Sarcocistose no Homem e nos Animais

Taxonomia
 Phylum ...................Apicomplexa (Levine, 1979)
 Classe......................Sporozoasida (Leuckart, 1879)
 Subclasse................Coccidiasina (Leuckart, 1879)
 Ordem....................Eucoccidiorida (Leger; Duboseq,
1910)
 Subordem...............Eimeriorina (Leger, 1911)
 Família....................Sarcocystidae (Poche, 1913)
 Subfamília..............Sarcocystinae (Poche, 1913)
 Gênero....................Sarcocystis (Lankester, 1882)

(Levine, 1986)
Sarcocystis cruzi (sin. Sarcocystis bovicanis)

Hospedeiros definitivos
Cão (Canis familiaris)
Lobo (Canis lupus)
Chacal ( Canis aureus)
Raposa (Vulpes vulpes)
Guaxinim (Procyon lotor)
Sarcocystis hominis (sin. Sarcocystis bovihominis)

Hospedeiros definitivos
Homem Primatas não humanos
Macaca mulatta
M. irus
Pan troglodytes
Papio cynocephalus
Sarcocystis hirsuta (Dubey, 1976)
Hospedeiro definitivo
Gato (Felis cati)
Sarcocystis miescheriana (sin. Sarcocystis suicanis)

Hospedeiros definitivos
Cão (Canis familiaris)
Lobo (Canis lupus)
Chacal ( Canis aureus)
Raposa (Vulpes vulpes)
Guaxinim (Procyon lotor)
Sarcocystis suihominis

Hospedeiros definitivos
Homem Primatas não humanos
Macaca mulatta
M. irus
Pan troglodytes
Papio cynocephalus
Sarcocystis porcifelis (Dubey, 1976)
Hospedeiro definitivo
Gato (Felis cati)
Hospedeiro Sarcocystis sp. Hospedeiro
Intermediário (sinonímia) Definitivo
Bovinos S. cruzi ( S. bovicanis ) Cão, coiote, lobo, raposa, guaxinin
( Bos taurus ) S. hirsuta ( S. bovifelis ) Gato
S. hominis ( S. bovihominis ) Homem e outros primatas
Bubalinos S. levinei Cão
( Bubalus bubalis ) S. fusiformis Gato
Ovinos S. tenella ( S. ovicanis ) Cão, coiote e raposa
( Ovies aries ) S. arieticanis Cão
S. gigantea ( S. ovifelis ) Gato
S. medusiformis Gato
Eqüinos S. fayeri Cão
( Equus caballus ) S. equicanis Cão
S. neurona Gambá
 Microgametas
Hospedeiro Oocisto não
definitivo esporulado Oocisto
esporulado
Ingestão Macrogametas

Cisto maduro
Cisto
Cistomaduro
imaturo Intestino delgado
nana
musculatura
namusculatura
musculatura
estriada
estriada do
estriada (9 HI
(5-9SPI)
SPI) Esporocisto
2º geração de Eliminação
1º geração de nas fezes
esquizontes
esquizontes no (ppp 9-12 dias)
merozoita nos capilares
endotélio hepático
(26-33 DPI)
(15-16 DPI) Ingestão

merozoita Esporozoita Hospedeiro

intermediário
 Microgametas
Hospedeiro Oocisto não
definitivo esporulado Oocisto
esporulado

Ingestão Macrogametas

Cisto maduro Intestino delgado

Cisto maduro
na musculatura
na musculatura
estriada do HI Esporocisto
estriada (58 DPI)
2º geração de Eliminação
1º geração de nas fezes
esquizontes
esquizontes no (ppp 9-12 dias)
merozoita nos capilares
endotélio hepático Ingestão
(7-13 DPI)
(6-7 DPI)
Hospedeiro
intermediário
merozoita Esporozoita
Hospedeiro
definitivo
Ingestão

Cisto maduro
na musculatura
estriada do HI
 Microgametas
Oocisto não
Hospedeiro esporulado Oocisto
definitivo esporulado
Ingestão Macrogametas

Intestino delgado
Cisto maduro
na musculatura
estriada (56 DPI) Esporocisto
2º geração de Eliminação
1º geração de nas fezes
esquizontes
esquizontes no (ppp 11-13 dias)
merozoita nos capilares
endotélio hepático Ingestão
(7-20 DPI)
(5-6 DPI)
Hospedeiro
intermediário
Hospedeiro
merozoita Esporozoita intermediário
 Degeneração do cisto
(Reação inflamatória)
Liberação
❖ Febre dos merozoítas
❖ Anemia
de 2a geração
Cisto maduro na ❖ Anorexia e perda de peso
Reações inflamatórias
musculatura ❖ Tremor e fraqueza muscular
estriada Coagulopatias
❖ Aumento enzimas séricas
(coração, pulmão,
❖ Aborto

Miosites na rins e fígado)

❖ Morte

invasão da célula
2º geração de
esquizontes Ingestão
merozoita nos capilares 1º geração de
Suínos: 7-13 DPI esquizontes
Bovinos: 26-33DPI Suínos
Febre transitória 4-10 DPI

Hospedeiros
merozoita
Esporozoita Intermediários
 Dose
dependente
Número de
esporocistos Febre
106 S. suihominis Dispnéia
Tremores
Pele púrpura
3 x 106 S. miescheriana Perda de peso
Infecção Morte
<106 S. miescheriana
subclínica
Febre
Em condições naturais , as manifestações clínicas
Menor
Debilidade
ganho
S. miescheriana Terminação
Fêmeas Prenhes
da sarcocistose em suínos não tem sido relatadas
Aborto
de peso
(11-27%)
Morte
5 x 104
Para atingir
+ 40 dias
S. suihominis + 39,8 k de ração
100 k de
peso vivo
Condenações de carcaças de suínos em matadouros
por lesões atribuídas ao Sarcocystis
Dinamarca (Greve, 1980)............0,04%
Brasil (Andrade, 1989)................0,04%
Polônia (Konopka, 1993).............0,02%
Japão (Ohno et al.,1995)..............0,54%
 Apatogênico para os
S. miescheriana hospedeiros definitivos
S. cruzi
Microgametas
Oocisto não
esporulado
Oocisto
esporulado
Macrogametas
Intestino delgado

Eliminação
nas fezes
 Microgametas
Oocisto não
esporulado
Oocisto
esporulado
Macrogametas
Intestino delgado
6-24 horas
pós- inoculação 2 - 3 semanas
Diarréia Reapareccimento Eliminação
S. suihomimis Vômito dos sintomas nas fezes
S. hominis Transpiração
Vertigens Esporocistos
Cefaléia 09-18 DPI
Moura et al. (1988)
Diarréias graves em
pacientes com AIDS
 Dinamarca Alemanha
Espanha 11,3%
EUA 9,7 a 35,5%
43 a 91%
0,0 a 18,2% Áustria
5,5 a 31,6%
Índia
53 a 84%
Itália Japão
Chile
5 a 82% 0,0 a 47%
73,2 a 100%

Argentina
57,6%

Uruguai Austrália
57,2% 1,4 a 16,7%
 MINAS GERAIS
Schenk et al. (1976).....30 %

SÃO PAULO
Zezza Neto (1971).....100,0 %
Santos et al. (1980)......13,8 %
Barci et al. (1980)..........0,3 %
 Noruega Alemanha
Espanha 81%
EUA 98,7 %
96.6%
62%

Índia
100 %
Itália
78 %

Austrália
53,8 %
 Brasil – MG
Gomes e Lima (1982)
95,8 %
Brasil – SP
Barci et al. (1982)
97,3 %

Brasil-PR
Luz Pereira et al. 1986
100 %

Brasil-RS
Nishikawa et al. 1984
Ruas et al. 2000
100 %
 EUA
Streitel e Dubey (1976) Christie ( 1976)
Cães 1,8% Gatos 0,2%

Inglaterra
Farmer et al. (1978)
Cães pastores...........36,5,%
Cães de caça.............24,0%
Raposa vermelha.....17,0%
Alemanha
Hiepe et al. (1978)
Cães caça....36,5,% Nova Zelândia
Gatos...........24,0% Mckenna e Chlarleston (1980)
Raposa ........17,0% Cães........58,8%
 Brasil
❖ SP - Ogassawara(1977; 1980)
Cães........5,8%
Gatos.......9,0%
❖ RS -Nishikawa et al. (1984)
Cães......23,5%
Cães......42,5%
Cães......47,7%
Cães......59,3%
Índia
Banerjee (1994)
Esporocistos de Sarcocystis suihominis
nas fezes de 14 crianças, dentre 20,
que consumiam a cauda crúa
de suínos adicionada de sal.
 Macroscópico
Exame do tecido
Baixa incidência de
muscular cistos macroscópicos
• Macroscópico
• Microscópico
A fresco
- A fresco Raspado de músculo
- Histológico Triquinoscópio
- Digestão enzimática Homogeneizado
 Exame do tecido Histológico
muscular Baixa sensibilidade
Permite a identificação da espécie
• Macroscópico
• Microscópico Digestão enzimática
- A fresco Alta sensibilidade
- Histológico Não permite a identificação
- Digestão enzimática da espécie
 Técnicas sorológicas
- Permite o uso de antígeno
heterólogo
- Gênero específico
Técnicas sorológicas
- Diagnóstico “in vivo”
Imunofluorescência indireta - Permite o uso em larga
Hemoaglutinação indireta escala
ELISA
Dot -ELISA
 Exames coprológicos
- Utilizados no HD
- Não permite a diferenciação
entre espécies
Exames coprológicos
Flutuação em NaCl
Flutuação em ZnSO4
Flutuação em solução de açúcar
 Técnica de homogeneização de Ogassawara, 1980.
20 g. de
amostra de tecido
+ Coar Sedimento
200 ml. sol. fisiológica
Triturado
 Mensuração dos cistos
Mensuração da parede cística
Verificação do tipo de parede
Identificação das espécies

Erber, 1977 e Gobel, et al. 1978

FERREIRA (2018)
Interrupção do ciclo biológico
❖ Tratamento da carne pelo calor
- 65-70 ºC por 10 minutos
❖ Tratamento da carne pelo frio
-Viáveis
+16 ºC por 18 dias
-Inviáveis
Fayer (1974).................. -20 ºC/3dias
Luz Pereira (1986)........ – 18,6 ºC/24horas
• Geralmente não é tratado
• O tratamento para EPM (Equinos)
• Pirimetamina (1,0mg/kg, por via oral, uma vez ao dia) com sulfadiazina
(20mg/Kg, por via oral, duas vezes ao dia) por um período de 120 dias a seis
meses
• Efeitos colaterais: diarreia, anemia e/ou leucopenia, principalmente quando
a dose da pirimetamina é duplicada
• Alternativa terapêutica para os equinos que não respondem bem ao tratamento
tradicional
• Diclazuril (5,6mg/kg, por via oral, uma vez ao dia)
• Toltrazuril (10mg/kg por via oral, uma vez ao dia),
• Mínimo 28 dias
• Tratamento de suporte
• AINEs – fenilbutazona ou flunexim meglumine (3 a 7 dias)
• DMSO
• Vitaminas – Vit E, Tiamina, ácido fólico