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Notas de Aula
Angelo P. do Carmo
JUIZ DE FORA - MG
Outubro/2016
Sumário
1 A Integral Indefinida 4
1.1 O Método da Substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2 O Método da Integração por Partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3 Equações Diferenciais Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4 Exercı́cios do Capı́tulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.5 Respostas dos Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 A Integral Definida 17
2.1 Áreas e Somas de Riemann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2 Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3 Propriedades da Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 O Teorema Fundamental do Cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5 Exercı́cios do Capı́tulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.6 Respostas dos Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 3
Referências 55
Capı́tulo 1
A Integral Indefinida
Definição 1.1. Uma função F é dita uma Primitiva de uma função f sobre um conjunto
de números I se F’(x)=f(x) para todos os valores de x em I.
x3
3
2 0 x
Exemplo 1.1. F (x) = é uma primitiva de f (x) = x , pois F (x) = = x2 =
3 3
f (x).
1
Exemplo 1.2. F (x) = sen(2x) é uma primitiva de f (x) = cos(2x), pois F 0 (x) =
2
1
2cos(2x) = cos(2x) = f (x).
2
Proposição 1.1. Seja F(x) uma primitiva de f(x) em I. Então, se c é uma constante
qualquer, a função G(x)=F(x)+ C também é uma primitiva de f(x) em I.
Demonstração. Sejam x, y ∈ I tal que x < y. Como f (x) é derivável em I segue que f (x)
é derivável em (x, y) e contı́nua em [x, y]. Pelo Teorema do Valor Médio existe z ∈ (x, y)
4
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f (y) − f (x)
tal que: = f 0 (z). Mas f 0 (z) = 0, logo f (y) − f (x) = 0 ⇒ f (y) = f (x)
y−x
∀x, y ∈ I. Portanto f (x) é constante em I.
Proposição 1.3. Se F (x) e G(x) são funções Primitivas de f (x) no intervalo I, então
existe uma constante C tal que F (x) − G(x) = C, para todo x em I.
Demonstração. Seja H(x) = F (x) − G(x) definida em I. Com F 0 (x) = G0 (x) = f (x).
Temos: H 0 (x) = F 0 (x) − G0 (x) = f (x) − f (x) = 0. Assim, pela proposição 2 H(x) é
constante em I. Sendo H(x) = C segue que F (x) − G(x) = C.
Observações:
Z
• f (x)dx = F (x) + C ⇔ F 0 (x) = f (x)
Z
• f (x)dx representa uma famı́lia de funções
Proposição 1.4. Sejam f (x) e g(x) funções definidas em I e K uma constante real.
Então:
Z Z
1. Kf (x)dx = K f (x)dx
Z Z Z
2. [f (x) + g(x)]dx = f (x)dx + g(x)dx
0
(2) Note que [F (x) + G(x)] é uma primitiva
Z de [f (x) + g(x)] pois, [F (x) + G(x)] =
F 0 (x) + G0 (x) = f (x) + g(x). Daı́ segue que, [f (x) + g(x)]dx = [F (x) + G(x)] + C =
Z Z
[F (x) + C1 ] + [G(x) + C2 ] = f (x)dx + g(x)dx.
Observação:
Com os resultados da proposição anterior podemos mostrar a Regra Geral da Linearidade,
istoZé, podemos mostrar que: Z Z Z
[a1 f1 (x)+a2 f2 (x)+...+an fn (x)]dx = a1 f1 (x)dx+a2 f2 (x)dx+...+an fn (x)dx.
Por tudo que falamos até agora fica claro que algumas integrais indefinidas são imedi-
atamente determinadas sabendo-se uma tabela de derivadas. Abaixo está uma tabela de
integrais imediatas baseada na tabela de derivadas. Sugerimos fortemente que a tabela
seja rapidamente assimilada pelo estudante.
Z
2. f 0 (x)dx = f (x) + C
Z
3. dx = x + C
Z
dx
4. = ln|x| + C
x
xα+1
Z
5. xα dx = + C (com α 6= −1)
α+1
ax
Z
6. ax dx = +C
lna
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Z
7. ex dx = ex + C
Z
8. sen(x)dx = −cos(x) + C
Z
9. cos(x)dx = sen(x) + C
Z
10. sec2 (x)dx = tg(x) + C
Z
11. cosec2 (x)dx = −cotg(x) + C
Z
12. sec(x).tg(x)dx = sec(x) + C
Z
13. cosc(x).cotg(x)dx = −cosc(x) + C
Z
dx
14. = arctg(x) + C
1 + x2
Z
dx
15. √ = arcsen(x) + C
1 − x2
Z
dx
16. √ = arcsec(x) + C
x x2 − 1
√
Z
Exemplo 1.3. Calcule (5x + x − 7)dx.
x4 + 3x2 + 5
Z
Exemplo 1.4. Calcule dx.
x2
Z
Exemplo 1.5. Calcule [3sec(x).tg(x) + cosc2 (x)]dx.
Z
x sen(x) 2
Exemplo 1.6. Calcule 2e − + dx.
cos2 (x) x7
8 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
du du
Fazendo u = x2 + 5 segue que = 2x ou ainda xdx = . Assim,
dx 2
Z Z Z
0 0
f (x).g (x)dx = [f (x).g(x)] dx − f 0 (x).g(x)dx
Z Z
udv = uv − vdu
dy
Considere a equação = 2x ou dy = 2xdx.
dx
Note que y = x2 é uma solução da equação diferencial acima. De fato,
d(y)
y = x2 ⇒ = 2x = f (x)
dx
Então y = g(x) é uma solução da equação diferencial se, e somente se, g é uma
primitiva de f .
dy
Assim, y = g(x) + C representa a Solução Completa da equação diferencial = f (x)
dx
no intervaloZ I, desde que g(x) seja uma primitiva de f .
Já que f (x)dx = g(x) + C, essa solução pode ser escrita como
Z
y= f (x)dx
Z
dy
Então, a solução completa da equação diferencial = 2x é dada por y = 2xdx =
dx
x2 + C. Para cada valor de C temos uma Solução Particular da equação diferencial. Por
dy
exemplo, y(x) = x2 + 3 é uma solução particular da equação diferencial = 2x.
dx
Normalmente, uma Solução Particular é encontrada através de condições adicionais
sobre as variáveis envolvidas, chamadas Condições iniciais ou Condições de Contorno. O
problema de se resolver uma equação diferencial dada suas condições iniciais é chamado
de Problema de Valor Inicial (P.V.I).
d(y) 1
Exemplo 1.19. Ache a solução completa da equação diferencial = 6x2 − 2 + 3.
dx x
Depois determine a solução particular que satisfaz y(1) = 10.
√
Exemplo 1.20. Ache a solução completa da equação diferencial dy = x x2 + 5dx. De-
pois determine a solução particular que satisfaz y = 8 se x = 2.
d(y)
Os dois exemplos anteriores são casos de equações diferenciais da forma= f (x).
dx
Estas equações são chamadas SEPARÁVEIS já que podem ser escritas da forma
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Z
dy = f (x)dx ou y = f (x)dx.
Nesta forma, todas as variáveis envolvendo y estão à esquerda e as variáveis envolvendo
x à direita.
Uma equação que pode ser escrita da forma G(y)dy = F (x)dx (onde F (x) e G(x) são
funções) é chamada SEPARÁVEL.
Para achar a “Solução Geral”de uma equação diferencial separável, simplesmente
separam-se as variáveis de forma que a equação tome a forma G(y)dy = F (x)dx e então
usa-se a integral indefinida em ambos os lados.
dn (y)
= x4 − 1 ⇒ equação diferencial de n-ésima ordem.
dxn
A solução geral de uma equação diferencial de 2a ordem pode ser obtida através de
duas integrações indefinidas sucessivas, e a solução resultante envolverá duas constantes
arbitrárias que não podem ser combinadas em uma constante.
d2 (y)
Exemplo 1.24. Ache a solução da equação diferencial = −2x + 1.
dx2
12 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
√
Z
sen(4x)
Z
14. dx 26. x3 . 1 − x2 dx
cos(2x)
Z
1
Z
15. dx 27. arctg(ax)dx
2x + 7
Z
4x
Z
16. dx 28. (x − 1).e−x dx
x2 − 9
(2 + lnx)10
Z Z
17. dx 29. xn .ln(x)dx, n natural
x
tg 2 (2x)
Z Z
18. dx 30. x2 .ex dx
sec(2x)
1 + e2x
Z Z
19. dx 31. (x − 1).sec2 (x)dx
ex
dy 1 + y2
34. = .
dx y(1 + x2 )
36. Obtenha a lei do movimento S = f (t) a partir dos seguintes dados: a(t) = 2t − t2 ,
v(0) = 0 e S(0) = 0.
37. Uma indústria fez uma análise de suas instalações de produção e de seu pessoal. Com
o atual equipamento e número de trabalhadores, a indústria pode produzir 3000
u/dia. Sem mudança nas instalações a razão de variação do número de unidades
√
produzidas por dia em relação ao número de trabalhadores adicionais é 80 − 6 x
(x=número de trabalhadores adicionais). Ache a produção diária, caso se admitam
mais 25 trabalhadores.
38. Estima-se que, daqui a x meses, a população de uma cidade estará variando segundo
√
uma taxa de 2 + 6 x pessoas/mês.A população atual é de 5000 pessoas. Qual será
a população daqui a 9 meses?
dc dc
39. O custo marginal para produzir x unidades de um produto é dado por, =
dx dx
5000
0, 05 + 2 u/item.
x
Achar o custo total, em função de x, sabendo-se que: C = 5500 dólares para
x = 1000 unid.
40. Mostre que uma quantidade (positiva!) que cresce segundo uma taxa proporcional
ao seu tamanho, cresce de forma exponencial.
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4. cos(x) + 1 −x 1
21. cos(5x) + sen(5x) + C
5 25
e4t
5. Fica a cargo do estudante!!! 1
22. t− +C
4 4
6. 3sec(θ) − 4sen(θ) + C x2
1
23. ln(3x) − +C
2 2
7. sec(x) + C
2 x
1
1
−2 24. e [sen(x/2) + 2cos(x/2)] + C
8. 1+ +C 5
2 x beax h a i
25. 2 −cos(bx) + sen(bx) +C
9. −cotg(4x) + C a + b2 b
A Integral Definida
17
18 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
n
X
S= f (wi )∆xi ∼ S
i=1
A soma acima é dita uma Soma de Riemann da função f (x) associada à partição P .
Note agora que para n suficientemente grande ou, equivalentemente, para ||P || sufici-
entemente pequena, a área do polı́gono retangular (S) aproxima-se da área S da região
R.
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 19
Definição 2.1. Seja y = f (x) uma função contı́nua, não negativa em [a, b]. A área sob
a curva y = f (x) , de a até b, é definida por:
n
X
S = lim f (wi )∆xi .
||P ||→0
i=1
Zb n
X
f (x)dx = lim f (wi )∆xi
||P ||→0
a i=1
Nota: Pelo exposto até aqui podemos concluir que, se f (x) é contı́nua e positiva em
[a, b] então a área S é exatamente a integral definida de f de a até b.
Observações:
P.3) (Propriedade
Z b aditiva) Se
Z fb e g são integrável
Z b em [a, b], então f + g é integrável
em [a, b] e [f (x) + g(x)]dx = f (x)dx + g(x)dx.
a a Z b a Z b Z b
Observação: Também é válido que [f (x) − g(x)]dx = f (x)dx − g(x)dx.
a a a
Z b P.4) Se a Z<c c < b e f Zé bintegrável em [a, c] e [c, b], então f é integrável em [a, b] e,
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx.
a a c
P.5) Se f é integrável
Z b em um intervalo
Z c fechado
Z b I e se a, b, c são três números reais
desse intervalo, então f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx.
a a c
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Z b
1
Exemplo 2.1. Dado que x2 dx = .(b3 − a3 ), calcule o valor médio da função f defi-
a 3
nida por f (x) = x2 no intervalo [1, 4] e calcule um valor de c neste intervalo tal que f (c)
dê seu valor médio.
22 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Z x1
Demonstração. (i) Sejam x1 e x1 + ∆x em [a, b]. Temos: F (x1 ) = f (t)dt e F (x1 +
Z x1 +∆x a
∆x) = f (t)dt.
a
Z x1 +∆x Z x1 Z x1 +∆x Z a
F (x1 + ∆x) − F (x1 ) = f (t)dt − f (t)dt = f (t)dt + f (t)dt =
a a a x1
Z x1 +∆x
f (t)dt.
x1
Pelo Teorema do valor médio para integrais (P.8), existe um número c no intervalo
[x1 , x1 + ∆x] tal que,
Z x1 +∆x
f (t)dt = f (c).(x1 + ∆x − x1 ) = f (c)∆x.
x1
Z b
f (x)dx = F (b) − F (a)
a
Z 3
Exemplo 2.2. Calcule (6x2 − 5)dx.
−2
Z 3
Exemplo 2.3. Calcule |x|dx.
−2
Z 4
1
Exemplo 2.4. Calcule √ √ dx.
1 x( x + 1)3
24 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
3 √
Z
Exemplo 2.5. Calcule x 1 + xdx.
0
Z 4
Exemplo 2.6. Calcule |x + 2|dx.
−3
2 1
x2
Z Z
3
1. x(1 + x )dx 7. √ dx
−1 −1 x3 + 9
Z 2π
Z 0
8. |sen(x)|dx
2. (x2 − 4x + 7)dx 0
−3
Z 5
Z 2 9. |2t − 4|dt
1 −2
3. dx
1 x6 Z 4
10. |x2 − 3x + 2|dx
Z 9 √ 0
4. 2t tdt Z 4
4 4
11. √ dx
0 x2 + 9
Z 1
1
5. √ dy 0
v2
Z
0 3y + 1 12. dv
−2 (v 3 − 2)2
3π/4
√
Z Z 5
6. sen(x)cos(x)dx 13. 2x − 1dx
π/4 1
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 25
−1
π/2
x3 + 8
Z Z
cos(x)
14. dx 16. dx
0 (1 + sen(x))5 0 x+2
Z 2
15. x.ln(x)dx
1
√
Z x θ
d
Z
d
(a) t + 4dt (c) tsen(t)dt
dx 2 dθ −1
Z y
d 2x
(b) 2
dx
dy 3 x + 9
26 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
6. 0.
18. (a) 0. (d) 0.
√
2 2√
7. [ 5 − 2] (b) 0. (e) 0.
3
(c) 16/15
8. 4.
√
11. 4ln(3). 21. (a) x+4 (c) θ.sen(θ)
2y
12. 2/15. (b) 2
y +9
Capı́tulo 3
Como vimos, se uma função f é contı́nua em um intervalo [a, b] e f (x) ≥ 0 para todo
x ∈ [a, b] então a área da região limitada pela curva y = f (x), o eixo x e as retas verticais
Z b Xn
x = a e x = b é S = f (x)dx = lim f (wi )∆xi
a ||P ||→0
i=1
Suponhamos agora que f (x) < 0 para todo x ∈ [a, b]. Então, cada f (wi ) será um
número negativo e assim definimos a área da região limitada por y = f (x), o eixo x e as
retas verticais x = a e x = b por,
n
X n
X Z b
S = lim [−f (wi )∆xi ] = − lim [f (wi )∆xi ] = − f (x)dx.
||P ||→0 ||P ||→0 a
i=1 i=1
Desenho:
27
28 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Exemplo 3.2. Determine a área limitada pela curva y = x2 − 4x, o eixo Ox e as retas
x = 1 e x = 3.
Zb
[f (x) − g(x)]dx.
a
Desenho:
√
Exemplo 3.3. Calcule a área da região limitada por y = x2 e x.
Exemplo 3.5. Calcule a área da região limitada pelo eixo Oy e pela curva x = y 2 − y 3 .
Exemplo 3.7. Calcule a área da região limitada pela curva y = 2x − x2 e pela reta
y = −3.
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 29
Ao girarmos uma região plana em torno de uma reta do plano, obtemos um sólido cha-
mado sólido de revolução. Dizemos que o sólido é gerado pela região e a reta em torno
da qual se processa a revolução é denominada de eixo de revolução.
Desenho:
VD = πf (wi )2 ∆xi .
Definição 3.1. Seja f contı́nua em [a, b]. O volume V do sólido de revolução gerado pela
rotação da região delimitada pelos gráficos de f , de x = a, de x = b e do eixo x é dado
Rb
por: V S = lim||P ||→0 ni=1 π[f (wi )]2 ∆xi = π[f (x)]2 dx.
P
a
Exemplo 3.8. Determine o volume do sólido gerado pela revolução da região limitada
por f (x) = x2 + 1, x = −1, x = 1 e o eixo Ox, em torno do eixo Ox.
Exemplo 3.9. Fazendo-se girar em torno do eixo Oy a região limitada pelos gráficos de
y = x3 , y = 1, e y = 8 e o eixo Oy obtem-se um sólido. Ache o volume desse sólido.
30 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Exemplo 3.10. Gira-se em torno do eixo Ox a região limitada pelos gráficos de y = x2 +2,
2y − x = 2, x = 0 e x = 1. Determine o volume do sólido resultante.
Exemplo 3.11. Determinar o volume do sólido obtido pela rotação da região do exemplo
anterior em torno da reta y = 3.
Considere a figura abaixo. Nela vemos dois cilindros retos respectivamente de raios da
base sendo R e r e ambos com altura h. Chamaremos de um Anel Cilı́ndrico a região que
está interior ao cilı́ndro maior e exterior ao cilı́ndro menor. Chamando de ∆r a variação
entre os raios R e r, isto é, ∆r = R − r e sendo rm o raio médio do Anel Cilı́ndrico,
podemos escrever que o volume de um anel cilı́ndro (V ) é,
V = Vmaior −Vmenor ⇒ V = πR2 h−πr2 h ⇒ V = π(R2 −r2 )h ⇒ V = π(R−r)(R+r)h
Reescrevendo a última expressão adequadamente chegamos em,
(R + r)
V = 2π h(R − r)
2
R+r
Como = rm e usando que ∆r = R − r, obtemos:
2
V = 2πrm h∆r
Desenho:
Consideremos agora uma função f contı́nua em [a, b] com f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b].
Seja R a região limitada pelo gráfico de f , pelo eixo Ox e pelas retas x = a e x = b, valendo
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 31
Desenho:
n
X
2πwi f (wi )∆xi
i=1
Se fizermos a espessura de cada anel cilı́ndrico ser muito pequena, isto é, se fizermos
||P || → 0, podemos dizer que teremos o volume V do sólido S pela seguinte expressão,
n
X
V = lim 2πwi f (wi )∆xi
||P ||→0
i=1
ou ainda,
Z b
V = 2πxf (x)dx.
a
32 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Exemplo 3.14. Gira-se, em torno do eixo Ox, a região do primeiro quadrante limitada
pelo gráfico de x = 2y 3 − y 4 e o eixo Oy. Calcule o volume do sólido resultante.
n
X
A(wi )∆xi
i=1
n
X Z b
V = lim A(wi )∆xi = A(x)dx.
||P ||→0 a
i=1
Exemplo 3.15. Ache o volume de uma pirâmide reta de base quadrada de lado a e com
altura h.
Exemplo 3.16. Um sólido tem, como base, a região circular do plano xy delimitada pelo
gráfico de x2 + y 2 = a2 com a > 0. Ache o volume do sólido, se toda secção transversa
por um plano perpendicular ao eixo - x é um triângulo equilátero com um lado na base.
Se um pedaço de fio retilı́neo de comprimento s for curvado gerando uma curva c, podemos
dizer que o comprimento da curva c é s.
Desenho:
Seja uma função com uma primeira derivada contı́nua num intervalo I contendo o
intervalo [a, b].
Desenho:
34 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
" 2 #
dy
Temos que: (ds)2 = (dx)2 + (dy)2 = 1 + (dx)2 .
dx
daı́, s
2
dy p
ds = 1 + dx = 1 + [f 0 (x)]2 dx.
dx
A integração da equação diferencial acima nos dá o comprimento de arco do gráfico
entre o Z
ponto deZabscissa a e o ponto de abscissa b. Assim,
b bp
s= ds = 1 + [f 0 (x)]2 dx.
a a
Z b p Z b
A= 2πf (x) 1 + [f 0 (x)]2 dx ou A= 2πf (x)ds
a a
√
Exemplo 3.18. Determine a área da superfı́cie obtida ao se rotacionar a curva x = y
entre y = 0 e y = 4 em torno do eixo Oy.
√
Exemplo 3.19. Determine a área da superfı́cie obtida pela rotação da curva y = x
entre x = 1 e x = 4 em torno do eixo Ox.
1. y = x2 e y = 4x. 5. y 2 = 4 + x e y 2 + x = 2.
2. y = x2 + 1, y + x2 = 3. 6. y = x3 − x e y = 0.
1
3. y = , y = −x2 , x = 1 e x = 2.
x2 7. x = y 3 + 2y 2 − 3y e x = 0.
4. y 2 = −x, x − y = 4, y = −1 e y = 2.
Para os exercı́cios de 8 à 14, Esboce a região R delimitada pelos gráficos das equações
e calcule o volume do sólido gerado pela revolução de R em torno do eixo indicado
usando o método dos discos.
√
15. y = x, x = 4, y = 0 eixo y. 18. y = 2x, y = 6, x = 0 eixo x.
√
16. y = x2 , y 2 = 8x, eixo y. 19. y = x + 4, y = 0, x = 0 eixo x.
(b) Um semicı́rculo.
22. Um sólido tem como base a região circular do plano xy delimitada pelo gráfico de
x2 + y 2 = a2 , a > 0. Determine o volume do sólido se toda secção transversa por
um plano perpendiculara ao eixo-x é um quadrado.
2 x3 1
23. y = x2/3 , A(1, 32 ), B(8, 83 ). 25. y = + , A(1, 13 ), B(2, 67 ).
3 12 x 12
√ 8 271
24. y = 5 − x3 , A(1, 4), B(4, −3). 26. 30xy 3 − y 8 = 15, A( 15 , 1), B( 240 , 2).
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 37
Como n − 1 é par podemos facilmente usar a relação sen2 (x) + cos2 (x) = 1 para
transformar a integral dada numa forma mais simples. veja o exemplo abaixo.
Z
Exemplo 4.1. sen5 (x)dx.
Observação: Caso o integrando apresente senn (x) ou cosn (x) com n inteiro par,
usaremos as fórmulas do arco duplo abaixo, cujas demonstrações são deixadas como
exercı́cio para o leitor.
38
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 39
1 − cos(2x) 1 + cos(2x)
sen2 (x) = cos2 (x) =
2 2
Z
Exemplo 4.2. cos4 (x)dx.
Z
2. Integrais da forma senm (x)cosn (x)dx com m, n ∈ Z+ .
Z
As integrais da forma senm (x)cosn (x)dx com m, n ∈ Z+ são calculadas usando
as técnicas anteriores. Isto é,
Z Z
m n
sen (x)cos (x)dx = senn (x)cosn−1 cos(x)dx
Z Z
n
3. Integrais da forma tg (x)dx e cotg n (x)dx com n ∈ Z+ .
Usa-se as relações tg 2 (x) = sec2 (x) − 1 e cotg 2 (x) = cossec2 (x) − 1. Os artifı́cios
são análogos aos casos anteriores.
40 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Z
Exemplo 4.4. tg 3 (x)dx.
Z Z
n
4. Integrais da forma sec (x)dx e cossecn (x)dx com n ∈ Z+ .
(a) Se n for par, usamos tg 2 (x) = sec2 (x) − 1 e cotg 2 (x) = cossec2 (x) − 1.
Z
Exemplo 4.6. sec3 (x)dx.
Z
5. Integrais da forma tg m (x)secn (x)dx com m, n ∈ Z+ .
Z
Para as integrais da forma tg m (x)secn (x)dx fazemos:
Z Z
m n
tg (x)sec (x)dx = tg m (x)secn−2 (x)sec2 (x)dx
Z Z
m n
tg (x)sec (x)dx = tg m−1 (x)secn−1 (x)sec(x)tg(x)dx
como m − 1 é par, podemos usar tg 2 (x) = sec2 (x) − 1 e depois usar a mudança
u = sec(x).
(c) Caso contrário devemos usar outros métodos como a integração por partes.
Z
Exemplo 4.7. tg 5 (x)sec(x)dx.
Z
6. Integrais da forma cotg m (x)cossecn (x)dx com m, n ∈ Z+ .
Z
As integrais da forma cotg m (x)cossecn (x)dx podem ser resolvidas de forma análoga
às anteriores, porém considerando a identidade cotg 2 (x) = 1 + cossec2 (x).
Z
7. Integrais da forma sen(mx)cos(nx)dx.
Z
As integrais da forma sen(mx)cos(nx)dx podem ser calculadas com a ajuda das
fórmulas do produto. A saber:
√
1o caso. No integrando aparece a expressão a2 − x 2 .
−π π
Neste caso podemos fazer a mudança x = asen(θ) com ≤ θ ≤ . Veja que,
√ p p p 2 2
a2 − x2 = a2 − a2 sen2 (θ) = a2 (1 − sen2 (θ) = a2 cos2 (θ) = acos(θ).
√
2o caso. No integrando aparece a expressão a2 + x 2 .
−π π
Neste caso fazemos a mudança x = atg(θ), onde < θ < . Daı́ temos que,
√ p p p2 2
a2 + x2 = a2 + a2 tg 2 (θ) = a2 (1 + tg 2 (θ)) = a2 sec2 (θ) = asec(θ).
√
3o caso. No integrando aparece a expressão x 2 − a2 .
π 3π
Neste caso fazemos x = asec(θ), onde 0 ≤ θ ≤ ou π ≤ θ < . Daı́ temos que,
√ p p 2 p 2
x2 − a2 = a2 sec2 (θ) − a2 = a2 (sec2 (θ) − 1) = a2 tg 2 (θ) = atg(θ).
Z
1
Exemplo 4.10. √ dx.
4 + x2
Z √
x2 − 9
Exemplo 4.11. dx.
x
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 43
f (x)
= F1 + F2 + F3 + ... + Fn
g(x)
Onde cada Fi tem uma das formas,
A Cx + D
ou
(px + q)m (ax2 + bx + c)n
Uma tal decomposição é chamada ”decomposição em frações parciais“.
f (x)
Para obter a decomposição de em frações parciais, aplicamos as seguintes regras:
g(x)
Regra 1: A cada fator da forma (px + q)m com m ≥ 1, fazemos corresponder uma
soma de m frações parciais (Fi ) da forma:
A1 A2 A3 Am
+ + + ... + Ai ∈ R
px + q (px + q)2 (px + q)3 (px + q)m
Regra 2: A cada fator da forma (ax2 + bx + c)n , onde n ≥ 1 e b2 − 4ac < 0, fazemos
corresponder uma soma de n frações parciais (Fi ) da forma:
A1 x + B1 A2 x + B2 Am x + Bm
2
+ 2 2
+ ... + Ai , B i ∈ R
ax + bx + c (ax + bx + c) (ax2 + bx + c)m
4x2 + 13x − 9
Z
Exemplo 4.12. dx.
x3 + 2x2 − 3x
44 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
x2 − x − 21
Z
Exemplo 4.14. dx.
2x3 − x2 + 8x − 4
2
b2
2 2 b b
ax + bx + c = a x + x + c = a x + +c−
a 2a 4a
b
Assim, a substituição u = x + conduz a uma forma integrável simples.
2a
2x − 1
Z
Exemplo 4.15. dx.
x2 − 6x + 13
Z
1
Exemplo 4.16. √ dx.
8 + 2x − x2
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 45
2x2 − 25x − 33
Z Z
4 4
12. csc (x).cot (x)dx 25. dx
(x + 1)2 (x − 5)
Z Z
cos(x) 1
13. dx 26. dx
2 − sen(x) (x + 1)2 + 4
46 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Z Z
1 2x + 3
27. dx 29. √ dx
x2 − 4x + 8 9 − 8x − x2
Z Z
1 1
28. √ dx 30. dx
4x − x2 (x2 + 4x + 5)2
1 −1 x − 2 √ x+4
27. tg +C 29. −2 9 − 8x − x2 − 5sen−1 +C
2 2 5
x−2 1 −1 x+2
28. sen−1 +C 30. tg (x + 2) + 2 +C
2 2 x + 4x + 5
Capı́tulo 5
Desenho:
48
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 49
Para calcular a integral de uma função f (x) contı́nua por partes em [a, b] usamos:
Z b Z x1 Z x2 Z x3 Z b
f (x)dx = f (x)dx = f (x)dx = f (x)dx = ... = f (x)dx
a a x1 x2 xn−1
Z 3
Exemplo 5.2. Calcule f (x)dx sendo que,
−1
|x|, se − 1 ≤ x ≤ 2,
f (x) =
|x − 2|, se 2 < x ≤ 3.
Z t
A(t) = f (x)dx.
a
Se lim A(t) existe, então o limite pode ser interpretado como a área da região sob o
t→∞
gráfico de f , acima do eixo Ox e à direito de x = a.
Analogamente, se f (x) é uma função contı́nua e não-negativa em um intervalo infinito
da forma (−∞, b] com lim f (x) = 0 então, para t < b, a área sob o gráfico de f de t à
x→−∞
b pode ser escrita como,
Z b
A(t) = f (x)dx.
t
Assim, se lim A(t) existe, então tal limite pode ser interpretado como a área da
t→−∞
região sob o gráfico de f , acima do eixo Ox e à esquerda de x = b.
50 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Desenho:
Z ∞ Z t
f (x)dx = lim f (x)dx. (∗)
a t→∞ a
Z b Z b
f (x)dx = lim f (x)dx, (∗∗)
−∞ t→−∞ t
Observações:
Z ∞ Z b
1. As integrais f (x)dx e f (x)dx são chamadas de Integrais Impróprias.
a −∞
2. Caso os limites à direita das expressões (*) e (**) existam, diremos então que as
integrais impróprias são convergentes. Caso contrário, diremos que são divergentes.
Exemplo 5.3. Determine se cada integral imprópria abaixo converge ou diverge. Caso
seja convergente, encontre seu valor.
Z ∞
1
1. dx
2 (x − 1)2
Z ∞
1
2. dx
2 x−1
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 51
Definição 5.3. Seja f contı́nua para todo x. Se a é um número real arbitrário, então
Z ∞ Z a Z ∞
f (x)dx = f (x)dx = f (x)dx
−∞ −∞ a
Já
Z b sabemos que se f é uma função contı́nua no intervalo fechado [a, b], então a integral
f (x)dx existe.Caso f tenha uma descontinuidade infinita em algum ponto de [a, b]
a
ainda sim eventualmente será possı́vel atribuir um valor à integral.
Suponha que f é não-negativa em [a, b) e que lim− f (x) = ∞. Nestas condições, a
x→b
área A(t) sob o gráfico de f de a a t será,
Z t
A(t) = f (x)dx
a
Caso lim− A(t) exista, então o limite pode ser interpretado como a área da região
t→b
ilimitada sob oZ gráfico de f , acima do eixo Ox, e entre x = a e x = b. Este número será
b
denotado por f (x)dx.
a
Analogamente, se f e não-negativa em (a, b] e lim+ f (x) = ∞, podemos interpretar a
x→a
Z b
área como o limite de f (x)dx quando t → a+ .
t
Desenho:
52 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
Z b Z b
f (x)dx = lim+ f (x)dx (∗∗)
a t→a t
Observação: Assim como na seção anterior, as integrais definidas em (*) e (**) são
ditas integrais impróprias. Caso os limites existam, dizemos que a integral imprópria é
convergente, caso contrário divergente.
Definição 5.5. Se f é contı́nua em [a, b] exceto num ponto c ∈ (a, b) com lim f (x) = ±∞,
x→c
então Z b Z c Z b
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx (∗ ∗ ∗)
a a c
2. Calcular a integral das seguintes funções contı́nuas por partes definidas nos intervalos
dados. Fazer o gráfico das funções dadas, verificando que os resultados encontrados
são coerentes.
Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais 53
−x2 , se − 2 ≤ x ≤ −1,
(a) f (x) = −x, se − 1 < x ≤ 1,
x2 ,
se 1 < x ≤ 2.
x, se 0 ≤ x ≤ 1,
(b) f (x) =
2x, se 1 < x ≤ 2.
0
Z ∞
1
Z
x (c) dx
(a) e dx
−∞ e x(lnx)2
∞ ∞
4x3
Z Z
1
(b) dx (d) dx
−∞ 9 + x2 −∞ (x4 + 3)2
1
7. Determine a área sob a curva y = √ no intervalos [0, 4).
4−x
8. Investigue as integrais impróprias abaixo.
Z 1 Z 2
1 x
(a) √ dx (c) dx
0 1−x −2 1−x
Z 3 Z∞
1 1
(b) √ dx (d) dx
0 9 − x2 1 (x − 1)3
2. (a) 0
54 Angelo P. do Carmo - Cálculo II - Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
7
(b) .
2
3. 1
1
4. Converge para .
5
1
5.
2
7. 4
[1] SWOKOWSKI, Earl William. Cálculo com geometria analı́tica. Vol 1. São Paulo:
Makron Books, 1994.
[4] GUIDORIZZI, H.L. Um curso de Cálculo. Vol 1. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
[5] LIMA, Elon Lages. Análise Real. Vol 1. Rio de Janeiro, 3a edição. IMPA/CNPq,
1997.(Coleção Matemática Universitária).
55