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NAYARA BECKER
BLUMENAU
2018
NAYARA BECKER
BLUMENAU
2018
AGRADECIMENTOS
José de Alencar
RESUMO
The surface runoff causes urban floods and carries a high pollutant load. The
permeable concrete pavement can contribute to the management of the surface runoff,
helping to reduce the volume of surface runoff as well as contributing to the retention
of pollutants present in the surface runoff water. Thus, the effect of percolation of
natural surface runoff on permeable concrete pavements performed with three different
dosing methods, American Concrete Institute (ACI) (2010), Zheng, Chen and Wang
(2012), and Nguyen et al. (2014) was evaluated. The aim was to analyze the retention
of pollutants in permeable pavements, whose coating layer was executed with pervious
concrete. To achieve the expected objective, three pavements were built on a
laboratory scale, inside 200 mm diameter rigid PVC pipes, one for each concrete
design method. The experiments consisted of make the water from the surface runoff
percolate during the two-hours period per each permeable pavement. To evaluate the
flow rate interference during percolation, three flow rates were used: 17, 33 and 50
mL.min-1. Regarding the evaluation of the effect of the percolation, the following
parameters were analyzed in the surface runoff, before and after the percolation:
apparent color, turbidity, pH, and temperature. With the flow rate of 33 mL.min-1 and
compacted pervious concrete, the concentration parameters of copper, zinc, total
coliforms, oils, and greases were also evaluated. It was observed that all the dosing
methods of pervious concrete reduced the concentration of turbidity and apparent
color. However, the removal efficiency of the permeable pavements with compacted
concrete was higher, and the higher efficiencies were obtained by ACI and Nguyen et
al. methods, with an average efficiency above 65% for turbidity and over 50% for the
apparent color. pH increase with percolation of the surface runoff was higher with the
method of Nguyen et al. compacted. The removal efficiency of total coliforms with the
pavement with compacted pervious concrete was over 95% for the three design
methods. Zinc concentration reduction was similar for the three methods,
approximately 77%, but the copper removal efficiency was higher for the method of
Nguyen et al. For oils and greases, it was observed that only the method of Nguyen et
al. was able to reduce its concentration after percolation of the surface runoff. For
future works, it is recommended, in particular, the implantation of permeable
pavements in a pilot scale, so that the reduction of pollutants from the surface runoff
can be verified with the real conditions that occur in a pavement.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 17
2.1 ESCOAMENTO SUPERFICIAL .................................................................... 17
2.1.1 Origem da poluição do escoamento superficial ............................................ 18
permeável.................................................................................................................. 34
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
PAGOTTO, 1999). A purificação da água pelo concreto permeável pode ocorrer das
seguintes maneiras (CHANDRAPPA; BILIGIRI, 2016):
- Purificação física: a estrutura interna do concreto possui espaços curvilíneos
ou sinuosos que absorvem as partículas presentes na água, removendo a maior parte
do material em suspensão da água do escoamento superficial, ocorrendo assim
redução dos poluentes;
- Purificação química: o pH do concreto permeável é de natureza alcalina e em
contato com a água contaminada libera íons de hidróxido (OH − ) e íons de carbonato
(CO2−
3 ) que reagem com os contaminantes, precipitando-os. Ocorre também alteração
no pH da água, que é em geral ácido, pois o concreto permeável por ser básico, o
aumenta o pH da água, tornando-o mais neutro. A neutralidade da água é importante,
pois em níveis baixos de pH a mobilidade de componentes metálicos é maior
(CURSINO et al., 2004);
- Purificação biológica: a porosidade do concreto permite a ocorrência de
atividade microbiana, que promove a degradação dos materiais em suspensão.
Os pavimentos permeáveis promovem a filtração das partículas em suspensão
do escoamento superficial (SANSALONE et al., 2012), portanto precisam ser
avaliados como filtros.
Nos poros com diâmetros maiores que as partículas podem ser retidas várias
partículas pelo processo denominado de ponte. Próximo a entrada do poro, a uma
velocidade suficientemente alta do fluido, as características hidrodinâmicas do fluxo
se alteram e as forças de atração das partículas em suspensão se tornam maiores
que as de repulsão. Desta forma, estruturas com múltiplas partículas se aproximam
do poro como uma única partícula que é bloqueada pelo poro (Figuras 4c e 4d)
(KUZMINA; OSIPOV; ZHEGLOVA, 2018; RAMACHANDRAN et al., 2000).
Figura 4 – Filtração em meio poroso: a) transporte de partículas; b) bloqueio dos poros por
partículas separadas; c) e d) bloqueio dos poros por pontes de partículas estáveis.
3 METODOLOGIA
O estudo foi realizado com um pavimento permeável modelo e para tanto foi
necessário determinar as camadas que o compuseram e caracterizá-las, dentre elas
em especial a de revestimento em concreto permeável, além de construir este
pavimento. Após avaliação optou-se por utilizar água de escoamento superficial
natural que foi coletada através de um sistema que teve que ser construído. Para cada
etapa de procedimento experimental (estudo exploratório, concreto permeável com e
sem compactação) foi feita a montagem dos pavimentos, com a substituição das
camadas de base. Com estas primeiras tomadas de decisão determinaram-se quais
vazões seriam utilizadas e quais os parâmetros que seriam avaliados. Em todas as
etapas de procedimento experimental foram aplicadas as três vazões (17, 33 e 50
mL.min-1) e realizadas as análises de turbidez, cor aparente, pH e temperatura. Em
relação ao pavimento com o concreto permeável compactado, com a vazão
intermediária de 33 mL.min-1, foram também analisados os parâmetros de
concentração de zinco, de cobre, microbiológico e de óleos e graxas (Figura 5).
30
O período inicial da pesquisa foi voltado para a preparação dos três suportes
dos pavimentos permeáveis de tubos rígidos de PVC, dentro dos quais posteriormente
foram montados os pavimentos permeáveis (Figura 8a). Na parte inferior dos tubos foi
fixado com silicone um cone metálico, o qual foi pintado, de modo a evitar
interferências na água do escoamento superficial (Figura 8b). No cone metálico foi
fixada uma tela de aço inoxidável como suporte para a inserção das camadas de base
e de revestimento em concreto permeável (Figura 8c).
Figura 8– Preparação dos suportes dos pavimentos permeáveis: a) tubos de PVC, b) parte
inferior cônica. c) suporte fixados na parte cônica.
b)
a) c)
Fonte: Autora (2018).
34
3.2.1.1 Confecção dos moldes para execução das peças de concreto permeável
∆Xi
∑n
i
Ds = � Di
∆Xi (1)
∑n
i Di3
Onde:
𝐷𝐷𝐷𝐷 = diâmetro superficial médio (mm);
𝐷𝐷𝐷𝐷 = diâmetro interno da peneira (mm);
∆𝑋𝑋𝑋𝑋 = porcentagem parcial retida (mm).
37
D
Cu = �D60 (2)
10
Onde:
𝐶𝐶𝐶𝐶 = coeficiente de uniformidade;
𝐷𝐷10 = diâmetro da malha que permite a passagem de 10% do material (mm);
𝐷𝐷60 = diâmetro da malha que permite a passagem de 60% do material (mm).
Onde:
Mf = módulo de finura.
Kd ⋅S ⋅ ∆H
Q= L
(4)
Onde:
Q = vazão (m³ . s-1);
38
K ⋅ S ⋅ ∆P
Q= μ∙L
(5)
Onde:
Q = vazão (m³ . s-1);
K = permeabilidade (m²);
S = área de seção transversal (m²);
∆P = diferença de pressão (Pa);
L = espessura da camada filtrante (m);
μ = viscosidade dinâmica (N . s . m-2).
2
𝑎𝑎 𝑏𝑏� 𝑐𝑐
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 = ��60 . �𝛽𝛽 ∙ T 2 − �60 . √𝛾𝛾 . √𝐻𝐻 . �𝑞𝑞𝑠𝑠 � (6)
Onde:
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 = volume de dimensionamento (mm);
𝑎𝑎, 𝑏𝑏, 𝑐𝑐 = parâmetros da equação de Talbot;
𝛽𝛽 = produto do coeficiente de escoamento pela razão entre a área contribuinte e a
área do dispositivo;
𝛾𝛾 = razão entre a área de percolação e volume do dispositivo (mm-1);
𝐻𝐻 = profundidade média do volume de acumulação do dispositivo (mm);
𝑞𝑞𝑠𝑠 = vazão de saída constante do dispositivo (mm.h-1);
𝑇𝑇 = período de retorno (anos).
39
𝑎𝑎 ∙𝑇𝑇 𝑏𝑏
𝑖𝑖 = (7)
𝑡𝑡+𝑐𝑐
Onde:
𝑖𝑖 = intensidade da chuva (mm.h-1);
𝑡𝑡 = duração da chuva (minutos);
2
𝑎𝑎 𝑏𝑏 𝑐𝑐
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 = ��60 . �𝛽𝛽 ∙ T �2 − �60 . �𝑞𝑞𝑠𝑠 . � (9)
k m b n
𝑏𝑏 = 𝑚𝑚 (11)
a b c
𝐴𝐴𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 −𝐶𝐶∙𝐴𝐴
𝛽𝛽 = (13)
𝐴𝐴𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Onde:
𝐴𝐴𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 = área do pavimento permeável (m²);
𝐶𝐶 = coeficiente de escoamento ponderado;
𝐴𝐴 = área total de contribuição, exceto a área do pavimento permeável;
41
Onde:
𝛼𝛼 = coeficiente redutor devido à colmatação;
𝐾𝐾𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = condutividade hidráulica saturada do solo (mm∙h-1).
𝑘𝑘 ∙𝑇𝑇 𝑚𝑚
𝑖𝑖 = (𝑡𝑡+𝑏𝑏)𝑛𝑛 (15)
𝑎𝑎 ∙𝑇𝑇 𝑏𝑏 𝑘𝑘 ∙𝑇𝑇 𝑚𝑚
= (16)
𝑡𝑡+𝑐𝑐 (𝑡𝑡+𝑏𝑏)𝑛𝑛
O valor de 𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥 obtido foi de 158,79 mm, que foi aplicado na equação 17 para
se obter a espessura da camada do reservatório.
𝑉𝑉𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝐻𝐻 = (17)
𝜂𝜂
Onde:
𝜂𝜂 = porosidade do material de enchimento do dispositivo.
A porosidade utilizada para efeito de cálculo da brita foi 40% (ARAÚJO; TUCCI;
GOLDENFUM), aplicando este valor na equação 12, resulta em uma camada de 40
cm de brita.
O pavimento permeável foi construído com base na estrutura utilizada por Jiang et al.
(2015), dentro de um suporte de tubo de PVC de 200 mm de diâmetro (concreto
permeável, brita 0, areia fina e manta geotêxtil) (ZIPF; PINHEIRO; CONEGRO, 2016;
ZIPF et al., 2013). Na parte superior foram colocadas as peças de concreto permeável,
seguidas pela camada reservatório de 40 cm de brita 0. Abaixo da camada de
reservatório de brita, foi aplicada uma camada de 30 cm de areia fina que promove a
filtração do escoamento superficial (BEECHAM; PEZZANITI; KANDASAMY, 2012;
JIANG et al., 2015). Sob a camada de areia fina, foi colocado 10 cm de brita como
camada suporte para evitar a perda do meio filtrante de areia durante os experimentos,
assim como também foi colocada a manta geotêxtil entre e ao redor das camadas
de base (JIANG et al., 2015; NNADI et al.; 2015) (Figura 13).
Durante a montagem dos filtros foi feita a compactação do agregado graúdo
de acordo com a NBR NM 45 (ABNT, 2006), ou seja, o agregado foi fracionado em
três partes e, após a adição de cada parte, efetuaram-se 25 golpes com a
haste de adensamento. Para o agregado miúdo, o adensamento ocorreu a partir
da limpeza dos pavimentos, realizada após sua montagem.
43
Brown e Borst
Fuerhacker et
Lançamento
de efluentes
Beecham et
Blackbourn
Fassman e
Jiang et al.
Água doce
al. (2011)
al. (2012)
Presente
pesquisa
classe II
(2011)
(2015)
(2015)
Parâmetro
literatura, ou seja, cada ensaio durou duas horas. Tempo que está de acordo com o
período utilizado no dimensionamento da camada reservatório (BACK, 2002).
Foram realizados três experimentos por dia, um para cada método, sendo que
para cada vazão repetiu-se o experimento por quatro dias seguidos, com exceção da
primeira vazão aplicada (50 mL.min-1, para o concreto com e sem compactação), na
qual foi realizado o dobro de ensaios, devido ao adensamento das camadas de base.
Posteriormente era aberta a válvula (2) (Figura 17) e com o auxílio de uma
proveta e um cronômetro era feito o ajuste da vazão de entrada (17, 33 e 50 mL.min-
1), e em seguida foram coletadas, em triplicata, as amostras da água bruta para as
análises físico-químicas (pH, temperatura, cor aparente e turbidez). Na sequência, a
mangueira (3) era fixada na parte superior do tubo rígido de PVC, dando início a
contagem das duas horas de experimento (Figura 17).
48
a) b)
a) b)
Fonte: Autora (2018).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.2.1 Granulometria
100 a)
90
Passante acumulado (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1
Abertura da peneira (mm)
100 b)
90
Passante acumulado (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
4,75 Abertura da peneira (mm)
A condutividade hidráulica da areia fina medida foi de 2,0 x 10-5 m.s-1, com um
desvio padrão de 4,4 x 10-6 m.s-1, enquanto a permeabilidade foi de 2,0 x 10-12 m²,
com um desvio padrão de 4,5 x 10-13 m² (Figura 21a). A condutividade hidráulica da
areia fina encontrada na literatura, utilizada como meio filtrante, foi de 3,0 x 10-5 m.s-1,
valor próximo ao obtido no presente estudo (MURNANE et al., 2016). Entretanto
também são encontrados valores como 4,8 x 10-3 m.s-1 (ZIPF et al., 2013), 240 vezes
maior, o que demonstra a variabilidade da condutividade hidráulica da areia em
estudos que utilizam a areia como meio filtrante.
Para a brita 0, a condutividade hidráulica foi de 4,1 x 10-2 m.s-1, com um desvio
padrão de 2,8 x 10-2 m.s-1, alcançando uma permeabilidade de 4,2 x 10-9 m², com um
desvio padrão de 2,8 x 10-9 m.s-1 (Figura 21b). De acordo com a literatura encontrada,
a condutividade hidráulica da brita 0 é 9,2 x 10-2 m.s-1, duas vezes maior que o obtido
com a brita utilizada como camada reservatório (BRASIL; MATOS, 2008).
56
3,5E-09
a)
3,0E-09
2,5E-09
QLµ/A (N)
2,0E-09
1,5E-09
1,0E-09
5,0E-10
0,0E+00
0 200 400 600 800 1.000 1.200
Diferença de pressão (Pa)
2,5E-06
b)
2,0E-06
QLµ/A (N)
1,5E-06
1,0E-06
5,0E-07
0,0E+00
0 200 400 600 800 1.000 1.200
Diferença de pressão (Pa)
Para a turbidez e cor aparente os dois efeitos, método e vazão, separadamente foram
significativos, enquanto que para o pH somente a vazão. Para melhor visualização
das diferenças, aplicou-se o teste de Tukey, realizando a comparação por método e
por vazão separadamente, uma vez que não houve interação entre eles, para a
turbidez (Figura 22) e cor aparente (Figura 23), e o comparativo de vazão para o pH
(Figura 24).
verificado para o método de Ngu para o qual variar a vazão não implica em diferença
significativa na remoção da turbidez (Figura 22b).
Figura 22 – Teste de Tukey para remoção de turbidez a partir: a) dos métodos de execução do
concreto permeável, b) das vazões aplicadas.
100
a)
90
80
Remoção de turbidez (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
ACI.50 Ngu.50 Zhe.50 ACI.33 Zhe.33 Ngu.33 ACI.17 Zhe.17 Ngu.17
100
90
b)
80
Remoção de turbidez (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
ACI.33 ACI.17 ACI.50 Zhe.33 Zhe.17 Zhe.50 Ngu.33 Ngu.17 Ngu.50
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
Ngu variar a vazão não aporta diferença significativa na remoção de cor e que para a
vazão de 33 mL.min-1, a remoção de turbidez foi significativamente maior que as
demais vazões para o método de Zhe.
Figura 23 – Teste de Tukey para remoção de cor aparente a partir: a) dos métodos de execução
do concreto permeável, b) das vazões aplicadas.
100
a)
90
Remoção de cor aparente (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
ACI.50 Ngu.50 Zhe.50 ACI.33 Zhe.33 Ngu.33 ACI.17 Zhe.17 Ngu.17
100
b)
90
Remoção de cor aparente (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
ACI.33 ACI.17 ACI.50 Zhe.33 Zhe.17 Zhe.50 Ngu.33 Ngu.50 Ngu.17
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
na variação do pH, porém não se estabelece uma mesma tendência para os dois
métodos (Figura 24).
Figura 24 – Teste de Tukey para a variação de pH a partir das vazões aplicadas no pavimento
com concreto permeável sem compactação.
0,5
0,4
Variação de pH
0,3
0,2
0,1
0,0
ACI.33 ACI.17 ACI.50 Zhe.50 Zhe.17 Zhe.33Ngu.50Ngu.17Ngu.33
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
1,4
1,2
Variação de pH
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
Ngu.50 Ngu.17 Ngu.33 Zhe.17 ACI.50 ACI.33 Zhe.50 ACI.17 Zhe.33
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
Figura 26 – Teste de Tukey para valor de pH no efluente do pavimento permeável com concreto
permeável compactado.
9,2
9,0
8,8
8,6
8,4
8,2
pH
8,0
7,8
7,6
7,4
7,2
Ngu.50 Ngu.17 Ngu.33 Zhe.33 ACI.33 Zhe.50 ACI.50 Zhe.17 ACI.17
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
100
a)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
b)
Remoção de turbidez (%)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
c)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
66
100
a)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
b)
Remoção de turbidez (%)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
c)
80
60
40
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
67
superiores a 100 mg Pt Co . L-1 são considerados altos, o que dificulta sua remoção.
Em todos os experimentos os valores de cor aparente para o escoamento superficial
bruto foram superiores a 220 mg Pt Co . L-1, com uma média de 381,2 mg Pt Co . L-1,
ou seja, quase quatro vezes acima do valor considerado alto para a concentração de
cor aparente.
69
Figura 29 – Remoção de cor aparente no pavimento permeável com concreto permeável sem
compactação para as três vazões (média e desvio padrão) para o método de dosagem do
concreto permeável: a) do ACI, b) de Zhe, c) de Ngu.
100
a)
80
60
40
20
-20
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
Pt Co . L(-1%))
b)
80
(mgaparente
60
de cor
40
Cor aparente
20
Remoção
-20
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
c)
80
60
40
20
-20
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
70
100
a)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
b)
Remoção de cor aparente (%)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
100
c)
80
60
40
20
0
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
71
implica que seus poros também serão menores e em uma maior quantidade de poros
que contribui para o aumento da área superficial por unidade de volume
(SUMANASOORIYA; NEITHALATH, 2011). Dessa forma, o aumento do pH do
escoamento superficial com o método Ngu compactado pode ser decorrente do
tamanho do agregado que gera poros menores, uma maior área superficial, e
consequentemente tem-se um maior contado do escoamento superficial com a
camada de concreto permeável alcalina, acarretando no aumento significativo do pH.
De acordo com a literatura, o pH do escoamento superficial, após a percolação
em pavimento de concreto permeável, permanece na faixa de 6 a 8,8 (BROWN;
BORST, 2015; NNADI et al., 2015). Resultados que estão de acordo com o obtido
para todos os métodos com e sem compactação. Apesar de o método Ngu
compactado apresentar em 4 experimentos, com a vazão de 50 mL.min-1, valores de
pH entre 9 e 9,2 estes resultados se encontram dentro da faixa de pH da literatura
apresentada para colunas de concreto permeável (9 a 12) (LUCK et al., 2008;
SHABALALA et al., 2017). Como a diferença é pequena, em relação a faixa de 6 a
8,8, considerou-se que está de acordo com os pavimentos permeáveis de concreto
permeável (BROWN; BORST, 2015; NNADI et al., 2015).
Os resultados obtidos neste estudo também se esquadram com a resolução n.
357 (CONAMA, 2005), que define os padrões de classificação de águas doces, que
podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano (após tratamento), à
recreação, à irrigação, à aquicultura e à atividade de pesca, e com a resolução n. 430
com os valores padrões para o lançamento de efluentes em corpos d’água (CONAMA,
2011)
73
1,6
1,4 a)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
1,6
1,4 b)
1,2
1,0
Variação do pH
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
1,6
1,4
c)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
74
1,6
a)
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
1,6
b)
1,4
1,2
Variação do pH
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
1,6
1,4 c)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8
Experimentos
Métodos: ACI - American Concrete Institute (2010); Zhe - Zheng, Chen e Wang (2012); Ngu - Nguyen
et al. (2014). Vazões: 17 mL.min-1; 33 mL.min-1; 50 mL.min-1.
Fonte: Autora (2018).
75
0,020
0,015
0,010
0,005
0,000
ACI.C Zhe.C Ngu.C
5000 b)
Coliformes totais (UFC.(100 mL)-1)
4000
3000
2000
1000
0
ACI.C Zhe.C Ngu.C
5
c)
4
Concentração de óleos e graxas
3
(mg.L-1)
0
ACI.C Zhe.C Ngu.C
Métodos: ACI.C - American Concrete Institute – compactado (2010); Zhe.C - Zheng, Chen e Wang -
compactado (2012); Ngu.C - Nguyen et al. – compactado (2014).
Fonte: Autora (2018).
79
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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