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UNIVERSIDADE DECUIABÁ

FACULDADEDEMEDICINAVETERINÁRIA
AGROSTOLOGIA EFORRAGICULTURA

Plantas forrageiras na produção


animal

Prof: Fabio B. Schein


Parâmetros para Efetuar a Escolha da Espécie
A decisão de qual espécie plantar deve ser tomada a partir da
análise de diversos fatores que interagem entre si, taiscomo:

▪ Tempo útil da pastagem;

▪ Condições particulares de clima esolo;

▪ Produção forrageira;

▪ Valor nutritivo da plantaforrageira;

▪ Exigências nutricionais dos animais;

▪ Época e forma de utilização dos recursosforrageiros;

▪ Custos de produção.
Principais atributos desejáveis na planta forrageira

▪ Produção de forragem (material verde ou material seco);

▪ Valor nutritivo (composição química e digestibilidade) e

aceitação pelo animal (palatabilidade);

▪ Persistência;

▪ Facilidade de propagação e estabelecimento;

▪ Resistente à pragas e doenças.


Gramíneas tropicais anuais

▪ As gramíneas tropicais anuais possibilitam a produção


animal a baixo custo.

▪ Incluem espécies como milheto, sorgo, capim sudão e o


teosinto.

▪ Milheto tem um sistema radicular profundo, as lâminas das


folhas largas e, com bordos serrados e a lígula pilosa.

▪ Sua inflorescência é do tipo panicular, longa, cilíndrica e


contraída.
Gramíneas tropicais anuais

▪ Sorgo

▪ Tem características foliares das plantas xerófitas, como a


serosidade e a ausência de pelos,

▪ Sistema radicular muito profundo


Gramíneas tropicais anuais

▪ Capim sudão
▪ Apresenta folhas longas e largas (0,30 a 0,60 m de
comprimento e 8 a 15 mm de largura) que não possuem
pêlos

▪ Nervura central esbranquiçada na parte superior e a lígula


curta,

▪ Raízes são longas e fibrosas:

▪ Podem alcançar mais de 2 m;


Gramíneas tropicais anuais

▪ Teosinto ou “Dente de burro”

▪ Apresenta folhas largas, sem pelos, com 0,70 a


0,90 m de
comprimento e 0,08 m de largura;

▪ Colmos são cilíndricos e eretos;

▪ Considerado ancestral do milho.


Quadro 1. Características de algumas espécies de gramíneas anuais
de clima tropical
Gramíneas tropicais perenes

▪ São caracterizadas por apresentarem menor valor nutritivo,

▪ Porém, com excelente potencial produtivo,

▪ Constituindo a base da pecuária nas regiões tropicais do


país.

▪ Incluem: forrageiras dos gêneros Brachiaria, Panicum L,


Andropogon, Cynodon ePennisetum.
Quadro 2. Principais características das plantas do gênero Brachiaria
spp
Gênero Brachiaria

IMPORTÂNCIA

→Viabilizou a pecuária de corte no Cerrado

solos ácidos e pobres em fertilidade

→ Aumento a capacidade de suporte do pasto:

- Capim-gordura ou jaraguá: 0,3 a 0,6 UA/ha

- Capins do gênero Brachiaria: 1,0 a 1,5 UA/ha

→ Promoveu o desenvolvimento do comércio desementes


Brachiaria humidicola
Hábito de crescimento: Estolonífero
Apresenta três cultivares: Comum, Llanero, Tupi.

Atributos positivos:
▪ adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade (BNT – baixo nível
tecnológico)
▪ excelente cobertura do solo e proteção contra a erosão,
▪ tolerância à cigarrinha das pastagens,
▪ tolera solo mal drenado.

Atributos negativos:
▪ baixo valor nutritivo
▪ pode provocar cara inchada em equinos
▪ estabelecimento lento e desuniforme
▪ Florescimento precoce
Brachiaria humidicola
Brachiaria humidicola
Hábito de crescimento: Estolonífero
Apresenta três cultivares: Comum, Llanero, Tupi.

Atributos positivos:
▪ adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ excelente cobertura do solo e proteção contra a erosão,
▪ menor tolerância à cigarrinha das pastagens,
▪ Intolerância à solo encharcado.

Atributos negativos:
▪ baixo valor nutritivo
▪ pode causar cara inchada em equinos (Osteodistrofia fibrosa ou
Hiperparatireoidismo nutricional secundário)
▪ estabelecimento lento
▪ Florescimento precoce
Brachiaria humidicola

Brizantha Decumbens Humidicola Brizantha Decumbens Humidicola

Figura 1. Crescimento relativo de forrageiras do gênero Brachiaria em condição de


alagamento.
Brachiaria humidicola

Fonte: Genova (2010) citado por Genova e Paulino (2011)


Brachiaria ruzizienses
Hábito de crescimento: Subcespitoso
Apresenta apenas uma cultivar: Kennedy
Produção: 15 t ha-1ano-1

Atributos positivos:
▪ alto valor nutritivo
▪ facilidade de estabelecimento

Atributos negativos:
▪ não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ susceptível à cigarrinha das pastagens
▪ não tolera solos mal drenados
Brachiaria ruzizienses

Figura 1. Eficácia de controle verificada na U. ruziziensis (A1 e A2), U. decumbens (B) e


U. brizantha (C) aos 14 DAA, utilizando a dose de 1,44 kg ha-1 de glyphosate.
Fonte: Silva et al., 2013.
Brachiaria ruzizienses
Brachiaria decumbens
Hábito de crescimento: Decumbente/Prostrado
Apresenta dois cultivares: Ipean/Comum e Basilisk

Atributos positivos:
▪ facilidade de estabelecimento
▪ tolerância a solos ácidos e de baixa fertilidade (BNT )
▪ adequada para vedação de pasto
▪ florescimento tardio

Atributos negativos:
▪ susceptibilidade à cigarrinha das pastagens
▪ hospedeira de fungo que provoca fotossensibilização hepatógena
▪ não adaptada a solo mal drenado
Brachiaria decumbens

FOTOSSENSIBILIZAÇÃO HEPATÓGENA
FUNGO CAUSADOR: Pithomyces chartarum
Brachiaria brizantha
Hábito de crescimento: Subcespitoso
Apresenta cinco cultivares: Marandu, Xaraés, Piatã, La Libertad,
Paiaguás

Atributos positivos:
▪ resistência à cigarrinha das pastagens,
▪ elevada produção de matéria seca,
▪ adequada para vedação de pasto,
▪ estabelecimento rápido.

Atributos negativos:
▪ baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade,
▪ baixa adaptação a solos mal drenados,
▪ susceptível a fungos (Rhizoctonia) que causam podridão de raízes e
mancha foliar,
▪ susceptível à cigarrinha da cana de açúcar.
Brachiaria brizantha cv. Marandu

❑ mais cultivada no Brasil Central

❑ substituiu a B. decumbens: cigarrinha daspastagens

❑ resistência a cigarrinhas por antibiose

❑ suscetível a cigarrinhas do gênero Mahanarva

❑ utilizado em vedação de pasto (pasto diferido)

❑ não tolera solos mal drenados (encharcamento)

❑ síndrome da morte do Marandu


Brachiaria brizantha cv. Marandu
❑ SÍNDROME DAMORTE DO MARANDU

▪ ocorre em época chuvosa e solos com drenagem deficiente;


▪ ataque por fungos patogênicos nas raízes;
▪ agravante: superpastejo e baixo nível de nutrientes no solo.
Brachiaria brizantha
Hábito de crescimento: Subcespitoso
Apresenta cinco cultivares: Marandu, Xaraés, Piatã, La Libertad,Paiaguás

Diversificação de pastagens
Maior tolerância a solos temporariamente alagados do que o capim-
marandu
30% da produção no período seco
Problemática com alongamento de colmo
- Não indicada para vedação

NÃO RECOMENDADO PARAÁREAS


CAUTELANOMANEJO SUJEITASAALAGAMENTO
Brachiaria brizantha
cv. Xaraés

Tabela 3. Porcentagem de folhas e colmos na massa de forragem pré-pastejo


do capim-xaraés
Manejo Primavera Verão
%de folhas
95% IL (ótimo para pastejo) 91,2 85,8
100% IL (capim “passado”) 81,3 81,9
%de colmo
95% IL (ótimo para pastejo) 6,5 9,2
100% IL (capim “passado”) 14,1 13,6

Fonte: Pedreira et al. (2009)


Brachiaria brizantha

Tabela 4. Produtividade média por corte de cultivares de Brachiaria no Cerrado

Forrageiras MST MSF MSV %F REB


kg ha-1
Xaraés 1.506 987 1.368 66,8 4,0
Piatã 1.399 821 1.274 59,8 3,1
Marandu 1.199 608 987 50,5 2,9
Decumbens 1.321 558 1.086 45,5 2,6
Humidicola comum 881 328 645 38,4 2,6
Humidicola tupi 1.248 487 1.009 39,5 2,9
MST: massa seca total, MSF: massa seca de lâminas foliares, MSV: massa seca verde,
%F: porcentagem de lâminas foliares, REB: massa seca de rebrota sete dias após a
desfolha.
Brachiaria brizantha
Tabela 7. Massas de matéria seca (MMS) e de matéria seca de
lâminas foliares (MSLF), e as percentagens de lâminas foliares (LF), de
colmos (Co) e de material morto (MM), nos pré-pastejo dos pastos de
B. brizantha cultivares Marandu, Xaraés e Piatã, de acordo com o
período do ano
Variável ÁGUAS SECA
Marandu Piatã Xaraés Marandu Piatã Xaraés
MSLF (kg ha-1 ) 1.530 b 1.650 ab 1.845 a 720 b 930 a 660 b
LF(%) 39,4 a 41,3 a 42,5 a 19,9 ab 25,2 a 16,7 b
Co (%) 22,8 c 29,3 a 25,5 b 28,0 b 27,9 b 31,3 a
MM (%) 37,8 a 29,4 b 32,0 ab 51,9 a 46,9 b 52,0 a
LF:CB 1,89 a 1,62 b 1,89 a 0,78 b 0,96 a 0,64 b

Fonte: Euclides et al. (2008)


Brachiaria brizantha
Hábito de crescimento: Subcespitoso
Apresenta cinco cultivares: Marandu, Xaraés, Piatã, La Libertad,
Paiaguás

▪ Diversificação de pastagens
▪ Maior acúmulo e valor nutritivo no período seco(?)
▪ Requer baixas doses de glifosato na dessecação
▪ Dano moderado (Notozulia entreriana) e severo (Mahanarva
fimbriolata – cigarrinha da cana)
▪ Hospedeira de Pratylenchus brachyurus
▪ Nematóide: danos raízes das plantas
Brachiaria híbrida
Hábito de crescimento: Subcespitoso
Cultivares: Mulato, Mulato II (Convert HD364)

Mulato: B. brizantha CIAT 6289 x B. ruziziensis

Convert: Mulato x outros acessos (2 gerações):


- B. ruziziensis
- B. decumbens
- B. brizantha

Poucas informações
Gênero Panicum

Hábito de crescimento: Cespitoso

Principais cultivares: Mombaça, Tanzânia, Zuri, Áries, Massai, Aruana,


Tamani

▪ Grande potencial de produção de matéria seca


▪ Porte elevado
▪ Abundante produção de folhas largas

▪ Elevado valor nutritivo


▪ Capim-tanzânia: corte aos 31-45 dias de idade (PB: 11,4%; NDT:
56,1%; DIVMS: 56%)

▪ Em geral: exigem solos profundos, bem drenados e de alta


fertilidade
Gênero Panicum
Panicum x Brachiaria
Inflorescência: Panícula Racemos
Gênero Panicum
AMAZÔNIA

→Seca: Sem timpanismo e


cólica
→ Águas: Timpanismo e
cólica

Capim 15 dias de brotação:


dobro de CNFda forragem
madura.

15 dias: 19% CNF


Comum: 10% CNF
Fonte: Cerqueira et al. (2013)
Gênero Panicum

QUEILITEANGULAR
(BOQUEIRA)

Fonte: Barbosa et al. (2009)


Gênero Panicum

Panicum maximum cv. Mombaça

Atributos positivos:
▪ resistência moderada à cigarrinha das pastagens
▪ indicado sistema em lotação rotativa e produção de silagem

Atributos negativos:
▪ não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ dificuldade de uniformidade de pastejo
▪ porte alto
▪ susceptível a Claviceps purpurea (fungo que ataca
inflorescência)
▪ Região Norte: relatos de morte de equinos emuares
Gênero Panicum

Panicum maximum cv. Tanzânia

Atributos positivos:
▪ resistência à cigarrinha das pastagens,
▪ manejo mais fácil, quanto à uniformidade de pastejo
▪ porte pouco menor que o Mombaça
▪ indicado sistema em lotação rotativa e produção de silagem.

Atributos negativos:
▪ não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ susceptível a Claviceps purpurea (fungo que ataca
inflorescência)
▪ Região Norte: relatos de morte de equinos emuares
Gênero Panicum

Panicum maximum cv. Aruana

Atributos positivos:
▪ porte baixo: 70 cm
▪ média resistência a cigarrinha-das-pastagens
▪ porte baixo e excelente cobertura do solo (intenso
perfilhamento)
▪ suporta pastejo de ovinos

Atributos negativos:
▪ não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ menor produção que outras cultivares
▪ não tolera solo mal drenado
Gênero Panicum

Panicum maximum x P.infestum cv. Massai

Atributos positivos:
▪ boa resistência à cigarrinha das pastagens
▪ porte baixo e excelente cobertura do solo (intenso
perfilhamento)
▪ suporta pastejo de ovinos e equinos
▪ sob alagamento temporário, mostrou-se promissor
▪ menos exigente em adubação de manutenção

Atributos negativos:
▪ baixo valor nutritivo
▪ produção menor que outras cultivares
▪ estrutura girder
ESTRUTURA “GIRDER”
Gênero Panicum

→ sustentação de feixes
vasculares no interior do
mesofilo, por meio da extensão
de células da bainha (que
podem ser lignificadas) em
direção às epidermes.

→ limitar a desagregação dos


tecidos durante a mastigação

Figura 2. Estrutura girder I em lâminas de P. maximum cv. Aruana (a) e


cv. Vencedor (b)
Gênero Panicum

Panicum maximum cv. Tamani

Tabela 10. Produção animal (média de 2 anos) em pastagens do Panicum


maximum cv. BRS Tamani em comparação com a cultivar Massai em
Planaltina, DF.
Características Gramíneas
BRSTamani Massai
Seca Águas Seca Águas
Taxa de lotação(UA/ha) 1,56 3,2 1,68 3,3
Ganho de peso 275 808 260 738
(g/animal/dia)
Produtividade (kg PV/ha) 84 597 85 585
Fonte: Folder de divulgação
Gênero Panicum

Panicum maximum cv. Colonião

▪ Alto potencial produtivo


▪ Alta qualidade nutricional
▪ Boa produção de sementes
▪ Marcada sazonalidade na produção de matéria seca,
▪ 95% da produção ocorre no período quente do ano.
Gênero Panicum
Vem por aí.....
Panicum maximum cv. Quênia
Andropogon gayanus

Hábito de crescimento: Cespitoso


Cultivares: Planaltina e Baeti

Atributos positivos:
▪ resistência à cigarrinha das pastagens (folha ↑ pilosa)
▪ adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade
▪ desenvolve em solos arenosos e argilosos
▪ tolera alta saturação por alumínio
▪ boa resistência a seca

Atributos negativos:
▪ estabelecimento lento
▪ pouca habilidade de competição com invasoras
▪ perda da qualidade no inverno
▪ suscetível à formiga Acromirmex landolti
Andropogon gayanus

▪ Não é indicado para sistema de lotação rotacionada


▪ Não é indicado para vedação de pasto
▪ Pouca cobertura do solo
Cynodon

C. dactylon e C.nmenfluensis

Hábito de crescimento: Estolonífero


Cultivares: Tifton 68, Tifton 85, Coastcross,Estrela

Atributos positivos:
▪ alta produção de forragem de elevado valor nutritivo
▪ indicado para pastejo e fenação (colmos finos e folhas estreitas)
▪ boa resistência ao pastejo de bovinos e equinos

Atributos negativos:
▪ estabelecimento lento e propagação vegetativa (mudas)
▪ susceptível a cigarrinha-das-pastagens
▪ não adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade, mal drenados
Cynodon

▪ bovinos e equinos
▪ não tolera sombreamento
▪ atacado por nematoides
▪ acúmulo de ácido cianídrico
Paspalum atratum

Hábito de crescimento: Subcespitoso


Cultivar: Pojuca

Atributos positivos:
▪ estabelecimento rápido,
▪ adaptação a solos mal drenados, ácidos e de baixa fertilidade
▪ boa resistência a cigarrinha-das-pastagens.

Atributos negativos:
▪ baixa produção na seca
▪ baixo valor nutritivo
Pennisetum purpureum

Capim elefante
Hábito de crescimento: Cespitoso
Cultivar: Napier, Porto Rico 534, Roxo Botucatu e Anão (nome comum
da Mott).

Atingem até 6 m altura

Tem rizomas curtos, colmos cilíndricos echeios

Folhas de até 1,25 m de comprimento por 4 cm de largura

Elevado potencial produção de massa seca

Qualidade, aceitabilidade, vigor e persistência


Pennisetum purpureum
Quadro 3. Alturas pré e pós-pastejo recomendadas para
algumas espécies de gramíneas forrageiras

150-180
Resumo

Fertilidad Cigarrinha Alagamento Estabelecimento Pastejo


e do
solo
B. brizantha M/A T S R C/R
B. decumbens B/M S S R C
B. humidicola B T T L C
B. ruziziensis M S S R C
B. hibrida ? T S L C/R
P.maximum A T S R R
A. guayanus B T S L C
C. dactylon A S S L C
P.atratum B T T R C
B: Baixo; M: Médio; A: Alto; T: Tolerante; S: Suscetível; RRápido; L: Lento; C:
Contínuo; Ro: Rotativo.
Resumo
OBSERVAÇÕES
B. brizantha cv.Marandu Substituiu a B. decumbens /+ expressivo/vedação
B. brizantha cv.Xaraés 30% na seca / alongamento decolmo
B. brizantha cv.Piatã Colmo + fino / sombreamento
B. decumbens Cigarrinha / vedação / foto hepatógena
B. humidicola Alagamento / cara inchada / estab. lento
B. ruziziensis Aceitabilidade / palhada
B. hibrida Lâminas foliares / resistência aseca
P. maximum cv. Mombaça Rotacionado / maior produção / des. pastejo
P. maximum cv. Tanzânia Rotacionado / uniformidade pastejo
P. maximum cv. Aruana Ovinos e caprinos
P. cv.Massai Ovinos e caprinos / Est. girder / < exig. fertilidade
A. guayanus Solos rasos, pedregosos e arenosos
C. dactylon Equinos / Ovinos / Caprinos / Mudas
P.atratum Alagamento / estab. rápido
Por que utilizá-las?

→ aumento na PBdo pasto (qualidade)


→ economia adubação nitrogenada
→ ciclagem de nutrientes paragramínea

Por que são pouco utilizadas?

→ dificuldade no manejo:rebrota
→ consórcio: competição
→ desconhecimento/falta dehábito
Leguminosas
Leguminosas - Folhas

FOLHASCOMPOSTAS

Comparação gramíneas:
- ↑ ↑ PB
- ↑ DIGESTIBILIDADE
- ↓ relação C/N
- Fatores antinutricionais
- baixa retenção de folhas naseca
Leguminosas - Caule

HERBÁCEA
ARBUSTIVA

TREPADEIRA
ARBÓREA
Leguminosas - Raízes

TIPO: AXIALOU
PIVOTANTE

FIXAÇÃOBIOLÓGICA
DENITROGÊNIO
Leguminosas

PASTEJO

CORTE
Leguminosas

LEGUMINOSAS PARA PASTEJO

1. Leucena (corte e pastejo)


2. Guandu (corte e pastejo)
3. Soja perene
4. Java
5. Calopogônio
6. Amendoim forrageiro
7. Estilosantes
8. Trevo
Leguminosas
Nome científico: Leucaena leucocephala
Cultivares: Peru, Cunningham, El Salvador, Tarramba

Três grupos:
Tipo Havaiano
Plantas baixas (5m) – florescimento precoce – Baixa produção – Alta
ramificação

Tipo Salvadorenho
Plantas altas (20 m) – florescimento tardio – Alta produção –Baixa
ramificação

Tipo Peru
Altas (15 m) – florescimento tardio – Alta produção – Alta ramificação
Leucena
Leucena

Figura 1. Cordeiro 1 (Tratamento III), apresentando desprendimento


espontâneo da lã 6 dias após dieta total com Leucaenaleucocephala.
Fonte: Almeida et al. (2006)
Leucena

Figura 2. Cordeiros 1, 2, 3, e 6 apresentando queda total da lã após 23 dias do início


da administração de Leucaena leucocephala e recuperação 17 dias após a suspensão.
Fonte: Almeida et al. (2006)
Guandu

Nome científico: Cajanus cajan


Cultivares: Mandarim (Embrapa), Fava Larga (IAC)

Aspectos positivos:
▪ Resistência a seca
▪ Adaptada a solos ácidos e pobres em fertilidade
▪ Fixação biológica de nitrogênio
▪ Eficiência solubilização de fósforo
▪ Recuperação de áreas (raízes)

Aspectos negativos
▪ estabelecimento lento
▪ baixa aceitabilidade
Guandu
Guandu

Tabela 11. Ganho de peso por animal (g/animal/dia) em três


tipos de pastagens, em três diferentes taxas de lotação
Lotação Buffel Buffel + Guandu Buffel+Leucena
(borregos/h
a)
04 42, 4 Aa 26,7 Ba 50,0 Aa
06 19,5 Bb 18,5 Bab 49,1 Aa
10 16,6 Ab 11,5 Ab 15,6 Ab
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna, e maiúscula
na linha, não diferem entre si.
Souza e Espíndola (2000)
Banco de proteína: uma hora → estação seca
Estilosantes

Nome científico: Stylosanthes capitata + S. macrocephala (cv. Campo


Grande)
S. guianensis ( cv. Mineirão; cv.Bandeirante)
S. macrocephala ( cv. Pioneiro)

Aspectos positivos:
▪ adaptado a solos ácidos e pobres em fertilidade
▪ adaptação a solos arenosos e pedregosos
▪ ressemeadura natural

Aspectos negativos:
▪ não tolera alagamento
▪ presença de fitobezoares
Estilosantes
NÃO UTILIZAR PASTOSOMENTE COM ESTILOSANTESCAMPO GRANDE

20 a 40% do pasto

Fitobezoares
(73,07% FDNi)

Estruturas formadas pela agregação de fibras, principalmente vegetais, no


trato digestivo de ruminantes, ocasionando obstruções intestinais que podem
levar o animal à morte (Matos et al.,2013).
Estilosantes

Fonte: Ubiali et al. (2013)


Estilosantes

Figura 3. Abomaso apresentando diversos fitobezoares


Fonte: Ubiali et al. (2013)
Estilosantes

Figura 4. Fitobezoares encontrados em necropsias


Fonte: Ubiali et al.(2013)
Leguminosas

Manejo:

Consórcios com menos de 20% de leguminosa


▪ 5 – 10 leguminosa m-2: rebaixar a gramíneas com superpastejo
▪ < 5 leguminosa m-2: reintroduzir aleguminosa

Consórcios com mais de 40% de leguminosa


▪ 5 – 10 gramíneas m-2: adubar com ?, vedar a área de 60 a 90 dias
▪ < 5 gramíneas m-2: vedar a área e ressemear a gramínea
Leguminosas

AMENDOIM FORRAGEIRO
(Arachis pintoi)
19% PB
Cultivares: Amarillo (mudas), Alqueire-1, Belmonte
Leguminosas

CALOPOGÔNIO
(Calopogonium mucunoides)
16% PB
Cultivar: Comum
Suscetível a nematóide
Leguminosas
Soja perene
(Neotonia weight)
18% PB

Cultivar: Comum

Java
(Macrotyloma axillare)
Cultivar: Java
23% PB
Leguminosas

Trevo branco
(Trifoliumrepens)
20% PB

Trevo vermelho
(Trifolium pratense)
20% PB
Leguminosas

Alfafa
(Medicago sativa)

18% PB
Cultivar: Crioula, Moapa,
Florida-77

Fonte: //portalsilvestre.com.br
Até a próxima aula

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