CARTA

Ano LXI - dezembro/janeiro 2021/22 - 544

EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A
MENSAL
Maria se preparou para receber
Jesus, preparemos também os
nossos corações e nossos lares
para acolhê-lo neste Natal!

A missão do casal,
levar um ao outro
para o céu
página 14

Sínodo
2021
2023

Por uma Igreja sinodal

comunhão | participação | missão
 Índice
EDITORIAL ACESSE CARTA
.....................................................................................................................1 MENSAL SONORA:
SUPER-REGIÃO
Fazer juntos o caminho................................................................................... 2
Distantes mas muito próximos........................................................................ 3
Tema do ano: Capítulo IX................................................................................4
Natal do Senhor Jesus: chegou! ....................................................................... 5
Estatuto das ENS...........................................................................................6
Imaculada Conceição ..................................................................................... 7
Secretaria e Tesouraria: superando desafios da nova realidade..............................8
Lendo e relendo Pe. Caffarel ........................................................................... 12
IGREJA CATÓLICA
A missão do casal: levar um ao outro para o céu.................................................14
Quarenta anos da Familiaris Consortio.............................................................16
DATAS RELIGIOSAS
Epifania ....................................................................................................... 17
Participação da família nas novenas de Natal ....................................................18
EJNS
A presença de influencers católicos no Instagram..............................................19
RAÍZES DO MOVIMENTO
Diretrizes ................................................................................................... 20
TESTEMUNHO
Esse é o cara... .............................................................................................. 21
A importância das ENS em nossa vida..............................................................22
Encontrando o caminho do amor ....................................................................23
Prioridade e perserverança: eis os desafios ...................................................... 24

ENS_CM 544_dez_miolo-capa_NB
REFLEXÃO
O imensurável amor de Deus pelo homem .......................................................25
As Artes Plásticas e o poder do encantamento de Deus ..................................... 27
PARTILHA E PCE
O Senhor, nós e os PCEs ............................................................................... 29
Meditação: voz do silêncio falando com Deus ................................................. 30
Escuta da Palavra .......................................................................................... 31 no 544
FORMAÇÃO edição
Natal: Deus quer um lugar entre nós................................................................32 dezembro
2021

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa”
Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe
Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros:
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Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal,
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Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS
(www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

Caros equipistas!
Iniciamos esta edição agradecendo
a Deus por mais um ano vivido e pela
oportunidade de servir. Nossa Carta
publicou momentos de alegria na vida
de muitos, mas também tristezas com-
partilhadas através dos lindos e emocio-
nantes testemunhos... A vida é assim,
uma mescla de sentimentos, oportuni-
dades, chegadas e partidas! Que Deus
em sua infinita bondade possa acalmar
os corações aflitos com a chegada do
menino Jesus que veio trazer o amor
que gera paz e se transforma em es-
perança, nas palavras do Pe. Lucivaldo,
SCEP Norte. Neste sentido, também
recomendamos o artigo de Lu e Nel-
son que apontam 2022 como um ano
de recomeço e aprendizado.
Nesta oportunidade, agradecemos
imensamente aos queridos: Bete e
Carlos Alberto, Província Leste II, que
escreveram a Palavra do Papa, Pe. An-
tônio Jr., Sul III, que contribuiu na ban-
deira Formação e Pe. Vanzella, Sul I, que
trabalhou artigos na bandeira Igreja Ca-
tólica em comemoração aos 40 anos
da Familiaris Consortio. Como foi bom
contar com a generosidade e o dom de
vocês neste ano! Que Deus possa sem-
pre iluminá-los e abençoá-los em suas
missões. Assim a Carta Mensal é cons-
truída, e a cada ano essas bandeiras ga-
nham novos protagonistas.
Agradecemos também ao CRSRB Lú e
Nelson, Dom Moaci, Casais Provinciais
e SCEP e todos os equipistas que de for-
ma magnífica contribuíram à medida
que foram solicitados ou por demanda
espontânea, partilhando suas vitórias,
angústias e esperanças. Deus é bom
sempre e nos presenteia todos vocês.
CM 544
EDITORIAL
A cada ano a Secretaria e Tesouraria
publica de forma detalhada o balan-
ço financeiro, a fim de dar visibilidade
e transparência às ações da SRB. Mui-
to importante que cada irmão, mes-
mo sem entender muito os núme-
ros, acompanhe e saiba como é valo-
rizada e aplicada nossa contribuição
ao Movimento.
Vocês sabem a diferença de escutar e
ouvir? Acreditamos que sim, entretanto
vejam o que escreveram Evanir e Olívio
e reflitam, como está a vivência deste
PCE, será que como Maria “escolhemos
a melhor parte”?
Em meio a tantos desafios uma cons-
tatação, uma indagação e uma análi-
se... o amor a Deus e aos irmãos pode
ser manifestado de várias formas:
através da ação, da música, de um
olhar, um desenho ou até mesmo de
uma pintura! Quem seria a equipe que
atua nos bastidores da edição de cada
livro tema? Com muita sensibilidade
e conhecimento, vejam as considera-
ções de Emanuela e Flávio, da Provín-
cia Leste II.
Finalizamos com as palavras do Pe. An-
tônio Jr., que todos possamos sentir a
necessidade de Jesus e possamos rever
a vida à luz do extraordinário aconte-
cimento do Natal:
Deus quer entrar e
permanecer para
sempre em nossa
história. Feliz Natal
a todos e um ano
novo de esperança,
saúde e paz.
Débora e Marquinho
CR Carta Mensal
1
 SUPER-REGIÃO
Fazer juntos o caminho
Encerramos o ano de 2021 agrade-
cendo a Deus por todo o bem que Ele
nos fez e, através de nós, realizou em
nossos relacionamentos e no Movimen-
to. Deus é bom sempre!
O ano vigente finaliza com nossa San-
ta Igreja respirando a sinodalidade que
será o tema do próximo Sínodo dos
Bispos convocado pelo Papa Francis-
co para 2023, e que já teve início em
nossas igrejas particulares e também
em nosso Movimento das Equipes de
Nossa Senhora.
A palavra sínodo significa “fazer juntos
o caminho”. Tanto a expressão “cami-
nho” como “juntos” são fundamentais
para nossa compreensão do mistério da
Igreja que nasce de Cristo, e na força do
Espírito atua no mundo levando toda
a humanidade a conhecer o amor de
Deus e manifestá-lo em sua convivên-
cia humana e com toda a criação. Jesus
se apresentou como o “Caminho”, con-
vidou os discípulos a unirem-se a Ele na
realização da vontade do Pai e os enviou
dois a dois em missão.
O tema - “Por uma Igreja Sinodal: co-
munhão, participação e missão” – nos
convida a um encontro que produza
uma experiência desta sinodalidade - o
2
jeito da Igreja ser e agir. Nela, pastores e
fiéis,Povo de Deus reunido pelo batismo,
manifestam sua comunhão e, na varie-
dade e diversidade dos batizados, parti-
cipam e colaboram na missão da Igreja.
Nós equipistas também somos chama-
dos, como batizados, na Fase Diocesana
do Sínodo a participar dos Encontros de
Consultas que acontecerão nas nossas
comunidades e paróquias, refletindo
sobre a questão fundamental apre-
sentada pelo Documento Preparató-
rio. Faremos memória das experiências
de “caminhar juntos” vividas em nossa
realidade eclesial particular e ouviremos
o que o Espírito Santo nos fala para en-
tender o que ainda é necessário para vi-
vermos em plenitude este modo de ser e
agir da Igreja, da qual somos membros.
Os equipistas que vivem profundamen-
te o carisma das ENS e não ficam à mar-
gem da vida do Movimento já percebe-
ram que a sinodalidade é também um
modo de ser e agir das ENS para cumprir
sua missão na vida dos casais e pastores,
convidando-nos à comunhão e promo-
vendo a nossa participação nos diversos
serviços no Movimento e na Igreja.
Que a participação nesta Consulta Sino-
dal nos ajude a sermos verdadeiramente
sal e luz não só den-
tro do Movimen-
to, mas também na
Igreja e na socieda-
de. Vamos juntos!
D. Moacir Arantes
SCE Super-Região
CM 544
 SUPER-REGIÃO

Distantes mas muito próximos

“Venha a tua misericórdia sobre nós, Senhor,
conforme em ti nós esperamos”. Sl 33, 32
Estamos chegando ao final de mais
Comida Missa
um ano equipista. O ano de 2021 foi Delivery pela TV
de muitos desafios e aprendizado para Reunião
todos nós, fomos “forçados” a ficar Equipe
On-line
em casa, a nos reinventar na escola de Midia
Social VIDA ON-LINE
nossos filhos, no trabalho, na comu-
nidade e também no Movimento. Foi Aulas
Trabalho On-line
um ano de muitas perdas também, re- Remoto
núncias, cancelamentos, frustrações,
mas sobretudo foi um ano de muita
fé, muita força, coragem e muita ora-
ção. Mesmo distantes uns dos outros
nos sentimos muito próximos, pois
o Movimento nos proporcionou isso,
graças a Deus.
Terminamos este ano compreendendo Para o próximo ano teremos outros
que ser casal, unido pelo sacramento desafios, será um ano de descober-
do Matrimônio e amadurecido pelo tas com gostinho de recomeço, onde
carisma das ENS, nos leva a vivermos poderemos aos poucos, conforme as
nosso sacramento como um Sacra- orientações de cada local, voltarmos
mento de Missão. Esperamos que a às nossas atividades presenciais, que
reunião de balanço tenha nos feito Deus seja louvado.
refletir sobre nossas fraquezas e ale- Sempre encorajados pela Palavra de
grias e que possa ter orientado a dar Deus e a proteção de nossa querida Mãe
um passo a mais em nossa caminhada Aparecida, padroeira do Brasil, vamos
rumo à santidade. em frente em nossa caminhada, com a
O santo João Paulo II nos afirma que determinação de casal cristão em dire-
uma das maiores missões que temos ção “à santidade, nem mais nem me-
é de testemunhar o amor de Deus por nos”. (Pe. Caffarel)
nós através do nosso sacramento do Aproveitamos para desejar um Feliz
Matrimônio. Natal a todos, que
“A sociedade contemporânea tem o nascimento do
principalmente necessidade do tes- menino Jesus pos-
temunho de casais que perseveram sa encher os nossos
no seu casamento, como um sinal corações de espe-
eloquente (apesar das dificuldades rança e paz.
enfrentadas) de nossa condição hu-
mana e do amor constante de Deus”.
(João Paulo II, Agenda para o Tercei- Lu e Nelson
ro Milênio) CR Super-Região

CM 544 3
 SUPER-REGIÃO
Não mintam uns aos outros, visto
que vocês já se despiram do velho
homem com suas práticas e se reves-
tiram do novo, o qual está sendo reno-
vado em conhecimento, à imagem do
seu Criador. (Cl 3, 8-10)
A cada ano, as ENS, através de sua pe-
dagogia, nos oferecem meios para uma
caminhada em comunhão com Cristo,
em busca da santidade.
E, ao final do ano, através do balanço,
convida cada um de nós a ter um olhar
pessoal sobre a caminhada: Quais atitu-
des permitiram-me maior proximidade
com Cristo? Quais laços foram fortale-
cidos na minha vida conjugal e de equi-
pe? O que precisa ser melhorado na mi-
nha relação com Deus, com a Igreja, com
meu cônjuge, e no meio em que me rela-
ciono (trabalho, família e outros)?
A reunião de balanço é um momento
especial de partilha e de entreajuda para
viver em um clima de oração, verdade e
comunhão. Com espírito de caridade,
cada equipista é convidado a avaliar a sua
jornada pessoal e de casal, bem como a
situação da equipe, evocando suas difi-
culdades e suas alegrias, a fim de deter-
minar os aspectos que precisam ser for-
talecidos, preservados ou, se necessário,
corrigidos (cf. LTE, pág. 110).
Como preparação para o balanço anual,
a primeira atitude deve ser a de buscar
Cristo, através da oração e, a partir do
encontro com Ele, livrar-se da tentação
da vaidade, de pensar que seu cresci-
mento espiritual foi unicamente esforço
4
Tema do ano:
Capítulo IX
Reunião de balanço
pessoal, que precisa ser recompensado,
que está em condição melhor que o ou-
tro e, portanto, pode julgá-lo e não per-
ceber que tudo isso em nós é fruto da
ação de Deus, que nos molda para ser-
mos instrumentos de Seu amor.
O balanço anual talvez nos leve ao en-
contro com nossas fragilidades,o que não
deve nos desanimar, pois não se trata de
saber o quanto sou pecador ou indigno, e
sim de perceber o quanto sou amado por
Deus, apesar de meus pecados.
“A ternura do vosso marido, a ternura
da vossa mulher, é um sinal da ternura
de Deus”. (Pe. Henri Caffarel)
No balanço conjugal, já com a experiên-
cia do Encontro com Cristo misericor-
dioso, minha atitude deve ser sempre
de acolhimento das fragilidades do ou-
tro, através de um ouvir atento, que me
leva a penetrar na alma da pessoa amada
através da abertura de coração. O “eu te
amo”, “eu me importo” devem ser ditos
através de um ouvir atento, ouvir como
expressão do meu amor.
Cristo me conduz ao outro e o outro me
conduz a Cristo!
Vamos ao balanço
anual como estimula
Paulo aos colossen-
ses, revestidos “do
novo,o qual está sen-
do renovado em co-
nhecimento, à ima-
gem do seu Criador”.
Edna e Sebastião
CRP Norte
CM 544

Natal do Senhor Jesus: chegou!
O que celebramos neste dia tão im-
portante para nós? Nós não podemos
celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição
de Cristo sem falar do seu Nascimento,
aliás, não podemos falar de seu sacrifício
sem passarmos pela manjedoura. Após
quatro semanas de preparação para a
festa do Nascimento de Jesus, chega-
-se a sua Natividade.
Chegou e precisa ser acolhido e, mais
do que dar presentes a Ele, Ele se tor-
na o nosso presente. Um presente de
amor, de paz, de acolhida, de abraço,
de alegria. Um presente que precisa
ser acolhido no coração. Recebamos
o Menino-Deus como presente que o
Pai do céu nos oferece: um amor maior
e incondicional. Porque mais uma vez
é Natal! Porque o mundo, a família e a
Igreja necessitam deste amor.
O Tempo de Natal se estende desde
as vésperas do Natal do Senhor até o
domingo após o dia 6/01. É a come-
moração do Nascimento do Senhor,
em que celebramos a “troca de dons
entre o céu e a Terra”, pedindo que
possamos “participar da divindade da-
quele que uniu ao Pai a nossa huma-
nidade” (Oração sobre as Oferendas,
Missa da Noite de Natal). É um tempo
para retomarmos o caminho do amor
de Deus e refazermos nossa relação
conjugal e familiar.
Ao “e se encarnou” (no Credo), todos
genufletem na noite mais santa: pros-
tremo-nos diante do belo amor que se
manifesta no rosto de um bebê-Deus,
na simplicidade e beleza estampadas
numa criança “que nos foi dada”.
CM 544
SUPER-REGIÃO
Na celebração do Natal contemplamos
estes mistérios de um Deus que rompe
todas as leis e barreiras que nos impe-
dem de viver o amor.
O evangelista Lucas (2, 1-14) não pou-
pou todas as histórias deste dia maravi-
lhoso e revelou o amor extraordinário de
Deus. O Deus em que confiamos que é
amor, que ultrapassa as leis humanas
criadas por Ele mesmo, para expressar
a razão das coisas e de seus significa-
dos. Mostra-nos que Jesus nasceu como
qualquer homem, para dizer a este ho-
mem como encontrar o verdadeiro amor.
Deus tomou iniciativa de derramar nes-
te mundo sua glória e sua paz que tanto
precisamos hoje, neste furacão biológi-
co que passa por nós.
Vamos viver o Natal com atitudes e
ações. Continuemos a semear o pro-
jeto de salvação, por meio de nossos
gestos concretos, aderindo a propos-
tas solidárias de nossas comunidades,
nossas paróquias.
Chegou o Salvador, vamos acolhê-lo!
Rogo que o Deus-Menino realize em
nossos lares aquilo que Ele veio trazer:
Amor que gera paz e se transforma em
Esperança para todos nós e que toda
fragilidade seja marcada por seu amor
e ternura. Que o
Deus Menino dilate
nosso coração para
abrirmos nossas ca-
sas para acolhê-lo.
Deus-Menino,
abençoai-nos!
Pe. Lucivaldo Correa da Silva
SCEP Norte
5
 SUPER-REGIÃO
Sustentados firmemente pelas obrigações
ESTATUTOS
DAS
EQUIPES DE NOSSA SENHORA
“CARTA”
Nos deram a responsabilidade de es-
crever sobre a importância do Estatuto
NOVA EDIÇÃO
COMEMORATIVA
das ENS, que completará 74 anos, cujo
lançamento foi em 8/12/1947, na fes-
ta da Imaculada Conceição. E para isso,
além da insegurança e ansiedade em
refletir tal importante documento, ti-
vemos que pesquisar, e quantas mara-
vilhas encontramos.
Primeiro percebemos que pesquisar
sobre os Estatutos é deparar-se com a
Super-Região Brasil
santa espiritualidade de quem o propôs,
Pe. Henri Caffarel. E ele se questionava
se essas regras seriam aceitas. Pela his-
tória sabemos que muitos não aceita-
ram e se afastaram, outros aceitaram e,
com o passar do tempo, o Movimento
foi crescendo, atravessando oceanos.
Pe. Caffarel disse: “Graças aos Estatu-
tos, os equipistas são firmemente sus-
tentados pelas obrigações. Mas cuidado
com este novo perigo: esvaziar as obri-
gações de seu espírito. É preciso temer
que as obrigações se tornem um fim
em si mesmas, um ideal, uma limita-
ção e que os equipistas pensem que a
perfeição cristã consiste em respeitar
as obrigações dos Estatutos”.
Mas o que são os Estatutos das Equipes
de Nossa Senhora? São apresentados por
dois documentos fundamentais para as-
sim entendermos o que é uma Equipe de
Nossa Senhora. São eles: os “Estatutos
de 1947”, atualizados até 1972, e os
“Estatutos Canônicos” com o respecti-
vo Decreto de reconhecimento de 2002.
6
Esses dois documentos sinalizam como
é a vida do Movimento, eles se comple-
tam entre si, mostrando como os casais
são chamados a se santificarem no ca-
samento e através dele.
O Movimento das Equipes de Nossa Se-
nhora tem suas obrigações descritas nos
Estatutos e precisamos,para ser um equi-
pista fiel, não só conhecê-las, mas viven-
ciá-las,com amor,nos ajudando a progre-
dir na fé, no ideal cristão do casamento.
E o que dizer de nossos estatutos que
conseguem a unidade do nosso Movi-
mento em mais de 92 países e que se
mantém fiel há mais de 70 anos?
Santo Agostinho dizia: “Só amamos
aquilo que conhecemos”, ousaríamos
dizer: quem ama procura conhecer.
Por isso, queridos equipistas, propomos
aqui que leiam e estudem os Estatutos,que
se encontram no Acervo de Formação no
site das ENS e também em nosso precio-
so Guia das ENS, como anexo 1, pois en-
contrarão um corpo de leis, que tem uma
alma, que tem amor, que tem espirituali-
dade.E entenderão a razão de ser das ENS.
Muitas vezes ouvimos dizer que o Movi-
mento precisa de renovação, mas a rea-
lidade é que a vivência fiel dos estatutos
é que nos renovam.
Como reflexão terminamos com uma
frase do Pe. Caffarel: “O teu amor sem
exigência me di-
minui; a tua exi-
gência sem amor
me revolta; o teu
amor exigente
me engrandece.”
(L’Anneau d’Our,
mai-ago 1956)
Eliana e Odelmo
CRP Sul II
CM 544

Imaculada Conceição
Em 1830, a Virgem Santíssima apa-
receu em Paris, berço da Revolução
Francesa, e ensinou Santa Catarina
Labouré a rezar através da jaculatória:
“Maria concebida sem pecado, rogai por
nós que recorremos a Vós”.
Um quarto de século depois, em 1854,
Deus permite que o bem-aventurado
Papa Pio IX proclame o dogma da Ima-
culada Conceição.
Celebrar a Imaculada Conceição é crer
no imenso amor que Deus derramou
sobre a Virgem Maria, desde o primei-
ro instante em que ela foi concebida,
e confiar que ela é aquela que irá nos
guiar na grande tribulação, a fim de
participarmos da vitória de Deus sobre
a maldade.
Sob o refúgio da Imaculada, nós esta-
mos plenamente protegidos. De Maria
nunquam satis, dela nunca se consegui-
rá dizer o suficiente, jamais chegaremos
a expressar a magnitude desse mistério
de amor. No entanto, sabemos que esse
amor nos foi dado, aos pés da cruz; só
precisamos nos entregar a ela a ponto de
dizer: “Maria é minha,e eu sou de Maria”.
Em seus braços somos conduzidos, ao
longo da grande batalha, na qual a mu-
lher humilde e obediente, que foi preser-
vada do pecado original, esmagará a ca-
beça da serpente soberba e rebelde, que
pecou e levou a humanidade a pecar.Que
a Virgem Santíssima manifeste a sua vi-
tória o quanto antes, para que, ao final de
tudo, triunfe o seu Imaculado Coração.
Dizer que a Virgem Maria é Imaculada,
ou seja, que foi preservada do pecado
original, consiste na forma negativa de
expressar a realidade positiva de que
Ela é cheia de graça, nela habitam em
CM 544
SUPER-REGIÃO
plenitude o amor e a graça de Deus. As-
sim, a ausência de pecado e a plenitu-
de de graça, na Virgem Santíssima, são
realidades complementares.
Quando o Arcanjo Gabriel saudou
Maria dizendo “Ave, cheia de graça”,
ele estava reconhecendo que, mes-
mo antes de conceber o menino Jesus,
Maria já possuía a plenitude de graça
(κεχαριτωμένη), uma vez que, desde
o primeiro instante de sua concepção,
já havia sido preservada da culpa origi-
nal, tendo em vista os méritos de Jesus.
O amor que Deus derramou sobre Ma-
ria é algo abundante e inefável. A língua
humana não é capaz de explicar esse
mistério, por isso precisamos do auxí-
lio dos anjos, dos santos, e do próprio
Espírito Santo, a fim de que consiga-
mos celebrar este mistério de plenitu-
de de graça.
A Virgem Maria é um prodígio espiri-
tual superior a todos os anjos e santos
juntos. E essa plenitude de graça, Deus
concedeu a ela por nós e para a nossa
salvação. Devemos compreender que
Ele a privilegiou para nos beneficiar. Mas
só é possível entender isso se abando-
narmos nosso olhar invejoso. Lúcifer,
na sua soberba e inveja, não foi capaz
de aceitar que, quando Deus privilegia
e dispõe mais graça
a alguém, Ele o faz
em nosso favor.
Maria Concebida
sem pecado, rogai
por nós que recor-
remos a Vós!
Pe. Fábio Dungue
SCEP Sul II
7
 SUPER-REGIÃO

Secretaria e Tesouraria:
superando desafios da nova realidade
Na missão à frente da Secretaria e Tesouraria do Movimen-
to no Brasil, temos buscado inspiração na sabedoria divina, tão
presente nos ensinamentos do Padre Caffarel. Por isto, nessa
longa pandemia, caminhamos juntos com os funcionários para
superar as dificuldades. Desta forma, cada desafio nos fez inovar
soluções e aprimorar processos.
Para as questões administrativas e logísticas, buscamos medidas
simples, tais como revisar as classificações contábeis e criar so-
luções para encontros e reuniões virtuais.
Em 2020, a SRB manteve a diretriz de valorizar a contribui-
ção de cada membro do Movimento, priorizando sua utilização
em boa formação cristã e em capacitação para todos os equi-
pistas, casais e sacerdotes, visando sua atuação, consistente
e qualificada, nas missões que exercem no Movimento, na
Igreja e no mundo.
O balanço de 2020 reflete um intenso uso de tecnologia para
apoiar eventos de formação, em sua maioria realizados de forma
virtual a partir do segundo trimestre, com repercussão na relação
entre receita e despesa. O passivo circulante registra os valo-
res, recebidos em 2020, referentes a parcelas das inscrições
para o Encontro Nacional de Fortaleza, previsto para 2021,
que posteriormente foi adiado e, por fim, cancelado.
A contabilidade de 2020 foi submetida a auditoria de empresa
especializada, resultando em relatório com algumas sugestões
para melhoria dos procedimentos que adotamos.
Fraternal abraço,

​Lourdes e Sobral
CR Secretaria e Tesouraria

8 CM 544
 SUPER-REGIÃO

Demonstrações financeiras 2020

Equipes de Nossa Senhora
A Super-Região Brasil apresenta as Demonstrações Financeiras do exer-
cício de 2020, com Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do
Exercício e Notas Explicativas, para conhecimento de todos os equipistas.

Balanço patrimonial em 31/12/2020 (em R$)

2020 2019
ATIVO
Circulante 13.338.262,70 4.870.852,96
Não Circulante 743.570,29 780.769,57
TOTAL DO ATIVO 14.081.832,99 5.651.622,53
PASSIVO
Circulante (Encontro Nacional) 6.043.547,82 255.918,34
Patrimônio Líquido 8.038.285,17 5.395.704,19
TOTAL DO PASSIVO 14.081.832,99 5.651.622,53

Demonstração de resultados do exercício 2020 (em R$)

2020 2019
RECEITAS
Contribuições 5.141.107,65 5.659.082,33
Receitas Financeiras 128.039,00 241.483,39
Receitas Diversas 815.160,76 3.151,31
TOTAL DAS RECEITAS 6.084.307,41 5.903.717,03
DESPESAS
Despesas com Encontros 111.127,20 1.020.921,08
Despesas com Transporte 347.118,13 2.192.772,76
Impressos, Carta Mensal e livro dos 70 Anos 1.034.534,83 1.123.455,34
Despesas postais 726.405,04 855.415,75
Serviços de terceiros 373.926,79 331.681,65
Aluguéis 38.401,44 0,00
Despesas c/ Pessoal 332.678,79 272.488,57
Doações (Canonização e Projeto Vocacional) 195.008,66 201.245,88
Despesas Bancárias 159.836,82 131.679,49
Despesas Gerais 122.688,73 435.902,68
TOTAL DAS DESPESAS 3.441.726,43 6.565.563,20
RESULTADO
Resultado do Exercício 2.642.580,98 -661.846,17
Fundo Patrimonial 5.395.704,19 6.057.550,36
RESULTADO ACUMULADO 8.038.285,17 5.395.704,19

CM 544 9
 SUPER-REGIÃO

NOTAS EXPLICATIVAS 2020

1. Ativo
1.1 Em 2020,o Ativo foi 149,2% superior a 2019,em função do recebimento ante-
cipado de inscrições para o Encontro Nacional.Tais valores compõem o ativo circulante,
juntamente com as contribuições normais, ainda que com destinações diferenciadas.
2. Passivo
2.1 O Passivo, em 2020, reflete os valores recebidos antecipadamente para o En-
contro Nacional, durante o exercício, que formam um fundo de reserva para a
realização do Encontro Nacional. Além disto, o Passivo também é formado pelo
Patrimônio Líquido, cujo valor reflete o superávit de 2020 (resultado do exercício),
que foi fortemente influenciado pela redução de despesas durante a pandemia.
Nos anos após 2020, o Passivo deve voltar ao nível de 2019, refletindo a devo-
lução total dos valores das inscrições do Encontro, já cancelado.

Fundo de Reserva para Encontro Nacional

6.299.466,16
Valores recebidos até 2020, com devolução já iniciada
Além disto, a Super-Região destinou 37,3% do Patrimônio Líquido de 2020 para
suprir a retomada de atividades de formação e eventos presenciais, como um fun-
do a ser utilizado nos exercícios seguintes.

Fundo para Formações e Eventos 3.000.000,00

3. Receitas
3.1 Em 2020, as receitas cresceram 3% em relação a 2019, percentual abaixo
do índice oficial de inflação no exercício, que foi 4,52%.
3.2 Até 2019, a receita referente à recuperação de despesas da produção de docu-
mentos oficiais (livraria) esteve somada às contribuições de equipistas. Em 2020,
esses valores da livraria foram reclassificados como Receitas Diversas.
3.3 As Receitas Financeiras refletem o valor obtido com aplicações financeiras em 2020,
sob impacto da pandemia, com taxas de rendimento bem abaixo das obtidas em 2019.

7.000.000
Receitas X Despesas

6.000.000

5.000.000

4.000.000

3.000.000

2.000.000

1.000.000

0
2016 2017 2018 2019 2020
Receitas Despesas

10 CM 544
 SUPER-REGIÃO

4. Despesas
4.1 Em 2020, as despesas apresentaram redução de 47,6% em relação a
2019, refletindo a grande quantidade de eventos realizados de janeiro até mar-
ço daquele ano.
4.2 Durante a pandemia de Covid-19,as proibições governamentais de ocupação dos
espaços, normalmente utilizados para reuniões e encontros de formação, provocaram
redução no deslocamento de casais e conselheiros, gerando retração de 89,1%
nas Despesas com Encontros e diminuição de 84,2% nas Despesas com Transporte.
4.3 Em 2020, as despesas com a produção de impressos e Carta Mensal apre-
sentaram uma redução de 8% em relação a 2019, apesar dos números de 2020
abrangerem os gastos de produção do livro dos 70 Anos das ENS no Brasil.
4.4 As despesas com postagem de impressos e Carta Mensal, extraordinariamente
aumentadas pelo livro dos 70 Anos, alcançaram uma redução de 15% em relação a
2019,confirmando o acerto da estratégia adotada para reduzir o peso das publicações.
4.5 Em janeiro de 2020, um vazamento hidráulico em sala de andar acima destruiu
parte das instalações do Secretariado,obrigando o deslocamento temporário para outra
sala, além da reforma para recuperação do ambiente, finalizada em agosto de 2020.
Os gastos com obra e aluguel foram registrados em serviços de terceiros e
aluguéis. Ao final de 2020, permaneciam em andamento as negociações, junto à
parte causadora do incidente, para recuperação dos valores gastos.
4.6 As Despesas com Pessoal representam gastos com funcionários do Secretaria-
do, abrangendo salários, encargos, benefícios e férias. O aumento de 22,1%, em
2020 reflete a contratação de uma funcionária no final de 2019.
4.7 O aumento nas Despesas Bancárias decorre da emissão de novos boletos, no
período em que houve o adiamento do Encontro Nacional.

Composição das despesas

Despesas postais
21%

Serviços de
terceiros Carta Mensal e
11% impressos
30%

Despesas com
Transporte
10%

Aluguéis
Despesas com 1%
Pessoal Despesas com
10% Encontros
Doações Despesas Despesas
6% Bancárias gerais 3%
5% 3%

CM 544 11
 SUPER-REGIÃO
Lendo e relendo Pe. Caffarel
Como bem disse o Pe. Paul-Do-
minique Marcovits, atual Relator
da Causa de Canonização, num
recente editorial do informativo
Newsletter: “Quando leio os es-
critos do Pe. Caffarel, sinto-me to-
cado, estou na presença de Deus”.
Na verdade, o nosso fundador ilu-
mina através dos seus escritos e
falas a nossa capacidade de amar
e nos ensina a fazer os devidos dis-
cernimentos, escolhas e a assumir
a nossa missão.
12
A sua mensagem é para todos, in-
dependentemente da idade e do lo-
cal. E a sua convocação sempre será
a mesma: “vamos procurar juntos,
vamos caminhar juntos...”. É nesta
caminhada que entrarão em cena os
vários componentes que uma aten-
ta leitura dos seus escritos nos apre-
senta. Vejamos alguns:
1. A irradiação do amor.
“O amor não conhece fronteiras.
Gostaria de gritar a sua alegria a
todo o Universo, partilhá-la com
todas as almas vivas. O amor con-
jugal irradia para os filhos, partin-
do da família, aquece quem dela se
aproxima; do coração dos que tra-
balham passa invisivelmente para
a obra que criam e para os compa-
nheiros que eles encontram. Eis con-
cretamente o apostolado daqueles
cujo amor é habitado pelo amor de
Deus: o amor irradia...”.
2. A prática da oração.
“A única coisa que nos permitirá ad-
quirir uma vitalidade espirtual e,por-
tanto, o meio de resistir às ameaças
externas e internas (como covar-
dia, orgulho, impureza...) é a ora-
ção!”. “Quem não ora, definhará”.
Pe. ­Caffarel sempre foi muito claro
em colocar a oração como uma das
grandes necessidades vitais, além
da Eucaristia e da Escuta da Pala-
vra. Toda sua vida pode ser resumi-
da nesta singela palavra: “oração”.
CM 544
 SUPER-REGIÃO

“A única coisa que nos permitirá adquirir uma

vitalidade espirtual e, portanto, o meio de resistir às
ameaças externas e internas (como covardia, orgulho,
impureza...) é a oração!”. “Quem não ora, definhará”.
Pe. Caffarel

3. A necessidade de estarmos Toda esta riqueza de pensamen-

atentos e exigentes. tos e ensinamentos está diante
“Não cochilem!”. Nas suas falas, dos nossos olhos nos muitos es-
ele sempre foi muito direto, não critos e hoje também nos vários
deixando dúvidas e não deixando vídeos e áudios que o Movimen-
espaço para sentimentos de um tos coloca à nossa disposição. Um
autocontentamento que pudesse acesso inédito às próprias falas
levar a uma percepção de missão dele nos foi disponibilizado re-
cumprida e encerrada ou de apa- centemente, durante comemo-
ração dos 25 anos de seu faleci-
tia. Dizia: “A partir do momento
mento (09/2021).
em que um responsável está con-
tente consigo mesmo, ele não dá De fato, lendo, relendo, vendo ou
mais vida aos seus equipistas (...). ouvindo Pe. Caffarel, sinto-me
É preciso que sempre estejamos tocado, estou na
com o sentimento de que não foi presença de Deus
feita muita coisa, de que ainda há e sou chamado a
muito por fazer”. Para Pe. Caffarel viver a vocação do
amor. Mas lem-
não bastava estar sempre atento e
bre-se, este amor
vigilante. Era preciso insuflar mais
é exigente!
vida nas equipes. Ou como ele dis-
se diante do Movimento que es-
Afra e Beto
tava em plena expansão: “Neste CR Causa de
corpo que cresce, é preciso insuflar Canonização
sem cessar uma alma”. do Pe. Caffarel no Brasil

Fontes Consultadas:
1 Henri Caffarel, Um homem arrebatado por Deus, de Jean Allemand. 2 Newsletter, n.3, janeiro de 2020,
Associação Os Amigos do Padre. 3 Newsletter, n.2, julho de 2019, Associação Os Amigos do Padre Caffarel.

CM 544 13
 IGREJA CATÓLICA
Palavra do Papa
A missão do casal: levar um ao outro para o céu
Na homilia de 17/10/2014, o
Papa Francisco diz: “Amor, alegria,
paz, magnanimidade, benevolên-
cia, bondade, fidelidade, mansi-
dão, domínio de si. Este é o nos-
so caminho para o Céu, é o nosso
caminho, que começa o Céu des-
de aqui. Porque temos esta iden-
tidade cristã, fomos selados pelo
Espírito Santo.
Na audiência de 2/04/2014, o
Papa afirma que “a imagem de
Deus é o casal matrimonial: o ho-
mem e a mulher; não somente o
homem, não somente a mulher,
mas os dois. Essa é a imagem de
Deus; o amor, a aliança de Deus
conosco é representada naquela
aliança entre o homem e a mulher.
Somos criados para amar, como
reflexo de Deus e de seu amor. E na
união conjugal o homem e a mu-
lher realizam essa vocação no sinal
da reciprocidade e da comunhão de
vida plena e definitiva”.
No entanto, “fará bem a nós pen-
sar no momento da nossa despe-
dida”. Na nossa vida “há tantas
despedidas”: pequenas e gran-
des; e há “também tanto sofri-
mento, tantas lágrimas em algu-
mas delas”. Essas grandes despe-
didas da vida, “também a última,
não são as despedidas de até já,
até logo, até a vista, que são des-
pedidas de alguém que sabe que
14
volta, ou imediatamente e como
voltarei”. (Homilia, Papa Francis-
co, 19/05/2015)
Por isso, como escreve Paulo,
“não olhamos para as coisas vi-
síveis, mas para as invisíveis, por-
que as visíveis são passageiras, ao
passo que as invisíveis são eter-
nas”. (2 Cor 4, 18). (Homilia, dia
06/01/2021)
Às vezes, a vida familiar vê-se
desafiada pela morte de um ente
querido. Não podemos deixar de
oferecer a luz da fé para acom-
panhar as famílias que sofrem
em tais momentos. Abandonar
uma família atribulada por uma
morte seria uma falta de mise-
ricórdia, seria perder uma opor-
tunidade pastoral, e tal atitude
pode fechar-nos as portas para
qualquer eventual ação evange-
lizadora. É compreensível a an-
gústia de quem perdeu uma pes-
soa muito amada, um cônjuge,
por exemplo, com quem partilhou
tantas coisas.
O próprio Jesus se comoveu e
chorou no velório de um amigo
(cf. Jo 11, 33.35). E como não
compreender o lamento de quem
perdeu um filho? Com efeito, “é
como se o tempo parasse: abre-se
um abismo que engole o passado e
também o futuro. (...) E, às vezes,
chega-se até a pôr a culpa em Deus!
CM 544

Quantas pessoas – compreendo-as
– se chateiam com Deus”.
“A viuvez é uma experiência par-
ticularmente difícil (...). Alguns,
quando têm de viver esta experiên-
cia, mostram que sabem fazer con-
vergir as suas energias para uma
dedicação ainda maior aos filhos
e netos, encontrando nesta expe-
riência de amor uma nova missão
educativa. (...) Aqueles que já não
podem contar com a presença de
familiares a quem se dedicar e de
quem receber carinho e proximi-
dade, a comunidade cristã deve
sustentá-los com particular aten-
ção e disponibilidade, sobretudo se
vivem em condições de indigência
(AL 253/254).
CM 544
IGREJA CATÓLICA
Paulo encomenda a Deus os seus,
e Jesus confia ao Pai os seus dis-
cípulos, que permanecerão no
mundo. Meditemos sobre a des-
pedida de Jesus, e a de Paulo, e
pensemos “que um dia” também
nós deveremos dizer aquela pala-
vra, “adeus”. (Homilia, 19/05/15,
Papa Francisco)
“O sacramento
do Matrimônio é
trilhar o caminho
para o céu com o
companheiro”.
Bete e Carlos A. Dantas
Eq. N. S. Rainha da Paz
Setor B - Minas II
Prov. Leste II
15
 IGREJA CATÓLICA
Quarenta anos da
Familiaris Consortio
Família e Igreja
O sacramento do Matrimônio insere a
realidade familiar no âmbito do mistério e
é impossível a sua plena realização se não
considerarmos a sua dimensão eclesial.
O sacramento do Matrimônio faz da famí-
lia a Igreja doméstica e ela deve viver no seu
seio as três dimensões da vida eclesial,ou seja,
participar do tríplice múnus de Cristo: profé-
tico,sacerdotal e régio.O agir da Igreja revela
o próprio Cristo que age. A Igreja, enquanto
sacramento universal de salvação, deve ma-
nifestar ao mundo a ação salvífica do seu di-
vino Mestre e Fundador, e torná-la presente
no mundo. Isso só é possível a partir da parti-
cipação de todos os seus membros na vida do
próprio Cristo e no seu agir, o que acontece
com todos os cristãos pela graça do batismo.
Para que esta participação seja de fato
consciente e o agir verdadeiramente reve-
lador do rosto de Cristo, é importante que
todos os batizados tenham clareza da sua
participação no tríplice múnus de Cristo e
como isso acontece na vida da Igreja.
Quando falamos da família como Igreja, ne-
cessariamente participante do múnus profé-
tico de Cristo, torna-se importante eviden-
ciar a dimensão da fé, virtude teologal que se
torna múnus profético pelo agir da família
como Igreja unida ao Cristo Cabeça. Assim,
começando pelo próprio ambiente familiar e
ultrapassando seus limites,a família evange-
liza pelo anúncio e pelo testemunho da fé,de
modo que a família cristã se manifesta como
comunidade crente e evangelizadora.
Também devemos evidenciar a dimensão
da esperança, a segunda virtude teologal.
A esperança é para nós fonte de unidade
na Trindade e nos faz voltar o olhar para o
16
O futuro da humanidade
passa pela família
Reino definitivo, de modo que buscamos
a nossa comunhão com Deus e entre nós,
através da participação no múnus sacerdo-
tal de Cristo que se caracteriza pela vivên-
cia do sacerdócio, seja ele ministerial ou o
sacerdócio comum dos fiéis. Isso faz com
que a família cristã se torne uma comuni-
dade em diálogo com Deus.
Por fim, devemos evidenciar a dimensão da
caridade, que é a fonte da nossa participação
no múnus real de Cristo, Rei e Servo. Esta di-
mensão se manifesta principalmente pelo
cuidado a exemplo do bom samaritano e pela
realização das obras de misericórdia e faz com
que a família cristã seja uma comunidade ao
serviço do ser humano, principalmente na
superação de suas carências e necessidades.
Diante disso,tem grande importância a pas-
toral familiar que através de um trabalho
pedagógico, o desenvolvimento de estru-
turas adequadas e a capacitação de agen-
tes para que se tornem seus responsáveis
através do ministério da coordenação pas-
toral, capacita-se para enfrentar os desafios
e as situações que ameaçam a família hoje.
Assim, podemos ver a Familiaris Consortio
como uma grande incentivadora da Pas-
toral Familiar e do envolvimento da família
para que, vivendo as virtudes teologais e
participando do tríplice múnus de Cristo,
supere os desafios do nosso tempo e con-
tribua para que possamos ter famílias ver-
dadeiramente cristãs.
Pe. José Adalberto Vanzella
SCE Região Leste IV
Prov. Sul I
CM 544

Epifania
A Epifania do Senhor na jornada vivi-
da pelos magos é semelhante a que to-
dos nós experimentamos, pois somos
seres em saída, em busca contínua, e
quem busca não permanece prostrado,
estagnado, mas sai de sua acomodada
segurança, expondo-se aos riscos do
caminho que desconhece.
Não eram apenas reis, mas reis ma-
gos, ou seja, sábios que investigavam
os céus para entender melhor o que
se passava na Terra. Porque estavam
buscando,descobriram,encontraram.
Observe que os que estavam longe é
que descobriram, vieram ao encontro,
enquanto que aqueles que estavam
próximos do Menino não souberam
“ouvir e ver os sinais dos tempos”.
Para descobrir a presença de Deus, o
único meio definitivo é a atitude. Ao
descobrir algo surpreendente, puse-
ram-se a caminho. Não sabiam como,
mas arriscaram.
O fato é inesperado e surpreendente.
Deus,escondido na fragilidade humana
de uma criança, não é encontrado pe-
los que são o poder ou líderes religiosos,
mas se revela àqueles que,guiados pela
estrela,buscam a esperança na ternura
e na humilde simplicidade da vida.
A sabedoria moveu os magos a que
deixassem de olhar para a Estrela; mas
que olhassem para o lugar, para onde
ela apontava. Pois é na simplicidade,
fragilidade e pobreza de uma criança
que resplandece a luz de Deus.
Ao chegar ao lugar indicado, veem
somente o “menino com sua mãe”.
Nada mais. Uma criança despojada de
CM 544
DATAS RELIGIOSAS
bens, pobre, humilde, indefesa, uma
vida frágil que necessita dos cuida-
dos de uma jovem menina/mãe. Este
encontro é suficiente para despertar,
tanto nos magos como nos pais José
e Maria, o assombro, pelo inusitado.
E o que veem nesse Menino é tão pro-
fundo que caem prostrados, tiram
seus tesouros, doam os seus bens na
feliz descoberta, em meio a vacas, ju-
mentos e palha, de um Deus-Menino,
escondido na fragilidade humana.
Abrem seus cofres e oferecem seus
presentes num desapego e desprendi-
mento de seus tesouros, sendo a mão
da Providência divina ao próprio Me-
nino-Deus. E isso só é possível quando
compreendemos que aquilo a que nos
havíamos apegado se esvazia dian-
te da verdadeira sabedoria em Deus.
O Menino Jesus é coração aberto em
Belém para todos os que dele se apro-
ximam. Não é rei que impõe seu di-
reito e poder, mas uma criança frágil
necessitada, nos braços de sua jovem
menina/mãe. Não é sacerdote que
controla a sacralidade divina do taber-
náculo no templo, mas menino amea-
çado que se faz imigrante, assumindo
assim a história de todos os excluídos.
Frei Tiago Malta
SCE Setor Juruti – Região Norte III
Prov. Norte
17
DATAS RELIGIOSAS
Participação da família nas novenas de Natal
O Natal para nós e nossa família é
bem mais que uma festa ou confra-
ternização. Natal é o amor de Deus
que se manifesta através do nasci-
mento de Jesus.
A novena de Natal é instrumento para
nossa vocação de batizados, cristãos
que oram para ser luz para outras fa-
mílias. Nove dias, um momento de es-
pera; alegrando-nos,iluminando-nos,
mergulhando-nos na mística da sal-
vação do mundo, sendo protagonistas
vivos na história de Jesus, como discí-
pulos amados.
“Eis que faço novas todas as coisas”
(Ap 21,5). Fazemos todo o esforço
possível para esperarmos e vivermos a
conversão no amor do Menino-Deus,
para que nossos filhos, família, ami-
gos e comunidade sintam a luz deste
tempo de espera do amor.
“Na época atual, em que reinam a
ansiedade e a pressa tecnológica,
uma tarefa importantíssima das
famílias é educar para a capacida-
de de esperar” (275-Amoris Laeti-
tia). O Papa Francisco mostra a fa-
mília atual no mundo, com pressa
de chegar a algum lugar, ao aper-
tar de um botão. A vivência da es-
pera da vinda de Jesus nos mostra
o contrário; mostra amor, fé e zelo
por cada momento vivido em famí-
lia. Que ao rezar esta novena cada
família possa sentir a presença e a
mudança que o Menino Jesus veio
trazer aos lares e ao mundo.
As famílias neste Natal devem se
inspirar na família de Nazaré e,
18
juntas, diante do nascimento de Je-
sus, preparar os lares, a vida e o co-
ração para a chegada do Menino Luz.
E ter o desejo de convidar mais pes-
soas para participar deste momento,
outras famílias se juntarem à nossa,
para fazer um grande grupo de ora-
ção nos preparando para a chegada
de Jesus. A Novena de Natal é tão
gratificante, que essas mesmas fa-
mílias que se reúnem para rezar não
se reúnam apenas para preparar o
Natal, mas sim para viver em comu-
nidade esse amor com a chegada do
Menino Jesus.
Segundo a CNBB, a Família de Naza-
ré nos ensina a importância da oração
em família. José, homem “justo” e fiel
à lei de Deus, antes de começar os
seus afazeres do dia ou após terminá-
-los, reunia-se com Maria e Jesus para
rezar. Assim, devem ser as famílias
atualmente, com coração abrasado
pela mística deste tempo de espera
– que é também ocasião para termos
atitude apropriada à reconciliação. É
a reconciliação com Deus e com as
pessoas: familiares, parentes, amigos,
paroquianos e colegas de trabalho.
Desejamos que neste Natal o
­Menino-Deus nasça em cada lar, em
cada família, em cada coração para,
cada vez mais, termos um coração so-
lidário, humilde, amoroso e disponível
em ajudar o próximo, predominando
em nossos lares e comunidades a vida
de oração e o amor mútuo.
Kelly e Kledson
Eq. 12 – N. S. das Graças
Castanhal-PA
CM 544

A presença de “influencers” católicos no Instagram
Falando em termos bem generali-
zados, mas ainda assim quase reais,
qualquer pessoa minimamente cató-
lica acaba encontrando alguma posta-
gem sobre a sua religião em qualquer
rede social que utilize. O Instagram
segue sendo popular entre gerações,
provavelmente por sua interface in-
tuitiva e por constantemente adotar
funções de outras redes para se tornar
concorrência. Tal rede é uma das mais
utilizadas por famosos e criadores de
conteúdo. Por ser uma rede multimi-
diática, o seu alcance é consideravel-
mente maior do que o de suas concor-
rentes. O que você consome dita para
o algoritmo da rede a pessoa que você
é, seus gostos e seus interesses. Numa
rede como essa se tem espaço para
todo tipo de publicação e consequen-
temente o conteúdo católico tem ga-
nhado também seu espaço na rede.
Padres se tornaram conhecidos nes-
sa rede social, seja pela sua forma de
falar de doutrina, pela forma de evan-
gelizar, ou por fazer um catolicismo
­bem-humorado e de fácil acesso. As
gerações da informação não se inte-
ressam mais tanto por ler o catecismo,
com todos os pormenores presentes
em seus vários parágrafos, menos
ainda chegar diretamente a esse livro
sem uma espécie de influência ante-
rior. Influência é a palavra que dita o
comportamento nas redes, ou você
é influenciador, ou influenciado, in-
conscientemente você está inseri-
do em uma dessas categorias. E esse
barco não conta apenas com nomes
como o Pe. Fábio de Melo, Pe. Marcelo
CM 544
EJNS
Rossi ou de grandes movimentos da
Igreja como a Canção Nova.
A cada dia, circulando por essa rede,
é possível se deparar com um novo
pequeno apostolado, que começa tí-
mido e logo está com milhares de se-
guidores, pois atingiu o objetivo de
falar para um grupo específico com
linguagem apropriada. O fácil acesso
à informação sempre levanta a dis-
cussão sobre a veracidade e confia-
bilidade das informações postadas ali.
Não é difícil encontrar nessas redes
sociais grupos que rejeitam a auto-
ridade papal de Francisco, mas é im-
portante ressaltar que nem todo con-
teúdo publicado ali é de teor prejudi-
cial. Existem páginas que realmente
se dedicam a evangelizar a luz do que
ensina a Santa Igreja de Deus, essas
boas páginas em sua grande maioria
são acompanhadas direta ou indireta-
mente por um sacerdote. É necessário
dar o devido crédito a essas páginas
pois, através delas, muito jovens estão
retornando ao seio da Igreja Católica.
Todos os dias é gerado uma quantida-
de imensa de conteúdo e é satisfatório
que muitos estejam optando por gerar
e consumir bons conteúdos.
Comunicação • Secretariado Nacional
Equipes de Jovens de Nossa Senhora
ejnsbrasil.com.br
19
RAÍZES DO MOVIMENTO
Diretrizes
Em sua primeira viagem ao Brasil,em
meados de 1957,ao finalizar os Dias de
Estudo e Espiritualidade para os Casais
Responsáveis, no dia 14 de julho, Pe.
Caffarel falou sobre as Diretrizes do
Movimento.Falando no apostolado,em
todo sentido, inclusive naquele prati-
cado nos serviços ao Movimento, o Pe.
Caffarel chama a atenção, com todo o
vigor, para os perigos da ação. Temos a
graça, sem dúvida alguma, de dispor-
mos de um número muito grande de
casais que disponibilizam sua doação
ao trabalho pelas equipes, com entu-
siasmo e boa vontade. Mas, por vezes,
nota-se uma lacuna em seus conhe-
cimentos e formação nos assuntos
próprios e específicos do Movimento.
Vejamos o que já nos dizia nosso fun-
dador, Pe. Caffarel, há quase 60 anos a
este respeito. O trecho abaixo foi ex-
traído de parte de um número especial
da Carta Mensal de setembro de 1957.
“Sois generosos. Sois devotados. E,por isso
mesmo,mais solicitados pela ação.Mas eu
vos suplico: nunca deixeis de vos formar!
Se a ação não vos permitir continuar
a vossa formação, a ação vos perderá!
A Igreja do Brasil precisa formar os ho-
mens do futuro: eles serão formados
pela oração, pelo estudo.
20
A Igreja do Brasil precisa dos homens
que sereis dentro de algum tempo.
Dez anos, vinte anos? Pouco impor-
ta. Deveis vos aprofundar agora, para
poder assumir mais tarde as vossas
responsabilidades.
Não sucumbir à tentação de vos dar-
des sem medida, até vos esvaziardes.
Assim fazendo vós vos esgotaríeis, sem
poder levar nenhuma mensagem.
Só há apóstolos na medida em que há
almas de oração,de estudo,de medita-
ção. Só assim estareis em condição de
assumir amanhã as responsabilidades
que vos forem confiadas”.
Bem tem agido a nossa Super-Região,
no sentido de fomentar cada vez mais
a formação de nossos casais equipistas
e, de maneira especial, aqueles que se
põem a serviço do Movimento.
Interessante notar que, quanto mais
nos aprofundamos no conhecimento
do nosso Movimento – e para isso não
faltam subsídios – mais nos entusias-
mamos por ele. E nos permite manter-
-nos fiéis ao seu carisma, como tanto
enfatizava Padre Caffarel.
Colaboração
Maria Regina e Carlos Eduardo
Eq. N.S. Mãe de Deus e Nossa
Piracicaba-SP
Prov. Sul I
CM 544

Esse é o cara...
Uma maneira diferente de evangelizar
No início deste ano fui diagnosticado
com um problema de saúde. Após cin-
co meses, foi-me prescrito um trata-
mento radioterápico e quimioterápico.
Confesso que foi um “tranco” na minha
vida, sempre muito ativa, mesmo com
os meus 70 anos bem vividos, graças a
Deus.Pois bem,diante de tal recomen-
dação médica, iniciei o tratamento.
Permitam-me um comentário inicial:
na minha juventude, tive dois grandes
amigos. Durante alguns anos mora-
mos bem próximos em São Paulo e por
diversas vezes viajávamos para São José
do Rio Preto e tudo era motivo de ale-
gria. Ambos nunca mais voltaram a re-
sidir em Rio Preto: o Batista voltou para
o Pai em meados deste ano e o Divino,
já há muitos anos, reside nos EUA. Eles
têm outros irmãos: Donizete e Vicente,
que hoje são equipistas aqui na cidade.
O Donizete da Cristina, tão logo sou-
be do meu problema, contatou minha
esposa e questionou-a sobre a possibi-
lidade de ir até os locais em que realizo
os tratamentos.
Há uns 38 anos, ele vai, sempre aos
domingos de manhã, até o Asilo São
Vicente de Paula da cidade, e, acom-
panhado de seu violão, canta para
alegrar aqueles irmãos que lá vivem.
Lá também sua mãe dona Adorama,
pessoa querida e de muita oração, vi-
veu os últimos dias de sua vida.
Da mesma forma,já há mais de 30 anos,
ele vai aos diversos hospitais da cida-
de, para cantar aos doentes em trata-
mento, sempre levando alegria e espe-
rança. Ele tem acesso à Hemodiálise,
CM 544
TESTEMUNHO
Radioterapia e Quimioterapia, sendo
também o único da cidade autoriza-
do a entrar até nas UTIs. Enfim, ele faz
tudo isso por puro amor e prazer de levar
ânimo e alegria aos que passam por en-
fermidades,o que é algo extremamente
maravilhoso! Um verdadeiro serviço de
amor ao próximo.Alguns hospitais que-
rem contratá-lo, porém ele não aceita,
somente pede que lhe seja permitido
utilizar o estacionamento do hospital.
Confesso que já tinha tido notícias a
respeito disso, porém nunca presen-
ciado! Qual não foi minha surpresa
quando, ao passar pelas sessões do
meu tratamento, o encontrei pela
primeira vez, cantando para mim e
aquelas pessoas que comigo lá esta-
vam, cada uma com o seu problema.
Ele continua aparecendo nas minhas
sessões, chega sempre alegre, can-
tando, conversando e animando. Pede
às pessoas para indicarem a música e
sempre tem uma historinha (até tre-
chos do Evangelho) para contar. Se-
gundo sua teoria de vida, a oração e
a música são os melhores remédios
para qualquer doença. Pura verdade!
Valeu,amigo Donizete,continue assim.
Deus te abençoe por essa tão maravi-
lhosa missão. Quanto a mim, continuo
cumprindo rigorosamente o tratamen-
to,acreditando na Providência Divina,e
especialmente suportado pelas orações
de um número muito grande de irmãos.
Manoel da Ana Rita
Eq. 13 – Setor D
São José do Rio Preto-SP
Prov. Sul II
21
 TESTEMUNHO
A importância das ENS em nossa vida
Testemunhar a importância das
ENS em nossa vida é falar de cresci-
mento pessoal, profissional, familiar
e, acima de tudo, espiritual.
O despertar para esse crescimento
começou aflorar no instante em que
nos permitimos pertencer e dar o
nosso Sim ao Movimento, em assu-
mir as missões: primeiro de CRE, de-
pois Casal Coordenador de Experiên-
cia Comunitária, CP, CL e atualmente
Casal Responsável de Setor. Sentimos
e testemunhamos que as responsa-
bilidades nas ENS, não são um fardo,
pelo contrário, são graças enviadas
pelo Espírito Santo de Deus, e devem
ser vividas intensamente com alegria
em casal.
Ser equipista nos proporcionou uma
proximidade maior com a Igreja, com
os irmãos do Setor Boa Vista/Roraima,
com os nossos sacerdotes e religiosas,
mas, acima de tudo, nos proporciona
a cada dia a busca pela espiritualidade
conjugal, nos alertando que devemos
ser prudentes, buscar a sabedoria e o
discernimento sempre à luz da Pala-
vra de Deus e com oorações diárias.
Há uma narrativa de S. Tiago, que
nos fortalece e motiva em casal: “Se
alguém de vocês não tem sabedoria,
peça a Deus, que a concede a todos
generosamente, sem recriminação, e
lhe será concedida. Mas peça com Fé,
sem duvidar. Quem duvida é como as
ondas do mar sacudidas pelo vento.
Não espere que alguém assim pos-
sa conseguir alguma coisa do Senhor,
22
sendo indeciso e inconstante em tudo
que faz” (Tg 1, 5-8).
Podemos afirmar com propriedade
que o crescimento conjugal anda lado
a lado com a missão e a eles se agre-
gam também a responsabilidade, o
compromisso, a dedicação, o amor e,
muitas vezes, a prioridade; sempre
daremos prioridade ao que realmente
importa em nossas vidas. Tudo isso de
nada adiantaria se não fossem os mo-
mentos de oração em casal, em famí-
lia, como também a força da oração
de nossos irmãos em Cristo, que ca-
minham conosco rumo à santidade.
De nada adiantaria se o Cristo Res-
suscitado não estivesse enraizado em
nossas vidas, em nosso matrimônio.
Pedimos a Deus, e a intercessão de
N. S. de Fátima, que jamais possamos
nos esquecer ou mesmo duvidar do
imenso Amor e Misericórdia que nos
rodeia, e que os dons que nos são da-
dos possam frutificar a cada dia, “pois
ninguém acende uma lâmpada para
cobri-la com uma vasilha ou c­ olocá-la
debaixo da cama. Portanto prestai
atenção na maneira como vós ouvis!
Pois a quem tem alguma coisa, será
dado ainda mais,e aquele que não tem,
será tirado até mesmo o que ele pensa
ter” (Lc 8, 16.18).
Eis que venho fazer, com prazer, a
Vossa vontade, Senhor. Muita paz e
bem a todos.
Ágda e Juarez
Eq. 3-N. S. de Fátima
Boa Vista-RR
Prov. Norte
CM 544

Encontrando o caminho do amor
Depois de 11 anos casados, nos-
so casamento, até então “perfei-
to”, passou por uma crise que qua-
se nos levou à separação. Deus, po-
rém, com seu amor infinito, ouviu
nossos lamentos e enviou “anjos”,
amigos que nos convidaram a par-
ticipar da missa em sua comunida-
de. Foi então que percebemos que
estava faltando a presença de Deus
em nossas vidas.
Emanuel ficou sabendo que um ca-
sal amigo estava participando de
umas reuniões com casais e resolveu
se convidar. Fomos então para nos-
sa primeira reunião, era na verdade
uma reunião da Experiência Co-
munitária, que era coordenada pelo
casal Michie (in memoriam) e Alair
Barão. Naquela primeira reunião fi-
camos sabendo que não podería-
mos pertencer às Equipes de Nossa
Senhora, por não sermos casados na
Igreja, no entanto recebemos uma
permissão especial para continuar
nas reuniões da E. C.
Durante muito tempo foi meu de-
sejo receber o sacramento do Matri-
mônio, mas o mesmo não aconte-
cia com Emanuel, acredito por não
entender os sacramentos, uma vez
que apenas era batizado.
Passamos a participar das missas
com assiduidade e a levar os filhos,
como sempre foi meu desejo. Ao fi-
nal da E. C., onde ficamos totalmen-
te apaixonados por Cristo, sendo
CM 544
TESTEMUNHO
assim resolvemos que iríamos nos
casar e pertencer ao Movimento.
Não havia outro caminho a seguir.
Recebemos o sacramento do Ma-
trimônio no dia 5/02/2011 e es-
tavam presentes os casais da nos-
sa futura equipe e o casal coorde-
nador da Experiência Comunitá-
ria. No dia 26/03/2011 a Equipe
Nossa Senhora das Graças iniciou
a Pilotagem.
Ainda em 2011 fizemos catequese
de adultos, Emanuel recebeu dois
sacramentos, Eucaristia e Crisma, e
eu a Crisma. Em 2012 fomos indi-
cados CRE e ainda em 2012 fomos
convidados a fazer parte da Equipe
de Batismo da nossa paróquia. Em
2013 demos catequese para três
irmãos da nossa equipe, sendo que
sou madrinha de um deles.
Nossos filhos também se engajaram
nas pastorais da paróquia. E assim,
nossa família caminha disposta a
sempre dar o “sim” aos chamados
para servir nosso Deus. E como nos
disse nossa filha alguns anos atrás:
“Mãe e pai, as equipes mudaram as
nossas vidas”.
Só podemos dizer que ouvimos
muito forte a cada dia “Vem e
segue-me”.
O Senhor sempre fez e faz em nós
Maravilhas.
Léia e Emanuel
Eq. 6 A – N. S. das Graças – Araçatuba-SP
Prov. Sul II
23
 TESTEMUNHO
Prioridade e perserverança: eis os desafios
Em 1993 fomos chamados a inte-
grar uma Experiência Comunitária
das ENS, que por diversas circunstân-
cias perdeu alguns casais ao longo da
caminhada.Estávamos casados havia
oito anos e tínhamos duas filhas, de
sete e cinco anos.
Desconfiados, pois ninguém havia
falado de ENS, fomos à primeira
reunião e logo percebemos que ha-
via algo especial naquele pequeno
grupo de casais, sob a orientação
de outro.
Avançando nos estudos, a Experi-
ência se transformou em Pilotagem.
Ficamos sabendo que em Santarém
já existiam quatro equipes e duas Pi-
lotagens. A nossa foi a sexta. Santa-
rém ainda era uma Coordenação. Pois
bem, feitas essas considerações, va-
mos às andanças e transformações
ocorridas nesses mais de 27 anos de
Movimento.
A longevidade nas ENS decorre das
atitudes e comportamentos que o
casal consegue imprimir na relação
familiar. Essa realidade transformou
nossa forma de ver o mundo, de en-
xergar as pessoas, de exercer minis-
tério na comunidade eclesial, de ser
protagonistas na fé, na caridade hu-
mana, na esperança.
Jamais deixamos de participar dos
Retiros Espirituais anuais, fonte ines-
gotável de paz e de renovação espi-
ritual. Tardes de Formação, Mutirão
das ENS, Horizontais, sempre nos
programamos, organizando tudo
antecipadamente, na certeza de que
24
não teríamos problemas em razão da
nossa ausência do lar.
Reunião Mensal é prioridade absolu-
ta. Tema de Estudo é atividade inse-
parável. Pontos Concretos de Esfor-
ço, um dilema para equipistas, em
tempos de pandemia se tornaram
para nós uma fonte natural de gra-
ças, de certezas, de bênçãos, de es-
perança, nas quatro linhas da Palavra
de Deus, na Meditação e na Oração
Conjugal e familiar, nosso elo com
irmãos equipistas, familiares, ami-
gos, autoridades eclesiais e políticas,
numa corrente infinita de intenções
e de misericórdia.
Exercemos funções no Movimento:
CRE por várias vezes, CRS e Casal
Ligação. Participamos na Pastoral
Familiar e colaboramos nos encon-
tros de preparação para o matrimô-
nio católico, especialmente no tema
Direito Canônico e Direito Civil.
Como é prazeroso estar a serviço e
participar.
Nesse universo equipista nossas fi-
lhas cresceram. Geramos mais uma
e agora são três. Pela misericórdia de
Deus e com o olhar carinhoso de Ma-
ria, elas são colaboradoras assíduas
de outro Movimento da Igreja, bem
como são presença atuante nos mi-
nistérios e nas coordenações da nossa
comunidade eclesial.
Priorizar e perseverar, esse é o segre-
do. Paz e bem!
Do Carmo e Célio
Eq 3B – N. S. do Perpétuo Socorro
Santarém-PA
CM 544

O imensurável amor de Deus pelo homem
Referência bíblica: Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna (Jo 3,16).
Na cidade de São Paulo, numa noi-
te fria e escura de inverno, próximo
a uma esquina por onde passavam
várias pessoas, um garotinho vendia
balas a fim de conseguir alguns tro-
cados. Mas o frio estava intenso e as
pessoas já não paravam mais quando
ele as chamava.
Sem conseguir vender mais nenhu-
ma bala, ele se sentou na escada em
frente a uma loja e ficou observando
o movimento das pessoas. Sem que
ele percebesse, um policial se aproxi-
mou: -“Está perdido?” O garoto me-
neou a cabeça: - “Só estou pensando
onde vou passar a noite hoje... Nor-
malmente durmo em minha caixa de
papelão, perto do correio, mas hoje o
frio está terrível...” O senhor sabe me
dizer se há algum lugar onde eu possa
passar esta noite?”
O policial mirou-o por uns instantes
e coçou cabeça, pensativo: - “Se você
CM 544
REFLEXÃO
descer por esta rua”, disse ele apon-
tando o polegar na direção de uma
rua, à esquerda, “lá embaixo vai en-
contrar um casarão branco; chegan-
do lá, bata na porta e quando atende-
rem apenas diga ‘João 3,16’.” Assim
fez o garoto. Desceu a rua estreita e
quando chegou em frente ao casarão
branco subiu os degraus da escada e
bateu na porta.
Quem atendeu foi uma mulher
idosa, de feição bondosa - “João
3,16”, disse ele, sem entender direito.
- “Entre, meu filho”. A voz era meiga
e agradável. Assim que ele entrou, foi
conduzido por ela até a cozinha onde
o fogão a lenha estava aceso... - “Sen-
te-se, filho, e espere um instante, tá?”
O garoto se sentou e, enquanto ob-
servava a bondosa mulher se afas-
tar, pensou consigo mesmo: - “João
3,16... Eu não entendo o que isso
significa, mas sei que aquece a um
garoto com frio”. Pouco tempo de-
pois a mulher voltou. - “Você está
com fome?”, perguntou ela. - “Estou
um pouquinho, sim... há dois dias não
como nada e meu estômago começa
25
 REFLEXÃO
a roncar...” A mulher então o levou
até a sala de jantar, onde havia uma
mesa repleta de comida. Rapidamen-
te o garoto sentou-se à mesa e come-
çou a comer; comeu de tudo, até não
aguentar mais.
Então ele pensou consigo mes-
mo: “João 3,16... Eu não entendo o
que isso significa, mas sei que mata
a fome de um garoto faminto”. De-
pois a bondosa senhora o levou ao
andar superior, onde se encontra-
va um quartinho com uma banheira
cheia de água quente. O garoto só
esperou que a mulher se afastasse e
então rapidamente se despiu e to-
mou um belo banho, como há muito
tempo não fazia. Enquanto esfregava
a bucha pelo corpo pensou consigo
mesmo: -“João 3,16... Eu não en-
tendo o que isso significa, mas sei que
torna limpo um garoto que há muito
tempo estava sujo”.
Cerca de meia hora depois a bondosa
mulher voltou e levou o garoto até um
quarto onde havia uma cama de ma-
deira,antiga,mas grande e confortável.
Ela o abraçou,deu-lhe um beijo na testa
e, após deitá-lo na cama, desligou a luz
e saiu. Ele se virou para o canto e ficou
imóvel, observando a garoa que caía do
outro lado do vidro da janela. E ali, con-
fortável como nunca, ele pensou con-
sigo mesmo: - “João 3,16... Eu não
entendo o que isso significa, mas sei
que dá repouso a um garoto cansado”.
No outro dia, de manhã, a bondosa se-
nhora preparou uma bela e farta mesa
e o convidou para o café da manhã.
26
Quando o garoto terminou de comer,ela
o levou até a cadeira de balanço, próxi-
mo ao fogão de lenha.Depois seguiu até
uma prateleira e apanhou um livro gran-
de, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela
voltou, sentou-se numa outra cadeira,
próximo ao garoto, e olhou dentro dos
olhos dele, de maneira doce e amigável.
-“Você entende João 3,16, filho.”
-“Não, senhora, eu não entendo...
A primeira vez que ouvi isso foi on-
tem à noite... um policial que falou...”.
Ela concordou com a cabeça, abriu a
Bíblia em João 3,16 e começou a ex-
plicar sobre Jesus. E ali, aquecido jun-
to ao velho fogão de lenha, o garoto
entregou o coração e a vida a Jesus.
E enquanto lágrimas de felicidade
deixavam seus olhos e rolavam face
abaixo, ele pensou consigo mesmo:
- “João 3,16... Ainda não enten-
do muito bem o que isso significa,
mas agora sei que isso faz um garoto
perdido se sentir realmente seguro.”
“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira, que deu Seu único Filho,
para que todo aquele que Nele crê
não pereça, mas
tenha a vida eter-
na.” (João 3,16)
Adaptação de An-
tônio Eugênio
Fortes
Colaboração
Lázara e Edison
Eq. 2 A - N. S. Aparecida
Goiânia-GO
Prov. Centro-Oeste
CM 544
 REFLEXÃO

As Artes Plásticas e o poder

do encantamento de Deus
“Pela manhã semeia a tua semen-
te, e à tarde não retires a tua mão,
porque tu não sabes qual prospe-
rará, se esta, se aquela, ou se am-
bas serão igualmente boas.” Ecle-
siastes 11,6
O amor a Deus e aos irmãos pode
ser manifestado de várias formas
como uma ação, uma música, um
olhar, um desenho ou até mesmo
uma pintura. Em 2015, começamos
nossa trajetória como equipistas. Fi-
zemos Pilotagem com um dos pri-
meiros casais das Equipes de Nossa
Senhora de nossa cidade. Aos pou-
cos fomos nos familiarizando com o
Movimento, seus Pontos Concretos
de Esforço, sua metodologia, enfim,
com toda a riqueza que o Movimen-
to possui e oferece.
Entre tudo isso, as ilustrações e a be- por uma pintura da história da Arte
leza dos manuais e livros tema de cada mundial. Questionávamos em nos-
ano nos encantaram. O que mais nos sos estudos quem seria a equipe que
chamou a atenção foi como cada nos bastidores da edição de cada livro
tema era cuidadosamente ilustrado tema ficava responsável por estudar e

CM 544 27
 REFLEXÃO
escolher obras consagradas para ilus-
trarem temas de estudo que tanto nos
enriqueciam como casal.
Neste ano de 2021 foi nos apresen-
tado o livro com o tema “Matrimônio,
Sacramento de Missão”. Tudo esta-
va em harmonia, isto é, texto e ilus-
trações dialogavam entre si. Havia
inclusive uma pintura de um artista
brasileiro, datada de 1891, “Cena de
Família” de Almeida Júnior, ilustran-
do o 7º encontro: “O Lar Apóstolo”.
Não conseguimos resistir a tamanho
encantamento. Um pintor brasilei-
ro entre Rembrandt, Monet e outros
grandes artistas das Artes Plásticas
mundiais acrescentando ao tema um
conhecimento que ultrapassava a lin-
guagem verbal.
A partir disso surgiram alguns ques-
tionamentos: será que todos os casais
conseguem interpretar essas pintu-
ras à luz do tema que elas ilustram?
Temos conhecimentos da linguagem
28
plástica como cor, textura, luz, e nos-
sos irmãos equipistas possuem essa
perspectiva de leitura como mais
uma forma de se aprofundarem nos
temas propostos? Então, nós e outro
casal amigo de nossa equipe planeja-
mos elaborar um vídeo com a inter-
pretação das 8 pinturas do livro tema
2021, iniciando um estudo em que
colocamos nossos dons à luz do Espí-
rito Santo para que as interpretações
realizadas contribuíssem para o cres-
cimento espiritual de nossos irmãos.
O resultado rompeu fronteiras e che-
gou a muitas outras Regiões de nosso
Brasil, o que muito nos honrou, pois o
serviço ao próximo é um dos pilares de
nosso Movimento.
Quando a arte realiza a comunicação
ela realiza a sua missão!
Ao apontar a câmera de seu
celular para o QR Code abaixo,
você assistirá a um video sobre
o assunto tratado neste artigo
Emanuela e Flávio
Eq. N.S. do Carmo - Varginha-MG
Prov. Leste II
CM 544

O Senhor, nós e os PCEs
Quem somos nós hoje, depois da
entrada nas ENS?
Nossas histórias eram bem diferen-
tes, meus pais se separaram quando
eu (Hudson) tinha nove anos, e eu
escolhi ficar com meu pai, que não
tinha caminhada cristã; já a Rejane,
tinha essa referência de seus pais! E
assim, nos encontramos e nos casa-
mos, porém sem o entendimento real
do Matrimônio – não tínhamos noção
desse sacramento! Para nós, o casa-
mento era um evento social e uma
responsabilidade assumida diante da
sociedade. E assim começou nossa
caminhada...
Nas coisas de Deus meu distancia-
mento era grande, pois não tive re-
ferencial de vida cristã, e além de não
participar, era uma referência negativa
para nossos filhos, que preferiam ficar
em casa comigo do que ir à igreja com
a mãe. Entretanto, com a graça de
Deus, entramos no Movimento, e eu,
sempre com muita resistência! Com
o tempo Deus foi agindo e os PCEs
nos lapidando para que as mudanças
acontecessem.
No Dever de Sentar-se, encontramos
um tempo privilegiado, no qual em
CM 544
PARTILHA E PCE
casal e diante de Deus nos demos a
conhecer mais um ao outro. Qual não
foi a nossa surpresa ao perceber que o
Senhor agia em nossos corações; pa-
rar e ouvir o outro era revelador e nos
ajudava a discernir o melhor caminho
para nós e nossa família.
Atualmente buscamos a presença de
Jesus em nossa história. Não foi fácil,
precisou de muita paciência e princi-
palmente de oração. Então vimos que
precisávamos perseverar em nossa
busca à santidade. Demorou alguns
anos, mas valeu a pena. Cada dia de-
cidimos por nosso Matrimônio, nossa
família, e nosso Deus.
Os PCEs são ferramentas magníficas
para as mudanças em nossa vida, mas
elas não funcionam sozinhas, preci-
sam dos nossos esforços, como o pró-
prio nome diz. Hoje, com os corações
abertos à vontade do Senhor, nos-
sas vidas mudaram completamente,
podemos dizer que somos melhores
graças à presença do Senhor, e com
alegria nos unimos a Maria para dizer
“O Poderoso fez em nós Maravilhas e
Santo é o Seu Nome”.
Rejane e Hudson
Eq. 6 D - N. S. dos Navegantes
Manaus-AM
29
 PARTILHA E PCE
Meditação: voz do
silêncio falando com Deus
Vivemos atuando num palco
chamado mundo, onde somos
coadjuvantes do ator principal que
é Jesus. Ele nos convida a atuarmos
e para isso pede nossa sincerida-
de. Nossa atuação se dá através
da oração, e não precisamos fazer
muitos esforços, basta nos colo-
carmos contemplando a sua face.
A meditação, através da oração,
permite que, sem precisar gritar,
eu fale com Jesus, e mais que isso,
nossas conquistas são imensa-
mente superiores ao que pedimos.
Orar, meditar é o prazer de viver a
Palavra, de colocá-la em prática,
e para nós, é mais agradecer que
pedir. Nosso palco está repleto de
espectadores: nossos filhos, nos-
sos pais, nossos irmãos e como é
bom meditar e repousar na ora-
ção, se embebecer pelas graças
derramadas. Somos atores ama-
dores, mas pela meditação nos
aprofundamos no amor de Deus
e com ele conquistamos nos-
sas maiores vitórias. Como diz o
Evangelho: não tenhas medo (Lc
5, 10), por isso avançamos para
águas mais profundas.
A meditação, a oração, não pede
palco bonito, plateia lotada, pede
nossa atuação e isso fazemos com
alegria, e sabe por quê? Não fica-
mos com Jesus, mas é Jesus que
está em nós, no nosso coração.
Não somos sol, mas Jesus nos per-
mite brilhar.
30
Sinta o prazer de ser ator da vida,
medite, reze, pois se tudo isso nos
dá alegria, tenha certeza, somos o
casal mais alegre do mundo. Não
ensaiamos, apenas meditamos,
oramos, contemplamos, e o que
ganhamos? O dom da vida, lite-
ralmente, o dom da vida. Vida de
amor, de respeito, vida de vida. Se
você não tem tempo, saiba que
tempo não se tem, tempo se faz,
por isso nunca deixe de meditar, de
se alimentar da palavra e devolvê-
-la com atos de amor, de gratidão,
de respeito.
Reze, medite, comungue, pois
não somos os melhores, mas so-
mos filhos de Deus e gratos por
isso. Ter bens materiais é muito
bom, mas melhor que isso é po-
der colocar-se com Jesus, colo-
car-se em Jesus, pois tudo passa
e só Deus basta.
Nosso convite: de tão fraco faça-
-se forte, de tão frio faça-se quen-
te, não desperdice tempo, mas
agradeça-o fazendo sua medita-
ção diária, sua oração diária, seu
agradecimento diário, pois tudo
temos, mas só Deus basta. Faça
a experiência, você não terá tudo,
mas com certeza serás tão feliz ou
mais que nós.
Vilma e Toninho
Eq.32 - N.S. Mãe do Sagrado
Coração de Jesus
Setor E de S.J. Rio Preto-SP
Prov. Sul II
CM 544

Escuta da Palavra
Importante diferenciarmos escutar
de ouvir, porque não somos educados
a ouvir, e sim a falar. Até curso de ora-
tória fazemos, mas não há nada para
aprendermos a ouvir.
Notamos essa diferença em Lc 10,38-
42.Enquanto Marta cuidava dos afaze-
res ela ouvia falar,mas Maria desligou-se
de tudo para Escutar Jesus. E Ele disse a
ela: “Você escolheu a melhor parte!”
Para Escutar a Palavra, temos que si-
lenciar nosso ser!
Vejamos, quando Maria Escutou a
vontade de Deus na Anunciação.
Após ouvir o Anjo na sua saudação e
aconselhamento (não temas), e no
convite para ser a mãe de Jesus, só
após o seu silêncio escutou o que Deus
queria e aí deu uma resposta: “fiat vo-
luntas tua”. Escutar é dialogar, tem via
de mão dupla. Exige resposta.
Pe. Caffarel nos diz: “Escutar não im-
plica somente a inteligência. É todo
nosso ser, a alma e o corpo, a inteligên-
cia e o coração,a imaginação,memória
e a vontade...”. (Guia ENS Edição 2018
05/2021 Item 5.2.1, pág. 42).
Repito, escutar exige abandono de nós
mesmos. Do contrário, só ouvimos! Je-
sus, todas as noites, achava um “tempo
necessário” para se comunicar com o Pai.
(De dia,colocava em prática sua vontade,
escutada no seu diálogo com Ele).
Nós, no dia a dia, ouvimos assidua-
mente a Palavra de Deus através do
celular e de boas e profundas reflexões
de sacerdotes. Mas fica apenas nis-
so! Agimos igual a Marta? Continu-
amos nos nossos afazeres, sem uma
CM 544
PARTILHA E PCE
resposta ao que ouvimos, porque não
escutamos! Só usamos os ouvidos. A
inteligência, corpo, alma... ficam nou-
tra dimensão. Não tenho tempo! Daí,
não há o: “Faça-se em mim...”. Não há
diálogo, apenas monólogo.
Em suas cartas sobre a Oração, o Pe.
Caffarel insiste muito na Escuta da Pa-
lavra de Deus. Ele disse, por exemplo:
“Sim, Deus fala. O que é preciso é sa-
ber escutá-lo... Deus fala aos homens
de diferentes maneiras”.(Guia ENS Edi-
ção 2018 05/2021 Item 5.2.1,pág.41).
É assim que tentamos vivenciar a Es-
cuta da Palavra, no nosso dia a dia.
É fácil? Não. Também não foi fácil para
Jesus fazer a vontade do Pai. Exige de
nós esforço, Regra de Vida, abandono
de si mesmo e “tempo necessário” para
uma resposta ao que escutei,através do
celular,nos sinais dos tempos ou da boca
do nosso filho. O importante é desco-
brirmos como Deus quer manifestar o
seu amor por nós,só para ajudar a santi-
ficar a nós e ao nosso Matrimônio.
Evanir e Olívio
Eq. N.S. Mãe do Rosário
Setor A - Votuporanga-SP
Prov. Sul II
31
 FORMAÇÃO
Natal: Deus quer um lugar entre nós
“Enquanto estavam em Belém,com-
pletaram-se os dias para o parto, e
Maria deu à luz o seu filho primo-
gênito. Ela o enfaixou e o colocou na
manjedoura, pois não havia lugar
para eles na hospedaria” (Lc 2,6-7).
As festas natalinas colocam diante
de nossos olhos essa página, descrita
com detalhes, do evangelista Lucas. O
acontecimento íntimo do nascimento
de Jesus não cessa de tocar o nosso co-
ração por sua beleza e simplicidade. Não
cessa de nos tocar o fato de que Deus,
infinitamente santo, onipotente, onis-
ciente, com todos os seus atributos, te-
nha se feito uma frágil criança, sujeita a
todos os imprevistos daquela noite. Esse
fato revela a grande confiança de Deus
no ser humano. É como se Ele dissesse
a cada um de nós: “Sei que minha gran-
deza pode te assustar, por isso venho a ti
como criança e desejo de ti apenas duas
coisas: cuidado e amor”.
Um detalhe, dito quase que de passa-
gem por S. Lucas, deve tocar nosso co-
ração, particularmente nesse tempo
em que o coração das pessoas está mais
aberto à solidariedade: “não havia lugar
para eles na hospedaria”. A Palavra nos
interpela a olhar o mundo, sobretudo os
mais próximos, para ver quantos ainda
estão sem lugar. Qual o nosso compor-
tamento diante dos migrantes, estran-
geiros, refugiados, pobres e abandona-
dos? A peregrinação da família de Naza-
ré à procura de abrigo continua através
da história por meio de todos os “sem
lugar”. O Natal traz o duplo convite:
contemplar e agir. Contemplar a encar-
nação de Deus e agir para que o mundo
Correção: Carta Mensal Edição 543 – out/nov 2021 - pág. 9, 4º §
Onde se lê: ...proclamaria o dogma da Imaculada Conceição a partir das aparições de Nossa Senhora de Lourdes.
Leia-se: ...confirmaria a definição dogmática pela aparição em Lourdes dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
32
seja sempre um lugar melhor para aco-
lhê-lo em todas as suas criaturas, prin-
cipalmente nas crianças. Nas crianças,
mesmo ainda no ventre de suas mães,
brilha a luz do menino de Belém.
O drama do casal que se vê obrigado a
procurar abrigo na estrebaria foi apro-
fundado nas misteriosas palavras do
prólogo do Evangelho de João: “Veio
para o que era Seu, e os Seus não O aco-
lheram” (Jo 1, 11). Ao fazer-se um de
nós, ele quer hospedar-se para sempre
com a humanidade.
O grande desafio das festas natalinas é
abrir espaço para que Deus faça mora-
da entre nós, que Ele venha para o cen-
tro de nossas vidas e, sobretudo, para o
centro da festa.
O poeta alemão B. Brecht descreve o
seu fascínio por Jesus em uma de suas
poesias, na ocasião do Natal, nasce en-
tão uma comovente oração que diz:
“Vem, Senhor Jesus! Vem porque tu és
para nós verdadeiramente necessário!”
Que todos possamos sentir essa neces-
sidade de Jesus e possamos rever a vida a
luz do extraordiná-
rio acontecimento
do Natal: Deus quer
entrar e permane-
cer para sempre em
nossa história. Feliz
Natal a todos!
Pe. Antonio da Silva Miguel Jr.
Eq. N.S. Aparecida e
N.S. Boa Mãe - Setor A
Criciúma-SC
CM 544
 NOTÍCIAS

BODAS de PRATA

28 Russenya e Fernando
Eq. N.S. Aparecida
dezembro Rio Verde - GO
2021

19 Adrianny e Renato
Eq. N.S. do Divino Amor
outubro Belém – PA
2021

14 Suely e José Maria

Eq. N.S. do Rosário
dezembro São Miguel Do Guamá - PA
2021

21 Andreza e Walter
Eq. N.S. dos Anjos
dezembro Belém - PA
2021

BODAS de OURO

28 Vera e Israel
Eq. N.S. da Paz
agosto São Gonçalo - RJ
2021

4 Tereza e Jurandir
Eq. N.S. da Divina Providência
dezembro Goiânia - GO
2021

CM 544 33
 NOTÍCIAS

JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES

15 Eq. N. S. do Rosário
novembro São Miguel Do Guamá – PA
2021

15 Eq. N. S. De Lourdes
novembro Castanhal – PA
2021

30 Eq. N.S. da Conceição

novembro Rio de Janeiro – RJ
2021

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO - JUBILEU DE PRATA

30 Padre Everson Lunardi

SCE das Eqs. 5E e 7B
novembro e do Setor Rio Claro
2021 Rio Claro - SP

Padre Edinei Evaldo Batista

23 SCE das Eqs.
N.S. Auxiliadora A e
novembro
2021 Santíssimo Sacramento C
São José dos Campos - SP

34 CM 544
 NOTÍCIAS

VOLTA AO PAI
PROVÍNCIA LESTE I
Pe. João Machado Evangelho
23.10.2021
N.S. Aparecida
Rio Das Ostras - RJ

PROVÍNCIA LESTE II
Iza Maria Estrela do Cláudio
03.10.2021
N. S. Medianeira de Todas as Graças
Barbacena - MG

PROVÍNCIA NORTE
Jocimara do Luiz
03.11.2021
N.S. Aparecida
Itacoatiara - AM
Chico da Luzia Raimunda do Manoel
30.10.2021 09.11.2021
N.S. Rainha da Paz N.S. Aparecida
Santarém - PA Juruti - PA

PROVÍNCIA NORDESTE II
André da Michelle
16.04.2021
N. S. Rainha da Paz
Aracaju - SE

CM 544 35
 NOTÍCIAS

VOLTA AO PAI
PROVÍNCIA SUL I
Alberto Dias da Ligia Dias Paulo Roberto da Maria Goreti
23.09.2021 13.07.2021
N.S. da Divina Providencia N.S. da Conceição
São Paulo - SP Caçapava - SP
Edson Vidal da Francisco Josino da
Lourdes Aparecida Isaura Mendonça
08.10.2021 11.09.2021
N.S. Senhora de Lourdes N.S. da Conceição
Bragança Paulista - SP Caçapava - SP

PROVÍNCIA SUL II
Carlos Prank da Marlene Therezinha Tarantino Bergamini
18.10.2021 11.09.2021
N.S. Mãe da Divina Graça N.S. do Desterro
São José do Rio Preto - SP Bauru - SP

PROVÍNCIA SUL III

Alexandre Nunes da Jhyslayne
13.10.2021
N.S. da Rosa Mística
Cascavel - PR

PROVÍNCIA CENTRO OESTE

PE. Godwin Nnaemeka Uchego
06.09.2021
Equipe 16 A - Brasília IV
Brasília - DF

36 CM 544

Avaliar e crescer no discipulado de Jesus
A Palavra de Deus
“Assim também brilhe a vossa luz dian- está nos céus.” Mt 5,16
te dos homens, para que vejam as vossas “Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a ver-
boas obras e glorifiquem o vosso Pai que dade e a vida.” Jo 14,6
Reflexão
Nossa vida é perpassada por metas, obje-
tivos e planos. Traçamos um caminho a ser
vivenciado em todas as dimensões e na vida
espiritual não poderia ser diferente. Na ver-
dade, a vida espiritual, em casal e individual-
mente, requer planejamento. Iniciamos este
ano, mesmo em meio à pandemia, com várias
metas a serem alcançadas. Tenho certeza de
que isto teve início desde a reunião de ba-
lanço realizada no ano passado. Agora, mais
uma vez, dentro da pedagogia do Movimen-
to das ENS, realizaremos uma profunda ava-
liação (balanço) de nossas vidas – em busca
da verdade -, em equipe e em casal, guiados
pela luz do Espírito Santo.
Nosso caminho espiritual, dentro do Movi-
mento, requer esta avaliação anual. Tal re-
alidade tem como objetivo o crescimento
em casal, em equipe, no Movimento, na fa-
mília e na sociedade. Avaliamos para reali-
zar as podas necessárias, retirar os excessos
e tomar consciência de nossas omissões. A
Verdade traz a libertação para nós. A Luz de
Deus clareia e ilumina nossas vidas. Os dis-
cípulos, nesta dinâmica de crescimento e de
Oração espontânea
Quero propor a leitura e meditação do Salmo
50 a cada um de vocês. Logo após, faça uma
oração pedindo a Deus perdão pelas suas fal-
tas cometidas ao longo deste ano.
Sugiro a realização de um exame de
Oração Litúrgica
Oração a Jesus Crucificado
Eis-me aqui, meu bom e doce Jesus! De joe-
lhos me prostro em tua Santa presença, e te
suplico que te dignes a gravar em meu cora-
ção os mais vivos sentimentos de fé, espe-
rança e caridade, verdadeiro arrependimen-
to dos meus pecados e firme propósito de
conversão, enquanto contemplo, com vivo
MEDITANDO EM EQUIPE
configuração com Cristo Jesus, precisam pa-
rar, refletir, discernir e escolher viver o que lhe
é proposto pelo Senhor. Como temos vivido
a reunião de balanço ao longo deste período
dentro do Movimento? Ela tem nos propor-
cionado crescimento real em nossas vidas?
Tenho levado a sério este momento ou o re-
alizo só por formalidade?
O Papa São João Paulo II certa vez nos exor-
tava à “coragem da verdade”. Fingimento e
mentira não cabem em nenhuma dimensão
de nossas vidas. Na verdade, nós crescemos
e amadurecemos. A verdade nem sempre é
fácil de ser vivida, a concupiscência quer nos
levar para o caminho mais cômodo e “fá-
cil”. É tempo de olharmos com sinceridade
e clareza para dentro de nós, “rasgar” nos-
so coração para Jesus, expor o que em nós
precisa ser mudado, agradecer pelo que tem
dado certo e prosseguirmos decididamente
na direção Dele (Fl 3,16). O que ainda nos
falta para realizarmos um balanço com pro-
fundidade em nosso caminho espiritual? Por
que o medo e insegurança? Tenha coragem,
Deus está contigo.
consciência diariamente. Reservar pelo me-
nos cinco minutos por dia para examinar a
consciência e fazer pequenas regras para
vencer o pecado.
afeto e dor, as tuas cinco chagas, tendo diante
dos olhos o que o profeta Davi já dizia de ti,
ó meu bom Jesus: “Perfura-
ram minhas mãos e os meus
pés, e posso contar todos os
meus ossos”.
Pe. Franciel Lopes
SCE Carta Mensal
Oração à Sagrada Família
Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais se faça, nas famílias,
experiência de violência, egoísmo e divisão:
quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.

Sagrada Família de Nazaré,

que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, escutai, atendei a nossa súplica.

Amém.

Av. Paulista, 352 • cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP

Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599
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