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Presidência da República

Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006.


o
Regulamenta o § 5 do art. 198 da
Conversão da MPv nº 297, de 2006 Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de
pessoal amparado pelo parágrafo único do art.
o o
(Vide § 5º do art. 198 da Constituição) 2 da Emenda Constitucional n 51, de 14 de
fevereiro de 2006, e dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória


nº 297, de 2006, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente
da Mesa do Congresso Nacional, para os efeitos do disposto no art. 62 da Constituição
Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinado com o art.
12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o As atividades de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate


às Endemias, passam a reger-se pelo disposto nesta Lei.

Art. 2o O exercício das atividades de Agente Comunitário de Saúde e de Agente


de Combate às Endemias, nos termos desta Lei, dar-se-á exclusivamente no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, na execução das atividades de responsabilidade dos
entes federados, mediante vínculo direto entre os referidos Agentes e órgão ou entidade
da administração direta, autárquica ou fundacional.

Art. 3o O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de


atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares
ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as
diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor municipal, distrital, estadual ou federal.

Parágrafo único. São consideradas atividades do Agente Comunitário de Saúde,


na sua área de atuação:

I - a utilização de instrumentos para diagnóstico demográfico e sócio-cultural da


comunidade;

II - a promoção de ações de educação para a saúde individual e coletiva;

III - o registro, para fins exclusivos de controle e planejamento das ações de saúde,
de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde;

IV - o estímulo à participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para


a área da saúde;

V - a realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento de


situações de risco à família; e
VI - a participação em ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras políticas
que promovam a qualidade de vida.

Art. 4o O Agente de Combate às Endemias tem como atribuição o exercício de


atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde,
desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor de
cada ente federado.

Art. 5o O Ministério da Saúde disciplinará as atividades de prevenção de doenças,


de promoção da saúde, de controle e de vigilância a que se referem os arts. 3o e 4o e
estabelecerá os parâmetros dos cursos previstos nos incisos II do art. 6o e I do art. 7o,
observadas as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de
Educação.

Art. 6o O Agente Comunitário de Saúde deverá preencher os seguintes requisitos


para o exercício da atividade:

I - residir na área da comunidade em que atuar, desde a data da publicação do


edital do processo seletivo público;

II - haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação inicial e


continuada; e

III - haver concluído o ensino fundamental.

§ 1o Não se aplica a exigência a que se refere o inciso III aos que, na data de
publicação desta Lei, estejam exercendo atividades próprias de Agente Comunitário de
Saúde.

§ 2o Compete ao ente federativo responsável pela execução dos programas a


definição da área geográfica a que se refere o inciso I, observados os parâmetros
estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Art. 7o O Agente de Combate às Endemias deverá preencher os seguintes


requisitos para o exercício da atividade:

I - haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação inicial e


continuada; e

II - haver concluído o ensino fundamental.

Parágrafo único. Não se aplica a exigência a que se refere o inciso II aos que, na data
de publicação desta Lei, estejam exercendo atividades próprias de Agente de Combate às
Endemias.

Art. 8o Os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias


admitidos pelos gestores locais do SUS e pela Fundação Nacional de Saúde - FUNASA,
na forma do disposto no § 4o do art. 198 da Constituição, submetem-se ao regime
jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, salvo se, no caso
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, lei local dispuser de forma diversa.
Art. 9o A contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de
Combate às Endemias deverá ser precedida de processo seletivo público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para o exercício das atividades, que atenda aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Parágrafo único. Caberá aos órgãos ou entes da administração direta dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios certificar, em cada caso, a existência de anterior
processo de seleção pública, para efeito da dispensa referida no parágrafo único do art. 2o da
Emenda Constitucional no 51, de 14 de fevereiro de 2006, considerando-se como tal aquele
que tenha sido realizado com observância dos princípios referidos no caput.
o
Art. 9 -A. O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras
de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias para a jornada de 40
(quarenta) horas semanais. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 1 O piso salarial profissional nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos
Agentes de Combate às Endemias é fixado no valor de R$ 1.014,00 (mil e quatorze reais)
mensais. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 2 A jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas exigida para garantia do piso salarial
previsto nesta Lei deverá ser integralmente dedicada a ações e serviços de promoção da
saúde, vigilância epidemiológica e combate a endemias em prol das famílias e comunidades
assistidas, dentro dos respectivos territórios de atuação, segundo as atribuições previstas
nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
Art. 9 -B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o o
Art. 9 -C. Nos termos do § 5 do art. 198 da Constituição Federal, compete à União
prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
o
para o cumprimento do piso salarial de que trata o art. 9 -A desta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.994, de 2014)

o
§ 1 Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado
a fixar em decreto os parâmetros referentes à quantidade máxima de agentes passível de
contratação, em função da população e das peculiaridades locais, com o auxílio da assistência
financeira complementar da União. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o o
§ 2 A quantidade máxima de que trata o § 1 deste artigo considerará tão somente os
agentes efetivamente registrados no mês anterior à respectiva competência financeira que se
encontrem no estrito desempenho de suas atribuições e submetidos à jornada de trabalho
fixada para a concessão do piso salarial. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 3 O valor da assistência financeira complementar da União é fixado em 95% (noventa
o
e cinco por cento) do piso salarial de que trata o art. 9 -A desta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.994, de 2014)

o
§ 4 A assistência financeira complementar de que trata o caput deste artigo será
devida em 12 (doze) parcelas consecutivas em cada exercício e 1 (uma) parcela adicional no
último trimestre. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o o
§ 5 Até a edição do decreto de que trata o § 1 deste artigo, aplicar-se-ão as normas
vigentes para os repasses de incentivos financeiros pelo Ministério da Saúde. (Incluído pela
Lei nº 12.994, de 2014)
o
§ 6 Para efeito da prestação de assistência financeira complementar de que trata este
artigo, a União exigirá dos gestores locais do SUS a comprovação do vínculo direto dos
Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias com o respectivo
ente federativo, regularmente formalizado, conforme o regime jurídico que vier a ser adotado
o
na forma do art. 8 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
Art. 9 -D. É criado incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação
de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. (Incluído pela Lei nº 12.994,
de 2014)

o
§ 1 Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado
a fixar em decreto: (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

I - parâmetros para concessão do incentivo; e (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

II - valor mensal do incentivo por ente federativo. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 2 Os parâmetros para concessão do incentivo considerarão, sempre que possível, as
peculiaridades do Município. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 3 (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 4 (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
§ 5 (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
Art. 9 -E. Atendidas as disposições desta Lei e as respectivas normas
o o
regulamentadoras, os recursos de que tratam os arts. 9 -C e 9 -D serão repassados pelo
Fundo Nacional de Saúde (Funasa) aos fundos de saúde dos Municípios, Estados e Distrito
Federal como transferências correntes, regulares, automáticas e obrigatórias, nos termos do
o o
disposto no art. 3 da Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 12.994,
de 2014)

o
Art. 9 -F. Para fins de apuração dos limites com pessoal de que trata a Lei
o
Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, a assistência financeira complementar obrigatória
prestada pela União e a parcela repassada como incentivo financeiro que venha a ser utilizada
no pagamento de pessoal serão computadas como gasto de pessoal do ente federativo
beneficiado pelas transferências. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

o
Art. 9 -G. Os planos de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de
Combate às Endemias deverão obedecer às seguintes diretrizes: (Incluído pela Lei nº
12.994, de 2014)

I - remuneração paritária dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de


Combate às Endemias; (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

II - definição de metas dos serviços e das equipes; (Incluído pela Lei nº 12.994, de
2014)

III - estabelecimento de critérios de progressão e promoção; (Incluído pela Lei nº


12.994, de 2014)

IV - adoção de modelos e instrumentos de avaliação que atendam à natureza das


atividades, assegurados os seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)
a) transparência do processo de avaliação, assegurando-se ao avaliado o conhecimento
sobre todas as etapas do processo e sobre o seu resultado final; (Incluído pela Lei nº 12.994,
de 2014)

b) periodicidade da avaliação; (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

c) contribuição do servidor para a consecução dos objetivos do serviço; (Incluído pela


Lei nº 12.994, de 2014)

d) adequação aos conteúdos ocupacionais e às condições reais de trabalho, de forma


que eventuais condições precárias ou adversas de trabalho não prejudiquem a
avaliação; (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014)

e) direito de recurso às instâncias hierárquicas superiores. (Incluído pela Lei nº


12.994, de 2014)

Art. 10. A administração pública somente poderá rescindir unilateralmente o


contrato do Agente Comunitário de Saúde ou do Agente de Combate às Endemias, de
acordo com o regime jurídico de trabalho adotado, na ocorrência de uma das seguintes
hipóteses:

I - prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das


Leis do Trabalho - CLT;

II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos


termos da Lei no 9.801, de 14 de junho de 1999; ou

IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem


pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em
trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para a continuidade
da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades
das atividades exercidas.

Parágrafo único. No caso do Agente Comunitário de Saúde, o contrato também


poderá ser rescindido unilateralmente na hipótese de não-atendimento ao disposto no
inciso I do art. 6o, ou em função de apresentação de declaração falsa de residência.

Art. 11. Fica criado, no Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -


FUNASA, Quadro Suplementar de Combate às Endemias, destinado a promover, no
âmbito do SUS, ações complementares de vigilância epidemiológica e combate a
endemias, nos termos do inciso VI e parágrafo único do art. 16 da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990.

Parágrafo único. Ao Quadro Suplementar de que trata o caput aplica-se, no que


couber, além do disposto nesta Lei, o disposto na Lei no 9.962, de 22 de fevereiro de
2000, cumprindo-se jornada de trabalho de quarenta horas semanais.

Art. 12. Aos profissionais não-ocupantes de cargo efetivo em órgão ou entidade


da administração pública federal que, em 14 de fevereiro de 2006, a qualquer título, se
achavam no desempenho de atividades de combate a endemias no âmbito da FUNASA
é assegurada a dispensa de se submeterem ao processo seletivo público a que se refere
o § 4º do art. 198 da Constituição, desde que tenham sido contratados a partir de
anterior processo de seleção pública efetuado pela FUNASA, ou por outra instituição,
sob a efetiva supervisão da FUNASA e mediante a observância dos princípios a que se
refere o caput do art. 9o.

§ 1o Ato conjunto dos Ministros de Estado da Saúde e do Controle e da


Transparência instituirá comissão com a finalidade de atestar a regularidade do processo
seletivo para fins da dispensa prevista no caput.

§ 2o A comissão será integrada por três representantes da Secretaria Federal de


Controle Interno da Controladoria-Geral da União, um dos quais a presidirá, pelo
Assessor Especial de Controle Interno do Ministério da Saúde e pelo Chefe da Auditoria
Interna da FUNASA.

Art. 13. Os Agentes de Combate às Endemias integrantes do Quadro Suplementar


a que se refere o art. 11 poderão ser colocados à disposição dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, no âmbito do SUS, mediante convênio, ou para gestão
associada de serviços públicos, mediante contrato de consórcio público, nos termos
da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, mantida a vinculação à FUNASA e sem
prejuízo dos respectivos direitos e vantagens.

Art. 14. O gestor local do SUS responsável pela contratação dos profissionais de
que trata esta Lei disporá sobre a criação dos cargos ou empregos públicos e demais
aspectos inerentes à atividade, observadas as especificidades locais.

Art. 15. Ficam criados cinco mil, trezentos e sessenta e cinco empregos públicos de
Agente de Combate às Endemias, no âmbito do Quadro Suplementar referido no art. 11, com
retribuição mensal estabelecida na forma do Anexo desta Lei, cuja despesa não excederá o
valor atualmente despendido pela FUNASA com a contratação desses profissionais.

§ 1o A FUNASA, em até trinta dias, promoverá o enquadramento do pessoal de


que trata o art. 12 na tabela salarial constante do Anexo desta Lei, em classes e níveis
com salários iguais aos pagos atualmente, sem aumento de despesa.

§ 2o Aplica-se aos ocupantes dos empregos referidos no caput a indenização de


campo de que trata o art. 16 da Lei no 8.216, de 13 de agosto de 1991.

§ 3o Caberá à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento,


Orçamento e Gestão disciplinar o desenvolvimento dos ocupantes dos empregos
públicos referidos no caput na tabela salarial constante do Anexo desta Lei.

Art. 16. Fica vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes


Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de
combate a surtos endêmicos, na forma da lei aplicável.

Art. 16. É vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes


Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de
combate a surtos epidêmicos, na forma da lei aplicável. (Redação dada pela Lei nº
12.994, de 2014)

Art. 17. Os profissionais que, na data de publicação desta Lei, exerçam atividades
próprias de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias,
vinculados diretamente aos gestores locais do SUS ou a entidades de administração
indireta, não investidos em cargo ou emprego público, e não alcançados pelo disposto
no parágrafo único do art. 9o, poderão permanecer no exercício destas atividades, até
que seja concluída a realização de processo seletivo público pelo ente federativo, com
vistas ao cumprimento do disposto nesta Lei.

Art. 18. Os empregos públicos criados no âmbito da FUNASA, conforme


disposto no art. 15 e preenchidos nos termos desta Lei, serão extintos, quando vagos.

Art. 19. As despesas decorrentes da criação dos empregos públicos a que se refere
o art. 15 correrão à conta das dotações destinadas à FUNASA, consignadas no
Orçamento Geral da União.

Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 21. Fica revogada a Lei no 10.507, de 10 de julho de 2002.


o o
Brasília, 9 de junho de 2006; 185 da Independência e 118 da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


José Agenor Álvares da Silva
Paulo Bernardo Silva

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