Instrumento zunidor, feito em madeira, cuja produção sonora se destina à função
religiosa de reverência dos mortos, nas cerimônias KUARUP, do povo Kamayurá. Parapara s.m. Instrumento zunidor, sendo um aerofone livre, o qual soa quando agitado no ar. Cameu (1979: 35) o descreve como “feito de uma tábua de 62cm, a qual toma conformação zoomorfa (peixe), apresentando desenhos pintados típicos da tribo em apreço”. Feito em madeira, possui “cordão para zunir, que deve ser amarrado a uma vara, a ser girada pelo executante”. É tocado sempre aos pares, sendo cada um de diferente tamanho. Bastos descreve os comprimentos de 83 cm e 75 cm. (1986: 61) Por ser aerofone livre, de interrupção, não idiofônico e rodopiante, segue a classificação 412.22. Este instrumento possui “função religiosa, utilizado nas cerimônias do KUARUP, na qual são reverenciados os mortos”. É encontrado dentre os índios Kamayurá, do tronco Tupi, no Igarapé Tiautiuari, entre a Lagoa Ipavu e o Rio Culuene, da área cultural do Xingu, contato permanente. (Cameu, 1979: 34-5)