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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO


COORDENAÇÃO DO CURSO DE METOLODOGIA CIENTÍFICA

LEANDRO JOSÉ DOS SANTOS (Org.)


MÁRCIO VICTOR DE SENA DINIZ (Org.)

ADOLFO WAGNER
GEKBEDE DANTAS DA SILVA
JOANA D’ARC DE SOUZA CAVALCANTI
MARIA BETÂNIA DA SILVA DANTAS
MARIA SALETE RODRIGUES DA SILVA

O RELATÓRIO DE ESTÁGIO E O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:


Apresentação, Estrutura e Formatação

João Pessoa
2012
LEANDRO JOSÉ DOS SANTOS (Org.)
MÁRCIO VICTOR DE SENA DINIZ (Org.)

ADOLFO WAGNER
GEKBEDE DANTAS DA SILVA
JOANA D’ARC DE SOUZA CAVALCANTI
MARIA BETÂNIA DA SILVA DANTAS
MARIA SALETE RODRIGUES DA SILVA

O RELATÓRIO DE ESTÁGIO E O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:


Apresentação, Estrutura e Formatação

Relatório apresentado à Coordenação do Curso de


Metodologia Científica, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba –
Campus João Pessoa – como pré-requisito para a
obtenção do título de Técnico/Tecnólogo/Bacharel
em Metodologia Científica.

João Pessoa
2012
C222g Vários autores.

O trabalho de conclusão de curso: estrutura e


formatação/Leandro José dos Santos et al. – João Pessoa, 2011.

54f.; 30 cm
Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus João
Pessoa.

 Orientador: Cicrano de Muito Longe

Bibliografia
1. Trabalho de Conclusão de Curso 2. Relatório 3. Relatório
I. Título
CDU — 000.000.0
AGRADECIMENTOS

Este trabalho não seria possível sem o apoio e incentivo de algumas pessoas. Não
teríamos concluído o texto sem o empenho dos professores e professoras das disciplinas de
Fundamentos da Metodologia Científica e Metodologia da Pesquisa Científica, da
Coordenação de Ciências Humanas e suas Tecnologias (CCHT) do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus João Pessoa. A todos somos gratos pelo
trabalho desenvolvido durante a feitura deste manual.
Agradecimentos especiais são devidos às professoras Daniela Oliveira Silveira e
Josali do Amaral, com as quais compartilhamos a autoria deste texto.
Aos professores Adolfo Wagner, Joana D’Arc de Souza Cavalcanti, Maria Betânia da
Silva Dantas e Maria Salete Rodrigues da Silva somos gratos pelo lançamento das linhas
iniciais deste manual. Aos escritos iniciais somaram-se as contribuições dos professores
Gekbede Dantas da Silva, Leandro José dos Santos e Marcio Victor de Sena Diniz.
RESUMO

O Relatório de Estágio Curricular é um documento que pode ser apresentado como Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), por isso ele deve ser estruturado respeitando-se algumas
regras. Essas regras são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Cada um dos elementos do trabalho acadêmico possui especificidades estabelecidas pelas
normas técnicas da ABNT. Observando a NBR 10719/2011, que estabelece as normas para
elaboração do relatório acadêmico-científico, este texto representa um exemplo de como deve
ser a estrutura de um relatório acadêmico.
Palavras-chave: Trabalho de conclusão de curso. Relatório. Texto acadêmico. Estrutura.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Formatação do trabalho – anverso p. 14

Figura 2 - Esquema de formatação das seções p. 14

Figura 3 – Exemplo de citação direta com até três linhas p. 16

Figura 4 – Exemplo de citação direta com até três linhas p. 16

Figura 5 - Exemplo de citação direta com até três linhas p. 17

Figura 6 - Exemplo de citação direta com até três linhas p. 17

Figura 7 - Exemplo de citação direta com mais de três linhas p. 18

Figura 8 - Exemplo de citação indireta p. 18

Figura 9 - Exemplo de citação indireta p. 19

Figura 10 - Exemplo de citação indireta p. 19

Figura 11 - Exemplo de citação indireta p. 19

Figura 12 - Exemplo de citação de citação p. 20

Figura 13 - Exemplo de citação de citação p. 20

Figura 14 - Exemplo de citação de citação p. 20

Figura 15 - Exemplo de nota de rodapé explicativa p. 21

Figura 16 - Estrutura do relatório p. 22

Figura 17 - Modelo de capa p. 23

Figura 18 - Esquema de relatório e seus elementos p. 25

Figura 19 - Modelo de folha de rosto p. 26

Figura 20 - Modelo de errata p. 26

Figura 21 - Modelo de agradecimentos p. 27


Figura 22 - Modelo de resumo p. 28

Figura 23 - Modelo de lista de ilustrações p. 29

Figura 24 - Modelo de lista de tabelas p. 30

Figura 25 - Modelo de lista de siglas p. 31

Figura 26 - Modelo de lista de símbolos p. 31

Figura 27 - Modelo de sumário p. 32

Figura 28 - Modelo de lista de referências p. 36

Figura 29 - Apresentação genérica de uma referência p 38

Figura 30 - Sintaxe de uma monografia p. 42

Figura 31 - Sintaxe de trabalhos acadêmicos p. 43

Figura 32 - Sintaxe de parte de monografia p. 44

Figura 33 - Sintaxe de trabalhos em anais de eventos p. 45

Figura 34 - Sintaxe de trabalhos publicados em periódicos p. 46

Figura 35 - Sintaxe de trabalhos publicados em revista ou jornal p. 47

Figura 36 - Modelo de glossário p. 50

Figura 37 - Modelo de apêndice p. 51

Figura 38 - Modelo de anexo p. 51

Figura 39 - Modelo de formulário de identificação p. 52


LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentatória
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 9
2 O RELATÓRIO ACADÊMICO-CIENTÍFICO ...................................................................................... 11
2.1 FORMATAÇÃO GERAL ............................................................................................................................ 12
2.2 FORMATAÇÃO DAS SEÇÕES ................................................................................................................... 13
2.3 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ ............................................................................................................. 14
2.3.1 Citações ........................................................................................................................................... 15
2.3.1.1 Citação direta ..........................................................................................................................................16
2.3.1.1.1 Citações diretas de até três linhas .......................................................................................................17
2.3.1.1.2 Citações diretas com mais de três linhas ............................................................................................17
2.3.1.2 Citação indireta .......................................................................................................................................18
2.3.1.3 Citação de citação - apud.........................................................................................................................19
2.3.2 Notas de rodapé ............................................................................................................................... 20
3 A ESTRUTURA DO RELATÓRIO.......................................................................................................... 22
3.1 PARTE EXTERNA ................................................................................................................................... 22
3.1.1 Capa e lombada ............................................................................................................................... 22
3.2 PARTE INTERNA .................................................................................................................................... 23
3.2.1 Folha de rosto.................................................................................................................................. 25
3.2.2 Errata .............................................................................................................................................. 26
3.2.3 Agradecimentos ............................................................................................................................... 27
3.2.4 Resumo na língua vernácula ........................................................................................................... 28
3.2.5 Lista de ilustrações ........................................................................................................................... 29
3.2.6 Lista de tabelas ................................................................................................................................ 29
3.2.7 Lista de abreviaturas e siglas .......................................................................................................... 30
3.2.8 Lista de símbolos ............................................................................................................................. 30
3.2.9 Sumário............................................................................................................................................ 32
3.3 ELEMENTOS TEXTUAIS .......................................................................................................................... 32
3.3.1 Introdução ....................................................................................................................................... 33
3.3.2 Desenvolvimento .............................................................................................................................. 33
3.3.3 Conclusões ....................................................................................................................................... 34
3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS .................................................................................................................. 35
3.4.1 Referências ...................................................................................................................................... 35
3.4.1.1 Elementos de uma referência ..................................................................................................................37
3.4.1.1.1 A autoria e as formas de entrada.........................................................................................................38
3.4.1.2 Elementos e sintaxe da uma referência conforme o suporte documental.................................................41
3.4.1.2.1 Monografia no todo ............................................................................................................................41
3.4.1.2.2 Parte de monografia ............................................................................................................................43
3.4.1.2.3 Publicação periódica...........................................................................................................................45
3.4.1.2.4 Imagem em movimento ......................................................................................................................47
3.4.1.2.5 Documento cartográfico .....................................................................................................................47
3.4.1.2.6 Documento sonoro .............................................................................................................................48
3.4.1.2.7 Partitura ..............................................................................................................................................48
3.4.1.2.8 Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico ........................................................................49
3.4.2 Glossário ......................................................................................................................................... 49
3.4.3 Apêndice .......................................................................................................................................... 49
3.4.4 Anexo ............................................................................................................................................... 50
3.4.5 Índice ............................................................................................................................................... 50
3.4.6 Formulário de identificação ............................................................................................................ 52
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 53
9

1 APRESENTAÇÃO

Este texto é produto do trabalho coletivo dos professores e professoras da


Coordenação de Ciências Humanas e suas Tecnologias (CCHT), que ministram as disciplinas
Fundamentos da Pesquisa Científica e Metodologia da Pesquisa Cientifica no Instituto
Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus João Pessoa (IFPB).
O conteúdo aqui apresentado foi elaborado a partir daquilo que dispõem os preceitos
da metodologia científica sobre a elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos. Trata-
se, pois, de um manual para elaboração de textos acadêmicos. Mais precisamente, o que
temos aqui é um manual para elaboração de relatórios acadêmico-científicos.
Mas esse não é um manual como aqueles que estamos acostumados a ver, isso porque
a maioria dos manuais é elaborada pensando apenas na exposição do conteúdo. No nosso
caso, a preocupação extrapolou a mera exibição didática do teor do manual, fomos mais longe
e preparamos um material cujo aspecto físico – a forma – dialoga intimamente com o
conteúdo apresentado. Isso quer dizer que a própria configuração das páginas; os recursos
ilustrativos utilizados; o tamanho da folha; o tipo, tamanho e a cor da fonte empregada, bem
como a maneira como dividimos e subdividimos o texto, entre outros elementos, constituem
também a essência deste manual.
Evidentemente que – como todo e qualquer manual – este também apresenta seções
específicas para cada elemento que ele se propõe explicar. Pois não é possível elaborar um
manual sem fugir à sua estrutura formal. Da mesma maneira como não é possível escrever um
trabalho acadêmico deixando de lado os princípios que regem a sua formatação. Mas o que
temos aqui é um documento que se propõe abordar o seu objeto desde a sua aparência até a
sua essência.
Ou seja, trata-se de um manual que ensina a elaborar um relatório acadêmico-
científico, mas que não tem a cara de um manual stricto sensu. Pois as feições aqui
apresentadas são de um relatório acadêmico-científico, que é o objeto do próprio manual.
Assim, será possível ao estudante, a partir do conteúdo abordado, verificar na própria
configuração deste documento como deve ser a estrutura final de seu relatório acadêmico-
científico.
A intenção dos autores é que o próprio manual seja utilizado como protótipo na
elaboração relatórios acadêmico-científicos, no âmbito do IFPB. Porém, cumpre dizer que não
foi nosso propósito esgotar todas as possiblidades proporcionadas pelo tema. O que
abordamos são questões básicas, que atendem genericamente a um conjunto de questões
10

suscitadas durante a elaboração de um texto acadêmico. Por isso, alertamos, desde já, que
pode ocorrer de um ou outro estudante não conseguir encontrar todas as respostas aqui. Caso
isso ocorra, sugerimos que recorram a outras instâncias: buscar ajuda com os professores e/ou
orientadores, consultar a bibliografia específica, etc.
O texto está estruturado em duas grandes partes. Na primeira parte discutimos as
especificidades do relatório acadêmico-científico. Definimos o que é um relatório e
argumentamos sobre a importância desse documento na formação do estudante. Ainda nessa
parte abordamos a estrutura formal de um texto desse tipo e discutimos os elementos que
distinguem os trabalhos acadêmicos dos demais tipos de texto. A seção sobre citações é
fundamental para compreendermos que o conhecimento científico é, também, um
conhecimento criado e partilhado socialmente. Ele não nasce do vazio, mas do diálogo entre o
que se cria aqui e agora e o que foi criado além e outrora. Isso porque o texto acadêmico é um
texto referenciado e utiliza conhecimentos já sistematizados.
Na segunda parte apresentamos detalhadamente todas as partes e respectivos
elementos de um relatório acadêmico-científico. Ao ler essa parte do manual, o estudante
saberá que o seu relatório deve possuir duas partes: uma externa e outra interna. Cada uma
dessas partes possui os seus respectivos elementos e cada elemento possui as suas respectivas
funções, informações e formatações. Veremos que a parte externa inclui capa e lombada e a
parte interna é subdividida em três categorias de elementos: pré-textuais, textuais e pós-
textuais, cada uma dessas categorias possui elementos específicos, os quais serão abordados
um a um em nosso manual. O subcapítulo mais enfadonho dessa parte será a discussão sobre
referências, que é um tema gerador de muitas dúvidas nos estudantes – e nos professores
também. Por último, apresentamos as considerações finais e as referências utilizadas.
Para concluir esta apresentação, desejamos que a leitura deste manual seja proveitosa.
11

2 O RELATÓRIO ACADÊMICO-CIENTÍFICO

Todo pesquisador deve saber que o empreendimento científico não termina com a
consumação da investigação. Após a coleta, sistematização, análise e/ou interpretação de
dados, ainda é preciso apresentar os resultados em forma de tese, dissertação, monografia,
artigo científico ou relatório.
A etapa de elaboração do trabalho final é o momento em que exercitamos a nossa
capacidade de expressão na forma escrita e culta da língua, atentando, também, aos preceitos
estabelecidos pelas normas técnicas no tocante à estrutura desses trabalhos.
Nas instituições de ensino, a produção textual resultante de estudos emanados dos
cursos e/ou disciplinas recebe o nome de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O Relatório
de Estágio Curricular, ao ser apresentado como TCC, tem a sua forma e conteúdo regidos
pelos mesmos princípios estabelecidos aos demais trabalhos acadêmicos, respeitando-se,
evidentemente, as suas especificidades.
Por ser um documento de caráter essencialmente descritivo, é muito comum os
estudantes quererem apresentar relatórios que mais se parecem uma agenda de compromissos
ou um diário pessoal.
Mas, como dissemos acima, o relatório de estágio curricular é também um texto
acadêmico e, em razão disso, ele deve ser escrito respeitando-se os princípios estabelecidos no
mundo acadêmico, que é regido pelos preceitos da ciência. Isso quer dizer que em um
relatório acadêmico-científico deve haver, no mínimo, um diálogo entre o autor do texto que
se apresenta como TCC e uma bibliografia mínima pertinente ao objeto, fato, fenômeno, ou
processo descrito pelo pleiteante do diploma em questão.
Em razão disso, cabe ao estudante saber que toda expedição acadêmico-científica tem
como ponto de partida a formulação de um problema. Ou seja, o empreendimento científico
parte de uma questão passível de ser investigada. Isso porque nem todo problema da vida
prática pode ser transformado em um problema de pesquisa. Assim, para se formular um
problema de pesquisa científica, é preciso levantar uma questão para a qual se buscará uma
resposta, que será encontrada através de procedimentos investigativos baseados na observação
e experimentação e analisada à luz de uma teoria.
A problemática destaca a orientação que será dada ao problema e pode ser formulada
sob a forma de pergunta, que, ao término de toda expedição acadêmico-científica, deve ser
respondida. Então, partindo da premissa de que o estágio curricular é, também, uma atividade
acadêmica stricto sensu, não pode o estudante furtar-se da responsabilidade de apresentar à
12

instituição de ensino um TCC condizente com os princípios da investigação científica


hodierna. Negligenciar isso significa vacilar em sua própria formação escolar.
Além disso, em um relatório acadêmico de qualidade, espera-se que, antes mesmo de o
autor apresentar os resultados de suas intervenções numa dada realidade, o objeto de suas
reflexões seja apresentado, delimitado e a sua escolha devidamente justificada. Da mesma
maneira é preciso demonstrar a relevância dos levantamentos, observações e/ou intervenções
realizados em campo, bem como é necessário definir os objetivos e apresentar a metodologia
utilizada durante a empreitada naquela realidade.

2.1 FORMATAÇÃO GERAL

Durante a feitura de um trabalho acadêmico, o estudante precisa atentar não apenas


para aquilo que escreve – o conteúdo –, mas também para a maneira como escreve e como
dispõem os elementos no papel, ou seja, a forma como organiza o trabalho.
Alguns trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, monografias) obedecem a NBR
14724:2011, ao passo que os relatórios são regidos pela NBR 10719:2011. Em ambos os
documentos estão especificados os princípios gerais para a elaboração de trabalhos
acadêmicos.
Segundo o estabelecido na norma, o trabalho acadêmico deve ser impresso em papel
no formato A4 (21 cm × 29,7 cm) reciclável ou na cor branca. O texto deve possuir cor preta,
mas podemos utilizar outras cores em ilustrações.
Com exceção da ficha catalográfica, que é impressa no verso (atrás) da folha de rosto,
os elementos pré-textuais devem aparecer no anverso (frente) das folhas. Já os elementos
textuais e pós-textuais recomenda-se que sejam impressos tanto no anverso quanto no verso
das folhas. Porém, pode-se redigir todo o trabalho apenas nos anversos das folhas, ficando
este item a critério do autor. Recomendamos que, com relação à impressão das três versões
que serão entregues à Banca de Exame do TCC, todo o trabalho seja impresso no anverso.
As margens do trabalho acadêmico devem ser as seguintes para o anverso das folhas:
3 cm para as margens superior e esquerda e 2 cm para as margens inferior e direita; para o
verso das folhas as margens são essas: 3 cm para direita e superior e 2 cm para esquerda e
inferior.
Quanto à fonte (letra), a norma recomenda que utilizemos uma de tamanho 12
(recomendamos a Times New Roman), que deve ser aplicada em todo o trabalho, inclusive na
capa. As exceções, neste caso, são as citações diretas longas (com mais de três linhas), a nota
13

descritiva e as notas de rodapé, a paginação, os dados da ficha catalográfica e as legendas das


ilustrações e tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme (recomenda-se fonte 11
para citações e 10 para notas de rodapé).
O espaçamento das entrelinhas deve ser de 1,5. As exceções, mais uma vez, são as
citações diretas longas, as notas de rodapé, a lista de referências, as legendas das ilustrações e
das tabelas, e a nota descritiva, que devem ser digitados em espaçamento simples. No caso
das referências, localizadas ao final do trabalho, cada uma das entradas deve ser separadas
entre si por um espaço duplo.
Quanto a paginação, a norma estabelece que as folhas dos elementos pré-textuais
devem ser contadas, mas não podem ser numeradas. Além disso, a numeração das folhas só
pode ser impressa a partir da primeira folha da parte textual, ou seja, só iniciamos a
numeração na primeira folha da apresentação ou introdução do nosso relatório. A contagem
das folhas é feita a partir da folha de rosto e a numeração deve ser impressa no canto superior
direito de cada folha, conforme Figura 1.
Observe a paginação deste relatório-modelo, apesar de antes da “apresentação” haver
10 folhas, só contamos 9, pois a primeira delas é a capa, que não deve ser contada para fins de
numeração das páginas. Assim, iniciamos a contagem das folhas a partir da folha de rosto,
mas só inserimos a numeração na primeira parte dos elementos textuais. Em nosso exemplo, o
número de páginas foi impresso na “apresentação”, seção localizada na folha de número 9.

2.2 FORMATAÇÃO DAS SEÇÕES

As seções que compõem os elementos textuais devem receber uma numeração


progressiva, elaborada conforme a NBR 6024:2003. A numeração progressiva deve ser
utilizada para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho. Observe como
organizamos os capítulos e subcapítulos deste relatório-modelo (essa sistematização é
perfeitamente visualizada no sumário do trabalho). A numeração progressiva deve ser feita
em algarismos arábicos (1, 2, 3...). Para garantir uma apresentação didática do conteúdo do
texto acadêmico, as seções – capítulos – podem ser divididas em subseções – subcapítulos –
(1.1, 1.2, 1.3; 2.1, 2.2, 2.3; 3.1, 3.2, 3.3...).
Antes e depois dos títulos e subtítulos das seções deve haver um espaçamento de 24 pt.
As seções primárias devem ser destacadas utilizando negrito e caixa alta. Nas seções
secundárias utilizaremos caixa alta, sem negrito. As seções terciárias serão destacadas com
caixa baixa e negrito. Se houver seções quaternárias, utilizaremos caixa baixa sem negrito.
14

Figura 1 - Formatação do trabalho - anverso

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Figura 2 – Esquema de formatação das seções

Espaçamento: 24 pt

Espaçamento: 24 pt

Espaçamento: 24 pt

Espaçamento: 24 pt

Espaçamento: 24 pt

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

2.3 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ

É patente dizer que o conhecimento não é criado no vácuo. Nada nasce no vazio. O
conhecimento científico também segue esse mesmo raciocínio, pois é um tipo de
15

conhecimento baseado na observação, experimentação, vivência, análise e interpretação


direta, ou mediada por instrumentos e/ou outros estudos já realizados. O produto do
empreendimento científico é, pois, um texto referenciado.
Isso significa que a ciência se produz a partir de conhecimentos já sistematizados
pelos diversos ramos do campo científico. Em razão disso, sempre pronunciamos algo que já
fora dito por outro pesquisador, o que exige que atribuamos os devidos créditos às fontes
consultadas, ou seja, num texto acadêmico é preciso reconhecer a autoria daqueles que
primeiro sistematizaram determinados conhecimentos. Fazemos isso através de citações e
revelando as fontes utilizadas ao longo do processo de pesquisa.

2.3.1 Citações

Faz parte da própria dinâmica do trabalho acadêmico-científico reportar aquilo que já


foi produzido. Realizamos isso através de referências e citações. Citação é uma informação
extraída de outra fonte, utilizada para ilustrar, explicar, refutar, reforçar, sustentar ou
problematizar o que se argumenta no trabalho acadêmico.
Como recurso técnico, as citações podem ser utilizadas em quase todo o texto
acadêmico. Elas aparecem tanto no corpo do texto, quanto em notas de rodapé. Mas
aconselha-se evitar a produção de trabalhos recheados de citações. Um texto com muitas
citações pode revelar certo grau de insegurança do pesquisador, que evita realizar, de forma
autônoma, análises e/ou interpretações sobre o seu objeto de pesquisa.
As citações podem ser:

a) Direta;
b) Indireta;
c) Citação de citação.

As citações diretas são transcrições exatas do documento consultado. Elas são


divididas em duas categorias: citações diretas com até três linhas e citações diretas com mais
de três linhas. Sempre que utilizarmos citações desse tipo, devemos mencionar autoria, data
de publicação e paginação, obrigatoriamente. Nas citações diretas, a redação, a ortografia e a
pontuação são rigorosamente respeitadas.
As citações indiretas são textos de nossa própria autoria, elaborados com base nas
afirmações da fonte consultada. Quando utilizamos as citações desse tipo, devemos informar a
16

autoria, a data de publicação do documento e manter o sentido original daquilo que foi dito
pelo autor consultado, a paginação, neste caso, é opcional.
A citação de citação (apud, que significa citado por, segundo, conforme), que pode ser
direta ou indireta, é uma citação da qual o autor não teve acesso direto ao texto original, mas
por intermédio de outro documento, elaborado por um terceiro. Nesse tipo de citação,
devemos informar não só o documento do qual foram retirados os trechos transcritos, mas
também a autoria do trecho citado. Esta última informação é fornecida pelo autor que cita.

2.3.1.1 Citação direta

Segundo a norma (NBR 10520:2002), as chamadas devem ser feitas em letra


maiúscula e minúscula, pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título
incluído na sentença. Chamada, como o nome sugere, é a maneira como convocamos o autor
citado a explicitar as suas ideias em nosso texto. Acompanhemos um exemplo.
Figura 3 – Exemplo de citação direta com até três linhas
Segundo Thompson (1999, p. 29) “o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas
maneiras de organizar e controlar o espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e
o espaço para os próprios fins”.
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011, p. 33.

Observe que antes de utilizarmos essa citação, convocamos o próprio autor para
pronunciar a sua tese, trata-se, pois, de uma citação direta. Conforme as regras determinadas
para a chamada, poderíamos ter utilizado a citação e, em seguida, determinar a sua autoria,
sem a necessidade de convocar o autor para pronunciá-la. Vejamos:
Figura 4 – Exemplo de citação direta com até três linhas
“o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas maneiras de organizar e controlar o
espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e o espaço para os próprios fins”.
(THOMPSON, 1999, p. 29).
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011, p. 33.

Perceba que muda não só a forma de entrada da citação, mas também a maneira como
ela é referenciada no texto. No primeiro caso, a entrada da citação foi feita com o nome do
autor fora dos parênteses, posto que o convocamos para se pronunciar. No segundo caso, a
referência foi colocada dentro dos parênteses, após a citação, pois não convocamos o autor
para se pronunciar, apenas informamos que aqueles dizeres possuem uma autoria
determinada. Como ambas as entradas são citações diretas, devemos informar a autoria, data
17

de publicação e o número da página de onde o trecho foi retirado (AUTOR, DATA, p.). Se o
nome do autor estiver dentro dos parênteses, este deve ser escrito em caixa alta (letras
maiúsculas). Sempre que fizermos uma citação, não podemos deixar de registrar o documento
citado na lista de referências.

2.3.1.1.1 Citações diretas de até três linhas

As citações diretas com até três linhas devem ser incorporadas no mesmo parágrafo
onde desenvolvemos a argumentação, contidas entre aspas duplas (veja os exemplos abaixo).
As aspas simples são utilizadas para indicar citações dentro de citações.
Figura 5 – Exemplo de citação direta com até três linhas
Segundo Thompson (1999, p. 29) “o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas
maneiras de organizar e controlar o espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e
o espaço para os próprios fins”. Conforme o autor, a alteração das condições espaço-
temporal também provocou transformações nas condições de espaço e tempo sob as quais
os indivíduos exercem influencia e poder.
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011a, p. 33.
Figura 6 – Exemplo de citação direta com até três linhas

“o uso dos meios técnicos dá aos indivíduos novas maneiras de organizar e controlar o
espaço e o tempo, e novas maneiras de usar o tempo e o espaço para os próprios fins”.
(THOMPSON, 1999, p. 29). Conforme o autor, a alteração das condições espaço-temporal
também provocou transformações nas condições de espaço e tempo sob as quais os
indivíduos exercem influencia e poder.
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011a, p. 33.

2.3.1.1.2 Citações diretas com mais de três linhas

As citações diretas com mais de três linhas, ao contrário das citações diretas de até três
linhas, não são incorporadas ao mesmo parágrafo. Neste caso, devemos inseri-las em
parágrafo independente, destacando-as com um recuo de 4 cm da margem esquerda. Além do
recuo, nesse tipo de citação utilizamos uma letra menor que a utilizada no texto e não
empregamos as aspas (Figura 7). Apesar de a norma não estabelecer o distanciamento entre a
18

citação e os parágrafos anterior e posterior, recomendamos que seja utilizado um espaçamento


de 12 pt antes e 18 pt depois.
Figura 7 – Exemplo de citação direta com mais de três linhas

Fonte: Extraído de SANTOS, 2011a, p. 31.

2.3.1.2 Citação indireta

Da mesma maneira como ocorrem com as citações diretas, as chamadas das citações
indiretas também devem ser feitas em letra maiúscula e minúscula, pelo sobrenome do autor,
pela instituição responsável ou título incluído na sentença (quando estiverem dentro dos
parênteses, as chamadas devem ser feitas em caixa alta). Nas citações indiretas não existe a
obrigatoriedade de informamos o número da página, apenas a data de publicação.
A diferença fundamental entre as citações diretas e indiretas está no fato de as
primeiras serem transcrições literais dos textos consultados ao passo que as do segundo tipo
são textos de nossa própria autoria, mas elaborados a partir de ideias, argumentos e/ou teorias
de outros autores. Contudo, apesar de podermos “traduzir” e/ou interpretar os nossos autores,
devemos manter o sentido daquilo que eles dizem. Vejamos:
Figura 8 – Exemplo de citação indireta

Conforme o argumento de Lipovetsky (2007), as promessas de felicidade e prazer


também são intensos geradores do sentimento de decepção.

Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011b, p. 4-5.


19

Conforme vimos nas citações diretas, as citações indiretas também devem ser
incorporadas no parágrafo e também podemos convocar o autor para explicitar as suas ideias.
Observe que sempre que o nome do autor estiver dentro dos parênteses, ele deve ser escrito
em caixa alta. Vejamos outras maneiras de utilizarmos a mesma citação apresentada acima.
Figura 9 – Exemplo de citação indireta

As promessas de felicidade e prazer também são intensos geradores do sentimento


de decepção (LIPOVETSKY, 2007).

Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011b, p. 4-5.


Figura 10 – Exemplo de citação indireta

As promessas de felicidade e prazer também são intensos geradores do sentimento


de decepção. Segundo Lipovetsky (2007), quanto mais prazer se promete, maior será a
probabilidade de o indivíduo se decepcionar.

Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011b, p. 4-5.


Figura 11 – Exemplo de citação indireta

As promessas de felicidade e prazer também são intensos geradores do sentimento


de decepção, pois, quanto mais prazer se promete, maior será a probabilidade de o
indivíduo se decepcionar (LIPOVETSKY, 2007).
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2011b, p. 4-5.

2.3.1.3 Citação de citação - apud

A citação de citação pode ser redigida tanto nos moldas da citação direta quanto nos
moldes da citação indireta. Esse tipo de citação é empregado quando somos impossibilitados
de acessar o documento original. Isso porque, seguindo as regras da metodologia da pesquisa
bibliográfica, sempre que encontramos uma fonte que nos interessa, devemos examiná-la no
original, para evitarmos uma leitura enviesada, pré-interpretada, de segunda mão. Mas pode
ocorrer não conseguirmos acesso ao original, neste caso podemos utilizar trechos encontrados
em outras obras.
Quando o acesso ao original for impossível de ser realizado, referenciamos que o
trecho citado fora citado por outro autor. Evidenciamos esse recurso utilizando a palavra
apud, que significa citado por. Ou seja, quando utilizamos o apud, estamos dizendo ao nosso
leitor que aquilo que está sendo dito foi retirado de um texto que chegou ao nosso
conhecimento por intermédio de um terceiro. Dito de outra maneira, trata-se de uma citação
que já foi utilizada por outra pessoa e nós apenas a reproduzimos. Vejamos alguns exemplos:
20

Figura 12 – Exemplo de citação de citação

No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da
esquerda para a direita de forma linear.
Fonte: Extraído de NBR 10520, 2002b, p. 6.

Figura 13 – Exemplo de citação de citação

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937,


preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud
SEGATTO, 1995, p. 214-215).
Fonte: Extraído de NBR 10520, 2002b, p. 6.

Figura 14 – Exemplo de citação de citação

Sob o rótulo de erótico estão abrigadas aquelas obras que abordam


assuntos relativos à sexualidade com teor ‘nobre’ ‘humano’, ‘artístico’
problematizando-os com ‘dignidade’ estética, e de pornografia as de
caráter ‘grosseiro e vulgar’, que tratam do sexo pelo sexo, produzidas em
série com o objetivo evidente de comercialização e de falar aos instintos
(ABREU apud MIRA, 2001, p. 113).

Fonte: Extraído de SANTOS, 2011a, p. 55.

Nos exemplos acima, tanto Abreu, quanto Vianna e Gough foram citados, por Mira,
Segatto e Nardi, respectivamente. Esses exemplos revelam que os autores dessas frases não
tiveram acesso aos trabalhos dos primeiros, mas dos últimos, que utilizaram trechos dos
primeiros. Esses trechos, por sua vez, foram utilizados pelos autores dos enxertos acima.
Outra observação deve ser feita sobre a citação da Figura 14. Perceba que nela não consta a
referência completa de Abreu. A razão para que isso tenha ocorrido é que a citação daquele
autor foi obtida por meio de entrevista. Apesar disso, é preciso marcar que a citação não
pertence à Mira, mas a Abreu.
Cabe dizer que os exemplos acima não esgotam todas as possibilidades de uso de
citações. Abordamos aqui apenas os tipos mais utilizados, para um conhecimento mais
profundo das normas de utilização de citações, consultar a ABNT NBR 10520:2002.

2.3.2 Notas de rodapé

Notas de rodapé são indicações, observações, explicações de pontos importantes


tratadas na página, capítulo ou seção em questão. Também podem ser aditamentos de ideias
21

que serão abordadas nas seções seguintes, seja pelo autor, tradutor ou editor do texto e
apresentadas no rodapé da página ou no fim de capítulos1.
As notas de rodapé são de dois tipos:

a) Notas explicativas ou de conteúdo;


b) Notas de referências.

As do primeiro tipo são usadas para explicações, comentários ou esclarecimentos de


termos, conceitos ou quaisquer outras informações constantes no texto principal. Elas devem
ser sucintas e objetivas. Já as do segundo tipo são usadas para indicar as fontes consultadas,
desde que tenham sido mencionadas no texto, servindo apenas para o sistema numérico de
referência.
No exemplo abaixo (Figura 15), temos que a nota de rodapé foi utilizada para explicar
um termo citado no texto. Fazer tal explicação no corpo de texto principal não seria
pertinente. Em razão disso, utilizou-se a nota de rodapé para realizar esse esclarecimento.

Figura 15 – Exemplo de nota de rodapé explicativa

Fonte: Extraído de ANDRADE, 2007, p. 27.

1
Inserimos essa nota para chamar a atenção sobre a sua formatação e localização. Observe que a fonte utilizada
aqui é menor (tamanho 10) que a utilizada no texto principal (tamanho 12). O espaçamento entre linhas é simples
e o texto deve ser justificado. Para toda e qualquer nota de rodapé deve haver indicativo numérico que remeta à
nota em questão. As notas de rodapé são utilizadas para explicar termos citado no texto, mas cuja explicação no
corpo de texto principal não seria pertinente. Assim, utilizam-se as notas de rodapé para realizar tais
esclarecimentos.
22

3 A ESTRUTURA DO RELATÓRIO

O primeiro ponto a se destacado refere-se às divisões dadas ao trabalho acadêmico,


que, segundo a sua estrutura, é dividido em duas partes: a parte externa e a parte interna.
Evidentemente, como os próprios nomes já dizem, a parte externa é o exterior do trabalho,
enquanto o parte interna são os elementos que constituem o trabalho acadêmico após a capa.
A parte interna é o miolo do relatório. Cada uma dessas partes é constituída por seus
respectivos elementos. Vejamos o quadro abaixo (Figura 16) com as respectivas partes de um
relatório.
Figura 16 – Estrutura do trabalho acadêmico

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.1 PARTE EXTERNA

3.1.1 Capa e lombada

A parte externa é formada pela capa e pela lombada. Além proteger o texto, a capa e
a lombada são os primeiros elementos informativos do trabalho acadêmico. Nelas devem ser
23

impressas informações indispensáveis à identificação da produção científica. Na capa deve


constar o nome da instituição, nome do autor, título e subtítulo (se houver), local de defesa e
ano de depósito. A lombada é um elemento opcional, e deve ser elaborada conforme a NBR
12225. Observe esses elementos na ilustração abaixo (Figura 17). Também é possível
visualizar esses elementos na capa deste relatório-modelo.

Figura 17 – Modelo de capa e lombada

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.2 PARTE INTERNA

A parte interna do trabalho acadêmico é composta por diversos elementos. A norma


divide esses elementos em três categorias: para a primeira categoria de elementos damos o
nome de elementos pré-textuais, pois são os elementos que antecedem a exposição do
trabalho propriamente dito. São localizados antes da introdução. Alguns desses elementos
servem para identificar o relatório (folha de rosto), enquanto outros são utilizados para
auxiliar o leitor durante a leitura (tabela de mapas, lista de abreviaturas, lista de símbolos,
24

etc.). Alguns elementos fornecem um panorama geral sobre o conteúdo do trabalho (resumo,
sumário). Nas páginas seguintes falaremos sobre cada um dos elementos que compõem essa
categoria, mas, até lá, vejamos quais são esses elementos:

 Folha de rosto (obrigatório);


 Errata (opcional);
 Agradecimentos (opcional);
 Resumo na língua vernácula (obrigatório);
 Lista de ilustrações (opcional);
 Lista de tabelas (opcional);
 Lista de abreviaturas e siglas (opcional);
 Lista de símbolos (opcional);
 Sumário (obrigatório).

A segunda categoria de elementos recebe o nome de elementos textuais. Os


elementos textuais constituem a parte do trabalho onde o autor apresenta os resultados de sua
expedição acadêmico-científica. São formados de três partes fundamentais, cada uma com as
suas respectivas subdivisões. Cabe ao autor do trabalho atribuir nome aos capítulos e
subcapítulos de seu relatório científico. Também falaremos sobre cada um desses elementos
logo abaixo, mas vejamos quais são:

 Introdução (Obrigatório);
 Desenvolvimento (Obrigatório);
 Conclusão (Obrigatório).

A última categoria de elementos são os elementos pós-textuais, que são colocados


após as conclusões. Esses elementos complementam o relatório acadêmico-científico,
apresentando ao leitor as fontes utilizadas (referências) e revelando alguns instrumentos
utilizados, tais como: questionários empregados no trabalho de campo, fotocópias de
documentos raros, etc. Compõem essa categoria de elementos os seguintes itens:

 Referências (obrigatório);
 Glossário (opcional);
 Apêndice (opcional);
 Anexo (opcional);
 Índice (opcional).
25

Para facilitar a visualização de cada um dos elementos que compõe o trabalho


acadêmico, montamos o esquema acima (Figura 18), que apresenta a estrutura do trabalho
desde a capa, passando pelos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Notem que os
elementos nomeados com a fonte na cor vermelha são itens obrigatórios.

Figura 18 – Esquema de relatório e seus elementos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.2.1 Folha de rosto

A folha de rosto é um elemento obrigatório ao trabalho acadêmico. Inserida após a


capa, é uma das partes mais relevantes dos elementos pré-textuais. Nela são impressos dados
importantes sobre o relatório: nome do autor; título e subtítulo do trabalho; nota descritiva,
informando a natureza do relatório e o grau acadêmico pretendido pelo autor; local e ano de
defesa. No verso da folha de rosto deve ser impressa a ficha catalográfica, instrumento
ordenador, onde são colocados, de maneira sistematizada, os dados referenciais do trabalho. É
elaborada pela bibliotecária da instituição de ensino. Observe um modelo de folha de rosto
que elaboramos abaixo:
26
Figura 19 – Modelo de folha de rosto

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.2.2 Errata

Figura 20 – Modelo de errata

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos


27

A errata é um elemento pré-textual que informa ao leitor a existência de erros de


impressão no trabalho e apresenta as respectivas correções. É acrescido ao relatório após a sua
impressão. Nos dias de hoje dificilmente utilizamos a errata como recurso, pois, com a
elaboração de nossos trabalhos em programas de computador, a correção de erros se tornou
muito mais fácil. Mas, caso seja necessário utilizar a errata, saiba que a indicação de erros e
sua respectiva correção devem ser acompanhadas de sua localização exata no texto, conforme
o exemplo acima (Figura 20).

3.2.3 Agradecimentos

O agradecimento é um elemento opcional, colocado após a dedicatória. É a parte do


relatório acadêmico-científico onde o autor pode expressar a sua gratidão às pessoas e/ou
instituições que colaboraram para o desenvolvimento do estágio curricular e concretização do
TCC. É preciso intitular, com fonte tamanho 12 e caixa alta – centralizado – a folha dos
agradecimentos, conforme o exemplo abaixo (Figura 21).

Figura 21 – Modelo de agradecimentos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos


28

3.2.4 Resumo na língua vernácula

O resumo é a síntese de todo o trabalho científico. Deve ser um texto sintético que
aborde as ideias principais do trabalho, permitindo que se tenha uma visão sucinta do todo.
O resumo é redigido em parágrafo único, mas sem a entrada de parágrafo. Deve ser
escrito na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa e possuir 150 a 500 palavras.
O uso de citações, símbolos, fórmulas, equações e diagramas devem ser evitados em resumos.
Abaixo do resumo são colocadas as palavras-chave, separadas por ponto. A folha de
resumo deve receber título em caixa alta e centralizado, tal como fizemos com a folha de
agradecimentos. Acompanhe modelo abaixo (Figura 22).

Figura 22 – Modelo de resumo

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos


29

3.2.5 Lista de ilustrações

Trata-se de um elemento opcional, mas que deve ser utilizada sempre que houver
ilustrações no texto. Os itens da lista devem ser apresentados na mesma ordem em que
aparecem no corpo do relatório, acompanhados por seus respectivos nomes e número da
página. Conforme o caso, recomenda-se a elaboração de listas específicas para cada tipo de
ilustração (gráficos, desenhos, esquemas, fluxogramas, imagens, mapas, quadros, etc.). No
corpo do TCC, as ilustrações devem ser numeradas e possuir um título que as identifique,
conforme podemos visualizar nas ilustrações deste trabalho, onde cada ilustração recebeu um
número e um nome.

Figura 23 – Modelo de lista de ilustrações

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.2.6 Lista de tabelas

Essa lista é elaborada conforme a ordem em que as tabelas aparecem no texto. A


listagem das tabelas deve designar cada item por seu respectivo nome, acompanhado do
número da página. No texto, as tabelas devem possuir títulos e serem numeradas
consecutivamente com algarismos arábicos, conforme Instituto Brasileiro de Geografia e
30

Estatística (IBGE, 1993). Apesar de este relatório-modelo não apresentar nenhuma tabela, é
possível visualizar o modelo de lista de tabelas na figura abaixo (Figura 24).

Figura 24 – Modelo de lista de tabelas

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.2.7 Lista de abreviaturas e siglas

Essa lista é um inventário das abreviaturas e siglas empregadas no texto. As siglas e


abreviaturas devem ser apresentadas em ordem alfabética e vir acompanhadas das palavras ou
expressões correspondentes, grafadas por extenso. Esse também é um elemento opcional,
sendo obrigatório o seu uso apenas quando utilizamos abreviaturas e siglas em nosso texto. A
folha de apresentação desses itens deve possuir título centralizado, em caixa alta (Figura 25),
da mesma maneira como ocorre com as demais listas.

3.2.8 Lista de símbolos

Trata-se de uma lista elaborada com a relação de símbolos utilizados no trabalho


acadêmico, com a indicação do nome, coisa ou ação que o sinal substitui no texto. Essa lista
também deve ser nomeada (Figura 26).
31

Figura 25 – Modelo de lista de siglas

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Figura 26 – Modelo de lista de símbolos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos


32

3.2.9 Sumário

O sumário é o último elemento pré-textual. Ele antecede a introdução ou apresentação


do relatório acadêmico-científico. Esse item revela a enumeração das divisões, capítulos,
subcapítulos e outras partes do trabalho de conclusão de curso. O sumário deve ser elaborado
na mesma ordem e grafia em que os tópicos se encontram no documento, acompanhados dos
respectivos números das páginas. Além de facilitar a localização dos assuntos e capítulos
específicos, o sumário dá ao TCC uma visão geral do todo. Observe como elaboramos o
sumário deste relatório-modelo.
Figura 27 – Modelo de sumário

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.3 ELEMENTOS TEXTUAIS

Essa é a parte do relatório onde se apresenta o conteúdo do trabalho propriamente dito.


Aqui apresentamos o objeto investigado durante o estágio. Além da apresentação,
qualificação, justificativa e problematização do objeto, deve-se apresentar o lugar, delimitar o
período e explicitar as intenções com as quais foi realizado o estágio. Ou seja, nessa parte do
relatório o estudante deve situar a empresa onde o estágio foi realizado.
33

Os elementos textuais são formados de três partes fundamentais: introdução,


desenvolvimento e conclusão (ou considerações finais), cada uma com as suas respectivas
subdivisões. Porém, como já dissemos acima, cabe ao autor do relatório nomear cada uma das
partes de seu trabalho. Isso significa dizer que podemos organizar a estrutura interna do nosso
texto de forma autônoma, nomeando cada capítulo e/ou subcapítulos conforme as
especificidades do nosso estágio curricular. Vejamos cada um desses itens de forma separada.

3.3.1 Introdução

A introdução é a parte inicial do relatório acadêmico-científico. É nela onde


delineamos as reflexões iniciais sobre aquilo que trataremos em nosso texto. Na introdução
apresentamos e contextualizamos o tema a ser discutido. Também podemos oferecer informes
gerais sobre os aspectos econômico, social, tecnológico e acadêmico do nosso estágio ou
objeto de nossas reflexões, bem como podemos dissertar sobre a competitividade e as
transformações ocorridas no mercado de trabalho. Pode-se falar sobre globalização e os seus
impactos na sociedade e as suas consequências na atuação e comportamento da empresa nesse
novo contexto. Nessa parte também deve ser apresentada uma breve descrição das seções que
compõem o relatório.
Na introdução devem constar os elementos indispensáveis para situar o leitor sobre o
tema do estágio e do respectivo relatório, tais como: definição e delimitação do objeto;
demarcação da situação problema, bem como o levantamento de hipóteses; apresentação dos
objetivos; argumentação sobre a justificativa do estudo, mostrando a relevância acadêmica,
social, científica e/ou econômica das atividades desenvolvidas; uma breve descrição dos
resultados esperados; e, por fim, a apresentação da estrutura lógica do texto. Grosso modo, a
introdução retoma os elementos discutidos no plano de estágio, inclusive a metodologia
adotada. É interessante apresentar na introdução a grande área de conhecimento na qual o
objeto de nossas reflexões está inserido.

3.3.2 Desenvolvimento

O que costumamos chamar de desenvolvimento de um texto é o núcleo da


argumentação. No trabalho de conclusão de curso essa lógica não muda. Sendo assim, o
desenvolvimento do relatório é o núcleo do nosso trabalho, que pode ser dividido ou
subdividido em quantas partes (capítulos/seções) ou subpartes (subcapítulos/subseções) forem
34

necessárias. Contudo, o assunto deve ser cuidadosamente distribuído ao longo do texto para
que o trabalho seja apresentado de forma coerente e o texto coeso.
O ideal é que o desenvolvimento tenha, pelo menos, três partes: uma primeira seção
discutindo os pressupostos teóricos, onde também podemos realizar a revisão bibliográfica;
outra seção onde apresentamos o quadro empírico da pesquisa; e uma terceira parte, onde
devemos problematizar os resultados encontrados, à luz do quadro teórico inicialmente
delineado.
Aqui deve está contida a fundamentação lógica, sistemática e metódica de todo o
conteúdo desenvolvido durante o estágio curricular. O embasamento teórico é necessário a
toda pesquisa, inclusive ao estágio. Nele apresenta-se a teoria, a revisão bibliográfica e a
definição dos conceitos e das categorias analíticas que dará sustentação as observações de
campo.
Já o detalhamento dos resultados das observações feitas em campo, cuja experiência
deverá ser confrontada, analisada e/ou interpretada a partir da fundamentação teórica
utilizada. Na discussão dos resultados do estudo realizado no estágio, realizamos, também,
um relato das observações de campo, no qual se faz uma análise crítica e a discussão da
experiência de estágio. O confronto de que falamos é, na verdade, uma comparação entre o
observado/vivenciado e a teoria, com o propósito de confirmar os objetivos propostos.

3.3.3 Conclusões

As considerações finais correspondem à parte final do TCC, na qual devem ser


respondidas as questões colocadas na situação problema anteriormente delineadas. Também é
o lugar de argumentar se o trabalho alcançou os objetivos propostos, verificar as hipóteses
levantadas. É o momento de o autor apresentar e defender o seu ponto de vista sobre o tema
em questão. Nesta parte, o autor pode optar em escrever um texto que aborde o trabalho como
um todo, ou apresentar resumos de cada um dos capítulos. As considerações finais consistem
em uma parte essencial do relatório e devem manter uma relação necessária com aquilo que
foi exposto na introdução e no desenvolvimento do texto.
Neste sentido, quando estivermos elaborando as considerações finais, é preciso
atentar, pelo menos, para as questões a seguir. Primeiramente, todas as perguntas formuladas
no trabalho foram respondidas? Se sim, chegou o momento de recapitulá-las de modo
resumido, mostrando como foram respondidas; se não foram, as considerações finais
correspondem ao lugar para respondê-las.
35

Em segundo lugar, os objetivos (geral e específico) foram alcançados? Se sim, deve-se


mostrar resumidamente como foram atingidos; se não foram, é preciso explicitar os motivos
pelos quais a pesquisa não alcançou os objetivos propostos.
Em terceiro lugar, as hipóteses levantadas no inicio do trabalho se confirmaram? Em
caso positivo ou negativo, é preciso recapitular as razões que conduziram o pesquisador a
elaborar tais hipóteses, bem como apresentar resumidamente as descobertas atingidas através
da realização da pesquisa e demonstrar de que maneira tais descobertas confirmam ou refutam
as hipóteses formuladas na introdução do trabalho.

3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais são aqueles alocados após as conclusões, são elementos que
complementam o trabalho acadêmico, apresentando ao leitor as fontes utilizadas, tais como
livros, artigos, filmes, reportagens, músicas, bem como outros documentos utilizados na
realização do estágio curricular (questionários, formulários, documentos da empresa, etc.).
Vejamos cada um dos elementos pós-textuais.

3.4.1 Referências

Já dissemos que o trabalho acadêmico não é criado no vácuo, pois ele se apoia em
teorias sobre a estrutura e funcionamento de tudo o que nos cerca. Advém daí a ideia de que o
texto acadêmico é um texto referenciado. Em todo e qualquer trabalho acadêmico, seja ele
relatório acadêmico-científico, monografia, artigo científico, dissertação, tese, etc., as
referências constituem um elemento obrigatório.
Conforme a ABNT (2011, p. 3), referências é um “conjunto padronizado de elementos
descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual.” Dito de
outra maneira, as referências são um grupo de informações que permitem a identificação de
uma obra. Elas revelam as fontes (livros, dissertações, teses, artigos, sites, arquivos diversos,
etc.) utilizadas durante a pesquisa bibliográfica e citadas ao longo do trabalho.
As referências geralmente são reveladas através de uma lista das fontes consultadas
(livros, revistas, teses, sites de internet, etc.), organizada em ordem alfabética e com entrada
pelo sobrenome do autor. Elas são alocadas após os elementos textuais. Mas não estamos
falando de uma lista qualquer, pois ela deve permitir que o leitor consiga, por si só, localizar
as fontes onde quer que elas estejam. Ou seja, cada uma das entradas da lista de referências
36

deve revelar o “endereço do documento” utilizado na elaboração do trabalho acadêmico.


Além disso, as referências tem o importante papel de mostrar a base de leitura do autor do
TCC. Enfim, elas conferem cientificidade e credibilidade ao trabalho.
Conforme a norma, as referências são alinhadas à margem esquerda do texto. Para que
se possa identificar individualmente cada documento referenciado, os elementos de cada obra
devem ser digitados utilizando-se espaçamento simples, separando-se uma referência da outra
com duplo espaço em branco.

Figura 28 – Modelo de referências

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Uma lista de referências não pode ser confundida com a bibliografia sobre um tema.
Esta é um levantamento da literatura especializada no mesmo assunto, ao passo que aquela é
uma listagem das obras efetivamente utilizadas na construção do relatório.
Comparando cada entrada da lista de referências a um endereço de fontes, cabe dizer
que cada tipo de entrada possui uma sintaxe própria. A pontuação utilizada nas referências é
regida por um padrão internacional, que estabelece uma uniformidade para todas as entradas.
As abreviaturas são normatizadas conforme a NBR 10522. Isso significa que existe uma
37

ordem de apresentação dos elementos de uma referência. Esse sequenciamento não pode ser
quebrado.

3.4.1.1 Elementos de uma referência

Antes de abordarmos a sequência em que devem ser apresentados os elementos de


uma referência, cumpre dizer que eles são de dois tipos: a) essenciais e b) complementares.
Os essenciais são indispensáveis à identificação correta das fontes documentais. São
eles, nessa ordem:

 Autor: é o responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico.


Geralmente é pelo sobrenome do autor (em maiúsculas, seguido pelo nome, em
minúsculas) que realizamos a entrada do documento na lista de referências.
Mas como veremos logo abaixo, há documentos que não possuem autoria
determinada. Na sintaxe desse elemento, o nome do autor pode ser abreviado,
o sobrenome, não: [SOBRENOME, Nome.] ou [SOBRENOME, N.].
 Título: nome atribuído à obra consultada. Muitas obras também possuem um
subtítulo, que é um elemento complementar, mas é importante que ele apareça.
A sintaxe do título exige que destaquemos apenas o título (recomendamos o
destaque em negrito, mas, além do negrito, podemos utilizar destaque em
itálico ou sublinhado), observe: [Título.] ou [Título: subtítulo.].
 Edição: publicação de uma obra que passou por um processo revisão. São
todos os exemplares produzidos a partir do original. É um elemento essencial,
mas só informamos essa característica partir da segunda edição. Veja a sintaxe:
[0. ed.].
 Local: Cidade da publicação e deve ser indicada tal como aparece na folha de
rosto do documento consultado. A sintaxe é a seguinte: [Cidade:].
 Editora: Instituição ou pessoa que procedeu a publicação do documento.
Indica-se a editora tal como aparece na publicação, suprimindo-se palavras que
designam a natureza comercial. Possui a seguinte sintaxe: [Editora,].
 Data: ano de publicação da obra. Veja a sintaxe: [0000.].

Em resumo, a sintaxe genérica dos elementos essenciais de uma referência é a


seguinte: SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. 0. ed. Cidade: Editora, data. Observe que a
38

pontuação, bem como as maiúsculas e minúsculas e os recursos tipográficos devem ser


respeitados. Exemplo:

Figura 29 – Forma genérica de uma referência

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Já os elementos complementares – coleção, ISBN, ISSN, série, quantidade de páginas,


formato, número de folhas, entre outros – são empregados para apurar o referenciamento
documental. Em razão da quantidade de elementos desse tipo e dos objetivos deste manual,
abordaremos esses elementos apenas quando a sua utilização for indispensável. No entanto,
cabe dizer que as referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer aos
mesmos princípios. Assim, ao optar pela utilização de elementos complementares, estes
devem ser incluídos em todas as entradas daquela lista.

3.4.1.1.1 A autoria e as formas de entrada

A norma aborda sete maneiras diferentes de indicar a autoria de um documento.

3.4.1.1.1.1 Autor pessoal

Documento de autoria atribuída a uma única pessoa. A entrada é iniciada pelo último
sobrenome, em caixa alta, seguido pelos prenomes em maiúscula e minúscula (abreviados ou
por extenso). Emprega-se vírgula entre o sobrenome e o prenome.
39

Exemplo:
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 19992.

3.4.1.1.1.2 Até três autores

Documento de autoria atribuída a até três pessoas. Faz-se a indicação de todos os


autores, separando-os por ponto e vírgula (;). As entradas são iniciadas pelo último
sobrenome de cada autor em caixa alta, seguido pelos prenomes (abreviados ou não).
Emprega-se vírgula entre cada sobrenome e prenome.

Exemplo:
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido comunista. São Paulo:
Paz e Terra, 1999.

3.4.1.1.1.3 Mais de três autores

Documento de autoria atribuída a mais de três pessoas. Faz-se a referência apenas do


primeiro autor, acrescentando a expressão latina et al – que significa entre outros – para
indicar a existência dos outros autores.

Exemplo:
GOMES, Carlos Minayo. et al. Trabalho e conhecimento: dilemas na educação do
trabalhador. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1987.

3.4.1.1.1.4 Sobrenome composto

Documento de autoria atribuída um ou mais pessoas, cujo sobrenome é composto por


mais de uma palavra. Os tipos mais usuais são os seguintes:

 Sobrenome espanhol:
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. El general en su laberinto. Habana: Casa de las
Américas, 1989.

 Sobrenomes ligados por hífen:


MARTIN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e
hegemonia. 4. ed. ed. UFRJ, Rio de Janeiro, 2006.

2
A maioria dos exemplos de referências aqui utilizados foi extraída da NBR 6023.
40

 Sobrenomes que indicam parentesco:


QUEIROZ JÚNIOR, Teófilo. Preconceito de cor e a mulata na literatura
brasileira. São Paulo: Ática, 1975.

 Sobrenomes formados de um substantivo + adjetivo:


CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de perdição. 11. ed. São Paulo: Ática, 1988.

3.4.1.1.1.5 Autor desconhecido

Os trabalhos com autoria desconhecida ou não assinados devem ter a entrada feita
diretamente pelo título da publicação. O termo anônimo não pode ser utilizado para
determinar a autoria. Como a entrada é feita pelo próprio título, a primeira palavra
significativa do título escreve-se em caixa alta.

Exemplo:
DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1993.

3.4.1.1.1.6 Responsável intelectual

Trata-se de obras elaboradas com trabalhos de vários autores, e sob a responsabilidade


de um autor principal. Indica-se a entrada pelo nome do responsável, seguida da abreviatura,
entre parênteses, no singular, da palavra (letra inicial maiúscula) que designa o tipo de
participação do autor na obra (organizador, compilador, editor, coordenador, etc.).

Exemplo:
SILVA, Tomaz Tadeu (Org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos
culturais. Petrópolis: Vozes, 2001.

3.4.1.1.1.7 Autor entidade

Obras publicadas sob a responsabilidade de entidades coletivas (órgãos


governamentais, empresas, associações, congressos, seminários, etc.) têm entrada, de modo
geral, pelo nome da entidade, por extenso. Os órgãos da administração governamental direta
(ministérios, secretarias, etc.) possuem a entra pelo nome do lugar que indica a esfera de
subordinação (em caixa alta) do órgão: País, Estado ou Município.

Exemplos:
41

SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 1986.
BRASIL. Congresso. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para Examinar a
Situação da Mulher em Todos os Setores de Atividade. Relatório, conclusões e
recomendações. Relator Lygia Lessa Bastos. Brasília, DF: Câmara dos Deputados,
Coordenação de Publicações, 1978.
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997,
Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São
Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.

3.4.1.2 Elementos e sintaxe da uma referência conforme o suporte documental

É patente que o conteúdo de um documento pode ser publicado em suportes


documentais diversos. O conteúdo de uma monografia acadêmica, por exemplo, pode ser
publicado em livro ou pode se transformar em um áudio livro. Esse mesmo conteúdo pode ser
encontrado em anais de eventos acadêmicos, na internet ou em um vídeo-documentário sobre
o objeto da monografia. As possibilidades são inúmeras.
Em razão disso, é preciso atentar para a maneira como organizamos os elementos das
referências publicadas em cada um desses suportes. Abaixo enumeramos os suportes mais
utilizados. Para um estudo mais aprofundado sobre os elementos e a sintaxe dos demais tipos
de suporte, consultar a ABNT (NBR 6023, 2002). Para realizar a entrada, observe como se
apresenta a autoria no material utilizado, conforme subitem 3.4.1.1.1 deste manual.

3.4.1.2.1 Monografia no todo

Monografia no todo inclui livros, folhetos, manuais, guias, catálogos, enciclopédias,


dicionários etc., bem como trabalhos acadêmicos, tais como monografias, dissertações, teses,
relatórios acadêmico-científicos, entre outros, utilizados em sua totalidade durante a pesquisa.

Exemplos:
PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: FUNDAP, 1994.
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São Paulo. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 1986.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1999.


42

Figura 30 – Sintaxe de uma monografia

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Se o documento estiver sido consultado em catálogos online, tornam-se indispensáveis


as informações sobre o endereço eletrônico e a data de acesso. O endereço eletrônico deve ser
precedido da expressão Disponível em: e apresentado entre ‘brachets’ < >, seguido de ponto e
a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:.

Exemplos.
CEDAP. Catálogo da imprensa negra (1903-1963). Disponível em:
<http://www.cedap.assis.unesp.br/cat_imprensa_negra/cat_imprensa_negra.html>.
Acesso em: 03 out. 2009.
TEIXEIRA, M. G. Revolta de Búzios ou Conjuração Baiana de 1798: uma chamada
para a liberdade. Disponível em:
<http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/revolta-dos-buzios.pdf>. Acesso
em: 05 out. 2009.

As referências de trabalhos acadêmicos devem conter informações referentes ao tipo


de documento (monografia, dissertação, tese, etc.), o grau a que se refere o documento
(graduação, especialização, mestrado, doutorado, etc.), a data da defesa e o nome da
instituição onde o trabalho foi defendido.

Exemplos:
PINTO, A. F. M. De pele escura e tinta preta: imprensa negra do século XIX (1833-
1899). 2006. 197f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Ciências
Humanas, Universidade de Brasília: Brasília, 2006.
43

ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de


artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação Escola de Sociologia e
Política de São Paulo, São Paulo, 1986.

Figura 31 – Sintaxe de trabalhos acadêmicos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.4.1.2.2 Parte de monografia

As partes de uma monografia são capítulos, volumes, fragmentos e outras subdivisões


de uma obra, com autores e/ou títulos próprios. Os elementos desse tipo de documento são:
autor, título da parte, seguidos da expressão In: e da referência completa da monografia no
todo. No final da entrada referencial, deve-se informar a paginação ou outro elemento que
possa indicar a parte referenciada. Se for necessário, outros elementos complementares podem
ser acrescidos à referência para melhor identifica-la. Cabe observar que, em se tratando de
uma parte de monografia, o destaque tipográfico não será dado título da parte, mas ao título
da obra onde encontramos o fragmento estudado.

Exemplos:

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G;


SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996, p. 7-16.
44

POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática,


1998. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999.

Figura 32 – Sintaxe de parte de uma monografia

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Em se tratando de trabalhos publicados em anais de eventos, que inclui o conjunto de


trabalhos reunidos num produto final do próprio evento, outras informações tronam-se
essenciais, tais como: nome do evento, número do evento, ano e local de realização, o tipo de
publicação (anais, caderno de resumos, resultados, etc.), volume e paginação.

Exemplos:
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado
a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São
Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.
GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária.In: SEMINÁRIO
DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998,Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec
Treina,1998. 1 CD-ROM.
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade
total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4.,
1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife:UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.
propesq.ufpe.br/anais /anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
45

Figura 33 – Sintaxe de artigos em anais de eventos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.4.1.2.3 Publicação periódica

Publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas sucessivas, com


designações numéricas e/ou cronológica e destinada a ter continuidade indefinida. As
publicações periódicas incluem revistas científicas, jornais, revistas, publicações anuais
(relatórios, anuários, etc.), atas, comunicações de sociedades, entre outros.
Nos documentos publicados em periódicos, além das informações genéricas essenciais
de uma referência, as entradas referenciais desse tipo incluem outros elementos fundamentais:
nome do periódico, número do fascículo, edição, volume, período a que se refere.

Exemplos:

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- .


Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983.
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000.

SODRÉ, M. Sobre a imprensa negra. Lumina: Juiz de Fora, v.1, n.1, p.23-32, jul/dez.
1998.
SANTOS, L. J. Apontamentos sobre a identidade mediada em Raça Brasil: fragmentos
de uma imprensa negra. Revista Urutágua: Maringá, n.19, p.1-11, 2009. Disponível
em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/Urutagua/article/view/6029>.
Acesso em: 05 out. 2009.
46

Figura 34 – Sintaxe de trabalhos em periódicos

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Quando o documento consultado for um jornal diário ou revista semanal, é preciso ter
cuidado redobrado e fornecer informações adicionais. Além do título do periódico, é preciso
informar título do documento consultado e o título da seção, caderno ou parte da publicação a
que ele pertence, bem como se deve informar a data de publicação e paginação
correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria
precede a data.

Exemplos:

MANSILLA, H. C. F. La controversia entre universalismo y particularismo en la


filosofia de la cultura. Revista Latinoamericana de Filosofia, Buenos Aires, v. 24, n.
2, primavera 1998.
VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de
Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun.
1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São
Paulo, 19 set. 1998. Disponível em:
<http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set.
1998.
47

Figura 35 – Sintaxe genérica de artigos de revista e jornal

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.4.1.2.4 Imagem em movimento

Incluem filmes, videocassetes, DVD, entre outros. Os elementos essenciais são: título,
diretor, produtor, local, produtora, data e especificação do suporte em unidades físicas.

Exemplos:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação
de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI,1983. 1 videocassete (30 min), VHS,
son., color.

CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de Clermont-


Tonnerre e Arthur Cohn. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marilia Pera; Vinicius de
Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Matheus Nachtergaele e outros. Roteiro: Marcos
Bernstein,João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. [S.l.]: Le Studio
Canal;Riofilme; MACT Productions, 1998. 1 bobina cinematográfica (106min), son.,
color., 35 mm.

3.4.1.2.5 Documento cartográfico

Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea, entre outros. As referências devem
obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos, quando necessário. Os
48

elementos essenciais são: autor, título, local, editora, data de publicação, designação
específica e escala.

Exemplos:
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e
regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala
1:600.000.
PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa, color. Escala
indeterminável. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

3.4.1.2.6 Documento sonoro

Inclui disco, CD, cassete, rolo, entre outros. Os elementos essenciais são: compositor
ou intérprete(s), título, local, gravadora (ou equivalente), data e especificação do suporte.

Exemplos:

ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA
Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm,estereo., 12 pol.
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção
artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor,p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33
1/3 rpm, estéreo., 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s).

3.4.1.2.7 Partitura

Inclui partituras impressas e em suporte ou meio eletrônico. Os elementos essenciais


são: autor, título, local, editora, data, designação específica e instrumento a que se destina.

Exemplos:
BARTÓK, Béla. O mandarim maravilhoso: op. 19. Wien: Universal, 1952. 1
partitura. Orquestra.
OLIVA, Marcos; MOCOTÓ, Tiago. Fervilhar: frevo. [19--?]. 1 partitura.Piano.
Disponível em: <http://openlink.br.inter.net/picolino/partitur.htm>. Acesso em: 5 jan.
2002.
49

3.4.1.2.8 Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico

Incluem bases de dados, listas de discussão, websites, arquivos em disco rígido,


programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros. Os elementos
essenciais são: autor, título do serviço ou produto, versão (se houver) e descrição física do
meio eletrônico (disquetes, on-line, CD-ROM, DVD, etc.). Quando se tratar de obras
consultadas online, proceder-se-á conforme a norma específica. No caso de arquivos
eletrônicos, acrescentar a respectiva extensão à denominação atribuída ao arquivo.
Aqui cabe uma observação importante: as mensagens que circulam por intermédio do
correio eletrônico devem ser referenciadas somente quando não se dispuser de nenhuma outra
fonte para abordar o assunto em discussão. Mensagens trocadas por e-mail têm caráter
informal, interpessoal e efêmero – desaparecem rapidamente – não sendo recomendável seu
uso como fonte de pesquisa técnico-científica.
Exemplos:

MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Version 4.1. [S.l.]:
Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM.
KOOGAN, André; HOUAISS, Antônio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98.
Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-
ROM.
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos.
[S.l.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.
VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de
Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

3.4.2 Glossário

O glossário é uma relação de palavras ou expressões que são utilizadas no texto, mas
que podem ser estranhas aos leitores leigos. Nesse item elas são acompanhadas de seus
respectivos significados (Figura 36).

3.4.3 Apêndice

Apêndices são elementos pós-textuais, onde constam informações complementares,


elaborados pelo próprio autor do trabalho. Os dados aí colocados agregam valor à
argumentação do texto central, sem prejudicar a composição do trabalho final. Os apêndices
são identificados por letras maiúsculas consecutivas (Figura 37).
50

Figura 36 – Modelo de glossário

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

3.4.4 Anexo

São elementos pós-textuais, onde constam informações complementares, elaboradas por


terceiros. Da mesma maneira com acontece com o apêndice, os dados aí colocados agregam
valor à argumentação, sem prejudicar a coerência e coesão do trabalho. Os anexos servem
para fundamentar, comprovar ou ilustrar elementos da argumentação do autor. Tal como os
apêndices, os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas (Figura 38).

3.4.5 Índice

Lista de palavras ou frases, ordenada segundo critérios específicos, que localiza ou


remeta o leitor para informações contidas no corpo do texto. É um elemento pouco utilizado
em trabalhos acadêmicos.
51

Figura 37 – Modelo de apêndice

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos

Figura 38 – Modelo de anexo

Fonte: Elaborado por Leandro José dos Santos


52

3.4.6 Formulário de identificação

O formulário de identificação é um documento que apresenta informações específicas


sobre o relatório, tais como título do relatório, nome dos autores, o tipo de relatório (se
relatório técnico, relatório de estágio ou relatório de pesquisa). Também é no formulário de
identificação que informamos o nome e a localização da instituição executora do relatório (no
caso do relatório de estágio, a instituição executora é a instituição de ensino) e da instituição
que fomentou a sua realização (a empresa onde foi realizado o estágio), entre outros itens.
Observe o exemplo (Figura 39).

Figura 39 – Modelo de formulário de identificação

Fonte: Adaptado de NBR 10719:2011. Elaborado por Leandro José dos Santos
53

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O relatório de estágio curricular pode ser apresentado como trabalho de conclusão de


curso. Em razão disso, deve-se atentar para a sua elaboração e formatação.
Compreendido como resultado de um empreendimento acadêmico-científico, o
relatório deve ser apresentado levando-se em conta as regras gerais para elaboração de
documentos acadêmicos de tipo. Essas regras são elaboradas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas e servem para manter o padrão de apresentação dos trabalhos acadêmicos
produzidos pelas instituições de ensino e pesquisa no país.
Pelo que vimos, o texto acadêmico deve ser realizado em constate diálogo com os
diversos elementos e personagens envolvidos na pesquisa, sejam eles autores, informantes,
dicionários, matérias de jornal, textos da internet, etc. Durante todo o trabalho é preciso haver
comunicação entre o autor do estudo e os seus interlocutores, tanto os de “carne e osso” –
conforme o caso – quanto a documentação e o material utilizado em todo o trabalho
acadêmico.
Segundo a norma, um trabalho acadêmico é composto por duas partes: uma externa
outra interna, cada uma composto por seus elementos específicos. Para a elaboração de cada
um desses elementos, devem-se observar os preceitos normativos, estabelecidos pela ABNT.
54

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Vanessa Batista de. Estética da mercadoria e obsolescência: um estudo da


indução ao consumo no capitalismo atual. 2007. Dissertação (Mestrado em Sociologia).
Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: Informação e


documentação: Relatório técnico e/ou científico: apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e


documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referência: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de janeiro, 2002

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Numeração


progressiva das seções de um documento: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Norma de apresentação


tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. Disponível em:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/relatórios/GEBIS%20-%20RJ/normastabular.pdf.
Acesso em: 30 de out. 2012.

SANTOS, Leandro José dos. Por dentro de espelho: reflexões sobre o feminino negro em
Raça Brasil. 2011. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Faculdade de Ciências e Letras,
Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2011a.

______. Consumidores e cidadãos e a lógica do pertencimento. Revista Espaço Acadêmico.


Maringá. n. 117, p. 1-9, 2011b.

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