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N.

º 16

Editor: ANTONIO BF..LF..ZA DIRF..CTOR Reclacçio, Adminútraçi<I"'.'"~:


Pr1prid1dt 11 Es,rt11 t• 11111iu1ll : lUUEJllA •EDITGH PEDRO MURALHA R. DA ROSA, 10S-Telif.~'(6ff..4

1935
JANEIRO
Q. crescente a 11 L. cheia a 19

TERÇA-FEIRA
FERIADO- Fraternidade Universal

deseja a todos os Lavradores uma


abundante colheita e um

ANO FELIZ
LUSALITE 1
Todos os que empregam
LUMIAR
FiLroc:imen'o nacional A LAMPADA PORTUGUESA
O material mais indicado para nltreiras, silos,
coelheiras, aviários, colmeias, depósitos para reconhecem que dá boa luz, eoasome pouca, dura 11altG
água, vinho e azeite, canalisações, caleiras
para rega, divlsorlas, tectos e coberturas.
Económico, resistente, leve, isolador, higiénico
e duradouro
L..UMIAR
O noaao serviço tecnlco preata, gratultaMente, é a verdadeira lâmpada económica
todo• oa e a clareclmento•
Dietrjbuldore1 geral•: A nossa Secção Técnica está à sua disposição para qualque
CORPORAÇÃO MERCANTIL PORTUGUESA, L.DA domostração . A fábrica estã patente •o público todas as ter-
Ru i do Al1crlm , 10- LISBOA ças-feiras, das 14 às 16 horas.
Telefone 2 3948 - 2 8941 Teleg : FJb";.ocJIY!.ento
,. . Avenlde 24 de Julho, 1 118 - LISBOA
VIDA ALENTEJANA

Camata muoiei,al ~e Brraíolos EDITAL


1

EDITAL
A Comissão Admimstrativa da Câ-
A Com iss ão Adminis~ra~il'a mara f1unicipal do Concelho de
f1értola:
faz público que por delibera·
ção tomada em sessão de 8 de Faz público que no ultimo
Dezembro de 1932, terá lugar domingo de cada mez, se
uma FEIRA DE GADOS no dia realizará nesta vila, proxi-
20 de Abril de cada ano no lo- ximo da cerca do convento
cal das antigas feiras, sendo o mercado mensal de gados
esta li\7re de todos e quaesquer de todas as especies. O
impostas. terrado é gratuito.
Além desta feira, realisam• Está bem abastecido de água o local
-se anualmente nesta \7ila, mais onde se realiza o mercado.
Há diariamente carreiras de camions
as seguintes: a Feira de Santo entre Beja e Mértola, custando cada
António, em 13 de Junho e a passagem 15$.
feira de S. Boa\7enfura no 2.º Mértola e Paços do Conce-
lho, 2 de Maio de 1927. O Presidente
domingo de Julho. Francisco Eduardo Allen Gomes

Sin~icato A~ricola
1 ~amara m
onici,al ~o ~oocel~o ~e ~oote ~o Hr
EDITAL
A Comissão Administrafi\7a da Ca·
- - - OE - - - mara Municipal do concelho de Ponte
de Sôr, faz público, gue neste concelho
R E GUE~GOS se realizam as seguintes feiras.
fei ra de 14 a 16 de Janeiro, em Ponte
FUNDADO EM 1895. (O mais antigo do país) de Sôr, de gado suíno, quinquilharias,
ouri\7esaria, algibebe, etc.
feira de 7 e 8 de Maio, na \7ila das
fornecimento aos seus associadus de Gal\7eias, de gados e outros artigos.
feira de 4 a 6 de O utubro, em Ponte
FERRAGENS, MAQUINAS AGRl· de Sôr, de ouri\7esaria, calçado, quin-
quilharias, algibebe, ferragens, louças
COLAS, ADUBOS,OLEOS, CARM e gados de toda a especie.
Tambem se realisa em Ponte de Sôr,
VÃO, SEMENTES, SACARIA, VA- no terceiro domingo de cada mez, um
mercado de gados.
CINAS, INSECTICIDAS, FUNJJ. A feira de Janeiro, em Ponte de Sôr
é importantíssima, sendo a regulador~
CIDAS, SOROS, ETC. - - dos preços da carne de porco.
A feira de Outubro, na mesma \7ila, é
Analise de ferra e adubos ou quaes-
11 considerada como a melhor do Alto-
quer outras. Colocação de todos os ·Alenfejo e uma das mais importantes
de todo o pais, acorrendo a ela inúme-1
productos agricolas dos associados. ros negociantes e forasteiros.
1
LISBOA, 1 DE JANEIRO DE 1935 N.º 16

Editor: ANTONIO BELEZA DIRECTOR Redacção, Admini1ttação e Oficin.. :


"'"itldt •• E•,rtsl l i lllUIUCU: lllNTEJm-EOITOU PEDRO MURALHA R. DA ROSA, 10$-Telef. 2 1622 -LISBOA

Nesta quadra
de fé e de espe-
rança em que
ressurge um
ano novo, «Vi-
da Alentejana»
saúda mui ca-
lorosamente to-
dos os seus
cooperadores,
a s ~s i n a n t e s ,
anunciantes e
colaboradores,
desejando-lhes
um ano , muito
: : prospero : :

Calendario para 1935 T T

tt
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 1 1 JULHO _ _ AOOS.!Q__ SETEMBRO 1
11o. s.1r. Q. Q.ls-'s· 1~- s. T. Q. Q.ls. s. o. s .lr. Q.,Q. s.~
•• D.S.T.Q.Q.IS s. D.S.T.Q.Q.S.S. , D.S.T.,Q.Q.S.S .
••
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1

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1
3-4;-6J~ 7 ã~ •• - 1 2 3 4 5 6 - --- 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7
78910111213 4 5 6 7 8 910 8 911011121314
13 14 15 16 17 1819 1 1011 12 13 1J 15 6 10 11 12 13 14 15 16 1415 16 17 18 19 20 li 12 131U>f 1617 1 151617 1819 2021
20'212223 24 25 26 17 1819 20 212221 , 17 18 >l< 20 21 22 23
·~l~I~;~ ~ =I= ~1~~1:~1~ ~ ==~~ ~1~~1~1~ ~.~
21222324252627 18192021222324 222324252627281
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ABRIL MAIO JUNHO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 1
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D.Sr·IQ.Q.S.S. D.S.T.Q.,Q.s.ls. D.S.T.,Q .. Q}s.s. D. s.IT.,Q.,Q.s.1s. D.S.T.Q.Q.S.,S. D.S.T.Q.Q.S.S.
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31
~. ~. . 1
2 VIDA ALENTEJANA

Unt geande jornal alentejano


Beeuemenfe: «Joenal do meto~Dia»
(De o "Correio IEloense")

Pedro Muralha, velho e experimen · - E como se intitula o novo diá- iniciativa, tão digna da gratidão e
tado profissional do jornalismo. não rio? simpatia de toda a gente da nossa
cança na sua inteligente actividade. - Muito apropriadamente, jornal provincia ! - foram as nossas ulli·
Depois do A/bum Alentejano, êsse do Meio-dia. Do «Meio-Dia>, por- mas palavras.
estupendo monumento levantado em que é a hora a que impreterivelmente O resto, é uma consequência do
pról da nossa provincia, em cujas se há de publicar = a desejada hora tempo.
páginas perpassa muito de quanto de do almoço, a hora do descanço na
grandioso ela contem no campo his· faina da oficina, dum pequeno inter- N. R.· - Ao nosso presado colega
tórico e arqueológico e nos domínios regno no labor da repartição e da Correio Elvense agradecemos as suas
da inteligência e do trabalho; depois chegada dos últimos comboios da palavras que traduzem bem quanto
do semanário Vida Alentejana que é, manhã á estação do Rossio. E do nossos amigos são os colegas que
apezar das suas pequenas dimensões, •Meio Dia» porque ... dirigem esse semanário.
um apreciavel e artistico repositório - Já c0mpreendi: do e Meio-Dia», Sobre o assunto de que trata o ar-
das nossas riquesas agro-pecuárias e porque vos sê é do Sul ... tigo acima transcrito devemos confir-
etnográficas, Pedro Muralha, sugestio- - Justamente. Sou do Sul; do mar que, de facto, a iniciativa da fun·
nado por um grupo de patricios, à •Meio-Dia». Um meridional autentico dação de um jornal diário defensor
frente dos quais está o nosso conter- e cada vez mais apegado ao pro- acerrirno da Lavoura portuguesa, par-
râneo e importante lavrador sr. Fran- gresso, ao desenvolvimento da pro· tiu de gente de Elvas. Foi Francisco
cisco Adelino Gonçalves, pensa em vincia em que nascemos .. Adelino Gonçalves, foram Pompeu
pôr brevemente na rua um jornal de - O Alentejo ... Caldeira, Vasconcelos e Silva e por
grande sensação. - Sim, o Alentejo que, bem ao fim a acorajar-nos nesta espinhosa
Na ultima semana, aproveitando as contrário do que se julga, não é empreza foi esse grande lavrador,
curtas horas de uma noite que, por charneca crónica, mas o grande ce· que, não sendo alentejano é um dos
dever profissional o activo jornalista leiro nacional, o grande empório do maiores alentejanistas que conhece·
teve de passar em Elvas, ouvimos da trabalho agrícola, industrial e mineiro. mos, o sr. dr. Rui Andrade.
sua boca essa interessante revelação. . -- E desta forma, o /ornai do Exposto o assunto a lavradores de
Bebido o café do estilo, aventura- Meio-dia vae tratar com toda a aten- outros concelhos todos tem recebido
mos uma observação ímpia, - diga· ·Ção áos assuntos do nosso Alentejo! a ideia com grande entusiasmo, dan-
·se em abono da verdade - em ma- Como não póde deixar de ser, ·do·nos a impressão de que é a voz,
téria jornalística mas um pouco pró· já porque tenho a esperança, breve· unanime da Lavoura a aplaudir tal
pria de quem labuta nesta sáfara inglo· mente tranformada em realidade, de iniciativa.
ria e mal ajudada da imprensa pro- que não lhe faltará a simpatia dos Para a fundação da Alentejana
vinciana: nossos cornprovincianos, já porque, Editora, entidade que ficará sendo
- Mas, não há por lá jornais a alem da matéria vasta que pode in- propriedade não só do nosso Diário
mais? cluir, no que respeita à boa organisa- mas da Vida Alentejana, já temos re-
- Não, sr., responde Muralha, com ção de um diário informativo e dou- cebido enumeras adesões. Este facto
a vivacidade própria do seu espirito. trinário. se proporá defender, muito bastante nos anima porque de mais
Em Lisboa, nunca se publicaram tão principalmente, os interesses do Alen· de vinte adesões ainda não solicita·
poucos jornais como actualmente. tejo e dos alentejanos. mos uma sequer. Todos tem vindo
Deve ser mesmo das capitais da Eu- O nosso distinto colega de im· até nós a oferecem-se para fazer par-
ropa, a que dispõe de menos jornais. prensa, que têm por costume pautar te dessa entidade que, todos consi·
O público, porque recebe as noticias, a sua vida com os cuidados ineren· deram dt! urna grande utilidade.
por intermédio dos placards e da ra- tes aos seus cinquenta e seis anos, No proximo dia 7 vamos a Elvas
dio-difusão. não está já verdadeira- gastos numa constante faina de tra· expor no Sindicato Agricola a inicia·
mente em contacto com a imprensa. balho, que se distendeu á Africa, á tiva referida, depois iremos ao Sindi·
- Mas porquê? América do Sul e a rliversos países cato de Beja, tendo ja recebido o gen-
- Então, não compreende que das do Norte da Europa, dá por finda a til oferecimento do futurn deputado
cinco horas da manhã, em que saem conversa despretenciosa que nos con· Joaquim Lança para nos acompanhar
os grandes diários, ás sete horas da cedeu, na tranquilidade dum dêstes aquela cidade. Depois iremos falar
tarde, quando aparecem os outros pequenos e simpáticos cafés·bars de aos lavradores de Evora.
diarios - aliás, todos da melhor con- cidade provinciana, alimentado por Pensamos depois convidar todos
textura - medeia um grande interre- alguns «elementos.,. de vida moderna os aderentes a esta iniciativa, a uma
gno, incompativel com as necessida· - uma maquina «Pavoni.,. e um apa- reunião em Evora, onde se lançarão
des da nossa época, que é vertigem relho «Phillip's• - e diz· nos, á saída: as bases para o futuro diário.
e actualidade? - Alem disso, o /ornai do Meio· Mas outros oferecimentos temos
- Nesse caso, o que pensa fazer? ·dia, será, como muito justamente tido que muito agradecemos. Temos
--Pois, muito simplesmente, publi· não pode deixar de ser, o verdadeiro o patrocínio da Associação da AgrF
car um jornal, no prazo de tempo in orgão da lavoura alentejana, agora, cultura Portuguesa assim como do
termédio. que todas as classes, vão tratar dos Gremio Alentejano.
Pedro Muralha entra em pormeno· seus legitimos interesses - e acima Em tais circunstancias tudo é de
res técnicos e começa Jogo por de- de tudo dos interesses nacionais - supor que o novo diário menciona·
clarar que não se trata de uma novi· em Câmara Corporativa. do pelo Correio Elvense, constitua, no
dade. Lá fóra faz·se já a mesma coi- - Boa viagem, Muralha! E que futuro. uma força aproveilavel à La-
sa. você seja bem sucedido nessa bela voura Nacional.
VIDA ALE..NT E..JANA

Âgricola
O sr. Governador Civil de Évora fa!._algumas rectificações
à nossa entrevista. - A posição da «Vida Al~ntejana»
O sr. Capitão Gomes Pereira mui e os conhecimentos que tenho do carregada da sua execução, por di·
ilustre Governador Civil de Evora, nosso Paiz. reilo, a Associação Central de Agri·
remeteu-nos uma carta que mui gos· Não me interes!;am os fins que le· cultura, que teria á sua disposição os
tosamente publicamos. vam o semanário de V. a combater tecnicos e os praticos necessarios
Todavia devemos dizer a sua Ex.• ou a defender certos pontos de vista, para a efétivação deste grande em-
que Vida Alentejana, não tem outro mas não posso permitir que V. me preendimento, de pesados encargos
interesse que não seja que a já tão fa· lancem o lambeu de injusto ten tando e grandes responsabilidades.
lada Exposição Agricola se produza deste modo para atingir as suas in· O local onde, pouco importa: seria
na cidade de Evora. unica cidade no tenções envolverem-me numa pole· onde tecnica e mais prcpriamente,
Alentejo com melhores condições mica de mero interesse de jornal. conviesse aos interesses em jogo e
para o fazer. Lamentavelmente confundiu o se· ao brilho do certame.
Somos alentejanos; a Vida é man· manário as minhas afirmações ao es- Não podemos deixar-nos arrastar
tida só por alentejanos, e consequen· crever: Disse·nos mais Sua Ex.• que a por impressões pessoais ou senti·
temente neste problema da Exposi- pretensão do Porto em realisar ali mentalismos doentios para a execu•
ção a nossa posição é a mesma que uma exposição Peninsular se justifi· ção de manifestações de vitalidades
em todos os outros problemas que cava. da maneira seguinte: Nacionais. que como tal i nteressam
aqui temos ventilado. e dos quais •E do Norte e é lá que se criam á Nação e não sómente a grupos.
temos feito questões abertas, deixan- as raças barrozã e mirandeza. E porque assim se passou a con·
do aqui registadas tôdas as opiniões. t em Aveiro que se produz ulti· versa com o representante de V. e
Só lastimamos que o Alentejo repre· mamente uma grande parte da chico• porque lambem a V. só a verdade
sentado pelos seus distritos não se ria que importavamos. deve interessar espero que V. se
antecipassem ao pedido da gente do t nas Beiras que se criam os re. dignará fazer a publicação destes es•
Norte, pedido aliaz que teremos que banhos de ovinos e caprinos de ca• clarecimentos.
respeitar, ainda que convencidos de rateristicas definidas em pêlo e lã e
que esse pedido veio prejudicar a qualidades apreciadas em carne, leite, Evora, 27 de Dezembro de 1934
iniciativa da Imprensa Alentejana. manteiga e queijo, etc.> De V. etc.
Repetimos: não ha neste assunto Quando é certo que disse ao re- Antonio Raul Oomes Pereira
um mero interesse de jornal visto que presentante de V. que aos lavradores
a nossa modesta revista vive apenas do norte e sul interessaria, e muito,

Esta~elecimHto R. Amaral
dos seus assinantes e nem à venda a exposição. por que assim todos
a pômos. Ha sim. o interesse regio· ficariam conhecendo dos resultados
nal; esse interesse que nunca devia obtidos pelos cruzamentos tentados
desamparar todos os alentejanos com com varias raças de bovinos. ovinos Armazem de Mercearia
carinho pela região onde nasceram. e caprinos e das condições de adap·
Importado r de Arroz e Bacalhau
O sr. Capilão Gomes Pereira, te· tabilidade e rendimento, e que na f abrico de Confeitaria • Pior de Llu
rno·lo no numero dessas pessoas parte agricola fi cariam conhecendo o
que lambem desejam vêr progredir a que no nosso Paiz, hoje, já se pro· Séde : Cruzes da Sé, 17
sua região. duz como equilíbrio da nossa balan· Telefone 21386
Segue, pois, a carta que Sua Ex.a ça economica, e até poderia o Estado
nos enviou lamentando apenas que concluir do crilerio a seguir para as
o nosso enviado não tivesse repro·
duzido as suas expressões. simples·
limitações de determinadas especies
de cultura, consoante as necessida · PINlO & RIHflRO, Lº'
mente por não as haver compreen· des e costumes regionais, evitando
dido bem: assim excessos que se não justificam Batatas de s ementes de tôdas
e r,t:e até podem causar sérios em· as qualidades
Snr. Director do Se:nanário Agri· baraços. Bacalhau e artigos de mercearia
cola «Vida Alentejana> - Lisboa - No E Snr. Director, se assim o seu
N .º 14 de 19 do corrente do semaná· jornal tivesse escrito já não tinha ca- Travessa do Almargem,6- LISBOA
rio que V. dirige insere um artigo bimento o: «mas> com reticencias
intitulado a «Exposição Agrícola,., a seguido de · •o sul lambem tem os
que um emissario de v., Ex.mo Snr.
Henrique Vasques deu o caracter de
seus direitos, etc.
Tambem não defendo, antes atáco,
Sin~icato nuricola ~e Monfarte
entrevista e onde, no que me diz a organisação de uma exposição Pe· Recentemente orga n lsado
respeito, se publica uma flagrante ninsular, achando absolutamente de· Fo rnece aos seus auoclados todos os
inexactidão de afirmações que eu não fensavel e muito interessante a ideia escla recimentos que n ecessitem
de!>ejo deixar de esclarecer pelas in· de uma • Exposição Nacional•. fornece a dubos e alfa ias agrlcolas
congruências que encerram e pelo E esta, orientada superiormente
respeito que me merece o meu senso pelo Ministerio da Agricultura e en· MONFO RTE
VIDA ALENTEJANA

Câmara Municipal
.,
'
de Nisa
Devido ao esfôrço do seu presidente, êste
município tem sido no Alentejo, um dos que
_ maior esfôrço tem dispendido
:
. A nomeação do nosso bom amigo nagens, obras de arte e empe- 2.• - Construção da estrada mumc1-
sr. dr. José fraús to Basso para repre- dramento) . pal entre Montalvão e Povoa e
sentante dos Municipios do Sul na r3.' - Construção de 7.200 metros de Meadas;
Camara Corporati va, foi não só um estradas municipais (terrapla- 3.0 - Construção da estrada munici-
grande acto de justiça como uma nagens e obras de arte). pal entre Arez e Amieira;
m;inifestação de inteligencia por par- 14-• - Organização dos Serviços Mu- 4. º - Grande reparação de uma es-
te dos elementos que representaram nicipalizados de Electricidade e trada municipal de ligação em
na reunião de Evora as Camaras do Aguas canalizadas. Alpalhão;
Sul. 5.º - Grande reparação de um troço
. De facto o sr. dr. José Basso tem Nestes melhoramentos foi dispendida de 1720 metros da estrada mu-
sido um dos alentejanos que mais pelo municipio a verba global aproxi- nicipal entre Niza e Tolosa;
e&forço leem feito para beneficio dos mada de 1.200 contos; foram recebi- 6.º - Grande reparação de um troço
seus concelhos. dos até esta data do Estado, pelos Mi- de 900 metros da estrada muni-
Ele continuando a vasta obra já en· cipal de circunvalação de Niza.
cet-ada pelos antigos presidentes srs.
Francisco M ourato Pelequito, e Te- PRINCIPAIS OBRAS MUNICIPAIS
n~nte Antonio Falcão tem transforma- QUE DEVEM SER I NICI ADAS
d9 a velha e sordida vila de Niza, nu- NO PRESENTE ANO ECONOMICO
m~ das m;iis lindas terras alentejanas.
E' baEtante eloqüente uma nota r .º - Electrificação das freguesias de
que foi enviada á direcção do A/bum Alpalhão, Tolosa e Arez;
Alentejano e que queremos deixar re- 2.' - Construção de canos de esgoto
gistada aqui na Vida. e grande reparação de calçadas
Vejamos o que nos depõe essa em Niza;
nota sobre o que ultimamente se tem 3.• - Grande reparação de calçadas e
fei·to ·em Niza. caminhos municipais em varias
freguesias;
4.º - Abastecimento de aguas pota-
I.º:- I nstalação da iluminação elec- veis em varias freguesias;
trica na séde do concelho; 5.º - Emb~lezamento do cemiterio
2. 0
....:.. Captação e canalização de aguas municipal e construção de va-
potaveis na -séde do concelho; rias dependencias necessarias;
3.: ~ Çaptação e canalização,de aguas 6. º - Ampliação e melhoramento do
potaveis na vila e freguesia de Dr. José Fraústo~,Basso matadouro municipal;
· Alpalhão; 7. 0 - Aquisição ,tie material. escolar
4.• - Estabelecimento de alguns esgo- nisterios da Justiça e das Obras Publi-
cas e Comunicações comparticipações necessario.
5-º - Construção de um jardim mu-
to s na ~édP. do concelho ; e subsidias no valor total de 156.742$27
e foram contraidos pelo municipio em- Niza, 23 de Setembro de 1:934.
nicipal na séde do concelho;
6.• - Aquisição de um edificio para prestimos na Caixa Geral dos Deposi-
tos, Cerdito e Previdencia na importan- O Presidente da Comissão Adminis-
i n s ta l ~çà o de ser viço~ munici-
trativa da Camara Municipal de Niza :
pais; cia total de 600 contos.
7.º - Conclusão da nova cadeia co- Estes melhoramentos foram realiza-
dos durante as gerencias das Comissões J OSÉ F RAúSTO BASSO
marcã;
8. 0
- Ampliação do cemiterio muni- Administrativas presididas pelos Ex.m••
cipal; Srs. Dr. F rancisco Mourato Pelequito
9. Instalação da rêde telefónica na e Tenente Antonio Falcão, que desen-
Carlos Rn~usto de Brito Guerreiro
0
-

vila de Niza e de cabines e pos- vo lver Am uma grAnde ac çAo m uni ci pe l , e


tos telefonicas nas vilas de Al- durante a gerencia da actual Comissão
palhão, Tolosa e Arez; Administrativa. fáb rica de Moagem
ro.º - Reparação de calçadas em AI-
. palhão, Montalvão e Amieira; PRINCIPAIS OBRAS MUNICIPAIS de farinha em ra ma
II.º - Aquisição de material escolar EM PLENA REALIZAÇÃO
para varias escolas do concelho; Santa Bárbara de Padrões
12.º - Construção de 6.196 metros de r. 0 - Grande reparação das calçadas
estradas municipais (terrapla- em Alpalhão; CASTRO VERDE
VIDÀ ALETEJANÀ .

CÂMARA MUNICIPAL
DE

Reguengos de Monsaraz
foi após o 28 de Maio que a Co- Iras das freguesias dotando-as todas
missão administrativa do Municipio com material didático e mobiliário.
de Reguengos de Monsaraz consti- '. Tambem fez importantes melhora-
tuída pelos srs. Braz da Silva Costa, mentos no matadouro assim como
José Manuel felix e José Afonso em vários canos de esgoto.
Gomes tomou posse. tendo êste úl · foi também notável o seu esfc rço
timo falecido e sendo substituído no capitulo estradas pois fez gran-
pelo sr. Francisco Joaquim Borges. des consertas na estrada de circun-
Actualmente êste último é substi- valação assim como na da Aldeia do
tuído pelo sr. Capitão Manuel ferro Mato.
de Carrilho. Vida Alentejana, aproveita esta
Não têm todavia Reguengos sido oportunidade para saudar muito co-
beneficiada como merece. Tanto assim loro&amente o sr Braz da Silva Costa
que êste concelho foi um dos que porque há mais de 8 anos que vêm
menos recebeu em regimen de com- gerindo com muita competencia e
participação. Apenas 33 mil escudos inteligencia os negocios do municí-
lhe foram destinados quando as suas -pio onde tanto melhoramento têm
necessidades exigem maiores benefí- feito na terra onde nasceu e que
cios. êle tanto acarinha.
Bcaz da, Si lva Costa Seria extensa a lista de todas os
Com a Assistencia dispendeu êste
município a bonita verba de 32 mil · fez grandes -melhoramentos na serviços q:.ie êle têm prestado a essa
escudos. Escola óe Reguengos, concertou ou- linda terra alen tejana.

Serrão Marreiros e Manuel Afonso de


Grémio Alen_lej ano Campos;
-· Olivença, Ventura Ledesma Abrantes;
qurique. Alberto Afonso Miquelino e Horá.
Da Direcção do Grémio e com a Arraiolos, João C;milo e Dr. Martinho Ro· cio da Silva Saque; Ponte de Sôr Ten. Cor
sado; Arronches, felizardo Augusto Abran· António Ba1ista · de Carvalho e' Prancísco
data de 31 recebemos o seguinte ches e Manuel dos Santos Quaresma; Aviz, Mota Junior; Portalegre, Benvindo Ceia e
oficio: João Paulo Carrilho de Carvalho e Aires Nicolau M. da Silva e Brito : Portel. dr. José
de Mesquita; Barrancos, Dr. Manuel Fer- Toscano Rico e António Tibério de Sousa
.:A Direc~ão do Grémio Alentejano, nandes Pelicano e António Inácio Caeiro franco; Redondo, dr. Hernani Cidade e
terminando hoje o seu mandato, Acabado; Beja. Joaquim Lança e Joaquim dr. António Rita Martins ; Reguengos de
Pedro Muralha; Borba, Engenheiro Fernando Monsaraz, Major Estevão Alves Barbudo e
agradece, muito reconhecida, a coope- Manuel Duarte Silva e Teofilo Roussell ; António Rosado Paulitos; Serpa, Artur Casse
ração que V. Ex.ª sempre lhe prestou Campo Maior, Prof. Lourenço Ca yola: e Fialho e dr. José Féria Teotónio· Souzel
e ao Grémio, contribuindo eficazmen· Cap António lzídro Gama; Castelo de Vide, Major António Lulz da Silveira e' Manuei
E'ng.• José Custódio Nunes e Au gusto Xa· Car~o~o Justa; Viana do Alentejo, dr. Lulz
te para a expansão que no Alentejo Antonto dos Santos ferro e Ricardo Rosa y
vier Maltez; Cas.lro Verde, José Maria Vas -
a nossa Instituição vai alcançando,-e ques Cardoso; e Hermínio PrazerfS : Crato, Alb~rty ; Vidi2ueira Rafael, Baião Vieira e
apresenta a V. Ex'a os melhores de· Manuel Subtil e Alberle Botelho ,\forais ; Antomo Ramalho Canelas; Vila Viçosa , dr.
sejos de felicidades pessoais no ano Cuba, Constantino Taborda Morais e Joa· Augusto César Gomes Pereira e dr. José
quim Prudêncio f igueira Salgueiros; Elvas, da Silva Figueiredo.
de 1935 e votos sinceríssimos pelo
Mário Humberto Ferreira Marques e Ale-
progresso do Jornal que distintamen- xandre Dias da Silva ; Estremôs. Luiz Alves A passagem do ano
te dirige. Martins e Acgusto de S ousa Zuzarte ; Evora,
Com tôda a consideração se suhs- Manuel Joaquim Louro e Fernando So ares Por motivo da passagem do ano
creve, pr lo Grémio Alentejano, o Di- Pinheirn ; Ferreira do Alentejo, Eng.º An- realisaram-se no Grémio Alentejano
rector Secretario, R.odolfo Santana tónio José Martins Galvão e Dr. Casimiro grandes fe stas tendo sido servidas
J osé So ares; Fronteira, Joaquim Monteiro e cêrca de 500 ceias.
R.oxo. Francisco Cordeiro P. Machado ; Gavião,
Adriano P elf ro f'stevinha e António da Silva
O novo Concelho Regiona l Pimentel; Marvão, Ventura Ledesma Abran.
tese António do Carmo Dias; Mertola, An-
!\ia Assembléia Geral, foi por aclamação, tó nio Manuel Carrilho e dr. Rodolfo Santana ·Polainas Marca OU QUE
votada a seguinte lista para o Concelho Re- Roxo ; Monforte. Francisco Velez Conclii-
gional que funcionará em 1935 : nhas e Joaquim 1 . Costa feio; Montemor- .da Rua do Ouro, 294
Concelho de Alandroa l - José da Silva -o-Novo, Jos é Luiz Ricardo e Manuel Sal-
Vacondeus e Dr. José António das Neves vador Romeiras da Cosia ; Móra, dr. Ernesto São preferidas pelas
Martins ; Aljustrel, António Aboim loglez e Mexia de .A lmeida e João ÇJ. Nunes Mexia;
pessoas de bom gos-


António Pais Lobo; Almoclovar, António Moura. José Benvindo Correia Rapóso e
Manuel Ramos da Silva e Manuel Luís Bo-
tica ; Alter do Chão, Bernardino Borrecho
e Narciso Dias Galvão; Alvito. António Gas·
par Magno e Ernesto de Oliveira Magno ;
José Silvestre Ferreira Bossa; Mourão, dr.
José Jnácio Gom es e Jacinto Fernandes Pal-
ma; Niza, Manuel Oranchinho e Jõsé Cal-
deira :Macha,do Feliçissimo; Odemira, dr.
• to, pela elegancia, re-
sistencia e côr fixa ,
a retalho e revenda.
6 VIDA ALENTEJANA

Câmaea municipal
- de -

Portalegre
Foi em 21 de Dezembro de 1933 dedicação pelos assuntos do Muni· Mas não pàra aqui o esforço da
que a actual Comissão Administrativa cipio de Portalegre que dir se·ia ser Camara.
tomou posse. ConseqUentemente ha um dos filhos mais dedicados desta Ha dispendio de verbas, ai;iesar de
apenas 1 ano e todavia o seu esforço encantadora cidade. grandes, que não fazem brilhar o
foi enorme durante o ano que acaba A comissão é composta pelas se- e>forço de uma Camara porque são
de decorrer. guintes individualidades: Engenheiro empregadas em cois?.s que se não
Não é o seu Presidente alentejano. Fernando Alberto de Sodré da Cosia vêem.
Mas ele tem sido de uma tão grande Freire (Presidente), Antonio Barata. Mas outros trabalhos existem que
José de Avilez Ca- dão logo nas vistas. e dão-nos logo a
bral de Quadros, impressão de que a Camara trabalha.
José Elias Martins, Em Portalegre, logo que 2li se en-
Adelino Sirr.õ::s Pe· tra quem vai da Estação nota logo
reira de Lima, To· esse esforço.
maz Oarção e dr. Portalegre tinha uma entrada de·
Martinho de França testavel; entrada de aldeia, que seria
' Le Cocq de Albu· muito interessante no tempo dos
querque de Azeve· Mouros, mas que ha muito estava a
do Coutinho. pedir transformação.
foi devido ao es· Aquele velho casarão, antigo con-
forço desta Comis· vento que se encontrava ao cimo da
são que Portalegre Rua d' Elvas ha muito que requisi·
conseguiu de com· lava camartelo.
participação a im· Já está, quasi todo em baixo esse
portante quantia de monstro. E em breve Portalegre terá
159.082$98, tendo uma entrada ampla, de maneira a que
gasto só em estra· os forasteiros fiquem convencidos
das uma importante que entram n'uma cidade progres-
quantia pois a estra· sivo e civilisada.
da da Serra do Ale· Está também procedendo ao embe-
grete sofreu uma lesamento de outros pontos da cida-
grande reparação, de, modificando o Parque Miguel
adquirindo um ci· Bombarda, estando ainda a alargar
lindro mecanico- outras ruas em conseqüencia do au-
compressor de es· mento do transito, melhorando assim,
Iradas que em muito enormemente a estética da cidade.
tem beneficiado os Se esta Comissão continuar no
trabalhos de cons- seu posto, Portalegre muito terá a
trução e reparação. lucrar no que diz respeito a melho-
Tambem em hi- ramentos.
giene publica a Ca· Tem infelizmente Portalegre muito
mara gastou a im· poucas escolas para a sua população
portante verba de escolar que é de 2.949 creanças de
75.025$00 Em ser· ambos os sexos.
viços de assis-
tencia dispendeu O deficit de escolas é de 10 pelo
36.600$00. menos.
Tambem a Co- As estradas que estão estudadas
missão não tem des· e classificadas no Concelho é a que
curado o importan- já está em construção que liga Re-
te problema da ins· guengo a Alegrete.
!rução. Assim tem finalmente, a Comissão Adminis·
\'!Stado a dotar ases- trativa de Portalegre merece a admi·
colas com moderno ração de toda a gente porque não
mobiliario e mate· tem descura cio a missão de que a in·
rial didatico, gas- cumbiram e que está desenvolvendo
tando com essa dis- com o maior zelo e a maior simpa-
Desenho de Benvindo Cei• tribuição 19. 165$55. tia de todos os Municipes.
VIDA ALENTÊjAN.Â. 7

Camara Municipal
de Sousel
Foi muito grande o esforço do Mu-
nicípio durante o ano que findou

A actual comissão administrativa do pelos progressos do seu conce- Com a Assistencia. dispendeu a
tomou posse em 6 de Novembro de lho que já conseguiu ver alargado Câmara durante o último ano 4 mil
1929. Conseqüentemente há mais de com a anexação de mais uma fregue · escudos.
5 anos que ela vem, dia a dia, luctan- sia.
Fazem parte dessa comissão os
srs. dr. José Gomes de Almeida, que
é o presidente, dr. João Augusto Mar-
chante e Alexandre Franco Pais.
Esta comissão conseguiu do Es·
lado, durante o ano de 1934, em com·
participaç.ão. a quantia de 72 275$19.
Sôbre o problema de higiéne pú·
blica mandou esta comissão concluir J
a sua rêde de esgotos.
E qual o seu esforço durante o
ano sôbre escolas?
Fez importantes reparações nos
edifícios escolares de todas as fre-
guesias, ampliou a escola de Sousel.
creou 3 lugares de professores em
Sousel e 2 na freguesia de Casa
Dr. lo•é Gome• à• Almeida Branca, e forneceu para todas as es- Dr. João Auau•to Marchante
Pre•idente colas material escolar. Voãal

Construção e reparnção d e estra d as mu nicipais rea liza das pela act ua l Comiu ão Admin istrativa de Sousel

Desl~naçno dos trabalhos Ex tenção Comparllcl· Valor or~amer . Obsc1vações


paçilo t•I da obra

Construção da estrada Sousel- Cliarrão ......... ........ . 2.869M 26. 103$25 101.413$00
» " Casa Branca·Almadoía ...... .. . '.l.OJ4rn 99 42.296$00 St.592SOO
Reparação da estrada Sousel-Sanlo Amaro ........ ... .. . 3.ooo-n 30 915$60 72.0 l:>S60
Construção da estrada Cano·Santa Victoria ....... ..... . 2.036" 22.808$28 59.284S36
» Cano l::rved al ................... .. 1.596m 16.062$66 32. 125$32

Mapa d as estradas man d a das estudar pela actu d Comissão Adm ini strativa

==~'='"~~=-=--~-==============~= -=:;:===============--=====-~--========
E"' en,~o que :a:ta
'"'ª' Extenção cu n~trul IH

L
E•ICO>ã() con ..tru 1f ou rcµ rur

Sousel a Santo-Amaro............................ ......................... ..... .... ..... 9 .001 1 3 000 6 OOJ

L
Cano a Erv,dal........................ ..... ... ................................. ... ...... i t~ J.596 2.298

g~::i·~~1;:;~~;:· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·-~.~; ;:&; ';o;l._..;:; ; =. ; ; ;= =-. . .;. ;.; . _____ _____


2 869 li. 131

5 000
8 VIDA ALE.NTE.1ANÀ

PROVÉRBIOS
Mais custa manter-se um vicio do Levantar cedo, ao amanhecer pro- Não tires espinhos onde não há
que dois filhos. duz riqueza, força e saber. espigas.

O orgulho, almoça com a abun· Pela agua do ceu não deixes de Póda tarde, semeia cedo e terás
dancia, janta com a pobresa e ceia regar. bom vinho e bom grão.
com a ignomínia.
Um hoje vale dois amanhãs; não Nem barbeiro mudo nem cantor
Quem se não deixa aconselhar não consintas que o sol te surpreenda sizudo.
merece ser socorrido. na cama.
iv\ais vale pão com amor do que
A experiencia é uma escola cujas Lavrando profundo com força e galinha com dor.
lições se pagam caras, mas só nelas destreza, teremos saude, honra e ri·
aprendem os ignorantes. queza. O peor ordenado é o que se deixa
de ganhar.
A um bom entendedor poucas pa- Vinha minha, figueira de meu pai
lavras bastam e muitas palavras não e oliveira de meu avô- Pão nascido nunca é perdido.
chegam a uma geira de terra.
Vindima em seco vinho puro, vin· Mais vale burro vivo do que dou-
Por muito trigo nunca é mau o ano. dima em molhado vinho aguado. tor morto.

Com o trigo de um hom ano se Nem vinha em baixo nem trigo em Mais vale agua de carne do que
remedeiam três de dano. cascalho. carne de agua.
Lavrar temporão é grão em mão. Deus ajuda a quem madruga. Lenha de figueira, muito fumo e
pouca madeira.
Tal semente tal colheita. O lavrador na cidade perde o cam-
po e a herdade. Mais facil é o burro preguntar do
Mais vale ano tardio do que va$ÍO· que o sabio contestar.
Verão que muito dura bom inver·
Lavrar fóra de tempo é terra per· no agoura. Pés de hortelão não perdem a horta.
dida.
Depois do trabalho vem o dinhei· Pescador que pesca um peixe pes-
Não faças horta em sombrio nem ro e o descanço. cador é.
edifiques junto ao rio.
Não te fies nos ciganos nem nos O que has-de dar ao ralo dá· o ao gato.
Acelgas benditas, de dia os tron· cães dos hortelães.
cos e de noite as folhitas. Caracol vasio faz mais ruído do
O saber é do estudioso; a riqueza que caracol cheio.
O trabalho é o pai da boa sorte. do industrioso.
Lavar cabeça de burro é sabão
A cosinha farta enfraquece o pa· O devedor é escravo do credor. perdido.
Irão.
faz das noites, noites; do dia, dia, Bôca sem dentes é como moinho
A actividade não necessita desejos; e viverás com alegria. sem pedra.
o que vive de esperanças morre
jejuando. Quem sempre mente nunca engana. Mais vale prevenir de que remediar.

Em terra fria não semear fundo. Ano de ovelhas, ano de abelhas. O que no leito se mama na mor-
talha se derrama.
Mais vale não fazer nada que tra- Galo que não canta algo tem na
balhar terra molhada. garganta. Depois de grande seca grande chu ·
vada.
Chave usadii sempre está lustrosa.
Passaro !rigueiro não entra no meu Agua corrente não mata gente.
A pureza é a mãe da pobreza. celeiro.
Agua parada não move moinho.
Não há cultura mais rica do que Paga o que deves e saberás o que tens.
a cultura racional de uma herdade. Chuva que penetra, chuva perpetua.
Cevada granada aos oito dias ceifada.
Não ha ganancia sem dor; com A selecção é a fonte da perfeição.
amor o trabalho é menor.
De trigo e aveia a casa cheia.
Perder o tempo é a maior das pro· O arroz, o peixe e o pepino nas-
digalidades. Lavrador de capa negra pouco medra. cem em agua e morrem em vinho.
Vt:DA Ã.LÉ..NTÉ..JÁNÂ

Calendário Chinêz
OAlenfejo refalLaJo ~ lo. mez - O vento leste derrete o
gelo. Começam a mover·se os animais
que estavam em letargia. Sacrifica a
lontra a sua primeira presa, á lontra
.4 propósito da di~isão do País em Pro~íncias mais antiga. Principiam a rebentar as
árvores e as plantas.
2.0 mez - florescem os pecegúei·
Por Luiz de Sousa Gomes ros; transforma-se o falcão em pom·
ba. Chegam as andorinhas. Come·
V execução das leis, regulamentos e or- çam os reiâmpagos e o trovão.
de1zs do Oovêmo, e a acudir com 3.0 mez - Dá flôr o wlotung. Os
No nosso anterior artigo começa· presteza a tôdas as necessidades dos ratos transformam-se em pombos.
mos tratando da proclamação do pri· cidadãos, de modo a que a acção do Primeira aparição do arco·1rís. Os
meiro Código Administrativo Portu- poder central se tra!lsmitisse com fa. pássaros vêm comer as amoras. Os
f!Uês de 1835 e aprovado em 7 de cilidade a tôda a superfície do terri· pombos bravos sacódem as azas.
Janeiro seguinte. tório; e é por isso mesmo mais arbi- 4.º mez - Cantam os grilos. Che-
Não cabe no apoucado espaço de trária do que a divisão do concelho. ga o outono.
que disponho uma completa e mere· Por esta definição. o Distrito. não 5.0 mez - Cantam as áves carni ·
cida apreciação, mas para o leitor a é uma divisão administrativa, mas voras. 2áem as armações aos veados.
quem o assunto interessar - e, que sim no bom dizer de Sousa Larcher 6.º mez - Vento quente. Decom·
tão desalinhavadamente tenho vindo «uma desce11tralização do serviço do põe·se a herva produzindo vagalu·
!ratando - lembro a leitura dos Es- Governo, e de aí a confusão em que mes. ' 1

tudos deAdministração de Joaquim se tem vivido , , 7.º mez - Vento e orvalho. Ama-
Tomaz Lobo de Avila, t.o conde de Este Código vigorou até que a durecem as seáras.
Valbom, nomeado por carta régia Lei de 29 de Outubro de 1840, o al- 8 ° mez - Os bichos tapam coní a
de 30 de Abril de 1875. tera e modifica em vários pontos im· terra as bocas das tócas que fizeram.
O Codigo de que agora venho Ira · portantes. Vão·se as andorinhas. Chegam .os
tando, tornou electivos muitos dos Assim em 10 de Dezembro dêsse gansos. Cessa o trovão. ,
cargos que até ali eram de nomea· ano são mandadas pôr em vigôr as 9.º mez -Os pardais transformam·
ção dos governos; reduziu o numero modificações que não careciam de -se em ostras. Sacrifica·se o lobo.
de concelhos em que o país estava di· regulamentação pelo governo. Cáem os insectos em letargia, meti-
vidido e ampliou as atribuições de Pelas Leis de Outubro de 1840 e dos nos seus buracos.
gerarquias locais. 41 e ainda as de 16 de Novembro do J0. 0 mez - Gelo. Dirigem·se os fai·
Apesar do que acabámos de ex · mesmo ano, são introduzidas novas sões para o mar, e transformam;se
pôr ser mais liberal do que as leis modificações ao Código de 1836, do em morcegos. Deixa de aparecer o
anteriores, não conseguiu este Có · que resultou o saír um novo Código arco·íris.
digo produzir os resultados que dele que foi decretado em 18 de Março 11.º mez- Correm as fontes . Con·
se esperavam. de 1842. servam·se escondidos nas suas tócas
Tratando da Divisão do Território, O novo Código, na parte referente os animais subterrâneos.
capítulo 1, Da Orga11isação Admitzis· à Orgarusação Administrativa, diz : 12.º mez- Emigram os falcões para
trativa, determina: Art. 1.0 - O Reino de Portu!?al e o norte. Vôam, gritando os faisõ.es.
• Art. 1.0 - Os Reinos de Portugal Algarves, e as ilhas adjacentes divi- Treme o sol. Empalidece a Lua.
e Algarves, e Ilhas Adjacentes são dem ·se em Distritos Administrati-
divididos em Distritos Administra- vos. e os Distritos em Concelhos.
tivos: os Distritos subdividem-se e§ único-Os Concelhos de Us· Um futuro artista ·
em Concelhos : os Concelhos boa e Porto em Bairros> .
compõem.se de uma ou mais Fre· Neste Código pois, desaparece a e do nosso amigo e comprovinci uno
sr. Francisco de Crut Louro, natural de
g uezias». Parochla Civil, ficando apenas exis- Aldeia N;i ve de S . Bento (Serrtt) e di s-
Pelo que temos visto até à data da tindo na organisação da Administra· tinto aluno de Escola de Bdes Artes de
promulgação do primeiro Código ção Pública: - O Concelho e o Dis- Lisboa, o belo trabalho que epre•erite-
Administrativo, jàmais foi promulga- trito. mos na !.ª página dêste nosso número
dalei que criasse em Portugal e tor· E para que não possa haver dúvi· especial do Ano Novo.
nasse efectiva a divisão provincial, ou, das no mesmo se determina que - a
a decretasse, posto que por mais de Paroclzia apenas administra a fabrica
uma vez alguns a proposessem. da Egreja, os bens da Parochia (fre· Reforma Administrativa de23 de julho
Projectos , pareceres, desejos mais guesia) e na qualidade de Comissão do mesmo ano. Mas esta não chegou
ou menos expressos, mas jàmais de beneficência o que lhe fôr incum· a produzir efeitos por motivo de ·ter
promulgados ou decretados, por fôr- bido. rebentado em 1 de Janeiro do ano
ça dos mandantes ou por vontade e Ao contrário quanto aos Governa· seguinte o conhecido movimento, de·
consenso dos representantes da Na- dores Civis, foram· lhes daàas, não só nominado < Janeirinha».
ção. a acção de gerência admnistrativa Por esta organisação foram supri-
A que mais se consolidou e resis- geral e local, como afnda a sua in· midos vários distritos e o de cPortale·
tiu, porque ainda hoje existe é o da di· gerência em todos os actos da Admi· gre •, ficou com a designação da sua
visão do pafs em Distritos Adminis. nistração Civil, superintendência na séde, não fazendo parte do «Alen-
trativos, mas esta. ainda, artificial e instrução. beneficência, nomeação e tejo•; como ao da Guarda, sucedeu
somente destinada. como em 1857 demissão de empregados, etc., etc. o mesmo, não fazendô-· parte das
afirmava Justino de Freitas nas suas: Em 1867 é novamente remodelada «Beiras>.
- Instituições de Direito Adminis· a divisão administrativa, por decreto Mas como este já vai longo, dei-
trativo: - • ... a promover a pronta de 10 de Dezembro e em virtude da xemos o resto para outra vez.
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• Praia de Fila Nova dt Mi/fontes •


• CAMPO MAIOR. - O Rio Xévora

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FR.ONTEilú 10 da R ibeira Grande '
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• Aqueles que j entejo extenso


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• matagal, ou e os de pão e azi-


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• nhos alentejan objectiva focou ••

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. . CAMPO MAIOR. - Uma paisagem

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ODEMI RA - Um trecho do Rio Mira •
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EVORA - Um aspeclo do Rio Xarrama

•• .. CABEÇO DE VIDE - Um trecho


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..- O URIQ UE - Moreta EVORA - Outro trecho do Xar r a ma .
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ARRONCHES - Uma vista N IZA - Estrada das A moreiras --
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VIDA ALEN'I'F,J ANA


emua
A adual Comissão Adminisfrafioa tem
produzido uma obra digna de registo
O que nos disse o seu Presidente:
E muito interessante o relatório que Hospital Civil- Também em ruln11s vai conjunto os melh orame ntos feitos p elo
o sr. Cesar de Carvalho Miranda acaba ser reperado e modernlaado tendo o Es· E~tado , e sabe r: - Estrade Nacional N.°20,
te do contribuido com e compar ticipação i.a classe-tudo está adjudicado e em
de nos enviar por solicitação nossa. de Esc. 56.850$00 e um grupo de dedica- execu ção parn a sue conclusão, ni!o é
Assim, no que respeita á séde do dos amigos do hospital, feito um peditó - preciso pedir mais. reste a paciência de
concelho, diz-nos o referido documento: rio em todo o concelho, que r endeu cl!rca esperar; este trebalho, grande obra de
de 40 contos, esperando ainda outros eu· Dichdure constou de ter replenager.s e
xilios que permite m a conclusão de tão empedremenlo de cerca de 50 quilome·
Mercado - ExistP. um antigo projecto útil obre, cujo orçamento é de 160 contos. tros e de construção de duas importantes
para ser constr uido no Lar go José Me·
ria Lopes Falcão; é perecer de nossa Co· Postos de ensino-pera feclllter a Ins- pontes em cimento armado sobre o rio
trução nos s uburbios de Vile consegui· Odeceixe a Ribeira do Sol P osto, <'bras
missão que êsse projecto não satisfez 81\ de arte estes que devem ficar concluides
exigências de ectuelidede devendo ser mos e instalação d e dois postos nos sltios
no fim do proximo verão.-Dragag~m do
feito novo projecto e eic.JllJíJo um o utr Rio Mira-Obre grandiosa e Yelha aspi·
local mais aprop r iado, aguardando- se ração deste região que veio salvar um
que as finanças permitem eetrarmos com belo e util rio quásl perdido pare e na·
e comparticipação pera ~ sua construção, vegdção e qu e <lentro em pouco, conc lui
que não deve str reehsade aem IJever dos os trabalhos, facultará e boa nave-
11arantla de abastecimento de água pera ga ção não só para os barcos que usem
sua llmpeu. fazer carreirA pera este como pera ou-
Rede de Esgotos-Existe uma antiga tros de maio r lot~ção qu ~ bqui desejem
e Incompleta rede mel construida, que vir, pois não exi~te duvide que o porto de
precise ser substituída por uma nove, Vila Nive de Milf.i ntes com êste benefi.
cujo projecto e estudo está e cargo de cio quási reelisedo e os trabalhos pro·
A. G . dos S. H. E., ideia que nos sugeriu
desde que foi publicado o Decreto em jec1ados 110 cais de Odemira e seu elerge-
que o Estado faculte e compertlclpeção mento, no cais "costevel e fazer em
Milfontes e obres de barra vai desenvol-
dêste s melhoramentos pele verba do de· Yer-s e bastante, confiando na boa vonte·
semprêgo, bem como do abastecimento de de Sues Excelencias o Snr. MiniAtro
de éguas que igualmente pedimos, traba- e digno Adml nlstrndor Ge rei dos S. H. E.
lho êste que está sendo feito com cui-
dado e acerto pelo Ex.mo Sr. Engenllel ro que avaliam de necess idad e de concluir
Pernando de Sousa, devendo em breve tão gr&nde obre.
lnlclerem-se es pesqulzes de captação Estrada Nacional 10'312.ª Está completo
o e~ tudo do troç11 de Capelinha e Reli·
de águas com que se pretende aba stece r
8 vila. De instalação de égua feita em
quies e em conclusão de trabalho do ga·
binele das Reliquies à po nte de Monte
1927 pens emos eproveitá·le, pera um lo- Negro; sabem Sues Excelencías os Srs.
vadouro público a construir no Serro do Mini stro e Di gnos Dlrectores da J. A. E.
Pegulnho, e oeste do Castelo, cujo es· quanto nos tem >s inte resssdo por este
tudo de embele7.emento está e ser elabo- obre de tão ,:!rende alcance pare a nossa
rado pelo Exmº Sr. Engenheiro Va ssalo região por nos ligar com e séde do Dis
e Silve, e possivelmente à transformação Cesar de Carvalho Miranda
de Praça Sousa Prado num jardim mo · tricto e muito especielmente com quatro
derno. , das nossas fregu ezies: temos esperanças
que se conseguirá a seu tempo e pode·
Escolas-Possui esta vila 5 edifícios da Bemposte e Bemperece, estendo' o mos enunciar que este ob re nos está pro·
e sco lares: S. Sebastião-antiga igreja primeiro também e funcloner c o m curso metida reelízer·se no todo ou em parte
adaptada e duas cases de aula em más noturno.
condições pedagógicas; com o auxilio do no proximo ano.
Está pendente de autorlseção supe-
fatado constr uimos uma terceira case rior o funcionamento de um posto de en· Freguesias
de aula anexe, melhorando es condições sino no sítio do Alm ogreve.
de superfície e de luz das outras duas, Calçadas -Reconhecemos a necesslde· Colos-Muito necessltft de construção
ficando com uma entrada comum. com de da sue reconstrução, mas como está de estrada na cional n.° 105'2.• e pare se
retrete e leYebos, tendo também ampliado em projecto a nove intalaçio de águ as e ligar a ela tomou e Junte de Preguezie
e melhorado e moradia de uma das pro· redes de esgotos não se delle pensar ne que é constituide por elementos dedica-
fesaoras, junto à escola; pera comple- sua grande repara cllo dada a esperança dos á obra Nacional a lniclatl\la de por
me nto deste obre (apesar des aulas já ali de num preso curto ser preciso mecher subscrição publica fazer um remei de es·
fu• cionarem) falte construir o recreio nos pavimentos das ruas de vila. treda partindo de vila de Colos ao local
coberto e vedação do recinto, cujo pro- Cemitério - Que esteve eo ebendono há onde ha-de pesser a estrada N. 0 103 e no
jecto e orçamento aguarda eproveção mais de vinte anos, sofreu uma repera · ponto de bifurca ção de onde segue ou·
de Direcção dos E. M. N. Sul. Escola do ção geral em que se teem ga&to cêrca tro ram Rl pare e estação de Amoreiras,
Castelo-uma s6 casa de aula para o sexo de 70 contos, obra levada a efeito pele Exploraçllo de aguas-Há mais de um
meaculino com residência anexe, constru· Camara com o auxilio dos munlcipes das ano que foi oedl de a assi~tencia tecnica
ção em r ulnas que nós restaurámos po r <luas freguesias da vile e do Estedo. à A. G dos S. H. f.
completo, estendo hoje um edifício mo• Poço t lavado11ro-Aguerdamos há tempo
derno com retrete e urinol e preparado • a vinda de um técnico para fazer êsse
com iluminação pare nele funcioner em Também melhorámos a lnstaleçllo ele· projecto e orçamente.
bre ve um curso noturno; Escola Conrk d~ eirice e fizemos varias reparações nos -Possue uma escola restaurada e em
Fern ira-com dues cases de eula nl!ces - edifícios municipais que encontráoios construção um edlflclo escola r com dois
altando de grande reparação e empliaçãl) em muito meu estado <1e conservação e andares, cujas o bres estão paredas
de uma terceira casa de aule anexa, ed• não estilo h '.>je melhor devido às dificul- aguardando auxilio do Estado pera a
tendo fé feito o projecto e pedido há mais dades do Municiplo. SUB COn('lusão.
de um ano. Nilo podemos deixar de anuncier em -Posto de ensino- Aguardemos auto·
VIDA ALENTE1AN.A

rizecão pera funcionamento de um na sitio de Per eiras, que deve começar a ções \ler-se ligada com o Cercai pele es-
Ribeira do Seissal, pera o nde e8tá pedid" funcionar brellemente . trade 98/2. •.
há mais de um ano. Silo Luiz-Possui uma escola pera o -Escalas - Precisa multo de um edifrcio
Relfquias-Foi construido um le11a- sexo masculi no E:m rE'gelares condições, escolar com dues aulas, tornando-se dl-
douro público e feita uma cap1ação de e do sexo feminino está muito mal insta - flcll e sua co ns tru çã o p or nã o haver
águas pare o seu abastecimento. lada em cese de aluguer, te mos procura· quem ceda terreno em local apropriado
- Cemitério-Está fello o projecto econ· do remover este feita construindo·se um nem quem queira tomar e inic iet1 11a de
cedido o auxilio do Es tado-cêrce de 18 edificio com duas cases de aula. nede se a ua co nstrução em comparticip ação com
contos-para a sua tmpllacão e r econs- tendo conseguido até este dele por ra- o Estado.
trução. zões iguais ás que indicamos se dilo em -Poço e lavadouro-Possui um cons·
-Escolas-Possui dois ediflcios mo- Santa Clare·a· Velha. truido em cime nto armado, sendo o prl·
dernos. A sua Junta de Préguezia, num -Posto dt ~nsino -fol creado e já fun· melro melhoramento rural construido
bairrismo semelhante à de Colos, cheios cionou o eno passado no s itio de Zam. neste co ncel ho e que bons ser\liços tem
de vo ntade de te rminar com o flagelo dos bujei re em casa itenerosamente cedida pres tado à s ua povoação.
maus cami nhos também po r subs crição pelo impo rtante proprieterio sn r. Joa- - Azuas-concerto de estrade dos Car-
pública ne sue fréguezla, fizerem o es - quim de Matos Sílva, que está na dispo- ris e tu do que é posslYel realizar-se é
tudo e vão construir um remai de estrada sição de mender construir um edificio reletivamente fácil obter dedde que e sue
que pariindo da N.• 103 na bifucreção aprop r iado pera e sue inste laci!o. Este mui dig na junte de frégu ez ia auxiliada
vinde de Colos llge com a estação das posto funcione êste ano também com ser· pelo po110 peçam e garantam e Compar-
Amo reiras, trebelho êste que por meu in- vico noctu rno. ti cipeçi o.
termédio foi pedido, esper ando que e m --Poss ui um poço e lavadouro feito Quanto ao abrigo do Cenel, molhe sub·
bre11e seja concedida a de\ll1le comperti- com o auxilio do Estado que b ons se rvi- mersl11e l e cais ne Praia do Anecleto
clpacão do Es tado. ços está prestando á po11oeção. ninAu ém du11ide que se faz, porque só de -
-Posto deensino- Também conseguimos - Está-se procedP.ndo ao projecto de p ende do Esta do, e hoje quando o Estado
um pera o s itio de Vale de Perre> desta um novo cemiterio que se pretende cons· vê que es obres são úteis e neces8'rles 1
fréguezie que aguarde e nomeação do truir junto á es trada n. • 20; igualmente exec uta.as. Est r ade que ligue Odemira
resp ectivo reg ente pera inici ar o seu se está procedendo ao projecto de res· e Vila f orm osa também teré o seu die,
funcionamento . taureção de calçadas das suas principais sendo uma gra nde qualidade o saber es-
Sabota - Necessita de um ediflcio esco- rua s. per ar.
lar com duas cases de aula, projecto que São Martinho das Amoreíras - Possue Par e finaliza r o enunciado de melhora-
está em andamento se ndo oferecido o um e escola recente mente construida, me ntos realizados, em realização e em
terreno necessário pa ra a s ue constru- ten fo outra em construção. projecto, desejo elucidar que o assunto
ção pelo Ex.m• S r. J aime José Ribeiro, - Aguas- j á rec E'beu um subsidio para •rêde tel efónic a do concelho• não foi por
estando a maioria da população disposta e s ue captação mas não o utiliso u po r nós esquecido podendo confirmá-lo os
a auxiliar a sue construção feita em com· insuficiente. Ex."'<> 5 S rs. Ministro, Director Humberto
perticipeçilo com o Estado. -Calçadas--Está e ntregue na Dire cção Serrio e Oovernedores Clllis com quem
Posto de ensino-Necessite de um no s i· dos Methorementos Ruraes o projecto por multes e varies vezes trotei do as-
tio de 1.uzienes-Oere, que e~té pedido, pera e sue reparação. s unto, presentemente esiá·Se e laborando
aguardando e sua criecilo. -Estrada de São Martinho d estaçdo-fol um projecto pera a co nclusão de rêde
Jé recebeu subsidio do Estado pa re pe- jé erremetede. devendo em breve iniciar· tel efónic a do Pais restando·nos e espe-
quenos melhoramentos jã realizados e, ·se os trabalhos do s ua co ns trução. A ra nça da promessa de ser·mos dos pri-
recentemente, recebeu do Estado a com· sue continuação pare o Alga. ve será n11 meiros e ser servidos.
partici pecilo de 00 contos para constru· de11ida altura tratada com o interess e Pelo reteto que apresentei poderão os
cão das calcadas da localidade. que merece. leitores de •Vida Alentejene• verificar
Obteve do Estado, estendo em Ilia de A ligação da e"trade de Amoreiras que, ainda que modes1a, alguma tem sido
conclusão e est rade! de Saboie·Monchi- com e est rade 103 em construção está a nossa a cção, bem como que uma pa rte
que . obre de grande 1n1erhse par& o de· como já disse, em projecto e pedida pele das aspi ra ções que a local diz as frégue-
senllolvimento deste fréguezle. Jun ta de Freguesia de Relíquias. sles terem jA estão rea lizadas.
A estrada de ligação de Saboia para -São Teotonio - Muito necessita de Pe ra estes beneflclos q ue o Concelho
Odemira fez parte do pleno gerei de r.ovos edifícios escoleres; oferecem o deve á situação e por tal lhe deve o seu
construção de estradns. esperando-se terreno necesserio o s Ex. mos Snrs. José reconhecimento, muito contribuiram os
que seja feita depois de 103-2 • João da Costa e Men oe l João da Costa, Ex.mos Snrs . Ministro das Obres Publicas,
Quanto às restentE R aspi rações que e mas tem havido dificuldade em obter o Dlrectores da J. A. E. Administradores
fréguezie tem. silo fáct:is der eallzar desde auxilio pera e sue construção visto que Gereis dos S. H. E., Director dos Edifi·
que à sua frente continuem elementos o Estado só contribuiu com 00º/0 • cios e Mo numentos Nacionais-Sul-,
como os que estilo, que desp re zando fen· - Abastecimento de aguas-Está sendo Governadores Ci11is, Chefes de Ser11iço,
tHzies caminhem com firmeza e vontade tratado oficialmente pele Repartição com. funcionerlos dependentes dêstes orga-
pare o progresso da sue fréguezla. pele nte. Já construiu com o auxilio do nismos , comissões pollticas, juntes de
Santa Clara-a· Velha - T e m uma 11elha Estado o caminho pare o cemiterio. fr eguezle, e nil o e squeço a alguns con·
aspiração e muito necessá ria: e constru· Conseguiu a construção de um ramal terreneos pessoas dedicada& a Odemi ra ·
ção da ponte sOore o Mire, a ssunto êste que e liga é estrade 20 pare o lado de que ae Interessarem pe la reellzeção dos ·
quési arrumado visto estar marcada pera O demira. - Está pedida e assistencie melhoramentos descritos.
o dia 2 1 do co r rente a praça pare adj u- técnica para um outro rama l que e ligue
dicação dêste trabalho. é estrada 20 pelo lado do Atgerve. O PRESIDENTE DA CAMARA
-Est rade que ligue com a séde do Con· Ramal para a praia da Zambuieira-Paz Cesar de Caroalho Miranda
celho também se lerá ne sue altura , vis to parte dos pedidos de re:neis há muito pe·
que e po nte que se \lei construir já está didos por este Cemare.
tocellzede no percurso de futura llgeção. -Ligação rom Babo/a - E' projecto que
Edifício Escolar-A sue falte o riginou o de11e se r atendido de futuro peles g r an-
e ncerramento de t~cole que hà muitos des 11an1agens que trez és duas fregue· P ensão %angaeilho
anos funcione11e numa cese sem condi- zies.
ções de espécie alguma; o assunto tem - Ca.lçadas- Aguerda-se a devida assls· Cosinha Portugu eza, franceza e Espanhola
sido tratado com cuiJedo não tend"' ainda tencie tecuica pe ra a su e execução. e serviço á carta
andamento por muitas dificuldades se te· - Postos de ensino - Conseguimos a
rem le\lente do a começa r pelo proprietá- creeçao de um no sitio da Pateca, fun - Bei rã - Ramal d e Caceres - Leste li
rio do único terreno bem situado pa re e cionando desde o eno passado, e outro
a sue construção. no Cavaleiro que bre11e deve entrar a Preços convendonais para hospedes
Quanto à Junte de Préguesia se os seus funcionar. permanentes
bebitentes se dispuz~rem a tratar do as- -Vale de São Tiago-Conseguiu reellzer
sunto com o lnterêsse que merece, en· e construÇdO de um poço e l1111edou r o,
contrem·nos sempre a se u ledo pa re fa - const ru iu calcadas nas s ues p rincipais
cultar tudo o queesti11er ao nosso alcance. ru as.
Tembêm foi e ste fré~uesie dotada com - Escolas, e rama l que e ligue com a Carlos Homem de Sá
a verba de Esc. M.353$15 pere e cons- 103, creio bem que s ão ass un tos que não
trução de um muro de suporte no comi- estão esquecidos pele sue Junta de Pre- ADVOGADO
nho per a o cemitério, trabalho que po r guezie que é composta por pesso as
dificuldades financeiras e Inda não foi e xe· cheias de vontade e de iniciativa. Rua da Vitoria, 88-3.º
cutetlo. -Vila Nova dt Mi/fontes - Tem quési
- Posto de tnsíno-Fol c reedo um no concluída ume des suas maiores espira- Telef. 2 7277 LISBOA
14 VIDA ALENTEJANÂ

Sindicato Agricola d'Elvas


lillli. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .

E, uma instituição modelar, atendendo á sua bela


orientação - O seu movimento de caixa de Janeiro
a Outubro de 1934
É um dos mais antigos e um dos mens. Se não foss em esses homens melhores providencias para q.:e as
que mais serviços tem prestado à esta instituição não teria alcançado feiras de Maio e Setembro fossem o
Lavoura, o Sindicato Agricola de tamanho grau de prosperidade como mais concorridas possivel a exemplo
Elvas. alcançou. É o dr. Antonio dos San- do que ha anos vem fazendo. Con-
foi esta instituição fundada em tos Cidrais e é José Caiola que, tribuiu com o melàço e o veneno
Novembro de 1903 Era então um felizmente, ainda continua a dar ao precisos para o combate á invasão
periodo de grande agitação agricola. Sindicato todo o seu talen to e o res- dos gafanhotos que se estava reali-
Um grupo de lavradores entre os to da sua energia. sando nas margens do rio Caia.
quais destacamos, o dr. António dos Uma das obras mais uteis que A aclual Direcção é composta de
Santos Cidraio;, dr. Ruy de Andrad e, este Sindicato Agricola criou foi a dedicados lavradores que ao Sindi·
Caixa Economica e de Creoito. T em
a data de 18 de Outubro de 1909.
Dois anos depois. porém, em con-
seqüencia da Lei do Credito Agricola,
foi a Caixa remodelada ficando com
o seguinte nome: Caixa de Crt:dito
Agricola Mutuo do Sindicato Agri-
cola de Elvas, e ainda mais tarde, a
7 de Agosto de 1928, começou a de-
nominar-se Caixa Mixta de Credito
Agricola Mutuo de Elvas.
Para se avaliar da importancia des-
te Sindicato basta que mencione a
sua receita e despeza até 31 de Ou-
tubro de 1934:
Receita 1:785.051 S97
Despeza 1:738.028$70
Dr. Antonio dos Santos Cidrau Dr. Joüo Boaulho - Actual Pre•idente
1
1.º Presidente Fechou o ano com 471 associados,
contra 341 que linha no fim de 1933. cato estão dando tôda a sua energia.
Joaquim Cias Barroso, José Picão, As suas transações foram: aquisi- São êles: Dr. João Antonio Pinto
Filipe de Jesus, Antonio Gonçalves, ção para os seus associados de adu- Bagulho, Presidente; Armando Fer-
Luiz Couto, dr- Manoel Vicente de bo. tourte::ux, milho colonial, alfaias reira Gonçalves, tesoureiro, e Anlo·
Abreu, Agapilo Gordo, e muitos ou- agricolas etc. nio Picão Caldeira, secretario.
tros. alguns que a morte já arrebatou, Para os seus associados adquiriu Não admira que êste Sindicato de
e outros que os anos fizeram enve- 213 \X/agons de adubos que pagou dia para dia manifeste os seus pro-
lhecer, fundaram o Sindicato Agrfcola mediante remessas, obtendo assim gressos atendendo a que a escolha
de Elvas. condições mais vantajosas. Emprega- que sempre faz dos elementos que o
A figura porém que mais se evi- ram-se as debulhadoras do Sindicato dirigem é sempre cuidada.
denciou na fundação desta'' tão util na debu lha de um grande numero de A actual direcção é a prova evi-
instituição foi a do dr. Cidrais a quem, socios que as não possuem. Requi - dente do que afirmamos. São três
nesta hora nos descobrimos perante sitaram do deposito de Remonta, 2 grandes lavradores que podiam limi-
a sua memoria. foi o chamado car- garanhões para beneficiamento das tar-se a gerir os negocios das suas
niça sendo o seu 1-0 Presidente, e eguas registadas pertencentes aos importantes casas agricolas. Mas não.
servido os negocios do Sindicato du- seus associados. Adquiriu no Labo- A sua grande energia ainda chega
rante muitos anos, e podemos afir- ralorio de Patologia Veterinaria uma para tratar dos assuntos que não só
ma-lo sem receio de desmentido: o grande quantidade de vacinas para lhes interessam como interessam a
Sindicato de F.lvas deve-se a dois ho- os gados dos associados. Tomou as tôda a Lavoura da Região.
VIDA ALENTEJANA 15

José Caiola, o velho guarda-livros forçados, para defeza dos seus inte· Mui:o poucos Sindicatos Agrícolas
do Sindicato, que a êste tem dado rêsses, a associarem·se. se contam que conseguis,sem vencer
tanto carinho como se a um filho através os anos, as suas dificulda·
adorado, lá está também, a encorajar des.
os novos para que o Sindicato pro- Pois foram precisamente essas di·
grida pois será esta a maior homena· ficuldades que encorajaram o Dr. Ci·
gem que os lavradores de Elvas drais. Dr. Rui de Andrade, José Caiola,
enfim, os elementos dedicados de EI·
podem prestar àqueles que a morte já
vas, a lutarem pela vitória. saltando
ceifou e que ao Sindicato deram o
sôbre todas as contrariedades. Não
melhor do seu e~forço.
pararam porque parar seria morrer,
Não admira que as populações
até que finalmente conseguiram ver o
dos Sindicatos tenham, nestes últi·
fructo do seu trabalho. E ali está,
mos 2 ar.os aumentado. O português
bem à vi. ta, para que todos o admi·
tanto faz do Sul como do Norte ligou
rem.
sempre pouca importância ao movi-
Os novos, aqueles a quem os des·
mento associativo. Tem índ ole indi·
tinos da Lavoura da região estão
viduali sta e só o preocupa os assun· confiados. têm no Sindicato de Elvas,
tos que êirectamente lhe dizem res· um gran de exemplo. Por êle se pro·
peito. Jos~ Caio/a
va que a persistência tudo conse·
Guarcla•livros clescle o inicio elo Sindicato
Muitos Sindicatos se têm fundado gue.
e desaparecido por falta de popula· Ora o Sindicato Agrícola de Elvas, E foi só devido à per:.istência de
ção associativa. H oje, porém, todos os durante cêrca de 30 anos lutou com meia dúzia de carolas que o Sindi·
Sindicatos têm progredido porque os essa falta de compreensão dos la· cato de Elvas é hoje um dos pri r.ei·
lavradores compreenderam que são vradores. ros do pais.

~ 4444444A44444444444.4444A...A444444.A A 444 .4.._._....,.,.

Sin~icato ft1icola ~o Concel~o ~e [lvas

Fornecimento compl·e ·
to aos seus associados
de maquinas agrícolas,
adubos, insecticidas,
vacinas e todos os ar-
~

tigos necessários á
: : : agricultura : : ••
16 VIDA ALENTEJANA

José Francisco Homenagem aos herois alenlejanos


Uma ~rao~e ~orla
A policia acaba de descobrir uma
Polvora Barradas Nas cam~an~as ~e ntrica
quadrilha que burlou alguns lavrado· Como a imprensa diária noticiou
res alentejanos em importantes quan· no passado dia 28, realisou· se no sa ·
tias. Ião nobre do Grémio Alentejano uma
Assim, membros dessa quadrilha, sessão de homenagem aos herois
conhecendo os lavradores cujo trigo alentejanos que tomaram parte nas
ainda não lhes foi pago, propunham- campanhas de Africa. sessão a que
-lhes valerem-se das suas influências presidiu o Chefe do Estado sr. Ge-
para que êsse trigo fôsse pago, pe- neral Carmona, tendo assistido, os
dindo para isso 10 centavos em qui· srs. Ministro da Guerra e Colónias,
lograma. assim como o:i tras individualidades
A um amigo nosso se dirigiram de bastante destaque.
êles, pedindo-lhe essa comissão, e, Depois de entusiásticos discursos
como êsse nosso amigo não quizesse, foi descerrada uma lapide com os
e por que se tratava de 400 mil qui- nomes de alguns herois entre os quais
los, foram reduzindo a comissão até Paiva Couceiro. João de Azevedo
fi car em 3 centavos. Coutinho, General Garcia Rosado.etc.
Ora êsses burlões só se dirigiam cVida Alentejana> associa·se com
a lavradores que de facto estavam todo o seu entusiasmo à manifesta·
prestes a receber a importância dos ção que o Grémio acaba de prestar
trigos, e, consequentemente, alguém aos herois de Africa. Quanto mais
de dentro da Federação Nacional dos que o director desta revista é sobri-
Produtores de Trigo poderfa dar tais Publicamos hoje a gravura do nos· nho de dois autêntices herois que
informações. sn bom amigo José Francisco Pol· heroicamente verterem em terras de
Está à frente dêste organismo um Africa o seu sangue em pról da pá·
homem cuja honestidade é impecável. vora Barradas, um dos mais dedica- Iria. foram eles: o Major Augusto
E' o sr. Lufs Gama, nosso amigo de dos alentejanistas da Vidigueira e que Cesar de Morais, assassinado pelos
hà mais de 30 anos. Ele com certeza aclualmente está em Lisboa, á frente sóbas inglezes em Malange quando
vai inquirir por forma a poder limpar de um importante ramo de comercio. do ultimatum e Artur Leitão de Mo·
essa tão útil entidade dos elementos rais também Major e que desde êsse
que a desacreditam. Oxalá que esta modesta homena- ultimatum até há uns 15 anos entrou
A Federação tem muita gente para gem não vá ferir a modestia deste em tôdas canpanhas da Africa Oci·
quem é antipática, sem dúvida por- nosso querido amigo. dental.
que casos da ordem a que nos esta-
mos referindo se têm dado. que a
têm desacreditado.
O que também se torna necessário
é que, todos os indivíduos que te·
nham sido abordados para o negócio
João Manuel P al ma
a que acima nos referimos, exponham SERP A
o case ao sr. Presidente da Federa·
ção afim de a ajudarem a descobrir Produtor e fabricante de azeites, pelos processos
o membro ou membros da quadrilha mais modernos
que certamente lá estão dentro.
llllllÍlllllllllllllllll

Francisco Romão Tenório


He rdade d a Figueira d e Cima
Entrou no seu 33.0 ano de publici-
dade o nosso colega de Evora, • De- Creador de m uar es de raça seleccionada, e de gado cavalar. bovi no, suino
lanigero e caprino. - 1>roduto r de toda a quali dade de cereitis.
mocracia do Sul•, inteligentemente
dirigido pelo nosso bom amigo dr. Lãs, Co rtiças, Azeites, Q ueijos
Victor Santos. A RRONC H ES
Por tal motivo publica um numero
com 16 páginas muito bem colabora-
do, e ilustrado profusamente.
Desejamos ao nosso colega muitas HERDADE DA GRAMICHA
prosperidades. e damos-lhe os nos·
D E
sos sinceros parabens por haver ai·
cançado a idade de Cristo. o que
é muito raro na imprensa.
jrancisco Ade li no 9onJalues
Craador de gado bovino, suíno, lanigero, azlnino e caprino
PRODUTOR DE CEREA IS, L Ã S, AZEITES E QUEIJOS
Visado pela Comissão
de Censura de Lisboa ELVAS
VIDA ALENTEJANA _17

A SAPEC
Da importante Companhia de Pro-
VEIROS Dr. Ramos de Abreu
O telégrafo, no seu laconismo, deu·
dutos e adubos Quimicos conhecida também não tem sido es- ·nos a noticia do falecimento de um
pela Sapec e que é supe~iormen.te di· quecida pela dos mais ilustres ornamentos da vila
rigida pelo nosso querido amigo e «Vi d a A l entejana»
Executando integralmente o seu programa
e cumprindo escrupulosamente o seu cons-
ciencioso e Rrato dever, continua Vtda Alen·
ltj ana no dtsempenho da sua nobre e lou-
vável missão de se interessar, patriótica e ~
dedicadamente , por lodos os assuntos que
digam respeito ao Alentejo; que tendam
para a sua utilidade e beneficio; que concor-
ram para o seu levantamento moral e cole·
clivo, e que contribuam para o seu progresso,
prosperidade e desenvolvimento.
Desde o seu primeiro número que Vida
A lt nftjana , por feliz inspiração e bem coor-
denada orientação do seu ilustre e inteligen-
tíssimo direclor sr. Pedro Muralha, vem fo.
cando todos os assuntos de palpitante inte •
rêsse alentejanista; ocupando-se e tratando
disveladamrnte de todos os casos e factos
que se relacionam com a nossa vasta e
ubérrima província, e que de qualquer forma
a possam beneficiar, enobrecer e dignificar;
pugnando, constante e persistentemente, pe·
las suas prerrogativas e regalias regionais . e
batendo-se, heróica e galhardamente, pelos
privilégios, esforçada e abnegadamente con-
Dr.!fü i• T~ot6nio quistados e adquiridos pelos nossos anlepr s.
sados; e lutando, animada e corajosamente,
pelo seu engrandecimento, moral e material,
dedicado alentejano Dr. José Féri~ E o que ~ para louvar, agradecer e admi· de Borba; distinto m~dico daquela
Teotónio recebemos um artlstico ca• rar é que Vida Altntejana não se preocupa povoação sr. dr. Ramos de Abreu, in-
lendário para 1935, com um belo de- apenas com os grandes centros e terras de
mais elevada categoria. Não. A bela e ulili· dividualidade possuidora de raras
senho sôbre assuntos agrfcolas, de tá ria revista alentejanista não dtixa as coisas qualidades, escritor muito ilustre. ten-
Dordio Comes o pintor alentejano tm mtio ... Vai muito mais além , e faz a obra do o seu último trabalho sôbre a his-
conterrâneo do Dr. José Féria. completa. A sua benéfica cruzada atinge
tória de Borba sido publicado no Al·
A um e a outro enviamos as nos· também igualmente os meios pequenos e
modestos . Não se esquecendo do respeitante bum Alentejano, onde se insere tam-
sas saudações desejando-lhes um ano a cidades e importantes vilas, também não bém muitas fotografias da sua au•
muito feliz. otvida o que se refere a outras localidades to~ia.
e povoações de menor grandeza e somenos
imporllncia. A sua famflia sentidos pesames.
E neste caso, se pode e deve citar Veiros
CLINICA - a nossa bem amada terra natal - de que,
por mais de uma vez, Vida Altnttjana se
tem ocupado amabilissimamenle. em lermos PATRICIOS
MEDICO muito honrosos e penhorantes para a popu-
lação veirense, e, (o que é mais para admi. lnscrevl'l·vos na
rar e agradecer .. ) desinteressadamente, sem
CIRURGICA que da parte da beneficiada e honrada po· « LUT UOSA NA CION AL .
pulação o indomável e acérrimo defensor do
DE Alentejo receba a minima e devida compen· (ASSOCIAÇÃO SOCORRO MUTUO)
sação!...
Dr. João Poli~o eDr. Couas Hma A confirmar o que fica exposto está o
facto de Vida Alenttjana, quando se ocupou Subsidios de 5 1 10, 15 ·
dos castelos alentejanos e, ut,limamente, doa

Casa de Saúde
• pelourinhos, não se ter esquecido de Veiros.
Como o seu objectivo é divulgar e tomar
e vinte mil ese-udos ·
conhecidas as belezas e valor do Alentejo, A mais soll1a garantia de sobretlrêílcf1
Tratamentos electricos, d iatermia. e como o seu principal fim a atingir é traba·
Raios ultr a violetas, i n fra - verme- lhar afincadamente para que êle seja grande Peça hoje a sua Inscrição
lhos , cor rentes galvinicas - na verdadeira acepção da palavra - admira-
fa r adycas do e respeitado, como merece e deve ser, re· En trada dos 18 aos 45 anos
!atando todos os seus máximos ou lnfimos

RAIOS
• X
valores, decerto que Vida Altnlejana prOS·
seguirá na sua missão de fazer justiça im· Rua Victor Cord ~ n, 31, 2.º
parcial a tôdas as terras alentejanas.
• Manuel Joaquim Almada
L IS BOA

Qua1tos para internamento de doentes



Alla cir u r gia a cargo do Ex.m• Sr.
António Romão
Dr. Amandlo Pinto
• FABR ICA DE MOAGEM DE FARINH A EM RAMA
B. Ca~ilão João fraoeim ~e Sousa
EIE.JA Amoreiras - GARE
Câmara Muni~ipal Móra
Rúmeros eloqüenfes .. A florescente uila de
-------------------------
mõra fem progredido merce das dispo~
s it:ões fesfamenfárias de dois filhos seus

A Comiss ão Executiva da Câmara instaladas as escolas das suas 4 fré· Pavia e Brotas, s ituad3s ao Noroes-
Municipal ·de . Móra é composta pe · guezias e propõe·se ampliar a escola te Norte e N0rdeste de Evora res-
los seguintes senhores: Presidente, de Móra e construir escolas em Bro- pectivamente.
José Falcão de Sousa; vice-presidente, tas . Cabeç.ã o e Pavia. É Móra de antiga fundação mas
José oiircia Nunes Mexia; e vogais, Com o tratamento de doentes po- não se sabe quando nem quem foi
Manuel Prates Canelas e António bres que foram hospitalisados em o seu fundador. foi.lhe por D. Ma-
Leonardo Mexia. Lisboa gastou 14.164$48. nuel 1 dado foral em 1519 e era
Até 2. de .Fevereiro de 1926. serviu Estão sendo executadas a constru- comenda da Ordem de Avís. É ba·
como Comissão Executiva. passando ção da Estrada Nacional n. 0 86·2.°, nhada pelo Caia que corre socega-
em 2 de -Janeiro de 1933 a servir de Móra a Ponte do Divae; a Estrada damente até ao sitio denominado
como Comissão Administrativa. n. 0 91-2. 0 de Móra a Couço; e a E. Fraga, onde se des penha formando
E' muito interessante êste mapa: N. de Móra a Montargil. Todavia uma queda de água que, mercê do
ainda necessita a construção de vá- desamôr pelas nossas riquezas natu-
1926 - Gastou em diferentes obras rais, ninguém pensou ainda em apro-
rios caminhos vicinais.
o total de .. . . . .. . . . . . . .. . 39 . 099$36 veitar.
Necessita o Concelho, como acima
1927 - Gastou tam· É a Fraga, pelo seu aspecto sur-
fica dito, da construção de escolas
bém em várias obras 72°024$45 preendente, visita o brigatória de
nas frég uezias, vísto a população es-
1928- Gastou 23 985$65 quantos por Móra passa m.
colar do Concelho já ser de 1045
1928· 1929 - Gastou 42 ·270$33
crianças, faltando para isso 11 pro· Abundante de ag uas nascentes, é
1929 1930- .. 32.451 $24
fessores. Mó ra circundada de virentes, poma-
1930·1931- . 112·779$80 res, que não só deliciam os s eus
Mercê das disposições testamentá-
1931-1932- .. 115 ·663$49 moradores com saborosos frutos,
rias dos beneméritos morenses já fa-
1932· 1933 - • 470.195$78
lecidos, Jos é Agostinho Pereira e de mas ainda bastam para uma não
1Q33 até 30·4·1934 - pequena exportação.
sua irmã O. Maria Cordeiro Feio,
0astou 311 · 626$95
Móra tem:
CEN S O D E P OPU L A ÇÃO
Recebeu como comparticipação d0 Biblioteca Municipal. J de Dezembro de 1930
Estado: Asilo para velhos de ambos os se-
xos e para crianças pobres do sexo freguesias Foco• Va rGu F'emeas Total
1927 - 19·300$00
1928-::- 3.000$00
fem inino.
Aguias ou Brotas ...
-- - - --
243 534 465 999
Hospital da Misericórdia para tra-
1933-1934- 151 ·528$20 Cab eção ...... ...... ... 876 1. 108 1.184 2 .292
tamento das fréguezias de Móra e Móra ............. .... ... 659 J .370 1.419 2.7&9
Resumindo: desde' 1926 até 30 de Brotas. Pavia .................... 604 2.251 1 188 l.439
Abril de 1934. Gastou em melhora- Parque e Jardim Público. 2.881 4 .263 4 256 8. 519
mentos 1 . 120 097$05 Canalisação de águas na séde do
Recebeu do Estado 173 . 528$00 Concelho, e rêde de esgotos.
Matadouro Municipal. CLIN ICA MEíllCA DENTARIA
Canalisou águas e esgotos na séde
do Concelho, assim como construiu
Mercado diário, edifício próprio, Calçada do Carmo, 2~. s/1.-D. -Telefone 2 7146
edificado para êsse fim. T odo e qualquer tra balho de cirurgia
um lavadouro municipal. da especialidade - Clínica medice
As feiras anuais são:
Em estradas subsidiou o ramal que 20 º/ 0 de desconto
Em gados de todas as espécies. aos assin&ntes da VIDA ALENT EJ ANA
liga Aldeia Nova à Aldeia Velha. em e so cios do G remio A lente jano,
Pavia - No l.° domingo de Junho·
Pratas. Construiu o lanço de estrada sobr e a tabela afixada no Consultóri o
Cabeção -No 3.o domingo de Se·
municipal n.º 49 de Móra a Cabeção
tembro.
e de aqui estrada nacional. Fez ainda
importantes reparações em vários lan· Vida Alentejana
ços de estradas.
Notas sôbre Móra Preço da assinatura
Série de 5 numeros......... 5$00
Nas, escolas, fez importantes re· Compõe·se o concelho de Móra • 10 » ......... 10$00
parações nos edifícios onde estão das freguesias de Móra, Cabeção, n úmero a ouJso 2$00
VIDA ALENTEJANA 19

Sindicato Agricola de Avis


Apenas com 3 anos de existencia esta simpatica entidade agrícola
iá tem prestado serviços importantíssimos á lavoura do Concelho.
Está em edifício proprio e criou a Caixa de Credito Agnco/a f1utuo
Tem apenas 3 anos o Sindicato amigo os períodos que se seguem e colectividade que dirigem e assim
Agricola de Avís, mas, apesar da re- que deixamos aqui registados: verificamos o número de associados
lutância de muitos interessados ele O Sindicato A~ricola de Avís, foi elevado a 175, sendo a importância
não é dos que leem feito menor fi- fundado em 1931, tendo a escritura das suas transacções elevadíssima.
da sua constitu'ição a data de 26 de
Fevereiro do referido ano e o Alvará
que aprovou os seus Estatutos a
data de 28 de Março do mesmo ano.
Da sua primeira Direcção fizeram
parte os seguintes senhores: dr. An-
tónio Marques de f igueiredo, Arnal-
do Raul da Rosa Mendes, João Pedro
Pais Artur Lopes Varela e Joaquim
Augusto Risques Junior.
Logo no primeiro ano o Sindicato
Agricola de Avís, mostrou a tôda a
Agi icultura do concelho as vanta-
gens da sua associação e os pro·
duetos agricolas vendidos por seu
intermédio aos associados atingiram
já elevada importância.
Neste primeiro ano fechou este
Sindicato as suas contas com um
saldo positivo de Esc 8.812$91. nú-
mero aliás muilo bonito para as nos-
sas esperanças, devendo notar-se
que o número de associados se ti-
A rn•ldo Rui a. R.o.. Me~de• nha elevado, no fim do ano, para 67
]011 R.urro Feiji o
Te:1oureiro Secn1ario
Seguiram-se os anos seguintes
sempre trabalhando as diversas Direc-
gura, entre os seus congeneres de- ções que se sucederam, com a maior Tem sido esta Direcção a de maior
vido ao esfôrço e persistência de esperança e fé no triunfo desta orga· actividade, embora se leve em conta
dedicados alentejanos como o são nisação e assim chegamos ao ano o impulso anterior, assim além de
os srs. José Diogo Pais e Rosa Men- corrente 1934, fazendo parte desta comprar o edificio onde se encontra
des. Direcção os senhores José Diogo instalada a sua Séde. criou e insta-
Solicitado a este último uns ele- Pais, José Lopes Coelho, Arnaldo lou a Caixa de Crédito Agricola Mú-
mentos sôbre o movimento do Sin· Raul da Rosa Mendes, dr. António tuo, que funciona desde fevereiro do
dicato ele solicitamente apressou-se Marques de figueiredo e José Ruivo corrente ano, e que já grandes bene·
a ser·nos agradavel, gentileza que Feijão, pessoas que têem dedicado fícios trouxe à lavoura do concelho.
muito agradecemos. São desse nosso todos os seus esfôrços em pról da Avis, 11 de Dezembro de 1934.

.4GRICOL.4 DO CO"'CELHO
DE
,
A V 1 s
Fornecimento completo aos seus associados,
de maquinas agricolas, adubos, insectecidas, vacinas
1_____e_to_d_o_s_o_s__ª_r_t•_g_o_s_n_e_c_e_ssarios á agricultura.
20 VIDA ALENTEJANA

O PROBLEMA DO TRIGO
A tabela actual não p6de ser reduzida
e como se prova com algarismos e
Ser-se eloqüente não é só o ho· igual a J .331$37, sendo, o lucro de var·se·!a o lucro. Mas, sendo o preço
mem perante multidões atirar com 151$49, por hectare. da tabela para todos, ainda os que
frases recheiadas de entusiasmo ou Nós consideraremos custo de pro· produzem em piores condições, seria
empregar lindas flôres de retórica. dução de 1 Kg. de trigo, o quociente ruinoso calcular ésse preço oara maio·
Ser.se eloqüente é também o mate- da diferença entre o total das despe- res produções, pois a média de pro·
mático que no seu gabinete de Ira· zas e o total das receitas exceptuada dução nas terras pobres, na esclare·
balho transmite ao papel números a do trigo (grão), pelo número de cida opinião do Ex.mo Sr. Dr. Mira
que constituem a maior argumt!nla· ktlogramas produzido. Galvão, não vai além de 9 sementes.
ção possível sôbre os problemas mais Para maior clareza. designamos Vê·se, pois, que o exemplo apon·
delicados e transcendentes. por D o total das despezas, por R o lado, tirado das nossas contas de
Ora o sr. Horácio Reis, que não total das receitas, por T o valor do cúltura deve estar no caso de servir
temos a honra de conhecer, foi muito trigo, e por P o número de Kg. de de modêlo.
eloqüente no seu trabalho que acaba trigo produzidos. Produziu-se mais, é certo. Mas isso,
de publicar no nosso colega Diário Teremos então, o custo de produ· não influi sensivelmente no custo de
do Alentejo. Vejamos: ção: produção de 1 kg. de trigo. Ora, em
cVamos apresentar as razões que C= D·(RT)= O·R + T nenhuma indústria, se pode vender
justificam a nossa opinião de que o p p p um género, por preço inferior ao seu
preço de venda de trigo, segundo a custo de produção.
tabela, não pode ser baixado. T Horácio Reis
Examinemos a conta de cúltura da Mas como a fracção p represen·
variedade n.º 9 dos nossos campos
de ensaio de adaptação (Canôco), no tando o quociente do valor do trigo
Campo Experimental de Vai formoso. (grão) pelo peso da colheita, é evi·
dentemente o preço da tabela; e, como
Média da produção
Produziu a referida variedade, 1114
litros por hectare, ou seja 9,28 se- por outro lado, 0-R é evidentemente mundial de trigo
mentes, em volume. E' esta, ou mesmo igual a- L sendo o L o lucro, temos:
inferior a esta, a média de produção Em todo o mundo. ... 96 00).000 toneladas
L Hemisfério setentrio
das terras pobres do distrito, que na C=px-p na! • . . . ... . . . . ...... ... 85.000.000
esclarecida opinião do Ex.mo Sr. Dr. Hemisfério meridional 12 000.COO
Mira Galvão, constituem a maior Podemos, pois, considerar, o custo
parte das terras da região, contri · de produção, como sendo a diferença Por continente
buindo os barros de Beja, em que as entre o preço da tabela e o quociente Europa... ... . 34.000.000 toneladas
produções são mais elevadas, com do lucro pelo pêso do cereal colhido América .H. S ....... . 32.000.000
uma percentagem relativamente muito (grão!. Asia (H. S.) . 15.000.000
pequena, para a produção global do Africa (H. S.). . .... 3000.0CO
Sabendo que o total das despezas América (H. M ) •..... 7.500 000
Baixo Alentejo. foi de 1 · 179$88 o valor do trigo Africa (H. M.) •......... 200000
Seria interessante apresentarmos (grão) foi de 1 . 1Y5$20 (830 Kg. com Oceania ................ . 4.0000]() "
a conta de cúltura detalhada desta o específico de 75,45 a 1$44) e o to·
variedade, relativa ao hectare. Porem tal das receitas de 1.331$37, pode· Por países mais p rodutores
a sua apresentação em detalhe obri- mos, com as fórmulas que precedem,
gava· nos a mais longas apreciações, calcular o custo de produção. Portugal ........... ...... . 400.000 toneladas
pelo que damos apenas as despesas Estados Unidos, ...... . 22 OOJ.000
lndia Britânica ......... . IO.<.X.0.000
e as receitas totais, por capítulos, da C=1$44 - !§!$49 Canadá ................. . 13.001.000
nossa conta de cúllura: 830 Argentina .......... ..... . 7.000000
Polónia .................. . 1.500.000
D c:.SP ZAS E' portanto o custo de produção Austrália ................. . 3.500.000
igual, 1$25 75 Para contrõle, se mul- Itália ...................... . 6.000000
Alqueive e adubação indirect• • 30S$12 tiplicarmos a diferença entre êste va· franç;i .................... . 7.500.000
Adubaçlo directa .. ... ........ . 113$:0 Espa.!'h.a ................ . 4.C00.000
Sementeira ...... .............. . 174$78
lor, determinado para o custo de Roman1a ............... .. 3.0XJ.UOO
Am1nhos culturais ... ... . .. .. . 153$33 produção, e o preço de venda de Outros paises.......... . 17.UOO.OOO >
Colheita ... .. . ........ ..... . 153$33 trigo, 1$44, pelo número de Kg. de
Debu lha .................... . 81$78 trigo produzido, obtemos de novo, o
Outras despezas ... ... ... .. . . .. 132$71 lucro. A fórmula dêste, será, pois:
juro do capital empregado ...... 62$63 Dr. Joaquim A. Guerreiro
RECEITAS L = (pt·) P Cirur gião Dentista
Valor do Trigo (grão) ... ... ... 1. l<J5$20 Ora, sendo tão elevado o custo de
Palha ... .. . . . . ... . .. . .. ... .. . 26$60 Rua do Loreto. 50-1.º
Aeostadoiro e putagel'I", prepa- produção, e dando margem a um lu- Telefon e 20716
raçlo da terra e calorias de adu- cro tão pequeno, achamos impru·
bação para a cult. srguinte ... .. 109$57 dente, senão mesmo ruinoso, baixar, Trabalhos em todos os aiatemas e pelos
por pouco que seja, o preço do trigo, processos mais modernos.
E' portanto. o total das despeza$ segundo a tabela oficial. Claro se a 21Jº/. de desconto aos assinantes da Vida
igual a 1 179$88, e o das receitas produção fôsse maior baixaria e ele- Altnltjana e socios do respeclivo Gremio.
VIDA ALENTEJANA

SinJic.ofo Ãgricola Jo ConcelLo I


de - . Euoea
Fornecimento completo
aos :se'u s associados,
de Maquinas Agricolas,
Adubos, lnsecticidas, Va-
cinas e todos_1os artigos
1 necessarios à agricultura
~----------~

1
1
A PATRIA
Sociedade Alentejana de Seguros
Seguradora da Associação Central de Agricultura
Portuguesa, da maior parte dos Sindicatos Agri-
colas e Caixas de Creditos Mutuos> Cajxa Geral
dos Depositos, Companhia Geral de Grcdito Pre-
dial Portuguesa, Monte-pio Geral, Delegações da
Federação Nacional dos Produtores de Trigo, etc.

r
R ' R 818 fal S11uros em to~os os ramos
As reservas const.ituidas até 1933 foram de 3.877.536$52 1 1
Sinistros liquidados até 31 de Outubro de 1934 24.820.648$43
1
__________s_é_d_e_e_m E v o R A 1
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