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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

GUIA DE
ESTUDO ANATOMIA
18 HUMANA II
UNIDADE 3 REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

TEMA 18 SISTEMA CARDIOVASCULAR – VEIAS

2324
APRESENTAÇÃO
1. Este guia deve ser usado como referência para programar e gerir o estudo
do tema e nunca como substituto das fontes bibliográficas recomendadas.
2. Em sala de aula, este suporte poderá ser usado para acompanhamento de
conteúdos lecionados e para registo de apontamentos escritos adicionais.
3. Em tempo de estudo autónomo, o estudante poderá acrescentar imagens,
preferencialmente desenhadas ou outra informação que complete o texto.

FINALIDADE
Orientar o aluno para o estudo das fontes bibliográficas, sobre:
– Anatomia do sistema cardiovascular: veias

PROGRAMA
Conteúdos programáticos associados a este tema:
18.01 Circulação venosa 02
18.02 Veias 02
18.03 Veias do tórax 05
18.04 Veias do abdómen 09
18.05 Veias da cabeça e do pescoço 13
18.06 Veias do membro superior 17
18.07 Veias do membro inferior 21

OBJETIVOS
Após o estudo destes conteúdos, o aluno deverá ser capaz de:
– Enumerar os elementos anatómicos da circulação venosa
– Descrever a anatomia geral das veias
– Identificar e relacionar as veias do tórax
– Identificar e relacionar as veias do abdómen
– Identificar e relacionar as veias do pescoço e da cabeça
– Identificar e relacionar as veias do membro superior
– Identificar e relacionar as veias do membro inferior

Texto conforme à “Terminologia Anatómica Internacional”


Federative International Programme on Anatomical Terminology – 1st Ed.1998 – 2nd Ed. 2019
International Federation ofTEMA 18 of– Anatomists
Associations SISTEMA — CARDIOVASCULAR
Sociedade Anatómica Portuguesa - VEIAS
/ Associação Anatómica Portuguesa
A
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18 SISTEMA CARDIOVASCULAR: VEIAS


18.1 CIRCULAÇÃO VENOSA
18.1.1 Sistemas venosos

Sistema venoso pulmonar


— Pequena circulação
– Sangue arterial
– Origem: Pulmões: capilares peri-alveolares
– Término: Coração: átrio esquerdo: óstios das veias pulmonares

Sistema venoso geral


— Grande circulação
– Sangue venoso
– Origem: Corpo: capilares sanguíneos
– Término: Coração: átrio direito: óstios venosos

18.2 VEIAS
18.2.1 Anatomia geral

— Classificação
– Veias profundas
- Interiormente às fáscias
- Feixes vásculo-nervosos (vasos + nervos)
– Veias superficiais
- Pele, tecido celular subcutâneo e fáscia superficial
– Veias solitárias
- Não acompanhadas por artérias
– Veias satélites
- De artérias, nervos, ductos excretores, etc.
— Direção
– Retilínea (veias de maior calibre)
– Flexuosa (veias de menor calibre)
— Orientação
– Centrípeta
— Morfologia
– Canais cilindroides
- Calibre progressivamente maior
⬧ Vénulas
⬧ Veias de pequeno calibre
⬧ Veias de médio calibre
⬧ Veias de grande calibre
– Bosseladas (em distensão)
- Devido à presença de válvulas
— Número
– Mais numerosas que as artérias
— Volume
– Mais volumosas que as artérias

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18.2.2 Segmentação

— Vénulas pós-capilares
– Unidades microvasculares
– Sequência de um ou de vários capilares
- Calibre entre o calibre capilar e 30mm
— Vénulas
– Sequência de duas ou três vénulas pós-capilares
– Vénulas de 2ª ordem RAIZ
- Calibre entre 30m e 100m
– Vénulas de 1ª ordem
- Calibre entre 100m e 200m
— Veias de pequeno e médio calibre
– Túnica média
- Fibras musculares lisas circulares
— Veias de grande calibre
– Túnica média
- Pouco desenvolvida ou ausente

18.2.3 Estrutura

Vénulas

— Túnica externa ou adventícia


– Continuidade com o tecido conjuntivo adjacente
— Túnica média ou própria
– Quase inexistente
— Túnica interna ou íntima
– Membrana basal
- Reforço externo do endotélio
– Endotélio
- Células endoteliais ovais ou poligonais

Veias de pequeno e médio calibre

— Túnica externa ou adventícia


– Camada mais resistente
- Tecido conjuntivo laxo
⬧ Fibras colagéneas
⬧ Fibras elásticas
— Túnica média ou própria
– Camada mais espessa
– Fibras musculares lisas circulares
Intercaladas por:
- Fibras de colagéneo
- Fibras elásticas
- Fibras de reticulina
— Túnica interna ou íntima
– Camada subendotelial
- Por vezes, ausente
– Endotélio
- Células endoteliais poligonais e irregulares

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Veias de grande calibre

— Túnica externa ou adventícia


– Camada mais desenvolvida
- Tecido conjuntivo laxo
- Fibras elásticas desenvolvidas
- Fibras colagéneas
- Fibras musculares lisas longitudinais
⬧ Situadas mais internamente
— Túnica média ou própria
– Pouco desenvolvida
- Por vezes, ausente
— Túnica interna ou íntima
– Camada subendotelial
- Geralmente fina, mas por vezes espessa
– Endotélio
- Células endoteliais poligonais

18.2.4 Válvulas venosas

— Função
– Regular o sentido do fluxo sanguíneo
— Morfologia
– Duas faces
- Face axial : Voltada para o sentido dos capilares
- Face parietal: Voltada para o sentido do coração
– Duas margens
- Margem aderente: Fixada à parede do vaso
- Margem livre: Flutuante no lúmen do vaso
— Número
– Ausentes
- Vasos avalvulares
– Presentes
- Vasos valvulares
Válvulas gémeas (aos pares)
Válvulas solitárias (individualizadas)

18.2.5 Anastomoses venosas

— Anastomose
– Comunicação vascular entre veias
— Função
– Aumento da redundância vascular
- Vias alternativas de vascularização
— Tipologia
– Anastomose por inosculação
– Anastomose por ducto de união
– Anastomose por ductos colaterais
– Anastomose por ductos divergentes
– Anastomose em rede

Pela existência de anastomoses venosas, qualquer órgão drena


sangue venoso para múltiplas veias eferentes; e qualquer veia,
no seu trajeto, recebe sangue de mais do que um órgão.
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18.3 VEIAS DO TÓRAX


Os vasos “veias pulmonares” são parte integrante do sistema pul-
monar. No seu conjunto, constituem os segmentos terminais da
porção venosa da “pequena circulação”. Resultam das
sucessivas ramificações convergentes no espaço intrapulmonar
desde as redes capilares peri-alveolares, até ao seu término nas
veias pulmonares direitas e esquerdas (superiores e inferiores).

Têm como função conduzir o sangue arterial, desde o pulmão,


onde ocorreu a sua arterialização até ao átrio esquerdo do
coração. Não devem ser confundidas com as veias brônquicas
(ramos viscerais da veia ázigo e da veia ázigo acessória) que
conduzem o sangue venoso proveniente da vascularização do
parênquima pulmonar, de volta ao coração.

18.3.1 Veias pulmonares

— Ramos de origem
– Capilares peri-alveolares direitos
 Vénulas peri-alveolares direitas
– Capilares peri-alveolares esquerdos
 Vénulas peri-alveolares esquerdas
— Veias intra-pulmonares
– Ramificações convergentes progressivas
- Capilares peri-alveolares (D) e (E)
- Vénulas peri-alveolares (D) e (E)
- Veias de pequeno calibre (D) e (E)
- Veias de médio calibre (D) e (E)
— Ramos terminais
– Veia pulmonar direita superior
– Veia pulmonar direita inferior
– Veia pulmonar esquerda superior
– Veia pulmonar esquerda inferior
— Óstios terminais
– Óstios das veias pulmonares
- Coração: átrio esquerdo: parede posterior

18.3.2 Veia cava superior

— Ramos de origem
– Veia braquiocefálica direita
– Veia braquiocefálica esquerda
— Ramo colateral
– V. ázigo
— Óstio terminal
– Óstio da veia cava superior
- Coração: átrio direito: parede superior

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18.3.3 Veia braquiocefálica

— Ramos de origem
– Veia jugular interna direita
– Veia subclávia direita
– Veia jugular interna esquerda
– Veia subclávia esquerda
— Ramos colaterais
– V. vertebral (direita e esquerda)
– V. cervical profunda (direita e esquerda)
– V. tiroideia média
 V. bráquio-cefálica esquerda
– Tronco (direito e esquerdo) das v. torácicas internas
 V. torácicas internas (direitas e esquerdas)
– 1ª V. intercostal superior (direita e esquerda)
– Tronco das v. intercostais superiores esquerdas
 2ª 3ª e 4ª (inconstante) V. intercostais esquerdas
— Ramo terminal
– Veia cava superior

18.3.4 Veia ázigo

— Ramos de origem
RAIZ LATERAL
– V. lombar ascendente direita
– 12ª V. intercostal direita
RAIZ MEDIAL (inconstante)
– V. renal direita
ou
– V. cava inferior (ao nível da vértebra L2)
— Ramos colaterais
– V. intercostais posteriores direitas
 V. intercostal (propriamente dita)
 V. dorso-espinhais
– Tronco das v. intercostais superiores direitas
 V. 1ª, 2ª e 3ª V. intercostais
– V. brônquicas direitas
 Brônquio principal direito
– V. esofágicas
 Esófago: parte torácica
– V. pericárdicas
 Pericárdio
– V. hemi-ázigo acessória
 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, e 7ª V. intercostais esquerdas
– V. hemi-ázigo
 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª V. intercostais esquerdas
— Ramo terminal
– Veia cava superior
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18.3.5 Veia hemi-ázigo acessória

— Ramos de origem
– Vénulas da parede torácica esquerda
- Convergentes para os ramos colaterais
— Ramos colaterais
– 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª V. intercostais posteriores esquerdas
- No seu conjunto, estas veias constituem o
“tronco da v. hemi-ázigo acessória”
 Parede torácica: parte esquerda
– V. brônquicas esquerdas
 Brônquio principal direito
– V. esofágicas
 Esófago: parte torácica
– V. pericárdicas
 Pericárdio
— Ramo terminal
– Veia ázigo

O sangue venoso proveniente das porções mais superiores do


tórax (lados direito e esquerdo) é conduzido, respetivamente à
“1ª Veia intercostal superior direita” e à “1ª Veia intercostal
superior esquerda” que drenam diretamente para as corres-
pondentes veias braquiocefálicas, direita e esquerda. (Cf. p. 6)
Os restantes territórios vasculares venosos torácicos superiores
subjacentes aos das 1ª veias intercostais superiores:
Do lado direito, drenam para o “Tronco das veias intercostais
superiores direitas” que termina no arco da veia ázigo. (Cf. p. 6)
E do lado esquerdo, drenam para o “Tronco das veias inter-
costais superiores esquerdas” que termina na veia braquio-
cefálica esquerda. (Cf. p. 6)

18.3.6 Veia hemi-ázigo

— Ramos de origem
RAIZ LATERAL
– V. lombar ascendente esquerda
– 12ª V. intercostal esquerda
RAIZ MEDIAL
– Ducto reno-ázigo-lombar
 V. renal esquerda
 Anastomose da 1ª v. lombar esquerda
— Ramos colaterais
– 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª V. intercostais posteriores esquerdas
 Parede torácica: parte esquerda
— Ramo terminal
– Veia ázigo

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Veias da coluna vertebral

A coluna vertebral localiza-se dorsalmente em toda a extensão


do pescoço, do tórax, do abdómen e da pelve.
A vascularização venosa, tanto das vértebras que a constituem
como da medula espinhal e raízes espinhais que se situam no seu
interior, ocorre ao longo de todo o seu trajeto.
A menção dos respetivos vasos no capítulo “Veias do Tórax”
acontece apenas porque a porção torácica é a que corres-
ponde ao segmento mais extenso da coluna vertebral.

As veias da coluna vertebral, constituintes terminais dos plexos


venosos a seguir descritos, designam-se por:
– Porção cervical  Veias vertebrais
 Veias subclávias
– Porção torácica  Veias dorso-espinhais
 Veias intercostais posteriores
– Porção lombar  Veias dorso-espinhais
 Veias lombares

18.3.7 Plexos venosos vertebrais internos

— Plexo venoso vertebral interno anterior


– V. longitudinal anterior direita
 V. transversais anteriores
– V. longitudinal anterior esquerda
— Plexo venoso vertebral interno posterior
– V. longitudinal posterior direita
 V. transversais posteriores
– V. longitudinal posterior esquerda

18.3.8 Plexos venosos vertebrais externos

— Plexo venoso vertebral externo anterior


– Veias anteriores
- Ântero-laterais aos corpos vertebrais
— Plexo venoso vertebral externo posterior
– Veias posteriores
- Posteriores à coluna vertebral

18.3.9 Anastomoses

— Anastomoses entre plexos venosos vertebrais


– Plexos venosos vertebrais internos
 V. transversais laterais
 V. intervertebrais
 Plexos intervertebrais
– Plexos venosos vertebrais externos

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18.4 VEIAS DO ABDÓMEN


18.4.1 Veia cava inferior

— Ramos de origem
– Veia ilíaca comum direita
– Veia ilíaca comum esquerda
— Ramos colaterais
RAMOS VISCERAIS
– V. renais (direita e esquerda)
 V. capsulares
 Cápsula adiposa do rim
 V. suprarrenal inferior
 Glândula suprarrenal esquerda: porção inferior
 V. piélicas e uretéricas superiores
 Pelve renal
 Ureter: porção superior
 Ducto reno-ázigo-lombar (raiz medial da v. hemi-ázigo)
 Veia renal esquerda
 Anastomose com a 1ª v. lombar esquerda
 V. suprarrenal média
 Glândula suprarrenal esquerda: porção média
 V. testicular esquerda (homem)
 Plexo pampiniforme (funículo espermático)
 Plexo venoso testicular
 Plexo venoso testicular anterior
 Plexo venoso testicular posterior
 Testículo esquerdo
 Epidídimo esquerdo
 V. ovárica esquerda (mulher)
 Plexo pampiniforme
 V. uterinas
 Útero
 Ovário esquerdo
 Tuba uterina esquerda
– V. suprarrenal média direita
 Glândula suprarrenal direita: porção média
– V. testicular direita (homem)
 Plexo pampiniforme (funículo espermático)
 Plexo venoso testicular
 Plexo venoso testicular anterior
 Plexo venoso testicular posterior
 Testículo direito
 Epidídimo direito
– V. ovárica direita (mulher)
 Plexo pampiniforme
 V. uterinas
 Útero
 Ovário direito
 Tuba uterina direita

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– V. hepáticas
GRUPO SUPERIOR
 V. hepáticas maiores
 V. hepática maior direita
 Fígado: lobo direito
 V. hepática maior esquerda
 Fígado: lobo esquerdo
 Fígado: lobo quadrado
GRUPO INFERIOR
 V. hepáticas menores
 V. hepática intermédia
 Fígado: lobo direito
 Fígado: lobo esquerdo
 Fígado: lobo quadrado
 Outras veias em número variável e inconstantes
RAMOS PARIETAIS
– V. lombar (5 direitas – 5 esquerdas)
 V. dorso-espinhal
 Músculos espinhais
 Medula espinhal
 V. lombar propriamente dita
 Parede ântero-lateral do abdómen
 V. lombar ascendente
 V. ilíaca comum
ou
 V. ilíaca comum + V. anastomótica com:
V. ílio-lombar
(ramo parietal intra-pélvico da v. ilíaca interna)
– V. frénicas inferiores
 V. provenientes do diafragma
 Diafragma
 V. suprarrenais superiores
 Glândulas suprarrenais: porção superior
— Óstio terminal
– Óstio da veia cava inferior
- Coração: átrio direito: parede inferior

18.4.2 Veia ilíaca comum

— Ramos de origem
– Veia ilíaca interna
– Veia ilíaca externa
— Ramos colaterais
– V. sagrada média
 V. ilíaca comum esquerda
 Cavidade pélvica
– V. lombar ascendente direita
 Um dos dois ramos da raiz lateral da v. ázigo
– V. lombar ascendente esquerda
 Um dos dois ramos da raiz lateral da v. hemi-ázigo
— Ramo terminal
– Veia cava inferior
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18.4.3 Veia ilíaca externa

— Ramo de origem
– Veia femoral
— Ramos colaterais
– V. epigástrica inferior
 Plexo venoso testicular posterior
 Anastomose com:
 V. epigástrica superior
 V. suprapúbica
 V. obturadora
– V. circunflexa ilíaca profunda
— Ramo terminal
– Veia ilíaca comum

18.4.4 Veia ilíaca interna

— Ramos de origem
– A veia ilíaca interna é muito curta e volumosa.
Forma-se a partir dos seus ramos colaterais.
— Ramos colaterais
RAMOS VISCERAIS (HOMEM E MULHER)
– Plexo venoso vesical
– Plexo venoso retal
RAMOS VISCERAIS (HOMEM)
– Plexo venoso prostático
– Plexo venoso seminal
RAMOS VISCERAIS (MULHER)
– Plexo venoso peri-uretral
– Plexo venoso vaginal
– Plexo venoso uterino
RAMOS PARIETAIS INTRAPÉLVICOS
– V. ílio-lombares
– V. sagradas laterais
RAMOS PARIETAIS EXTRAPÉLVICOS
– V. glúteas superiores
– V. glúteas inferiores
– V. obturadoras
– V. pudendas internas
— Ramo terminal
– Veia ilíaca comum (ipsilateral)
A veia ilíaca comum resulta da união
da veia ilíaca externa (ipsilateral)
com a veia ilíaca interna (ipsilateral)

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18.4.5 Veia porta

— Ramos de origem
– Veia mesentérica superior
 V. cólica direita superior
 V. cólica direita média
 V. cólica direita inferior
– Tronco espleno-mesentérico
- Veia mesentérica inferior
 V. cólica esquerda superior
 V. cólica esquerda média
 V. cólica esquerda inferior
 V. retais superiores
- Veia esplénica
 V. gástricas curtas
 V. gastro-omental esquerda
 V. pancreáticas
— Ramos colaterais
– V. gástrica esquerda
 Estômago
– V. gástrica direita
 Estômago
– V. cística
 Vesícula biliar
– V. pancreático-duodenal ântero-superior
 Pâncreas e duodeno
– V. pancreático-duodenal póstero-superior
 Pâncreas e duodeno
— Ramos terminais
– Veia porta direita
– Veia porta esquerda

18.4.6 Veias portas acessórias

— Ramos de origem
– Grupo de veias do ligamento falciforme
 Origem  Diafragma
– Grupo de veias frénicas
- Veias do ligamento coronário
 Origem  Diafragma
- Veias dos ligamentos triangulares
 Origem  Diafragma
– Grupo de veias do ligamento redondo do fígado
 Origem  Parede abdominal: região peri-umbilical
– Grupo de veias císticas
 Origem  Vesícula biliar: face superior
– Grupo de veias omentais
 Origem  Peritoneu: omento menor
— Ramos terminais
– Rede capilar do fígado

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18.5 VEIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO


18.5.1 Seios cranianos da dura-máter

Os seios da dura-máter, assim chamados por se localizarem na


espessura da meninge dura-máter, são grandes ductos venosos
que recolhem sangue proveniente do encéfalo e que se cara-
terizam morfologicamente por:
— Terem forma prismática triangular ou cilíndrica
– Apresentando lacunas laterais
- Cavidades areolares reguladoras do fluxo sanguíneo
— Serem constituídos apenas por duas túnicas
– Túnica externa
- Formada pela própria dura-máter
– Túnica interna
- Endotelial (epitélio de revestimento vascular)
— Serem avalvulares
– A ausência de válvulas permite a livre circulação do sangue
- Sempre no sentido da maior para a menor pressão
— Estarem repartidos por dois grupos
– Grupo da calvária
– Grupo da base do crânio

Grupo da calvária
– Seio sagital superior (ímpar)
– Seio sagital inferior (ímpar)
– Seio reto (ímpar)
- Confluência dos seios
– Seios occipitais (par)
– Seios transversos (par)
– Seios sigmoideus (par)
— Ramos terminais
– Veia jugular interna (direita e esquerda)

O seio sagital superior dirige-se para a confluência dos seios e o


seio sagital inferior para a extremidade anterior do seio reto, que
através dele comunica com a confluência dos seios.
Da confluência dos seios partem os seios venosos pares com
trajetórias lateralizadas, em direção aos forâmenes jugulares
(direito e esquerdo) e veias jugulares internas.

Grupo da base do crânio


– Seios cavernosos (par)
– Seios esfeno-parietais (par)
– Seios inter-cavernosos (par)
– Seio occipital transverso (ímpar)
– Seios petrosos superiores (par)
– Seios petrosos inferiores (par)
– Seios petro-escamosos (par)
– Plexo venoso carótico interno (par)
— Ramos terminais
– Veia jugular interna (direita e esquerda)

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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

As veias que recolhem o sangue proveniente da cabeça e do


pescoço estão organizadas da seguinte forma:
— Cabeça e porções anteriores do pescoço
– Veia jugular interna
– Veia jugular externa
– Veia jugular anterior
– Veia tiroideia média
— Porção posterior do pescoço e parte cervical da coluna vertebral
– Veia vertebral
– Veia cervical profunda
— Porção inferior do pescoço (e porção superior do tórax)
– Veia subclávia

18.5.2 Veia jugular interna

— Ramos de origem
– Seios cranianos da dura-máter
— Ramos colaterais
BASE DO CRÂNIO
– Seio petroso inferior
 Base do crânio
– Plexo venoso carótico interno
 Base do crânio
FACE E PESCOÇO
- Regiões superficiais da face
- Região anterior do pescoço
– V. tiroideia superior
 Glândula tiroide: porção superior
– V. linguais
 Língua
– V. faríngea ascendente
 Faringe
– V. facial
 Região frontal
 Órbita
 Nariz
 Bochecha
 Lábio superior
 Lábio inferior
 Região submandibular
 Região supra-hioideia
– V. tiroideia inferior
 Glândula tiroide: porção ínfero-lateral
— Ramo terminal
– Veia subclávia

Da junção da veia jugular interna com a veia subclávia resulta


a veia braquiocefálica.

Próximo da sua porção terminal contém duas válvulas.

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.5.3 Veia jugular externa

— Ramos de origem
– Veia temporal superficial
 Regiões superficiais da face
– Veia maxilar
 Regiões profundas da face
— Ramos colaterais
– V. auriculares posteriores
 Região mastoideia
– V. occipitais
 Região occipital
– V. cervical superficial posterior
 Região posterior do pescoço
– V. supra-escapular
 Região superior do ombro
– V. escapular posterior
 Região posterior do ombro
— Ramo terminal
– Veia subclávia

18.5.4 Veia jugular anterior

— Ramos de origem
– Veias submentais
 Região supra-hioideia
— Ramos colaterais
- V. dos músculos anteriores do pescoço
— Ramo terminal
– Veia jugular externa: porção terminal
ou
– Veia subclávia

18.5.5 Veia tiroideia inferior

— Ramos de origem
– Veias tiroideias
- Glândula tiroide: margem inferior
— Ramo terminal
– Veia braquiocefálica esquerda

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

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18.5.6 Veia cervical profunda

— Ramos de origem
– Veia emissária mastoideia
– Veia emissária condiliana
– Veias occipitais profundas
 Região posterior ao arco posterior da C1
— Ramos colaterais
- V. dos músculos da nuca
— Ramo terminal
– Veia braquiocefálica

18.5.7 Veia vertebral

— Ramos de origem
– Veia emissária mastoideia
– Veia condiliana posterior
– Veias occipitais
 Região profunda da nuca
inferior ao forâmen magno
— Ramos colaterais
– V. dos músculos da nuca
– V. dos músculos pré-vertebrais
– V. do plexo venoso vertebral interno
– V. do plexo venoso vertebral externo
— Ramo terminal
– Veia subclávia

18.5.8 Veia subclávia

— Ramo de origem
– Veia axilar
 Entre a clavícula e a
articulação esterno-clavicular
— Ramos colaterais
– V. intercostais superiores
– V. jugular externa
– V. jugular anterior (inconstante)
— Ramo terminal
– Veia braquiocefálica

Da junção com a veia jugular interna resulta a


veia braquiocefálica.

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18.6 VEIAS DO MEMBRO SUPERIOR


No membro superior, a vascularização venosa ocorre em dois
planos: profundo e superficial. Estão presentes ainda, veias que
segundo trajetórias de tipo perfurante, estabelecem livremente
comunicações anastomóticas entre as veias dos dois planos.
A drenagem do sangue venoso do membro superior faz-se
maioritariamente através do grupo superficial, o que justifica a
diferença de calibre entre as veias superficiais, mais volumosas e
as veias profundas, mais estreitas.
Em ambos os grupos, as veias são providas de válvulas, mais
numerosas nas veias profundas que nas veias superficiais.
As veias profundas são normalmente satélites de uma artéria
homónima, numa relação de duas veias para uma artéria. As
duas veias que ladeiam a artéria satélite, mantêm-se unidas
uma à outra através de ramos comunicantes transversos.
A veia axilar, satélite da artéria homónima, é única.
As veias superficiais situam-se no tecido celular subcutâneo,
apresentando-se muito percetíveis à visão e ao tato, sendo por
esse motivo, facilmente acessíveis para efeitos de recolha de
sangue ou de administração de fármacos.

VEIAS PROFUNDAS DO MEMBRO SUPERIOR

18.6.1 Sistematização

— Mão
PALMA
– Arco venoso palmar superficial
 V. digitais
– Arco venoso palmar profundo
 V. metacarpais palmares
DORSO
– Arco venoso dorsal
 V. metacarpais dorsais

— Antebraço
– Veias radiais
- Em número de 2
– Veias ulnares
- Em número de 2

— Braço
– Veia braquial lateral
– Veia braquial medial

— Ombro
– Veia axilar

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

17
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.6.2 Veias profundas da mão

Ao nível da mão torna-se mais difícil separar com clareza os


conceitos de “superficial” e de “profundo”. Pelas dimensões e
volumetria da mão, as veias mais superficiais e as veias mais
profundas encontram-se muito próximas e em estreita comuni-
cação entre si. As veias metacarpais dorsais recebem sangue
venoso proveniente das tributárias dos arcos venosos palmares
por meio de ramos comunicantes perfurantes.

18.6.3 Veias profundas do antebraço

No antebraço, as veias profundas do dorso da mão continuam-


se nas duas veias radiais, de menor calibre e satélites da artéria
radial. As veias profundas dos arcos palmares da mão conti-
nuam-se nas duas veias ulnares, de maior calibre e satélites da
artéria ulnar.

18.6.4 Veias profundas do braço

Na região anterior do cotovelo as duas veias radiais e as duas


veias ulnares unem-se para originar a veia braquial lateral e a
veia braquial medial, que em trajetória ascendente, ladeiam a
artéria braquial. Próximo da axila, as duas veias braquiais unem-
se numa veia braquial comum, ramo de origem da veia axilar.

18.6.5 Veia axilar

— Ramos de origem
– Veia braquial comum
 V. braquial lateral
 V. braquial medial
– Veia braquial comum + Veia basílica
— Ramos colaterais
– V. circunflexa umeral anterior
 Porção proximal do braço
– V. circunflexa umeral posterior
 Porção proximal do braço
– V. subescapular
 Região medial do ombro
– V. torácica lateral
 Região anterior do ombro
– V. tóraco-acromial
 Região superior do ombro
– V. torácica superior
 Região superior do tórax
– V. cefálica
 Braço

— Ramo terminal
– Veia subclávia

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

18
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

VEIAS SUPERFICIAIS DO MEMBRO SUPERIOR

18.6.6 Sistematização

— Mão
– Rede venosa palmar
– Rede venosa dorsal

— Antebraço
– Veia basílica antebraquial
- Localização medial
– Veia mediana antebraquial
- Localização intermédia
– Veia cefálica acessória
- Localização lateral

— Braço
– Veia basílica
- Localização medial
– Veia cefálica
- Localização lateral

18.6.7 Veias superficiais palmares da mão

Rede venosa palmar


– V. cefálica do polegar
 V. digitais laterais
– V. salvatela
 V. digitais mediais
– V. basílica antebraquial
 V. da porção média

18.6.8 Veias superficiais dorsais da mão

Rede venosa dorsal


– Arco venoso dorsal
 V. metacarpais dorsais (4)
 V. digitais dorsais
(2 por cada dedo: 1 lateral – 1 medial)
– V. basílica antebraquial
 Arco venoso dorsal: extremidade medial
 V. salvatela
(v. digital medial do dedo mínimo)
– V. mediana antebraquial
 Arco venoso dorsal (extremidade lateral)
 V. cefálica do polegar
(v. digital lateral do dedo polegar)

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

19
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.6.9 Veias superficiais do antebraço


Veia mediana antebraquial
— Ramos de origem
– Arco venoso dorsal (extremidade lateral)
 V. cefálica do polegar + V. palmares médias da mão
— Ramos terminais
– V. intermédia basílica
– V. intermédia cefálica
Veia basílica antebraquial
— Ramos de origem
– Arco venoso dorsal (extremidade lateral)
 V. salvatela
— Ramo colateral
– V. intermédia basílica
— Ramo terminal
– V. basílica
Veia cefálica acessória
— Ramos de origem
– Rede venosa dorsal (lateral)
— Ramo colateral
– V. intermédia cefálica
— Ramo terminal
– V. cefálica

18.6.10 Veias superficiais anteriores do cotovelo


Configuração em “M”
– V. cefálica acessória (lateral)
- V. intermédia cefálica (oblíqua lateral)
- V. intermédia basílica (oblíqua medial)
– V. basílica antebraquial (medial)
Configuração em “Y”
- V. intermédia cefálica (ramo oblíquo lateral)
– V. mediana antebraquial (posição média)
- V. intermédia basílica (ramo oblíquo medial)

18.6.11 Veias superficiais do braço


Veia basílica
— Ramos de origem
– V. basílica antebraquial
– V. intermédia basílica
— Ramo terminal
– V. braquial medial OU V. braquial lateral OU V. braquial comum
Veia cefálica
— Ramos de origem
– V. cefálica acessória
– V. intermédia cefálica
— Ramo terminal
– V. axilar
TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.7 VEIAS DO MEMBRO INFERIOR


No membro inferior, a vascularização venosa ocorre em dois
planos: profundo e superficial. Estão presentes ainda, veias que
segundo trajetórias de tipo perfurante, estabelecem livremente
comunicações anastomóticas entre as veias dos dois planos.
A drenagem do sangue venoso do membro superior faz-se
maioritariamente através do grupo superficial, o que justifica a
diferença de calibre entre as veias superficiais, mais volumosas e
as veias profundas, mais estreitas.
Em ambos os grupos, as veias são providas de válvulas, mais
numerosas nas veias profundas que nas veias superficiais. E mais
numerosas nos membros inferiores que nos membros superiores.
As veias profundas são normalmente satélites de uma artéria
homónima, numa relação de duas veias para uma artéria. As
duas veias que ladeiam a artéria satélite, mantêm-se unidas
uma à outra através de ramos comunicantes transversos.
As veias superficiais situam-se no tecido celular subcutâneo,
apresentando-se muito percetíveis à visão e ao tato.

VEIAS PROFUNDAS DO MEMBRO INFERIOR

18.7.1 Sistematização

— Pé
PLANTA
– Veias plantares laterais
- Em número de 2
– Veias plantares mediais
- Em número de 2
DORSO
– Veias dorsais do pé
- Em número de 2

— Perna
– Veias tibiais anteriores
- Em número de 2
–Troncos tíbio-fibulares
- Em número de 2
– Veias tibiais posteriores
- Em número de 2
–Veias fibulares
- Em número de 2
— Joelho
– Poplítea

— Coxa
– Veia femoral
TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

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UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.7.2 Veias profundas do pé

As veias profundas do pé originam-se nos plexos venosos das


superfícies plantares dos dedos.
A partir desses plexos, os vasos agrupam-se originando as veias
digitais plantares que por sua vez convergem para constituírem
as quatro veias metatarsais plantares. Estas unem-se para forma-
rem o arco venoso plantar profundo.
As veias metatarsais plantares anastomosam-se com as veias
dorsais do pé, por meio de veias perfurantes, dispostas no senti-
do superior-inferior, ligando as regiões plantar e dorsal.
A partir do arco venoso plantar profundo, formam-se as duas
veias plantares mediais e as duas veias plantares laterais,
satélites das artérias homónimas.
Percorrendo as margens medial e lateral do pé, de anterior para
posterior, anastomosam-se com os segmentos iniciais da veia
safena magna e da veia safena parva, continuando-se nas duas
veias tibiais posteriores.
Todas estas veias incorporam válvulas, que são mais numerosas
nas veias profundas e em maior número do que as presentes no
segmento correspondente do membro superior.

18.7.3 Veias profundas da perna

As duas veias tibiais posteriores, que continuam as quatro veias


plantares mediais e laterais, são satélites da artéria homónima.
No seu trajeto recebem sangue proveniente dos músculos da
região posterior da perna, anastomosando-se com veias super-
ficiais da perna e com as veias fibulares.
Tal como as tibiais posteriores, também as duas veias fibulares,
que são satélites da artéria fibular, recebem sangue venoso dos
músculos da região posterior da perna e se anastomosam com
veias superficiais da perna.
Na porção proximal da perna, em proximidade com a articula-
ção do joelho, as duas veias tibiais posteriores unem-se à duas
veias fibulares, constituindo dois troncos tibio-fibulares.
As duas veias tibiais anteriores iniciam-se nas duas veias dorsais
do pé, situadas na região dorsal do pé e drenando o sangue
venoso do território vascular da artéria dorsal do pé.
Depois de um trajeto ascendente até próximo da articulação do
joelho, unem-se às veias tibiais posteriores, para depois se
continuarem como ramos de origem da veia poplítea.
Todas estas veias incorporam válvulas, que são mais numerosas
nas veias profundas e em maior número do que as presentes no
segmento correspondente do membro superior.

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

22
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.7.4 Veia poplítea

Veia profunda da região posterior do joelho

— Ramos de origem
– Veia safena parva
 Desde o arco tendinoso do m. solhar
– Troncos tibio-fibulares
– Veias musculares da perna
— Ramos colaterais
– V. surais
 Perna: músculos da região posterior
– V. articulares superiores
 Articulação do joelho
– V. articular média
 Articulação do joelho
– V. articulares inferiores
 Articulação do joelho
— Ramo terminal
– Veia femoral
 Até ao hiato tendinoso do m. adutor magno

Normalmente apresenta quatro válvulas ao longo do seu trajeto.

18.7.5 Veia femoral

Veia profunda da coxa

— Ramos de origem
– Veia poplítea
 Desde o hiato tendinoso do m. adutor magno
— Ramos colaterais
– V. safena magna
 Territórios vasculares da a. femoral
– V. femoral profunda
 Músculos da coxa
– V. circunflexa lateral do fémur
 Região proximal da coxa
– V. circunflexa medial do fémur
 Região proximal da coxa
— Ramo terminal
– Veia ilíaca externa
 Até ao anel femoral

Normalmente apresenta quatro a cinco válvulas no seu trajeto.

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

23
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

VEIAS SUPERFICIAIS DO MEMBRO INFERIOR

18.7.6 Sistematização

— Pé
– Rede venosa dorsal do pé
– Rede venosa plantar
— Perna
– Veia safena parva
- Localização lateral
— Coxa (e perna)
– Veia safena magna
- Localização medial

A veia safena magna, aparece aqui referenciada à coxa, por


ser o segmento do membro inferior onde se apresenta mais
desenvolvida.
No entanto, a veia safena magna inicia-se na veia marginal
medial do pé, percorre em trajeto ascendente, toda a perna e
região do joelho e por fim, a coxa onde termina.

18.7.7 Veias superficiais dorsais do pé

Rede venosa dorsal do pé


— Veia safena magna
 Veia marginal medial
— Veia safena parva
 Veia marginal lateral
 Arco venoso dorsal do pé
 V. metatarsais dorsais (4)
 V. digitais dorsais
(por cada dedo: 1 lateral – 1 medial)

18.7.8 Veias superficiais plantares do pé

Rede venosa plantar


— Veia marginal medial
— Veia marginal lateral
 Arco venoso plantar
 V. metatarsais dorsais (4)
 V. digitais plantares
(por cada dedo: 1 lateral – 1 medial)

A “rede venosa plantar” é também conhecida por “palmilha


venosa do pé”. Tem importância fisiológica pelo seu papel na
circulação de retorno dos membros inferiores, em posição
bípede e sob a ação do peso corporal.

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

24
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO

18.7.9 Veia safena parva

Veia superficial da perna


— Ramo de origem
– V. marginal lateral
 Arco venoso dorsal do pé
 V. metatarsais dorsais
 V. digitais dorsais
— Ramos colaterais
– V. profundas
 Pé: região dorsal
– V. cutâneas
 Perna: face posterior
– V. comunicantes
 Safena magna
— Ramo terminal
– Veia poplítea OU veia safena acessória

A veia safena parva incorpora entre sete e treze válvulas.

18.7.10 Veia safena magna

Veia superficial da perna e da coxa


— Ramo de origem
– V. marginal medial
 Arco venoso dorsal do pé
 V. metatarsais dorsais
 V. digitais dorsais
— Ramos colaterais
– V. subcutâneas da perna
 Perna: porção ântero-medial
– V. subcutâneas da coxa
 Perna: face posterior
– V. comunicantes
 Safena parva
– V. pudendas externas
 Território vascular das a. pudendas externas
– V. circunflexa ilíaca superficial
 Território vascular da a.circunflexa ilíaca superficial
– V. epigástrica superficial
 Território vascular da a. epigástrica superficial
— Ramo terminal
– Veia femoral
(arco da veia safena magna)

A veia safena magna incorpora entre dez e vinte válvulas, mais


numerosas na perna que na coxa.

TEMA 18 – SISTEMA CARDIOVASCULAR - VEIAS

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