Você está na página 1de 1

(Re)Nova Família

Estamos há algum tempo na era das revisões existenciais da vida. Essas revisões estimulam
reafirmações, descobertas, negações, dentre outras ideias sobre a mesma vida. Infelizmente a
imagem que é mais vendida são as ideias que têm provocado confusões negativas no indivíduo.
Além disso, as crises familiares tem ficado mais intensas e perdido o seu valor social. Na história
observamos essa crise como consequência do ser família, por exemplo, apenas para satisfazer
interesses econômicos e reprodutivos. Todavia, viver em família sempre foi um desafio nas eras,
pois os sistemas “dominadores naturais” exigem adequações ideológicas para que ela exista.
Logo, os conceitos de família podem variar e serem ampliados de acordo com a satisfação dos
poderes sociais.
Lutero dizia que a família é fonte de prosperidade e desgraça dos povos, por isso humanos
constituem famílias que se diferenciam por ser edificada e exalam bondade ou são auto
destrutivas e exalam desgraça. E, apesar da bíblia também manifestar modelos familiares é a
essência dela que faz a diferença para o bem na humanidade. O ser família é uma iniciativa
divina e gerar de si um ser diretamente e indiretamente, fisicamente ou por íntimo vínculo, é o
que faz existir família. Ao longo dos séculos ocorreram variações por desejos de novas
experimentações nas eras, mas essa a essência da família não muda e sempre há geração de
vínculos íntimos da família divina.
A essência de toda família divina é ser a imagem e semelhança de Deus que faz a vontade
de Deus (Gn.1: 26; Mt. 12: 50). A família humana é uma bênção divina, mas ela se torna auto
destrutiva quando ausente de Deus, porém, a humanidade em Deus naturalmente percebe que
o amor implantado na humanidade deve ser refletido ao mundo, pelo Pai criador, através de
sua própria manifestação como Filho. Isso não impede de um indivíduo ter crises familiares,
mas o faz viver no sentido da paz eterna mesmo diante dos conflitos. A honra bíblica pode até
ser direcionada aos pais, mas a adoração se deve ao Criador Senhor Pai Redentor Soberano (Mt.
10: 34-39). Dessa forma, um indivíduo que se perde por perceber que o amor puro é negado
pelos de sangue é encontrado por Deus (Lc. 19: 10; Jo. 6: 37-40). Essa atitude não desonra a
família, mas testemunha que Deus nos resgata da desgraça por convencimento (Jo. 16: 8 -
convencer é reconhecer a verdade por meio de evidências condenatórias, a verdade que é
trazida como luz às trevas em nós, expor a verdade).
Ser convencido é nascer de novo, somos uma existência que se perde e Deus permite isso.
Ser convencido como nascer de novo é reconhecer o Pai de nossos pais. Numa cultura distante
dos judeus não existia o termo avô, logo todos eram pais e inclusive o Criador era chamado de
pai dos nossos pais. Aplicando isso a nossa cultura, o Criador é o nosso Pai e somos convencidos
sobre a vida pelo Espírito d´Ele. Nascemos d´Ele pela graça que nos alcança e a fé no que ele diz
e age em nós são as evidências que nos faz termos relacionamento com ele, Cristo é o motivo
do novo nascimento de uma vida que se perdeu de uma vida opressora que gera apenas
cansaço e sobrecarrego. Quem se acha perdido dessa forma tem sua existência sensível para
uma nova família. Uma família que olha para Cristo nessas condições também estão prontos
para de fato fortalecerem em si a essência familiar que está nela como uma semente em terra
boa. Você, quem é e como está em relação a família essencial ou seja em Deus?
Por fim, viver família é mais do que uma questão de sangue, é mais do que uma questão
de adoção, é mais do que uma questão de afetividade, é mais do que uma expressão de
relacionamentos sociais da intimidade humana. Ser família é essencialmente reconhecer a
existência e ações de Deus, é reconhecer que o foco de Deus é ser Pai dos que creem e que no
devido momento os levarão para casa (Jo. 14: 1-3). Enquanto estão nessa existência Cristo
encontrará o mais profundo do seu “eu” como filho. Somente Ele tem condições de saber sobre
a essência do nosso “ser” (Jo. 4: 23). Então, reconhece essa família? “Adore somente ao Senhor
seu Deus. Sirva ao Senhor com absoluta inteireza de coração” (Lc. 4: 8).

Você também pode gostar