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IMPACTOS AMBIENTAIS

POLUIÇÃO
A poluição pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria
ou energia que venha a alterar as propriedades físicas, químicas ou biológicas desse
meio. Como consequência, diversos processos naturais são comprometidos, levando ao
prejuízo do meio ambiente.

POLUENTES
Substâncias inseridas no ambiente natural que possam alterá-lo negativamente.

f Qualitativos: Substâncias que não existem naturalmente e que foram


introduzidas pelo homem. Ex.: plásticos, vidros, borracha, etc.

f Quantitativos: Substâncias que já existem naturalmente, porém, a partir de


determinada concentração torna-se poluente. Ex: CO2, SO2, etc.

Principais formas de poluição e/ou poluentes e suas


consequências no ambiente
1. Chuva Ácida: É caracterizada por um pH abaixo de 5,5. É causada por óxidos
de enxofre provenientes das impurezas da queima dos combustíveis fósseis e pelo
nitrogênio do ar, que se combinam com o oxigênio e formam dióxido de nitrogênio.
Estes se difundem pela atmosfera e reagem com a água para formar ácido sulfúrico
e ácido nítrico, que são solúveis em água.

As chuvas normais têm um pH de aproximadamente 6,0 a 6,5, que é levemente


ácido. Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água,
formando o ácido carbônico.

Uma possível reação de formação da chuva ácida é a que se segue:

S(s) + O2 →SO2(g)

2SO2(g) + O2(g) → 2SO3(g)

SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)

As chuvas ácidas trazem prejuízos ambientais, uma vez que podem acidificar rios e
lagos, provocar desfolhamentos em árvores e corroer monumentos e construções.

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2. Inversão Térmica: É um fenômeno
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meteorológico que ocorre principalmente em


Árvores
metrópoles e principais centros urbanos. As mortas pela
chuva ácida

radiações solares aquecem o solo e o calor que


fica retido no mesmo irradia-se, aquecendo
as camadas mais baixas da atmosfera. Essas
camadas, que já estão quentes, ficam menos
densas e tendem a subir, formando correntes
de convecção do ar.

Os poluentes, por serem mais quentes que


o ar (portanto, menos densos), sobem e
irão dispersar-se nas camadas mais altas da Formação de chuva ácida

atmosfera. Esse é o fenômeno normal. Mas


quando duas massas de ar diferentes- ar quente passa sobre o ar frio, ficando assim
acima dele- forma-se uma capa que não deixa que os gases poluentes e tóxicos
passem para as camadas mais altas da atmosfera.

A isso se dá o nome de Inversão Térmica. Assim, esses gases não se dispersam


na atmosfera, criando uma névoa sobre a cidade, essa névoa é composta de gases
tóxicos e poluentes, que são prejudiciais à saúde.

Representação de uma situação normal e um situação de Inversão Térmica.

3. Efeito Estufa e Aquecimento Global: O efeito estufa é um processo natural


e necessário que acontece quando uma parcela dos raios infravermelhos solares
refletidos pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes
na atmosfera.

Como consequência disso, a temperatura da Terra permanece maior do que seria na


ausência desses gases. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital
importância, pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir.

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Os gases do efeito estufa (dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O),

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CFC´s (CFxClx)) absorvem alguma da radiação infravermelha emitida pela superfície da
Terra, e radiam por sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície.
Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a
que recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30 ºC mais quente do que estaria sem
a presença dos gases. A emissão excessiva desses gases estufa está provocando
mudanças nas condições climáticas da Tera, fenômeno conhecido como aquecimento
global.

Efeito estufa

Aquecimento Global

O aumento da temperatura da Terra pode ser catastrófico, na medida que irá provocar
alterações na incidência de fenômenos climáticos, tais como: secas e estiagens,
tempestades, furacões e ciclones, descongelamentos das calotas polares e consequente
aumento dos níveis dos oceanos, etc.

Apesar de algumas ideias divergirem neste ponto, é inegável que há uma relação direta
entre a emissão de CO2 e aquecimento global. Hoje, a maior parte do CO2 emitido para
a atmosfera provém da queima de combustíveis fósseis e de queimadas de florestas,
especialmente as tropicais.

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COP 21 E O PROTOCOLO DE KYOTO
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O protocolo de Kyoto foi criado em 1997, no Japão, na 3º Conferência das Partes da


Convenção sobre o Clima. No entanto, a norma só passou a vigorar em 2005, com metas
obrigatórias para redução da emissão de carbono em todos os 37 países participantes.
O Protocolo de Kyoto tem sido considerado a iniciativa mais importante para reverter os
danos provocados pelo aquecimento global.

O acordo determina a redução de 5% das emissões nos seguintes países: Alemanha,


Austrália, Áustria, Bélgica, Bielo-Rússia, Bulgária, Canadá, Comunidade Europeia,
Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Federação Russa,
Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Liechtenstein,
Lituânia, Luxemburgo, Mônaco, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal,
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheca, Romênia, Suécia,
Suíça, Turquia, Ucrânia e Estados Unidos.

No final de 2015, foi realizado a COP21 (conferência das partes) com o objetivo principal
de promover mudanças no Protocolo de Kyoto, a partir de 2020. A COP ocorre desde
1995. Nesse evento, autoridades de diversos países se reúnem para discutir um tratado
que visa diminuir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, a fim de evitar
que o planeta se aqueça a um nível crítico.

Principais metas do tratado


O acordo histórico foi assinado por 195 países, incluindo a China, e os principais pontos
estabelecidos foram os seguintes:

1. As nações devem trabalhar para que o aquecimento até o final do século seja
bem abaixo de 2 ºC, buscando limitá-lo a 1,5 °C.

Mas como isso será feito? Este é um dos pontos que enfraquece essa meta, já que
ela não vem acompanhada de um roteiro estabelecendo como os países deverão
alcançá-la. Embora a redução da emissão de gases-estufa também seja uma meta,
não há menção à porcentagem de corte de emissão desses gases necessária e nem
quando elas precisam parar de subir!

2. O acordo deve ser revisto a cada cinco anos.

A cada cinco anos, a partir de 2023, deverão ser feitos ajustes nas metas estipuladas.
Isso porque as metas apresentadas voluntariamente por alguns países até o
momento não serão capazes de impedir o aumento da temperatura dentro do patamar
estipulado. Mas no acordo não há nenhum referencial para esses ajustes. Apenas
consta que até a segunda metade do século deverá ser atingido um equilíbrio entre
as emissões e o sequestro de carbono.

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3. Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano entre

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2020 e 2025.

Um dos pontos que gerou mais discussões na COP 21 foi a questão do financiamento
de US$ 100 bilhões por ano que os países ricos deverão transferir aos mais pobres,
a fim de que estes se adaptem para conter o aquecimento global. Entretanto, muitos
pontos do texto não são claros, como o fato de não constar se depois de 2025 o
patamar de US$ 100 bilhões será aumentado, nem mesmo se ele será mantido.

Principais desafios
Embora o acordo sinalize que as nações estão cientes de que é preciso frear o
aquecimento global, é importante que os setores público e privado sejam pressionados
(por ONGs e pela sociedade civil, por exemplo) para que o tratado seja cumprido.

É fundamental que os países estejam realmente comprometidos em diminuir (com urgência)


a emissão de gases-estufa, por exemplo, investindo em fontes renováveis de energia,
como a energia solar e a eólica; o que é um grande desafio, já que o custo do investimento
nessas fontes é bem mais alto do que o de continuar utilizando combustíveis fósseis. Até
o momento, já foi emitido mais da metade de carbono que pode ser queimado para não
ultrapassar o limiar de temperatura seguro.

Outro ponto importante, mas com menor destaque no evento, é a necessidade do


desenvolvimento de políticas para conter o desmatamento, já que as florestas têm
um papel fundamental na assimilação do carbono da atmosfera. Na COP 21, embora
a importância das florestas tenha sido reconhecida, também não ficou claro como os
recursos financeiros deverão ser utilizados para sua preservação.

É necessário pensar no custo ambiental antes que seja tarde demais. Torçamos pelo
planeta!
Fonte: United Nations Framework Convention on Climate Change

Trump assina decreto revogando políticas climáticas


O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, deixou ambientalistas perplexos
ao assinar um decreto revogando políticas
climáticas adotadas por Barack Obama, seu
antecessor

Em seu governo, Obama adotou o Plano


Energia Limpa, que tinha como objetivo
reduzir consideravelmente a emissão de
gases do efeito estufa no país, através,
principalmente, do combate aos combustíveis
fósseis, substituindo-os pelas chamadas
energias limpas – que não liberam gases que
contribuem para o aquecimento global.

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Os combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo, liberam
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durante sua queima elevadas quantidades de dióxido de carbono (além de outros


poluentes) para a produção de energia e, por isso, estão entre os principais vilões do
aquecimento do planeta.

O decreto assinado por Trump coloca um fim à guerra contra a exploração de carvão,
visando gerar mais empregos e reduzir a dependência do país de combustíveis
importados, além de voltar atrás com relação a regras para diminuir emissões de
metano.

O governo de Trump ficou conhecido por ignorar mudanças climáticas, e este decreto
tornou as metas estipuladas no acordo de Paris cada vez mais difíceis de serem
cumpridas.

Fonte: BBC.

4. Branqueamento de Corais.

Corais são animais com diferentes cores e formas. Estes animais, do filo Cnidaria,
formam colônias de indivíduos, os chamados recifes de corais, que são importantes
abrigos e sítios de alimentação e reprodução de muitas espécies de peixes e outros
organismos marinhos. O maior exemplo deles é a Grande Barreira de Corais da
Austrália, que chega a 2.300 km de
extensão, incluindo vários recifes, ilhas
e uma grande área de ocupação.

Pesquisas têm revelado que muitos


corais pelo mundo estão sofrendo
um fenômeno denominado de
branqueamento. Condições incomuns
do ambiente – como o aumento de
temperatura dos oceanos – fazem com
que os corais expilam pequenas algas
unicelulares, chamadas de zooxantelas, A desassociação dos corais com as algas resulta na
perda de sua coloração característica, por isso este
que vivem em mutualismo com eles. processo é chamado de branqueamento dos corais.
Esses pequenos organismos moram
dentro do tecido dos corais e, através
da fotossíntese, fornecem a eles oxigênio, açúcares, aminoácidos e outros produtos
orgânicos. Em troca, as zooxantelas adquirem gás carbônico e nutrientes excretados
pelo coral.

A perda das zooxantelas é visível, pois elas são responsáveis pela coloração dos
corais e a sua perda leva os corais a ficarem brancos. Se a temperatura não diminui e
os corais não restabelecem suas estruturas com as zooxantelas, eles morrem. Esse é
um dos mais visíveis, e também preocupantes, resultados das mudanças climáticas
nos oceanos mundiais!

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Um recente levantamento aéreo feito na Grande Barreira de Corais da Austrália

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indicou que 93% de sua porção nordeste está branqueada. Esse estudo foi
conduzido por pesquisadores do ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies,
da Universidade James Cook em Townsville na Austrália. Depois de achar níveis sem
precedência de branqueamento em estudos extensivos submarinos, eles conduziram
o levantamento aéreo resultando nesses dados alarmantes.

Medidas para tentar parar ou reduzir o branqueamento são aquelas que conhecemos
para mitigar as mudanças climáticas: parar ou reduzir a queima de combustíveis
fósseis e usar alternativas de energia limpa. Medidas que devem ser tomadas com
responsabilidade por todo planeta.

Terry Hughes, que conduziu o estudo, disse que é cedo para determinar quantos
corais vão morrer, mas julgando a partir do nível extremo observado, ele acredita
que pelo menos metade desses corais deve morrer no próximo mês, mais ou menos.

Um problema sério relacionado a mudanças climáticas e que está acontecendo agora!


Fontes: James Cook University e Global Coral Bleaching.

Acidificação dos oceanos: causas e consequências


Como você provavelmente já sabe, faz alguns anos que a comunidade internacional
vem alertando para o grave problema do aquecimento global, resultado da liberação
dos chamados gases de efeito estufa por atividades humanas. Entre os vilões mais
famosos, está o gás carbônico (CO2), que é gerado pela queima de combustíveis fósseis
e pelo desmatamento, entre outras fontes. A emissão desses gases atingiu níveis tão
altos que recentemente a concentração de CO2 na atmosfera bateu o recorde em toda
a história do nosso planeta.
Contudo, há uma segunda grave
consequência da emissão de CO2 na
atmosfera que pouca gente conhece
e que tem preocupado especialmente
pesquisadores da área de biologia
marinha: a acidificação dos oceanos!
Mas, afinal, o que é isso?
Grande parte do gás carbônico que
vai para a atmosfera acaba sendo
absorvida pelos oceanos, rios e lagos.
A crescente quantidade de gás carbônico emitida na
Uma vez dissolvido na água, parte do atmosfera devido às atividades humanas é a principal causa
CO2 reage com moléculas de água da acidificação dos oceanos. Imagem: traduzida de NASA.

(H2O) e produz ácido carbônico (H2CO3)


que, por ser instável, se dissocia liberando íons bicarbonato (HCO3-) e prótons de
hidrogênio (H+). Os íons bicarbonato, por sua vez, também se dissociam, liberando íons
carbonato (CO32-) e mais íons H+ – sendo este último o responsável direto pela redução
do pH do oceano. O aumento dos íons H+ no oceano faz com que íons carbonato (CO32-),
que já são presentes em abundância no oceano, se liguem a eles, formando mais íons
bicarbonato, a fim de atingir um equilíbrio químico, reduzindo a concentração deste íon
no oceano.

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Embora alguns organismos possam se beneficiar dessa alteração na química dos


oceanos, como algas fotossintetizantes e fanerógamas marinhas, a acidificação dos
oceanos pode ter efeitos graves em muitos organismos. Existem evidências, inclusive,
de que a maior extinção da história da Terra (entre o fim do período Permiano e início
do Triássico), teria sido causada pela acidificação dos oceanos resultante da intensa
atividade vulcânica.

As espécies calcificadoras – como corais, moluscos e crustáceos –, que são aquelas


que utilizam o carbonato de cálcio (CaCO3) como matéria-prima para construir seus
esqueletos, conchas e carapaças, são os organismos que mais se prejudicam com a
acidificação dos oceanos. Isso porque a menor concentração de íons carbonato no
ambiente (“sequestrados” pelas reações químicas resultantes da dissolução do CO2)
torna o carbonato de cálcio menos abundante na água, o que tem levado diversos dos
organismos a experimentar uma redução na calcificação ou um aumento na dissolução
de suas estruturas calcificadas.

A acidificação dos oceanos


pode também afetar a fisiologia
e o desenvolvimento de
diversos organismos, seja
pela redução do pH interno
(acidose) ou pelo aumento da
pressão de CO2 (hipercapnia).
Até mesmo organismos que
nem conseguimos ver a olho
nu podem ser afetados pela
acidificação dos oceanos. Em
um estudo feito com diversos
organismos que compõem Os corais, que já estão ameaçados pelo branqueamento
a meiofauna – nome dado de corais, constroem seus esqueletos a partir dos íons
carbonato presentes na água do mar e, por isso, estão entre os
à minúscula fauna que vive organismos mais afetados pela acidificação dos oceanos.
enterrada no solo ou no
sedimento de ecossistemas
aquáticos –, pesquisadores que estudam a biologia marinha observaram que muitas
espécies são sensíveis à redução do pH. E isso pode gerar efeitos em cascata sobre
outros organismos, já que a meiofauna desempenha um importante papel na ciclagem
de nutrientes e no fluxo de energia nos ecossistemas aquáticos.

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Segundo estimativas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC),

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em um cenário otimista, até o final do século, a queda do pH nos oceanos deverá ser
entre 0,06 e 0,07 e, em um cenário pessimista, entre 0,30 e 0,32. Não é possível prever,
no entanto, todos os impactos negativos que esses níveis de acidificação dos oceanos
poderão causar. Mas de uma coisa podemos ter certeza: a redução da emissão de CO2
é a única solução que temos para aliviar as consequências da acidificação dos oceanos.
Fontes: Climate Policy, Coral Reefs,NOAA, Science.

5. Introdução de Espécies Exóticas: Espécies podem ser introduzidas de um local


para o outro de uma forma deliberada ou não. Essa introdução de espécies exóticas
causa, em diversas regiões, um desequilíbrio ambiental, afetando diretamente o
ecossistema nativo.

Corrida contra o mexilhão dourado: espécie invasora ameaça a


Amazônia
Você consegue imaginar que uma única
espécie de mexilhão seja capaz de destruir
um ambiente, causando a morte de
diversos outros organismos? Pois essa é
a fama do mexilhão dourado (Limnoperna
fortunei), uma espécie exótica – que se
O mexilhão dourado mata espécies nativas de
instala em locais onde não é naturalmente bivalves e peixes, ameaçando a biodiversidade local
encontrada – que tem preocupado biólogos
do Brasil e demais países da América do Sul. O mexilhão dourado é uma espécie nativa
da Ásia que foi trazida à América do Sul no início dos anos 1990. Ao contrário de outros
animais que foram trazidos ao continente de forma intencional, o mexilhão chegou ao
nosso continente sem que ninguém percebesse, incrustado em navios ou em águas de
lastro. Na América do Sul, o mexilhão iniciou sua invasão na Argentina, e hoje pode ser
encontrado também em rios do Sul e Sudeste brasileiro. A reprodução dessa espécie
ocorre de forma tão intensa que acaba por desestabilizar os ecossistemas que invade,
levando moluscos nativos à extinção. Além disso, a grande quantidade de mexilhões
acaba entupindo tubulações em estações e usinas, resultando também em prejuízos
econômicos nos países que invade.

Com medo de que essa espécie invasora chegue à bacia do rio Amazonas, diversos
pesquisadores têm monitorado a distribuição do mexilhão. Em 2015, mexilhões
dourados foram detectados em um reservatório do rio São Francisco, “apertando” ainda
mais o tempo dos pesquisadores na corrida contra o mexilhão invasor.

PROBLEMÁTICA DO LIXO
Nós, humanos, produzimos uma quantidade de resíduos monstruosa atualmente.
Consumimos muitas coisas diariamente que acabam na lata do lixo. Mas e depois
disso? Pra onde esse lixo vai? Os lixões são a solução na maioria dos países do mundo.
Cata-se tudo e joga-se os restos do nosso consumo em uma vala.

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Porém, o descarte de lixo, se não for muito
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bem cuidado, causa problemas ambientais


imensos. A liberação de gases do efeito
estufa e o escoamento de substâncias
tóxicas para fontes de água são as principais
causas de poluição. E não devemos nos
esquecer das doenças associadas com
o ambiente insalubre criados por esses
aterros.

A reciclagem foi um modo encontrado para diminuir a pressão do aumento na quantidade


de lixo produzida em nossa sociedade moderna. Porém, nem tudo é reciclável e muita
coisa continua a ser jogada em aterros sanitários.

OCEANOS DE POLUIÇÃO: ESTAMOS DESTRUINDO NOSSO


AMBIENTE MARINHO
Todos os anos, produzimos no mundo cerca de 280 milhões de toneladas de plástico.
Seu principal destino? Nossos oceanos! As consequências do consumo e do descarte
desordenado afetam principalmente a vida marinha, que acaba morta ou intoxicada
pelos compostos químicos presentes na composição dos plásticos.

A poluição dos nossos oceanos por plásticos não é uma informação “atual”, mas o
assunto ganhou repercussão mundial somente após o lançamento do documentário
Oceanos de Plástico da plataforma Netflix. O documentário viajou por regiões distantes,
registrando diversos pontos de poluição por plásticos, mostrando suas consequências
para a biodiversidade. Os cinegrafistas do documentário descrevem as filmagens como
“o pior mergulho da vida”, e “como uma pancada no rosto” a sensação de mergulhar
nessas águas. Por que essas reações? De acordo com o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente, atualmente, devem existir cerca de 13.000 fragmentos de
plástico por km² em nossos oceanos.

De onde vem todo esse plástico?

Da gente! São produzidos anualmente cerca


de 280 milhões de toneladas de plástico em
todo o mundo. O país líder em envio de plástico
para os oceanos, é a China, que chega a enviar
de 1,3 a 3,5 milhões de toneladas por ano. O
Brasil ocupa a 16ª posição, à frente de países
como o Estados Unidos (que ocupa a 20ª).

O plástico sai das nossas casas, de alguma


forma alcança os ecossistemas aquáticos, e
é distribuído através de grandes correntes
oceânicas, os giros oceânicos, que transportam o lixo marinho, fazendo com que ele
se acumule em algumas zonas. São formadas grandes “ilhas de lixo”, que incluem
plástico e microplásticos (pequenas partículas de plásticos que são fracionados devido

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à ação solar e da água). Eles também podem chegar aos corpos d’água de uma outra

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maneira: alguns produtos que utilizamos no nosso dia a dia, como maquiagens, glitter e
esfoliantes, possuem microplásticos em suas composições, que após tomarmos banhos
são enviados para o esgoto. A ilha mais conhecida de todas é a Grande Mancha de Lixo
do Pacífico, localizada entre a Califórnia e o Havaí.

Quais as consequências desses plásticos no oceano, Jubilut?

Além da poluição visível, os plásticos podem


ser comumente confundidos como alimentos
de animais marinhos, que acabam intoxicados
pelos compostos químicos do plástico,
mortos por sufocamento, e, se não morrem,
continuam repassando os componentes
tóxicos através da cadeia alimentar. Além
disso, um estudo recente avaliou mais de 150
amostras de água da torneira, coletada em
todos os continentes, e o resultado foi que 83% das águas “potáveis” possuíam fibras
de microplástico. Os especialistas da área acreditam que os microplásticos transportam
toxinas para o meio ambiente e para o nosso organismo também.

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