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ADOLFO WAGNER
GEKBEDE DANTAS DA SILVA
JOANA D’ARC DE SOUZA CAVALCANTI
MARIA BETÂNIA DA SILVA DANTAS
MARIA SALETE RODRIGUES DA SILVA
João Pessoa
2012
LEANDRO JOSÉ DOS SANTOS (Org.)
MÁRCIO VICTOR DE SENA DINIZ (Org.)
ADOLFO WAGNER
GEKBEDE DANTAS DA SILVA
JOANA D’ARC DE SOUZA CAVALCANTI
MARIA BETÂNIA DA SILVA DANTAS
MARIA SALETE RODRIGUES DA SILVA
João Pessoa
2012
C222g Vários autores.
54f.; 30 cm
Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus João
Pessoa.
Bibliografia
1. Trabalho de Conclusão de Curso 2. Relatório 3. Relatório
I. Título
CDU — 000.000.0
AGRADECIMENTOS
Este trabalho não seria possível sem o apoio e incentivo de algumas pessoas. Não
teríamos concluído o texto sem o empenho dos professores e professoras das disciplinas de
Fundamentos da Metodologia Científica e Metodologia da Pesquisa Científica, da
Coordenação de Ciências Humanas e suas Tecnologias (CCHT) do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus João Pessoa. A todos somos gratos pelo
trabalho desenvolvido durante a feitura deste manual.
Agradecimentos especiais são devidos às professoras Daniela Oliveira Silveira e
Josali do Amaral, com as quais compartilhamos a autoria deste texto.
Aos professores Adolfo Wagner, Joana D’Arc de Souza Cavalcanti, Maria Betânia da
Silva Dantas e Maria Salete Rodrigues da Silva somos gratos pelo lançamento das linhas
iniciais deste manual. Aos escritos iniciais somaram-se as contribuições dos professores
Gekbede Dantas da Silva, Leandro José dos Santos e Marcio Victor de Sena Diniz.
RESUMO
O Relatório de Estágio Curricular é um documento que pode ser apresentado como Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), por isso ele deve ser estruturado respeitando-se algumas
regras. Essas regras são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Cada um dos elementos do trabalho acadêmico possui especificidades estabelecidas pelas
normas técnicas da ABNT. Observando a NBR 10719/2011, que estabelece as normas para
elaboração do relatório acadêmico-científico, este texto representa um exemplo de como deve
ser a estrutura de um relatório acadêmico.
Palavras-chave: Trabalho de conclusão de curso. Relatório. Texto acadêmico. Estrutura.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 9
2 O RELATÓRIO ACADÊMICO-CIENTÍFICO ...................................................................................... 11
2.1 FORMATAÇÃO GERAL ............................................................................................................................ 12
2.2 FORMATAÇÃO DAS SEÇÕES ................................................................................................................... 13
2.3 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ ............................................................................................................. 14
2.3.1 Citações ........................................................................................................................................... 15
2.3.1.1 Citação direta ..........................................................................................................................................16
2.3.1.1.1 Citações diretas de até três linhas .......................................................................................................17
2.3.1.1.2 Citações diretas com mais de três linhas ............................................................................................17
2.3.1.2 Citação indireta .......................................................................................................................................18
2.3.1.3 Citação de citação - apud.........................................................................................................................19
2.3.2 Notas de rodapé ............................................................................................................................... 20
3 A ESTRUTURA DO RELATÓRIO.......................................................................................................... 22
3.1 PARTE EXTERNA ................................................................................................................................... 22
3.1.1 Capa e lombada ............................................................................................................................... 22
3.2 PARTE INTERNA .................................................................................................................................... 23
3.2.1 Folha de rosto.................................................................................................................................. 25
3.2.2 Errata .............................................................................................................................................. 26
3.2.3 Agradecimentos ............................................................................................................................... 27
3.2.4 Resumo na língua vernácula ........................................................................................................... 28
3.2.5 Lista de ilustrações ........................................................................................................................... 29
3.2.6 Lista de tabelas ................................................................................................................................ 29
3.2.7 Lista de abreviaturas e siglas .......................................................................................................... 30
3.2.8 Lista de símbolos ............................................................................................................................. 30
3.2.9 Sumário............................................................................................................................................ 32
3.3 ELEMENTOS TEXTUAIS .......................................................................................................................... 32
3.3.1 Introdução ....................................................................................................................................... 33
3.3.2 Desenvolvimento .............................................................................................................................. 33
3.3.3 Conclusões ....................................................................................................................................... 34
3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS .................................................................................................................. 35
3.4.1 Referências ...................................................................................................................................... 35
3.4.1.1 Elementos de uma referência ..................................................................................................................37
3.4.1.1.1 A autoria e as formas de entrada.........................................................................................................38
3.4.1.2 Elementos e sintaxe da uma referência conforme o suporte documental.................................................41
3.4.1.2.1 Monografia no todo ............................................................................................................................41
3.4.1.2.2 Parte de monografia ............................................................................................................................43
3.4.1.2.3 Publicação periódica...........................................................................................................................45
3.4.1.2.4 Imagem em movimento ......................................................................................................................47
3.4.1.2.5 Documento cartográfico .....................................................................................................................47
3.4.1.2.6 Documento sonoro .............................................................................................................................48
3.4.1.2.7 Partitura ..............................................................................................................................................48
3.4.1.2.8 Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico ........................................................................49
3.4.2 Glossário ......................................................................................................................................... 49
3.4.3 Apêndice .......................................................................................................................................... 49
3.4.4 Anexo ............................................................................................................................................... 50
3.4.5 Índice ............................................................................................................................................... 50
3.4.6 Formulário de identificação ............................................................................................................ 52
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 53
9
1 APRESENTAÇÃO
suscitadas durante a elaboração de um texto acadêmico. Por isso, alertamos, desde já, que
pode ocorrer de um ou outro estudante não conseguir encontrar todas as respostas aqui. Caso
isso ocorra, sugerimos que recorram a outras instâncias: buscar ajuda com os professores e/ou
orientadores, consultar a bibliografia específica, etc.
O texto está estruturado em duas grandes partes. Na primeira parte discutimos as
especificidades do relatório acadêmico-científico. Definimos o que é um relatório e
argumentamos sobre a importância desse documento na formação do estudante. Ainda nessa
parte abordamos a estrutura formal de um texto desse tipo e discutimos os elementos que
distinguem os trabalhos acadêmicos dos demais tipos de texto. A seção sobre citações é
fundamental para compreendermos que o conhecimento científico é, também, um
conhecimento criado e partilhado socialmente. Ele não nasce do vazio, mas do diálogo entre o
que se cria aqui e agora e o que foi criado além e outrora. Isso porque o texto acadêmico é um
texto referenciado e utiliza conhecimentos já sistematizados.
Na segunda parte apresentamos detalhadamente todas as partes e respectivos
elementos de um relatório acadêmico-científico. Ao ler essa parte do manual, o estudante
saberá que o seu relatório deve possuir duas partes: uma externa e outra interna. Cada uma
dessas partes possui os seus respectivos elementos e cada elemento possui as suas respectivas
funções, informações e formatações. Veremos que a parte externa inclui capa e lombada e a
parte interna é subdividida em três categorias de elementos: pré-textuais, textuais e pós-
textuais, cada uma dessas categorias possui elementos específicos, os quais serão abordados
um a um em nosso manual. O subcapítulo mais enfadonho dessa parte será a discussão sobre
referências, que é um tema gerador de muitas dúvidas nos estudantes – e nos professores
também. Por último, apresentamos as considerações finais e as referências utilizadas.
Para concluir esta apresentação, desejamos que a leitura deste manual seja proveitosa.
11
2 O RELATÓRIO ACADÊMICO-CIENTÍFICO
Todo pesquisador deve saber que o empreendimento científico não termina com a
consumação da investigação. Após a coleta, sistematização, análise e/ou interpretação de
dados, ainda é preciso apresentar os resultados em forma de tese, dissertação, monografia,
artigo científico ou relatório.
A etapa de elaboração do trabalho final é o momento em que exercitamos a nossa
capacidade de expressão na forma escrita e culta da língua, atentando, também, aos preceitos
estabelecidos pelas normas técnicas no tocante à estrutura desses trabalhos.
Nas instituições de ensino, a produção textual resultante de estudos emanados dos
cursos e/ou disciplinas recebe o nome de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O Relatório
de Estágio Curricular, ao ser apresentado como TCC, tem a sua forma e conteúdo regidos
pelos mesmos princípios estabelecidos aos demais trabalhos acadêmicos, respeitando-se,
evidentemente, as suas especificidades.
Por ser um documento de caráter essencialmente descritivo, é muito comum os
estudantes quererem apresentar relatórios que mais se parecem uma agenda de compromissos
ou um diário pessoal.
Mas, como dissemos acima, o relatório de estágio curricular é também um texto
acadêmico e, em razão disso, ele deve ser escrito respeitando-se os princípios estabelecidos no
mundo acadêmico, que é regido pelos preceitos da ciência. Isso quer dizer que em um
relatório acadêmico-científico deve haver, no mínimo, um diálogo entre o autor do texto que
se apresenta como TCC e uma bibliografia mínima pertinente ao objeto, fato, fenômeno, ou
processo descrito pelo pleiteante do diploma em questão.
Em razão disso, cabe ao estudante saber que toda expedição acadêmico-científica tem
como ponto de partida a formulação de um problema. Ou seja, o empreendimento científico
parte de uma questão passível de ser investigada. Isso porque nem todo problema da vida
prática pode ser transformado em um problema de pesquisa. Assim, para se formular um
problema de pesquisa científica, é preciso levantar uma questão para a qual se buscará uma
resposta, que será encontrada através de procedimentos investigativos baseados na observação
e experimentação e analisada à luz de uma teoria.
A problemática destaca a orientação que será dada ao problema e pode ser formulada
sob a forma de pergunta, que, ao término de toda expedição acadêmico-científica, deve ser
respondida. Então, partindo da premissa de que o estágio curricular é, também, uma atividade
acadêmica stricto sensu, não pode o estudante furtar-se da responsabilidade de apresentar à
12
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É patente dizer que o conhecimento não é criado no vácuo. Nada nasce no vazio. O
conhecimento científico também segue esse mesmo raciocínio, pois é um tipo de
15
2.3.1 Citações
a) Direta;
b) Indireta;
c) Citação de citação.
autoria, a data de publicação do documento e manter o sentido original daquilo que foi dito
pelo autor consultado, a paginação, neste caso, é opcional.
A citação de citação (apud, que significa citado por, segundo, conforme), que pode ser
direta ou indireta, é uma citação da qual o autor não teve acesso direto ao texto original, mas
por intermédio de outro documento, elaborado por um terceiro. Nesse tipo de citação,
devemos informar não só o documento do qual foram retirados os trechos transcritos, mas
também a autoria do trecho citado. Esta última informação é fornecida pelo autor que cita.
Observe que antes de utilizarmos essa citação, convocamos o próprio autor para
pronunciar a sua tese, trata-se, pois, de uma citação direta. Conforme as regras determinadas
para a chamada, poderíamos ter utilizado a citação e, em seguida, determinar a sua autoria,
sem a necessidade de convocar o autor para pronunciá-la. Vejamos:
Figura 4 – Exemplo de citação direta com até três linhas
“o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas maneiras de organizar e controlar o
espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e o espaço para os próprios fins”.
(THOMPSON, 1999, p. 29).
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011, p. 33.
Perceba que muda não só a forma de entrada da citação, mas também a maneira como
ela é referenciada no texto. No primeiro caso, a entrada da citação foi feita com o nome do
autor fora dos parênteses, posto que o convocamos para se pronunciar. No segundo caso, a
referência foi colocada dentro dos parênteses, após a citação, pois não convocamos o autor
para se pronunciar, apenas informamos que aqueles dizeres possuem uma autoria
determinada. Como ambas as entradas são citações diretas, devemos informar a autoria, data
17
de publicação e o número da página de onde o trecho foi retirado (AUTOR, DATA, p.). Se o
nome do autor estiver dentro dos parênteses, este deve ser escrito em caixa alta (letras
maiúsculas). Sempre que fizermos uma citação, não podemos deixar de registrar o documento
citado na lista de referências.
As citações diretas com até três linhas devem ser incorporadas no mesmo parágrafo
onde desenvolvemos a argumentação, contidas entre aspas duplas (veja os exemplos abaixo).
As aspas simples são utilizadas para indicar citações dentro de citações.
Figura 5 – Exemplo de citação direta com até três linhas
Segundo Thompson (1999, p. 29) “o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas
maneiras de organizar e controlar o espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e
o espaço para os próprios fins”. Conforme o autor, a alteração das condições espaço-
temporal também provocou transformações nas condições de espaço e tempo sob as quais
os indivíduos exercem influencia e poder.
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011a, p. 33.
Figura 6 – Exemplo de citação direta com até três linhas
“o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas maneiras de organizar e controlar o
espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e o espaço para os próprios fins”.
(THOMPSON, 1999, p. 29). Conforme o autor, a alteração das condições espaço-temporal
também provocou transformações nas condições de espaço e tempo sob as quais os
indivíduos exercem influencia e poder.
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011a, p. 33.
As citações diretas com mais de três linhas, ao contrário das citações diretas de até três
linhas, não são incorporadas ao mesmo parágrafo. Neste caso, devemos inseri-las em
parágrafo independente, destacando-as com um recuo de 4 cm da margem esquerda. Além do
recuo, nesse tipo de citação utilizamos uma letra menor que a utilizada no texto e não
empregamos as aspas (Figura 7). Apesar de a norma não estabelecer o distanciamento entre a
18
Da mesma maneira como ocorrem com as citações diretas, as chamadas das citações
indiretas também devem ser feitas em letra maiúscula e minúscula, pelo sobrenome do autor,
pela instituição responsável ou título incluído na sentença (quando estiverem dentro dos
parênteses, as chamadas devem ser feitas em caixa alta). Nas citações indiretas não existe a
obrigatoriedade de informamos o número da página, apenas a data de publicação.
A diferença fundamental entre as citações diretas e indiretas está no fato de as
primeiras serem transcrições literais dos textos consultados ao passo que as do segundo tipo
são textos de nossa própria autoria, mas elaborados a partir de ideias, argumentos e/ou teorias
de outros autores. Contudo, apesar de podermos “traduzir” e/ou interpretar os nossos autores,
devemos manter o sentido daquilo que eles dizem. Vejamos:
Figura 8 – Exemplo de citação indireta
Conforme vimos nas citações diretas, as citações indiretas também devem ser
incorporadas no parágrafo e também podemos convocar o autor para explicitar as suas ideias.
Observe que sempre que o nome do autor estiver dentro dos parênteses, ele deve ser escrito
em caixa alta. Vejamos outras maneiras de utilizarmos a mesma citação apresentada acima.
Figura 9 – Exemplo de citação indireta
A citação de citação pode ser redigida tanto nos moldas da citação direta quanto nos
moldes da citação indireta. Esse tipo de citação é empregado quando somos impossibilitados
de acessar o documento original. Isso porque, seguindo as regras da metodologia da pesquisa
bibliográfica, sempre que encontramos uma fonte que nos interessa, devemos examiná-la no
original, para evitarmos uma leitura enviesada, pré-interpretada, de segunda mão. Mas pode
ocorrer não conseguirmos acesso ao original, neste caso podemos utilizar trechos encontrados
em outras obras.
Quando o acesso ao original for impossível de ser realizado, referenciamos que o
trecho citado fora citado por outro autor. Evidenciamos esse recurso utilizando a palavra
apud, que significa citado por. Ou seja, quando utilizamos o apud, estamos dizendo ao nosso
leitor que aquilo que está sendo dito foi retirado de um texto que chegou ao nosso
conhecimento por intermédio de um terceiro. Dito de outra maneira, trata-se de uma citação
que já foi utilizada por outra pessoa e nós apenas a reproduzimos. Vejamos alguns exemplos:
20
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da
esquerda para a direita de forma linear.
Fonte: Extraído de NBR 10520, 2002b, p. 6.
Nos exemplos acima, tanto Abreu, quanto Vianna e Gough foram citados, por Mira,
Segatto e Nardi, respectivamente. Esses exemplos revelam que os autores dessas frases não
tiveram acesso aos trabalhos dos primeiros, mas dos últimos, que utilizaram trechos dos
primeiros. Esses trechos, por sua vez, foram utilizados pelos autores dos enxertos acima.
Outra observação deve ser feita sobre a citação da Figura 14. Perceba que nela não consta a
referência completa de Abreu. A razão para que isso tenha ocorrido é que a citação daquele
autor foi obtida por meio de entrevista. Apesar disso, é preciso marcar que a citação não
pertence à Mira, mas a Abreu.
Cabe dizer que os exemplos acima não esgotam todas as possibilidades de uso de
citações. Abordamos aqui apenas os tipos mais utilizados, para um conhecimento mais
profundo das normas de utilização de citações, consultar a ABNT NBR 10520:2002.
que serão abordadas nas seções seguintes, seja pelo autor, tradutor ou editor do texto e
apresentadas no rodapé da página ou no fim de capítulos1.
As notas de rodapé são de dois tipos:
1
Inserimos essa nota para chamar a atenção sobre a sua formatação e localização. Observe que a fonte utilizada
aqui é menor (tamanho 10) que a utilizada no texto principal (tamanho 12). O espaçamento entre linhas é simples
e o texto deve ser justificado. Para toda e qualquer nota de rodapé deve haver indicativo numérico que remeta à
nota em questão. As notas de rodapé são utilizadas para explicar termos citado no texto, mas cuja explicação no
corpo de texto principal não seria pertinente. Assim, utilizam-se as notas de rodapé para realizar tais
esclarecimentos.
22
3 A ESTRUTURA DO RELATÓRIO
A parte externa é formada pela capa e pela lombada. Além proteger o texto, a capa e
a lombada são os primeiros elementos informativos do trabalho acadêmico. Nelas devem ser
23
etc.). Alguns elementos fornecem um panorama geral sobre o conteúdo do trabalho (resumo,
sumário). Nas páginas seguintes falaremos sobre cada um dos elementos que compõem essa
categoria, mas, até lá, vejamos quais são esses elementos:
Introdução (Obrigatório);
Desenvolvimento (Obrigatório);
Conclusão (Obrigatório).
Referências (obrigatório);
Glossário (opcional);
Apêndice (opcional);
Anexo (opcional);
Índice (opcional).
25
3.2.2 Errata
3.2.3 Agradecimentos
O resumo é a síntese de todo o trabalho científico. Deve ser um texto sintético que
aborde as ideias principais do trabalho, permitindo que se tenha uma visão sucinta do todo.
O resumo é redigido em parágrafo único, mas sem a entrada de parágrafo. Deve ser
escrito na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa e possuir 150 a 500 palavras.
O uso de citações, símbolos, fórmulas, equações e diagramas devem ser evitados em resumos.
Abaixo do resumo são colocadas as palavras-chave, separadas por ponto. A folha de
resumo deve receber título em caixa alta e centralizado, tal como fizemos com a folha de
agradecimentos. Acompanhe modelo abaixo (Figura 22).
Trata-se de um elemento opcional, mas que deve ser utilizada sempre que houver
ilustrações no texto. Os itens da lista devem ser apresentados na mesma ordem em que
aparecem no corpo do relatório, acompanhados por seus respectivos nomes e número da
página. Conforme o caso, recomenda-se a elaboração de listas específicas para cada tipo de
ilustração (gráficos, desenhos, esquemas, fluxogramas, imagens, mapas, quadros, etc.). No
corpo do TCC, as ilustrações devem ser numeradas e possuir um título que as identifique,
conforme podemos visualizar nas ilustrações deste trabalho, onde cada ilustração recebeu um
número e um nome.
Estatística (IBGE, 1993). Apesar de este relatório-modelo não apresentar nenhuma tabela, é
possível visualizar o modelo de lista de tabelas na figura abaixo (Figura 24).
3.2.9 Sumário
3.3.1 Introdução
3.3.2 Desenvolvimento
necessárias. Contudo, o assunto deve ser cuidadosamente distribuído ao longo do texto para
que o trabalho seja apresentado de forma coerente e o texto coeso.
O ideal é que o desenvolvimento tenha, pelo menos, três partes: uma primeira seção
discutindo os pressupostos teóricos, onde também podemos realizar a revisão bibliográfica;
outra seção onde apresentamos o quadro empírico da pesquisa; e uma terceira parte, onde
devemos problematizar os resultados encontrados, à luz do quadro teórico inicialmente
delineado.
Aqui deve está contida a fundamentação lógica, sistemática e metódica de todo o
conteúdo desenvolvido durante o estágio curricular. O embasamento teórico é necessário a
toda pesquisa, inclusive ao estágio. Nele apresenta-se a teoria, a revisão bibliográfica e a
definição dos conceitos e das categorias analíticas que dará sustentação as observações de
campo.
Já o detalhamento dos resultados das observações feitas em campo, cuja experiência
deverá ser confrontada, analisada e/ou interpretada a partir da fundamentação teórica
utilizada. Na discussão dos resultados do estudo realizado no estágio, realizamos, também,
um relato das observações de campo, no qual se faz uma análise crítica e a discussão da
experiência de estágio. O confronto de que falamos é, na verdade, uma comparação entre o
observado/vivenciado e a teoria, com o propósito de confirmar os objetivos propostos.
3.3.3 Conclusões
Os elementos pós-textuais são aqueles alocados após as conclusões, são elementos que
complementam o trabalho acadêmico, apresentando ao leitor as fontes utilizadas, tais como
livros, artigos, filmes, reportagens, músicas, bem como outros documentos utilizados na
realização do estágio curricular (questionários, formulários, documentos da empresa, etc.).
Vejamos cada um dos elementos pós-textuais.
3.4.1 Referências
Já dissemos que o trabalho acadêmico não é criado no vácuo, pois ele se apoia em
teorias sobre a estrutura e funcionamento de tudo o que nos cerca. Advém daí a ideia de que o
texto acadêmico é um texto referenciado. Em todo e qualquer trabalho acadêmico, seja ele
relatório acadêmico-científico, monografia, artigo científico, dissertação, tese, etc., as
referências constituem um elemento obrigatório.
Conforme a ABNT (2011, p. 3), referências é um “conjunto padronizado de elementos
descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual.” Dito de
outra maneira, as referências são um grupo de informações que permitem a identificação de
uma obra. Elas revelam as fontes (livros, dissertações, teses, artigos, sites, arquivos diversos,
etc.) utilizadas durante a pesquisa bibliográfica e citadas ao longo do trabalho.
As referências geralmente são reveladas através de uma lista das fontes consultadas
(livros, revistas, teses, sites de internet, etc.), organizada em ordem alfabética e com entrada
pelo sobrenome do autor. Elas são alocadas após os elementos textuais. Mas não estamos
falando de uma lista qualquer, pois ela deve permitir que o leitor consiga, por si só, localizar
as fontes onde quer que elas estejam. Ou seja, cada uma das entradas da lista de referências
36
Uma lista de referências não pode ser confundida com a bibliografia sobre um tema.
Esta é um levantamento da literatura especializada no mesmo assunto, ao passo que aquela é
uma listagem das obras efetivamente utilizadas na construção do relatório.
Comparando cada entrada da lista de referências a um endereço de fontes, cabe dizer
que cada tipo de entrada possui uma sintaxe própria. A pontuação utilizada nas referências é
regida por um padrão internacional, que estabelece uma uniformidade para todas as entradas.
As abreviaturas são normatizadas conforme a NBR 10522. Isso significa que existe uma
37
ordem de apresentação dos elementos de uma referência. Esse sequenciamento não pode ser
quebrado.
Documento de autoria atribuída a uma única pessoa. A entrada é iniciada pelo último
sobrenome, em caixa alta, seguido pelos prenomes em maiúscula e minúscula (abreviados ou
por extenso). Emprega-se vírgula entre o sobrenome e o prenome.
39
Exemplo:
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 19992.
Exemplo:
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido comunista. São Paulo:
Paz e Terra, 1999.
Exemplo:
GOMES, Carlos Minayo. et al. Trabalho e conhecimento: dilemas na educação do
trabalhador. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1987.
Sobrenome espanhol:
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. El general en su laberinto. Habana: Casa de las
Américas, 1989.
2
A maioria dos exemplos de referências aqui utilizados foi extraída da NBR 6023.
40
Os trabalhos com autoria desconhecida ou não assinados devem ter a entrada feita
diretamente pelo título da publicação. O termo anônimo não pode ser utilizado para
determinar a autoria. Como a entrada é feita pelo próprio título, a primeira palavra
significativa do título escreve-se em caixa alta.
Exemplo:
DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1993.
Exemplo:
SILVA, Tomaz Tadeu (Org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos
culturais. Petrópolis: Vozes, 2001.
Exemplos:
41
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 1986.
BRASIL. Congresso. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para Examinar a
Situação da Mulher em Todos os Setores de Atividade. Relatório, conclusões e
recomendações. Relator Lygia Lessa Bastos. Brasília, DF: Câmara dos Deputados,
Coordenação de Publicações, 1978.
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997,
Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São
Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
Exemplos:
PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: FUNDAP, 1994.
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 1986.
Exemplos.
CEDAP. Catálogo da imprensa negra (1903-1963). Disponível em:
<http://www.cedap.assis.unesp.br/cat_imprensa_negra/cat_imprensa_negra.html>.
Acesso em: 03 out. 2009.
TEIXEIRA, M. G. Revolta de Búzios ou Conjuração Baiana de 1798: uma chamada
para a liberdade. Disponível em:
<http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/revolta-dos-buzios.pdf>. Acesso
em: 05 out. 2009.
Exemplos:
PINTO, A. F. M. De pele escura e tinta preta: imprensa negra do século XIX (1833-
1899). 2006. 197f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Ciências
Humanas, Universidade de Brasília: Brasília, 2006.
43
Exemplos:
Exemplos:
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado
a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São
Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.
GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária.In: SEMINÁRIO
DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998,Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec
Treina,1998. 1 CD-ROM.
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade
total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4.,
1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife:UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.
propesq.ufpe.br/anais /anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
45
Exemplos:
SODRÉ, M. Sobre a imprensa negra. Lumina: Juiz de Fora, v.1, n.1, p.23-32, jul/dez.
1998.
SANTOS, L. J. Apontamentos sobre a identidade mediada em Raça Brasil: fragmentos
de uma imprensa negra. Revista Urutágua: Maringá, n.19, p.1-11, 2009. Disponível
em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/Urutagua/article/view/6029>.
Acesso em: 05 out. 2009.
46
Quando o documento consultado for um jornal diário ou revista semanal, é preciso ter
cuidado redobrado e fornecer informações adicionais. Além do título do periódico, é preciso
informar título do documento consultado e o título da seção, caderno ou parte da publicação a
que ele pertence, bem como se deve informar a data de publicação e paginação
correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria
precede a data.
Exemplos:
Incluem filmes, videocassetes, DVD, entre outros. Os elementos essenciais são: título,
diretor, produtor, local, produtora, data e especificação do suporte em unidades físicas.
Exemplos:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação
de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI,1983. 1 videocassete (30 min), VHS,
son., color.
Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea, entre outros. As referências devem
obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos, quando necessário. Os
48
elementos essenciais são: autor, título, local, editora, data de publicação, designação
específica e escala.
Exemplos:
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e
regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala
1:600.000.
PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa, color. Escala
indeterminável. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
Inclui disco, CD, cassete, rolo, entre outros. Os elementos essenciais são: compositor
ou intérprete(s), título, local, gravadora (ou equivalente), data e especificação do suporte.
Exemplos:
ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA
Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm,estereo., 12 pol.
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção
artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor,p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33
1/3 rpm, estéreo., 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s).
3.4.1.2.7 Partitura
Exemplos:
BARTÓK, Béla. O mandarim maravilhoso: op. 19. Wien: Universal, 1952. 1
partitura. Orquestra.
OLIVA, Marcos; MOCOTÓ, Tiago. Fervilhar: frevo. [19--?]. 1 partitura.Piano.
Disponível em: <http://openlink.br.inter.net/picolino/partitur.htm>. Acesso em: 5 jan.
2002.
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MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Version 4.1. [S.l.]:
Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM.
KOOGAN, André; HOUAISS, Antônio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98.
Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-
ROM.
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos.
[S.l.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.
VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de
Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
3.4.2 Glossário
O glossário é uma relação de palavras ou expressões que são utilizadas no texto, mas
que podem ser estranhas aos leitores leigos. Nesse item elas são acompanhadas de seus
respectivos significados (Figura 36).
3.4.3 Apêndice
3.4.4 Anexo
3.4.5 Índice
Fonte: Adaptado de NBR 10719:2011. Elaborado por Leandro José dos Santos
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SANTOS, Leandro José dos. Por dentro de espelho: reflexões sobre o feminino negro em
Raça Brasil. 2011. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Faculdade de Ciências e Letras,
Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2011a.