pelos
expressivos ensinamentos.
* Ao Prof. Dr. Takashi Muraoka pela amizade, bom convívio e pelas colaborações nas
análises de solos.
* Ao Prof.Dr. José Carlos Chitolina, pela amizade, ajuda e contribuição.
* Ao Prof.Dr. Antonio Enedi Boaretto e Ora Maria Fernanda Giné, pela colaboração nas
análises de solo e planta, respectivamente.
* Aos Professores Dr. Braz Vitor Defelipo, Dr. Leonardo T. Buli e Dr. Moacyr de O.
Camponês do Brasil Sobrinho, pelas contribuições.
* Ao Eng.Agr. Jairo Costa Barreto, Diretor Presidente da Empresa de Assessoria e
Planejamento Agropecuário Ltda (EMAPA) pelo apoio na remessa dos solos.
* Aos Engs. Agrs. Valfredo Dourado, Sandra Maria Ferreira Amim e Elder Manoel de
Moura Rocha, pesquisadores da EBDA, pelo apoio na coleta das amostras dos solos.
* Aos colegas Eduardo Jorge Maklouf Carvalho, lia Cardim Rêgo, Rivaldo Vital, Manoel
Cravo, Raimundo N. Assis Jr. , José Raimundo Natividade Gama, Wilson Mozena
Leandro e Maria do Rosário Lobato Rodrigues, pela amizade e convívio acadêmico.
* Aos funcionários do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Cleusa,
Henriqueta, João Salvador, Marileuza, Roberto, Sandra Genaro, Sandra Teresa e
Suzineide, pelOS auxílios e colaborações.
* À Maria Aparecida Calegaro pela amizade, interesse e cuidado na digitação da tese.
* Ao casal Antonio e Iracema Nascimento, pela gentil acolhida em Piracicaba e pelo
convívio agradável.
* À bibliotecária Marilia Ribeiro Garcia Henyei, pelo apoio.
* A todos que contribuiram, direta ou indiretamente na realização deste trabalho, expresso
meus sinceros agradecimentos.
v

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS................................................................... ........ ix


LISTA DE TABELAS.................................................................. ........ xv

RESUMO .................................................................................... ........ xxiii


SUMMARY.................................................................................. ........ xxv

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................. 3

2.1. Os Latossolos................................................................................... 3

2.2. Os Cambissolos ............................................................................... 4

2.3. Interação entre os Cátions Potássio, Cálcio e Magnésio.............. 5

2.4. Intensidade ou Potencial de Potássio ou Energia Livre de Troca 8

2.5. Fósforo.............................................................................................. 11

2.6. Enxofre.............................................................................................. 14

2. 7. Boro................................................................................................... 15

2.8. Cobre................................................................................................. 17

2.9. Ferro.................................................................................................. 18

2.10. Manganês.......................................................................................... 19

2.11. Zinco ................................................................................................. 20


VI

3. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................... 22

3.1. Localização dos Ensaios................................................................. 22

3.2. Caracterizações Físicas, Mineralógicas e Químicas das


Amostras......... ......... ....................................................... .................. 23

3.2.1. Análise Granulométrica ........................................................ 23

3.2.2. Análise Mineralógica ............................................................. 23

3.2.3. Análise Química do Solo ....................................................... 23

3.3. Experimentos em Casa de Vegetação ............................................ 25

3.3.1. Delineamento Experimental e Análise Estatística .•..•••......... 25

3.3.1.J.Estudo da Relação K/(Ca+Mg)................................... 25

3.3. J. 2. Diagnose de P, Se Micronutrientes............................ 27

3.3.2. Instalação e Condução dos Experimentos ............................ 27

3.3.2.J.Estudo da Relação K/(Ca+Mg) ................................... 27

3. 3. 2. 2. Diagn ose de P, Se Micronutrientes............................ 31

3.3.3. Análise Química dos Solos .................................................... 32

3.3.3.J.Estudo da Relação K/(Ca+Mg)................................... 32

3.3.3. 2. Diagnose de P, Se Micronutrientes............................ 34

3.3.4. Análise Química do Material Vegetal................................... 34

3.3.4. 1. Estudo da Relação K/(Ca+Mg) ..... H............................ 34

3.3.4.2.Diagnose de P, Se Micronutrientes............................ 35
V11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 36

4.1. Características Físicas, Mineralógicas e Químicas dos Solos ..... 36

4.1.1. Análises Granulométricas ..................................................... 36

4.1.2. Análises Mineralógicas .......................................................... 37

41 3 Ana'I'lses Q"
. .... ulfilcas ................................................................. . 48

4.2. Estudo da Relação K/(Ca+Mg) no Solo .......................................... 53

4.2.1. Produção de Grãos e Matéria Seca, Teores e Conteúdos de


K, Ca, Mg, nas folhas, e nos Grãos do Feijoeiro em Função
das Relações K/(Ca+Mg) Aplicadas nos Solos...................... 53

4.2.1. 1. Produção de Grãos e Matéria Seca............................ 53

4.2.1.2. Teores de K, Ca e Mg nas Folhas do Feijoeiro........... 56

4.2.1.3. Teores e Conteúdos de K, Ca e Mg nos Grãos do


Feijoeiro em Função das Relações K/(Ca+Mg)
Aplicadas nos Solos...................................................... 64

4.2.2. Potencial de K em Função das Relações K/(Ca+Mg)


Aplicadas nos Solos ............................................................... 67

4.2.3. Teores de K, Ca e Mg Trocáveis Recuperados Antes e Após


o Cultivo dos Solos em Função das Relações K/(Ca+Mg)
Aplicadas nos Solos ............................................................... 79
Vlll

4.3. Diagnose por Subtração de Fósforo Enxofre e


Micronutrientes..................................................................... 81

4.3.1. Produção de Grãos e Matéria Seca.................................... 81

4.3.2. Teor e Conteúdo de Fósforo ............................................... 87

4.3.3. Teor e Conteúdo de K, Ca e Mg ........................................ 88

4.3.4. Teores e Conteúdos do Enxofre ......................................... 89

4.3.5. Teor e Conteúdo de Boro ................................................... 97

4.3.6. Teor e Conteúdo de Cobre ................................................. 97

4.3.7. Teor e Conteúdo de Ferro .................................................. 98

4.3.8. Teor e Conteúdo de Manganês .......................................... 98

4.3.9. Teor e Conteúdo de Zinco .................................................. 99

4.3.10. Valores de Macro e Micronutrientes Recuperados Antes e


Após o Cultivo dos Solos em Função dos Tratamentos
Aplicados ............................................................................ 106

5. CONCLUSÕES ..................................................................................... 114

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 116


IX

LISTA DE FIGURAS

Figura Página

1 Difratograma de raio X da fração silte do Latossolo

Vermelho Amarelo ............................................................................. 38

2 Difratograma de raio X da fração silte do Latossolo

Amarelo.............................................................................................. 39

3 Difratograma de raio X da fração silte do Cambissolo

Vértico................................................................................................ 40

4 Difratograma de raio X da fração silte do Cambissolo

Latossólico.......................................................................................... 41

5 Difratograma de raio X da fração argila do latossolo

Vermelho Amarelo ............................................................................. 44

6 Difratograma de raio X da fração argila do Latossolo

Amarelo.............................................................................................. 45
x

7 Difratograma de raio X da fração argila do cambissolo

Vértico................................................................................................ 46

8 Difratograma de raio X da fração do Cambissolo

Latossólico.......................................................................................... 47

9 Teores de K nas folhas do feijoeiro (na floração), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Vértico................................................................................................ 58

10 Teores de K nas folhas do feijoeiro (final do ciclo), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Vértico................................................................................................ 58

11 Teores de K nas folhas do feijoeiro, (na floração), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Latossólico.......................................................................................... 59

12 Teores de K nas folhas do feijoeiro, (final do ciclo), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Latossólico.......................................................................................... 59
Xl

13 Teores de Ca nas folhas do feijoeiro, (na floração), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Latossolo

Amarelo.............................................................................................. 62

14 Teores de Ca nas folhas do feijoeiro, (final do ciclo), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Latossolo

Amarelo.............................................................................................. 62

15 Teores de Mg nas folhas do feijoeiro, (na floração), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Vértico................................................................................................ 63

16 Teores de Mg nas folhas do feijoeiro, (final do ciclo), em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Cambissolo

Vértico................................................................................................ 63

17 Teores de Ca nos grãos do feijoeiro, em função das

relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Latossolo Amarelo....................... 66

18 Quantidade de Ca nos grãos do feijoeiro, em função das

relações K/(Ca+Mg) aplicadas no Latossolo Amarelo....................... 66


Xll

19 Potencial de potássio (pK-0,5p (Ca+Mg», antes e após o

cultivo do solo em função das relações K/(Ca+Mg),

aplicadas no Latossolo Vermelho Amarelo ........................................ 71

20 Energia livre de troca ilG (1364 log (aKI-Ja( Ca + Mg)

antes e após o cultivo do solo, em função das relações

K/(Ca+Mg), aplicadas no Latossolo Vermelho Amarelo ................... 71

21 Potencial de potássio (pK-0,5 p (Ca+Mg», antes do

cultivo do solo, em função das relações K/(Ca+Mg),

aplicadas no Latossolo Amarelo......................................................... 72

22 Potencial de potássio (pK-0,5 p (Ca+Mg», após o cultivo

do solo, em função das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no

Latossolo Amarelo ..........................•.••................•.............................. 72

23 Energia livre de troca ilG (1364 log (AKJ ~ a( Ca + Mg) )

antes do cultivo do solo, em função das relações

K/(Ca+Mg), aplicadas no Latossolo Amarelo.................................... 73


Xl11

24 Energia livre de troca AG (1364 log (aK/ ~ a( Ca + Mg)

após o cultivo do solo em função das relações K/(Ca+Mg),

aplicadas no Latossolo Amarelo......................................................... 73

25 Potencial de potássio (pk-O,5 p (Ca+Mg», antes do cultivo

do solo, em função das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no

Cambissolo Vértico ............................................................................ 74

26 Potencial de potássio (pK-O,5p (Ca+Mg», após o cultivo

do solo, em função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no

Cambissolo Vértico ............................................................................ 74

27 Energia livre de troca AG (1364 log (aK/ ~a( Ca + Mg) )

antes do cultivo do solo, em função das relações

K/(Ca+Mg), aplicadas no Cambissolo Vértico................................... 75

28 Energia livre de troca AG (1364log (aK/ ~a( Ca + Mg)

após o cultivo do solo em função das relações K/(Ca+Mg),

aplicadas no Cambissolo Vértico........................................................ 75


xiv

29 Potencial de potássio (pK-0,5p (Ca+Mg), antes do cultivo

do solo, em função das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no

Cambissolo Latossólico ...................................................................... 76

30 Potencial de potássio (pK - 0,5 P (Ca+Mg», após o cultivo

do solo, em função das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no

cambissolo Latossólico ....................................................................... 76

31 Energia livre de troca AG (1364 log aKJ ~ a( Ca + Mg) )

antes do cultivo do solo, em função das relações

K/(Ca+Mg), aplicadas no cambissolo latossólico ......•........................ 77

32 Energia livre de troca AG (1364 log aKJ ~a( Ca + Mg) )

após o cultivo do solo, em função das relações

K/(Ca+Mg), aplicadas no Cambissolo Latossólico............................. 77


xv

LISTA DE TABELAS

Tabela Página

1 Níveis de K, Ca, Mg e valores das relações Ca!Mg .................•.............. 26

2 Valores médios de potássio, cálcio e magnésio

(mmoIJdm3 ), relações Ca!Mg e KJ(Ca+Mg), percentagem

de potássio, cálcio e magnésio na CTC dos solos estudados .............. 29

3 Percentagens de saturação de potássio na CTC, níveis de

potássio a ser atingidos (mmoIJdm3 ) e quantidades de

potássio e magnésio adicionadas em função das relações

KJ(Ca+Mg) aplicadas no LVA, LA, CVe CL ................................... 30

4 Doses de potássio e magnésio em mmoIJdm3 e de KO e

MgOz em g/vaso nsadas na incubação do ensaio............................... 31


XV1

5 Valores médios de potássio, cálcio e magnésio

(mmol)dm3 ), relações Ca!Mg e K(Ca+Mg) atingidos para

os solos L V A, LA, CV e CL............................................................... 33

6 Análise granulométrica das amostras dos solos estudados ............... . 37

7 Composição mineralógica qualitativa das amostras dos

L V A, LA, CV e CL estudados ........................................................... 42

8 Características químicas das amostras dos solos estudados ............. . 49

9 Análise química de micro nutrientes das amostras dos

solos estudados ....•.......................................................•...................... 52

10 Valores médios de produção de grãos e acúmulo de

matéria seca nas folhas, raízes, caule + ramos, vageus

debulhadas e total (g/vaso), para cultura do feijoeiro, em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas uo L VA, LA,

CVe CL ............................................................................................. 55
XVll

11 Teores médios de potássio, cálcio e magnésio (g/kg) nas

folhas do feijoeiro, na floração e no final do ciclo da

cultura, em funçãio das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no

no LVA, LA, CV e CL....................................................................... 57

12 Valores médios de potássio, cálcio e magnésio em teor

(g/kg) e conteúdo (mg/vaso) nos grãos do feijoeiro, em

função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no L V A, LA,

CVe CL .............•........................................•......................•............... 65

13 Potencial de potássio (pk-0,5p (Ca+Mg», e energia livre

de troca AG (1364 log (akJ ~ a( Ca + Mg) )antes e após o

cultivo dos solos, em função das relações K/(Ca+Mg),

aplicadas no L VA, LA, CV e CL ....................................................... 69

14 Valores médios de potássio, cálcio e magnésio trocáveis

(mmoIJdm3 ), recuperados antes e após o cultivo dos solos,

em função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no L VA,

LA, CV e CL...................................................................................... 80
XVll1

15 Valores médios de produção de grãos e acúmulo de

matéria seca nas folhas, raízes, caule + ramos, vagens

debulhadas e total (g/vaso) para cultura do feijoeiro, em

função dos tratamentos aplicados no L VA e LA................................ 85

16 Valores médios de produção de grãos e acúmulo de

matéria seca nas folhas, raízes, caule + ramos, vagens

debulhadas e total (g/vaso), para cultura do feijoeiro, em

função dos tratamentos aplicados no CV e CL .................................. 86

17 Produção relativa de grãos em função dos tratamentos

aplicados no L VA, LA , CV e CL ...................................................... 87

18 Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (glkg), nas folhas do feijoeiro (na floração), em

função dos tratamentos aplicados no L VA e LA................................ 91

19 Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (glkg), nas folhas do feijoeiro (na floração), em

função dos tratamentos aplicados no CV e CL .................................. 92


X1X

20 Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (g/kg) , nos grãos do feijoeiro em função dos

tratamentos aplicados noL V A e LA................................................... 93

21 Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (g/kg) , nos grãos do feijoeiro em função dos

tratamentos aplicados no CV e CL .................................................... 94

22 Quantidade de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (mg/vaso) exportados nos grãos pela cultura do

feijoeiro em função dos tratamentos aplicados no L VA e

LA ...................................................................................................... 95

23 Qnantidade de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e

enxofre (mg/vaso) exportados nos grãos pela cultura do

feijoeiro em função dos tratamentos aplicados no CV e CL .............. 96

24 Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mg/kg), nas folhas do feijoeiro (na floração), em função

dos tratamentos aplicados no L VA e LA ........................................... 100


xx

25 Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mglkg), nas folhas do feijoeiro (na floração), em função

dos tratamentos aplicados no CVe CL.............................................. 101

26 Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mglkg), nos grãos do feijoeiro, em função dos

tratamentos aplicados no LVA e LA.................................................. 102

27 Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mglkg), nos grãos do feijoeiro, em função dos

tratamentos aplicados no CVe CL .................................................... 103

28 Qnantidade de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(f.1g/vaso), exportadas nos grãos pela cnltura do feijoeiro,

em função dos tratamentos aplicados no LVA e LA.......................... 104

29 Quantidade de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(f.1g/vaso), exportadas nos grãos pela cnltura do feijoeiro,

em função dos tratamentos aplicados no CV e CL ............................ 105


XXI

30 Valores médios de fósforo disponíveis (mg/dm3 ), potássio,

cálcio e magnésio trocáveis (mmol./dm3 ), recuperados

antes do cultivo dos solos, em função dos tratamentos

aplicados no L VA, LA e CL ............................................................. 108

31 Valores médios de fósforo disponíveis, enxofre, boro,

cobre, ferro, manganês e zinco (mg/dm3 ) e potássio, cálcio

e magnésio trocáveis (mmol./dm3 ), antes do cultivo do

LVA, LA, CV e CL............................................................................ 109

31 Valores médios de fósforo e enxofre disponíveis (mg/dm3 ),

potássio, cálcio e magnésio trocáveis (mmol./dm3 ),

recuperados após o cultivo dos solos em função dos

tratamentos aplicados no LVA e LA.................................................. 110

32 Valores médios de fósforo e enxofre disponíveis (mg/dm3 ),

potássio, cálcio e magnésio trocáveis (mmoljdm3 ),

recuperados após o cultivo dos solos em função dos

tratamentos aplicados no CVe CL .................................................... 111


XXll

34 Valores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mg/dm3 ), recuperados após o cultivo dos solos, em função

dos tratamentos aplicados no CV e eL.............................................. 112

35 Valores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco

(mg/dm3 ), recuperados após o cultivo dos solos, em função

dos tratamentos aplicados no L V A e LA ........................................... 113


XXll1

ESTUDO DA RELAÇÃO K/(Ca+Mg) E DIAGNOSE POR


SUBTRAÇÃO DE P, S E MICRONUTRIENTES EM SOLOS
CALCÁRIOS DA MICRORREGIÃO DE IRECÊ-BA

Autor: Washington Luiz Cotrim Duete


Orientador: Prof. Dr. Eurípedes Malavolta

RESUMO

o presente trabalho teve como propósito caracterizar física, química


e mineralogicamente quatro solos calcários da microrregião de Irecê-Bahia: um
Latossolo Vermelho Amarelo (LVA) , um Latossolo Amarelo (LA), um Cambissolo
Vértico (CV) e um Latossolo Cambissólico (CL); como também, estudar
preliminarmente a influência de diferentes relações K(Ca+Mg) do solo e a dignose
por subtração de fósforo, enxofre e micronutrientes, na produção de grãos,
matéria seca de folhas, raízes, caule +ramos, vagem e total, e na absorção desses
nutrientes por planta de feijão (Phaseolus vulgaris L.); verificar a influência do
potencial de potássio (pK-0,5p(Ca+Mg) do solo na absorção de potássio, cálcio e
magnésio pelo feijoeiro; encontrar uma relação nutricional entre os níveis de K e
de Ca+Mg do solo para o melhor desenvolvimento da cultura; investigar se o P, S,
B, Cu, Fe, Mn e Zn são limitantes ao crescimento do mesmo e medir essas
limitações verificando possíveis interações nutricionais no sistema solo-feijoeiro.
O estudo constituiu na instalação de dois experimentos em casa de
vegetação no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), em vaso com
3
capacidade de 1,5 dm , utilizando amostras superficiais de 0-20 cm dos quatro
solos citados.
Os experimentos foram conduzidos obedecendo-se um
delineamento inteiramente casualizado. No estudo da relação K/(Ca+Mg)
envolveu-se oito relações com três repetições para o LA, CV e CL e apenas quatro
XXlV

relações com seis repetições para o LVA. Para que estas relações fossem
atingidas, os solos receberam quantidades determinadas de cloreto de potássio e
cloreto de magnésio, todas drogas pró-análise, e deixados em incubação por um
período de 30 dias, mantendo-se a umidade em torno de 80% da capacidade de
campo. Na diagnose por subtração utilizaram-se nove tratamentos com três
repetições, sendo o LVA incubado com cloreto de potássio, o LA e CL com cloreto
de potássio e cloreto de magnésio e para o CV não utilizaram-se nutrientes na
incubação. Após o período de incubação, foram coletada amostras de terra para
análise química e, em seguida, adubados segundo MALAVOLTA & MURAOKA
(1985), observando na diagnose por subtração que a omissão de um nutriente
implicou na completa ausência deste na adubação de plantio. Quarenta dias após
a emergência, foi realizada a colheita, os grãos e a parte aérea foram secos,
pesados e, juntamente com as amostras de solos, foram submetidos à análise
química. Com os valores de produção de matéria seca, dos nutrientes
recuperados do solo e dos nutrientes absorvidos, em função dos tratamentos
aplicados no solo, realizaram-se análise de variância, testes de médias e
estabeleceram-se equações de regressão.
A produção do feijoeiro, tanto em grãos como em matéria seca de suas partes,
não foi influenciada pelas relações K/(Ca+Mg), bem como, pela mudança da
relação CalMg do solo, em ambos os solos.
Os valores de potencial de potássio e energia livre de troca no solo (ilG) , não se
enquadram aos limites de equilíbrio adequado entre cálcio e potássio e aos de
deficiência de qualquer destes nutrientes sugerido pela literatura, dando a
entender serem outros valores para solos calcários.
As equações de regressões entre os valores de K/(Ca+Mg) no solo e os dados de
potencial de potássio e ilG, apresentaram antes do cultivo modelos altamente
2
significativos, alcançando coeficientes de determinação (R ) alto. Todavia, após o
cultivo obtiveram-se correlações não significativas.
O crescimento e a produção de grãos do feijoeiro, foram afetados no LVA pela
omissão de P, S, Cu e Fe. No LA pela omissão de P e S. Já no CV pela omissão
de P, S, Cu, Mn e Zn. E no CL pela omissão de P, S, Mn e Zn.
xxv

STUOY OF THE KlCa+Mg RATIO ANO OF OIAGNOSIS BY


SUBTRACTION OF P, SANO MICRONUTRIENTS IN
CALCAREOUS SOILS OF THE IRECÊ, BA MICRO REGION

Author: Washington Luiz Cotrim Duete


Adviser: Prot. Dr. Euripedes Malavolta

SUMMARY

The present work had the following objectives: to characterize from


the physical, chemical and mineralogical points of view four calcareous soils from
the Irecê, 8A, microregion, namelya Red Yellow latosol (lVA) , a Yellow latosol
(LA), a Vertic Cambisol (CV) and a Cambie latosol (Cl); to evaluate the effects of
the KlCa+Mg ratios. on growth yield, and mineral composition of the bean
(Phaseolus vulgaris L.) plant under greenhouse conditions; to find out the effect of
the omission of P, S, 8, Cu, Fe, Mn and Zn on the production and mineral
composition of the bean plant, also under greenhouse conditions; to assess the
influence of the K potential on the uptake of potassium by the bean plants.
In the study of the KlCa+Mg ratios eight ratios with three replicates
were established for the LA, CV and Cl, and only four ratios with six replicates in
the case of lVA. In orderto reach the desired ratios the soils were treated with the
chlorides of potassium and magnesium and incubated with these soils during 30
days under 80% of the field capacity. A completely randomized design was used.
In the experiment using the diagnosis by subtraction technique there were nine
treatments with three replicates; the lVA was incubated with KCI ,the LA and the
Cl with both K and Mg chlorides, and no additions in the incubation of CV. Afier
the incubation period soil samples were collected for analyses and the adequate
treatments were applied. Growth, yield date and figures for mineral composition
were subject of statistical analyses, variance and regression whenever applicable.
Main conclusions were as follows: bean yield was not affected
neither by the KlCa+Mg nor CalMg in the soil; the values for potassium potential
XXVI

and free energy of K do not agree with those found in the literature which suggests
that in the case of calcareous soils they do not fit; coefficients of determination
(R2) highly significant were obtained in the determinations of K/(Ca+Mg); K
potencial and i\G before growing the bean plants. Afier harvest, however,
correlations were not significant bean production was affected by the lack of P and
S in the LVA; omission of P and S induced yield in the LA; P, S, Cu, Mn and Zn
were Iimiting in the CV; in the case of CL the elements P, S and Mn caused
inductions in yield.
INTRODUÇÃO

o feijão é um dos mais importantes grãos para alimentação do povo


brasileiro, pois constitui a principal fonte de proteína vegetal, em média, de 24%
(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1981), podendo
substituir, parcialmente, a proteína das carnes, motivo pelo qual o feijoeiro é
cultivado em todo o território nacional.
É considerada uma cultura de alto risco, sensível às adversidades
climáticas que, eventualmente, ocorrem no período de seu desenvolvimento e ao
ataque de pragas e doenças. É uma cultura que recebe poucos incentivos e, em
consequência, pequenas quantidades de corretivos e fertilizantes são aplicados,
quando comparadas com as culturas de expressão econômica, pois os pequenos
agricultores, que são os maiores responsáveis pela produção brasileira de feijão,
pouco se beneficiam desses incentivos, por falta de maior representação frente a
estabelecimentos de crédito, assistência técnica, comercialização e seguro
agrícola (GUAZZELLI, 1983).
A microrregião de Irecê-BA , como grande parte do nordeste
brasileiro, do ponto de vista fisiográfico, caracteriza-se pela presença de um clima
tipo semi-árido com precipitações pluviométricas irregulares, portanto, secas
periódicas, atuando sobre um mosaico de solos extremamente variado, alguns
com excelente fertilidade natural (Cambissolos e Latossolos do platô de Irecê),
outros de difícil manejo, como os solos rasos e pedregosos. O relevo também
varia bastante, assim como a vegetação, podendo, entretanto, observar-se uma
certa relação entre as variáveis naturais (solo, clima, relevo, vegetação), na
composição da paisagem.
A região é bastante conhecida pelo potencial agrícola e se
caracteriza por uma alta produção de feijão, abastecendo inclusive o mercado
nacional, nos anos considerados climaticamente normais. Essa alta produção é
2

alternada por ano de frustração agrícola, quando as condições climáticas não


correspondem à expectativa, gerando uma instabilidade na produção, com
reflexos sociais e economicos os mais diversos.
A microrregião de Irecê-BA , está situada na MRH-135, Chapada
Diamantina Setentrional, no centro do Estado da Bahia, e é responsável
aproximadamente por 50% da área colhida de feijão em todo o Estado. Contudo,
os rendimentos atingidos são muito baixos e vem caindo com o decorrer dos anos,
à despeito do aumento da área colhida. Como exemplo, nos anos 89, 90 e 91
obteve-se em área colhida de 6.176, 8.382 e 8.339 ha produções de 1.668, 4.191
e 1.834 t, com um rendimento médio de 270, 500 e 220 kg/ha respectivamente
(EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DA BAHIA, 1985).
Observando as análises químicas dos perfis de solos da região,
supõe-se que, quanto à química e fertilidade do solo, o desequilíbrio entre os
cátions (Ca, Mg e K), o baixo teor de fósforo e enxofre em alguns solos e possíveis
problemas com micronutrientes, serem os responsáveis pelos baixos rendimentos
atingidos. Sob tais condições, o presente trabalho foi desenvolvido, com os
objetivos de:
1. Estudar a influência de diferentes relações K/(Ca+Mg) do solo na produção de
grãos, matéria seca e na absorção de potássio, cálcio e magnésio pelo feijoeiro.
2. Observar a influência do potencial de potássio do solo na produção de grãos,
matéria seca e na absorção de potássio, cálcio e magnésio pelo feijoeiro.
3. Encontrar uma relação nutricional entre os níveis de potássio e os níveis de
cálcio + magnésio do solo para o melhor desenvolvimento do feijoeiro.
4. Determinar se P, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn são limitantes ao crescimento do
feijoeiro. Medir essas limitações e verificar possíveis interações nutricionais no
sistema solo-feijoeiro.
3

2. REVISÃO DE LITERATURA

A microrregião de Irecê, situada na MRH-135, Chapada


Diamantina Setentrional, no centro do Estado da Bahia, do ponto de vista
topográfico é uma chapada irregular, cujas altitudes variam de 600 a 800 m,
entre as coordenadas 41 °00' e 42°00' de longitude oeste e 11 °00' e 12°00' de
longitude sul. É uma área de ocorrência dos calcários, dolomitos e ardósias
que compõem o Grupo Bambuí. No topo da chapada, existem apenas
elevações com afloramentos de calcários truncados exibindo lineações. Nos
locais onde o calcário aflora com mergulho subvertical, finamente estratificado,
as alterações apresentam-se espessas, acinzentadas e esbranquiçadas, tendo
localmente crostas secundárias ou mesmo linhas de concreções de carbonato
de cálcio, sendo algumas silinificadas no topo. Encontram-se aí solos do tipo
Latossolos e Cambissolos (EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
EXTENSÃO RURAL DA BAHIA, 1985).

2.1. Os Latosso/os

Estes solos formam os grandes chapadões, com relevo suave, mas,


em geral, com grandes problemas de fertilidade. Ocorrem também em áreas
acidentadas, mas com poucos aflomeramentos de rochas (RESENDE et aI.,
1988).
O teor de argila pode variar bastante nestes solos, o que possibilita
a sua diferenciação textural (fases) em textura média, com teor de argila no
horizonte B variando de 15 a 35%, textura argilosa variando de 35 a 60%, e muito
argilosa maior que 60%.
Apresentam baixa relação molecular Si02/Ab03 (Ki) na fração argila,
normalmente inferior a 2,0, sendo raros os casos em que atinge 2,2, indicando alto
4

grau de intemperização da massa do solo; baixa capacidade de permuta de


cátions (valor n da fração argila, em decorrência do material do solo ser
constituído por sesquióxidos, minerais de argila 1:1 (grupo da caulinita), quartzo e
outros minerais altamente resistentes ao intemperismo; minerais primários
facilmente decomponíveis ausentes ou mesmo presentes em quantidades muito
pequena.
Por se encontrar nas áreas de ocorrências dos calcários (material de
origem rico em bases), sob clima do tipo semi-árido, possuem saturação de
bases maior que 50% (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA, 1988).

2.2. Os Cambissolos

Esta unidade compreende solos com B incipiente ou câmbico, não


hidromórticos, com pequena diferenciação de textura do horizonte A para o B.
Não possuem acumulação de argila iluvial que permita classifica-los como solos
com horizonte B textura!. Muitas vezes, apresentam características morfológicas e
mesmo químicas similares às dos Latossolos, porém, deles diferenciam-se por
apresentarem altos teores de silte em relação à argila e/ou maior proporção de
minerais primários facilmente intemperizáveis (RESENDE et aI., 1988).
Possuem relação molecular Ki (Si02/Ab03) e relação silte/argila com
valores médios ou altos em alguns solos e baixos em outros; quando
desenvolvidos de rochas carbonatadas podem apresentar carbonatos livres, desde
a superfície dos solos, ou acumulados nos horizontes subsuperficiais.
Estes solos no estado da Bahia, apresentam sequência de
horizontes A, (B), C e R, com horizontes A fraco, moderado e até chernozêmico;
textura média e argilosa; rasos e profundos; moderadamente e bem drenados,
ocorrendo, no entanto, perfis imperfeitamente drenados.
A maior parte dos cambissolos compreende solos eutróficos
(saturação de bases superior a 50%), principalmente na zona semi-árida (Irecê),
ocorrendo também solos distróficos (saturação de bases inferior a 50%),
principalmente na zona cacaueira (sul da Bahia) (EMPRESA BRASILEIRA DE
PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1988).
5

Estes cambissolos baianos, da chapada do Apode (RN e CE) e do


Norte de Minas Gerais, são originados de rochas calcárias, possuem relevo plano
e apresentam certa deficiência de oxigênio, além de apresentarem altos teores de
manganês.
Apesar de serem eutróficos, os teores de fósforo são baixos. Devido
ao relevo plano e à baixa permeabilidade do material em função da presença de
argila de atividade alta, estes sistemas são considerados conservadores de
nutrientes (ERNESTO SOBRINHO, 1980).

2.3. Interação entre os Cátions Potássio, Cálcio e Magnésio

Um dos primeiros pesquisadores a observar uma interação negativa


entre os cátions, PIERRE & BOWER (1943), que atribuiu as baixas produções de
trigo mourisco ao decréscimo na absorção de potásSiO em decorrência da
aplicação de doses elevadas de calcário; segundo o autor, o cálcio apresentava
um efeito antagônico sobre a absorção de potássio, chamando a atenção para a
importância do equilíbrio cálcio-potássio na nutrição das plantas. A partir da
formulação da "Lei da potassa-calcário" por Ehremberg em 1919, foi estimulado
o estudo sobre as interações entre o K, Ca e Mg.
DUETE (1993) trabalhando com solos do Recôncavo da Bahia,
observou que o Latossolo Vermelho Amarelo e Podzólico Vermelho Amarelo com
teores de potássio, cálcio e magnésio trocáveis (meq/100 cm 3 ) de 0,15; 0,7; 0,2 e
0,16; 2,3; 4,8 respectivamente, não responderam ao potássio aplicado na
produção de matéria seca do feijoeiro. Todavia, o Brunizem Avermelhado com
teores de potássio, cálcio e magnésio trocáveis (meq/100 cm 3) de 0,23; 14,9; 9,1
respectivamente, considerados satisfatórios, responderam a aplicação de
potássio. Segundo o autor apesar do alto teor de potássio encontrado neste solo,
é provável que a resposta encontrada tenha sido devido a relação entre o
potásSiO e os outros cátions (Ca2 + e Mg 2 +, em particular).
Em razão dos teores de potássio trocável do solo não explicar
completamente o que está ocorrendo, é que nos últimos anos, a maioria dos
trabalhos nesta linha é baseado na lei da relação de Schofield que governa o
equilíbrio de cátions na solução do solo.
6

Segundo MALAVOLTA (1976), o antagonismo iônico entre o


potássio, cálcio e magnésio, é antes de tudo, resultado de uma competição iônica
na solução do solo. Todavia, para FASSBENDER (1972), independentemente das
bases trocáveis, devem-se levar em consideração o grau de saturação do
complexo de troca, os tipos de coloides, a natureza dos íons complementares
adsorvidos e as relações entre os íons nutrientes do solo, visto que esses fatores
fornecem informações da capacidade do solo em nutrir as plantas.
MEDVEDEVA (1968), PATHAK & KABRA (1972) e SOARES (1975)
encontraram em suas pesquisas, evidências claras que o antagonismo entre
potássio-cálcio é mais intenso que a ação antagônica entre potássio-magnésio.
Estas conclusões tem apoio nos estudos de ALBAREDA (1958) que acredita ser a
capacidade de penetração dos cátions nas raízes, as quais seguem a relação
K>Na>Mg>Ca, a razão do maior antagonismo entre os cátions potássio-cálcio do
que entre potássio-magnésio. Pois, a combinação de dois íons deve alcançar uma
ação antagônica, tanto maior quanto mais separado estiverem entre si.
Vale ressaltar que, segundo CORDEIRO (1978), tanto o Ca como o
Mg podem deprimir a absorção de K, como este também pode deprimir a absorção
dos outros dois cátions pelas plantas. Também sob certas condições, o Ca e o Mg
podem, por sua vez, estimular a absorção de K.
SOARES et ai. (1983) chama atenção para o efeito estimulante do
cálcio sobre a absorção de potássio, que é observado quando o cálcio está em
baixas concentrações, todavia, aumentando a concentração do cálcio, o efeito
estimulante diminui até ocorrer antagonismo entre esses cátions, passando ocorrer
redução na absorção de potássio pelas plantas. Resultados semelhantes foram
obtidos por SANCHES CONDE (1980) estudando as relações KlCa (1/1; 1/2; 1/4;
1/6; 1/8) com alface em solução nutritiva.
Da mesma forma altas concentrações de potássio reduziram a
absorção de cálcio e magnésio para as culturas de aveia, feijão e girassol
(BRADAWY & BUSSLER, 1968; PANDEi, 1972).
Também redução significativa na concentração de Ca e K foi
observada por KEY & KURTZ (1960) em plantas de soja proporcionais ao aumento
na absorção de Mg.
Por outro lado OMAR & KOBBIA (1966), trabalhando com
concentrações diferentes de potássio e magnésio na cultura de alfafa em solução
7

nutritiva, observaram que a absorção de magnésio foi reduzida quando se


aumentava as concentrações de potássio, por outro lado a absorção de potássio
pouco foi afetada pela presença do magnésio.
BULL (1986) estudando a produção de matéria seca por gramínea e
leguminosa forrageira em função das relações K/(Ca+Mg) no solo, observou que
tanto a graminea como a leguminosa apresentaram aumentos nos valores da
relação K/(Ca+Mg) na matéria seca, proporcionais à elevação dessas relações em
ambos os solos, todavia, o aumento na absorção de potássio em função da
elevação nas relações K/(Ca+Mg) nos solos, promoveram decréscimos
proporcionais na absorção de Ca+Mg em todas as culturas. Segundo o autor a
leguminosa cultivada isoladamente apresentou decréscimo na produção de
matéria seca apenas na maior relação K/(Ca+Mg) de cada solo, sugerindo que a
relação entre 1/25-1/20 são as mais apropriadas para o cultivo isolado da
leguminosa estudada.
Para SOARES et ai. (1988) as relações Ca:Mg:K de 12:3:1 com
saturação em bases de 80% promoveram as maiores produções de grãos de trigo
por vaso, no entanto a melhor saturação de potássio no complexo de troca do solo
foi de 5%.
Para WIKLANDER (1964), um solo ideal para as culturas teria 65%
do complexo de troca saturado com Ca2 +, 10 a 15% com Mg2 + e 5% com K+.
Segundo BOYER (1971), nos solos relativamente bem dotados em
bases, carências de K pode aparecer com o teor de K inferior a 2% da soma das
bases trocáveis. Com alta saturação de Ca2 + e Mg2 + nos solos, a absorção do K é
limitada e pode, até mesmo, acarretar deficiências (YORK et ai., 1954; EVANS,
1955; MOURA FILHO, 1965).
LAROCHE (1966), afirma que as relações Ca2+JMg2+, Mg2+/K+ e
(Ca + + Mg 2j/K+ ideais para o cacaueiro devem ser respectivamente 4,0; 8,0 e
2

40,0. Também estudando os efeitos dos equilíbrios entre Ca, Mg e K no


crescimento do cacaueiro, MORAIS & CABALA (1971) concluiram que os
rendimentos da matéria seca das plântulas de cacau estão mais bem relacionados
com os valores da relação (Ca+Mg)/K que com a relação Mg/K.
Para BRICENO & CARVAJAL (1973), quando a relação (Ca+Mg)/K
do solo for maior que 10, tal relação deve ser considerada como valor baixo para o
potássio.
8

Estudando o efeito da adubação potássica no algodoeiro, FUZZATO


& FERRAZ (1967) verificaram que a relação entre os teores trocáveis de Ca e K
no solo mostrou-se como principal fator para explicar os efeitos provocados pela
adubação potássica. Para valores de Ca2 +/K+ acima de 20, houve aumentos
consideráveis na produção em decorrência da aplicação de potássio e estes
aumentos foram tanto maiores quanto maior o valor dessa relação, por outro lado,
valores da relação Ca2 +/K+ abaixo de dez estavam associados a respostas
insignificantes ou frequentemente negativas da adubação potássica.
SOYER (1971) relatou que, se um solo contém muito K e pouco Mg,
as plantas absorvem muito K e pouco Mg. De certo modo, acontece a mesma
coisa com a soma de Ca+Mg. Segundo esse autor, as relações Mg/K e Ca+Mg/K
não foram, infelizmente, objeto de estudos sistemáticos; o problema é complicado
pelo fato de não serem essas relações as mesmas para todas as plantas,
podendo um fornecimento de fertilizantes desiquilibrar as relações.

2.4. Intensidade ou Potencial de Potássio ou Energia Livre de


Troca

A quantidade de potássio disponível no solo, indica quanto potássio


pode ser absorvido e até onde é possível restaurar o reservatório da solução do
solo diminuido pelo poder de extração das plantas, elevando-o a um nível
satisfatório (MALAVOLTA, 1976).
Segundo SOARES (1978), tem sido sugerido o uso da relação
entre as atividades do potássio para a do cálcio ou do cálcio + magnésio como um
parâmetro de intensidade em lugar da atividade absoluta de potássio na solução
do solo, isto porque o cálcio e o magnésio são os dois íons contrários mais
importantes no processo de troca e na absorção do potássio.
O relacionamento entre os cátions potássio, cálcio e magnésio e
suas absorções pelas plantas, segundo TISDALE & NELSON (1975) envolve o
fenômeno conhecido como "efeito do ion complementar", que é definido como a
influência de um ion adsorvido sobre a liberação, para a solução do solo, de um
outro a partir da superfície trocadora.
O conceito de potencial de potássio-cálcio, baseado em
considerações dinâmicas, introduzidas por WOODRUFF (1955b), é definido como
9

uma relação entre as atividades do ion potássio e do ion cálcio de uma solução do
solo em equilíbrio com a fase sólida, obtida com uma solução de O,01M de cloreto
de cálcio. E isto sugeriu, que a relação entre as atividades representava a energia
livre de troca de cálcio pelo potássio, caracterizando o estado do potássio no solo,
desde que o cálcio fosse o ion trocável dominante e o potássio de troca, a fonte
principal desse elemento.
A expressão que calcula a energia livre de troca, é representada
pela seguinte fórmula:

!1G = RT In aK/ .JaCa

I1G = Energia livre (calorias por equivalente grama)


R = constante geral dos gases
T = temperatura absoluta
aK = atividade de potássio
aCa= atividade de cálcio

Segundo GETHING (1962), para fins práticos o magnésio também


deve ser considerado na relação.

!lG = RT In (aK/ ~a(Ca + Mg)

Utilizando-se o logaritmo decimal tem-se:

!lG=1364 log (aK/~a(Ca+Mg)

Sendo p o logarítmo do inverso da atividade de potássio, de cálcio


e de magnésio.

I1G = 1364 [pK - % P (Ca+Mg)]


10

1
A energia livre de um nutriente no solo segundo CHITOUNA ,

determina a quantidade de trabalho que uma planta tem que realizar para deslocar
um equivalente grama de nutriente no solo.
BULL (1986) chama atenção que vários autores sugerem apenas o
termo final da equação anterior, ou seja, a relação da atividade para o ion potássio

de solução aKl..ja(Ca+Mg) , ou seu logarítmo, pK - 0,5 p(Ca+Mg), também

denominado potencial potássio-cálcio-magnésio, como uma indicação satisfatória


da disponibilidade imediata de potássio às plantas.
Para BARROWS et aI. (1965) os solos são deficientes em

potássio, quando I1G for menor que -6000 Cal/equivalente; todavia, KHASAWNEH
(1971) sugeriu -3500 calorias/equivalente como limite.
WOODRUFF (1955), afirma que os valores de pK - 0,5 pCa entre
1,8 a 2,2 representam equilíbrio adequado entre cálcio e potássio para a nutrição
de plantas. Chama também a atenção o autor que para valores maiores que 2,6
ocorrem deficiências de potássio e valores menores que 1,5 ocorrem absorção
excessiva de potássio ou deficiência de cálcio. Estes dados foram confirmados
por BULL (1986) que observou deficiência de K em valores de pK - 0,5 p(Ca+Mg)
maiores que 2,6 para cultura de gramíneas isoladas e consorciadas e leguminosa
consorciada.
BRAGA (1972), pesquisando vinte e um solos de Minas Gerais,
encontrou os valores de 1,64 a 2,714 para potenciais daqueles solos e identificou
o valor de 2,039 como nível crítico de potencial de potássio. Já MOSS &
COULTER (1964) encontrou o valor 2,3 como nível crítico do potencial de potássio
no solo para cultura da bananeira e de 2,8 para cultura do cacau.

i Not-as de aula - LQI-880


11

2.5. Fósforo

Segundo ROCHE et aI. (1980) 65,1% dos solos tropicais são


fortemente deficientes em fósforo e 26,6% o são ainda medianamente deficientes.
Já JACOB et aI. (1963) e FASSBENDER (1967) em seus estudos chamam a
atenção que 66% da zona feijoeira da América Latina apresentam o mesmo
problema de deficiência, o que constitui um fator limitante na produção do feijão.
No Brasil, 232 ensaios de adubação conduzidos nos estados do
Amazonas, Pará, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do
Sul e Distrito Federal levaram MALAVOLTA (1972) a concluir que as maiores e
mais frequentes respostas do feijoeiro foram ao fósforo.
Todavia, FORTUNATO (1982) chama a atenção para alguns solos
derivados do calcário do grupo bambuí que apresentam teores elevados de
fósforo para a média dos solos tropicais. Para MISI & KYLE (1990) estes altos
teores estarão relacionados com estrutura estomatolíticas, dissiminadas nos
pacotes carbonáticos.
Em geral duas categorias de fósforo estão presentes na maioria dos
solos, os orgânicos e os inorgânicos. Além destes RUSSEL & RUSSEL (1968)
admitiram o fósforo na solução do solo.
A maioria do fósforo inorgânico está presente nos solos como sais
do ácido ortofosfórico, os quais podem ser classificados como fluor-, hidroxi-, e
oxifosfatos de ferro, cálcio, alumínio, magnésio, manganês e titânio (LARSEN,
1967). Para CHANG & JACKSON (1957), estes fosfatos compreendem quatro
grupos principais: fosfato de cálcio, de alumínio, de ferro e fosfatos solúveis em
redutores, após remoção das três formas anteriores. No entanto, para RUSSEL &
RUSSEL (1968), são classificados em dois grupos: o grupo do fosfato de ferro e
alumínio destacando a variscita, estrengita, vivianita e esturenita. E o grupo
calcítico dos fosfatos mono, di, tri e octacálcío, hidroxi, cloro e fluoropatita.
Na solução do solo o ácido ortofosfórico se dissocia de acordo com
a reação:
12

o estudo das reações físico-químicas dos fosfatos do solo, mostram


que entre o pH 5 e 6, para fins práticos, quase todo fósforo em solução
encontram-se nas formas absorvíveis FI 1 PO ; e HPO;- com predomínio da

primeira. Entre pH 6 e 7, as concentrações destas duas formas tendem a igualar,


e a maiores valores de pH a forma HPO;- predomina.

Segundo BUEHRER (1932) as concentrações de íons fosfatos na


3 2
solução do solo são afetadas por presença de Fe +, A1 3 +, Ca +, Mg2 + os quais
favorece a formação de uma série de complexos fosfatados de variada
solubilidade.
HSU & JACKSON (1960) observaram que a fração inorgânica do
fósforo no solo estava relacionada com pH. Acima de pH 7,0, o fósforo se unia,
principalmente, ao cálcio, em pH menor que 7,0, as frações ligadas ao ferro e
alumínio aumentavam.
Estudando o comportamento de fosfato monocálcico aplicado a seis
solos de Ontário no Canadá, selecionados quanto ao pH, textura e teor de CaC0 3 ,
MACKENZIE & AMER (1964) constataram que em cinco dos solos estudados (pH
variando entre 5,3 a 7,2) a fração de fósforo ligado ao alumínio foi sempre maior
que aquela ligada ao ferro. Apenas em um dos solos estudados (pH 7,6 e um
equivalente a 69,9 de CaC0 3 ) a fração do fósforo ligada ao cálcio cresceu e foi
maior do que as duas primeiras citadas. Isto está de acordo com CHANG &
JACKSON (1957) quando afirma que em solos com pH neutro e alcalino, onde a
forma P-Ca poderá ser dominante, há a formação de P-AI e P-Fe ainda que em
menor grau do que em solos ácidos.
A concentração ou mais precisamente, a atividade de fósforo na
solução de solos alcalinos ou calcarios pode ser largamente governada por três
fatores:

1. Atividade do Ca2 +
2. A quantidade e tomanho das partículas de carbonato de cálcio livre no solo
3. A quantidade de argila presente

A atividade do fósforo pode ser baixa naqueles solos que possuem


2
uma alta atividade de Ca +, uma grande quantidade de carbonato de cálcio
13

finamente dividido, e uma grande quantidade de argila saturada em cálcio.


Contrariamente, em sequência para manter um nível conhecido da atividade de
fosfato na solução do solo, é necessário adicionar grandes quantidades de
fertilizantes fosfatados em tais solos.
Segundo McGEORGE & BREAZEALE (1931), a formação de
complexos carbonato-fosfato nos quais um moi de carbonato de cálcio é
combinado com três moles de fosfato tricálcico é causado por a baixa
disponibilidade de fósforo em solos calcários. Os autores sugerem que a
solubilidade do fosfato da rocha é grandemente reduzida quando carbonato de
cálcio está presente na fase sólida.
BOISCHOT et ai. (1950) chamam atenção que a solubilidade do
fosfato é fixada sobre a superfície do carbonato de cálcio por um fenômeno de
sorção, não por precipitação. O fosfato fixado desta maneira pode ser usado
pelas plantas em decorrência do fenômeno de dessorção para a solução do solo.
BUEHRER (1932), observou que a solubilidade de fosfato em solo
saturado com cálcio foi diretamente proporcional a concentração de íons
hidrogênio e inversamente proporcional a concentração de íons de cálcio. Já
RAVIKOVITCH (1939) e GARDNER & KELLEY (1940) chamam atenção que nos
solos dominados por sódio, a solubilidade do fosfato é muito maior do que em
solos dominados por cálcio.
RAGLAND & SEAY (1957) estudaram o efeito do cálcio trocável
sobre a fixação do fósforo pela fração argila de quatro solos Podzólicos de
Kentucky (USA), verificaram que, nas argilas previamente aCldificadas, a fixação
do fósforo aumentou quando a saturação do cálcio cresceu de 60%. Admitem os
autores que a retenção do fósforo foi devida à formação de fosfatos de cálcio e à
ligação H 2 PO; - cálcio - micela.
Para LlNDSAY et ai. (1962), o fosfato aplicado em solos com
elevado teor de cálcio e em solos alcalinos precipita-se usualmente como fosfato
bicálcico bihidratado (CaHP0 4 . 2H 2 0) elou fosfato octacálcico ( [Ca 4H(P0 4h .
3H 2 0] ). Tais compostos reagem com a solução de solo, formando apatita.
HUFFAMAN (1962) coloca a solubilidade destes compostos na seguinte ordem
decrescente: fosfato bicálcico bihidratado, fosfato octacálcico, hidroxi-apatita.
SEN GUPTA & CORNFIELD (1962), observaram que fosfatos
solúveis aplicados em solos com alto teor de CaC0 3 (16,5%) foram largamente
14

fixados como fosfatos não apatíticos e como formas facilmente removíveis. Solos
com baixos teores de CaC0 3 (0,15%) apresentaram, além destas formas, fósforo
ligado ao alumínio e ferro. Em nenhum caso foi verificada a presença de apatitas.
A maior percentagem de fixação ocorreu nas primeiras 24 horas e decresceu com
o aumento da concentração de fosfato. Não se verificou correlação significativa
entre a fixação de fósforo e teores de CaC0 3 , quando estes variaram de 0,5% a
47,2%.
o magnésio também reage com o fosfato adicionado aos solos ,
formando fosfato dimagnésio trihidratado (MgHP04 . 3H 2 0) e/ou fosfato
trimagnésico ( [Mg 3(P0 4hl ). Por dissolução, o fosfato dimagnésico forma o fosfato
trimagnésico, menos solúvel em água (RACZ & SOPER , 1967).

2.6. Enxofre

Da mesma forma que o N e o P, o S encontra-se no solo na forma


inorgânica e orgânica. Em forma geral, o S total dos solos varia entre 0,003 a 1%,
com média de 0,07%. Em regiões tropicais, os solos inorgânicos apresentam
teores de 0,02 a 0,2% e os orgânicos podem ter até 1%.
Na maioria dos solos de regiões temperadas, de 60 a 90% do S está
em forma orgânica e em regiões tropicais a variação pode ser mais ampla, sendo
que em solos muito intemperizados e com baixos teores de matéria orgânica, o S
orgânico é relativamente baixo, menor que 10% do total e em alguns solos da
África, tão alto que chega a 100%, mas com teores relativamente baixos.
O enxofre, na maior parte de terrenos agriculturáveis, se encontra
na forma de matéria orgânica, sulfatos solúveis na solução do solo ou adsorvidos
no complexo sortivo do solo.
Em solos áridos ou semi-áridos, como a microrregião de Irecê-BA, o
so: precipita em grandes quantidades como sulfatos de Na, K, Ca, Mg. Em solos

ácidos argilosos, é adsorvido em argilas 1:1 ou óxidos hidratados de Fe e AI.


Para BOLAN et aI. (1993) nos solos calcários o Ca2 + é atraído
eletrostaticamente e superficial de argilo-minerais gerando cargas positivas. O
so 2
4- por sua vez também é atraído para o sítio positivo onde fica adsorvido,

diminuindo consequentemente sua disponibilidade nos solos.


15

Segundo ALVAREZ (1988), a solubilidade dos sulfatos diminui


conforme os seguintes cátions acompanhantes:
K e Na > Ca e Mg > AI e Fe, sendo os primeiros, dominantes em
solos alcalinos e os últimos, em solos ácidos.
Respostas a enxofre tem sido obselVadas em São Paulo, Goiás, no
Planalto Central do Brasil, em culturas de café, milho, algodão, feijão e soja,
especialmente em solos de vegetação de cerrado (HIROCE & GALLO, 1972).
O feijoeiro requer 25 kg de enxofre por hectare para produzir uma
tonelada de grãos (OLIVEIRA & TUNG, 1988). Embora sejam escassos os
trabalhos de calibração para enxofre (ALVAREZ, 1988), teores no solo na faixa de
10 a 15 ppm podem ser considerados como o nível crítico para este
nutriente(ROCHA & MALAVOLTA, 1988 e FERRARI NETO, 1991).
Segundo MALAVOLTA (1952) em feijoeiro,como também em arroz,
algodão e cana de açúcar, obselVa-se um teor de enxofre acima do teor de
fósforo.

2.7. Boro

Nos solos brasileiros, os teores de boro encontram-se geralmente,


nas faixas de 0,06 a 0,5 mg/dm 3 e 30 a 60 mg/dm 3 , para a quantidade disponível
e total, respectivamente (MALAVOLTA, 1980).
Solos com baixo teor de matéria orgânica e alto teor de hidróxidos
de ferro e alumínio tem apresentado, segundo CHAPMAN & VANSELOW (1955),
deficiência de B. Também para BRASIL SOBRINHO (1966), GUPTA (1968) e
CASAGRANDE (1978), o B está contido nas combinações orgânicas e é liberado
daí para as plantas pela decomposição microbiana.
HOROWITZ & DANTAS (1973), comentam que solos derivados de
material elástico, calcário, folhelhos e especialmente argilas marinhas são
relativamente ricos em boro.
Já REISENAUER et aI. (1973) afirmam que em solos de regiões
alcalinos com altos teores de B, o micronutriente adsolVido constitui o reselVatório
lábil, a partir do qual a concentração de borato na solução do solo é mantida,
enquanto que, em solos ácidos e com baixos teores de matéria orgânica, o
16

principal reservatório desse nutriente são os minerais contendo boro, os quais são
vagarosamente intemperizados.
GUPTA (1979) encontrou correlação negativa entre a absorção de
boro pelas plantas e o pH do solo. Todavia, para COOK & MILLAR (1939), esta
relação não é consistente, uma vez que já foi observada deficiência de boro em
solos ácidos e ausência de deficiência em solos alcalinos. Da mesma forma
BRASIL SOBRINHO (1965), obteve teores mais altos de boro em solos com pH
mais alto do que naqueles de pH mais baixo, usando como extrator água quente.
Estudos semelhantes foram realizados por PETERSON & NEWMAN
(1976) que mostraram correlação negativa, entre pH do solo e a absorção de boro
pelas plantas, para valores de pH acima de 6,3-6,5, não mostrando a mesma
tendência definida para pH abaixo de 6,5.
A adsorção de boro varia relativamente pouco quando o pH variar
na faixa ácida (pH 4,0 a 7,0) (SCHALSCHA et ai., 1973). Já na faixa alcalina a
retenção de boro aumenta em função da fixação do mesmo, sendo normalmente
liberado pelo abaixamento do pH do solo ao seu nível original (OLSON &
BERGER, 1946).
Para KEREN & BINGHAM (1985) quando o pH se encontra próximo
a 9,0, a espécie B(OHt aumenta rapidamente, diminuindo a disponibilidade de
boro na solução do solo. Podendo grande parte do boro precipitar pela reação
com CaC0 3 , e isto acontece quanto maior for a concentração de boro na solução.
Segundo JONES & SCARSETH (1944) plantas de alfafa, aveia e
tabaco extraem diferentes quantidades de cálcio e boro de acordo com as suas
disponibilidades no solo. A planta terá um desenvolvimento normal quando existir
um equilíbrio na absorção de cálcio e boro, sendo desfeito o equilíbrio, em função
de uma pequena absorção de cálcio como ocorre em solos ácidos, a planta terá
uma maior tolerância a deficiência de boro. Já em solos com pequenas
quantidades de cálcio trocável (muito ácido) a adição de pequenas doses de boro
pode causar fitotoxidez.Nos solos alcalinos ou em solos que tenham recebido
uma super calagem as plantas necessitam de mais boro do que normalmente é
exigido em solos ácidos.
RIBEIRO & BRAGA (1974), estudando solos de Minas Gerais,
classificados como LE, LV e LR, observaram que a adsorção do boro condicionou-
se ao pH situado nas faixas alcalinas e que o cálcio teve participação ativa na
17

retenção de boro pelo solo. Segundo os autores solos mais novos apresentaram
maior capacidade de adsorção do boro e não foi encontrada, nas condições do
trabalho, correlação entre adsorção de boro e teores de argila, matéria orgânica e
óxidos livres de ferro e alumínio.

2.8. Cobre

o cobre no solo existe, predominantemente, na forma cúprica


2
(Cu j, aparecendo em maior proporção adsorvido os minerais de argila; aos
hidríoxidos de ferro e matéria orgânica (MALAVOLTA, 1980).
A maior disponibilidade deste elemento se dá na faixa de pH 5,0-
6,5.
Segundo MALAVOLTA & MURAOKA (1991), as deficiências deste
nutriente não são frequentes como as do zinco em solos com pH elevados, uma
vez que o Cu da matéria orgânica vai sendo liberado lentamente. Afirmam
também os autores que solos arenosos com baixos teores de matéria orgânica
podem tornar-se deficientes em cobre em função das perdas por lixiviação. Solos
argilosos, normalmente, tem menores probabilidades de apresentarem deficiências
deste micronutriente.
Segundo LlNDSAY (1972) com o aumento do pH, grande parte do
cobre é adsorvido, permanecendo todavia uma pequena fração solúvel em
equilíbrio. O cobre é também encontrado como sais solúveis, carbonatos e óxidos,
no entanto o aumento na concentração de carbonatos, não implica em diminuição
da concentração de cobre na saturação do solo.
A explicação segundo TISDALE et aI. (1985) para o aumento da
adsorção do cobre com a elevação do pH poderam ser:
1. Aumento no número de sítios pH - dependentes nos colóides;
2. Menor competição com íons H+;
3. Possíveis mudanças no estado de hidrólise do cobre na
solução do solo
MALAVOL TA (1980) chama atenção que altas concentrações de
cobre, no meio, diminuem a absorção de ferro, molibdênio e zinco. Como também
altas concentrações de zinco, fósforo e molibdênio diminui a absorção do Cu.
18

2.9. Ferro

o ferro se encontra em grandes quantidades nos solos, sobretudo


nos solos tropicais. As plantas precisam de ferro em quantidades ínfimas,
particularmente para formação de clorofila; como papel enzimático, pois a clorofila
não contém ferro na sua molécula.
Segundo OLIVEIRA & THUNG (1988), os teores de ferro total no
solo variam de 3% até os valores acima de 30%.
O ferro dos solos provém, principalmente, dos minerais ferruginosos
da rocha-mãe, notadamente das olivinas, piroxênios, biotita, hematita e magnetita.
Segundo BOYER (1971), uma ausência, ou baixos teores desses minerais, não
quer dizer que o solo esteja desprovido de ferro, porque este elemento existe
como impureza em muitas rochas ou mesmo minerais. Entretanto, para o autor,
são frequentes os casos de carências em solos carregados em calcário, sobretudo
pó calcáreo muito fino, que é chamado de "calcáreo ativo".
Para MALAVOLTA & MURAOKA (1991), a deficiência, no caso de
solos calcários é, muitas vezes, atribuída à causas fisiológicas.
Segundo MENGEL & GEURTZEN (1986) a deficiência de ferro em
plantas desenvolvidas sobre solos calcários, muitas vezes é confundido com um
efeito das altas concentrações de carbonatos e Ca2 + sobre a disponibilidade de
ferro, ou ainda por se pensar que o solo apresenta baixos níveis deste elemento.
Todavia, tem sido demonstrado que o efeito observado seja causado por excesso
de HCO ~ , cujas as altas concentrações provocam uma inibição na capacidade de
redução de raiz, absorção de Fe, translocação para as folhas e imobilização do
ferro no interior das plantas. O bicarbonato segundo YANG (1993) decresce as
concentrações e absorção de ferro na parte aérea de cultivares de arroz
ineficientes em zinco.
L1NDSAY (1979) mostra que Fe 3+, é a forma de Fe utilizada por
plantas, e tem excessivamente baixa solubilidade em solos de pH 7 e acima, e que
a solubilidade do ferro decresce por três ordens de magnitude para o aumento de
cada unidade de pH. ROMHELD & MARSCHNER (1986) relataram que a
3
solubilidade do Fe + acima de pH 5 é limitado para o uso pela planta e que a
planta interfere por alterar a química da rizosfera, mobilizando Fe para utilização e
absorção pelas plantas.
19

Muitas características fisiológicas da planta associadas com


deficiência de Fe estão sob controle genético, e estas características podem ser
selecionadas por procedimento rotineiro de melhoramento de plantas, o que
representa a possibilidade de controle da clorose-deficiência de ferro, mudando a
planta para acomodar problemas peculiares do solo em vez da difícil conexão das
propriedades químicas do solo para satisfazer a planta (BROWN et aI., 1972).
CHAUDHRY & WAlLACE (1976) afirma que o ferro compete
inibindo a absorção de zinco na cultura do arroz em solução nutritiva. O efeito é
mais pronunciado nos brotos do arroz em baixa concentração de zinco (5f.LM de
Zn) a mais encontrada no solo.
Na ausência de Fe a percentagem de Zn total nos brotos são 29%,
porém somente 19% na presença. Este estudo tem confirmado a suspeita que
ferro leva a redução e causa deficiência de zinco em plantas de arroz e baixa a
eficiência da adição de fertilizantes.
Quanto ao nível crítico de ferro no solo ElGALA et aI. (1986), em
experimentos conduzidos em vasos com solos calcários do Egito, usando como
3
extrator o DTPA sugere o nível crítico de 3,8 mg/dm .

2.10. Manganês

É depois do ferro, o mais abundante micronutriente na crosta


terrestre.
Segundo DANTAS (1971) e MONIZ (1972), concentrações acima de
20 ppm de Mn no solo são suficientes para as plantas. Todavia, para KLANT
(1969), níveis acima de 20 ppm são tóxicos, enquanto que inferiores a 2,5 ppm
pode ser insuficientes para algumas plantas.
A maior disponibilidade de manganês ocorre na faixa de pH 5,0-6,5.
Todavia, afirmam MALAVOlTA & MURAOKA (1991), que se o pH subir acima de
6, haverá o perigo de que a deficiência possa ocorrer devido à formação de óxidos
de Mn insolúveis. A redução na disponibilidade de manganês é de 100 vezes para
aumento de uma unidade no pH do solo. Segundo os autores, desbalanços em
relação a cálcio, magnésio e ferro podem causar a deficiência de manganês.
20

Em função da baixa solubilidade do manganês em solos calcários,


FAHAD (1987) trabalhando com, o 54Mn demonstrou que o fenômeno de adsorção
química entre CaC0 3 e Mn2+ poderia explicar a baixa mobilidade do 54 Mn, e que a
adição de EDTA, como agente quelante, permitiu uma grande recuperação do
Mn+2 adicionado ao solo.
Estudando o efeito do bicarbonato e temperatura na zona da raiz
(RZD sobre a absorção de Zn, Fe, Mn e Cu em cultivares de arroz YANG et aI.
(1993) chegaram a conclusão que o bicarbonato deprimiu não só o acúmulo de
manganês na parte aérea dos cultivares de arroz susceptívois a deficiência de
zinco, como também o acúmulo de ferro.
Trabalhando com solos calcários do Egito, em experimentos
3
conduzidos em vaso ELGALA (1986) estimou em 1,2 mg/dm como nível crítico de
manganês no solo, extraído com DTPA.

2.11. Zinco

Segundo VALADARES & CATANI (1975), o material de origem é o


fator preponderante para condicionar os teores de zinco dos solos. E que os solos
derivados de rochas básicas, mais ricos em zinco, tem os teores médios
ponderados dos horizontes A e de seus perfis compreendidos entre 87 e 315
mg/dm3 ; os materiais aluviais e coluviais, 53 e 84 mg/dm3 ; os derivados de
3
sedimentos modernos, entre 29 e 65 mg/dm ; os derivados de arenito de Bauru,
3
entre 13 e 30 mg/dm ; os derivados de sedimentos modernos arenosos, entre 1 a
17 mg/dm 3 , os mais pobres em zinco.
A maior disponibilidade do zinco ocorre na faixa de pH 5,0 e 6,5.
Nos solos calcários, acredita-se que a carência de Zn seja devida ao baixo produto
de solubilidade do elemento nos complexos formados com os colóides e o
carbonato. Como no caso do manganês, a disponibilidade do zinco reduz de 100
vezes para cada acréscimo de uma unidade no pH (MALAVOLTA & MURAOKA,
1991).
Trabalhando com 20 solos calcários, YASREBI et aI. (1994)
encontrou que a quantidade trocável de Zn +2 é muito baixa, pois na maior parte o
zinco é encontrado em formas insolúveis de precipitados de oxi-hidróxidos de Fe e
21

Mn, e carbonato. Segundo os autores a adição de ZnS04 nos solos, aumenta a


2
fração carbonatada, o que causa a baixa recuperação de Zn- nos solos.
Todavia GUPTA et aI. (1987) estudando o efeito do pH sobre
reações de adsorção de zinco em solos alcalinos, indicam que o aumento no pH
do solo aumenta a carga negativa, aumentando também a permeabilidade do
zinco. Para o autor o alto pH comumente observado em solos alcalinos,
precipitam reações controlando a solubilidade do zinco.
FORNO et aI. (1975) considera que o bicarbonato tem sido o maior
causador da deficiência de zinco em arroz sobre solo calcário. Segundo o autor o
bicarbonato pode inibir absorção de zinco pelas raízes, ao imobilizar o zinco nas
raízes, inibe a translocação para a parte aérea.
Para YANG (1993), o bicarbonato decresceu as concentrações e
absorção total de zinco na parte aérea de cultivares de arroz "ineficientes-Zn", mas
não em cultivares "eficientes-Zn".
CARVALHO et aI. (1977), trabalhando com solos calcários da
microrregião de Irecê-BA, não encontrou resposta às aplicações de zinco, para
cultura do feijoeiro. Por sua vez FANNING (1985), observou não só deficiência de
zinco, como fósforo e nitrogênio em feijoeiro no Vale do Rio Vermelho de
Minnesota e North Dakota a maior área de produção de sementes de feijoeiro
comum.
SAKAL (1982) determinando nível crítico de zinco em solo e planta,
usando como extrator o DTPA em 23 solos calcários, encontrou inicialmente
correlação negativa com pH (r=-0,41*), correlação positiva com carbono orgânico
(r=0,71**) e com a concentração de zinco no tecido da planta de arroz (r=0,93**).
Já o nível crítico, concentração de zinco no solo e planta abaixo do qual a planta
3
responde a aplicação de zinco no solo 0,78 mg/dm e 19 mg/kg respectivamente.
Semelhantemente ELGALA (1986), trabalhando com solos calcários do Egito
encontrou nível crítico nestes solos de 0,70 mg/dm3 .
22

3. MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudadas amostras da superfície de quatro solos calcários,


um Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA) , Latossolo Amarelo (LA), Cambissolo
Vértico (CV) e um Cambissolo Latossólico (CL), os mais representativos da
microrregião de Irecê. As amostras foram extraídas, de O a 20 cm de
profundidade, secas ao ar até atingirem 4-6% de umidade, passadas em peneiras
com malhas de 6 mm de abertura. As subamostras foram retiradas e passadas
em peneiras com malhas de 2 mm para serem efetuadas as análises físicas,
mineralogógicas e químicas.
O estudo consistiu de uma caracterização física, mineralógicas e
química dos solos e da instalação de dois ensaios em casa de vegetação, em
3
vasos com capacidade de 1,5 dm , utilizando-se como planta teste, o feijoeiro
(Phaseolus vulgaris L.).

3.1. Localização dos Ensaios

Os ensaios foram instalados e conduzidos em casa de vegetação


no Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA, "Campus" de Piracicaba -
USP, Estado de São Paulo.
23

3.2. Caracterizações Físicas, Mineralógicas e Químicas das


Amostras

3.2.1. Análise Granulométrica

As análises granulométricas foram determinadas de acordo com o


método do densimetro, empregado no laboratório de física de solos da Escola
Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"- USP (BOYOUCOS, 1927).

3.2.2. Análise Mineralógica

A caracterização mineralógica foi realizada utilizando-se difração de


raio-X da fração argila e silte. E as lâminas para obtenção dos difratogramas da
fração argila das amostras dos solos foi tratada com potássio natural, 350°C e
550°C, como também com magnésio e magnésio-glicerol (WHITE & JACKSON,
1947 e JACKSON, 1956).

3.2.3. Análise Química dos Solos

As análises químicas iniciais foram executadas com três repetições,


sendo:

A) pH em água, KCI e CaCb - determinado em potenciômetro, com eletrodo de


vidro, empregando-se a relação terra-solução 1:2,5 (RAIJ et ai., 1987).

8) Matéria orgânica - pelo método colorimétrico (QUAGGIO & RAIJ, 1979) e da


combustão por via seca utilizando o analisador "Carmograph 12A" da H.
Wõsthoff KG.
24

C} Fósforo disponível - para melhor avaliação do fósforo disponível a extração foi


feita pelos extratores resina, Mehlich-1, Olsen e Bray-1. A extração pela resina
trocadora de íons seguiu a metodologia proposta por RAIJ & QUAGGIO (1983),
com determinação colorimétrica do complexo fosfomolibdico após redução com
ácido ascórbico. A extração por Mehlich-1, na relação solo:solução 1:10 seguiu
a metodologia proposta por THOMAS & PEASLEE (1973). A extração com
Olsen (OLSEN et aI., 1954), a relação solo:solução foi 1 :20 e o tempo de
agitação de 30 minutos, com posterior filtragem lenta. E na extração com Bray-
1, a relação solo:solução foi 1:10, com agitação por cinco minutos, procedendo-
se centrifugação a 3500 rpm, por cinco minutos e posterior filtragem, adicionou-
se uma gota de ácido sulfúrico concentrado, para diminuir o pH do extrato,
tornando-o mais límpido e favorecendo o desenvolvimento da coloração (BRA Y
& KURTZ, 1945).

O) Enxofre disponível - extraído com NH 4 0Hc 0,5N em HOAC O,25N e


determinado por turbidimetria do sulfato de Ba, conforme VITTI (1989).

E) Potássio, cálcio magnésio - extraído pelo método da resina, sendo determinado


potássio por fotômetro de chama e o cálcio e magnésio por espectrofotometria
de absorção atômica, segundo RAIJ et aI. (1987). Além desta extração, estes
cátions conjuntamente com o sódio foram extraídos pelo extrator Mehlich-1.

F) Alumínio trocável - extraído por solução 1N de KCI e titulado com solução


O,025N de hidróxido de sódio (RAIJ et ai., 1987).

3
G) Acidez potencial (H++A1 j - determinado potenciometricamente pela solução
tampão SMP (RAIJ et ai., 1987).

H} Carbonato de cálcio - determinado através de neutralização com ácido clorídrico


O,5N, usando como indicador fenolftaleina 1% em etanol de 60% e titulado com
hidróxido de sódio O,25N segundo RICHARDS, L.A. (1954).

I) Soma de bases trocáveis, (S) - soma dos teores de K, Ca, Mg e Na trocáveis.


25

J) Capacidade de troca, (n - soma de S+H++AI3+.

K) Saturação de bases, (V%) - a percentagem das bases no complexo sortivo do


solo V%= SfT.100.

L) Saturação de alumínio (m%) - a saturação de alumínio, representada por m%


3 3
foi calculada pela expressão: m% = AI +/(S+AI j.1 00

M) Cobre, ferro, manganês e zinco - foi extraído com OTPA (ácido


dietilenotriaminopentaacético) tamponado a pH 7,3 (RAIJ et a/., 1987). Como
também foi usado o extrator Mehlich-1.

N) Boro - utilizado o extrator Mehlich-1, determinando-se o boro extraído por


colorimetria com curcumina (TEDESCO et aI., 1985). Foi também usado o
extrator CaCb2H 20 0,1% com extração em banho-maria a 70°C, mantendo
inicialmente em repouso por dez minutos para aquecimento e posterior agitação
da suspensão por cinco minutos e aproximadamente 180 rpm; após um
repouso de duas horas retirou-se uma alíquota do sobrenadante para
quantificação com azometina-H (CRUZ & FERREIRA, 1984).

O)Ataque pelo ácido sulfúrico - foi utilizado 2,0 g de TFSA, 50 ml de H2S04 e


fervura durante uma hora, determinando-se teores de Si02, Ab03 e Fe203,
conforme VETTORI (1969). As relações Ki e Kr, ou seja, as relações Si02/AI20 3
e Si02/Ab03+Fe203 foram calculadas sob forma molecular.

3.3. Experimentos em Casa de Vegetação

3.3.1. Delineamento Experimental e Análise Estatística

3.3.1. 1. Estudo da relação K/(Ca+Mg)

Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, envolvendo


oito tratamentos com três repetições para o LA, CV e CL e apenas quatro níveis
de K portanto, quatro tratamentos com seis repetições para o LVA.
26

A tabela 1 mostra os níveis de K, Ca, Mg e valores da relação


Ca/Mg.

Tabela 1. Níveis de K, Ca, Mg e valores da relação Ca/Mg

Relação Níveis dos Elementos Relação


K/(Ca+Mg) K Ca Mg CalMg
Ko/(Cao+Mgo) KO Cao Mgo
K1/(Cao+Mgo) K1 Original
K21(Cao+Mgo) K2
K3/(Cao+Mgo) K3
K4/(Cao+Mg 1) K4 Cao Mg1
K5/(Cao+Mg 1) K5 3,30/1
K6(Cao+Mg 1) K6
K7(Cao+Mg1) K7

As análises estatísticas foram efetuadas com o auxílio de um


computador 486 DX 66. Foi realizada análise de variância dos dados de
produção de grãos de feijão; de matéria seca de: folhas, raízes, caules + ramos,
vagem e matéria seca total; da concentração de potássio, cálcio e magnésio na
planta; teores de cálcio e magnésio trocáveis e potássio disponível do solo.
A comparação entre as médias foi feita pelo teste de Tukey ao nível
de 5% de probabilidade.
Foram também, estabelecidas equações lineares e quadráticas
entre os valores de níveis das relações K/(Ca+Mg) no solo versus todos os
parâmetros anteriormente citados.
27

3.3.1.2. Diagnose de P, S e Micronufrienfes

Também foi utilizado o delineamento experimental inteiramente


casualizado - utilizando-se a técnica de diagnose por subtração (MALAVOLTA &
MURAOKA, 1985), envolvendo nove tratamentos com três repetições, constituídos
da seguinte maneira:
1. Adubação completa (completo)
2. Solo natural (testemunha)
3. Adubação completa com a omissão de fósforo (-P)
4. Adubação completa com a omissão de enxofre (-S)
5. Adubação completa com a omissão de boro (-8)
6. Adubação completa com a omissão de cobre (-Cu)
7. Adubação completa com a omissão de ferro (-Fe)
8. Adubação completa com a omissão de manganês (-Mn)
9. Adubação completa com a omissão de zinco (-Zn)

Cada parcela foi constituída por um vaso com dreno. Sendo


realizada análise de variãncia de produção de grãos de feijão; de matéria seca de:
folhas, raízes, caule+ramos, vagem e matéria total; teores de P, K, Ca, Mg, S, 8,
Cu, Fe, Mn e Zn na planta e no solo.
A comparação entre as médias foi feita pelo teste de Tukey ao nível
de 5% de probabilidade.

3.3.2. Instalação e Condução dos Experimentos

3.3.2.1.Estudo da Relação K/(Ca+Mg)

As amostras do solo para o cultivo do feijoeiro foram divididas em


subamostras correspondentes ao volume do vaso (1,5 dm\ Utilizaram-se vasos
com dreno, onde as subamostras juntamente com os teores de potássio e
28

magnésio nas doses desejadas contidas na (tabela 2), foram incubadas,


mantendo-se a umidade em torno de 80% da capacidade de campo por um
período de 30 dias.
As doses de potássio a serem atingidos para os solos LVA e LA
foram calculadas em função dos teores iniciais de potássio, cálcio e magnésio
(tabela 3), e para os solos CV e CL foi calculado em função da percentagem na
CTC dos solos, 2, 4 e 5% de T e 4, 5 e 6% de T, respectivamente.
As doses de magnésio para o LA, CV e CL foram determinadas com
o intuito de baixar a relação Ca/Mg para 3,30, relação semelhante a relação
original do LVA (tabela 3).
Após o período de incubação, o solo de cada vaso foi removido,
destorroado, homogeneizado e coletadas amostras de terra para análise química.
Em seguida, foram feitas adubações de plantio segundo MALAVOLTA &
3
MURAOKA (1985) com 200 mg/dm de N dividido em quatro aplicações iguais; 200
3 3
mg/dm 3 de P; 30 mg/dm de S e 1; 2; 30; 15; 0,1 e 4 mg/dm de 8; Cu; Fe; Mn; Mo
e Zn respectivamente.
No dia seguinte, foram semeadas no solo seis sementes de feijão
por vaso e foi efetuado o desbaste sete dias após a emergência, deixando-se
duas plantas por vaso.
Os vasos foram irrigados diariamente com água destilada,
procurando-se manter o teor de umidade próximo à capacidade de campo.
Efetuou-se, periodicamente, o rodízio dos vasos.
A colheita foi realizada 40 dias após a semeadura, fazendo-se o
corte rente ao solo e acondicionando-se o material vegetal em sacos de papel. O
material vegetal foi posto para secar em estufa de ventilação forçada a 75°C, até
peso constante.
Após seco e pesado, o material vegetal foi moído em moinho do tipo
Wiley e, posteriormente, mineralizado e analisado.
29

Tabela 2 . Percentagem de saturação de potássio na CTC, níveis de potássio a ser


3
atingidos (mmol c/dm ) e quantidades de potássio e magnésio adicionadas em
função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no LVA, LA, CV e CL.

Relação %Kna mmol cKldm3 mmolc Kldm 3 mmol c Mgldm 3 gKCl/vaso g MgCl:Jvaso
CTC a ser a ser a ser a ser a ser a ser
KI~Ca+Mgl atingida atingido adicionado adicionado adicionado adicionado
Latossolo Vermelho Amarelo
116,5 12,17 17,00 0,00 0,00 0,000 0,00
115,5 14,39 20,10 3,10 0,00 0,345 0,00
114,5 17,61 24,60 7,60 0,00 0,849 0,00
113,5 22,62 31,60 14,60 0,00 1,631 0,00
Latossolo Amarelo
117,7 9,90 10,40 0,00 0,00 0,000 0,00
1/6,7 11,43 12,00 1,60 0,00 0,179 0,00
115,7 13,43 14,10 3,70 0,00 0,414 0,00
114,7 16,29 17,10 6,70 0,00 0,748 0,00
1/8,4 9,90 10,40 0,00 7,40 0,000 1,128
117,4 11,33 11,90 1,50 7,40 0,167 1,128
116,4 13,05 13,70 3,30 7,40 0,369 1,128
115,4 15,43 16,20 5,80 7,40 0,648 1,128
Cambissolo Vértico
11137,3 0,70 2,80 0,00 0,00 0,000 0,00
1148,0 2,01 8,00 5,20 0,00 0,581 0,00
1/24,2 3,99 15,90 13,11 0,00 1,464 0,00
1/19,3 5,00 19,90 17,10 0,00 1,911 0,00
11170,6 0,70 2,80 0,00 93,50 0,000 14,256
1148,8 2,46 9,80 7,00 93,50 0,782 14,256
1124,4 4,93 19,60 16,80 93,50 1,877 14,256
1/19,5 6,15 24,45 21,70 93,50 2,426 14,256
Cambissolo Latossólico
1/32,9 2,39 3,70 0,00 0,00 0,000 0,00
1/19,6 4,01 6,20 2,50 0,00 0,279 0,00
1/15,8 4,98 7,70 4,00 0,00 0,447 0,00
1/13,1 6,01 9,30 5,60 0,00 0,626 0,00
1/35,8 2,39 3,70 0,00 10,80 0,000 1,646
1/20,1 4,27 6,60 2,90 10,80 0,324 1,646
1/16,2 5,30 8,20 4,50 10,80 0,503 1,646
1/13,4 6,40 9,90 6,20 10,80 0,693 1,646
30

Tabela 3. Valores médios de potássio, cálcio e magnésio (mmolc/dm\ relações Ca/Mg


K/(Ca+Mg) e percentagem de potássio, cálcio e magnésio na CTC dos solos
estudados

Solo K Ca Mg Relação Relação K Ca Mg


CalMg K/(Ca+Mg)
mmoljdm3 %CTC

LVA 17,00 84,70 26,00 3,30 1/6,5 12,17 60,63 18,61


LA 10,04 67,30 13,00 5,18 1/7,7 9,90 64,10 12,38
CV 2,80 366,70 17,60 20,84 1/137,3 0,70 92,20 4,43
CL 3,70 101,70 20,00 5,09 1/32,9 2,39 65,74 12,93
31

3.3.2.2. Diagnose de P, Se Micronuirienies

A instalação, adubação de plantio e condução do ensaio foi


semelhante a do ensaio do estudo da relação K/(Ca+Mg). Neste caso, entretanto,
nos tratamentos a omissão de um nutriente implicou na completa ausência desse
na adubação de plantio.
A diferença básica neste ensaio foi a incubação dos solos, onde as
doses de potássio e magnésio foram definidas em função da produção de grãos e
de matéria seca total do ensaio relação K/(Ca+Mg) (tabela 4).

3
Tabela 4. Doses de potássio e magnésio em mmol/dm e de KCI e MgCb em
g/vaso usadas na incubação do ensaio.

Solo relação K Mg KCI MgCb


K/(Ca+Mg)
3
-------mmol c /dm --------- --------g/vaso----------
LVA 1/6,86 14,60 1,631
LA 1/10,26 5,80 7,40 0,648 1,128
CV 1/377,51
CL 1/51,83 4,50 10,80 0,503 1,646

Durante a condução do ensaio, foram feitas semanalmente


aplicações de inseticida organofosforado DDVP-500, com o intuito de evitar o
ataque do virus mosaico dourado (VMD), em razão de existir na casa de
vegetação plantas hospedeiras; mesmo assim no final do ciclo, as plantas
apresentaram-se afetadas.
32

3.3.3. Análise Química dos Solos

3.3.3.1.Estudo da Relação K/(Ca+Mg)

Coletaram-se amostras de terra antes da adubação de plantio e


após a colheita e foram determinados os teores de potássio, cálcio e magnésio,
usando como extrator a resina trocadora de íons, como citado anteriormente
(quadro 5).
Com estas amostras também foram determinados valores de
potencial potássio-cálcio-magnésio, segundo FASSBENDER & LAROCHE (1968).
O potencial de potássio em relação ao potencial de cálcio mais
magnésio foi expresso em função do logarítmo inverso das atividades iônicas
(FASSBENDER,1972).

Potencial de potássio = pK - O,5p (Ca+Mg)

A atividade do ion (K, Ca, Mg) foi calculada em função da


concentração analítica (mi) versos o coeficiente de atividade do ion na solução (f)

a =f.mi

Os coeficientes de atividade (f) foram calculados pela equação de


Debye-Huckell

2
log f = _ A Zi .JU
1+ d8.JU

A e B - são constantes cujos valores dependem da natureza do solvente e da


temperatura;
Zi =representa o número de oxidação do ion;
d - raio iônico efetivo do ion;
u - força iônica da solução.
33

Tabela 5. Valores médios de potássio, cálcio e magnésio (mmolcldm\ relações Ca/Mg e


K/(Ca+Mg) atingidos para os solos LVA, LA, CV e CL.

K/(Ca+Mg) ------------------~Olcl~3------------- K/(Ca+Mg)

a ser K Ca Mg CaIMg
atingida atingida
Latossolo Vermelho Amarelo
116,5 12,43 127,67 22,54 5,66 1112,11 (0,083)
1/5,5 13,17 123,67 21,88 5,65 1/11,05 (0,090)
1/4,5 15,42 120,53 21,93 5,50 119,24 (0,108)
1/3,5 19,56 112,33 21,87 5,13 1/6,86 (0,145)
Latossolo Amarelo
117,7 7,31 83,26 13,36 6,23 1113,22 (0,076)
116,7 7,80 81,93 13,54 6,03 1/12,25 (0,082)
115,7 8,65 81,33 13,14 6,19 1/10,92 (0,092)
1I4~7 11,09 83,67 13,92 6,01 1/8,80 (0,114)
1/8,4 6,09 83,87 20,26 4,14 1/17,10 (0,058)
117,4 7,55 81,13 21,48 3,78 1/13,59 (0,074)
116,4 8,04 79,86 20,26 3,94 1/12,45 (0,080)
1/5,4 9,63 78,20 20,60 3,80 1/10,26 (0,097)
Cambissolo Vértico
1/137,3 1,15 414,66 19,48 21,29 1/377,51 (0,003)
1/48,0 1,78 412,66 18,48 22,33 1/242,21 (0,004)
1124,2 3,27 465,33 18,59 25,03 1/147,99 (0,007)
1119,3 4,26 460,00 18,26 25,19 11112,27 (0,009)
11170,6 1,04 412,66 77,93 5,30 11471,72 (0,002)
1148,8 2,23 435,33 90,18 4,83 1/235,65 (0,004)
1/24,4 2,56 458,66 83,50 5,49 1/211,78 (0,005)
1119,5 4,72 409,33 77,93 5,25 11103,23 (0,010)
Cambissolo Latossólico
1132,9 1,87 127,00 19,21 6,61 1/78,19 (0,013)
1/19,6 2,76 131,67 20,04 6,57 1154,73 (0,018)
1/15,8 3,50 130,83 20,04 6,53 1/43,11 (0,023)
1113,1 4,03 131,50 20,32 6,47 1/37,67 (0,027)
1135,8 1,94 128,83 26,72 4,82 1/80,18 (0,012)
1120,1 3,13 130,50 28,95 4,51 1/50,94 (0,020)
1/16,2 3,03 129,50 27,56 4,70 1151,83 (0,019)
1113,4 3,90 132,67 27,56 4,81 1/41,08 (0,024)
34

A força iônica da solução foi calculada pela seguinte equação:

i=n . 2
.L mlZi
1=1

3.3.3.2.Diagnose de p. S e Micronufrienfes

Com as amostras de solo coletadas antes da adubação de plantio e


após o cultivo, foram determinados os teores de:

1. P disponíveis (extrator Resina e Olsen)


2. K/Ca, Mg trocáveis (extrator resina)
3. S disponíveis (extrator NH 4 0Ac em HOAc)
4. Cu, Fe, Mn, Zn (extrator DTPA)
5. 8 (extrator CaCb 2H 2 0 0,1%)

3.3.4. Análise Química do Material Vegetal

3.3.4.1.Estudo da Relação K/(Ca+Mg)

Foram feitas as determinaçôes analíticas de potássio, cálcio e


magnésio nas folhas na floração e no final do ciclo da cultura e nos grãos do
feijoeiro segundo técnica descrita por MALAVOLTA (1964).
35

3.3.4.2. Diagnose de P, S e Micronutrientes

o teor e acumulação de fósforo, potássio, enxofre, cálcio, magnésio,


boro, cobre, ferro, manganês e zinco nas folhas do feijoeiro (na floração) e nos
grãos foram determinadas pelo plasma, com a mineralização feita via úmida, por
digestão nítroperclórica, adicionando-se 5 ml HN0 3 concentrado e 1,3 ml HCI04
concentrado para 0,5g de material seco.
36

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Características Físicas, Mineralógicas e Químicas dos


Solos

Os resultados apresentados neste ítem, serviram de orientação para


definição da adubação e dos tratamentos dos ensaios conduzidos. Em função da
falta de informação na área de química e fertilidade dos solos calcários da
microrregião de Irecê-BA, estes resultados também serviram para avaliação inicial
da sua fertilidade, uma vez que ainda não foram estabelecidos critérios para
análise dos solos desta região semi-árida baiana, nem tão pouco critérios para
interpretação de resultados de análises de solo e recomendação de adubação.

4.1.1. Análises Granulométricas

A análise granulométrica (tabela 6) mostra que o Latossolo


Vermelho amarelo (LVA) e o Latossolo Amarelo (LA) apresentam a classe textural
argilosa. Já o Cambissolo Vértico (CV) e o Cambissolo Latossólico (CL)
apresentam classe textural muito argilosa. Com o aumento do teor de argila
nestes dois últimos solos, ocorre aumento na superfície de adsorção,
consequentemente fenômenos relacionados à retenção de umidade e a adsorção
de fósforo tendem a aumentar.
Pela tabela 6 nota-se também, que as percentagens do grau de
floculação são inversamente oproporcionais as variações de argila em água.
Segundo CUNHA (1992) nos solos tropicais (muito evoluidos), o ferro, na forma
fé rrica , junto com os minerais de argila caoliníticos, formam microagregados
bastante estáveis. Nestas circunstâncias, a argila natural é baixa, sendo alto o
37

grau de floculação. O grau de floculação do Cambissolo Vértico, de 84%, indica


boas condições de estrutura do solo e resistência à erosão, devido a grande parte
de argila encontrar-se f1oculada.

Tabela 6. Análise granulométrica 1 das amostras dos solos estudados

Solo Areia Argila


J
Floculação Classe Textura!
MG G M F MF Total Sitte Total Agua
----------------%------ ------
lVA 11 13 3 27 22 51 32 38 argilosa
LA 1 27 15 3 46 10 45 25 44 argilosa
CV 4 8 2 14 22 64 10 84 muito argilosa
Cl 4 13 4 21 16 62 23 63 muito argilosa

1 Metodologia: Método do densimetro - Análise realizada pelo Laboratório de Física do Solo do


Departamento de Solo da ESALQ - Piracicaba-SP
• Classe de diâmetro (mm):
• = = =
Com cinco frações de areia: muito grossa 2-1; grossa 1-0,5; Média 0,5-0,25; Fina 0,25-0,10;=
= = =
Muito Fina 0,10-0,05; Total 2-0,05; silte 0,05-0,002; Argila total <0,002; argila H20 < 0,002
• Com duas frações de areia: grossa = 2-0,25; Fina = 0,25-0,05
• Classe de Textura: até 14% - arenosa; 15 a 24% - média-arenosa; 25-34% - média argilosa; 35-57%
- argilosa; 60% ou superior - muito argilosa

4.1.2. Análises Mineralógicas

O difratograma da fração silte dos solos estudados, acusou a


ocorrência de minerais feldspatos, plagioclasio e pirofilita, com exceção do
Cambissolo Latossólico (CL) que não registrou a presença de plagioclásio (tabela
7). Os minerais foram identificados pelos seus picos: feldspatos (4,19; 4,15; 4,11;
3,77; 3,67; 3,65; 3,42; 3,27; 2,92 e 2,52 AO); plagioclásio (3,20; 3,18; 2,86; 1,96 e
1,95 AO) e pirofilite (2,44; 2,42; 2,26; 2,25; 2,23; 2,22; 2,21; 2,15; 2,11; 1,80; 1,66 e
1,65 AO) (Figuras 1,2,3 e 4). Os picos 4,19 AO, 4,15Ao, 4,11 AO e 3,27Ao
evidenciam uma nítida dominância dos minerais de feldspatos.
Vale ressaltar serem os feldspatos fonte de potássio, plagioclásio
fonte de sódio e cálcio e a pirofilita fonte de alumínio.
38

1.66 J(

2.42 A

2..21.

3.42Ã"

, , " i i ., " , i
36' 10 21 2627283031 35 37 40 43 46 50 55 S09

Figura 1. Difratograma de raio X da fração silte do Latossolo Vermelho Amarelo


39

4.19 /f 3.27/f

2.42 Jf

2.26Jf

1.66 AO
3.20N'


30
i
10
.,
2021
,
24
.
27 ~o
i
60

Figura 2. Difratograma de raio X da fração silte do Latossolo Amarelo


40

2.42 AO

2.23.( 2.11 AO

2.21 1.95 AO
1.661f

i , , i , 'i i i , i
10 21 24 27 37 40 42 46 50 55 60e

Figura 3. Difratograma de raio X da fração silte do Cambissolo Vértico


41

3.27A

2.11 AO

1.66 AO
2.2Â

, , , , i" , , ,
3& 10 21 24 27 36 3940 42 50 55 60 e"

Figura 4. Difratograma de raio X da fração silte do Cambissolo latossólico


42

Tabela 7. Composição mineralógica qualitativa das amostras do LVA, LA, CV e CL


estudados
SOLO
Minerais LVA LA CV CL

Silte Feldspato Feldspato Feldspato Feldspato


Plagio clá sio Plagioclásio Plagioclásio Pirofi1ita
Pirofi1ita Pirofi1ita Pirofilita

Argila Caulinita Caulinita Montmorilonita Caulinita


Vermiculita Vermiculita Vermiculita Vermiculita
Mica Mica Mica Mica
Gibbsita Gibbsita Caulinita Gibbsita
Quartzo Quartzo Quartzo Quartzo

Os feldspatos e os plagioclásios geram os produtos:

1. Bases solúveis KOH, Ca(OHh, NaOH que, ou se perdem por lixiviação ou são
absorvidos pelos vegetais, ou são adsorvidos ao complexo do solo.
2. Bases insolúveis, Ca(OHh, formando CaC0 3 .
3. Forma ácido silícico, que se perde na drenagem, se o meio for alcalino, ou
então, aí permanece, se este for ácido.
Apesar da pirofilita ser fonte de alumínio, provavelmente a não
presença de alumínio nas análises químicas dos solos, seja em função do pH dos
solos encontra-se em torno de 7,0 onde não ocorre alumínio solúvel.
REZENDE (1982) chama atenção que é na fração grosseira, silte e
areia, que se encontra os minerais capazes de fornecer, após intemperização,
nutrientes para as plantas. Em razão disto, pela análise mineralógica da fração
silte, pode-se, pelos minerais encontrados, ter uma boa idéia do potencial do solo
em fornecimento de nutrientes.
Os difratogramas da fração argila da amostra do Latossolo
Vermelho Amarelo (LVA) , Latossolo Amarelo (LA) e Latossolo Cambissólico (CL)
apresentam semelhança em termos qualitativos (tabela 7). Possivelmente a
43

caulinita é o mineral predominante em termos quantitativos, pois apresentou os


maiores picos (figuras 5, 6 e 8). No difratograma do Cambissolo Vértico (CV) e
montmorilonita apareceu com os maiores picos, o que provavelmente indica sua
predominância (figura 7), não aparecendo neste solo a gibbsita (tabela 7). Os
picos que identificaram os minerais foram: Caulinita (7,13; 7,08; 4,56; 4,43; 3,56;
3,53 AO), montmorilonita (17,0 e 12,1 AO), vermiculita (14,2; 14,0; 13,8; 13,1 e 12,6
AO), mica (10,5; 10,4; 10,0; 9,82; 9,72; 5,0; 4,98; 4,92 AO), gibbsita (4,90; 4,87;
4,84; 4,43; 4,39; 4,37; 4,34 AO), quartzo (4,23; 4,21 AO).
Trabalhando com solos descarbonatados do calcário bambuí da
região de lrecê, SANTOS (1976) constatou que estas rochas, quando dissolvidas,
liberam uma quantidade importante de argila-minerais 2: 1, o que explica a
presença da montmorilonita, vermiculita e mica no LVA e LA que são derivados do
mesmo material calcário. Afirma ainda o autor que a atual mineralogia das argilas
destes solos é função do processo evolutivo (monossialitização), aos quais estes
solos foram submetidos. Segundo FORTUNATO (1982), em função dos
Cambissolos apresentarem uma pedogênese mais incipiente, tem a sua
mineralogia muito mais próxima dos argilo minerais contidos no calcário.
44

I
I K 550 °C

K 350 °c Mg Glicol

3.32A"
3.5

3.53~

IO.OO~
4.23A"

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O
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..,
O

Figura 5. Difratograma de raio X da fração argila do Latossolo Vermelho Amarelo


45

Mg Glicol

3.56 If

4.231f 4.211f
4.391f
4.371f Mg
K 25 °c

I' , i
• i i ,, , , i , •
4) 4)
.... co 0 - .... li>
<D 0 -
NN ..,
O .., <D <DO>
-- NN
It)
N N ..,
O

Figura 6. Difratograma de raio X da fração argila do Latossolo Amarelo


46

550°C

Glicol
3.32 AO

3.561\"

3.561\" 10.41\"

4.23.4'

, , • • • ..
• ,.,!I>• CO
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Il'l
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t- li> CD N
h
t-al 0-
NN
Il'lcot-
NNN
CI)
NN N N
,.,
O ,.,O

Figura 7. Difratograma de raio X da fração argila do Cambissolo Vértico


47

K 550°C

K 350°C Glicol

IO.4AO
14.0.<'
3.32.«'

i , " ,, li,
<O Q)
..,m <O <001
..,
O

Figura 8. Difratograma de raio X da fração argila do Cambissolo Latossólico


48

4.1.3. Análises Químicas

Seguindo a Recomendação de Adubação e Calagem para o Estado


de São Paulo (1985), observa-se na tabela 8 que, para a determinação do pH em
Cacb , os solos LVA, LA, CV e CL apresentaram acidez muito baixa. No pH em
água segundo a Comissão Estadual de Fertilidade do Solo do Estado da Bahia
(1989), o CL apresenta uma acidez fraca, o LA alcalinidade fraca, aLVA
alcalinidade média e o CV uma alcalinidade elevada. Os valores de L1pH de
ambos os solos são negativos, o que sugere solos mais novos, onde há
predominância de carga elétrica líquida negativa.
Os teores de matéria orgânica encontrados no LVA, LA e CL são
considerados médios, e o valor encontrado no CV é classificado como alto. Este
valor mais alto, possivelmente, é favorecido pela textura muito argila (com 64% de
argila total) e segundo EVANS & RUSSEL (1959) pela ação estabilizante
provocada principalmente pelo maior teor de cálcio encontrado no Cambissolo
Vértico.
Os valores de fósforo extraídos pelo extrator resina (tabela 8) são
considerados baixo no CV, médio no LA e alto no LVA e CL. Segundo THOMAS &
PEASLEE (1973), para o extrator Mehlich o fósforo disponível é médio no LA e
considerado alto para aLVA, CV e CL; no extrator Olsen os valores são altos para
todos os solos, todavia para extrator Bray 1 os teores são considerados baixos
para os solos LVA, LA e CV e médio para o CL. Vale ressaltar, que o Cambissolo
Vértico (CV), apareceu como teores baixo de fósforo para o extrato r resina e Bray
1 e como teores altos para os extratores Mehlich e Olsen, segundo THOMAS &
PEASLEE (1977) e OLSEN & KHASAWNEW (1980) isto acontece em virtude da
ação dos diferentes extratores sobre as formas de fósforo presentes nos solos.
Através da tabela 7 verifica-se que na fração argila o CV foi o único solo a não
acusar a presença da gibbsita, AI(OHh ' que tem um alto poder adsorvente, o que
também pode ter influenciado na ação dos extratores.
49

Tabela 8. Características químicas das amostras dos solos


estudados

Características Químicas Solos


LVA LA CV CL
pH em água (1:2,5) 7,9 7,3 8,2 6,7
pH em KCI (1 :2,5) 6,9 6,5 7,2 5,4
pHemCaCh(1:2,5) 6,5 6,4 7,3 5,7
A pH -1,0 -0,8 -1,0 -1,3
MO (g/dm 3)<1) 25,0 20,7 31,7 23,0
MO )g/dm3)(2) 25,2 20,6 34,9 24,3
P-resina (mg/dm3) 46 30 8 52
P-Mehlich (mg/dm3) 60 36 47 59
P.;.Olsen (mg/dm31 47 34 13 79
P-Bray 1 \mWdm ) 14 11 1 19
S (mgfdm )(3 14 14 10 8
K-resina (mmolcfdm3)(4) 17,00 10,40 2,80 3,70
K.;.Mehlich (mmolcldm3) 12,67 8,09 2,90 2,92
35
Na-Mehlich (mmOlc!dm / ) 1,1 0,6 1,5 0,6
Ca-'resina (mmolcfdm 3)< ) 84,70 67,30 366,70 101,70
Ca.,Mehlich (mmOlcfdm3~ 60,36 38,86 258,26 82,66
Mg-resina (mmolcfdm3)< ) 26,00 13,00 17,60 20,00
3
Mg-Mehlich (mmol c/dm ) 28,70 15,56 27,23 22,13
3
AI. (mmolc/dm )(8) 0,00 0,00 0,00 0,00
H++Ar+ (mmolcldm3)(9) 12 14 10 29
CaC0 3 (equivalente %) (10) 0,99 0,77 2,40 0,91
S (mmolcfdm3){11) 128,8 91,3 388,6 126,00
T (mmolcfdm3)(12) 140,8 105,3 398,6 155,00
V (%) (13) 91,48 86,70 97,49 81,29
m (%) (14) O O O O
Si0 2 (%) 13,8 12,7 17,6 17,4
Ah03 (%) 12,0 11,5 11,8 14,6
F~03 (%) 4,6 3,0 6,3 6,4
n02 (%) 0,29 0,31 0,27 0,39
Ki (15) 1,95 1,88 2,53 2,03
Kr (16) 1,57 1,61 1,89 1,58
(1) Método colorimétrico (Quaggio e Raij, 1979)
(2) Método combustão por via seca do "Carmograph 12A" da H. W6sthoff KG.
(3) Extrator NH 40AC 0,5N em HOAC 0,25N
(8) Alumínio trocável - extrato r KCI 1N (RAIJ et aI., 1987)
(9) Acidez potencial- solução tampão SMP (RAIJ et aI., 1979)
rOl Neutralização com HCI (RICHARDS, 1954)

r11) Soma de bases trocáveis (4+5+6+7)


2) Capacidade de troca de cátions (S+H+Al 3+)
13) Saturação de bases (Srr.100)
(14) Saturação de alumínio (Al 3+j(S+Al 3+).10Q)
(15) Relação molecular Si02/Al203
(16) Relação molecular Si02/(Al203+F~03)
50

Os valores de enxofre disponível (tabela 8) do LVA e LA são


ligeiramente superiores aos encontrados no CV e CL. e em ambos os solos
superiores ao nível crítico encontrado por KILMER & NEARPASS (1960) que foi
° 3
de 1 mg/dm usando o extrator NaHC0 3 pH 8,5 para solos calcários dos Estados
Unidos, tendo como planta indicadora o algodoeiro, como também ao nível crítico
3
de 2 mg/dm encontrado por VITTI et aI. (1982) em solos do Estado de São Paulo,
usando como extrator NH 4 0AC 0,5N em HOAC O,25N e o feijoeiro como planta
indicadora.
Os valores da soma de bases (S) como pode visualizar-se na tabela
8 encontram-se altos em todos os solos. Os teores de potássio trocável são
considerados muito altos para o LVA e LA, alto para o CL e médio para o CV.
Cálcio e magnésio trocáveis podem ser considerados muito alto e alto
respectivamente para todos os solos. As quantidades de sódio do solo LVA e CV
são o dobro do LA e CL e para ambos os solos os valores muito próximos dos
encontrados por CUNHA (1992) nos mesmos tipos de solos. As percentagens de
potássio, cálcio, magnésio e sódio respectivamente na soma de bases para o LVA
são: 13,20; 65,76; 20,19 e 0,85%; no LA 11,39; 73,71; 14,24 e 0,55%; no CV 0,72;
94,36; 4,53 e 0,39% e para CL 2,94; 80,71; 15,87 e 0,48%. Em todos os solos
observa-se no equilíbrio de bases uma predominância de Ca++ > Mg++ > K+ > Na+.
Segundo BOYER (1971), nos solos relativamente bem dotados em bases,
carências de potássio aparecem com o teor de K inferior a 2% da soma das bases
trocáveis, nesta situação, apenas no CV apresenta a percentagem de potássio
3
abaixo de 2% da soma de bases, todavia, o teor de 2,8 mmolldm de K trocável no
3
CV esta acima do nível crítico de potássio no solo de 2,0 mmol/dm tendo como
planta indicadora o feijoeiro (van RAIJ, 1974).
A saturação de bases segundo a Recomendação de Adubação e
Calagem para o Estado de São Paulo (1985), é considerada alta para os solos LA
e CL e muito alta para LVA e CV.
Pela tabela 8 verifica-se que não foi detectado alumínio trocável
pela metodologia empregada nos solos estudados, o que induz a uma nula
saturação de alumínio, reflexo do alto teor de bases trocáveis.
A acidez potencial foi maior no CL que nos demais solos, tabela 8,
mostrando com isto, a maior presença de cargas dependentes de pH.
51

Os valores da CTC ou valor T são considerados altos para todos os


solos, apresentando as seguintes percentagens de potássio, cálcio, magnésio,
sódio e H+AI respectivamente: LVA - 12,07; 60,16; 18,47; 0,78 e 8,52%. LA - 9,88;
63,91; 12,35; 0,57 e 13,30%. CV - 0,70; 92,00; 4,42; 0,38 e 2,51%, CL - 2,39;
65,61; 12,90; 0,39 e 18,71%. Observa-se no equilíbrio de bases para o LVA uma
predominância de: Ca++ > Mg++ > K+ > (H++AI++) > Na; para o LA e CL Ca++ >
(H++AI++) > Mg++ > K+ > Na+ e no CV Ca++ > Mg++ > (H++AI++) > K+ > Na+.
A participação efetiva de (H++AI++) na CTC sugere que as cargas
negativas estão sendo ocupadas por ions de hidrogênio ligados covalentemente,
mostrando o potencial de cargas dependentes de pH destes solos.
Os teores de carbonato de cálcio são baixos e o solo CV que
apresenta o maior teor, é também o que possui 94,36% de cálcio na soma de
bases e 92,00% na CTC.
A relação molecular sílicaJalumina (Ki) foi estabelecida para avaliar o
grau de evolução dos solos, bem como o tipo de alteração que foi submetido
(tabela 8). Pelos valores de Ki, de acordo com VERDADE (1975), pode-se inferir
que o tipo de argila predominante no Latossolo Vermelho Amarelo (LVA) ,
Latossolo Amarelo (LA) e Cambissolo Latossólico (CL) é do tipo 1:1 (caulinita) com
prsença de hidróxido de alumínio livre (gibbsita), e no Cambissolo Vértico do tipo
2:1 sem presença de gibbsita. A relação molecular sílica/alumina (Ki) serão tanto
menores quanto mais avançado for o estágio, de meteorização do material. Vale
ressaltar, que as conclusões tiradas da relação Ki estão de acordo com as
conclusões extraídas do difratograma de raio-X (tabela 7) e (figuras 11, 12, 13 e
14).
Pela tabela 9 observa-se que os extratores comportaram-se
diferentemente quanto à capacidade de extrair os micronutrientes do solo. O
extrator Mehlich extraiu mais boro, ferro, manganês e zinco e menos cobre. Os
maiores valores extraídos pelo Mehlich, podem ser explicados por ser o extrator
ácido suficientemente enérgico, acidificando o solo durante o período de agitação,
provocando a solubilização dos micronutrientes (BATAGLlA & RAIJ, 1989).
CAMARGO et ai. (1982) verificaram que o extrato r DTPA
discriminava o efeito do pH sobre a disponibilidade de micronutrientes no solo,
enquanto o extrator Mehlich não conseguia discriminar o efeito da elevação do pH
para cobre, ferro, manganês e zinco. Além deste trabalho, outros autores
52

encontraram vantagens do extrator DTPA (solução complexante) sobre o extrator


Mehlich (solução ácida) (MURAOKA et ai., 1983 a, b; RIBEIRO & TUCUMANGO
SARABIA, 1984). A literatura sugere portanto, ser o extrator DTPA o mais
conveniente para os micronutrientes acima citados.
BATAGLlA & RAIJ (1989), em testes conduzidos com B, mostraram
que os coeficientes de correlação entre os teores no solo e a absorção pela planta
de girassol foram maiores para água quente e solução de CaCI2 O,01M a quente
do que para o extrator Mehlich, o que também sugere serem os resultados de boro
extraído com CaCb os mais adequados neste caso.

3
Tabela 9. Resultados de análise química de micronutrientes (mg/dm ) das
amostras dos solos estudados

Características Químicas Solos


LVA LA CV CL
B(1) 1,82 1,34 2,37 1,04
B(2) 0,60 0,57 0,45 0,40
CU(1) 0,90 0,50 0,43 1,13
CU<3) 1,16 0,87 1,07 1,45
Fe(1) 9 6 8 12
Fe(3) 6 5 7 18
Mn(1) 231 239 113 77
Mn(3) 27 31 14 68
Zn(1) 3,53 3,43 2,13 3,90
Zn(3) 0,99 0,89 0,59 1,13
(1.) extrator - HCI 0,05N + H2 S04 0,25N
(2)
- extrator - CaCh 2H20 0,1 %
(3) extrator DTPA (ácido dietilenotriaminopentacético)
53

4.2. Estudo da Relação K/(Ca+Mg) no Solo

No Latossolo Vermelho Amarelo (LVA) verifica-se o estudo de


quatro relações K/(Ca+Mg), e no Latossolo Amarelo (LA), Cambissolo Vértico (CV)
e Cambissolo Latossólico (CL) oito relações em cada solo, sendo as quatro
primeiras relações atingidas apenas com a adição de potássio e as quatro últimas
com a utilização de potássio e magnésio, provocando com isto, uma mudança na
relação Ca/Mg dos solos (tabela 5).

4.2.1. Produção de Grãos e Matéria Seca, Teores e Conteúdos


de K, Ca, Mg, nas folhas, e nos Grãos do Feijoeiro em
Função das Relações K/(Ca+Mg) Aplicadas nos Solos

4.2. 1. 1. Produção de Grãos e Matéria Seca

Na tabela 10, considerando-se o ensaio como um todo, em média, a


produção de grãos, matéria seca de: folhas, raízes, caule + ramos, vagem e total,
não apresentam diferenças significativas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Para o Latossolo Vermelho Amarelo observa-se uma ligeira
tendência de aumento na produção de grãos na relação 1/11,05, diminuindo com
o aumento da relação K/(Ca+Mg) no solo. Ainda neste mesmo solo, na mais alta
relação 1/6,86, ocorreu a maior produção de matéria seca total, que diferiu na
produção da relação 1/12,11 pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Pela tabela 10 vê-se também no Latossolo Amarelo, apesar de não
apresentar diferenças significativas, um aumento na produção de matéria seca
total nas quatro últimas relações K/(Ca+Mg) (1/17,10; 1/13,59; 1/12,45; 1/10,26),
quando se abaixou a relação entre Ca e Mg, com adição de magnésio.
No Cambissolo Vértico (tabela 10), a maior produção de grãos
ocorreu na relação K/(Ca+Mg) 1/377,51. originária do solo, vale ressaltar, que este
54

solo possui o mais baixo teor de potássio trocável em relação aos demais (tabela
8), sendo calssificado segundo a Recomendação de Adubação e Calagem para o
Estado de São Paulo, como teor médio, apresentando 0,72% de K na soma de
bases, abaixo dos 2% que segundo SOYER (1971), aparecem carência de K.
3
Todavia, é importante citar que o teor de 2,8 mmolldm de K trocável encontrado
no CV, está acima do nível crítico de K no solo segundo RAIJ (1974), para cultura
do feijoeiro.
Analisando ainda a tabela 10, percebe-se no Cambissolo
Latossólico uma ligeira tendência de aumento na produção de grãos nas quatro
últimas relações K/(Ca+Mg), onde se abaixou a relação entre Ca e Mg com adição
de magnésio, cuminando a maior produção de grãos na mais alta relação
K/(Ca+Mg) (1/41,08).
55

Tabela 10.Valores médios de produção de grãos e acúmulo de matéria seca nas folhas,
raízes, caule + ramos, vagens debulhadas e total (g/vaso), para cultura do
feijoeiro, em função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas no LVA, LA, CVe CL.

Relações Caule
Grãos Folha Raízes + Vagem Total
KI~Ca+Mgl Ramos

Latossolo Vermelho Amarelo


1/12,11 14,38 a 9,71 a 0,88 a 7,95 a 3,47 b 36,26 b
1/11,05 16,16 a 9,14 a 1,20 a 10,24 a 4,34 b 43,33 ab
1/ 9,24 15,91 a 9,41 a 1,26 a 12,49 a 4,48 b 41,29 ab
1/ 6,86 14,38 a 11,26 a 1,82 a 13,08 a 6,47 a 49,71 a
C.V.(%) 18,78 16,16 39,98 37,37 25,86 19,15

Latossolo Amarelo
1/13,22 16,20 a 8,82 a 1,48 a 8,63 a 4,67 a 39,80 a
1/12,25 15,12 a 8,81 a 2,27 a 8,11 a 4,63 a 38,93 a
1/10,92 14,77 a 9,25 a 1,96 a 10,03 a 4,79 a 40,80 a
l/ 8,80 16,48 a 8,56 a 1,93 a 8,26 a 5,00 a 40,23 a
1/17,10 14,11 a 8,93 a 1,60 a 8,36 a 3,72 a 36,71 a
1/13,59 16,04 a 8,88 a 2,58 a 7,54 a 4,65 a 39,69 a
1/12,45 13,59 a 9,29 a 4,81 a 9,51 a 4,55 a 41,75 a
1/10,26 15,26 a 10,91 a 4,46 a 11,92 a 5,22 a 47,78 a
C.V.(%) 24,14 13,48 57,11 24,65 16,71 16,41

Cambissolo Vértico
1/377,51 16,36 a 11,15 a 2,35 ab 9,22 a 6,22 a 45,30 a
1/242,21 12,58 a 12,54 a 1,84 ab 11,07 a 6,61 a 44,63 a
1/147,99 10,34 a 9,82 a 1,74 b 8,94 a 4,97 a 35,82 a
1/112,27 12,84 a 8,89 a 1,81 ab 7,77 a 4,96 a 36,27 a
1 J 471,72 12,36 a 17,14 a 4,30 a 13,03 a 5,92 a 52,74 a
1/235,65 10,00 a 12,14 a 2,53 ab 9,31 a 5,22 a 39,19 a
1/211,78 11,87 a 11,46 a 2,64 ab 8,72 a 5,09 a 39,78 a
1/103,23 12,39 a 13,77 a 2,88 ab 9,97 a 6,41 a 45,42 a
C.V. (0/0) 22,58 24,70 35,74 24,19 19,67 19,00

Cambissolo Latossólico
1/78,19 13,56 a 9,47 a 2,39 a 7,85 a 4,32 a 35,59 a
1/54,73 13,43 a 9,43 a 2,29 a 7,91 a 5,54 a 38,60 a
1/43,11 9,91 a 13,83 a 2,93 a 11,17 a 4,97 a 42,81 a
1/37,67 13,48 a 9,08 a 1,93 a 8,82 a 3,91 a 37,22 a
1/80,18 12,23 a 10,58 a 3,30 a 9,20 a 4,94 a 40,25 a
1/50,94 14,55 a 10,67 a 2,87 a 8,64 a 5,15 a 41,88 a
1/51,83 14,89 a 12,54 a 2,17 a 9,22 a 6,04 a 44,87 a
1/41,08 16,04 a 11,64 a 3,05 a 9,28 a 5,91 a 45,92 a
C.V. (0/0) 25,59 25,89 19,14 27,52 18,52 12,56

- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5 % de probabilidade.
56

4.2.1.2. Teores de K, Ca e Mg nas Folhas do Feijoeiro

A literatura tem evidenciado boas correlações entre o teor de K no


solo, com o seu teor em várias espécies de plantas. Todavia, neste trabalho essa
correlação não foi totalmente comprovada, pois de um modo geral os teores de
potássio nas folhas do feijoeiro (na floração e no final do ciclo) não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, em
função da elevação do nível de K trocável, caracterizado pelo aumento na relação
K/(Ca+Mg) no solo (tabela 11). Possivelmente os teores de potássio trocável
existentes nos solos, considerado segundo a RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
E CALAGEM PARA O ESTADO DE SÃO PAULO (1985), muito alto para o LVA e
LA, alto para o CL e médio para o CV, sejam as razões de não ocorrerem
diferenças de absorção de potássio pelas plantas em função da adubação
potássica efetuada. Essa explicação é reforçada ao verificar que extamente no CV
e CL onde se encontra os menores teores de potássio trocável (tabela 8), observa-
se na tabela 11, uma tendência de aumento nos teores de potássio na folha do
feijoeiro tanto na floração como no final do ciclo, em função do aumento da
relação K/(Ca+Mg) no solo, podendo ser melhor visualizada através das figuras 9,
10, 11 e 12. Todavia, vale ressaltar que nos gráficos da relação CalMg = 4,71 das
figuras 11 e 12, do Cambissolo Latossólico, os modelos não foram significativos,
fazendo-se presente apenas para mostrar que abaixando a relação CalMg de 6,55
para 4,71, ocorre uma maior dispersão dos pontos, evidenciando a influência da
relação CalMg do solo, sobre o aproveitamento do potássio pelo feijoeiro.
Na tabela 11, observa-se no LA, CV e CL que não houve aumento
significativo pelo teste de Tukey a nível de 5% na concentração de cálcio nas
folhas do feijoeiro (na floração e no final do ciclo) nas quatro primeiras relações
K/(Ca+Mg), onde a relação CalMg é maior, informação essa, que não está de
acordo com os resultados obtidos por WADDINGTON et ai. (1972) e SOARES
(1975 e 1983). Tal fato pode ser explicado em, razão dos níveis muito altos de
cálcio trocável originalmente encontrado em ambos os solos.
57

Tabela 11. Teores médios de potássio, cálcio e magnésio (g/kg) nas folhas do feijoeiro, na
floração e no final do ciclo da cultura, em função das relações K/(Ca+Mg),
aelicadas no lVA, LA, CV e Cl.
Relações K Ca Mg
..................................................................................................................................................................··· ....... ········.H ..... ····
Ciclo da Cultura
................................................................................................................................................................................................
K/{Ca+Mg} floração final floração final floração final
Latossolo Vermelho Amarelo
1/12~11 38,04 ab 26,53 a 17,88 a 76,58 a 3,36 a 3,73 a
1/11,05 35,31 b 25,19 a 16,73 a 76,50 ab 3,26 a 3,08 ab
11 9,24 37,19 ab 26,87 a 16,45 a 73,08 ab 3,24 a 3,04 b
11 6,86 39,92 a 26,03 a 15,77 a 69,75 b 3,13 a 2,66 b
C.V.(%) 7,02 7,66 12,05 5,68 11,23 13,57

Latossolo Amarelo
1/13,22 33,43 a 16,81 a 15,88 b 81,50 a 3,50 ab 3,52 ab
1/12,25 37,19 a 17,15 a 20,38 a 76,17 a 4,10 a 3,08 ab
1/10,92 35,48 a 18,82 a 20,13 a 76,33 a 3,18 ab 2,70 b
1/ 8,80 35,82 a 20,83 a 18,33 a 71,50 a 3,12 b 2,60 b
1/17,10 35,82 a 5,08 b 20,45 a 76,83 a 3,58 ab 4,57 a
1/13,59 36,84 a 15,14 a 17,12 b 75,66 a 3,79 ab 4,10 ab
1/12,45 36,50 a 17,48 a 16,87 b 64,83 a 3,68 ab 2,40 b
1/10,26 38,21 a 15,81 a 12,38 c 64,00 a 3,27 ab 3,40 ab
C.V. (%) 8,90 19,93 5,42 13,96 9,44 19,56

Cambissolo Vértico
1/377,51 27,62 b 8,43 cd 23,78 a 87,00 a 4,57 bc 6,35 b
1/242,21 34,45 ab 13,46 bc 21,02 ab 85,83 a 3,52 c 5,22 bc
1/147,99 37,87 ab 17,48 ab 16,33 c 79,83 a 3,12 c 3,85 c
1/112,27 33,77 ab 22,17 a 20,83 ab 85,67 a 3,10 c 3,95 c
1/471,72 28,99 b 6,42 d 22,97 ab 87,83 a 6,42 a 11,67 a
1/235,65 33,77 ab 12,45 bcd 19,30 bc 91,33 a 5,92 ab 10,83 a
11211,78 32,75 ab 12,12 bcd 22,70 ab 93,17 a 5,85 ab 11,00 a
1/103,23 41,29 a 11,11 cd 23,38 ab 89,83 a 4,62 bc 11,17 a
C.V.(%) 10,87 16,61 6,92 5,84 13,14 7,45

Cambissolo Latossólico
1/377,51 26,94 b 3,07 a 23,40 a 84,67 ab 4,82 a 11,00 a
1/242,21 35,82 ab 7,09 a 21,92 a 82,17 ab 4,13 a 6,42 b
1/147,99 33,09 ab 11,44 a 24,33 a 94,00 a 4,75 a 5,23 b
1/112,27 36,84 a 11,45 a 23,45 a 82,00 ab 3,80 a 4,07 b
1/471,72 31,04 ab 8,76 a 23,90 a 83,33 ab 4,65 a 3,90 b
1/235,65 26,94 b 11,11 a 23,15 a 81,50 ab 4,87 a 5,93 b
1/211,78 30,02 ab 8,09 a 21,77 a 74,00 b 4,22 a 10,50 a
1/103;23 30,02 ab 8,09 a 24,52 a 72,67 b 4,45 a 4,93 b
C.V.(%) 10,75 39,54 7,31 7,36 12,39 19,24

nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo teste de
Tukey, ao nível de 5 % de probabilidade.
58

45,---------------------------~

Ca I Mg = 23,46 Ca I Mg = 5,22
40
• • •
40 •
...... 35
Ol Ol
..I<: ..I<:

Ol --
Ol 35 /
/

(11 (11 ////

::5 .c
,g 30 :ê • /
~

~
(11
c
~
(11
c
30 .,/
Y

25

• l=14,61-+ti464,46 x-463045,19 x 2
25 • y=26,32+1515,28 x
r" = 0,4258 r = 0,6892

0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 9. Teores de K nas folhas do feijoeiro, (na floração), em função das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Vértico.

Ca I Mg = 23,46
25 14

..
20

• 12
/
\
\ .\
Ol

(11

::5
,g
15
• Ol

(11
.c

10

I •

./
(11 (11
c c
~ 10 ~ 8

• I

5
• y=1,10+3308,57 x-115632,98 x 2 6 y=-O,23+4253,80 x-313645,10 x2
r = 0,7561 • r = 0,8406
0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
k I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 10. Teores de K nas folhas do feijoeiro, (final do delo ), em função das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Vértico.
59

36,----------------------------,
Ca I Mg = 6,55 Ca I Mg = 4,71
40 • •

• 32 •

Cl
• • •


24
25

• y=-l ,54+311 0,62 x-64505,36 x?- •


y=42,26-1473,05 x+39806,51 x2
? = 0,4863 ? = 0,0582

0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 11. Teores de K nas folhas do feijoeiro, ( na floração) , em função das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Latossólico.

Ca I Mg = 6,55 • Ca I Mg = 4,71

15 15

• • •
12 12
Cl
~

Cl
• Cl
• ./
ti:! 9 ti:! 9 "
.c .c
/
~ ~ /
ti:! ti:!
c:
:I<:: 6
c:
:I<::
• •
6

3
./
;.

y=-13,09+1567,93 x-23644 ,01 x 2


3
• y=-10,15+2170,40 x-57658 ,26 x2
? = 0,6167 ? = 0,1041

0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
k I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 12. Teores de K nas folhas do feijoeiro, (fmaI do delo ) , em função das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Latossólico.
60

Considerando a tendência dos valores absolutos da absorção de


cálcio pelas plantas de feijoeiro (tabela 11). Verifica-se no LVA e LA que a
elevação no nível de potássio disponível caracterizado pelo aumento da relação
K/(Ca+Mg) no solo, promoveu um decréscimo na absorção do cálcio,
apresentando dessa forma um efeito antagônico sobre a absorção daquele cátion
(figura 13, relação Ca/Mg = 3,92). Sabendo que ambos os solos possuem níveis
muito altos de potássio trocável, com 13,20% e 11,39% respectivamente de
potássio na soma de bases, essas tendências vem de acordo com BRADWAY &
BUSSLER (1968) e PANDEI (1972) que observaram altas concentrações de
potássio reduzirem a absorção de cálcio e magnésio para as culturas de aveia,
feijão e girassol. Todavia, observa-se nas relações 1/13,22; 1/12,25; 1/10,92 e
1/8,80 e nos teores de cálcio nas folhas do feijoeiro na floração, que nas duas
menores relações, onde os níveis de potássio no solo são mais baixos, ocorre uma
influência benéfica do mesmo na absorção do cálcio pelas plantas e nas duas
maiores relações, passa ocorrer influência depressiva do mesmo sobre a absorção
do cálcio, esse sinergismo que ocorre nos níveis mais baixos, seguido de um
antagonismo nos níveis mais elevados, pode ser melhor comprovado observando
a figura 13, na relação Ca/Mg =6,12.
O teor de magnésio nas folhas (floração e final do ciclo) de plantas
de feijão, cultivada no solo LVA, LA e CL, não foi influenciado (tabela 11)
significativamente pelo aumento da relação K/(Ca+Mg) no soio e nem tampouco
pela diminuição da relação Ca/Mg. Nestes solos de uma forma geral, a tendência
foi uma redução no teor de magnésio com o aumento da relação K/(Ca+Mg) no
solo, o que pode ser visto na figura 14, como exemplo do que ocorre nos três
solos, observando ainda, que com a diminuição da relação Ca/Mg, ocorreu uma
maior dispersão dos pontos, tornando o modelo não significativo e provocando um
maior desequilíbrio dos cátions no solo. Esses resultados vem de encontro com
OMAR & KOBBIA (1966) que observaram redução na absorção de magnésio em
função do aumento nas concentrações de potássio.
No CV tabela 11, o teor de magnésio nas folhas do feijoeiro,na
floração e no final do ciclo, não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade, em função da elevação do nível de potássio,
caracterizado pelo aumento da relação K/(Ca+Mg) no solo, todavia, difere quanto
a relação CalMg. Percebe-se que ocorreu uma maior absorção de magnésiO nas
61

relações 1/471,72; 1/235,65; 1/211,78 e 1/103,23 quando diminuiu-se a relação


Ca/Mg de 23,46 para 5,22. Pela tabela 10 visualiza-se que essa maior absorção
de magnésio pela planta de feijão nessas relações, não interferiu na produção de
grãos nem de matéria seca de folhas, raízes, caule + ramos e vagens. Nas figuras
15 e 16 nota-se, que o maior teor de magnésio nas folhas do feijoeiro na relação
Ca/Mg = 5,23, provocou uma maior dispersão dos dados, tornando o modelo não
significativo.
Levando em conta a variação do K, Ca e Mg nas folhas do feijoeiro
na floração e no final do ciclo, observou-se nessa ensaio tabela 11, que os teores
de K são mais elevados na floração, sugerindo que a translocação principalmente
para formação das vagens seja a razão do ocorrido. Já os teores de Ca foram
bem maiors nas folhas no final do ciclo que na floração, este aumento deve ter
ocorrido em razão do desenvolvimento da planta, aliada a falta de redistribuição
interna em função da sua mobilidade. Os teores de Mg na floração e no final do
ciclo foram mais ou menos constantes, com pequena excessão. As variações
encontradas nesse ensaio estão de acordo com os obtidos por HAAG et ai.
(1967). É importante chamar atenção que o teor de cálcio encontrado nesse
trabalho, nas folhas do feijoeiro no final do ciclo, foi em média quatro vezes maior
que o considerado adequado por MALAVOLTA et ai. (1989). Todavia chama
atenção os autores, que os valores indicados são muito gerais, e que condições
de solo, clima e variedade poderão influenciar os mesmos. Nesse trabalho em
particular, com certeza o solo influenciou bastante por se tratar de um solo
calcário.
62

22,4 Ca I Mg =6,12 Ca I Mg =3,92


• 22,5 •

20,8
___ 20,0

C)
~
C)
.~
~.
~ 19,2
~
;g'"
.c 17,5
;g

~
'"c: '"c:
~ 17,6 '"
Ü 15,0

16,0
•• 12,5 ~.
y=-53,99+1534,59 x-7880,01 0 y=31 ,68-193,41 x · "
~ = 0,4717 ~ = 0,8639

0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,0575 0,0690 0,0805 0,0920 0,1035
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 13. Teores de Ca nas folhas do feijoeiro, (na floração) , em ftmção das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Latossolo Amarelo.

•• Ca/Mg=6,12
5
Ca I Mg = 3,92
3,51

.\
___ 3,24
C)
'\ \
4

.\ .
-"
C)

';' 2,97
.c
;g •
'"c:
~ 2,70
\ •

y=13,89-239,81 x+1336,88 x 2
2,43 ,2 = 0,2308

y=15,03-238,39 x+1133,72 x 2 •
(1 = 0,8041
0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,0575 0,0690 0,0805 0,0920 0,1035
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 14. Teores de Mg nas folhas do feijoeiro, (final do cíelo ) , em ftmção das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Latossolo Amarelo.
63

•• Ca / Mg =23,46 6,96
Ca / Mg =5,22
4,5
I
\ •

~
~ 4,0 \\ Ol
-"
6,38

~-------~

.\
Ol Ol
".
\

(I:J
5,80 \
(I:J "- \
.c ::5

\

~ 3,5 .g
"\
111
c:
Ol
:E
3,0

\. •
~.~.-//
/

/
111
c:
Ol
:E
5,22

\
• 4,64 • •
y=6,61-923,02 x+57844,34 x 2 2 I
y=5,65+252,20 x-34513,25 x
~ = 0,8291 ~ '" 0,3616
2,5
0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K / ( Ca + Mg ) no solo K / ( Ca + Mg ) no solo

Figura 15. Teores de Mg nas folhas do feijoeiro, ( na floração ), em função das relações
K / ( Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Vértico.

• •
Ca / Mg = 23,46
12,0 •
Ca / Mg = 5,22

6,12

11,5 • • •
Ol 5,44
-"
Ol Ol

111
~ 4,76
~ 11,0 • •
~
"'"111 • • 111
c: c:
Ol Ol
/
:E 4,08 • /. :E 10,5 •
I
/


3,40

y=10,91-1910,57 x+124926,34 x?
10,0 • y=11 ,92-321 ,60 x+25338,39 x
2

=
f2 0,8066 ~ = 0,0854

0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K / ( Ca + Mg ) no solo K / ( Ca + Mg ) no solo

Figura 16. Teores de Mg nas folhas do feijoeiro, (final do ciclo), em função das relações
K / (Ca + Mg) aplicadas no Cambissolo Vértico.
64

4.2.1.3. Teores e Conteúdos de K, Ca e Mg nos Grãos do


Feijoeiro em Função das Relações K/(Ca+Mg)
Aplicadas nos Solos

Observando a tabela 12, onde encontram-se os valores médios de


potássio, cálcio e magnésio nos grãos do feijoeiro, tanto em teor como em
conteúdo, nota-se que essas médias não diferem significativamente pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade, em função do incremento da relação
K/(Ca+Mg) nos solos LVA, LA, CV e CL. Todavia, nas figuras 17 e 18 do LA,
observa-se uma tendência de aumento de teor e quantidade de cálcio nos grãos
do feijoeiro com o incremento da relação K/(Ca+Mg) no solo. Vale ressaltar, que
esse aumento nos teores de cálcio nos grãos do feijoeiro em função dos
tratamentos aplicados, em nada influi na produção de grãos. Visualiza-se também
nas figuras 17 e 18, que com a diminuição da relação CaJMg, o modelo linear não
foi significativo, apresentando uma dispersão muito grande dos pontos.
É conveniente chamar atenção na tabela 12, que os teores de K, Ca
e Mg nos grãos do feijoeiro, assemelha-se aos resultados obtidos por EL-HUSNY
(1992); HAAG et aI. (1967) e COBRA NETO et aI. (1971), com pequenas
variações em função das diferenças entre tratamentos, cultivares e metodologias
peculiares de cada ensaio. Considerando, que somente os grãos abandonaram a
propriedade agrícola, tona-se interessante observar na tabela 12, através dos seus
valores médios de conteúdo, que o potássio foi o nutriente mais exportado seguido
do cálcio e magnésio, o que está de acordo com os três autores citados. Apesar
da literatura sempre afirmar ser o feijoeiro muito exigente em cálcio, somente uma
pequena fração de cálcio é exportado através da colheita de grãos.
65

Tabela 12. Valores médios de potássio, cálcio e magnésio em teor (g/kg) e conteúdo
(mg/vaso) nos grãos do feijoeiro, em função das relações K/(Ca+Mg) aplicadas
no LVA, LA, CV e CL.
Relações K Ca Mg
........................................................................................-.......................................................................................................
...........................................................................?r.~~~5.~~.~~.~ç;r.~~.~; ..........................................................................
K/{Ca+Mg} teor conteúdo teor conteúdo teor conteúdo
Latossolo Vermelho Amarelo
1 f 12,11 13,61 a 195,57 a 1,85 a 26,50 a 1,92 a 27,55 a
1/11,05 13,78 a 221,06 a 1,17 a 17,58 a 1,78 a 28,33 a
1/ 9,24 12,61 a 201,52 a 1,28 a 19,30 a 1,83 a 28,71 a
1/ 6,86 12,78 a 217,80 a 1,18 a 20,24 a 1,71 a 29,41 a
C.V. (%) 8,24 19,12 35,79 34,39 7,85 18,30

Latossolo Amarelo
1/13,22 10,45 a 168,27 a 1,12 c 18,14 a 1,67 b 26,91 a
1/12,25 13,11 a 196,21 a 1,73 b 26,39 a 1,90 a 28,65 a
1/10,92 11,78 a 174,12 a 2,10 ab 31,01 a 1,95 a 28,91 a
1/ 8,80 12,11 a 198,74 a 2,25 a 37,11 a 1,93 a 31,95 a
1/17,10 12,11 a 162,87 a 2,20 a 30,78 a 1,93 a 27,29 a
1/13,59 12,78 a 206,09 a 2,35 a 37,71 a 1,98 a 31,86 a
1/12,45 13,45 a 186,78 a 2,27 a 30,44 a 1,92 a 25,83 a
1/10,26 12,78 a 195,06 a 2,27 a 34,88 a 2,00 a 30,64 a
C.V. (%) 10,21 25,33 7,17 25,98 4,10 24,66

Cambissolo Vértico
1/377,51 12,78 a 209,03 a 2,17 a 35,52 a 1,92 a 31,41 a
1/242,21 12,11 a 153,37 a 2,12 a 26,63 a 1,80 a 22,60 a
1/147,99 15,45 a 161,63 a 2,12 a 21,73 a 1,88 a 19,37 a
1/112,27 13,45 a 163,62 a 2,10 a 27,19 a 1,88 a 24,20 a
1/471,72 14,11 a 174,46 a 2,07 a 25,57 a 1,78 a 22,07 a
1/235,65 14,11 a 140,17 a 2,10 a 20,99 a 1,83 a 18,37 a
1/211,78 15,11 a 179,55 a 2,02 a 23,86 a 1,78 a 21,15 a
1 J 103,23 14,11 a 175,85 a 2,22 a 27,26 a 1,78 a 22,14 a
C.V.(%) 9,96 21,60 7,14 23,56 4,34 23,27

Cambissolo Latossólico
1/377,51 12,45 a 168,76 a 2,18 b 29,60 ab 1,75 a 23,73 a
1/242,21 12,78 a 171,67 a 2,18 b 29,20 ab 1,75 a 23,26 a
1/147,99 15,45 a 146,03 a 2,65 ab 24,29 b 1,88 a 18,57 a
1/112,27 11,78 a 159,34 a 2,12 b 28,52 ab 1,65 a 22,27 a
1/471,72 11,78 a 146,43 a 2,22 b 27,08 b 1,63 a 20,24 a
1/235,65 13,11 a 192,44 a 2,23 b 32,52 ab 1,63 a 23,84 a
1/211,78 13,11 a 193,81 a 2,27 b 33,72 ab 1,72 a 25,61 a
1/103,23 14,11 a 220,72 a 3,43 a 54,71 a 1,77 a 28,55 a
C.V. (%) 13,16 27,01 15,71 29,99 5,86 27,74

nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey, ao nível de 5 % de probabilidade.
66

Ca I Mg = 6,12 Ca I Mg = 3,92
2,4
• 2,4 • • •
/,/'
/-~,
.. '-~''-
• •
· r~ ,.....

.1
-;; 2,0 O) 2,3
~ ~

O)

I/) I/)
'0 '0
~ 1,6
O) '"o, 2,2 • • •
I/)
o
c
'" ./
/ I/)
o
c
'" •
Ü
1,2 ./ Ü

2,1


0,8 • y=-10,45+238,76 x-1115,22-2
,-2 = 0,7916
y=2, 15+1,52 x
,-2 = 0,0407

0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,060 0,072 0,084 0,096 0,108
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 17. Teores de Ca nos graõs do feijoeiro , em função das relações K / (Ca + Mg )
aplicadas no Latossolo Amarelo.

Ca I Mg = 6,12 Ca I Mg = 3,92

• • 2,4 • • •
39,0
• •
o
I/)

• • ""
~ 2,3
~ 32,5 •
O) •
E • I/)
I/) '0
.~
"-
26,0 '"o, 2,2 • • •
O) I/)
I/)
o
o c
c
'" •
J 19,5 •
Ü

2,1

13,0 • y=-10,72+428,09 x • y=2,15+1,52 x
,-2 = 0,5592 ,-2 = 0,0407

0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,060 0,072 0,084 0,096 0,108
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 18. Quantidade de Ca nos graõs do feijoeiro, em função das relações K / ( Ca + Mg )


aplicadas no Latossolo Amarelo.
67

4.2.2. Potencial de K em Função das relações K/(Ca+Mg)


Aplicadas nos Solos

o potencial de potássio estima a relação nutricional na solução do


solo entre o cátion monovalente K e os divalentes Ca+Mg (BULL, 1986), a partir
do qual pode-se chegar a energia livre do K no solo (ilG), que determina a
quantidade de trabalho que uma planta tem que realizar para deslocar em
equivalente grama de nutriente do solo.

Ambos os parâmetros podem ser visualizados na tabela 13, onde


se vê:

1. no LVA. O potencial de potássio-cálcio-magnésio antes do cultivo variou de


1,13 a 1,29 e após o cultivo 1,38 a 1,75; a energia livre de K no solo (ilG) antes
do cultivo -1756 a -1546 calleq e após cultivo -2386 a -1881 calleq.

2. No LA. Nas quatro primeiras relações K/(Ca+Mg), onde a relação CalMg foi
6,12, o potencial de K variou antes do cultivo de 1,31 a 1,46 e após o cultivo de
1,75 a 1,97; o ilG antes do cultivo de -1995 a -1788 cal/eq e após de -2686 a-
2384 calleq. Nas quatro últimas relações K/(Ca+Mg), na relação CalMg igual
3,92, o potencial de K variou antes do cultivo de 1,42 a 1,56 e após 1,74 a 2,01;
o LlG antes do cultivo de -2125 a -1934 calleq após -2742 a -2379 cal/eq.

3. No CV. nas quatro primeiras relações K/(Ca+Mg), que possui a relação CalMg =
23,46, o potencial de K variou antes do cultivo de 1,95 a 2,61 e após 2,62 a
3,13; o LlC; antes do cultivo de -3563 a -2655 calleq e após -4571 a -3580
calleq. Nas quatro últimas relações K/(Ca+Mg), com a relação CalMg= 5,22, o
potencial de K variou antes do cultivo de 2,05 a 2,73 e após 2,12 a 2,92; o ilG
antes do cultivo de -3727 a -2792 calleq e após -3986 a -2895 calleq.

4. No CL. Nas quatro primeiras relações K/(Ca+Mg), com a relação CalMg= 6,55,
o potencial de K variou antes do cultivo de 1,99 a 2,36 e após 2,10 a 2,75; o ilG
antes do cultivo de -3220 a -2717 cal/eq. E após de -3757 a -2862 cal/eq. Nas
68

quatro útimas relações K/(Ca+Mg), com CaJMg =4,71; o potencial de K variou


antes do cultivo de 2,03 a 2,39 e após 2,47 a 2,72; o L1G antes do cultivo -3261
e -2775 cal/eq e após o cultivo -3713 a -3374 cal/eq.
Pela tabela 13, tanto para o potencial de K como para o L1G,
observa-se no LVA antes e após o cultivo e no LA, CV e CL antes do cultivo, que
as médias diferem significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade. Todavia, não diferem para LA, CV e CL após o cultivo. No LA, CV e
CL antes do cultivo onde as médias diferem significativamente, percebe-se
também a influência da relação CalMg no solo sobre o potencial de K e L1G,
resultado esse que concorda com SOARES (1975).
69

Tabela 13. Potencial de potássio (pK-O,5p(Ca+Mg)), e energia livre de troca L'; G (1364 log
(aKJ ~ a( Ca+ Mg)) em calorias/equivalente antes e após o cultivo dos solos, em
função das relações K/(Ca+Mg), aplicadas no LVA, LA, CV e CL.

Relações Potencial de K ilG


K/( Ca+Mg) Antes Após Antes Após

Latossolo Vermelho Amarelo


1/12,11 1,29 a 1,75 a -1756 d -2386 c
1/11,05 1,27 b 1,59 b -1733 c -2169 b
11 9,24 1,21 c 1,53 bc -1650 b -2085 ab
11 6,86 1,13 d 1,38 c -1546 a -1881 a
CV(%) 0,54 5,93 -0,54 -5,94
Latossolo Amarelo
1/13,22 1,46 c 1,97 a -1995 d -2686 a
1/12,25 1,43 d 1,78 a -1956 c -2430 a
1/10,92 1,37 e 1,96 a -1871 b -2669 a
1/ 8,80 1,31 f 1,75 a -1788 a -2384 a
1/17,10 1,56 a 2,01 a -2125 f -2742 a
1/13,59 1,53 b 1,95 a -2087 e -2663 a
1/12,45 1,47 c 1,80 a -2010 d -2455 a
1/10,26 1,42 d 1,74 a -1934 c -2379 a
CV(%) 0,63 8,06 -0,63 -8,06
Cambissolo Vértico
1/377,51 2,61 a 3,13 a -3563 d -4571 b
1/242,21 2,38 b 2,84 a -3245 c -3871 b
1/147,99 2,12 cd 2,83 a -2893 ab -3864 b
1/112,27 1,95 d 2,62 ab -2655 a -3580 ab
1/471,72 2,73 a 2,92 a -3727 d -3986 b
1/235,65 2,35 b 2,54 ab -3210 c -3458 ab
11211,78 2,32 bc 2,77 ab -3168 bc -3779 ab
1/103,23 2,05 d 2,12 b -2792 a -2895 a
CV(%) 3,34 9,04 -3,34 -9,04
Cambissolo Latossólico
1/377,51 2,36 a 2,10 b -3220 d -2862 a
1 J 242,21 2,19 b 2,75 a -2988 c -3744 b
1/147,99 2,08 bcd 2,75 a -2838 abc -3757 b
1/112,27 1,99 d 2,48 ab -2717 a -3379 ab
1/471,72 2,39 a 2,51 ab -3261 d -3421 ab
1/235,65 2,17 bc 2,54 ab -2956 bc -3469 ab
1/211,78 2,18 bc 2,47 ab -2972 bc -3374 ab
1/103,23 2,03 cd 2,72 a -2775 ab -3713 b
CV(%) 2,40 8,31 -2,40 -8,31

- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabididade
70

Analisando-se as figuras 19 a 32 observa-se, para os quatro solos,


que o aumento da relação K/(Ca+Mg) no solo diminui o potencial de potássio e
aumenta a energia livre de troca (ilG). A diminuição do potencial de potássio é
caracterizado pelo aumento nos valores da atividade de K em relação à atividade
de Ca+Mg. Este efeito foi observado dentro de ambos os valores da relação
CalMg. As equações de regressões lineares e quadráticas entre as relações
K/(Ca+Mg) no solo e os dados de potencial de K e ilG, alcançaram coeficiente de
2
determinação (R ) alto, como podem ser vistos nas figuras de 19 a 32, com
exceção das regressões após o cultivo do solo, pois como foi discutido
anteriormente, os valores não foram significativos, não apresentando neste caso
2
R com bons ajustes. Estão apresentados apenas para mostrar não ser um bom
referencial a determinação do potencial de K e ilG após o cultivo.
É importante chamar atenção, que apesar das diferenças
estatísticas entre os valores de potencial de potássio e da energia livre de troca no
solo (ilG), a produção de grãos e de matéria seca de folhas, raízes, caule + ramos,
vagem e matéria seca total (tabela 10) não apresentaram diferenças estatísticas,
com exceção da produção de vagem e matéria seca total no LVA, entre a maior
(1/6,86) e a menor (1/12,11) relação K/(Ca+Mg) no solo.
Também foram realizadas análise de regressão, tendo como
variável, independente os valores de potencial de K e ilG, e como variável
depdente os valores de produção de grãos e de matéria seca total, todavia, os
coeficientes de correlações obtidos não foram significativos.
71

Ca I Mg = 5,49 Ca I Mg = 5,49
1,30 2,0

\.

Cl
~
+ +
(\I 1,25 (\I 1,8

\
U U

c.. c.. • ••
10 10
c:i c:i
~ 1,20
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...\ ~ 1,6
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~
\ ~
-c -c •

. .\\..
..,.;
(5 1,15 o 1,4 •
Cl. Cl.

y=1,45-2,12 x y=2,01-4, 18 x
(1 = 0,8613 (1 = 0,4959

0,072 0,096 0,120 0,144 0,168 0,072 0,096 0,120 0,144 0,168
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 19. Potencial de potássio (pK - 0,5 P ( Ca + Mg antes e após o cultivo do solo em »,
função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Vermelho Amarelo.

-1525
Ca I Mg = 5,49
//~ -1728
Ca I Mg = 5,49

••
-1586 -1944
. ... /
,//'

.
.,•
(\I /
(\I
(.) (.)

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I-
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~ ~ • •
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~
-c
~ -2160 • /0

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-1647
,~ •
....I ....I
(\I (\I
'§ 'ê -2376
~ ~
~ -1708
W
c: •
-2592

-1769
y=-1982,13+2896,42
,-2 = 0,8624
x • y=-2742,31 +5702,18 x
,-2 = 0,4960

0,072 0,096 0,120 0,144 0,168 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 20. Energia livre de troca ilG (1364 log (aKl ~a( Ca + Mg») antes e após o cultivo do
solo, em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Vermelho Amarelo.
72

1,50.,-----------------, 1,60.----------------,

.
Ca I Mg = 6,12 Ca I Mg = 3,92

•• ~
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~
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Ol 1,55
-;;;; 1,45
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c. 1 , 40
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ci,
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"C .,.;

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1,30
y=1,75-3,87 x .~ 1,40
y=1 ,77-3,58 x
r2 = 0,9308 r2 = 0,9021
0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,060 0,072 0,084 0,096 0,108
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 21. Potencial de potássio (pK - 0,5 P ( Ca + Mg », antes do cúltivo do solo, em função
das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Amarelo.

2,16 Ca/Mg=6,12 Ca I Mg =3,92


• 2,2

~

~

Ol Ol
:l: 2,04 :l:
+
(\I
• +til 2,0
ü Ü ••
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c.
1,92
• c.
I[).
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:.::: ~ 1,8
c. c. •
:.::: 1,80 :.:::
"C
Q) Q)
"C •
t
o.. • • ~ 1,6
1,68
• y=2,25-4,21 x • y=2,28-5,27 x
r2= 0,2335 r2 = 0,1613
1,4 ...1..-,---.--r--...--.,---,,.--,-..---,---'
0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,052 0,065 0,078 0,091 0,104
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 22. Potencial de potássio (pK - 0,5 P ( Ca + Mg após o cúltivo do solo, em função »,
das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Amarelo.
73

~'
Ca/Mg=6,12 Ca I Mg =3,92
. . •
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-1800

E -1850 /
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-1950

-2000 r/
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/
/ :J -2050
tU tU
'ê> '§
Q) Q)
c C
w -1950 W -2100

-2000 •• y=-2381 ,76+5275,31 x -2150


y'=-2418,29+4900,44 x
,:z =0,9290 i2 = 0,9004
0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,060 0,072 0,084 0,096 0,108
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 23. Energia livre de troca DG ( 1364 log (aK/..Ja( Ca + Mg»)) antes do cultivo do
solo, em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Amarelo.

• Ca I Mg = 6,12 Ca I Mg = 3.92

-2325 -2080

• • ,//'~

//,/y--
tU
u -2480 • /.-'
/. rl -2288 •
E E
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-2635
• ....J
tU


'ê ••
Q) Q) -2704
c
W -2790
• W
c

-2912
• • • y=-3115,35+7177,81 x
-2945 y=-3062,39+5729,13 x
,:z = 0,2333 ,:z = 0,1609
0,077 0,088 0,099 0,110 0,121 0,060 0,072 0,084 0,096 0,108
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 24. Energia livre de troca LiG (1364 log (aK/ ..Ja( Ca + Mg»)) após o cultivo do solo
em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Latossolo Amarelo.
74

2,73
'Ca I Mg = 23,46 Ca I Mg =5,22
• 2,8

!
Ol
~ 2,52
+
~
Ol

+ 2,6 \
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o
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III 2,31 \O
O ci 2,4

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Q) 2,10 '~ ::.::
Q) 2,2

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••
1,89 ,'2,82-<>7,59, y=3, 17-253,53 x+14288,34 x 2
? =0,9189 i" = 0,9662
0,0021 0,0042 0,0063 0,0084 0,0105 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 25. Potencial de potássio (pK - 0,5 P ( Ca + Mg )), antes do cúltivo do solo, em função
das relações K / ( Ca + Mg), apicadas no Cambissolo Vértico.

Ca I Mg =23,46 Ca I Mg =5,22
3,25
• • •
3,00
• •
•..
Ol Ol
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3,00 ~
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2,75 ~~ 2,50

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-o 2,25 •
o Õ
o. o. a
• y=3,19-56,80 x

2,00 y'=3,14-104,96 x
2,25 ? =0,3034 ? = 0,7686

0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 26. Potencial de potássio (pK - 0,5 p ( Ca + Mg )), após o cúltivo do solo, em função
das relações K / ( Ca + Mg), apicadas no Cambissolo Vértico.
75

Ca I Mg = 23,46 Ca I Mg = 5,22

-2750
-2750
--------~.
<11 <11 -3000

..
(J (J

E E
t- -3000 t-
/
Q) Q)
-o -o ./'

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~ -3250
Q)
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-3250 ;/ .~
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.~ .~
tU
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UJ
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ti} -3500

-3500

-3750
y=-4384,31+336533,97 x-16423421 ,73 x 2


~ = 0,9464 -3750
I
•y=-4287,76+330293,99 x-18163328,74 Y!-
~ = 0,9684

0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 27. Energia livre de troca LiG ( 1364 log (aKJ ~a( Ca + Mg) )) antes do cultivo do
solo, em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Cambissolo Vértico.

• Ca I Mg = 23,46 Ca I Mg = 5,22
-3300
-2880

• • •
~ -3600
<11
g -3200
E
t- ~ •
tU
-o
Q)
-o •
~ ~ -3520
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-3900
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...J

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<11 <11
.~ •
Q)
c:
Q)
c: -3840

UJ -4200 UJ

• •
y=-4868,78+2759Ó7,28 x-15668375,02 x 2 -4160
• •
-4500 • ? =0,3446 )/=-4480,57+231546,32 x-7167893,85 x 2

~ = 0,7768

0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 28. Energia livre de troca LiG ( 1364 log (aKJ ~a( Ca + Mg))) após o cultivo do solo
em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Cambissolo Vértico.
76

2,40 • Ca I Mg =6,55 2,4 ., .


~
Ca I Mg =4,71
.-.. .-..
.-..
-- .~ .-..

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+
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2,28
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Cl
:E
+
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~ 2,16
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a. a.
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2,04
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~

~
Q)
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2,1
\ • \

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y=2,69-26,38 x 2,0 y=2,75-29,27 x
1,92 rz = 0,9794 rz = 0,9489
0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 29. Potencial de potássio (pK - 0,5 P ( Ca + Mg )), antes do cúltivo do solo, em função
das relações K / ( Ca + Mg ), aplicadas no Cambissolo Latossólico.

2,88
3,0 Ca I Mg = 6,55 Ca I Mg =4,71

•• .-..
C) ~2,76
:E 27 :E
+ ' +
lU lU •
Ü Ü

c.. a. 2,64
I()
6 2,4 • I()
6
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c.. • ~
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;2,52
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"O •
..;
o •
c..
2,40


1,8 •• y=-l,61 +420,23 x-l 0024,35 x 2 • y=3,27-97,59 x+2981 ,08 x2
rz = 0,5479 rz = 0,2979
0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 30. Potencial de potássio (pK - 0,5 p ( Ca + Mg )), após o cúltivo do solo, em função
das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Cambissolo Latossólico.
77

/
/
-2700 Ca I Mg = 6,55 e / -2760 Ca I Mg = 4,71
/' e
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/~, -2880
-2850
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UJ -3150
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e/I UJ

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-3240 /0
tJi
y=-3666 ,49+35965 ,84 x e
e y=-3746,17+39916,64 x
-3300 ,2 = 0,9793
,2 = 0,9541

0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 31. Energia livre de troca ilG ( 1364 log (aK/ ~a( Ca + Mg))) antes do cultivo do solo,
em ftmção das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Cambissolo Latossólico

Ca I Mg = 6,55 e Ca I Mg = 4,71
e e
-2560 e
-3300 e
e
e
~ -2880 <li
I.)
...o
f-
e
f-
-3450
Q) Q)
'"C
~ -3200
• '"C
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,~ ,~
...J ...J -3600
<li <li
e
.~ '§
~ -3520
Q)
e c:
UJ UJ
-3750

-3840 e
e e
y=2191 ,85-573442,46 x+13680102,51 x 2 y=-4461 ,45+132350,16 x-4045235 ,09 x2
-3900
,2=0,5478 ,2 = 0,2971

0,012 0,016 0,020 0,024 0,028 0,012 0,016 0,020 0,024 0,028
K I ( Ca + Mg ) no solo K I ( Ca + Mg ) no solo

Figura 32, Energia livre de troca ilG ( 136410g (aK/~a( Ca + Mg))) após o cultivo do solo,
em função das relações K / ( Ca + Mg), aplicadas no Cambissolo latossólico,
78

Analisando a tabela 13 observa-se um aumento nas variações dos


valores do potencial de K entre antes e após o cultivo, dentro das diferentes
relações K/(Ca+Mg) nos solos, como também nota-se uma diminuição nos valores
de i1G nesse mesmo sentido.
WOODRUF (1955a) afirma que os valores de pk-0,5ca menores
que 1,5 normalmente estão associados com absorção excessiva de potássio ou
deficiência de cálcio, já os valores entre 1,8 e 2,2 representam equilíbrio adequado
entre cálcio e potássio para nutrição das plantas. Chama atenção também o autor
que para valores maiores que 2,6 ocorreria deficiência de potássio. Da mesma
forma BULL (1986) observou deficiência de K em valores de pk - 0,5p (Ca+Mg)
maiores que 2,6 para cultura de gramínea isolada e consorciadas e leguminosa
consorciada. De acordo com os limites de potencial de K relatado no início deste
capítulo, encontrou-se potencial de K menor que 1,5 no LVA e LA, entre 1,8 e 2,2
no LA, CV e CL e maior que 2,6 e no CV e CL. Na condição desse trabalho, pela
análise química de K nas folhas do feijoeiro, pode-se afirmar não ter ocorrido
absorção excessiva de potássio. Também não foi observado em nenhum
momento deficiência de potássio e de cálcio, seja por sintoma visual ou através
dos resultados de análise de solo e planta. Desta forma, nenhum destes critérios
se enquadram para os solos estudados, dando a entender, serem outros os limites
de potencial de potássio em solos calcáreos, que atenda os critérios comentados
pela literatura. No caso especifico de deficiência de potássio, pode-se deduzir que
o valor limite para deficiência possivelmente seja superior a 2,6.
Semelhantemente para energia livre de troca (i1G) WOODRUF (1955a) e
KRASAWNER (1971) relataram que solos são deficientes em potássio, quando i1G
for menor que -3500 cal/equivalente; o mesmo WOODRUF & MclNTOSH (1966)
reformula o critério para -4000 cal/equivalente, e para BARROWS et ai. (1967) o
limite pode ser de -6000 cal/equivalente. Neste ensaio chegou-se até
aproximadamente -4000 cal/equivalente e como foi comentado anteriormente não
se observou deficiência de potássio. Caso venha acontecer deficiência de K
nesses solos, provavelmente o limite deve ser um valor menor que -4000
cal/equivalente.
79

4.2.3. Teores de K, Ca e Mg Trocáveis Recuperados Antes e


Após o Cultivo dos Solos em Função das Relações
K/(Ca+Mg} Aplicadas nos Solos

Pela tabela 14, no solo LA, CV e CL onde nas quatro primeiras


relações K/(Ca+Mg) de cada solo, tem-se a relação CaJMg originária dos solos, e
nas quatro últimas a relação CalMg modificada pela adição de magnésio, verifica-
se em ambos os solos, que a relação CaJMg não influenciou o teor de potássio e
cálcio trocável, com as médias não diferindo significativamente pelo teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Dado este que está de acordo com as
informações de SOARES (1978). Todavia, como era de se esperar, influenciou
significativamente o teor de magnésio trocável, principalmente antes do cultivo em
função do magnésio, adicionado nas quatro últimas relações K/(Ca+Mg) do solo,
como comentado acima.
Observa-se também na tabela 14, que o teor de potássio trocável
antes do cultivo, dentro das duas relações CaJMg, diferem significativamente pelo
teste de Tukey a nível de 5% de probabilidade, em função da elevação do nível de
potássio trocável, caracterizado pelo aumento na relação K/(Ca+Mg) do solo,
possivelmente os teores de potássio após o cultivo não diferiram
significativamente, em decorrência da extação pelas plantas de feijão. Também,
os teores de cálcio e magnésio antes e após o cultivo não apresentaram
diferenças com o aumento da relação K/(Ca+Mg) no solo.
80

Tabela 14. Valores médios de potássio, cálcio e magneslo trocáveis (mmolc/dm\


recuperados antes e após o cultivo dos solos, em função das relações
KJ{Ca+Mg} aelicadas no LVA, LA, CVe CL.
Relações K Ca Mg
Antes Após Antes Após Antes Após
K/(Ca+Mg)

Latossolo Vermelho Amarelo


1/12,11 12,43 c 3,69 c 127,67 a 89,75 a 22,55 a 21,71 a
1/11,05 13,17 c 4,64 bc 123,67 a 79,55 a 21,88 a 19,77 b
11 9,24 15,42 b 5,90 b 120,53 a 82,75 a 21,93 a 20,46 ab
11 6,86 19,56 a 8,15 a 112,33 a 85,30 a 21,2 a 19,91 b
CV(%) 6,57 20,98 9,22 11,64 3,38 4,44

Latossolo Amarelo
1/13,22 7,31 de 1,47 c 83,27 a 59,60 ab 13,36 b 9,46 c
1/12,25 7,80 cd 1,80 bc 81,93 a 64,53 ab 1.3,58 b 12,81 abc
1/10,92 8,65 bc 2,09 abc 81,33 a 65,47 ab 13,14 b 11,13 abc
11 8,80 11,09 a 2,82 ab 83,67 a 64,07 ab 13,92 b 10,30 bc
1117,10 6,09 e 1,96 abc 83,87 a 68,13 a 20,26 a 15,87 a
1/13,59 7,55 cd 2,41 abc 81,13 a 66,53 ab 21,49 a 16,14 a
1/12,45 8,04 cd 3,02 a 79,87 a 53,33 b 20,26 a 16,43 a
1/10,26 9,63 b 2,80 ab 78,20 a 53,13 b 20,60 a 15,31 ab
CV(%) 5,41 17,13 5,60 7,82 6,68 14,30

Cambissolo Vértico
1/377,51 1,15 e 0,64 b 414,67 a 445,33 a 19,48 b 19,21 b
1/242,21 1,78 de 0,66 b 412,67 a 389,67 ab 18,48 b 18,93 b
1 J 147,99 3,27 bc 1,08 b 465,33 a 417,67 ab 18,59 b 20,88 b
1/112,27 4,26 ab 1,55 b 460,00 a 398,67 ab 18,26 b 19,49 b
11471,72 1,04 e 0,88 b 412,67 a 368,67 b 77,93 a 61,24 a
1/235,65 2,24 cde 0,89 ab 435,33 a 355,00 b 90,18 a 67,92 a
1/211,78 2,56 cd 1,74 b 458,67 a 402,00 ab 83,50 a 65,41 a
1/103,23 4,72 a 3,49 a 409,33 a 389,67 ab 77,93 a 72,09 a
CV(%) 16,98 41,11 10,47 5,94 9,27 13,54

Cambissolo Latossólico
11377,51 1,87 d 1,05 a 127,00 a 81,87 a 19,21 c 10,86 a
1/242,21 2,76 c 1,03 a 131,67 a 91,93 a 20,04 c 16,70 a
1/147,99 3,50 abc 1,32 a 130,83 a 96,33 a 20,04 c 27,28 a
1/112,27 4,03 a 1,15 a 131,50 a 80,20 a 20,32 c 14,20 a
1/471,72 1,94 d 1,62 a 127,00 a 85,93 a 26,72 b 23,10 a
1/235,65 3,13 bc 1,37 a 130,50 a 91,60 a 28,95 a 24,50 a
1/211,78 3,03 c 1,28 a 129,50 a 86,00 a 27,56 ab 21,71 a
1/103,23 3,90 ab 1,25 a 132,67 a 91,87 a 27,56 ab 25,33 a
CV(%) 9,26 28,63 2,07 10,37 2,37 29,30
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5 % de probabilidade.
81

4.3. Diagnose por Subtração de P, S e Micronutrientes

4.3.1. Produção de Grãos e Matéria Seca

o efeito dos tratamentos sobre a produção de grãos e matéria seca de:


folha, raízes, caule + ramos, vagem e total podem ser vistos nas tabelas 15 e 16, já
na tabela 17 visualiza-se a produção relativa de grãos. Vê-se, de uma forma geral,
que as médias não diferem significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade, com pequenas exceções. Possivelmente, isto ocorreu em função do
alto coeficiente de variação do ensaio. Todavia, é conveniente chamar atenção, para
alguns pontos que possam ter contribuído para este alto coeficiente:
1. O péssimo estado de manutenção da casa de vegetação, com problemas no teto,
trazendo no período chuvoso sérios transtornos.
2. Presença na casa de vegetação de plantas hospedeiras do vírus Mosaico Dourado
(VMD), apesar de pulverizações semanais, no final do ciclo as plantas
apresentaram-se afetadas.
3. Pode-se ainda admitir, que para produções baixas como as do ensaio,
normalmente o C.V. é alto.
Desta forma, onde não existir diferenças estatísticas, será comentado
as tendências dos dados.
Observa-se na tabela 15, no LVA, diferença estatística na produção de
grãos, entre o tratamento com omissão de fósforo e os tratamentos com omissão de
boro e zinco. Todavia, para o LA e para CV e CL na tabela 16, o tratamento menos
fósforo não difere estatisticamente dos demais. Pela tabela 17, na produção relativa,
verifica-se que o tratamento com omissão do fósforo apresentou redução em ambos
os solos, com a maior redução no CV, o que é explicado pelo seu menor teor de
fósforo em relação aos demais solos (tabelas 8 e 31). De acordo com o que foi
discutido no item 4.1.3. Análises Químicas, verifica-se, que os teores de fósforo para
todos os solos é considerado de médio a alto pelos extratores, resina, Mehlich, Olsem.
Sendo no extrator Bray 1 os teores considerados baixos no LVA, LA e CV e médio no
CL. Isto sugere, possivelmente, ser o extrator Bray o mais indicado para os solos
calcários de Irecê, uma vez que além da redução na produção de grãos em relação
ao tratamento completo, durante todo o ciclo da cultura, em ambos os solos, as
82

plantas apresentaram sintomas de deficiência de fósforo. É importante chamar


atenção que no final do ciclo, obselVou-se sintomas de deficiência de fósforo também
nos tratamentos completos do LVA, LA e CL, com maior predominância no solo LA.
No LVA, a produção de grãos no tratamento menos enxofre, difere significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, dos tratamentos menos boro e
menos zinco. No LA, CV e CL não ocorreu diferenças estatísticas. Todavia, obselVe-
se na tabela 17, que na produção relativa de grãos, ocorre uma redução em relação
ao tratamento completo em todos os solos, o que é justificado pelo sintoma de
deficiência nas folhas durante o ciclo da cultura. Apesar dos teores de enxofre dos
solos encontra-se acima do nível crítico citado no ítem 4.1.3 Análises Químicas,
obselVa-se que esses solos respondem a aplicação de enxofre. Sendo
possivelmente, mais alto os níveis críticos de enxofre para os solos calcários de Irecê.
O tratamento com omissão de boro, diferiu significativamente no LVA
dos tratamentos com omissão de enxofre, fósforo e testemunha, não diferindo nos
demais solos. Na produção relativa de grãos (tabela 17), detecta-se que a omissão
de boro no LVA e LA provocou um aumento na produção relativa e no CV e CL
praticamente igualou-se ao tratamento completo. Pressupõe-se, que este aumento
na produção relativa no LVA e LA, seja função de uma possível toxicidade em função
da aplicação de boro na adubação de plantio, pois foi verificado durante o cultivo
amarelamento e margens necróticas nas folhas primárias, apesar dos teores de boro
nas folhas (tabela 24) não serem considerados tóxicos (MALAVOL TA, 1989; EL-
HUSNY, 1992).
A produção de grãos no tratamento menos cobre no LVA, difere
estatisticamente do tratamento menos zinco, não apresentando diferenças estatísticas
no LA, CVe CL (tabelas 15 e 16). Todavia, a produção relativa na tabela 17, mostra
uma redução no tratamento com omissão de cobre em relação ao tratamento
completo no solo LVA e CV, um aumento no solo LA e uma produção relativa
praticamente semelhante no CL. Visualiza-se na tabela 31, que o solo LA é o que
possui menor teor de cobre, e foi o que apresentou aumento na produção relativa,
provavelmente o nível crítico de cobre neste solo seja mais baixo que nos demais,
provocando com a adubação de plantio uma possível toxicidade de cobre. Idéia essa,
sustentada pela ocorrência de clorose internelVal seguidas de necrose e
desfolhamento precoce durante o cultivo do feijoeiro, semelhante aos sintomas
83

descritos por MALAVOLTA et aI. (1989). Apesar dos teores de cobre nas folhas
(tabela 24) não serem considerados tóxicos.
No LVA, o tratamento com omissão de ferro diferiu significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade do tratamento com omissão de
zinco, no LA, CV e CL não ocorreu diferença estatística entre os tratamentos. Ao
observar o solo LVA na tabela 17, percebe-se, no tratamento menos ferro, uma
redução na produção relativa de grãos e praticamente para o LA, CV e CL as
produções relativas do tratamento menos ferro assemelham-se ao tratamento
completo. Os teores de ferro em ambos os solos, encontram-se bem acima do nível
crítico de 3,8 mg/dm3 , encontrado por ELGALA et aI. (1986), em experimentos
conduzidos em vasos com solos calcários do Egito, usando como extrator o DTPA, o
mesmo usado nesse ensaio. Além dos teores contidos na tabela 31, o experimento
foi adubado com Fe na adubação de plantio, exceto no tratamento com omissão de
ferro. Apesar, desse alto teor de Fe nos solos estudados, não pode-se admitir
problema de toxidez, uma vez que não ocorreu diferença significativa entre a
produção de grãos no tratamento com omissão de ferro e o tratamento completo
(tabelas 15, 16 e 17). Paradoxalmente o que se observou foi clorose das folhas
novas, seguida de um leve branqueamento, todavia, não se pode de forma nenhuma
afirmar que os solos são deficientes em ferro, pois, segundo MENGEL & GEURTZEN
(1986) a deficiência de ferro em plantas desenvolvidas em solos calcários, muitas
vezes é confundida com o efeito das altas concentrações de carbonatos e Ca2 + sobre
a disponibilidade de ferro. Tem sido demonstrado que o efeito observado pode ser
causado por excesso de HCO-3 , cujas as altas concentrações provocam uma inibição
na capacidade de redução da raiz, absorção de Fe, translocação as folhas e
imobilização do ferro no interior das plantas. Pela Tabela 15, observa-se no LVA que
o tratamento menos manganês difere estatisticamente do tratamento testemunha,
entretanto não difere de nenhum tratamento nos demais solos (tabela 16).
Observando a tabela 17, verifica-se no LA, um aumento na produção relativa de grãos
no tratamento com omissão de manganês em relação ao tratamento completo. Já
para os solos CV e CL ocorre uma redução e no LVA a produção relativa de grãos é
praticamente semelhante ao do tratamento completo. A redução na produção relativa
sugere ocorrer possivelmente no CV e CL deficiência de manganês. Como os teores
de manganês nesses solos são considerados altos, essa deficiência segundo
MALAVOLTA & MURAOKA (1991) ocorre em solos com pH acima de 6, devido a
84

formação de óxidos de Mn insolúveis, chama ainda atenção os autores que a redução


na disponibilidade de manganês é de 100 vezes para aumento de uma unidade de pH
do solo. Segundo os mesmos, desbalanços em relação a cálcio, magnésio e ferro
podem causar a deficiência de manganês. VOSE & JONES (1963) afirmam não ser
simples a elevação do pH responsável pela deficiência de manganês, trabalhando
com trevo, comprovaram o efeito negativo do cálcio na absorção do manganês. A
produção relativa alta no tratamento com omissão de manganês em relação ao
tratamento completo, sugere para o LA a possibilidade de toxicidade de manganês
nesse solo. Apesar, dos teores nas folhas do feijoeiro serem considerados
adequados (MALAVOLTA, 1989). E o teor de manganês no solo LA ser bem inferior
ao teor do solo CL.
Na produção de grãos do LVA na tabela 15, percebe-se que o
tratamento menos zinco diferiu significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade dos tratamentos testemunha, com omissão de fósforo, enxofre,
cobre e ferro. Não diferindo de nenhum tratamento nos demais solos. A produção
relativa de grãos, mostra um aumento no tratamento com omissão de zinco em
relação ao tratamento completo no solo LVA e LA e uma redução no CV e CL (tabela
17). Esta redução induz a uma deficiência de zinco no solo CV, que foi onde ocorreu
a maior redução, o que é justificado, pois, o solo CV é o que possui menor teor de
zinco, e apresentou também em todas repetições do tratamento, sintoma de
deficiência de zinco muito visível durante o cultivo. Considerando os teores de zinco
dos solos mais os teores utilizados na adubação de plantio, possivelmente, essa
deficiência seja em razão de formação de hidróxidos e carbonatos de zinco de baixa
solubilidade em pH elevado o que provoca um decréscimo na absorção de zinco
(LlNDSAY,1972). Da mesma forma, segundo CHAUDHRY & LONERAGAN (1972) o
efeito direto do cálcio provoca diminuição na absorção de zinco por plantas de trigo, é
como esses solos são ricos em cálcio isto é provável de ter acontecido. O aumento
da produção relativa no tratamento menos zinco, no solo LA mostra a possibilidade de
ter ocorrido toxicidade de zinco uma vez que os teores de zinco nesses solos estão
acima do nível crítico e a adubação de plantio poderá ter causado essa toxicidade nos
solos. Apesar, dos teores de zinco nas folhas do feijoeiro encontrar-se na faixa
adequada (MALAVOLTA, 1989).
Tabela 15 . Valores médios de produção de grãos e acúmulo de matéria seca nas folhas, raízes, caule + ramos,
vagens debulhadas e total (g/vaso) para cultura do feijoeiro, em firnção dos tratamentos aplicados no
LVAeLA
Caule
Tratamentos Graõs Folha Raizes + Vagem Total
Ramos
Latossolo Vermelho Amarelo

Completo 5,09 abc 5,08 a 2,25 a 2,87 a 1,66 abcd 16,93 abcd
Testemunha 1,59 d 3,20 a 1,74 a 1,83 a 0,75 e 9,10 d
-p 3,08 cd 4,06 a 1,25 a 2,10 a 1,22 cde 11,70 cd
-s 2,30 cd 3,87 a 2,63 a 2,45 a 1,16 de 12,41 bcd
-:8 6,86 ab 5,62 a 1,88 a 3,39 a 2,10 ab 19,85 abc
-Cu 4,29 bcd 6,91 a 1,72 a 4,75 a 2,01 abc 19,69 abc
-Fe 3,56 bcd 6,19 a 1,76 a 3,84 a 1,39 bcde 16,74 abcd
-Mn 5,63 abc 6,67 a 2,08 a 4,67 a 1,95 abcd 21,00 ab
-Zn 7,84 a 6,45 a 1,49 a 3,99 a 2,26 a 22,04 a
C.v. (%) 26,61 27,08 28,92 42,71 18,27 17,81
Latossolo Amarelo

Completo 2,76 a 4,70 a 2,77 a 3,20 a 1,29 ab 14,72 a


Testemunha 0,61 a 3,52 a 1,69 a 2,37 a 0,28 b 8,46 a
-p 2,56 a 3,88 a 1,76 a 2,25 a 1,03 ab 11,48 a
-s 2,19 a 3,78 a 3,75 a 2,98 a 1,32 ab 14,01 a
-B 6,16 a 5,85 a 3,64 a 3,89 a 2,61 a 22,15 a
-Cu 4,84 a 5,15 a 3,32 a 3,43 a 1,76 ab 18,51 a
-Fe 2,89 a 4,41 a 3,05 a 2,90 a 1,16 ab 14,42 a
-Mn 5,85 a 5,04 a 2,77 a 3,05 a 1,87 ab 18,58 a
-Zn 8,89 a 5,60 a 3,11 a 3,40 a 2,42 a 20,42 a
C.V. {%} 65,82 25,50 27,87 28,80 47,90 30,11
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

00
V1
Tabela 16. Valores médios de produção de grãos e acúmulo de matéria seca nas folhas, raízes, caule + ramos,
vagens debulhadas e total (g/vaso), para cultura do feijoeiro, em função dos tratamentos aplicados
no CV e CL.
Caule
Tratamentos Grãos Folhas Raizes + Vagem Total
Ramos
Cambissol0 Vértico
Completo 5,26 a 7,98 a 3,05 a 5,41 a 2,22 a 23,93 a
Testemunha 0,00 a 1,72 b 0,58 c 1,19 b 0,13 b 3,62 b
-p 0,09 a 1,95 b 0,85 bc 1,50 ab 0,11 b 4,50 b
-s 2,06 a 4,29 ab 3,02 a 2,65 ab 1,01 ab 13,03 ab
-B 5,41 a 5,42 ab 2,70 ab 3,36 ab 2,10 a 18,99 a
- Cu 3,47 a 6,14 ab 3,13 a 3,76 ab 1,59 ab 18,09 a
- Fe 5,83 a 6,88 a 3,41 a 4,21 ab 2,22 a 22,56 a
-Mn 3,20 a 5,72 ab 3,71 a 3,85 ab 1,52 ab 18,01 a
-Zn 2,21 a 4,66 ab 2,32 abc 3,01 ab 1,09 ab 13,30 ab
C.v. (%) 67,70 32,70 25,25 44,41 44,30 29,42
Cambissolo Latossólico
Completo 5,05 a 7,03 a 2,67 abc 4,98 a 1,63 a 21,35 ab
Testemunha 2,34 a 3,57 a 1,33 c 2,17 a 1,05 a 10,46 c
-p 2,56 a 4,49 a 1,73 bc 2,45 a 1,17 a 12,40 bc
-s 2,94 a 4,91 a 3,75 a 3,72 a 1,56 a 16,89 abc
-B 4,65 a 4,87 a 2,64 abc 2,90 a 1,69 a 16,74 abc
- Cu 5,42 a 7,30 a 2,62 abc 5,09 a 1,93 a 22,36 a
- Fe 4,72 a 4,98 a 3,30 ab 3,19 a 1,67 a 17,86 abc
-Mn 3,15 a 7,37 a 3,20 ab 5,28 a 1,16 a 20,15 ab
-Zn 4,11 a 9,02 a 2,30 abc 6,19 a 1,25 a 22,87 a
C.v. (%) 61,60 32,28 22,05 49,20 34,93 17,28
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

00
0\
87

Tabela 17. Produção relativa de grãos em função dos tratamentos aplicados no LVA,
LA, CVe CL

Tratamento Grãos (Prod relativa)


LVA LA CV CL
Completo 100 100 100 100
Testemunha 31 22 O 46
-P 60 93 2 51
-s 45 79 39 58
-B 135 223 103 92
-Cu 84 175 66 107
-Fe 70 105 111 94
-Mn 111 212 61 62
-Zn 154 213 42 81

4.3.2. Teor e Conteúdo de Fósforo

Nas tabelas 18, 19,20, 21, 22 e 23 são apresentados, respectivamente


os teores de fósforo nas folhas e nos grãos do feijoeiro, como também as quantidades
de fósforo exportadas nos grãos pela cultura.Observa-se nas tabelas 18 e 19 para os
quatro solos estudados, que o teor de fósforo nas folhas do feijoeiro, em função dos
tratamentos aplicados apresentaram diferenças estatísticas pelo teste de Tul<ey, ao
nível de 5% de probabilidade. Nas tabelas 18 e 19, visualiza-se que os maiores
teores de fósforo nas folhas encontram-se: para o LVA, nos tratamentos com omissão
de cobre e manganês; para o LA, no tratamento menos boro e para o CV e CL no
tratamento menos zinco. Vale ressaltar, que as médias dos teores mais altos de
fósforo nas folhas, não diferem significativamente das médias dos teores de fósforo
no tratamento completo. Todavia, diferem sifgnificativamente das médias dos
menores teores de fósforo do tratamento menos fósforo no LVA, CV e CL e do
tratamento testemunha no LA.
Os maiores teores de fósforo nas folhas do feijoeiro, no tratamento
menos zinco, no CV e CL, vem de encontro aos resultados do ensaio de AMBLER &
88

BROWN (1969), que constataram haver mais acúmulo de fósforo em plantas de feijão
submetidas à deficiência de zinco.
Nos grãos (tabelas 20 e 21), o menor teor de fósforo ocorreu para o
LVA e LA no tratamento testemunha, para o CV nos tratamentos testemunha e menos
fósforo e para o CL no tratamento menos manganês. Em ambos os solos, a omissão
de enxofre apresentou o maior teor de fósforo, provavelmente, isto tenha acontecido
em função do efeito de concentração, dado a pequena produção de grãos deste
tratamento, resultados semelhantes foram encontrados por EL-HUSNY (1992). Nas
tabelas 22 e 23, os menores conteúdos de fósforo correspondem ao tratamento
testemunha para o LVA, LA e CL e no testemunha e menos fósforo para o CV. Com
os maiores conteúdos na omissão de zinco e ferro para o LVA e CV respectivamente
e diferindo estatisticamente do completo, e na omissão de boro e no tratamento
completo para o LA e CL respectivamente, sem apresentarem diferenças significativas
do tratamento completo.
É importante observar, que os menores teores e conteúdos de fósforo
tanto nas folhas como nos grãos, é proporcionado pelos tratamentos testemunha e
pela omissão de fósforo, mesmo com o alto teor do nutriente no solo LVA, LA e CL
(tabela 30).
Os teores de fósforo apresentados nas folhas e nos grãos do feijoeiro,
de uma forma geral, estão de acordo com outros resultados (HAAG et ai., 1967;
COBRA NETO et ai., 1971 e EL-HUSIN, 1992), quanto a distribuição de fósforo entre
as folhas e os grãos os maiores teores encontam-se nos grãos, resultado idêntico foi
obtido por COBRA NETO (1971) e EL-HUSIN (1992).
Em função dos baixos teores e conteúdos de fósforo nas folhas e nos
grãos, quando se omitiu este elemento, como também, pelo efeito depressivo deste
tratamento sobre a produção de grãos do feijoeiro, pode-se deduzir nas condições
deste ensaio, que ambos os solos respondem a adubação fosfatada.

4.3.3. Teores e Conteúdo de K, Ca e Mg

Nas tabelas 18 e 19, observa-se que os teores de potássio nos quatro


solos e os teores de cálcio e magnésio no LA e CL, diferem significativamente entre
alguns tratamentos pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Todavia, os
teores de cálcio e magnésio no LVA e CV não diferem estatisticamente.
89

No l VA os tratamentos que apresentaram o maior e menor teor de


potássio nas folhas foram a testemunha e o menos ferro respectivamente. Os demais
tratamentos somente com omissão de fósforo e cobre apresentaram diferenças
estatísticas em relação ao completo. Observa-se nos teores de K, Ca e Mg no LA e K
no CV, que a omissão do fósforo favoreceu a absorção em ordem decrescente do
potássio, cálcio e magnésio e somente o teor de potássio apresentou diferença
estatística em relação ao completo. Os dados obtidos neste ensaio no que se refere
a absorção de potássio, mostram-se concordantes com os observados por COBRA
NETO (1967). Percebe-se, também, no Cl, que a omissão de cobre favoreceu
também a absorção de potássio, cálcio e magnésio em ordem decrescente e da
mesma forma somente a absorção de K difere do tratamento completo. Este fato
pode ser justificado com o aumento da produção relativa do Cl na omissão de cobre.
Pelas tabelas 20 e 22, observa-se que tanto os teores de K no lVA e
LA, como seu conteúdo no lVA diferem significativamente entre o tratamento
completo e testemunha. É importante também, verificar na tabela 21, que os
tratamentos testemunha e menos fósforo no CV não atingiram produção de grãos,
razão pela qual os teores de potássio, cálcio e magnésio são nulos.
Os teores de potássio, cálcio e magnésio encontrados nas folhas e nos
grãos do feijoeiro, assemelham-se aos obtidos por HAAG et aI. (1967), COBRA
NETO et aI. (1971) e El-HUSIN (1992).
Nas tabelas 22 e 23 verifica-se, pelos conteúdos de potássio, cálcio e
magnésio, que o potássio é o nutriente mais exportado seguido do cálcio e magnésio.
Estes resultados são semelhantes aos obtidos no ensaio do estudo da relação
K/(Ca+Mg) e são confirmados pelos trabalhos dos autores acima citados.

4.3.4. Teores e Conteúdos do Enxofre

Observando as tabelas 18, 19, 20 e 21, percebe-se claramente ao


comparar os teores de enxofre nas folhas e nos grãos de todos os tratamentos, que
estes valores estão muito abaixo dos encontrados por MALAVOlTA et aI. (1989),
HAAG (1967), COBRA NETO (1971) e EI-HUSIN (1992). Os teores encontrados nos
grãos e nas folhas neste ensaio, são cinco a dez vezes menores respectivamente,
que os considerados adequados pelos autores para cultura do feijoeiro. Em função
dos baixos teores de enxofre encontrados nas folhas e nos grãos do feijoeiro, como
90

também, pela redução na produção relativa de grãos (tabela 17), quando da omissão
de enxofre, pode-se inferir que nas condições deste ensaio, todos os solos
respondem a adubação com enxofre.
Os teores de enxofre em ambos os solos como foi discutido no ítem
4.1.3 Análises Químicas, são considerados altos e acima do nível crítico encontrado
na literatura, independentemente dos 30 mg/dm3 de 8 adicionados na adubação de
plantio.
Em solos áridos ou semi-áridos como a microrregião de Irecê-BA, o
80/- precipita em grandes quantidades como sulfatos de Na, K, Ca, Mg. Para
BOLAN et aI (1993) nos solos calcários o Ca2 + é atraído eletrostaticamente à
superfície de argila-minerais gerando cargas positivas. O 80 4- por sua vez também é
atraído para sítios positivos onde fica adsorvido, diminuindo consequentemente sua
disponibilidade nos solos.
Tabela 18 .Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre (g/kg), nas folhas
do feijoeiro (na floração ), em função dos tratamentos aplicados no LVA e LA.

Tratamentos P K Ca Mg S

Latossolo Vermelho Amarelo


Completo 2,32 abc 13,87 cd 13,64 a 2,80 a 0,77 a
Testemunha 1,44 bc 22,88 a 13,68 a 3,13 a 1,24 a
-p 1,27 c 20,80 ab 15,11 a 2,81 a 1,06 a
-8 1,56 abc 13,83 cd 15,48 a 2,48 a 0,48 a
-B 2,21 abc 13,87 cd 14,75 a 2,37 a 0,96 a
-Cu 2,72 a 21,00 ab 14,58 a 3,19 a 1,24 a
- Fe 2,04 abc 13,03 d 10,50 a 2,19 a 0,62 a
-Mn 2,56 ab 14,55 cd 12,13 a 2,59 a 0,75 a
-Zn 2,36 abc 17,42 bc 12,09 a 2,35 a 0,86 a
C.v. {%) 28,89 8,04 13,33 19,79 32,48
Latossolo Amarelo
Completo 2,19 ab 14,49 bc 12,36 bc 2,51 ab 0,55 a
Testemunha 0,92 b 17,40 bc 11,33 c 2,49 ab 1,24 a
-p 1,32 ab 25,63 a 16,56 ab 3,17 a 1,24 a
-8 2,04 ab 16,27 bc 20,33 a 2,91 ab 0,63 a
-B 2,29 a 14,74 bc 13,95 bc 2,40 ab 0,66 a
-Cu 2,24 ab 14,35 bc 13,61 bc 2,37 ab 0,65 a
- Fe 1,96 ab 12,28 c 13,69 bc 2,28 b 0,70 a
-Mn 1,99 ab 18,48 b 14,42 bc 2,10 b 0,72 a
-Zn 2,21 ab 15,61 bc 16,47 ab 2,68 ab 0,74 a
C.v. {%) 24,11 11,09 11,02 11,36 35,40
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade
'D
.......
Tabela 19. Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e ensofre (glkg) na folha do
feijoeiro (na floração), em função dos tratamentos aplicados no CV e CL.

Tratamentos P K Ca Mg 8

Cambissolo Vértico
Completo 2,42 a 11,19 b 20,37 a 3,47 a 0,82 ab
Testemunha 1,02 bc 23,34 a 21,56 a 3,52 a 1,28 a
-p 0,83 c 26,07 a 22,18 a 2,88 a 1,25 a
-8 1,91 abc 10,16 b 19,22 a 2,86 a 0,70 ab
-B 2,40 a 12,05 b 17,21 a 2,74 a 0,71 ab
- Cu 1,97 ab 9,01 b 18,90 a 2,37 a 0,69 ab
- Fe 2,18 a 9,17 b 19,37 a 2,66 a 0,64 ab
-Mn 1,77 abc 9,40 b 18,45 a 2,20 a 0,55 b
- Zn 2,71 a 9,44 b 19,12 a 2,66 a 0,55 b
c.v. (%) 19,90 13,02 11,00 17,22 30,19
Cambissolo Latossólico
Completo 2,95 a 15,78 b 15,32 ab 2,95 ab 0,94 ab
Testemunha 1,24 bc 19,79 ab 15,09 ab 2,40 b 0,90 b
-p 1,13 c 18,72 ab 15,53 ab 2,46 b 1,12 ab
-s 2,09 abc 19,08 ab 17,25 ab 3,15 ab 0,77 b
-B 2,60 abc 19,85 ab 16,07 ab 2,98 ab 0,83 b
- Cu 2,64 ab 22,67 a 20,15 a 3,56 a 1,52 a
- Fe 2,42 abc 16,49 b 14,68 b 2,62 ab 0,88 b
-Mo 2,74 a 17,01 b 15,87 ab 2,84 ab 0,91 b
- Zn 3,15 a 18,51 ab 17,79 ab 3,52 a 1,01 ab
C.v. (%) 21,80 7,93 10,84 12,34 20,78
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

'-D
IV
Tabela 20. Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre (gIkg) nos grãos do
feijoeiro em função dos tratamentos aplicados no LVA e LA.

Tratamentos P K Ca Mg S

Latossolo Vermelho Amarelo

Completo 4,56 bc 15,17 a 1,52 a 1,83 abc 0,99 a


Testemunha 4,00 c 12,69 b 2,71 a 2,01 a 0,57 a
-p 4,27 bc 13,06 ab 2,02 a 1,73 abc 1,25 a
-$ 5,66 a 13,80 ab 2,57 a 1,97 ab 0,62 a
-B 4,60 abc 13,23 ab 1,73 a 1,66 c 0,95 a
-Cu 5,11 ab 13,39 ab 2,02 a 1,80 abc 0,94 a
- Fe 5,10 ab 12,79 b 1,94 a 1,76 abc 0,60 a
-Mn 4,96 abc 12,87 b 2,21 a 1,71 bc 0,86 a
-Zn 4,71 abc 13,84 ab 2,39 a 1,87 abc 0,81 a
C.V.{%! 7,81 5,58 26,45 5,64 30,83

Latossolo Amarelo

Completo 5,43 a 12,14 a 2,30 ab 1,76 a 0,68 a


Testemunha 1,01 b 4,03 b 0,72 b 0,60 b 0,30 a
-p 3,24 a 11,98 a 2,23 ab 1,67 a 1,08 a
-$ 5,43 a 11,55 ab 2,75 a 1,86 a 0,48 a
-B 5,10 a 13,31 a 2,21 ab 1,76 a 1,07 a
-Cu 5,03 a 11,36 ab 2,32 ab 1,78 a 0,70 a
- Fe 5,42 a 12,33 a 2,94 a 1,97 a 0,78 a
-Mn 4,92 a 11,12 ab 2,93 a 1,80 a 0,57 a
-Zn 4,90 a 12,17 a 2,13 ab 1,76 a 0,61 a
C.V.(%} 17,06 24,23 27,86 20,68 53,69
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

\O
w
Tabela 21. Teores médios de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre (gIkg)
nos grãos do feijoeiro, em função dos tratamentos aplicados no CV e
CL.

Tratamentos P K Ca Mg S

Cambissolo Vértico

Completo 5,19 a 12,69 a 2,86 a 1,81 a 0,82 a


Testemunha 0,00 b 0,00 b 0,00 b 0,00 b 0,00 b
-p 0,00 b 0,00 b 0,00 b 0,00 b 0,00 b
-s 5,89 a 12,77 a 3,41 a 1,92 a 0,52 a
-B 4,76 a 11,63 a 2,01 ab 1,82 a 0,60 a
- Cu 5,38 a 12,65 a 2,94 a 1,95 a 0,61 a
- Fe 5,02 a 12,65 a 2,13 a 1,85 a 0,56 a
-Mn 5,85 a 12,18 a 3,25 a 2,00 a 0,47 a
- Zn 5,47 a 12,65 a 2,52 a 1,86 a 0,52 a
C.V·{%l 12,97 9,00 34,13 8,32 34,05
Cambissolo Latossólico

Completo 5,41 a 12,89 a 2,23 a 1,66 a 0,76 ab


Testemunha 3,83 a 12,60 a 2,33 a 1,78 a 0,62 ab
-p 3,94 a 12,20 a 1,97 a 1,65 a 1,17 a
-s 5,97 a 12,53 a 3,17 a 1,92 a 0,58 ab
-B 5,15 a 12,84 a 2,06 a 1,90 a 0,59 ab
- Cu 5,16 a 13,09 a 2,24 a 1,83 a 0,76 b
- Fe 5,20 a 11,80 a 2,82 a 1,83 a 0,49 b
-Mn 3,68 a 8,54 a 2,13 a 1,16 a 0,44 b
- Zn 5,13 a 13,34 a 2,20 a 1,69 a 0,85 ab
C.V.{%~ 26,00 21,98 37,58 20,26 28,56
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

\O
.j:>.
Tabela 22. Quantidades de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre (mg/vaso) exportadas nos
• u
...srãos pela cultura do feijoeiro, em funs:ão dos tratamentos aplicados no LVA e LA.

Tratamentos P K Ca Mg S

Latossolo Vermelho Amarelo

Cowpleto 23,20 bcd 77,11 abc 7,72 ab 9,32 abc 5,03 abc
Testemunha 6,23 e 19,28 d 4,48 b 3,10 d 1,01 c
-p 13,12 de 40,09 de 6,20 b 5,31 cd 3,96 abc
-8 12,97 de 31,82 de 5,92 b 4,54 cd 1,42 bc
-B 30,84 ab 90,66 ab 11,42 ab 11,28 ab 6,23 ab
- Cu 21,81 bcd 57,81 bcd 8,33 ab 7,69 bcd 4,02 abc
- Fe 18,10 bc 45,04 bcd 7,00 b 6,27 bcd 2,20 abc
-Mn 27,41 abc 73,22 abc 11,98 ab 9,63 abc 5,13 abc
-Zn 36,81 a 108,40 a 19,17 a 14,66 a 6,30 a
C.v. (%) 19,28 26,12 44,25 25,05 42,63
Latossolo Amarelo

Completo 14,37 a 33,73 a 6,18 a 4,84 a 1,66 a


Testemuuha 1,83 a 7,34 a 1,31 a 1,09 a 0,55 a
-p 8,23 a 30,14 a 5,83 a 4,28 a 2,55 a
-s 11,78 a 25,26 a 5,91 a 4,07 a 1,04 a
-B 31,47 a 82,09 a 13,23 a 10,78 a 6,31 a
- Cu 24,49 a 55,47 a 11,11 a 8,53 a 3,54 a
- Fe 15,35 a 38,60 a 6,84 a 5,62 a 2,82 a
-Mn 25,77 a 66,85 a 14,24 a 10,13 a 3,56 a
-Zn 28,79 a 72,09 a 11,93 a 10,39 a 3,61 a
C.v. (%) 58,92 67,76 59,31 64,98 72,13
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

'D
Vl
Tabela 23 Quantidade de fósforo, potássio, cálcio, magneslO e enxofre (mg/vaso)
exportadas nos grãos pela cultura do feijoeiro, em função dos tratamentos
aelicados no CV e CL.
Tratamentos P K Ca Mg S

Cambissolo V értico
Com,pleto 25,72 a 67,89 a 13,29 a 9,23 ab 4,62 a
Testemunha 0,00 b 0,00 a 0,00 b 0,00 b 0,00 a
-p 0,00 b 0,00 a 0,00 b 0,00 b 0,00 a
-s 12,34 ab 25,09 a 7,22 ab 3,93 ab 1,01 a
-B 24,92 a 62,37 a 10,04 a 9,72 a 3,49 a
-Cu 17,78 ab 43,15 a 9,04 a 6,52 ab 1,82 a
- Fe 26,97 a 77,01 a 10,69 a 10,31 a 3,93 a
-Mn 18,62 ab 38,90 a 10,21 a 6,39 ab 1,48 a
-Zn 12,07 ab 28,05 a 5,44 ab 4,08 ab 1,17 a
C.V. {%) 49,39 74,72 37,12 57,70 99,85

Cambissolo Latossólico
Completo 27,36 a 65,08 a 11,12 a 8,37 a 3,91 a
Testemunha 9,12 a 29,36 a 5,38 a 4,18 a 1,40 a
.p 10,01 a 31,13 a 4,86 a 4,21 a 3,01 a
-s 16,86 a 37,69 a 7,64 a 5,45 a 1,65 a
-B 24,00 a 59,86 a 9,67 a 8,81 a 2,75 a
-Cu 27,03 a 7],81 a 11,22 a 9,65 a 4,09 a
- Fe 23,98 a 56,68 a 12,73 a 8,58 a 2,37 a
-Mn 16,73 a 40,92 a 9,96 a 5,54 a 1,97 a
-Zn 20,82 a 55,07 a 8,38 a 6,87 a 3,22 a
C.V. (0/0) 58,41 64,80 59,27 59,43 60,06
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nÍVel de 5% de probabilidade

\O
Q\
97

4.3.5. Teor e Conteúdo de Boro

Nas tabelas 24, 25, 26, 27, 28 e 29 são apresentados, respectivamente


os teores de boro nas folhas e nos grãos do feijoeiro, como também as quantidades
de boro exportadas nos grãos pela cultura.
Nas tabelas 24 e 25 encontram-se os teores de boro nas folhas do
feijoeiro, onde nota-se, que no solo LVA e CL os teores não diferem estatisticamente,
ocorrendo pequenas diferenças significativas no solo LA e CV. Os tratamentos com
omissão de fósforo e enxofre no LA, e o tratamento testemunha no CV apresentaram
os maiores teores de boro nas folhas, não diferindo estatisticamente do completo,
enquanto que os tratamentos com omissão de boro, ferro e manganês, para o solo LA
e o de omissão de zinco no CV apresentaram os menores teores e, diferem
significativamente dos tratamentos que apresentaram maiores teores.
Percebe-se nas tabelas 26 e 27, que os teores de boro nos grãos não
apresentaram diferenças significativas, e que os teores nulos nos tratamentos
testemunha e menos fósforo no CV, é pelo fato de não ter ocorrido produção de grãos
nestes tratamentos. As tabelas 28 e 29 mostram que a maior exportação de boro
pelos grãos ocorreu: no LVA pelos tratamentos completo, menos boro, menos
manganês e menos zinco; no LA pelos tratamentos menos boro, menos manganês e
menos zinco; no CV pelos tratamentos completo, menos boro, menos ferro; no CL
pelos tratamentos completo, menos boro, menos cobre e manos ferro, exatamente
onde foram registradas as maiores produções de grãos.
Os teores de boro apresentados neste estudo, estão de acordo com
MALAVOLTA (1989) e EL-HUSNY (1992).

4.3.6. Teor e Conteúdo de Cobre

Nas tabelas 24, 25, 26, 27, 28 e 29 encontram-se os teores de cobre


nas folhas e nos grãos do feijoeiro, como também as quantidades exportadas pelos
grãos. Os tratamentos com omissão de fósforo e enxofre no LVA, omissão de
enxofre no LA e CL e omissão de fósforo no CV, aumentaram os teores e as
quantidades de cobre nas folhas e nos grãos do feijoeiro. Estes resultados
encontram apoio nos trabalhos de MALAVOLTA (1980), e discorda dos resultados
apresentados por EL-HUSNY (1992), onde a omissão de fósforo e enxofre segundo o
autor condicionaram decréscimos no acúmulo de cobre nas folhas e nos grãos do
feijoeiro.
98

Os teores de cobre encontrados nas folhas, assemelham-se aos teores


encontrados por EL-HUSNY (1992).

4.3.7. Teor e Conteúdo de Ferro

Pelas tabelas 24 e 25, verifica-se que os teores de ferro nas folhas do


feijoeiro no solo LVA e no CV não diferem significativamente pelo teste de Tukey, ao
nível de 5% de probabilidade. Todavia, nos solos LA e CL os teores apresentam
algumas diferenças estatísticas. Os tratamentos com omissão de enxofre e zinco no
LA e o tratamento com omissão de fósforo no CL apresentaram os maiores teores de
ferro nas folhas do feijoeiro. Estes resultados, concordam com os obtidos por
MALAVOLTA (1980).
No LVA tabela 26, os teores de ferro nos grãos não apresentam
diferenças significativas. Para a quantidade de ferro acumulada nos grãos, tabela 28,
o maior destaque correspondeu a testemunha que proporcionou uma redução, porém
a omissão de zinco registrou o maior acúmulo de ferro. No LA tabela 26, a
testemunha apresentou o menor teor de ferro, e também apresentou na tabela 28, a
menor quantidade acumulada nos grãos. No CV e CL tabelas 27 e 29, tanto os teores
quanto as quantidades de ferro nos grãos não apresentaram diferenças significativas.
A omissão de zinco aumentando a quantidade de ferro acumulada nos
grãos, também foi encontrada por EL-HUSNY (1992).
os teores de ferro observados neste ensaio, encontram-se dentro da
faixa considerada adequada por MALAVOLTA et ai. (1989). Segundo o autor por ser
um elemento parcialmente móvel na planta, as maiores quantidades encontram-se
nas folhas, como pode ser observado neste trabalho.

4.3.8. Teor e Conteúdo de Manganês

Visualizando as tabelas 24 e 26, percebe-se que, a omissão de enxofre


no solo LA aumentou o teor de manganês nas folhas e nos grãos do feijoeiro,
enquanto que o tratamento testemunha e a omissão de fósforo reduziram estes
teores. Na tabela 25 no CV, o tratamento testemunha aumenta o teor de manganês
nas folhas, enquanto que o tratamento com omissão de cobre reduz este teor, no CL
ocorre o contrário, a omissão de cobre aumenta o valor e o tratamento testemunha
reduz.
99

Provavelmente o maior teor de manganês nas folhas e nos grãos com a


omissão do enxofre, tenha acontecido, em razão do efeito de concentração, pois este
tratamento proporcionou um pequeno desenvolvimento da planta, cuminando com
uma baixa produção. Pode-se observar nas tabelas 28 e 29 que o mesmo não
ocorreu para as quantidades de manganês nos grãos.
Na tabela 28 a omissão de zinco no LVA e a omissão do boro no LA
aumentam a quantidade de manganês exportadas pelos grãos, o que está de acordo
com o que é citado pela literatura.
Os teores de manganês encontrados neste ensaio, situam-se na faixa
adequada sugerida por MALAVOLTA et aI. (1989). Quanto a distribuição do
manganês na planta, as folhas apresentam maiores quantidades que nos grãos, como
citado por MALAVOLTA (1980).

4.3.9. Teor e Conteúdo de Zinco

Nas tabelas 24 e 25, pode-se observar para o solo LVA, LA e CV que a


omissão de fósforo aumentou o teor de zinco nas folhas do feijoeiro.
Para os teores de zinco nos grãos (tabelas 26 e 27) e para a
quantidade de zinco exportada pelos mesmos (tabelas 28 e 29), as médias não
diferem significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade,
exceto para o solo LVA na tabela 28, onde chama atenção os tratamentos
testemunha e menos enxofre, pela menor quantidade de zinco acumulada.
A explicação para a omissão de fósforo favorecer à absorção de zinco
segundo MANDAL & HALDAR (1980) é que a aplicação de fósforo causa efeito
depressivo no conteúdo de zinco disponível no solo, sendo este efeito mais
proeminente no zinco nativo do solo do que o aplicado. Todavia OLSEN (1972)
procurando explicação para o fato, verificou que o fósforo precipitando o zinco no solo
não é uma explicação satisfatória. Um efeito do fósforo atuando no sítio de absorção
ou limitando a translocação ou mesmo a utilização do zinco pelas plantas parece uma
hipótese mais satisfatória. Quanto a relação entre enxofre e zinco observada neste
estudo, os efeitos foram semelhantes aos observados por EI-HUSNY (1992). Os
teores de zinco nas folhas e nos grãos, constatado neste ensaio, encontram-se na
faixa adequada relatada por MALAVOLTA (1989).
Tabela 24. Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mg/kg) nas folhas do feijoeiro
(na floração), em função dos tratamentos aplicados no LVA e LA.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Latossolo Vermelho Amarelo


CompletQ 53 a 7,69 b 287 a 71 a 38,29 ab
Testemunha 66 a 6,67 b 193 a 67 a 33,36 b
-p 58 a 11,99 a 238 a 68 a 68,25 a
-$ 59 a 8,70 ab 273 a 108 a 35,35 b
-8 41 a 7,44 b 255 a 78 a 35,74 b
-Cu 49 a 6,42 b 264 a 76 a 47,88 ab
- Fe 47 a 7,44 b 212 a 88 a 37,75 ab
-Mn 55 a 5,91 b 210 a 67 a 38,88 ab
-Zn 54 a 7,94 b 249 a 81 a 29,88 b
C.V. (%) 17,13 17,21 13,58 19,30 26,66
Latossolo Amarelo
Completo 53 ab 5,40 c 229 bc 121 bc 46,18 b
Testemunha 46 b 0,00 d 165 c 87 c 34,95 b
-p 75 a 7,94 ab 243 abc 85 c 72,34 a
-$ 72 a 9,72 a 336 a 180 a 45,74 b
-8 42 b 7,08 bc 266 abc 148 ab 39,33 b
- Cu 65 ab 6,70 bc 249 abc 139 ab 41,51 b
- Fe 46 b 8,35 ab 260 abc 153 ab 38,32 b
- Mn 41 b 8,60 ab 261 abc 136 ab 39,59 b
- Zn 50 ab 8,55 ab 304 ab 165 ab 40,76 b
C.V. (%) 16,58 12,05 13,86 11,74 18,13
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

o
-
o
Tabela 25. Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mg/kg) , nas folhas do
feijoeiro (na floração), em fimção dos tratamentos aplicados no CV e CL.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn
Cambissolo Vértico
Completo 63 ab 0,00 c 229 a 46 b 29,80 de
Testemunha 73 a 8,21 ab 262 a 73 a 56,15 ab
-p 58 ab 12,12 a 274 a 53 ab 67,16 a
-8 42 ab 8,21 ab 275 a 46 b 54,14 abc
-B 56 ab 0,00 c 205 a 49 b 34,39 de
-Cu 41 ab 6,41 b 238 a 44 b 31,40 de
- Fe 45 ab 0,00 c 211 a 60 ab 43,51 bcd
-Mn 43 ab 5,57 bc 228 a 39 b 35,43 cde
-Zn 35 b 6,32 b 215 a 48 b 23,16 e
C.v. (%) 23,83 37,27 18,66 115,55 14,12
Cambissolo Latossólico
Completo 52 a 8,64 a 354 ab 158 ab 51,19 a
Testemunha 30 a 7,85 a 372 ab 98 b 34,88 a
-p 35 a 9,67 a 409 a 134 ab 58,29 a
-8 37 a 10,97 a 315 ab 188 ab 45,39 a
-B 44 a 9,68 a 313 b 156 ab 41,14 a
-Cu 51 a 8,37 a 386 ab 202 a 58,19 a
-Fe 36 a 9,42 a 298 b 158 ab 70,47 a
-Mo 53 a 9,68 a 306 b 148 ab 40,91 a
- Zn 57 a 9,41 a 298 b 163 ab 42,25 a
C.v. (%) 23,19 14,50 9,63 21,44 26,01
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nivel de 5% de probabilidade

o
-
......
Tabela 26 . Teores médios de boro, cobre, ferro,manganês e zinco (mg/kg) nos grãos do
feijoeiro, em função dos tratamentos aplicados no L VA e LA.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Latossolo Vermelho Amarelo

Completo 22 abc 0,00 c 141 a 31 a 43,29 a


Testemunha 25 a 4,95 b 54 a 18 a 32,48 a
-p 20 abc 6,01 ab 71 a 20 a 37,66 a
-s 24 ab 6,97 a 161 a 36 a 37,08 a
-B 19 bc 0,00 c 100 a 27 a 31,35 a
- Cu 20 abc 0,00 c 106 a 25 a 45,72 a
- Fe 21 abc 0,00 c 88 a 32 a 44,00 a
-Mn 19 bc 0,00 c 105 a 26 a 35,60 a
-Zn 17 c 0,00 c 98 a 28 a 30,62 a
C.v. (%0 9,10 20,45 37,16 31,62 17,55
Latossolo Amarelo

Completo 23 a 0,00 b 91 ab 36 a 38,91 ab


Testemunha 8 a 2,32 ab 23 b 8 b 13,50 ab
-p 22 a 5,92 a 64 ab 21 ab 35,76 ab
-s 26 a 0,00 b 88 ab 39 a 36,82 ab
-B 20 a 0,00 b 92 ab 36 a 35,65 ab
- Cu 20 a 0,00 b 112 a 36 a 35,50 ab
- Fe 23 a 0,00 b 85 ab 35 a 41,93 a
-Mn 22 a 0,00 b 108 a 37 a 39,93 ab
- Zn 18 a 0,00 b 78 ab 30 a 30,96 ab
c.v. (%) 30,40 146,12 35,05 20,61 28,50

nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade
......
o
N
Tabela 27. Teores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mglkg) nos
grãos do feijoeiro, em fimção dos tratamentos aplicados no CV e
CL.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Cambissolo Vértico

COInpJeto 25 a 0,00 b 82 ab 17 a 42,09 a


Testemunha O b 0,00 b O c 0,00 b
-p 0,00 b O c 0,00 b
-s
°b
29 a 5,43 a 80 ab
°° bb
19 a 47,54 a
-B 22 a 0,00 b 63 b 17 a 36,99 a
- Cu 27 a 0,00 b 76 ab 17 a 42,95 a
- Fe 22 a 0,00 b 81 ab 21 a 41,63 a
-Mn 25 a 5,30 a 91 ab 18 a 48,73 a
-Zn 23 a 0,00 b 94 a 17 a 35,82 a
C.V·{%l 12,99 15,58 15,53 19,35 21,10
Cambissolo Latossólico

Completo 25 a 0,00 b 91 a 37 a 40,42 a


Testemunha 23 a 0,00 b 55 a 26 a 36,95 a
-p 23 a 0,00 b 72 a 22 a 41,34 a
-s 26 a 5,67 a 110 a 45 a 46,28 a
-B 22 a 0,00 b 80 a 36 a 41,89 a
- Cu 26 a 0,00 b 119 a 40 a 46,84 a
':'Fe 23 a 0,00 b 77 a 42 a 50,47 a
-Mn 15 a 0,00 b 57 a 27 a 31,64 a
-Zn 22 a 0,00 b 88 a 35 a 37,48 a
C.V. (%) 23,16 0,00 28,27 31,23 25,63

nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade .....
ow
Tabela 28. Quantidade de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (~g/vaso) exportadas nos
grãos pela cultura do feij o eiro , em função dos tratamentos aplicados no LVA e
LA.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Latossolo Vermelho Amarelo


Completo 113 ab 0,00 c 716 ab 158 abc 219,72 ab
Testemunha 38 c 7,86 b 92 d 30 c 55,57 d
-p 61 bc 18,33 a 219 cd 60 bc 116,41 bcd
-s 56 bc 15,54 a 359 abcd 83 bc 85,20 cd
-B 128 a 0,00 c 637 abc 174 ab 209,41 ab
-Cu 86 abc 0,00 c 455 abcd 104 abc 193,68 abc
-Fe 72 abc 0,00 c 317 bcd 117 abc 151,97 abcd
-Mn 109 ab 0,00 C 589 abc 145 abc 201,17 abc
-Zn 134 a 0,00 c 767 a 222 a 238,73 a
c.v. (%) 24,42 50,75 33,14 37,20 24,77
Latossolo Amarelo
Completo 59 a 0,00 b 228 ab 99 ab 102,48 a
Testemunha 15 a 4,23 b 43 b 14 b 24,56 a
-p 57 a 15,37 a 162 ab 54 ab 93,00 a
-s 56 a 0,00 b 190 ab 85 ab 78,55 a
-B 119 a 0,00 b 564 a 217 a 216,45 a
-Cu 94 a 0,00 b 356 ab 173 ab 173,09 a
- Fe 56 a 0,00 b 238 ab 95 ab 105,65 a
-Mn 106 a 0,00 b 493 ab 179 ab 189,84 a
~Zn 109 a 0,00 b 456 ab 173 ab 182,43 a
C.v. (%) 54,81 135,54 59,04 56,70 56,71

nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao uiveI de 5% de probabilidade
.......
o
.j:o
Tabela 29. Quantidades de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (~glvaso)
exportadas nos grãos pela cultura do feijoeiro, em função dos
tratamentos aplicados no CV e CL.

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Cambissolo Vértico

Completo 127 a 0,00 c 402 ab 82 ab 205,55 a


Testemunha O b 0,00 c O b O b 0,00 b
-p O b 0,00 c O b Ob 0,00 b
-8 55 ab 10,87 b 154 ab 38 ab 87,97 ab
-B 121 a 0,00 c 345 ab 91 a 198,82 a
-Cu 88 ab 0,00 c 244 ab 58 ab 138,50 aI>
- Fe 118 a 0,00 c 476 a 114 a 227,71 a
-Mn 81 ab 17,00 a 292 ab 57 ab 155,91 ab
-Zn 51 ab 0,00 c 208 ab 38 ab 79,41 ab
C.V. {%} 56,07 67,79 61,53 54,25 53,04

Cambissolo Latossólico

Completo 127 a 0,00 b 464 a 184 a 202,94 a


Testemunha 54 a 0,00 b 131 a 62 a 88,38 a
-p 58 a 0,00 b 181 a 56 a 107,54 a
-8 73 a 16,67 a 300 a 116 a 129,32 a
-B 101 a 0,00 b 375 a 166 a 192,05 a
-Cu 132 a 0,00 b 599 a 201 a 254,23 a
- Fe 106 a 0,00 b 352 a 194 a 241,77 a
-Mn 69 a 0,00 b 247 a 121 a 143,69 a
-Zn 92 a 0,00 b 383 a 140 a 143,76 a
C.V. (%) 57,85 208,07 59,20 54,29 61,10

- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade ......
oVl
106

4.3.10. Valores de Macro e Micronutl'ientes Recuperados Antes e


Após o Cultivo dos Solos em função dos Tratamentos
Aplicados

Pela tabela 30, visualiza-se os valores médios de fósforo disponíveis e


potássio, cálcio e magnésio trocáveis, recuperados após o período de incubação e
antes do plantio, com as médias não diferindo significativamente pelo teste de Tukey,
ao nível de 5% de probabilidade.
Foram feitas correlações entre os valores de fósforo extraídos com os
extratores resina e Olsem verso produção de matéria seca de grãos, e para ambos os
solos, as correlações não foram significativas.
Na tabela 31, encontram-se os valores médios de fósforo disponíveis,
enxofre, boro, cobre, ferro, manganês, zinco e potássio, cálcio e magnésio trocáveis
antes do cultivo. Foram analisadas apenas uma amostra de cada solo com três
repetiçoes. As análises de fósforo, potássio, cálcio e magnésio do CV, não foram
realizadas em todos os tratamentos como no LVA, LA e CV (tabela 30), porque não
foi incubado com nenhum tratamento, como descrito no material e métodos.
Os valores encontrados nas tabelas 30 e 31, de uma certa forma,
foram discutidos no ítem 4.3.1 Análises Químicas do capítulo 4.1 características
Físicas, Mineralógicas e Químicas dos Solos. Como também, citado durante a
discussão dos dados.
Verifica-se nas tabelas 32 e 33 os valores médios de fósforo e enxofre
disponíveis, potássio, cálcio e magnésio trocáveis após o cultivo dos solos. Observa-
se, que os valores de fósforo para ambos os solos, nos tratametnos testemunha e
com omissão de fósforo, diferem significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de
5% de probabilidade, dos demais tratamentos. Esta diferença é em função de que
estes dois tratamentos foram os únicos que não receberam fósforo na adubação de
plantio. Também, foram feitas correlações entre os valores de fósforo disponíveis
após o cultivo extraídos com os extratores resina e Olsem verso Produção de matéria
seca de grãos. No LVA a correlação com fósforo resina foi significativa a 5% com
r=0,3913, com fósforo Olsem também significativa a 5% com r=0,4116. No CV a
correlação com fósforo resina foi significativa a 5% com r=0,4395, com o fósforo
107

Olsem significativa a 1% com r=O,5116. Nos solos LA e CL as correlações com a


produção de grãos não foram significativas.
Os valores de enxofre recuperados após o cultivo no LVA e LA não
diferem significativamente entre os tratamentos, tendo-se observado diferenças
entre os mesmos no CV e eL. É importante chamar atenção que o coeficiente de
variação para a análise de enxofre foi muito alto.
Os valores de potássio, cálcio e magnésio de uma forma geral não
apresentaram diferenças significativas importantes.
Observa-se pelas tabelas 34 e 35 que para todos os micronutrientes,
somente no zinco os tratamentos testemunha e com omissão de zinco, diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, dos demais
tratamentos.
108

Tabela 30. Valores médios de fósforo disponíveis (mgldm3 ), potássio, cálcio e magnésio
trocáveis (mmoL/dm3 ), recuperados antes do cultivo dos solos, em função
dos tratamentos aElicados no LV A, LA e CL.
Tratamentos P P K Ca Mg
Resina Olsem
Latossolo Vermelho Amarelo
Completo 59 a 33 a 24,80 a 260,00 ab 26,44 a
Testemunha 60 a 32 a 14,85 b 218,33 b 26,17 a
-p 60 a 31 a 23,94 a 223,33 b 26,44 a
-8 59 a 32 a 25,29 a 275,67 a 24,22 a
-8 56 a 34 a 23,33 a 249,67 ab 25,61 a
-Cu 56 a 34 a 24,31 a 254,67 ab 25,61 a
- Fe 54 a 32 a 23,94 a 239,33 ab 25,89 a
-Mn 56 a 32 a 24,43 a 274,00 a 26,44 a
-Zn 56 a 32 a 23,69 a 262,67 ab 24,77 a
c.v. (%) 7,16 5,42 5,67 6,88 3,07
Latossolo Amarelo
Completo 26 a 23 a 16,23 a 86,00 c 18,93 a
Testemunha 29 a 23 a 14,06 a 93,00 abc 14,81 b
-p 25 a 24 a 11,87 a 91,00 bc 19,26 a
-8 25 a 25 a 16,24 a 95,00 abc 19,43 a
-B 27 a 24 a 13,09 a 107,33 a 19,54 a
-Cu 25 a 24 a 11,39 a 105,33 ab 19,37 a
-Fe 24 a 24 a 11,63 a 101,50 ab 19,43 a
-Mn 25 a 25 a 13,33 a 102,67 ab 19,20 a
-Zn 27 a 25 a 13,81 a 103,00 ab 19,71 a
c.v. (%) 9,09 6,02 15,22 5,08 4,85
Cambissolo Latossólico
Completo 65 b 62 a 3,88 a 164,33 a 32,40 a
Testemunha 72 a 66 a 2,33 b 172,33 a 22,71 b
-p 66 b 63 a 3,71 a 178,67 a 29,84 ab
-S 67 b 65 a 4,02 a 181,00 a 30,39 ab
-B 69 ab 64 a 3,85 a 170,00 a 33,40 a
-Cu 66 b 67 a 3,73 a 127,00 a 30,73 ab
- Fe 65 b 65 a 3,68 a 147,00 a 32,17 a
-Mn 67 b 67 a 3,68 a 190,00 a 32,18 a
-Zn 66 b 61 a 3,78 a 194,33 a 27,28 ab
c.v. (%) 2,40 3,49 3,86 15,97 10,18
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5 % de probabilidade.
Tabela 31 . Valores médios de fósforo disponiveis, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mg/dm3 ) e potássio, cálcio
e magnésio trocáveis (mmollcdm3 ) antes do cultivo do LVA, LA, CV e CL.

p p K Ca Mg s B Cu Fe Mn Zn
Solo
Resina Olsen

LVA 8,91 0,89 1,15 6,44 41,67 1,05

LA 14,11 0,84 0,88 4,87 51,93 1,01

CV 5 8 1,16 486,66 17,48 5,46 0,73 1,09 6,58 15,87 0,57

CL 8,77 0,65 1,39 14,37 106,26 1,73

o
\.O
-
Tabela 32. Valores médios de fósforo e enxofre disponíveis (mg/dm\ potássio, cálcio e magneslO
3
trocáveis (mmoVc dm ), recuperados após o cultivo dos solos em função dos tratamentos
aplicados no L V A e LA.

Tratamentos P P S K Ca Mg
Resina Olsem
Latossolo Vermelho Amarelo
Completo 143 ab 134 a 5,71 a 16,72 a 74,33 bc 22,71 a
Testemunha 39 c 22 b 3,13 a 11,14 b 76,00 b 23,16 a
-p 35 c 21 b 8,45 a 15,75 a 71,33 bc 17,70 b
-s 146 a 137 a 4,85 a 16,24 a 62,33 c 21,60 ab
-B 125 ab 122 a 4,76 a 15,03 a 79,00 b 22,60 a
- Cu 131 ab 116 a 4,73 a 16,48 a 97,67 a 22,16 a
- Fe 135 ab 121 a 4,90 a 14,06 a 95,00 a 23,60 a
-Mo 126 ab 117 a 3,73 a 15,03 a 94,33 a 22,38 a
-Zn 122 b 112 a 6,77 a 15,03 a 76,33 b 23,27 a
c.v. (%) 7,43 9,01 46,42 6,31 5,76 6,47
Latossolo Amarelo
Completo 124 a 126 a 6,70 a 9,02 a 70,93 b 15,81 ab
Testemunha 37 b 17 b 3,42 a 6,41 a 91,67 a 14,14 b
-p 31 b 14 b 6,05 a 8,31 a 76,87 ab 16,14 ab
-8 128 a 138 a 3,57 a 8,07 a 69,07 b 15,59 ab
-B 115 a 117 a 4,01 a 6,17 a 71,73 b 16,03 ab
- Cu 121 a 122 a 6,84 a 7,36 a 69,80 b 15,14 ab
- Fe 128 a 130 a 8,69 a 7,36 a 69,93 b 16,48 a
-Mn 116 a 121 a 2,96 a 7,12 a 72,07 b 16,37 ab
-Zn 118 a 118 a 5,73 a 6,65 a 74,33 b 16,26 ab
C.v. (%) 8,28 10,32 47,01 18,51 7,91 5,00
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem signíficativamente pelo teste
de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

.....
I-'
o
Tabela 33. Valores médios de fósforo e enxofre disponíveis (mg/dm\ potássio, cálcio e magneslO
3
trocáveis (mmoVc dm ), recuperados após o cultivo dos solos, em função dos tratamentos
aplicados no CV e CL.

Tratamentos P P S K Ca Mg
Resina Olsem
Cambissolo Vértico
Completo 90 a 80 a 6,05 aI> 1,16 a 448,61 a 13,25 I>
Testemunha 15 I> 3 I> 6,88 a 2,33 a 402,61 a 22,11 a
-p 15 I> 2 b 1,94 aI> 1,92 a 416,61 a 18,93 aI>
-s 101 a 18 a 6,49 ab 1,51 a 460,61 a 18,04 aI>
-B 82 a 89 a 1,55 ab 1,81 a 509,33 a 16,48 aI>
- Cu 83 a 81 a 3,26 b 1,19 a 489,33 a 11,15 aI>
- Fe 18 a 13 a 4,19 b 1,64 a 415,33 a 11,15 ab
-Mo 86 a 85 a 9,28 ab 1,97 a 564,67 a 17,26 aI>
- Zn 96 a 10 a 5,24 b 1,64 a 441,33 a 16,92 aI>
c.v. (%) 11,68 20,66 84,61 44,20 12,57 13,30
Caml>issolo Latossólico
Completo 129 a 136 a 5,94 c 2,94 a 122,53 a 26,39 a
Testemunha 46 b 48 b 1,44 a 1,59 b 142,40 a 20,11 I>
-p 49 b 46 b 8,30 bc 2,40 ab 138,13 a 26,50 a
-s 143 a 151 a 6,09 c 2,66 aI> 118,80 a 28,06 a
-B 139 a 152 a 12,21 bc 2,40 ab 121,41 a 21,95 a
- Cu 129 a 144 a 5,03 c 1,99 ab 141,33 a 25,16 ab
- Fe 145 a 154 a 15,56 b 2,54 ab 130,93 a 21,39 a
-Mn 136 a 144 a 10,15 bc 2,35 ab 130,40 a 21,16 a
- Zn 128 a 136 a 5,54 c 1,95 ab 122,53 a 21,16 a
C.v. (%) 6,59 6,10 22,13 16,14 7,69 6,84
- nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente pelo teste
de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

,-
.....
Tabela 34. Valores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mg/dm3 ), recuperados após o
cultivo dos solos, em fun2ão dos tratamentos a~licados no CV e CL.
Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Cambissolo Vértico
Completo 0,87 ab 1,56 b 7,83 ab 15,87 ab 1,50 b
Testemunha 0,82 ab 1,08 d 6,91 d 12,40 e 0,59 e
-p 0,84 ab 1,56 b 7,55 be 12,13 e 1,61 b
-s 0,95 a 1,57 b 7,71 abe 13,80 abe 1,44 b
-B 0,64 b 1,60 b 8,05 a 17,00 a 1,51 b
-Cu 0,83 ab 1,33 e 7,62 abe 14,87 abe 1,59 b
-Fe 0,76 ab 2,15 a 7,34 de 15,27 abe 2,21 a
-Mn 0,84 ab 1,55 b 7,75 abe 13,07 be 1,52 b
-Zn 0,94 a 1,55 b 7,59 be 13,53 be 0,51 e
c.v. (%) 11,82 2,53 1,97 8,28 5,33
Cambissolo Latossólieo
Complet() 0,83 a 2,55 abe 23,13 ed 160,53 a 2,60 ab
Testemunha 0,65 a 2,31 be 19,40 e 78,00 b 1,55 e
-p 0,78 a 2,51 abe 20,40 de 92,40 b 2,30 b
-s 0,76 a 2,53 abc 24,40 bc 65,67 b 2,30 b
-B 0,74 a 2,59 ab 26,60 ab 160,00 a 2,61 ab
-Cu 0,75 a 2,06 c 27,60 a 153,07 a 2,36 ab
- Fe 0,81 a 2,95 a 26,33 ab 167,20 a 2,77 a
-Mn 0,79 a 2,66 ab 24,93 abc 142,93 a 2,51 ab
- Zn 0,76 a 2,63 ab 25,40 abe 73,47 b 1,50 e
c.v. (%) 12,57 6,68 4,19 8,27 6,84
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem significativamente
pelo teste de Tukey, ao nivel de 5% de probabilidade

.-
.....
N
Tabela 35. Valores médios de boro, cobre, ferro, manganês e zinco (mg/dm3 ) recuperados após o
cultivo dos solos, em fimção dos tratamentos aplicados no LVA e LA

Tratamentos B Cu Fe Mn Zn

Latossolo Vermelho Amarelo


Completo 1,19 a 2,13 ab 14,02 bc 71,53 ab 2,07 ab
Testemunha 0,80 c 1,31 e 8,20 d 36,40 c 0,93 d
-p 1,09 ab 1,76 d 9,85 d 41,53 c 1,56 e
-s 1,10 ab 1,99 e 12,68 e 56,93 be 1,82 be
-B 0,92 be 2,10 abc 15,27 be 76,33 ab 1,93 be
- Cu 1,22 a 1,76 d 18,07 a 92,13 a 2,05 ab
- Fe 1,11 ab 2,22 a 13,13 bc 74,20 ab 2,47 a
-Mn 1,19 a 2,16 a 15,57 a 71,20 ab 1,87 be
- Zn 1,11 ab 2,01 bc 13,58 bc 85,47 a 0,97 d
c.v. (%) 8,08 2,42 7,11 10,79 9,29
Latossolo Amarelo
Completo 1,00 ab 4,73 a 14,68 abc 114,63 ab 2,85 a
Testemunha 0,77 b 1,98 b 8,62 d 66,47 e 1,15 d
-p 0,99 ab 2,13 b 11,68 de 83,80 bc 1,89 c
-S 0,99 ab 2,25 b 15,00 abe 113,00 ab 2,03 bc
-B 0,83 ab 2,51 b 16,51 a 136,40 a 2,27 abe
- Cu 1,05 a 1,71 b 11,95 bed 119,60 ab 2,10 be
- Fe 0,95 ab 2,43 b 9,11 d 95,80 abe 2,67 ab
-Mn 0,97 ab 2,49 b 14,97 abe 114,67 ab 2,16 be
- Zn 0,96 ab 2,57 b 15,57 ab 130,27 a 1,21 d
C.v. (%) 9,92 21,38 9,89 13,46 11,11
nas colunas, médias seguidas pela mesma letra, para cada solo, não diferem
significativamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade

.....
i-'
W
114

5. CONCLUSÕES

Os resultados encontrados permitiram as seguintes conclusões:

• As relações K/(Ca+Mg) nos solos LVA, LA, CV e CL, não influenciaram na


produção de grãos, matéria seca de: folhas, raízes, caule + ramos, vagem e
matéria seca total, na cultura do feijoeiro.

• A produção do feijoeiro, tanto em grãos como em matéria seca de suas partes,


não foi influenciada pela mudança da relação Ca/Mg do solo, em ambos os
solos.

• Os valores encontrados de potencial de potássio e energia livre de troca no solo


(ilG) , não se ajustaram aos limites de equilíbrio adequado entre cálcio e
potássio, deficiência de K e absorção excessiva de potássio ou deficiência de
cálcio sugerido pela literatura.

• Na possibilidade de ocorrer deficiência de potássio nos solos estudados, pode-


se deduzir que o limite inferior de potencial de potássio para que ocorra
deficiência, possivelmente seja superior a 2,6, e para ilG um limite superior
menor que -4000 cal/equivalente.

• As equações de regressões entre os valores de K/(Ca+Mg) no solo e os dados


de potencial de K e ilG, apresentaram antes do cultivo modelos altamente
significativos, alcançando coeficientes de determinação (R2 ) alto. Todavia,
após o cultivo obtiveram-se correlações não significativas.

• Todos os solos estudados apresentaram-se deficientes em fósforo e enxofre.


115

.. A omissão no LVA de 8, Mn e Zn promoveram acréscimos na produção relativa,


enquanto a omissão de Cu e Fe decresceram .

.. No LA a omissão de 8, Cu, Fe, Mn e Zn provocaram aumentos na produção


relativa.

.. Os aumentos de produção relativa no CV foram devidos a omissão de 8 e Fe,


enquanto que decréscimos ocorreram em razão da ausência de Cu, Mn e Zn.

.. A produção relativa no CL aumentou apenas com a omissão de Cu e decresceu


com a omissão de 8, Fe, Mn e Zn.
116

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