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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Secretaria de Serviços Legislativos

LEI Nº 10.523, DE 17 DE MARÇO DE 2017 - D.O. 17.03.17.

Autor: Poder Executivo

Cria o Programa SER Família e dá outras providências. (Redação


dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que dispõe o art. 42 da Constituição
Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criado, no âmbito do Governo Estadual, o Programa SER Família, destinado a ações de transferência de renda
com condicionalidades. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Parágrafo único O Programa abrangerá todos os municípios do Estado de Mato Grosso e terá por finalidade reduzir
as desigualdades sociais, mediante ações de promoção da cidadania, bem como inclusão social de famílias em situação de
vulnerabilidade em decorrência de situações de pobreza e risco social, com a finalidade de auxiliar os destinatários na superação de
tais fatores.

Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - família: a unidade nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de
parentesco ou de afinidade, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e que se mantém pela contribuição de seus
membros;

II - renda familiar mensal: a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pela totalidade dos membros da
família, incluindo o benefício concedido nos termos do art. 20 da Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e excluindo-se os
demais rendimentos concedidos por programas oficiais de transferência de renda. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de
07/10/2020)

III - em situação de extrema pobreza: as famílias com renda mensal per capita de até R$ 105,00 (cento e cinco
reais), conforme os parâmetros definidos pelo Ministério da Cidadania ou outro que vier a substituí-lo. (Redação dada pela Lei nº
12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 3º São objetivos específicos do Programa Pró-Família:

I - promover segurança de rendimentos e melhoria de qualidade de vida da família beneficiária;

II - possibilitar o mais amplo acesso à rede de serviços públicos, de forma a assegurar proteção social;

III - articular a transversalidade das políticas públicas em rede colaborativa com os 141 municípios do Estado de
Mato Grosso, com o intuito de assegurar o desenvolvimento humano e social através de serviços públicos essenciais, com a
finalidade de garantir melhores condições de saúde, educação, cidadania e habitação além de oportunidades de trabalho e geração
de renda.

Art . 4º Compete à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social - SETAS coordenar a implantação e a
operacionalização do Programa, cabendo ao seu titular editar normas que disciplinem o seu funcionamento.

Art. 5º Incumbe à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social - SETAS:

I - a promoção dos atos administrativos e de gestão necessários à execução orçamentária e financeira dos
recursos destinados ao Programa Estadual;

II - a criação de um Comitê Gestor do Programa, presidido pelo Secretário de Estado de Trabalho e Assistência
Social.

Art. 6º Compete ao Comitê Estadual do Programa SER Família: (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

I - definir competências, composição e funcionamento;

II - formular, definir diretrizes, normas e procedimentos sobre o desenvolvimento e implementação do Programa;

III - integrar e apoiar iniciativas para instituição de políticas públicas sociais visando promover a emancipação das

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famílias beneficiadas, nas esferas estadual e municipal;

IV - disponibilizar, mensalmente, em seu sítio eletrônico, a relação atualizada de beneficiários, como medida de
transparência ativa e de controle social.

V - aprovar e reprovar a inserção ou o descredenciamento das famílias beneficiárias do Programa, na forma


prevista em instrumento próprio. (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Art. 7º O valor do benefício financeiro do Programa SER Família e de todos os cartões a ele vinculados (“Ser Família”, “Ser
Idoso”, “Ser Inclusivo”, “Ser Indígena” e “Ser Criança”) será de até 1 (uma) UPF/MT (Unidade Padrão Fiscal do Estado de Mato
Grosso), a ser depositado mensal ou bimestralmente, considerando a disponibilidade e a capacidade orçamentária e financeira do
Estado. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)


§ 2º Os recursos de todos os cartões do Programa visam à aquisição de produtos alimentícios, sendo proibida a
aquisição de bebida alcoólica, produtos à base de tabaco, cosméticos e combustíveis. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

§ 3º A concessão do benefício tem caráter temporário e não gera direito adquirido ao recebimento do mesmo.

§ 4º O pagamento do benefício será realizado por meio de cartão magnético com a identificação do beneficiário, a ser
fornecido por empresa contratada para esta finalidade. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 5º Os custos decorrentes da emissão de um segundo cartão magnético serão descontados do beneficiário no mês
subsequente.

§ 6º Na hipótese de disponibilidade e capacidade orçamentária e financeira do Estado, fica autorizado o Poder


Executivo a ampliar o Programa SER Família e seus cartões vinculados para atender famílias com renda mensal per capita de até
1/3 (um terço) do salário mínimo. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 7°-A Sem prejuízo do auxílio previsto no caput do art. 7º, ficam criados os seguintes programas destinados a ações de
transferência de renda com as condicionalidades: (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

I - “Ser Idoso”, para a pessoa idosa; (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

II - “Ser Criança”, destinado à compra exclusiva de vestuário, gêneros de primeira necessidade e materiais
escolares, para as mulheres chefes de família com crianças; (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

III - “Ser Inclusivo”, para a pessoa com deficiência (PcD); (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

IV - “Ser Mulher”, destinado exclusivamente ao custeio de aluguel para as mulheres vítimas de violência doméstica
que se enquadrarem nos critérios abaixo: (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

a) enquadramento no critério previsto no art. 8º desta Lei; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de
07/10/2020)

b) comprovação periódica da continuidade do contrato de moradia; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222,


D.O. de 07/10/2020)

c) comprovação periódica do afastamento do lar conjugal sob pena de cancelamento do benefício previsto
neste inciso; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

d) existência de medida protetiva judicial. (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

V - “Ser Indígena”, para as pessoas dos povos indígenas do Estado de Mato Grosso. (Acrescentado[a] pela Lei
nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 1º Nos cartões “Ser Idoso” e “Ser Inclusivo”, além da destinação prevista no § 2º do art. 7º, os recursos poderão ser
utilizados para compra de medicamentos. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 2º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, eventualmente em datas comemorativas que especificar, ajuda de
custo para a aquisição de donativos no valor de até 1 (uma) UPF/MT (Unidade Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso) mensal
por beneficiário. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

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§ 3º O cartão “Ser Criança” será concedido para mulheres chefes de família com crianças de até 12 (doze) anos,
conforme o estabelecido no art. 2º da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
(Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 4º Para efetiva implementação do “Ser Indígena”, fica autorizado que a SETASC busque cooperação com o
Ministério dos Povos Indígenas. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 8º Serão elegíveis para receber o benefício financeiro do Programa as famílias que residem no Estado de Mato Grosso
e que possuem renda mensal per capita de até R$ 105,00 (cento e cinco reais), conforme parâmetros definidos pelo Ministério da
Cidadania ou outro que vier a substituí-lo. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Parágrafo único O Comitê Gestor poderá excepcionalizar o cumprimento do critério de renda máxima, nos casos de
calamidade pública ou em situação de emergência que coloque a família em situação vulnerável, para fins de concessão do
benefício em caráter temporário, respeitados os limites orçamentários e financeiros.

Art. 9º Para recebimento do benefício, serão consideradas como prioritárias as famílias que preferencialmente não estejam
inseridas no Programa “Auxílio Brasil” e se enquadrem em pelo menos 1 (um) dos critérios abaixo identificados: (Redação dada
pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

I - tiverem mulher como única responsável ou mulheres inscritas em programas sociais; (Redação dada pela Lei
nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

II - residirem em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas;

III - possuírem 1 (um) membro com deficiência permanente e incapacitante, total ou parcial;

IV - possuírem 1 (um) integrante acometido de hemofilia, hanseníase, epilepsia, doença renal crônica, HIV, fibrose
cística, cirrose hepática, anemia falciforme, cardiopatia grave ou neoplasia maligna, bem como qualquer outra doença que
impossibilite, comprovadamente, a realização de atividade laboral regular;

V - possuírem 1 (um) integrante com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;

VI - possuírem 1 (um) adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado, 1 (um) usuário
em tratamento de dependência química, 1 (uma) mulher ou outro membro vítima de violência doméstica ou sexual ou membros de
etnias tradicionais (comunidades indígenas e quilombolas).

VII - possuírem integrantes em condição de trabalho infantil. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

Parágrafo único A seleção das famílias beneficiárias será feita por equipe de profissionais definidos em regulamento
próprio pela SETASC, que comprovará a situação de vulnerabilidade. (Redação dada pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 10 O titular do beneficio será, preferencialmente, a mulher que detenha o poder familiar sobre os filhos e os preserve
em sua companhia ou, excepcionalmente, o homem ou responsável legal pela guarda de criança(s) e/ou adolescente(s).

Art. 11 O período regular de permanência das famílias no Programa será de 24 (vinte e quatro) meses, podendo ser
prorrogado por mais 12 (doze) meses, após avaliação da sua situação socioeconômica, parecer técnico fundamentado da equipe
de referência responsável pela família no município e aprovação do Comitê Gestor em âmbito municipal e estadual. (Redação
dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Parágrafo único O prazo de permanência poderá ser inferior ao previsto no caput deste artigo, caso a família não se
enquadre mais nos critérios de concessão do benefício, descumpra as condicionalidades dispostas no art. 12 desta Lei ou supere a
sua condição de vulnerabilidade. (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Art. 12 Para garantir a permanência no Programa, as famílias beneficiárias deverão:

I - comparecer, quando convidadas, a reuniões e a atividades socioassistenciais promovidas pela equipe de


referência do município ou por eventuais parceiros; (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

II - manter todos os seus integrantes, na faixa etária dos 6 (seis) aos 17 (dezessete) anos, matriculados em rede
de ensino público, com frequência regular mínima de, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento);

III - manter a Carteira de Vacinação de todos os membros menores de 10 (dez) anos atualizada, conforme
calendário de vacinação obrigatória do Ministério da Saúde;

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IV - realizar todas as consultas necessárias relativas ao exame pré-natal, no caso de gestante, e o


acompanhamento nutricional e de saúde para a criança até o 6º (sexto) mês de vida;

V - participar de cursos profissionalizantes e/ou de qualificação profissional a serem ofertados pelo Estado de Mato
Grosso, pelos municípios que aderirem ao programa e/ou eventuais parceiros; (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de
07/10/2020)

VI - participar dos procedimentos necessários à atualização cadastral mensalmente e sempre que convocados;
(Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

VII - cumprir os demais requisitos previstos no regulamento do programa.

VIII - participar de campanhas no Combate ao Aedes Aegypti.

Parágrafo único A exigência prevista no inciso V deste artigo deverá ser cumprida por pelo menos 1 (um) integrante
da família durante o período de permanência no Programa, ressalvados os casos excepcionais, aqui entendidos, como famílias que
tiverem somente idosos em sua composição ou que sejam membros de etnias tradicionais (comunidades indígenas e quilombolas),
desde que devidamente fundamentado pela equipe de referência do município. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de
07/10/2020)

Art. 13 A família será descredenciada do Programa nas seguintes hipóteses:

I - descumprimento dos critérios de elegibilidade e permanência, constantes desta Lei;

II - término do período de permanência, não sendo o caso de prorrogação, após avaliação do Comitê Gestor;

III - alteração da renda mensal familiar que implique na superação do limite fixado no art. 7º desta Lei.

IV - no caso de não utilização dos valores depositados pelo período de 3 (três) meses consecutivos.
(Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Art. 14 O pagamento do benefício poderá ser bloqueado ou suspenso a qualquer tempo em razão de:

I - ato voluntário da família beneficiária;

II - avaliação realizada pelo Comitê Gestor quanto ao descumprimento dos requisitos exigidos para o recebimento
do benefício;

III - realização de atualização cadastral das famílias beneficiárias;

IV - caso fortuito ou força maior, observado o interesse público.

V - a não utilização dos valores depositados pelo período de 2 (dois) meses consecutivos. (Acrescentado[a]
pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Art. 15 Na ocorrência de falsa declaração ou fraude que vise à obtenção do benefício de que trata esta Lei, o autor do ilícito
estará sujeito às sanções previstas na legislação penal, civil e administrativa, sem prejuízo do descredenciamento imediato do
Programa.

Art. 16 Fica responsabilizado civil, penal e administrativamente o servidor público ou agente de entidade parceira ou
contratada que inserir ou fornecer dados ou informações falsas ou diversas daquelas que solicitadas no cadastro estadual, e/ou
contribuir para a entrega do benefício à pessoa diversa do beneficiário final.

Art. 17 Para a execução do Programa, serão utilizados recursos oriundos do Orçamento Geral do Estado, do Fundo
Estadual de Erradicação da Pobreza e de outras fontes que vierem a complementar o programa.

Art. 18 Os mecanismos operacionais de natureza financeira e orçamentária necessários ao desenvolvimento do programa


serão criados e executados conjuntamente pela Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ e pela Secretaria de Estado de
Planejamento – SEPLAN.

Art. 19 Fica o Poder Executivo autorizado, caso necessário, a abrir, no exercício de 2017, créditos adicionais para a fiel
execução do Programa instituído na presente Lei.

Art. 20 Fica o Poder Executivo autorizado, por intermédio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania -
SETASC, estabelecer parcerias com os municípios em atendimento ao disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11222,
D.O. de 07/10/2020)

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§ 1º No caso do caput deste artigo, fica criada concessão mensal de auxílio alimentação de caráter indenizatório na
modalidade cartão, no âmbito do Programa SER Família, das atividades a serem desempenhadas por profissionais do Sistema
Único de Assistência Social - SUAS, Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias ou Orientadores Sociais, no valor de até
1 (uma) UPF/MT (Unidade Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso) mensal, nas condições disciplinadas nos instrumentos que
formalizarem as parcerias com os municípios a que se vinculam os mencionados profissionais. (Redação dada pela Lei nº 11222,
D.O. de 07/10/2020)

§ 2º Nas localidades em que os municípios não tiverem profissionais em quantidade suficiente para atuarem no
Programa ou nos casos da não adesão por parte do município, fica autorizada a Secretaria de Estado de Assistência Social e
Cidadania a definir os meios pelos quais serão atendidas as famílias. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

§ 3º Fica o Poder Executivo autorizado a criar concessão mensal de auxílio alimentação de caráter indenizatório de
que trata o § 1º das atividades a serem desempenhadas por Assistentes Sociais, Psicólogos ou Pedagogos, no valor de até 2 (duas)
UPFs/MT (Unidades Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso) mensal. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

§ 4º A concessão do auxílio-alimentação na modalidade cartão tem natureza indenizatória, não incidindo sobre a
mesma contribuição previdenciária. (Redação dada pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

§ 5º O auxílio-alimentação na modalidade cartão é acumulável com outros de espécie semelhante, tais como auxílio
para a cesta básica ou vantagem pessoal originária de qualquer forma de auxílio ou benefício-alimentação. (Redação dada pela
Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

I - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)


II - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)
III - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)
IV - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)
V - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)
VI - (Revogado pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)
§ 6º Os servidores integrantes do Programa não farão jus ao auxílio-alimentação quando: (Acrescentado[a] pela
Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

I - licenciados ou afastados do exercício do cargo ou da função, em decorrência de licença para tratamento de


saúde de pessoa da família; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

II - cedidos para outro órgão público, exceto se houver lei específica; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O.
de 07/10/2020)

III - afastados e/ou licenciados a qualquer título; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

IV - suspensos em decorrência de pena disciplinar; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

V - reclusos; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

VI - em gozo de férias. (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

§ 7º Para a adesão ao Programa SER Família, sem prejuízo do disposto nas legislações aplicáveis e do previsto no
respectivo instrumento de cooperação, o município deverá elaborar e aprovar o Pacto SER Família, indicando nele a composição do
Comitê Gestor Municipal do Programa, bem como as políticas públicas e as medidas necessárias ao auxílio da superação da
condição de vulnerabilidade social das famílias beneficiárias no âmbito de seu território. (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222,
D.O. de 07/10/2020)

§ 8º O Comitê Gestor Municipal, em conjunto com a equipe de referência da Secretaria de Estado de Assistência
Social e Cidadania - SETASC, será responsável por: (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

I - analisar e aprovar a lista de famílias encaminhadas pela equipe de referência do município e, após, encaminhar
ao Comitê Gestor Estadual para a análise e aprovação; (Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

II - analisar e acompanhar o cumprimento do Pacto SER Família firmado pelo município; (Acrescentado[a] pela
Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

III - apreciar relatório trimestral de evolução das famílias do Programa sob a responsabilidade do município,

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elaborado pela equipe técnica de referência e encaminhar à coordenação estadual do Programa SER Família; (Acrescentado[a]
pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

IV - demais atribuições previstas em instrumentos normativos próprios do Programa. (Acrescentado[a] pela Lei
nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

§ 9º Em caso de descumprimento das atribuições previstas em instrumento próprio, os profissionais vinculados ao


Programa em âmbito municipal terão o auxílio suspenso automaticamente, condicionada a liberação à demonstração efetiva do
exercício das atribuições e, caso o descumprimento se dê de forma reiterada, o profissional deverá ser desvinculado do Programa.
(Acrescentado[a] pela Lei nº 11222, D.O. de 07/10/2020)

Seção I
Do Programa “Ser Mulher”
(Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)
Art. 20-A O Programa “Ser Mulher” é destinado a mulheres vítimas de violência doméstica, atendidas por medida protetiva
prevista na Lei Federal n° 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

§ 1º Considera-se violência doméstica contra a mulher, para os fins desta Lei, qualquer ação ou omissão baseada no
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, nos termos do art. 5° da
Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha, ou outra legislação que venha a substituí-la.
(Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 2º O Programa Ser Mulher pode ser cumulativo com o beneficio "Ser Família". (Acrescentado[a] pela Lei nº
12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 3º Fica vedada a concessão e a manutenção do auxílio-aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica em


situação de vulnerabilidade que não residam no Estado de Mato Grosso. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

Art. 20-B Será concedido auxílio-moradia, com acompanhamento familiar, de caráter pessoal e intransferível, às mulheres
vítimas de violência doméstica em situação de extrema vulnerabilidade social, em medida protetiva, com renda per capita de até um
terço do salário mínimo vigente, sendo o benefício financeiro destinado à complementação das despesas da família para fins de
moradia. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Parágrafo único Considera-se em situação de extrema vulnerabilidade social, para os fins desta Lei, a família
enquadrada no limite de renda previsto nesta Lei e que não possa arcar com as despesas de moradia sem que ocorra prejuízo da
manutenção das condições básicas de sustento de seus integrantes. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-C Fica estabelecido o valor do auxílio-moradia em R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais. (Acrescentado[a] pela
Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 1º Após estudo técnico promovido pela SETASC, o valor estabelecido no caput pode ser modificado para atender
situação de regiões mato-grossenses onde o custo habitacional esteja mais elevado que a média estadual. (Acrescentado[a] pela
Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 2º O beneficio é temporário e será concedido pelo prazo de até 12 (doze) meses, e poderá ser prorrogável apenas
uma vez, por igual período, mediante justificativa técnica. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 3º A SETASC fará a contratação de empresa especializada no fornecimento de cartão de débito para repasse do
auxílio financeiro às mulheres beneficiárias do Programa. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-D O auxílio- moradia às mulheres em situação de violência, com medida protetiva, será concedido àquelas que
cumpram os seguintes critérios: (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

I - possuam medida protetiva, preferencialmente, acompanhada pela Patrulha Maria da Penha;


(Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

II - possuam pedido encaminhado, por meio de parecer técnico, pelas equipes dos serviços municipais de
atendimento socioassistencial ou, alternativamente, medida protetiva de urgência; (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de
27/01/2023)

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III - atendam aos limites de renda de até um terço do salário mínimo. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O.
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§ 1º O parecer social deve informar a estrutura familiar, a condição socioeconômica da mulher beneficiada, com
parecer favorável à concessão do benefício devidamente justificado, assinado pelo assistente social ou psicólogo.
(Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 2º As mulheres inseridas no Programa “Ser Mulher” preferencialmente devem ser inseridas em programas de
qualificação para que possam aumentar a renda familiar. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 3º As mulheres em situação de violência que possuam filhos com idade entre zero e cinco anos devem ter prioridade
no recebimento do auxílio-moradia do Programa “Ser Mulher”. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-E Para o atendimento das finalidades desta Lei, o Estado de Mato Grosso, por meio da SETASC, fica autorizado a
estabelecer parcerias com os Municípios. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Parágrafo único Após 12 (doze) meses de concessão do auxílio, a Secretaria Municipal de Assistência Social
procederá à reanálise da documentação do acompanhamento da beneficiária, com vistas a proceder à prorrogação da concessão
do benefício, com anuência da SETASC. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-F O cancelamento do benefício, nos casos previstos nesta Lei deverá ser devidamente motivado e registrado nos
autos do processo administrativo, bem como devidamente comunicado à beneficiária, mediante os meios de comunicação
disponíveis, conforme o caso. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 1º Se, no decorrer do prazo de concessão, for constatado que a beneficiária voltou a conviver com o agressor, ou for
constatada a desnecessidade de sua manutenção, bem como a inexistência ou descumprimento de qualquer das condições
estabelecidas, o benefício será cessado. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

§ 2º Caso se verifique a falsidade de qualquer declaração, o benefício será cancelado e o fato será apurado nos
termos da legislação penal. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-G As mulheres que receberem o auxílio-moradia deverão ser acompanhadas por profissional com formação em
serviço social ou psicologia, durante o período de concessão do auxílio, fornecido pelas secretarias municipais de assistência social
ou rede de atendimento às mulheres. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Parágrafo único O parecer social deverá informar a estrutura familiar, a condição socioeconômica da mulher
beneficiada, com parecer favorável à concessão do benefício devidamente justificado, assinado pelo assistente social ou psicólogo
com registro em conselho específico. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 20-H O responsável técnico que realizou o primeiro atendimento da mulher em situação de violência fica responsável
pelo acompanhamento do caso, sob supervisão da respectiva secretaria municipal de assistência social e da SETASC, e terá como
atribuições: (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

I - realizar a escuta qualificada; (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

II - proceder à verificação dos requisitos para concessão do benefício; (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013,
D.O. de 27/01/2023)

III - registrar as informações em instrumento adequado e proceder à elaboração do parecer técnico-social;


(Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

IV - realizar o acompanhamento da beneficiária enquanto estiver assistida pelo benefício, que poderá ser
presencial ou virtualmente (por telefone, videoconferência ou similares), conforme o caso concreto; (Acrescentado[a] pela Lei nº
12013, D.O. de 27/01/2023)

V - realizar integração às ações da rede de enfrentamento à violência doméstica de Mato Grosso, conforme o
caso concreto; (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

VI - nas hipóteses de cancelamento ou encerramento do auxílio, assistir a beneficiária e proceder a novos


encaminhamentos, conforme o caso concreto. (Acrescentado[a] pela Lei nº 12013, D.O. de 27/01/2023)

Art. 21 O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei em 30 (trinta) dias, contados da sua publicação.

Texto compilado - Atualizado até a data 26/01/2023 Página 7 de 8


Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Secretaria de Serviços Legislativos

Art. 22 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 23 Revoga-se a Lei nº 9.296, de 28 de dezembro de 2009.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 17 de março de 2017.

as) JOSÉ PEDRO GONÇALVES TAQUES

Governador do Estado

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial.

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial.

Texto compilado - Atualizado até a data 26/01/2023 Página 8 de 8

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