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LUANDA
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
DIRECÇÃO PROVINCIAL DE LUANDA DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO 2039 “30 DE SETEMBRO”
ORGANIZADO POR:
COMISSÃO TÉCNICA
REVISADO POR:
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ...........................................................................................................................i
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... 1
I. REGRAS METODOLÓGICAS GERAIS .................................................................................. 2
1.1. Orientações gerais da área tecnológica integrada ........................................................... 2
1.2. Docência da área tecnológica integrada (ATI) ................................................................. 3
1.3. Projecto tecnológico e sua articulação com a orientação e o estágio ............................. 3
1.3.1. Projecto tecnológico (PT) .......................................................................................... 3
1.3.2. Orientação de especificação (OE) ............................................................................ 4
1.3.3. Estágio ....................................................................................................................... 4
1.3.4. Prova de aptidão profissional (PAP) ......................................................................... 4
II. PROJECTO DE PESQUISA .................................................................................................... 5
2.1. Como elaborar um projecto de pesquisa? ........................................................................ 5
2.2. Função do projecto de pesquisa ....................................................................................... 6
2.3. Tipos de pesquisa ............................................................................................................. 6
III. NORMAS GERAIS DE FORMATAÇÃO .............................................................................. 8
3.1. Forma gráfica do texto acadêmico.................................................................................... 8
3.1.1. Tamanho do papel: A4 (210 x 297 mm).................................................................... 8
3.1.2. Tipo, tamanho e estilo da fonte usada no texto ........................................................ 8
3.1.3. Configuração de página ............................................................................................ 8
3.1.4. Formatação da configuração das margens da página ............................................. 9
3.1.5. Parágrafos, espaçamentos e alinhamentos .............................................................. 9
3.1.6. Numeração de páginas ou paginação .................................................................... 10
3.1.7. Estruturação do trabalho escrito ............................................................................. 10
IV. ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE PESQUISA .............................. 11
4.1. Tema ............................................................................................................................... 11
4.2. Introdução ....................................................................................................................... 11
4.2.1. Justificação do tema ................................................................................................ 12
4.2.2. Delimitação do tema ................................................................................................ 12
4.2.3. Formulação do Problema ........................................................................................ 12
4.2.4. Formulação de Hipótese ......................................................................................... 12
4.2.5. Objectivos ................................................................................................................ 12
4.3. Fundamentação teórica .................................................................................................. 13
4.3.1. Importância da citação ............................................................................................ 13
4.4. Metodologia e técnicas ................................................................................................... 15
4.5. Resultados e discussão .................................................................................................. 16
4.6. Conclusões...................................................................................................................... 16
V. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 17
ANEXOS......................................................................................................................................... 18
ii
APRESENTAÇÃO
Hoje, confrontamo-nos com uma franca e acelerada transformação social, com novas
exigências profissionais e tecnológicas, e vivemos cada vez mais um ambiente de
multiculturalidade. Estes factores, inerentes às actuais sociedades desenvolvidas, imprimem-
lhes não só alguma dimensão de incertezas imediatas, como crescentes necessidades de
mobilidade e de adaptabilidade por parte dos seus cidadãos. É neste contexto de grandes
desafios que todo o sistema de ensino, em geral, e o das formações qualificantes, em
particular, têm um papel preponderante e fundamental a desempenhar.
É ponto assente que, nos últimos anos, Angola tem feito um esforço de qualificação da sua
população estudantil em todos os níveis de ensino, no sentido de procurar recuperar o atraso
em relação aos outros países do mundo em vias de desenvolvimento. Tendo em
consideração esta realidade, e o que ela representa em termos sociais e de desenvolvimento
económico e cultural do nosso País, deparamo-nos com a enorme percentagem de jovens
que ingressam no mundo do trabalho sem quaisquer qualificações profissionais. Este
problema nacional constitui-se como um desafio que se coloca ao sistema de ensino, que
tem procurado dar resposta através de um leque diversificado de ofertas formativas
profissionalmente qualificantes, entre as quais se destacam os cursos tecnológicos oferecidos
pelos institutos politécnicos.
Deste modo, estas formações qualificantes apresentam uma estrutura curricular que exige
uma nova organização/funcionamento e dinâmica por parte dos institutos. É neste contexto
que se considerou pertinente a elaboração de um documento por parte do IP 30 Setembro
que orientasse o trabalho dos alunos e professores que agora se apresenta, procurando
incrementar uma verdadeira identidade no ciclo de estudos de nível secundário, através de
uma educação e formação sólidas, que valham por si próprias, os novos cursos tecnológicos
assumem, desta forma, uma natureza terminal num percurso educativo, proporcionando aos
jovens, num horizonte mais imediato, uma inserção qualificada no mercado de trabalho.
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I. REGRAS METODOLÓGICAS GERAIS
Considerando, ainda, uma área curricular não disciplinar, o projecto tecnológico (PT), de
natureza inter e transdisciplinar, estes cursos promovem o desenvolvimento de um conjunto
de competências sociais, entre outras, em domínios como a capacidade de cooperar, de
trabalhar em equipa e de assumir novos papéis indispensáveis à integração do aluno num
mundo do trabalho em constante mutação, integrando, também, uma componente de
formação em contexto de trabalho (Estágio), à semelhança do que acontece nos novos
cursos profissionais. Assim, estes cursos permitem que se promova o desenvolvimento,
supervisionado, de competências e de práticas profissionais sendo proporcionadores de
experiências de carácter sócio-profissional que facilitam a futura integração dos jovens no
mundo do trabalho. Esta formação em contexto de trabalho pode ser realizada numa
qualquer entidade de estágio.
Com vista a aliar rigor e exigência a uma maior visibilidade interna e externa destas
formações tecnológicas, os cursos tecnológicos devem integrar, ainda, tal como os cursos
profissionais, uma prova de aptidão final (Prova de Aptidão Profissional - PAP).
A Área Tecnológica Integrada (ATI) faz parte do plano curricular da 13ª classe dos novos
cursos tecnológicos e integra a área não disciplinar que envolve, Projecto Tecnológico (PT), a
Orientação de Especificação (OE) e o Estágio (LÜDKE e ANDRÉ, 1986).
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1.2. Docência da área tecnológica integrada (ATI)
O projecto tecnológico, área curricular não disciplinar, tem uma carga horária anual, cuja
gestão também é da responsabilidade da escola, dependendo a sua distribuição semanal do
período em que o Estágio, para cada turma, vai ocorrer.
Esta disciplina tem uma carga horária anual, cuja gestão é da responsabilidade da escola,
dependendo a sua distribuição semanal do período em que o Estágio, para cada turma, vai
ocorrer.
Numa primeira fase, os referidos produtos deverão ser concebidos e desenvolvidos por
pequenos grupos de alunos, sendo a metodologia utilizada a do trabalho de projecto.
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Numa segunda fase, os trabalhos a desenvolver deverão ser preferencialmente individuais,
servindo de suporte à sua visão e interesses correspondentes ao sector profissional que
escolheram.
1.3.3. Estágio
O Estágio realiza-se numa entidade pública ou privada, designada por entidade de estágio,
na qual se desenvolvem actividades profissionais relacionadas com a área de formação do
curso tecnológico e da Especificação em causa. É supervisionado pelo Professor Orientador
de Estágio, em representação da escola, e pelo Monitor, em representação da entidade de
estágio e deverá orientar-se para uma das saídas profissionais correspondentes à
Especificação, ou Variante, caso exista.
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O produto, objecto ou produção escrita, ou de outra natureza, bem como o respectivo
relatório de realização a defender na PAP são presentes ao júri até quinze (15) dias úteis
antes da data de realização da prova.
A PAP tem a duração máxima de 50 minutos (sendo 20 minutos para os alunos e 30 minutos
para o júri) e realiza-se, de acordo com o calendário a definir pelo Instituto, no final das
actividades lectivas e/ou no final da realização do Estágio.
Segundo Churchman (1971), toda pesquisa começa: pela elaboração do seu projecto. Sem
isso, a pesquisa já estaria comprometida de saída, pois seria o mesmo que fazer uma viagem
sem conhecimento de seu caminho. Iniciar uma pesquisa sem projecto é apostar alto demais
na improvisação (...).
O projecto funciona como uma visão antecipada, um planeamento dos passos que serão
dados pela pesquisa e, planear significa traçar um curso de acção que podemos seguir para
que nos leve às nossas finalidades desejadas. (CHURCHMAN, 1971)
Numa pesquisa, nada se faz ao acaso. Desde a escolha do tema, fixação dos objectivos,
determinação da metodologia, colecta dos dados, a sua análise e interpretação para a
elaboração do relatório final (trabalho de conclusão de curso ou monografia), tudo é previsto
no projecto de pesquisa.
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Um projecto de pesquisa deve, portanto, responder às seguintes questões clássicas
(Tabela 1):
Tabela 1 – Modelo de Plano de Acção – Ferramenta 5w2h (what, why, where, who, when, how many
e how much) aplicada a pesquisa (SILVA, 2004)
Tipo Modelo 5W2H Descrição
Assunto O quê? TEMA E TITULO
OBJECTIVO GERAL
Objectivo Para quê?
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Justificação Por quê? JUSTIFICAÇÃO
Método Como? METODOLOGIA
Formulação do Problema FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Hipóteses FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES
Local Onde? DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Sequência Quando? CRONOGRAMA
Custo Quanto? ORÇAMENTO
Fonte: Silva, 2004
O projecto, portanto, serve de guia para a execução da pesquisa e deve enfrentar algumas
questões: o que será pesquisado? (Tema), por que a pesquisa é necessária? (Justificação e
Objectivos), como será pesquisado? (Metodologia e Procedimentos), que recursos humanos,
intelectuais, bibliográficos, técnicos, instrumentais e financeiros serão mobilizados? Em que
período?
Impor uma disciplina de trabalho não só na ordem dos procedimentos lógicos, mas, também,
em termos de organização do tempo, de sequência de roteiros e cumprimentos de prazos.
Segundo Gil (2008), as pesquisas científicas classificam-se de duas maneiras: quanto aos
objectivos e quanto aos procedimentos.
6
Quanto aos objectivos
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3.1.4. Formatação da configuração das margens da página
A página para a redacção do texto, deve-se apresentar margens padronizadas, nas partes
superior, inferior, esquerda e direita (Figura 1).
Para o texto, deve-se iniciar sem recuo na primeira linha, com alinhamento justificado, e
espaçamento 1,5 pt (Figura 2).
Para os subtítulos, o espaçamento deve ser simples com 12 pt. antes e depois sem o recuo
na primeira linha. Para isso, vá a Parágrafo – Espaçamento, e inclua 12 pt. antes e 12 pt.
Depois (Figura 2).
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Figura 2 – Formatação do texto e tamanho da letra
Com relação à lista de bibliografias, a fonte é 12 com espaçamento simples entre as linhas da
referência. Entre uma bibliografia e outra, deixam-se 12 pt de espaço.
A paginação utilizada a partir da folha de rosto, incluindo todos os pré-textuais deve ser
contada sequencialmente, e numerada em romano. A numeração em algarismos arábicos é
colocada a partir da primeira folha da parte textual (introdução), no canto inferior direito da
folha, a 2 cm da borda inferior. Se o trabalho tiver mais de um volume, as folhas devem ter
numeração contínua. Havendo apêndice, e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de
maneira contínua dando segmento à do texto principal.
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Figura 4 – Representação esquemática dos elementos de um trabalho científico
4.1. Tema
4.2. Introdução
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4.2.1. Justificação do tema
A justificação do tema visa destacar a importância da pesquisa proposta, tanto no campo da
teoria quanto no da prática, para a área de conhecimento em que a pesquisa é desenvolvida.
Ela deve responder as perguntas: Por que se deseja fazer a pesquisa? Por que a pesquisa é
relevante? Qual a sua importância? Quais as suas contribuições?
4.2.5. Objectivos
Nesta etapa, o autor apresenta os objectivos que o trabalho pretende atingir relacionados às
contribuições que pretende trazer. Serão extraídos a partir dos problemas levantados
anteriormente. Verbos usados na elaboração dos objectivos devem ser utilizados no infinitivo.
“Tem por finalidade elucidar uma situação; aprofundar um tema; oferecer subsídios para sua
área de estudos; analisar, discutir e até mesmo refutar posições e teorias” (JARDILINO, 2000,
p. 53).
Citação directa
A citação directa, também, chamada de citação textual ou citação literal, consiste na
transcrição integral de parte do texto de outro autor. Contudo, não é recomendável o uso
excessivo da citação directa, pois pode sinalizar insegurança por parte do autor ao redigir e
argumentar as suas ideias.
Se a ideia citada for inferior ou igual a três linhas deverá ser apresentada dentro do seu
próprio parágrafo, entre vírgulas altas e, ao final da mesma, após o ponto e entre parênteses,
vem a indicação bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra e
número da página), conforme os exemplos seguintes:
Segundo Gil (2008, p. 42), “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis”.
“As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis”. (GIL, 2008, p. 42).
Para Cohen, Manion e Morrison (2000, p. 313) “os relatos que tipicamente emergem das
observações participativas fazem eco às críticas dos dados qualitativos ”.
“Os relatos que tipicamente emergem das observações participativas fazem eco às críticas
dos dados qualitativos”. (COHEN; MANION; MORRISON, 2000, p.313).
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A citação superior a três linhas deverá ser apresentada em parágrafo separado do texto do
autor, com o recuo de 4cm da margem, espaçamento simples, fonte 10 e sem vírgulas altas.
Nas citações directas e nas referências, usa-se o “p.” quando indicar apenas uma página
citada, e “pp.” quando houver mais de uma página citada, como por exemplo:
Citação Indirecta
A citação indirecta é a síntese das ideias extraídas do texto de outro autor, ou seja, dar-se-á
redacção própria às ideias desenvolvidas por outro autor.
Neste caso, só é indicada a fonte à qual pertencem as ideias e o ano de publicação da obra,
ou seja, (AUTOR - data), sem a página. Na citação indirecta, não se usam as vírgulas altas.
De acordo com Perrenoud (2002), a transformação das práticas passa pela transformação do
habitus, havendo a necessidade de se observar mais atentamente o habitus do professor, de
se verificar suas condições de produção.
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Citação de citação
Indicar o autor da obra original e o ano (se possível), logo após acrescentar “como citado por”
(artigo em português) e “apud” (artigo em latin), autor, ano e página da obra utilizada para
consulta. Na lista de referências, indicar apenas os dados da obra consultada.
Olson (1977, p. 23) citado por Smith (1991, p. 86), afirma que nossa capacidade para
produzir e compreender tal linguagem falada é, na verdade, um subproduto do fato de
sermos alfabetizados.
De acordo com Williamson (apud HOOKS, 2021, p. 152), “Dizem-nos que esses problemas
são secundários ou que seria muito custoso consertá-los – como se o dinheiro fosse o mais
importante. A ganância é considerada legítima agora, enquanto o amor fraternal não é”.
Nesse caso, você deve incluir na lista de referências bibliográficas apenas os dados do livro
de Hooks, que foi o texto que tivemos acesso.
O delineamento pode ser quantitativo, qualitativo ou misto. Este delineamento pode ser
transformado em uma pesquisa exploratória, descritiva ou explicativa/interpretativa. É
importante que se justifique a escolha do delineamento a partir dos objectivos do projecto.
Quanto aos instrumentos são descritas as técnicas de colecta de dados que são utilizadas no
projecto. Para os projectos que envolvem a colecta de dados com seres humanos, é
necessário descrever a utilização do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), seja
aquele apresentado para os indivíduos, seja para as instituições. Se o projecto envolver
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materiais, como gravadores, câmaras de vídeo, computadores ou similares, esses também
devem ser citados nesta secção (GIL, 2002).
Nos procedimentos são descritos os passos da investigação desde o seu envio para a
avaliação dos critérios éticos, quando necessário, até a interpretação dos dados colectados.
Deve ser descrito o modo como os dados colectados serão organizados, catalogados e/ou
tabulados, dependendo da estratégia escolhida na secção instrumentos.
Segundo Marconi e Lakatos (2003 p. 231), a interpretação dos resultados é a parte mais
importante do trabalho. É o momento do pesquisador mostrar que compreendeu as
informações contidas nas entrelinhas, ou seja, que são resultados de uma apreciação crítica.
Por seu lado (GIL, 2008 p. 156) afirma que o processo de análise e interpretação dos dados é
constituído pelas etapas seguintes:
Neste contexto, na escrita académica, uma das premissas mais importantes é mostrar os
resultados da pesquisa com neutralidade e estabelecer uma discussão entre eles.
4.6. Conclusões
COHEN, L.Ç MANION, L.; MORRISON, K. (2000). Research Methods in Education. 5th
Edition, Routledge Falmer, London, p. 313.
GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Ed. – Atlas, São Paulo – SP.
________ (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição. São Paulo: Atlas.
HOOKS, Bell. (2021). All about love: new visions. New York, NY 10022, p. 152.
MARCONI, M. A.; LAKATOS E. M. (2003). Metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas.
RICHARDSON, Roberto Jarry. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª. Edição,
São Paulo: Atlas. (p. 56 – 57)
THIOLLENT, Michel. (1986). Metodologia da pesquisa - ação. 2ª edição. São Paulo: Cortez.
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