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RESUMO: As famílias estão em crise. Essa crise não começou hoje, mas a muito
tempo. O problema não se trata das famílias estarem passando pela crise ou problemas
de outra natureza, mas o quanto estamos dispostos a aniquilar ou dá um basta no caos da
separação, do abandono, da orfandade, da rejeição etc. “Muitos seres humanos gostam
de digladiar, são especialistas em criticar, mostrar as incoerências, as ineficiências e a
lentidão dos outros, seja seu parceiro, filho ou colaborador” (CURY, 2017). Segundo o
autor em questão, não são apenas as drogas que viciam; apontar falhas e causar atritos,
também. Sua casa e seu trabalho não são um jardim, mas um coliseu onde as pessoas
estão sempre digladiando.
Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formada para ser um
centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por
meio do qual as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a
terra (Gn 1.28). Não era parte do projeto célico que o homem vivesse
só, sem ninguém ao seu lado para compartilhar tudo o que era e tudo
o que recebeu da parte de Deus (BENTHO, 2006, p. 24).
Neste sentido, o homem sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também
quando vê o seu reflexo no outro que lhe é semelhante. Portanto, a sentença divina
ecoada nos umbrais eternos expressa o amor e o cuidado celeste para com a vida
afetiva do homem. Para Deus, “não é bom que o homem esteja só”.
O verbo estar, no presente do subjuntivo (esteja), tradução do hebraico,
expressa um estado circunstancial e transitório do ser. A solidão é um agravo à saúde
psicofísica da criatura humana e, por mais esta razão, Deus não deixaria a criatura
feita à sua imagem sem um semelhante para comungar.
CRISE FAMILIAR
As famílias estão em crise. Essa crise não começou hoje, mas a muito tempo.
O problema não se trata das famílias estarem passando pela crise ou problemas de
outra natureza, mas o quanto estamos dispostos a aniquilar ou dá um basta no caos da
separação, do abandono, da orfandade, da rejeição etc.
“Muitos seres humanos gostam de digladiar, são especialistas em criticar,
mostrar as incoerências, as ineficiências e a lentidão dos outros, seja seu parceiro,
filho ou colaborador” (CURY, 2017). Segundo o autor em questão, não são apenas
as drogas que viciam; apontar falhas e causar atritos, também. Sua casa e seu
trabalho não são um jardim, mas um coliseu onde as pessoas estão sempre
digladiando.
Você constrói coliseus em sua casa e em seu trabalho ou é um especialista em
abraçar e desarmar as pessoas? Procura primeiramente conquistar o território da
emoção para só depois adentrar no da razão ou é um trator que passa por cima das
dificuldades dos outros? Infelizmente, muitos casais, pais, professores, executivos,
cometem erros mais graves ao corrigir quem erra do que o erro original em si. São
promotores de conflitos, e não solucionadores pacíficos de problemas.
A crise está instalada na sociedade e o mais impressionante é que o grande
adversário desta crise infelizmente somos nós mesmos. Para Kemp (2012, p. 22,23),
“a maior ameaça não são as filosofia que influenciam a nação, mas o que está dentro
de nós e como reagimos a isso”. Para o autor em tela, o casamento e família estão
ameaçados pela opção de muitos casais que simplesmente vivem juntos. O que antes
era raro, e até escandaloso, hoje se tornou um estilo de vida normal.
A crise na família recua aos tempos mais remotos. No começo da história
humana, Adão culpou Eva pela sua queda. Na família de Adão e Eva floresceu a erva
daninha da inveja e da ira descontrolada, o que levou Caim a matar seu irmão Abel.
Os filhos do sacerdote Eli cresceram dentro da Casa de Deus, mas eram filhos
de belial. Davi foi um homem de Deus, mas pôs sua vida, sua família e seu reino sob
grande risco para satisfazer seus desejos lascivos.
Ele cometeu adultério, mentiu, matou e colocou uma grossa máscara para
esconder seu pecado. As famílias atualmente enfrentam esses mesmos problemas. Os
tempos mudaram, mas nós não.
Vemos negativamente a repetição comportamental, conjugal e social das
famílias. Percebemos diante desta perspectiva que um “efeito dominó”, onde as
famílias mudam, mas os problemas se repetem revelando um comportamento
hereditário.
O mundo está tristemente doente. A sociedade clama por socorro. Por mais
que não verbalizem seus desejos de mudança, mas seus olhos imploram por um
mundo melhor.
A razão disso tudo é que não aguentando a pressão da crise, muitos opinam
pelo divórcio como fonte salvadora de seus problemas. Todavia, quando o divórcio
acontece, há um desequilíbrio não só familiar, mas emocional, sentimental, social e
espiritual.
Para Lopes (2005), “o divórcio não é uma solução sábia para a crise no
casamento”. Ora, para o autor em apreço, o divórcio tem demonstrado ser mais um
problema do que uma solução, capaz de gerar mais sofrimento e frustração.
Muitos filhos diante de um divórcio perdem o sentido da vida. Entram em
crise de identidade, crescem vulneráveis, sem referência e inaptos a triunfarem na
vida. Disto isto, declaro que o divórcio é mais perigoso e impiedoso que permanecer
casado.
O PAPEL DA IGREJA
A FAMÍLIA E AS FINANÇAS
O PAPEL DO MARIDO
Deus fez o homem para governar. Sua liderança foi autenticada pelo Criador.
Por isso deve liderar com maestria, inspiração e amor. Ele é o cabeça do lar e deve
faz jus disto.
O homem tem por característica a valorização da competência, doo poder, por
isso, é que quanto mais as mulheres o afirmam quanto a sua masculinidade, mais ele
será produtivo na perspectiva familiar.
O marido deve ser um líder presente e participativo nas lidas domésticas.
Deve dar mais atenção à sua mulher do que ao trabalho e aos amigos (LOPES, 2005).
O cônjuge vem antes dos próprios filhos. O líder deve ser um encorajador. O marido
deve cercar a sua esposa de carinho e afeto e ser um bálsamo para o seu coração. Ele
O PAPEL DA ESPOSA
A esposa atual tem realizado um múltiplo papel na família. Ela é mãe, esposa,
amiga, companheira, ela exerce o trabalho externo bem como o interno que é dentro
da família. Cuida dos filhos do marido, dos afazeres domésticos, dos trabalhos na
igreja enfim.
É extremamente difícil ser mulher no século 21. Por todo o mundo, mulheres
enfrentam o dilema da identidade. Muitas lutam para descobrir quem são e que
posição devem ocupar na família, na comunidade e no mundo. Myles Munroe
ratifica que, enquanto as expectativas e papéis das mulheres mudam em algumas
nações, muitos homens conservam suas opiniões sobre o lugar delas e desejam
impor-lhes padrões de comportamento.
“A mulher sábia edifica a sua casa (Pv 14.1) e transforma o seu lar em um
lugar aconchegante” (LOPES, 2005). Para Lopes, a mulher sábia não deixa o
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O divórcio não foi um propósito de Deus, mas o casamento foi Deus que o
criou e o divórcio resulta da dureza do coração do homem. O casamento é fruto do
coração amoroso de Deus. O divórcio é fruto do coração endurecido do homem. “A
Bíblia fala do divórcio, mas não o apoia” (GONÇALVES, 2016, p. 66).
O divórcio revela covardia e orgulho por ambas as partes e a quebra de
aliança que os noivos fizeram diante do altar. Lutar em conjunto é a melhor maneira
para manter intacta aquilo que Deus uniu.
Portanto, o casamento foi instituído por Deus, o divórcio não. O casamento é
ordenado por Deus, o divórcio não. O casamento agrada a Deus, o divórcio não, ao
contrário, Deus odeia o divórcio. “Deus permite o divórcio, mas jamais o ordena. Ele
jamais foi o ideal de Deus para a família” (LOPES, 2005).
A dureza de coração é manifesta na indisposição de obedecer a Deus e de
perdoar um ao outro. Onde não há perdão não há casamento. Onde a porta se fecha
para o perdão, abre-se uma avenida para a amargura, e o destino final dessa viagem é
o divórcio (LOPES, 2005). O divórcio acontece não por determinação divina, mas
por causa da dureza dos corações. Divórcio não é uma ordenança divina. Ele não é
compulsório nem mesmo nos casos de adultério. O perdão e a restauração são
sempre preferíveis ao divórcio.
John Stott (1993), argumenta que Jesus não ensinou que a parte inocente
devia divorciar-se do cônjuge infiel, mesmo tendo base legal para o divórcio. Para
CURY, Augusto - regras de ouro para educar filhos e alunos - 1. ed. – São Paulo;
Planeta, 2017.
CURY, Augusto - Ansiedade 3: ciúme – 1.ed. – São Paulo: Benvirá, 2017.
GONÇALVES, Josué – 21 Dicas para ser um pai ideal, 1ª ed. SP; Mensagem para
todos, 2016.
_____Josué - 37 qualidades do líder que ninguém esquece. 2004.
_____Josué – 23 Atitudes para revolucionar seu casamento, Rio de Janeiro, 2005.
_____Josué - 5 Segredos das Mulheres Felizes No Casamento, Editora Mensagem
para todos, 2010.
_____Josué – A história de nós dois – Editora Mensagem para todos – 2016.
IBADEP – Família Cristã - Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembleias
de Deus do Estado do Paraná – 2006.
KLINJEY, Rossandro – Help! Me eduque: prepare seu filho para lidar com o
mundo – Editora Intelítera; 1ª ed. 2017.
KEMP, Jaime - Pai inteligente influencia o filho adolescente – Se você não fizer,
alguém o fará! - Rio de Janeiro; Graça, 2013.
LEMAN, Kevin - Direto ao ponto: sexo e intimidade no casamento; 1. ed. - São
Paulo, Mundo Cristão, 2016.
LEMAN, Kevin - É seu filho, não um hamster — São Paulo: Mundo Cristão, 2012.
LOPES, Hernandes Dias Lopes – Casamento, divórcio e novo casamento – São
Paulo, SP; Hagnos, 2005.
LOPES, Hernandes Dias Lopes – Casados e felizes – São Paulo, SP; Hagnos, 2005.
POLI, Cris - Pais admiráveis educam pelo exemplo - 1ª ed. – SP; Mundo Cristão,
2013.
ROCHA, Aldery Nelson – Entre o repúdio e o divórcio – VDN; 2016.
RENOVATO, Elinaldo – A família Cristã e os ataques do inimigo – Rio de
Janeiro, CPAD, 2013.