Você está na página 1de 48

Leishmaníase

Morfologia

Estrutura das leishmânias: A, forma amastigota; B, forma promastigota.


Localização preferencial
Localização preferencial
Subgênero Viannia (intestino posterior)

Leishmaníase tegumentar americana


Espécies complexo Leishmania braziliensis
Leishmania (Viannia) braziliensis – Úlcera de bauru,
ferida brava, botão do oriente, nariz de tapir.
L. v. guyanensis
L.v. panamensis
L.v. peruviana

Produzem lesões simples ou múltiplas da pele e


metástases nas mucosas nasais e orofaringianas, mas não
invadem as vísceras.
Subgênero Leishmania (intestino anterior)

Espécies complexo Leishmania mexicana


Leishmania (Leishmania) mexicana
L. l. pifanoi
L.l. amazonesis
L.l. venezuelensis
L.l. garnhami

Os parasitos desse grupo produzem lesões benignas da


pele e não dão metástases nas mucosa.
Subgênero Leishmania

Espécies complexo Leishmania donovani


Leishmania (Leishmania) donovani - adultos
L. l. Infantum ou chagasi - calazar infantil
Hospedeiros invertebrados

Gêneros Phlebotomus ou Lutzomyia


Hospedeiros vertebrados
Gênero Leishmania

Classificação:
• Leishmaníase cutânea
• Leishmaníase mucocutânea ou cutânea-mucosa
• Leishmaníase cutânea difusa
• Leishmaníase visceral ou calazar
Leishmaníase cutânea
Leishmaníase cutânea
Leishmaníase cutânea
Leishmaníase cutânea

Nas lesões não-ulceradas, há hipertrofia do epitélio e um


crescimento tecidual que pode ser de tipo verrucoso ou papi-
lomatoso.
Leishmaníase cutânea

Admite-se que a disseminação no organismo possa fazer-


se tanto por via hematogênica como por via linfática.
Leishmaníase cutânea difusa

Não tratado, o processo tende para a cronicidade. Nas


formas crônicas costuma haver infecção bacteriana associada.
Leishmaníase mucocutânea
Leishmaníase mucocutânea

Estas ocorrem em 15 a 20%


dos casos de leishmaníase por
Leishmania brasiliensis.
Leishmaníase visceral ou calazar

Lutzomyia longipalpis
Leishmaníase visceral ou calazar
Leishmaníase visceral ou calazar

Sob a forma de amastigotas, os parasitos crescem


sobretudo nas células de Kupffer do fígado e nas do sistema
fagocítico mononuclear do baço, da medula óssea e dos
linfonodos. Hipertrofia e hiperplasia do sistema macrofagico
Ciclo evolutivo
Patogenia

• Ativação LT CD4
• Desequilíbrio na ativação Th1 e Th2 – LT CD8
• Diminuindo Th1 protetora – diminui a produção de
IL2, IL12 e interferon gama
• Elevação IL4, IL10, TNTα (gravidade do quadro)
• Supressão da resposta LT e exacerbação da resposta
pelo LB
• Deposição de Imunocomplexos (Ac+Ag) – lesão
tecidual
Diagnóstico

Leishmaniose cutânea:

* Exame parasitológico: esfregaço de raspado de borda


imprint de biópsia
histopatologia
isolamento em cultura
* Diagnóstico diferencial
Diagnóstico

Leishmaniose visceral:
* Punção de vísceras (baço, medula óssea e linfonodos)
* Pesquisa de leishmânias no sangue
* Pesquisa de leishmânias na pele
* Cultura em meio NNN

Métodos sorológicos:
* Imunocromatográfico
* ELISA
* RIFI
* Teste de aglutinação direta
Diagnóstico
Diagnóstico
Diagnóstico
Diagnóstico
Diagnóstico
Tratamento

Humanos
Primeira linha de medicamentos:
* Antimoniais pentavalentes – antimoniato de meglumine ou
glucantine, IM, 70% de cura

Segunda linha de medicamentos:


* Anfotericina B – administração lenta IV
* Isotiocianato de pentamidina – menos eficaz e mais tóxica,
IM
* Azitromicina – oral, sem efeitos colaterais e 85% de cura

Quase todos os pacientes apresentam reações colaterais


com tais medicamentos, como cefaléia, artralgias, mialgias e,
em alguns casos, depressão da medula óssea; exceto no
tratamento com a azitromicina.
Tratamento

Animais
• Glucantime®
- Antimonias
- MA: suspeita que inibe a produção de ATP
- 100 mg/kg parenteral, durante 1 mês, descanso de 1 semana, e continua
- Risco de resistência

• Alopurinol (Zyloric®)
- Diminui a síntese de proteínas – Leishmaniostático
- Baixo custo e VO
- Dose de 10 a 30 mg/kg divididas em 2 a 3x/dia ad eternum
Tratamento

Animais
• Aminosidina (Gabbriomycin®)
- Aminoglicosídeos – interfere na síntese proteíca
- 10 mg/kg parenteral, durante 1 mês

• Pentamidina (Lomidine®)
- um derivado aromático da Diamidina,
- também usado no tratamento Babesiose e Tripanossomíase.
- melhora clinicamente (pois o fármaco produz efeito
leishmanicida), mas acabam recidivando alguns meses após o
tratamento.
Tratamento

Animais
• Anfotericina B (Fungizone®)
- rompe as membranas celulares da Leishmania, provocando a morte do parasita

• Marbofloxacina
- fluoroquinolona sintética de terceira geração
- 2mg/kg/dia durante 28 dias.

• Miltefosina
- análogo fosfolipídico de elevada atividade Leishmanicida
- 2mg/kg/dia VO durante 28 dias.
Tratamento

Animais
Tratamento

Animais
Prevenção e controle
Prevenção e controle

TRATAMENTO
OU
EUTANÁSIA?
Prevenção e controle
Prevenção e controle
Prevenção e controle
Prevenção e controle
Prevenção e controle

Notificação compulsória
• Por ser questão de saúde pública o veterinário que confirma o
diagnóstico é obrigado a notificar a Secretaria da saúde de seu
município.
Prevenção e controle

Portaria Interministerial
no 1426 de 11/07/2008
• Proibe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos
de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento

Você também pode gostar