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Doutrinas Iurd Vol 2 - Edir Macedo
Doutrinas Iurd Vol 2 - Edir Macedo
É verdade que muitos falsos servos têm nascido da carne, isto é, pela capacidade intelectual
de absorção dos conhecimentos bíblicos e execução apenas de algumas de suas regras. Os
escribas e fariseus da época do Senhor Jesus são exemplos claros disso (Mateus 23.1-36).
Podemos ter certeza de que somos aprovados por Deus quando os frutos do Espírito estão
presentes em nossas vidas:
Gálatas 5.22,23
Segundo o apóstolo Paulo, o servo aprovado não tem de que se envergonhar, e maneja bem
a Palavra da Verdade (2 Timóteo 2.15). Além disso, o próprio Espírito Santo testifica com
o nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos 8.16), não sendo preciso ninguém nos
provar nada. Por outro lado, ninguém pode tirar esta certeza da mente do verdadeiro cristão.
Deus tem servos prediletos?
Não. Ele trata a todos com igualdade. Entretanto, existem servos mais dedicados e fiéis,
que, por isso mesmo, recebem mais responsabilidades e possuem maior confiabilidade. Aos
servos que cumprem bem a sua tarefa, Ele dá a devida recompensa, conforme podemos
observar na parábola dos talentos:
“Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo:
Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o
senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra
no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse:
Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo
do teu senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és
homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso,
escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo
mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria,
portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com
juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.”
Mateus 25.20-28
O que é entrega de direitos?
“Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.”
1 Coríntios 6.20
“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na
carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. E
os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual
o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Porque morrestes, e a vossa vida
está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Quando entregamos nossos direitos a Cristo, nossa vontade pessoal não mais importa. E
podemos orar como aprendemos:
“...faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.”
Mateus 6.10
Se entregamos nossos direitos a Cristo, podemos facilmente tolerar as ofensas dos outros,
não reagindo quando somos agredidos e pagando o mal com o bem:
Romanos 12.21
“Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o
levar também a túnica.”
Lucas 6.29
“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai;
assim é todo o que é nascido do Espírito.”
João 3.8
A LEI E A GRACA
1. A Lei foi dada ao povo de Israel em razão da Aliança que Deus fez, e revelava as
condições dessa Aliança (Êxodo 24.1-8).
2. A Lei revelava a vontade de Deus para o Seu povo, e o seu cumprimento estreitava o
relacionamento do povo com Ele(Êxodo 19.5,6; Deuteronômio 28.14).
3. A Lei continha instruções de como o pecador poderia ser per-doado por Deus, pois
prescrevia os sacrifícios de animais para a expiação pelos pecados (Levítico 16.33,34).
5. A Lei de Deus foi adicionada à Aliança 430 anos depois, em razão das transgressões
(Gálatas 3.19), e tinha o propósito de:
7. Expressava também a natureza e o caráter de Deus, isto é, o Seu amor, bondade, justiça e
repúdio ao pecado. O povo de Israel deveria se aplicar na obediência à Lei, para que
pudesse ser chamado “povo de propriedade exclusiva de Deus e nação santa”(Êxodo
19.5,6; Levítico 19.2).
1. A Lei Moral
2. A Lei Civil
Trata da vida jurídica e social do povo de Israel como nação (Êxodo 21.1; 23.33).
3. A Lei Cerimonial
Trata da forma e do ritual de adoração ao Senhor. Sob esse aspecto, estão incluídas as leis
sacrificiais (Êxodo 24.12; 31.18).
Qual seria a punição daquele que cumprisse toda a Lei de Deus e falhasse
apenas em um ponto?
Seria considerado maldito (Deuteronômio 27.26; Gálatas l.3-10; Tiago 2.10). A verdade é
que o povo de Israel não tinha, e ninguém tem, qualquer possibilidade de cumprir todos os
mandamentos da Lei de Deus. Por meio da tentativa do cumprimento deles, no entanto, veio
o aprendizado da lei da fé (Hebreus 10.38; 11.1-40).
“Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim,
contamina o homem.”
Mateus 15.11
O apóstolo Paulo reforça esta afirmação do Senhor Jesus com as seguintes palavras:
“Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode
comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não
come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.”
Romanos 14.1-3
Por que na Lei era proibido comer o sangue de animais? Isto se aplica a
nós?
Tirar o sangue de uma pessoa ou de um animal, no Antigo Testamento, era o mesmo que tirar
a vida. Sendo a vida um dom exclusivo de Deus e pertencente somente a Ele, comer ou
derramar o sangue representava violação do direito divino. O sangue, portanto, simbolizava
vida:
“Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.”
Gênesis 9.4
“Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida; pelo que não
comerás a vida com a carne.”
Deuteronômio 12.23
Isto não se aplica a nós hoje, porque entendemos que o Senhor Jesus deu novo enfoque às
leis do Antigo Testamento. Elas foram abolidas, completadas, aperfeiçoadas ou explicadas
melhor pelo
próprio Senhor Jesus.
Observe os seguintes versículos: Mateus 5.17-48; 15.10-20. Ele mesmo, o Senhor Jesus,
não só deu Seu sangue para a redenção, mas deu-Se inteiramente por nós. Deu-nos a própria
vida. Isso se aplica inclusive à transfusão de sangue.
No livro de Atos dos Apóstolos, ainda sob grande influência das leis judaicas, um concílio
reunido em Jerusalém recomendou a abstenção do sangue.
“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de
animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos
guardardes. Saúde.”
Atos 15.29
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para
cumprir.”
Mateus 5.17
2 Coríntios 3.6
Outras tinham a ver especificamente com Israel, e outras se aplicam a todas as pessoas, em
todos os tempos. O Senhor Jesus nos ensinou a separar bem essas coisas, cumprindo, Ele
mesmo, a Sua parte.
Mateus 22.36-39
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai.”
João 1.14
O apóstolo Paulo nos deixa claro que a Lei foi um instrumento usado por Deus, para que nos
fosse possível chegar a Cristo:
“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos
justificados por fé.”
Gálatas 3.24
“Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”
Gênesis 3.21
Outro livro que aponta a graça no Antigo Testamento é o livro de Êxodo. Durante o
processo de libertação do povo de Deus no Egito, por exemplo, cada família de Israel foi
instruída a aspergir o sangue de um cordeiro nos umbrais da porta de sua casa, para que o
Destruidor não entrasse:
“Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da
porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao
Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.”
Êxodo 12.23
Naquele tempo, Deus sinalizava ao mundo que iria mandar Seu Filho, para nos livrar do
destruidor de vidas. Hoje, todo aquele que aspergir o sangue do Cordeiro, o Senhor Jesus,
em sua vida será salvo.
“No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da
sua graça.”
Efésios 1.7
Ao longo de todo o Antigo Testamento, Deus foi manifestando os sinais de Sua graça, na
proporção em que preparava a humanidade para a chegada do Messias.
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para
cumprir.”
Mateus 5.17
“Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais
passará da Lei, até que tudo
se cumpra.”
Mateus 5.18
A Bíblia fala que o ser humano é justificado pela fé, independente das obras da Lei. Por
outro lado, também mostra que a fé não anula a Lei, mas a confirma (Romanos 3.28-31).
A Lei foi feita para os pecadores. Se fomos libertos do pecado, não estamos mais debaixo
da Lei. De qualquer forma, a libertação que conquistamos através de Cristo nos impulsiona
a amar nossos semelhantes:
“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros;
pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.”
Romanos 13.8
Mostra o desenrolar de fatos que, gradativamente, foram formando um quadro que nos
ajudou a entender o plano de salvação. Observe o que o Senhor Jesus afirma sobre o Antigo
Testamento:
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim.”
João 5.39
O Espírito Santo inspirou a confecção de toda a Bíblia. E Ele continua abençoando a todos
os que procuram conforto e alimento nas páginas do Antigo Testamento, tanto quanto nas do
Novo:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça.”
2 Timóteo 3.16
“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que
me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”
Isaías 55.11
Romanos 8.1
Imagine alguém com uma enorme dívida, tendo todos os seus cartões de crédito suspensos, e
seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito, e que, subitamente, receba de presente o
cancelamento de todas as pendências.
Embora não tenha pago o que devia, também não é mais devedor e, portanto, não pode ser
condenado. Da mesma forma acontece com o cristão nascido de novo. Ele é considerado
justo diante de Deus, mas apenas por causa dos méritos do Senhor Jesus Cristo:
“Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o
qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.”
Colossenses 2.14
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores.”
Romanos 5.8
Muitas pessoas acham que merecem ir para o Céu porque são muito boas, fazem caridade,
não devem a ninguém e até praticam alguma religião. Todos nós, no entanto, por mais
inocentes que nos consideremos, já nascemos sob a herança maldita de Adão. Com o
pecado original, todos nós fomos considerados reprovados por Deus, não havendo sequer
um justo: “Não há justo, nem um sequer.” (Romanos 3.10).
Nada do que fizéssemos poderia satisfazer a justiça divina, nem mesmo as boas obras. Por
isso, Deus tomou a iniciativa de nos salvar, dando Ele mesmo o Seu próprio sangue por nós:
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.”
Romanos 3.23
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”
Isaías 53.5
1 João 4.19
“Ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo
sacrifício de si mesmo, o pecado.”
Hebreus 9.26
Precisamos ainda hoje realizar sacrifícios?
Atualmente, não precisamos realizar sacrifícios de animais para sermos perdoados por
Deus, porque o sacrifício do Seu Filho foi pleno, suficiente e perfeito, sendo realizado uma
única vez por todas.
Mas o Senhor Jesus Cristo nos ensinou que a vida cristã implica em renúncias, o que nos
leva a outras formas de sacrifícios:
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz
e siga-me.”
Lucas 9.23
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
Romanos 12.1
Em primeiro lugar, o do nosso corpo, ou seja, nossa vida, nossa força, aquilo que somos
fisicamente. A Bíblia diz que devemos adorar a Deus em espírito e em verdade.
Nossas ações, nosso caráter e a nossa entrega à obra de Deus são importantes, bem como
tudo aquilo que fazemos e que contribui para o bem dos nossos semelhantes, para o
crescimento da obra de Deus, e para a Sua glória:
Salmos 51.17
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.”
2 Coríntios 9.7
O que é dízimo e qual a sua origem?
Dízimo quer dizer a décima parte. É um costume mais antigo que a Lei de Moisés. Na
Bíblia, lemos que o patriarca Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, o rei de Salém,
conforme podemos ler no texto abaixo:
“Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo;
abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus
e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E
de tudo lhe deu Abrão o dízimo.”
Gênesis 14.18-20
De acordo com as Escrituras Sagradas, oferta é uma ação, objeto ou comportamento, que
serve como meio a partir do qual o indivíduo se aproxima de Deus. A raiz da palavra
“oferta”, no Hebraico, significa “aproximar-se”. Trazendo ofertas sem defeitos, os antigos
servos de Deus entravam em Sua presença.
A origem da oferta está ligada ao primeiro sacrifício, realizado pelo próprio Deus, ainda no
Éden. Segundo a Bíblia, o Senhor sacrificou um animal, para cobrir a nudez de Adão e Eva,
instituindo essa forma de sacrifício, a fim de apagar o pecado do pecador. Aquele animal
representava o Filho de Deus, que teria de vir ao mundo, na plenitude dos tempos, para
cobrir a vergonha do pecado diante do Criador:
“Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”
Gênesis 3.21
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-
se à destra de Deus.”
Hebreus 10.12
“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo!”
João 1.29
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
“Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para
vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por
causa da incontinência.”
1 Coríntios 7.5
O jejum sacrificial era praticado pelo povo de Deus, desde tempos muito antigos:
“Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias,
que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro
anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.”
Lucas 2.36,37
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu
discípulo.”
Lucas 14.33
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o
aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.”
Marcos 10.21
Muitas vezes, o compromisso com Cristo envolve o sacrifício da própria vida do discípulo.
Ele nunca nos escondeu a possibilidade de que, por causa do Seu nome, talvez tivéssemos
que renunciar ao nosso maior bem:
“Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha
causa achá-la-á.”
Mateus 16.25
“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode
fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.”
Mateus 10.28
“Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados
como ovelhas para o matadouro.”
Romanos 8.36
Ninguém melhor que o apóstolo Paulo soube compreender o significado da morte do Senhor
Jesus, e poucas pessoas se sacrificaram tanto pela obra de Deus:
“São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito
mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.
Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado
com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na
voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores,
em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no
deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em
vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.”
2 Coríntios 11.23-27
SATANAS
Satanás se manifesta pessoalmente, ou através dos demônios que comanda, durante toda a
história do povo de Deus. Em 1 Crônicas 21.1, por exemplo, lemos que ele se levantou
contra Israel e incitou Davi a contar o povo (fazer um censo). Nos dois primeiros capítulos
do livro de Jó, o diabo acusa o fiel servo de Deus e sugere que o Senhor o prove. No livro
de Zacarias, no terceiro capítulo, Satanás aparece em uma visão do profeta.
No Novo Testamento, ele é mencionado por Mateus, Marcos, Lucas e João, como principal
antagonista do Senhor Jesus aqui na Terra. Na proporção em que aparece sendo expulso e
envergonhado, o ministério do Senhor Jesus vai ficando claro, como Aquele que veio
destruir as obras satânicas. A menção a Satanás, direta ou indiretamente, continua no livro
de Atos, nas cartas às igrejas, e vai ser finalizada em Apocalipse, quando a vitória final do
Senhor Jesus é profetizada:
“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a
seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las
para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície
da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do
céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e
enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão
atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.”
Apocalipse 20.7-10
Mateus 13.39
“Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago.”
Lucas 10.18
“Se também Satanás estiver dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Isto,
porque dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.”
Lucas 11.18
“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.”
João 10.10
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do
inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.”
Lucas 10.19
3) Seus limites:
a) Ele é uma criatura e, por isso mesmo, não pode ser onisciente, onipotente e onipresente.
c) No livro de Jó, podemos observar os seus limites de ação, impostos por Deus (Jó 1.12).
1) A pessoa de Satanás:
c) “No monte da congregação me assentarei” – essa congregação pode ser a assembléia dos
anjos ou a assembléia de Israel, sob a autoridade do Senhor Jesus.
d) “Subirei acima das mais altas nuvens” – ele tentou usurpar a glória
de Deus.
Vale lembrar que até então o pecado não existia; ele nasceu da cobiça maligna no coração
do principal querubim da guarda ungido. Isso sugere que não importa o cargo espiritual de
um servo, mas que ele tenha a consciência de que é servo para sempre.
3) A punição de Satanás:
Nos textos de Ezequiel 28.16-19 e Apocalipse 20.10, vemos o destino final daquele que um
dia foi o querubim da guarda do Altíssimo.
Convém salientar que quanto mais alto o cargo de autoridade que assumimos, seja ele
espiritual ou administrativo, maior deve ser o nosso despojamento dele, tendo sempre em
mente o fato de que somos apenas servos inúteis. Por isso o apóstolo Paulo adverte:
“Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia.”
1 Coríntios 10.12
A vida espiritual cristã pode ser exemplificada como sendo uma roda gigante: os que estão
em cima costumam relaxar na fé, porque alcançaram uma suposta posição melhor. Correm o
risco de se acomodarem na condição em que se encontram, abandonando o princípio da fé,
que é a dependência do Senhor.
Os que estão embaixo, entretanto, querem chegar em cima e, por isso, lutam e exercitam a
fé, não correndo assim o risco do relaxamento ou acomodação.
Podemos tomar o rei Salomão, a quem Deus conferiu sabedoria acima de todos os homens,
tanto quanto riqueza e poder, como exemplo: depois de ter acabado a construção do Templo,
ou seja, depois de ter parado de servir ao Senhor, seu Deus, deixou-se levar pela idéia de
servir-se a si mesmo. Com isso, cercou-se de muitas mulheres idólatras, tornando-se
semelhante a elas.
Lúcifer estava no topo da posição angelical; pertencia à ordem superior dos anjos e era o
principal deles, o servo de maior responsabilidade, mas abandonou a idéia de servo e
abraçou a idéia de principal.
Isso permitiu que o orgulho invadisse seu coração, fazendo-o almejar a posição de senhor.
Aí está a razão de sua queda.
Na Bíblia encontramos vários outros exemplos. O caso de Miriã e Arão, irmãos de Moisés,
reflete muito bem o que significa uma rebelião e suas conseqüências.
Eles estavam bem próximos da autoridade de seu irmão, sobre mais de três milhões de
pessoas. Miriã era mais velha que Moisés, e Arão fora designado sacerdote sobre os filhos
de Israel.
Os dois acharam, portanto, que estavam em condições de repreender aquele que Deus havia
constituído como autoridade e líder de Seu povo. Os olhos deles estavam tão bloqueados,
que chegaram a ponto de dizer:
“Porventura tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós?”
Números 12.2
Ao longo do nosso trabalho na obra de Deus, temos visto muitas pessoas surgirem em nosso
meio, com esse mesmo espírito, dizendo: “Não somos também batizados com o Espírito
Santo?” A partir daí começam a difundir a rebelião contra a liderança da Igreja. O fim de
todas elas é a lepra espiritual, visível por todos, onde quer que estejam.
2) Em relação às nações:
2) Em casos especiais, Deus permite a ação limitada do diabo na vida dos Seus servos, com
um propósito benéfico (todo o livro de Jó e 2 Coríntios 12.7).
4) O cristão deve permanecer vigilante, e em oração todo o tempo, para não cair nas suas
armadilhas (Mateus 26.41 e 1 Pedro 5.8).
6) O cristão deve estar sempre vestido da armadura de Deus, para proteger a sua salvação
(Efésios 6.11-18).
OS DEMONIOS
Dentro dessa mesma estrutura hierárquica, ele organizou os anjos decaídos, ou demônios,
para atuarem em áreas e regiões distintas (Marcos 5.10), pois não sendo ele onipresente,
onisciente e onipotente, e tendo a ambição de dominar toda a Terra, precisa dessa
organização estrutural para levar a cabo seus objetivos. A Bíblia nos informa a respeito
dessa estrutura (Efésios 6.11,12):
a) Principados
Classe especial de demônios, que ocupam a posição de autoridade política sobre países,
estados e municípios, de forma semelhante aos presidentes, governadores e prefeitos.
Agem inclusive através dos governantes (Apocalipse 16.14), conforme foi o caso de
Herodes, que tentou matar o menino Jesus. O espírito que nele operava o inspirou a mandar
matar todos os meninos, de Belém e seus arredores, com idade abaixo de dois anos.
Essa mesma ordem já havia sido dada no Egito, quando os filhos de Israel haviam se
multiplicado (Mateus 2.16 e Êxodo 1.16).
b) Potestades
Classe de demônios que agem na execução do poder religioso. É o caso, por exemplo,
daqueles espíritos que orientam a direção espiritual das nações e mantêm o controle da
religião dos povos.
Espíritos imundos que dominam a mente humana, tornando-a escrava da razão. As pessoas
dominadas por eles são sedentas de mais e mais conhecimentos, e, na busca frenética pelo
desconhecido, acabam desprezando a fé salvadora.
Foi a sede pelo conhecimento do bem e do mal que levou Adão e Eva a desobedecerem a
Deus (Gênesis 3.5,6).
Satanás sabe que o ser humano tem, além do corpo físico, alma e espírito, e sabe também
que a alma humana está sujeita às emoções, enquanto o espírito à razão.
Nesta classe estão incluídos os espíritos imundos, espíritos de enfermidades, que atuam no
sentido de levar as pessoas aos sofrimentos físicos e espirituais, tais como doenças e surtos
delas; desastres; medo; insônia; constantes dores no corpo; depressão; desejo de suicídio,
etc.
Esses espíritos são os que mais facilmente são identificados, pois a sua área de ação é no
povo em geral.
1) Espíritos enganadores
Atuam exclusivamente com o engano (1 Timóteo 4.1). Têm operado de forma sutil com a
mentira, vestindo-a com uma falsa capa de verdade e a espalhando (Mateus 4.6).
2) Espíritos familiares
Têm como objetivo a destruição da família. Apesar de a Bíblia não mencionar essa classe
de espíritos, a experiência tem mostrado sua atuação. O diabo sabe que a família foi criada
por Deus, para se constituir na célula-mãe da sociedade. Se ele conseguir destruir um lar,
cada membro daquela família também poderá se constituir num elemento destruidor de
lares.
1. Natureza
São seres espirituais, desprovidos de corpos; conseqüentemente, não têm sexo, cor ou
tamanho. Por isso, uma legião deles pode possuir um só corpo humano (Mateus 12.43-45;
Marcos 5.9).
2. Intelecto
Conhecem o Senhor Jesus (Marcos 1.24); têm consciência do tempo em que serão punidos
(Mateus 8.29) e sabem que só há um Deus (Tiago 2.19). Também têm um sistema de doutrina
bem avançado, para tentarem confundir os da fé (1 Timóteo 4.1-3).
3. Natureza moral
Em particular:
1. Causam doenças (Mateus 9.33; Lucas 13.11-16).
a) Predestinação.
Aliás, esta é justamente a razão pela qual muitos cristãos são fracassados: aceitaram a
mensagem de salvação, aceitaram Jesus Cristo como Senhor e Salvador, foram batizados
nas águas e conhecem as Escrituras Sagradas, mas não nasceram de novo.
O Senhor Jesus deixa isso muito claro, não deixando margem de dúvida quanto à
necessidade de se nascer de novo:
“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de
novo, não pode ver o reino
de Deus.”
João 3.3
Ora, se uma pessoa que não nasceu de novo não pode entrar no Reino de Deus, então ela
continua do lado de fora, e, se está do lado de fora, mesmo crendo em Deus e conhecendo a
Bíblia, estará em condições de ser possessa ou oprimida pelos demônios.
Não, nunca! O Espírito Santo não pode habitar no mesmo corpo que um demônio (2
Coríntios 6.16).
4. Insônia.
5. Medo e fobias.
6. Desejo de suicídio.
7. Vícios.
8. Nervosismo.
9. Depressão.
O próprio Senhor Jesus concedeu aos discípulos autoridade sobre espíritos imundos, para
expeli-los, e para curar todas as doenças e enfermidades (Mateus 10.1).
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Romanos 8.29
“Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos (...) segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e
paz vos sejam multiplicadas.”
1 Pedro 1.1,2
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz.”
1 Pedro 2.9
Deus predestinou Israel para ser o Seu povo no Antigo Testamento. E Israel será para
sempre o Seu povo. Da mesma forma, predestinou a Igreja, para reinar com Cristo na
eternidade.
Aconteça o que acontecer, a Igreja reinará, porque foi predestinada para tão maravilhoso
destino. Entretanto, Deus não predestinou a indivíduos em particular, para fazerem parte do
povo de Israel ou da Igreja.
Romanos 2.11
“O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade.”
1 Timóteo 2.4
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”
Atos 20.28
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que crêem no seu nome.”
João 1.12
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
casa e cearei com ele, e ele, comigo.”
Apocalipse 3.20
“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o
juízo...”
Hebreus 9.27
“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia
do Juízo...”
Mateus 12.36
“Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do
que para aquela cidade.”
Mateus 10.15
A idéia de um Deus de amor cai por terra diante da predestinação. Ele teria sacrificado Seu
Filho inutilmente, caso as pessoas já estivessem salvas ou condenadas.
Além disso, por que Ele deixaria nascer uma pessoa, simplesmente para depois atirá-la no
inferno? A Bíblia mostra que Deus tem um caráter perfeito, que não combina com atos de
maldade:
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”
1 João 4.8
Lucas 19.10
Romanos 10.13
Caso a predestinação fosse real, Deus não nos daria uma ordem para pregarmos o
Evangelho a toda criatura, porque isso não seria necessário.
Mateus 28.18,19
A Bíblia nos ensina a perseverarmos na fé, combatermos, sermos fiéis e santos. Todos os
incentivos à perseverança cristã não teriam sentido diante da predestinação.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor...”
Hebreus 12.14
Mateus 24.13
“E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as
contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desvia‐
ram da fé. A graça seja convosco.”
1 Timóteo 6.20,21
“Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a
promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia,
o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém,
não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação
da alma.”
Hebreus 10.35-39
Apocalipse 2.10
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas
também a todos quantos amam a sua vinda.”
2 Timóteo 4.7,8
A doutrina da predestinação faz oposição direta à graça de Deus, que nos deu a salvação
que não merecemos, através do sangue do Seu Filho:
“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.”
João 1.16
“Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna
consolação e boa esperança, pela graça.”
2 Tessalonicenses 2.16
Tito 2.11
O relato bíblico da queda do ser humano fica sem sentido diante da predestinação. Torna-se
um fato ilustrativo, que não tem importância na história da salvação. E não é isso que a
Bíblia deixa claro:
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”
Romanos 5.12
Romanos 3.23
“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a
quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em
cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”
Josué 24.15
PERDAO
Em segundo lugar, devemos perdoar porque, caso não o façamos, também não seremos
perdoados.
Muitas pessoas cristãs acham que podem escolher se perdoam ou não a seus ofensores, mas
o ato nada tem a ver com uma simples opção. Trata-se de um mandamento, com
conseqüências sérias para quem o transgride.
Quando o Senhor nos ensinou a orar, incluiu o perdão aos inimigos como condição para
também sermos perdoados por nossas faltas diárias:
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos
perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos
perdoará as vossas ofensas.”
Mateus 6.14,15
O perdão como mandamento não passou desapercebido aos apóstolos, que compartilharam
o ensinamento na Igreja:
“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa
contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.”
Colossenses 3.13
Por que o ato de perdoar é uma condição para que sejamos perdoados?
Porque representa uma atitude de fé no ministério do Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por
todas as pessoas, incluindo nossos ofensores, e por todos os pecados, sejam eles
considerados grandes ou pequenos.
Hebreus 10.12
“Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para
sempre.”
Hebreus 10.17
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados
não me lembro.”
Isaías 43.25
“...nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos
sejam contaminados.”
Hebreus 12.15
O verdadeiro perdão inclui o total esquecimento da ofensa recebida, sempre que necessário,
mesmo que o ofensor tenha a ousadia de repetir o agravo um número ilimitado de vezes:
“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará
contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até
sete vezes, mas até setenta vezes sete.”
Mateus 18.21,22
O CARACTER DE DEUS
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”
1 João 4.8
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
Amar é fazer o melhor por quem se ama; por isso, o amor de Deus se desdobra em justiça e
misericórdia, de acordo com aquilo que for melhor para o mundo e para Seus servos.
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a
alma que pecar, essa morrerá.”
Ezequiel 18.4
“...Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a
abismos de trevas, reservando-os para juízo.”
2 Pedro 2.4
Existem muitos pregadores ensinando um falso amor, que exclui a justiça. Em nome de uma
“graça” na qual Deus nada exige da pessoa, a quem tudo dá, há quem veja na misericórdia
divina um Deus que aceita não somente o pecador, mas também o seu pecado, contrariando
completamente os ensinamentos da Bíblia.
1 João 4.19
“Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura,
não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”
Romanos 8.32
Salmos 111.10
“Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os
deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor.”
Josué 24.14
“Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de
Israel? Deus lhe respondeu: Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te enviei: depois
de haveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte. Disse Moisés a Deus: Eis
que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a
vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a
Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a
vós outros. Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o
Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a
vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração.”
Êxodo 3.11-15
Acontece que, como vimos no texto, Deus não revelou nome algum a Moisés. Ele Se revelou
simplesmente como Aquele que é em Si mesmo; o Absoluto, Alguém com quem não teria
outro para ser confundido.
O tetragrama Yhwh (que quer dizer “aquele que é”) não é um nome, mas uma afirmação da
soberania e singularidade de Deus.
O nome Eloim (que transmite a idéia de Deus) é bastante usado no AntigoTestamento, e traz
a idéia de que Deus é uma Trindade, porque está no plural.
Adonai (traduzido por “Senhor”) expressa o fato de que Deus tem o domínio sobre todas as
coisas.
Jeová ou Javé são oriundos de Yhwh, e, como já afirmamos, não podem ser considerados
como nomes de Deus, de acordo com a Bíblia.
Existem na Bíblia muitos títulos para designar o Criador, conforme os relacionados abaixo:
Yahweh Shebaó – O Senhor dos Exércitos
O que é oração?
Oração é a comunicação entre criatura e Criador. É a maneira pela qual Deus Se relaciona
conosco, de forma amiga e paternal.
Orar é, antes de tudo, dialogar, ou seja: quando oramos, não devemos apenas monologar
com Deus; é preciso, antes de tudo, que deixemos espaço aberto para que Ele também possa
falar conosco.
Jeremias 33.3
Um cristão que não cultiva o hábito de orar é como um corpo que não respira. E está
destinado ao fracasso, pois cairá facilmente em tentação, conforme o próprio Senhor nos
alertou:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a
carne é fraca.”
Marcos 14.38
John Wesley, um importante avivalista do século XVIII, costumava afirmar que “Deus nada
faz a não ser responder às orações”.
Através de Sua comunhão íntima com o Pai, por exemplo, Ele obteve forças para enfrentar e
vencer o momento mais difícil de Sua vida terrena:
“...Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a
tua.”
Lucas 22.42
“Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum.”
Marcos 9.29
“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem
mortos.”
Provérbios 24.11
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
Todas as chances que as pessoas têm de se reconciliar com Deus acontecem em vida; do
contrário, não precisaríamos de um Salvador: bastaria que os nossos entes queridos se
encarregassem de promover nossa salvação através de rezas, missas e velas.
O apóstolo Paulo nos alerta a desenvolver nossa salvação, com temor e tremor, agora,
enquanto estamos vivos, porque não teremos outra chance:
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém,
muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.”
Filipenses 2.12
O Senhor Jesus Cristo sempre deu instruções muito claras para Seus discípulos. Quando Ele
nos ensinou a orar, através da oração conhecida como Pai Nosso, que está registrada em
Mateus 6, evidenciou quais seriam os procedimentos quando nos dirigíssemos ao Todo-
Poderoso:
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada
dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o
reino, o poder e a glória para sempre. Amém!”
Mateus 6.9-13
Em nenhum momento o Senhor nos ensinou a orar pelos mortos. Certa vez, quando convocou
um homem que ficara enlutado para segui-Lo, observe o que aconteceu:
“A outro disse Jesus: Segue-me! Ele, porém, respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar
meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu,
porém, vai e prega o reino de Deus.”
Lucas 9.59,60
Caso a oração pelos mortos fosse necessária, o Senhor mesmo, naquele exato momento,
teria Se encarregado de orar, encomendando a alma do falecido. No entanto, podemos
observá-Lo preocupado com a salvação dos vivos, que só ocorre pela pregação do Reino
de Deus.
Mesmo com instruções tão claras sobre a ineficiência das orações pelos mortos, muitos
grupos religiosos divulgaram esta prática durante anos, extorquindo muito dinheiro de
pessoas que desejavam que seus mortos tivessem paz.
Ainda hoje, a oração pelos mortos dá muito lucro para fabricantes de artefatos religiosos,
tais como velas, incensos e terços, dentre outros objetos. Um lucro apenas para quem está
vivo, já que a morte sem Cristo é uma tragédia irreversível:
“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”
Marcos 16.16
IDOLATRIA
Se realizaram algum milagre em vida, fizeram uso do poder do Espírito Santo, que também
está disponível para nós, hoje.
Pedro e João, quando iam para o templo, estavam tão cheios da unção de Deus que
conseguiram curar a enfermidade de um homem. Mas o milagre somente aconteceu, há que
se frisar, por causa da comunhão que os dois apóstolos tinham com o Médico dos médicos.
Eles não deram ao homem o seu próprio poder, mas a virtude que receberam do Alto:
“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo
de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir
esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava
que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós.
Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não
possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, anda!”
Atos 3.1-6
A mesma explicação acima fica valendo para todos os relatos de milagres acontecidos pelas
mãos dos apóstolos. A fonte era Jesus! O Senhor nos disse que poderíamos fazer as mesmas
obras que Ele fez, enquanto estivéssemos trabalhando na pregação da Palavra.
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu
faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.”
João 14.12
Precisamos deixar claro que tudo o que os apóstolos fizeram, quando estiveram vivos, foi
por causa da presença do Espírito Santo em suas vidas. Eles, em nenhum momento,
reivindicaram a condição de mediadores entre Deus e os homens, mesmo vivendo sob o
domínio do Império Romano, que possuía uma mitologia cheia de semideuses.
“Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos
pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem.”
Atos 10.25,26
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome,
dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”
Atos 4.12
E o que devemos pensar dos milagres que as pessoas dizem terem sido
realizados pelos santos, mesmo depois de terem morrido?
Não são milagres feitos pelos servos de Deus que já faleceram, pois os mortos não voltam e
nada podem fazer por nós, conforme já afirmamos.
2 Coríntios 11.14
As forças malignas são capazes de escravizar uma pessoa durante anos, colocando-lhe uma
doença. Certa vez o Senhor livrou uma mulher, que havia passado anos de sua vida presa
por uma enfermidade de origem demoníaca:
“Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão,
a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?”
Lucas 13.16
O mesmo espírito demoníaco que escraviza uma pessoa durante anos, quando lhe for
conveniente também pode retirar suas garras, de modo que pareça estar acontecendo uma
cura.
Eis a explicação para tantas curas mediúnicas e tantos milagres atribuídos aos santos.
“Porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me
considerarão bem-aventurada.”
Lucas 1.48
Mas precisamos entender que santidade não significa divindade.O fato de Maria ter
carregado Jesus no ventre não a transformou numa deusa. Ela não pode ouvir orações, nem
resolver problemas, nem ser mediadora entre Deus e os homens, conforme o Senhor Jesus
Cristo:
1 Timóteo 2.5
REENCARNACAO
O que é reencarnação?
A reencarnação é uma doutrina que prega a pluralidade de vidas terrestres, ou seja: você
pode nascer, morrer e tornar a nascer, quantas vezes forem necessárias para o seu
desenvolvimento espiritual. E sempre que passar pela Terra, terá uma vida diferente, com
um corpo diferente e uma nova história.
Trata-se do ponto central do espiritismo pregado por um francês de nome Hippolyte Léon
Denizard Rivail, nascido em 1804, que ficou mais conhecido por Allan Kardec.
Observe o que afirma o texto sobre ensinos que não têm por base a Bíblia Sagrada:
“Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além
daquele que recebestes, seja anátema.”
Gálatas 1.9
Na Bíblia está escrito que não podemos morrer e ficar voltando aqui na Terra. Observe:
“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o
juízo...”
Hebreus 9.27
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas
ainda pelos do mundo inteiro.”
1 João 2.2
“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros,
e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
1 João 1.7
“Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino
de Deus.”
João 3.3
O Senhor Jesus estava Se referindo ao fato de que Nicodemos deveria abandonar sua velha
natureza e se regenerar espiritualmente. Deveria abandonar o pecado e ter uma vida nova.
Os apóstolos entenderam e pregaram esta verdade:
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas.”
2 Coríntios 5.17
“...quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano.”
Efésios 4.22
PONTOS DE CONTATO
Muitas pessoas têm dificuldade para colocar sua fé em prática; por isso, precisam de pontos
de contato, que podem ser o óleo ungido, a água, a rosa e outros elementos. Esses objetos
não têm poderes em si mesmos, mas despertam o coração e as mentes das pessoas para a
realidade de que o Senhor está presente para abençoá-las. Quando elas amadurecem
espiritualmente, tendem a não depender tanto dos pontos de contato quanto no início de sua
caminhada cristã. Entendem que o poder está no Senhor Jesus Cristo e na ação do Seu
Espírito.
“Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,
dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e
voltou vendo.”
João 9.6,7
O óleo que os discípulos usavam para a unção dos enfermos também era um ponto de
contato. Da mesma forma, os objetos de uso pessoal de Paulo e a sombra de Pedro,
conforme podemos ver na seqüência de versículos abaixo:
Marcos 6.13
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos
enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das
suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.”
Atos 19.11,12
“A ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para
que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles.”
Atos 5.15
QUESTOES HISTORICAS E GEOGRAFICAS SOBRE A BIBLIA
Abraão vivia em Ur, capital do antigo reino da Suméria, na Mesopotâmia, por volta de 2000
a.C. Obedecendo ao chamado divino, foi para uma outra terra – Harã – no Norte da
Palestina. Deus prometeu lhe dar um filho e fazer da sua descendência uma grande nação. A
sua família seria uma bênção para todas as nações.
Abraão quis antecipar o plano de Deus tendo um filho com a serva de Sara, sua mulher.
Treze anos depois nasceu Isaque, o filho prometido. Dele descendem os gêmeos Esaú e
Jacó, sendo este último escolhido para herdar a promessa. Devido a uma seca, a família de
Jacó foi viver no Egito, onde os seus descendentes se multiplicaram até formarem uma
nação. Temidos pelos egípcios, foram escravizados. Surgiu, então, Moisés, com a missão de
tirar o povo de Israel1 do Egito, e levá-lo de volta à terra prometida – Canaã.
De forma prodigiosa ele conseguiu conduzir o povo pelo deserto até a fronteira da nova
terra, incumbindo Josué de continuar a liderança.
A Terra de Canaã
Os cananeus viviam na Palestina antes da chegada dos hebreus2, em 1406 a.C. Diferente do
Egito ou da Mesopotâmia, a primitiva Canaã não tinha um governador único, cujo poder se
estendesse por todo o país. Cada cidade era autônoma, governada por um rei. A associação
desses reis exercia o poder sobre toda a região.
A terra de Canaã foi dada aos israelitas na base da misericórdia de Deus. O assentamento
das tribos foi feito por Josué, com muitas batalhas. Difícil era estabelecer uma ordem sem a
influência dos costumes e religiões dos cananeus.
Após a morte de Josué, vários juízes se sucederam na direção das tribos. Samuel, o último
juiz, atendeu ao pedido do povo de constituir-lhe um rei.
Período da monarquia
Saul foi o primeiro rei de Israel, por volta de 1043 a.C. Após ser rejeitado por Deus, foi
sucedido por Davi, a quem Deus prometeu o reino para sempre.
Com ele, a nação se tornou forte e segura como nunca antes. Salomão continuou o trabalho
do seu pai, Davi, fortalecendo o poderio de Israel e aumentando a riqueza da nação.
Foi no seu reinado que o templo de Jerusalém foi construído, mas também passou a ser
tolerada a adoração de outros deuses, como forma de agradar as suas esposas3.
Após a morte de Salomão, o reino se dividiu em Norte (reino de Israel) e Sul (reino de
Judá). Muitos reis foram se sucedendo, e seus governos classificados em bons e maus.
Vários profetas advertiram e consolaram tanto o povo quanto os governantes.
As invasões estrangeiras ocorreram várias vezes. Por duas vezes os assírios conquistaram o
reino de Israel; o reino de Judá foi conquistado uma vez pelos assírios e três vezes pelos
babilônios. De cada vez, os conquistadores levaram muitos cativos. O exílio mais
conhecido é o de Judá na Babilônia, que durou setenta anos. O regresso à Palestina se deu
quando a Pérsia conquistou a Babilônia.
Alexandre promovia a cultura grega em todas as terras que conquistava. Quando tomou a
Palestina dos persas, em 332 a.C., exigiu que os judeus adotassem a língua e os costumes
gregos.
Após a sua morte, em 323 a.C., seus generais retalharam o império. Seleuco I, um dos
generais, estabeleceu uma dinastia na Síria, conquistando também a Palestina. Mais tarde o
controle passou para os romanos.
A dominação romana
Outro filho conspirou contra ele e foi executado cinco dias antes da sua morte, em 4 a.C. Foi
digno de confiança e competente para os romanos, mas um tirano egoísta para os judeus.
Sucederam-no seus filhos. Arquelau, o menos estimado de todos eles, governou na Judéia.
Foi cruel e despótico. As queixas dos judeus contra ele provocaram o seu exílio.
Herodes Antipas foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Era orgulhoso e hábil
governante, mas assassinou João Batista, que denunciara seu casamento com Herodias. Foi
exilado no ano de 39 d.C., por ordem do imperador Calígula.
Inflexível e severo, ele foi brutal para os judeus. Outros procuradores aparecem nas páginas
do Novo Testamento: Agripa, Félix e Festo.
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns
magos do Oriente a Jerusalém.”
Mateus 2.1
2) Cafarnaum
Mateus 8.5,6
3) Nazaré
Cidade situada na Baixa Galiléia, região limitada ao Sul de Samaria, confrontando o Mar da
Galiléia e o Rio Jordão a Leste.
Está edificada sobre um alto e grande monte, a uma altitude de 375m acima do nível do mar.
Nesta cidade Jesus foi criado, aprendeu o ofício de carpinteiro e trabalhou até os trinta
anos.
“E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por
intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno.”
Mateus 2.23
4) Jericó
Cidade muito antiga, foi destruída e reconstruída muitas vezes. As muralhas citadas na
conquista de Canaã por Josué foram construídas em 1600 a.C.
“E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa
multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho.”
Marcos 10.46
5) Jerusalém
Uma das mais antigas e famosas cidades do mundo. Foi edificada sobre montes e
circundada por muralhas. Segundo um pesquisador, a cidade começou no Monte Ofel, e à
medida que a população crescia, outros montes foram ocupados: Moriá, Sião, Acra e
Bezeta. Junto com as muralhas, os vales formados pelos montes davam proteção à cidade.
“Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai
cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do
Homem.”
Lucas 18.31
6) Samaria
A maior parte da construção foi obra de Acabe, sucessor de Onri. Por volta de 722 a.C., os
assírios trouxeram cativos de outras nacionalidades para habitarem em Samaria. Junto com
os remanescentes israelitas, deram origem aos samaritanos.
João 4.4
7) Monte Hermon
É o pico mais elevado do Antelíbano, maciço montanhoso situado a Sudoeste dos Líbanos
orientais. Do Hermon nasce o Rio Farfar, que corre para Damasco, e filetes d’água que
formam o Rio Jordão.
“Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão,
e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.”
Salmos 42.6
8) Monte Sião
Uma das colinas de Jerusalém, a Leste da cidade, é conhecido como Monte Santo, porque
nele esteve a Arca do Senhor, antes do Templo de Salomão.
“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre.”
Salmos 125.1
Mateus 24.3
Banha a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional. É o maior dos mares
internos, com uma extensão de 4.500Km e superfície de três milhões de quilômetros
quadrados. Pelo Mediterrâneo, os fenícios enviaram madeira para Salomão construir o
templo em Jerusalém, e Paulo e Barnabé navegaram muitas vezes por suas águas.
“Também as naus de Hirão, que de Ofir transportavam ouro, traziam de lá grande quantidade
de madeira de sândalo e pedras preciosas.”
1 Reis 10.11
É um rio de curto percurso. Da sua cabeceira, nas proximidades do Hermom, até o Mar
Morto, mede 200Km em linha reta. Em curso sinuoso e acidentado são 351Km correndo
abaixo do nível do mar. Sua largura varia entre onze e sessenta metros, com profundidade
de um a cinco metros.
“Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão.”
Marcos 1.9
É um grande lago, com profundidade variando de quatro a cinqüenta metros. Ao seu redor
floresceram grandes cidades. Na margem ocidental ficava Cafarnaum, e ao Norte Betsaida,
cidade de Pedro
e André.
“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede
ao mar, porque eram pescadores.”
Marcos 1.16
Juntamente com o Vale do Jordão forma o ponto mais baixo da Terra – 400m abaixo do
nível do Mediterrâneo.
Possui 1.020 km2 (diminuir o 2) e profundidade variando de 10 a 400m. Suas águas são
densas e pesadas, chegando a 26% de sal, se comparados aos 4% normalmente encontrados
nos oceanos.
Não há vida, porém há trilhões de toneladas de minerais depositadas nele.
“Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no
mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis.”
Ezequiel 47.8
Notas:
1) Israel é outro nome dado por Deus a Jacó, depois da luta que teve com ele no Vau de
Jaboque (Gênesis 32.22).