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 72 21 9 8 50 30 20 

 
 63 19 6 13 61 45 16 
 63 17 12 9 42 32 10 
MATRIZES – PARTE I  
 62 18 8 12 55 36 19 
 57 15 12 11 47 39 8 
MATRIZES – CONCEITOS INICIAIS  
 56 15 11 12 49 38 11 
 56 15 11 12 40 47 7 
1. Introdução  
 54 15 9 14 47 49 2 
 
A tabela acima é um exemplo de matriz 8x7 (lê-se matriz
oito por sete), na qual 8 e 7 representam a quantidade de
linhas e colunas respectivamente.

Define-se de forma genérica então:

Uma matriz do tipo m x n (lê-se: m por n), m, n  1, é uma


tabela formada por m.n elementos dispostos em m linhas
A tabela seguinte mostra a classificação de 8 dos 20 times e n colunas. As matrizes são representadas através de
no campeonato brasileiro de 2017. parênteses ( ), colchetes [ ] ou através de barras duplas
.

Exemplos.:

2 0 3
A  (lê-se: A dois por três)
 7 0 3

1 4 8 0 
A=  (lê-se: A dois por quatro)
6 1 0 4 
Consultando a tabela, podemos dizer que:

 O Cruzeiro marcou 47 gols. Esse número 2 1


encontra-se na 5ª linha e na 5ª coluna. A= 1 6 (lê-se: A três por dois)
 A Chapecoense obteve 15 vitórias. Esse número
encontra-se na 8ª linha e 2ª coluna. 0 6
 O campeão Corinthians obteve 72 pontos que
corresponde ao elemento situado na 1ª linha e na Observação:
1ª coluna.  A matriz formada por apenas uma linha será
denominada MATRIZ LINHA.
Veja que estamos chamando de linhas as filas
A   3 1 2  é uma matriz linha 1x3
horizontais e de colunas as filas verticais.
 A matriz formada por apenas uma coluna será
Tabelas como estas que você acabou de ler serão denominada MATRIZ COLUNA.
chamadas de matrizes. O estudo das matrizes é de 1 
 
fundamental importância pelas inúmeras aplicações que 2
apresenta nos mais diversos ramos da ciência e tecnologia: A    é uma matriz 4x1
 5
Matemática, Física, Engenharia, Computação, etc.  
 0
2. Definição
Para definirmos o conceito de matriz vamos retornar a
tabela da introdução do módulo, colocando seus números
entre parênteses.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 3


3. Notações 4. Matriz Quadrada
3.1.Notação Explícita Uma matriz é quadrada se a quantidade de linhas
for igual a quantidade de colunas. Uma matriz quadrada
Uma matriz genericamente é representada por letras n x n é denominada matriz de ordem n.
maiúsculas e seus elementos por letras minúsculas. Cada
elemento é indicado por aij. O índice i indica a linha e j a  a11 a12 a13 a1n 
coluna às quais o elemento pertence. Sendo assim, uma a a22 a23 a2n 
matriz Am x n algebricamente pode ser representada assim:  21
An   a31 a32 a33 a3n 
 a11 a12 a13 a1n   
a a22 a23 a2n   
 21 am1 am2 am3 amn 
Amxn   a31 a32 a33 a3n  com m e n  N*
 
  Com relação a uma matriz quadrada de ordem n, temos:
am1 am2 am3 amn 
 diagonal principal (quando i = j para todo aij)
 diagonal secundária (quando i + j = n + 1)
3.2.Notação Condensada

Podemos também, abreviar essa representação da


seguinte forma: 5. Matriz Transposta
A  [aij ]mxn
Seja A uma matriz de ordem m x n, denomina-se
Os elementos da matriz A são indicados por aij de forma
transposta de A a matriz de ordem n x m obtida, trocando-
que:
se de forma ordenada e simultânea as linhas pelas colunas.
i  {1, 2, 3,......m} (indicador da linha)
j  {1, 2, 3, .....n} (indicador da coluna)
Representa-se por: At
 2 9
 2 3 1  
Exercício Resolvido Exemplo A2 x 3 =   At3 x 2 =  3 4
9 4 0  
 1 0
1) Escrever na forma explícita a matriz A = (aij )2x3 , em
Observação 1: (At)t = A
que aij = 2i + 3j .
Observação 2: Seja uma matriz A de ordem n.
Solução:
 Se A = At , então A é dita SIMÉTRICA
A matriz pode ser indicada de forma genérica por
a a12 a13   2 3 5
A2x3   11 .  
 a21 a22 a23  Exemplo: A =  3 1 8 
Utilizando a lei de formação dos elementos dessa matriz,  5 8 0
 
temos:
aij = 2i + 3j
 Se A =  At, então A é dita ANTISSIMÉTRICA
a11 = 2.1 + 3.1 = 5 (A indica matriz oposta de A que se obtém.
a12 = 2.1 + 3.2 = 8 trocando-se o sinal dos seus elementos)
a13 = 2.1 + 3.3 = 11
a21 = 2.2 + 3.1 = 7  0 1  3
 
a22 = 2.2 + 3.2 = 10 Exemplo: A =   1 0  4 
a23 = 2.2 + 3.3 = 13 3 4 0 
 
 5 8 11 
Assim, A =  
 7 10 13 

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 4


6. Matriz Identidade Solução:

x  y  2
Uma matriz A de ordem n é dita identidade, ou 
unidade se os elementos da diagonal principal forem iguais 3x  y  10
a 1, e os demais elementos são nulos. 4x  12
 1 0 0 x  3  3  y  2  y  2  3  y  1
1 0  
Exemplos: I2 =   I3 =  0 1 0 Portanto : x  3 e y  1
 0 1  
 0 0 1
Importante: A matriz identidade é neutra na multiplicação 11. Adição de matrizes
de matrizes.
Dadas duas matrizes A = (aij) mxn e B = (bij) mxn, denomina-se
7. Matriz Nula soma A + B a matriz C = (cij) mxn onde cij = aij + bij, para todo i
e j possíveis.
Uma matriz é dita nula quando todos seus elementos
forem iguais a zero. A matriz Nula é neutra na soma de 2 0   9 1 11 1
matrizes. Exemplo: 1 4    1 3   2 7
Notação: 0mxn 4 5 2 2  2 7
     
Observe que A +B existe se, e somente se, A e B forem de
0 0  mesma ordem.
O2x2 =  
0 0  Propriedades:

8. Matriz Diagonal 1) A + B = B + A (propriedade comutativa)


2) A + (B + C) = (A + B) + C (propriedade associativa)
É toda matriz de ordem n tal que aij = 0 para i  j. 3) A + O = A (elemento neutro)
4) (A + B)t = At + Bt
 1 0 0
 
Exemplo: A =  0 4 0
 0 0 3 12. Subtração de matrizes
Dadas duas matrizes A = (aij) mxn e B = (bij) mxn, denomina-se
9. Matriz Triangular subtração entre as matrizes A e B e indica-se por A – B, a
matriz C = (cij) mxn que se obtém somando-se as matrizes A
É toda matriz quadrada onde aij = 0 para i > j ou/e para e – B(oposta de B).
i < j.
3  1 5   4 0 0 2 0   9 1 
Exemplos:  0 4  7   
   1 2 0  Exemplo: 1 4    1 3
0 0 1  9 1 8 4 5    2 2 
   

10. Igualdade de Matrizes  2 0  - 9 - 1   - 7 - 1


1 4    - 1 - 3 =  0 1 
Duas matrizes Amxn e Bmxn são iguais, se, e somente se, 4 5   2 - 2   6 3 
     
todos os elementos que ocupam a mesma posição são
Assim como na adição, a subtração de matrizes só é válida
idênticos.
para matrizes de mesma ordem.
Notação: A = B

Exercício Resolvido 13. Produto de um número por matriz


 2 5  x  y 5 Dado um número real k e uma matriz Am x n, denomina-se
Dadas as matrizes A   e B   ,
 10 0   3x  y 0  produto de k por A e indica-se por k.A, à matriz que se
calcular x e y para que A e B sejam iguais. obtém multiplicando-se todo elemento de A por k.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 5


2 0   6 0  Solução:
Exemplo: 3.1 4    3 12
4 5 12 15 2M  N  A .(2) 4M  2N  2A
      
3M  2N  B 3M  2N  B
Propriedades:  M  2A  B

 M  2A  B
Sendo x e y dois números reais e A e B duas matrizes de
mesma ordem valem as seguintes propriedades: 4 1  5 1 3 1 
Substituindo, vem : M  2.    M  
1) x . (yA) = (xy) . A 2 0  3 2 1 2
2) x . (A + B) = xA + xB Voltando ao sistema, temos:
3) (x + y) . A = xA + yA
2M  N  A  2.(2A  B)  N  A  N  3A  2B
Exercícios Resolvidos 
3M  2N  B
1) Determine a matriz X tal que X – 2A + B = 0, sendo dados Substituindo, vem:
3 4
    N  3A  2B
A   2  e B   2 .
1  0 4 1   5 1   2 1
    N  3   `2
  N  
2 0 3 2 0 4
Solução:
Portanto, as matrizes solução do sistema são:
A equação X – 2A + B = 0 pode ser reescrita como: 3 1   2 1
M   e N  
X = 2A – B. O exercício resume-se a encontrar a matriz 1 2 0 4

resultante da subtração elemento a elemento entre 2A e


B. Exercícios
X  2A  B
01) ( PUC – PR ) Seja A = (aij)2x3 uma matriz dada por:
 3  4  2i, se i  j
    a ij   Então, a matriz A, na forma de
X  2 2    2  i  j, se i  j
1  0 tabela é:
   
6 4 2 3 4
    a)  
X  4 2 4 4 4 
2 0 2 4
     
b)  3 4
2 4
   5 
 X  2
2 5
2  
  c)  3 4
4 5 

4 1  5 1 2 3 4
2) Sabendo que A    eB 
3 2 , obtenha as
2 0  d)  
4 4 5 
2M  N  A 2 5
matrizes M e N, tais que  .  
3M  2N  B e)  3 4
5 4 

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 6


02) Uma matriz quadrada A diz-se simétrica se A = At . x y z 
 2  1 2y   
  A= 2 0 3
Assim, se a matriz A =  2x  3 0 z  1  é simétrica,  
 4 3 2 
 1 3 0 

então x é igual a:
07) Dada a matriz A = [aij]2 x 3 definida por
a) –2 3i  j, se i  j
b) –1 
aij = 7, se i  j o valor da expressão
c) 1 2
d) 3 i  j, se i  j
e) 5 2a23 + 3a22 - a21 é:

08) ( UFRJ ) Antônio, Bernardo e Cláudio saíram para tomar


03) ( PUC – RS ) Num jogo, foram sorteados 6 números para chope, de bar em bar, tanto no sábado quanto no
compor uma matriz M  (mij ) de ordem 2  3. Após domingo. As matrizes a seguir resumem quantos
chopes cada um consumiu e como a despesa foi
o sorteio, notou-se que esses números obedeceram à
dividida:
regra mij  4i  j. Assim, a matriz M é igual a

4 1 4  5 5 3
1 2 3
S  0 2 0 e D  0 3 0 
 
a) 5
 6 7  3 1 5 2 1 3 
   
1 2 3
b) 4
 5 6  S refere-se às despesas de sábado e D às de domingo. Cada
3 2 1 elemento aij nos dá o número de chopes que i pagou
c) 7
 6 5  para j, sendo Antônio o número 1, Bernardo o número
2 e Cláudio o número 3. Assim, no sábado Antônio
3 2 pagou 4 chopes que ele próprio bebeu, 1 chope de
d) 7 6 
 Bernardo e 4 de Cláudio (primeira linha da matriz S).
11 10 
3 7 a) Quem bebeu mais chope no fim de semana?
e) 2 6 
 b) Quantos chopes Cláudio ficou devendo para
 1 5  Antônio?

04) ( UFSC ) Dadas as matrizes: 09) ( UFSM – RS )


 x 0
 2x  1  3y  1   
A =   e B =  12 4  Se A = Bt , o
 0 4 x  z 1 6
 
valor de x.y.z é:

05) Escreva, na forma explícita ,cada matriz abaixo:


O diagrama dado representa a cadeia alimentar
a) A = (aij)2x2, com aij = i + j simplificada de um determinado ecossistema. As setas
b) A = (aij)3x2, com aij = 3i – j2 indicam a espécie de que a outra espécie se alimenta.
1 se i  j Atribuindo valor 1 quando uma espécie se alimenta de
c) A = (aij)3x2 , com aij =  2 outra e zero, quando ocorre o contrário, tem-se a
i  se i  j seguinte tabela:

06) Uma matriz se diz antissimétrica se At = A. Nessas Urso Esquilo Inseto Planta
condições, se a matriz A é antissimétrica, então, Urso 0 1 1 1
x + y + z é igual a: Esquilo 0 0 1 1
Inseto 0 0 0 1
Planta 0 0 0 0

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 7


11) ( UDESC – SC ) Sejam X e Y matrizes de ordem dois por
A matriz A  (aij )4x4 , associada à tabela, possui a 3 4 1 2 
dois tais que X + Y =
seguinte lei de formação:  2 1  e X – Y = 6 11 ; logo
0, se i  j a soma dos elementos da diagonal principal da
a) aij  
1, se i  j matriz X é:
a) 14
0, se i  j b) 7
b) aij  
1, se i  j c) 9
d) 16
0, se i  j
c) aij   e) 8
1, se i  j
0, se i  j
d) aij  
1, se i  j
0, se i  j 12) Considere as matrizes A =  2 1e B =
  0 3 
e) aij  
1, se i  j
3 0 1  2
a) Obter a matriz P tal que A + X = B
10) ( UEL – PR ) Conforme dados da Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC), no Brasil, existem 720
aeródromos públicos e 1814 aeródromos privados
certificados. Os programas computacionais utilizados
para gerenciar o tráfego aéreo representam a malha
aérea por meio de matrizes. Considere a malha aérea
entre quatro cidades com aeroportos por meio de uma
matriz. Sejam as cidades A, B, C e D indexadas nas
b) Obter as matrizes X e Y tal que:
linhas e colunas da matriz 4  4 dada a seguir. Coloca-
X  Y  3A
se 1 na posição X e Y da matriz 4  4 se as cidades X e 
Y possuem conexão aérea direta, caso contrário X  Y  B
coloca-se 0. A diagonal principal, que corresponde à
posição X = Y, foi preenchida com 1.

A B C D
A 1 0 0 1
 
B 0 1 1 1
C 0 1 1 0
 
D 1 1 0 1

Considerando que, no trajeto, o avião não pode GABARITO – AULA 01 – MATRIZES – PARTE I
pousar duas ou mais vezes em uma mesma cidade
nem voltar para a cidade de origem, assinale a 1) d 2) a 3) c 4) 28
alternativa correta.  2 3  2  1 1 1 
5) a)   b)   c)  
5 2  4 1
a) Pode-se ir da cidade A até B passando por outras  3 4 8 5 
  9 9
cidades.
6) – 1 7) 34
b) Pode-se ir da cidade D até B passando por outras
8) a) Claudio b) 2 chopes
cidades. 9) c 10) a 11) e
c) Pode-se ir diretamente da cidade D até C.
d) Existem dois diferentes caminhos entre as cidades
A e B. 12) a) P =  2 2 
 
e) Existem dois diferentes caminhos entre as cidades   2  2
A e C.
 3 0 3 3 
b) X =   Y =  
 4 1  5 1

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 8


3
Então: B  1 
0 
 
MATRIZES – PARTE II Terminada a 1ª fase da Copa do Mundo, a pontuação é
PRODUTO DE MATRIZES obtida com o total de pontos feitos por cada país. Essa
pontuação pode ser registrada numa matriz que é
representada por AB (produto de A por B). Observe:
Produto de Matrizes
2 1 0
Para entendermos o processo que envolve o 1 2 0 3
produto de matrizes, propomos a seguinte situação abaixo: A  e B  1 
1 0 2 0 
0  
1 2 
Brasil: 2.3 + 1.1 + 0.0 = 7
Suíça: 1.3 + 2.1 + 0.0 = 5
Sérvia: 1.3 + 0.1 + 2.0 = 3
Costa Rica: 0.3 + 1.1 + 2.0 = 1
Durante a 1ª fase da Copa do Mundo de 2018 na
Rússia, o grupo E era formado por 4 países: Brasil, Suíça, 7 
Sérvia e Costa Rica. Os resultados estão registrados abaixo 5
em uma matriz A, de ordem 4 x 3. Portanto: A.B =  
3
1 
O exemplo acima sugere como deve ser efetuada o
produto de matrizes. Observe que: A 43  B31  AB 41

Perceba que definimos o produto A.B de duas matrizes


quando o número de colunas da primeira matriz é igual ao
número de linhas da segunda matriz. Além disso, note que
A.B possui a quantidade de linhas da primeira matriz e a
quantidade de colunas da segunda matriz.

Definição do Produto de Matrizes


Considere as matrizes A = [aij]m x n e a matriz
B = [bjk]n x p. O produto de A por B é a matriz
C = [cik]m x p, de tal forma que os elementos cik são obtidos
2 1 0 assim:
1 2 0
A  cik = ai1 . b1k + ai2 . b2k + ai3 . b3k + .... + ain . bnk
1 0 2
0 1 2 
n
ou seja:  aijb jk
Pelo regulamento da competição, cada resultado de j1
vitória, empate ou derrota tem pontuação descrita pela para todo i  {1, 2, ........, m} e todo k  {1, 2,...,p}.
tabale abaixo. Vamos representar essa tabela pela matriz
B, de ordem 3 x 1 Abaixo segue o processo prático para se obter
cada elemento do produto da matriz A por B
Número de Pontos
Vitória 3
Empate 1
Derrota 0

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 9


 2 3
 0 1  1 2 3
  .  2 0 4  
 1 4  3 x 2  2 x 3

 2.1  3.(2) 2.2  3.0 2.3  3.4 


 0.1  1.(2) 0.2  1.0 0.3  1.4  

 1.1  4.(2) 1.2  4.0 1.3  4.4  3 x 3

 2  (6) 4  0 6  12  4 4 18 
 0  (2) 0  0 0  4    2 0 4 
1  (8) 2  0 3  16   
  3 x 3 9 2 13 3 x 3

Exercícios Resolvidos 3) ( UNICAMP – SP ) Sejam a e b números reais tais que a


 1 2
matriz A   2
 satisfaz a equação A  aA  bI, em
5 1 4 6  0 1
1) Sendo A    e B  , determine A.B e
3 2 1 3 que I é a matriz identidade de ordem 2. Logo, o produto
em seguida B.A. ab é igual a
a) 2.
Solução: b) 1.
c) 1.
 5 1   4 6   5.41.1 5.61.3  d) 2.
A.B   .    
 3 2   1 3   3.42.1 3.62.3 
 A B
Solução
 21 33 
A.B   
 14 24  Tem-se que
 1 2  1 2
A 2  aA  bI    
 0 1  0 1
 4 6   5 1   4.56.3 4.16.2 
B.A   .      1 2 1 0
 1 3   3 2   1.53.3 1.13.2  a  b 
 0 1  0 1
 B A
 1 4  a  b 2a 
 38 16   
B.A    0 1   0 a  b 
 14 7 
a  b  1

Comparando os resultados, observamos que A.B  B.A, 2a  4
ou seja, em geral não vale a comutatividade na a  2
multiplicação de matrizes.  
b  1
Por conseguinte, vem a  b  2  (1)  2. Portanto a
 2 3
 1 2 3 resposta correta é o item A
2) Sejam A =  0 1 eB =   ,
   -2 0 4 2 x 3  0 1
-1 4 3 x 2 4) ( UECE – CE ) Considerando as matrizes M1   ,
determine A.B.  1 1
M2  M1  M1, M3  M2  M1, , Mn  Mn1  M1, o
Solução: número situado na segunda linha e segunda coluna da
matriz M10 é
a) 56.
b) 67.
c) 78.
d) 89.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 10


Solução: 4) (x.A).B = A(x.B) = x.(A.B) quaisquer que sejam o número
Mn  Mn1  M1 x e as matrizes A = [aij]m x n e B = [bjk]n x p
M10  M9  M1
5) Elemento neutro: A . In = Im . A = A
M9  M8  M1 qualquer que seja a matriz A = [aij]m x n

E assim sucessivamente até M10 . Conclui-se portanto que: 6) Transposta do produto: (A.B)t = Bt.At
M10  (M1)10 quaisquer que sejam as matrizes A = [aij]m x n eB = [bjk]n x p
Observações:
Fazendo essas multiplicações, têm-se:
0 1  0 1  1 1 1) Na multiplicação de matrizes geralmente A.B  B.A.
M2     
1 1  1 1  1 2 Se A.B = B.A dizemos que A e B se comutam.
1 1  0 1  1 2
M3      2) Na multiplicação de matrizes não vale a lei do
1 2  1 1  2 3
anulamento, ou seja podemos ter A.B = 0 mesmo com
1 2 0 1  2 3 A  0 B  0.
M4     
2 3  1 1  3 5
2 3 0 1  3 5 3) Se A.B = A.C, isto não implica que B = C. Em matrizes não
M5      vale a lei do cancelamento.
3 5  1 1  5 8

Analisando-se o número situado na segunda linha e Exercícios


segunda coluna das matrizes calculadas, percebe-se a
seguinte ordem: 1, 2, 3, 5, 8 Por conta da própria 01) ( UEL – PR ) Sobre as sentenças:
multiplicação de matrizes, tal elemento sempre é a soma
dos dois anteriores. Ou seja, em M3 ele será a soma de I. O produto de matrizes A3x2 . B2x1 é uma matriz 3x1.
II. O produto de matrizes A5x4 . B5x2 é uma matriz 4x2.
1  2, em M4 ele será a soma de 2  3 e assim por diante.
III. O produto de matrizes A2x3 . B3x2 é uma matriz
Logo, pode-se prever o valor que ele assumirá em M10 : quadrada 2 x 2.
M3  1  2  3
M4  2  3  5 É verdade que
M5  3  5  8 a) somente I é falsa
b) somente II é falsa
M6  5  8  13
c) somente III é falsa
M7  8  13  21 d) somente I e III são falsas.
M8  13  21  34 e) I, II e III são falsas
M9  31  34  55
M10  34  55  89 02) ( UEL-PR ) Sejam as matrizes A e B, respectivamente,
3 x 4 e p x q. Se a matriz A.B é 3x5, então é verdade
Portanto a resposta correta é o item D que:
a) p = 5 e q = 5
PROPRIEDADES DO PRODUTO DE MATRIZES b) p = 4 e q = 5
c) p = 3 e q = 5
O produto de matrizes apresenta as seguintes d) p = 3 e q = 4
propriedades: e) p = 3 e q = 3

1) Associativa: A.(B.C) = (A.B).C 03) ( UEPG – PR ) As matrizes A, B e C são do tipo m x 4,


para quaisquer matrizes A = [aij]m x n, B = [bjk]n x p e n x r e 5 x p, respectivamente. Se a matriz transposta
C = [ckl ]m x p de (AB)C é do tipo 3 x 6, assinale o que for correto.
2) Distributiva à direita em relação à adição: 01. n.r = m.p
(A +B).C = A.C + B.C para quaisquer matrizes A = [aij]m x n, 02. m = r + 1
B = [bij]m x n e C = [cjk ]n x p 04. p = 2m
08. n = r
3) Distributiva à esquerda: C.(A + B) = C.A + C.B 16. n + r = p + m
para quaisquer matrizes A = [aij]m x n, B = [bij]m x n e
C = [cjk ]p x m

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 11


2 3  5 3 08) Em cada equação matricial abaixo, determine os
04) Dadas as matrizes A =   e B=  e valores de x e y
 4 6   -1 0 
3 6  3 2   x 1  5 7
C=  . Determine: a)    =  
- 2 - 4  1 4    2 y   5 9
a) A.B
 4  3  x 1   4  2
b) B.A b)  .    
c) (A.B)t   5 4   y 2  7 3 
d) Bt.At
e) A.I2  1 4  1 2
09) ( PUC-SP ) Se A =   eB=   , então a
f) A.C  1 2  1 1
g) matriz X tal que X.B = A
05) ( PUC – PR ) O elemento c22 da matriz C = A.B, onde matriz X, de ordem 2, tal que A.X = B, é:
7 1 2
 1 2 3 4 8 1 0 
1 1 a)  1
A   5 6 7 8 e B   , é:
0 
5 0 0  2
 1 0 0 1  
4 0 1 1 0 
a) 0 b)  1
b) 2 0 
 3
c) 6
d) 11 1 0 
e) 22 c)  1
0 
 1 0 2  4
 
06) ( UFSC – SC ) Dadas as matrizes: A =  0  1 3  ; B 1 0 
 4  1 2
  d)  1
0 
2 1 1 1 0 0  5
   
= 0 3 0 ; C = 0 1 0 e seja 1 0 
4 2 1 0 0 1 e ) 1
    0 
P = (2A - C).B. Determine a soma dos elementos da  6
diagonal principal da matriz P.
10) ( ENEM ) Um aluno registrou as notas bimestrais de
07) ( PUC – RS ) Numa aula de Álgebra Matricial dos cursos algumas de suas disciplinas numa tabela. Ele observou
de Engenharia, o professor pediu que os alunos que as entradas numéricas da tabela formavam uma
resolvessem a seguinte questão: matriz 4x4, e que poderia calcular as médias anuais
dessas disciplinas usando produto de matrizes. Todas
1 2 as provas possuíam o mesmo peso, e a tabela que ele
2
Se A    , então A é igual a conseguiu é mostrada a seguir.
3 4 

1 3
a)  
2 4 
1 4 
b)  
9 16 
 7 10  Para obter essas médias, ele multiplicou a matriz
c)  
15 22  obtida a partir da tabela por
 5 11
d)  
11 25 
5 5
e)  
 25 25 

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 12


1 1 1 1 1 1 1 1 04) Considere uma matriz A  [aij ]35 . Ela será a matriz
a)
 2 2
b)
 4 4
2 2  4 4  aij  1, i  j

identidade se  .
 1  1 aij  0, i  j

2 4 08) Ao somarmos uma matriz 3  2 com uma 2  3,
   
    teremos uma matriz 3  3.
 1  1 16) Se A é uma matriz m  n, então a multiplicação da
1 2 4 matriz A por sua transposta A t será uma matriz
1    
c)   d) e) m  m.
1    
1  1  1

2 4
   
   
 1  1
 2   4 

11) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01. Se A e B são matrizes tais que A.B é a matriz nula,


então A é a matriz nula ou B é a matriz nula.
02. Sejam as matrizes M e P, respectivamente, de
ordens 5 x 7 e 7 x 5. Se R = M.P, então a matriz
R2 tem 625 elementos.
 1 4  1 2
04. Se A =   eB=   , então o maior
 1 2  1 1
elemento da matriz X, de ordem 2, tal que
A.X = B, é 1.
a b 1 0
08. Sabendo que A =   tal que A2 =  ,
c d 0 1
1 0 
então a matriz A50 é  
0 1 
3 1  2 1 1 0
16. Sendo A =   , B =   I =   e
5 2  1 1 0 1
0 0
0 =   e sabendo que X e Y são matrizes
0 0
quadradas de ordem 2, a soma dos elementos da GABARITO – AULA 02 – MATRIZES – PARTE II
AX  Y  0
matriz X, na resolução do sistema 
 1) b 2) b 3) 18
 BX  Y  I 
4) a)  7 6  b)  22 33  c)  7 14 
 14 12     6 12 
vale 2.     2  3  
d)  7 14  e)  23 f)  0 0  g)  1 3 
   4 6   0 0   
12) ( UEM – PR ) Sobre matrizes, assinale o que for correto.  6 12       2 6
5) d 6) 32 7) c
8) a) x = 3 y = 2 b) x = 5 y = 8
01) A matriz A  [aij ]nn, com aij  0 se i  j, é uma 9) a 10) e 11) 28 12) 17
matriz triangular inferior.
02) Uma matriz A  [aij ]nn é chamada matriz diagonal se
aij  0, sempre que i  j.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 13


Exemplo: Calcular o determinante da matriz
 5 2
A .
 4 3
DETERMINANTES – PARTE I 5 2
det A   5.3  2.4  7
4 3
1. Introdução
 3ª ORDEM
Dada uma matriz quadrada de ordem n, podemos associar
a ela, através de certas operações, um número real a11 a12 a13 
chamado determinante da matriz.

Considere a matriz A  a21 a22 a23  , o seu
determinan te

A n    a31 a32 a33 
determinante é o número:
Podemos simbolizar o determinante de uma matriz por a11.a22.a33 + a21.a32.a13 +a12.a23.a31 a13.a22. a31  a12.a21.a33  a11.a23. a32
a11 a12 ¨¨ a1n 
a a22 ¨¨ a2n  Para facilitar a memorização do cálculo acima vamos
duas barras verticais. Assim se 
21
é apresentar o dispositivo de “Sarrus”. Acompanhe:
 : : : : 
   Repete-se ao lado do determinante as duas
an1 an2 ¨¨ ann 
primeiras colunas.
a matriz A, indicamos o determinante de A por
 Obtenha os produtos indicados abaixo como mostra
a11 a12 ¨¨ a1n o esquema.
a21 a22 ¨¨ a2n
det A =
: : : :
an1 an2 ¨¨ ann

2. Cálculo
 1ª ORDEM
Exemplo 1:
Seja a matriz A = [a11] , denomina-se o determinante de
A o próprio elemento a11 e indica-se por:

det A = |a11| = a11

Exemplos:

a) Se A = [2], então det A = |2|= 2 Caso você não tenha se adaptado a esse método acima,
b) Se B = [–3], então det B = |–3| = –3 temos também o dispositivo abaixo:

 2ª ORDEM

a11 a12 
Seja a matriz A = 
a22 
, o determinante dessa
a21
matriz é o número real a11  a22  a12  a21 e indica-se
por: Onde:
DP1 = a11.a22.a33
a11 a12 DP2 = a31.a12.a23
detA  = a11  a22  a12  a21 e assim por diante.
a21 a22

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 14


Exemplo 2: A partir da figura, temos:
2 3 1 2 3
A ABC  A retAMNP  A 1  A 2  A  3 (I)
4 1 2 4 1
3 2 1 -3 2
A retAMNP  x B  x A y C  y A  (II)
 2.1.1  3.2.(3)  1.4.2  (1).1(3)  (2.2.2)  (3.4.1) x C  x A y C  y A 
A 1  (III)
 2  18  8  3  8  12 2
 47 x  x C y C  y B 
A 2  B (IV)
2
x  x A y B  y A 
SAIBA MAIS! A 3  B (V)
2

Dentre as várias aplicações dos determinantes, temos o Substituindo (II), (III), (IV), (V) em (I), vem:
cálculo da área de um triângulo em função das
coordenadas dos vértices desse triângulo. Acompanhe: xB y C  x C y A  x A yB  x C yB  xB y A  x A y C
A ABC 
2
Considere os três pontos A(x A , y A ); B(x B , y B ); C(x C , y C ) que que pode ser escrito assim:
representam os vértices do triângulo ABC da figura abaixo. xA yA 1
1
A  . xB yB 1
2
xC yC 1

Exercícios
3 5 1 0
01) Considere as matrizes A    eB .
1 4  3 5
Calcule:

a) det A
b) det B
A área do triângulo ABC é dada pela fórmula:
c) A + B
xA yA 1 d) A.B
1
A  . xB yB 1 e) det (A + B)
2 f) det (A.B)
xC yC 1

Justificativa: 02) Com base no exercício acima, julgue o item abaixo:

Considere a figura abaixo: Sejam A e B matrizes de ordem n. É verdade que:


det(A + B) = det A + det B

 1 3 5
03) Considere a matriz 2 5 0 . Calcule:
4 0 2 
a) det A b) det At

04) Resolva as seguintes equações:

a) x x2 b) x x  0
0
5 7 5 x

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 15


c)
2 3 1 2 1
d) 4 1 x  1  12
3
COMPLEMENTO DA AULA 03
x 1 x  15
2 0 1 x 0 x
Até agora estudamos métodos para calcular
determinantes de matrizes de ordem 1, 2 e 3. Este
05) ( UFSC – SC ) Em , a solução da equação complemento da aula 3 visa definir o cálculo de
2 x 3 determinantes de qualquer matriz de ordem n. Veremos
nesse módulo o Teorema de Laplace e a Regra de Chió.
 2  x 4 = 175 é:
1 3 x
1. Cofator de um elemento de uma
 1 1 1  matriz quadrada de ordem n (n  2)
06) Para que o determinante da matriz  1 0 b  seja
1 2 1
 
Considere uma matriz quadrada A, de ordem n, e
3, o valor de b deve ser igual a
o elemento aij pertencente a A.
a) 2
b) 0 Cofator de um elemento aij é o número real que
c) 1
 1
i j
se obtém multiplicando o número pelo
d) 2
e) 1 determinante da matriz obtida, quando se elimina em A a
linha i e a coluna j. Vamos indicar o cofator por C ij .
07) ( UNESP- SP ) Foi realizada uma pesquisa, num bairro
de determinada cidade, com um grupo de 500 crianças
Acompanhe o exemplo:
de 3 a 12 anos de idade. Para esse grupo, em função
da idade x da criança, concluiu-se que o peso médio
p(x), em quilogramas, era dado pelo determinante da  3 1  2
matriz A, onde Dada a matriz A  4 0 2  , calcular C11 e C32
3 7 8 
   
1  1 1 
A  3 0  x  Resolução:
 2 
0 2
0 2 3  C11   1
1 1
  1   14   14
7 8
Com base na fórmula p(x) = det A, determine:
a) o peso médio de uma criança de 5 anos;
3 2
C32   1  1   6  8   14
3 2
b) a idade mais provável de uma criança cujo peso é 
30 kg. 4 2
x 0 x
08) ( UNIGRANRIO ) Considere as funções f(x)  1 x 2
2. Teorema de Laplace
2 1 1
Seja a matriz quadrada de ordem n define-se como
x 11 4 determinante dessa matriz a soma dos produtos de cada
e g(x)  10 11 x . Desta forma, pode-se afirmar que elemento aij de uma fila pelo seu cofator C ij .
1 2 0
o ponto de interseção das funções f(x) e g(x), é: Acompanhe o exercício resolvido:
 2 3 4  1
 
a) (6, 30) b) (9,  90) c) (9, 72) d) (6,  42) e) (6, 42) Calcule o determinante da matriz A   0 0 2 0

 3 1 1 1
 1 0 
 2 3
GABARITO – AULA 03 – DETERMINANTES – PARTE I
4 5 18 25
1) a) 7 b) 5 c)   d)   e) 16 f) 35 Solução:
4 9  13 20
2) Falso Inicialmente vamos fixar a linha 2 (possui uma grande
3) a) – 102 b) – 102
4) a) {5} b) {0, 5} c) {5} d) {-2, 6} 5) 19 6) b quantidade de zeros).
7) a) 18kg b) 11 anos 8) d

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 16


Então:

det A = a21 .C 21  a22 .C 22  a23 .C 23  a24 .C 24

Como os elementos a21 , a22 .e a24 são nulo, vem:


Perceba que cada elemento restante está associado a dois
elementos que foram eliminados, um da linha e outro da
det A = a23 .C 23 coluna.

 Subtrai-se de cada elemento restante o produto


2 3 1
dos dois associados que foram eliminados
det A = 2. (1)23 . 3 1 1
1 0 3 8  4.5 3  4.2  12 -5
  21
=
C23 2  1.5  1  1.2 -3 3
det A = 2.(-1).(-35)
 Multiplica-se o determinante assim obtido por
det A = 70
 1 i j
3. Regra de Chió
11
det A =  1 .21  det A = 21
A regra de Chió é mais uma alternativa para o cálculo de
determinantes de matriz quadrada de ordem n (n  2).
Com essa regra pode-se passar uma matriz de ordem n
para uma outra de ordem n – 1, com o mesmo
determinante. É necessário, pois, que a matriz possua pelo
menos um dos seus elementos igual a 1.

Sendo assim, a regra de Chió consiste em:

a) Eliminar da matriz a linha e a coluna que contém


o elemento aij = 1.
b) de cada um dos elementos restantes subtrair o
produto dos elementos correspondentes na linha
e coluna eliminadas.
c) calcula-se o determinante da matriz obtida
d) por fim, multiplica-se o determinante assim
obtido por  1  .
i j

Acompanhe o exercício resolvido:

Exercício Resolvido

1 5 2 
 
Calcule o determinante da matriz A  4 8 3
 
 1 2  1 
Resolução:

 Um dos elementos da matriz A que é igual a 1 é o


a11. Elimina-se então, a linha e a coluna onde está
o elemento a11.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 17


3) Se multiplicarmos uma fila de uma matriz por
um número k, o determinante da nova matriz
fica multiplicado por k.
DETERMINANTES – PARTE II
2 4 5.2 5.4
Todas as propriedades enunciadas abaixo são válidas para Exemplo: 2  5.2  10
matrizes quadradas de ordem n. 1 3 1 3

Consequências:
1) Casos onde o determinante é nulo
 No cálculo dos determinantes, é possível colocar o fator
 Se uma matriz possui uma fila de elementos iguais comum em evidência.
a zero, o determinante é nulo
18 6 12 3.6 3.2 3.4 6 2 4
0 3 9
1 5 0  1 5 0  3. 1 5 0  3.(-72) = -216
Exemplo: 0  8 3  0
3 4 1 3 4 1 3 4 1
0 4 1 

(-72)
 Se uma matriz possui duas filas paralelas iguais,
então o determinante é nulo.  Se multiplicarmos uma matriz quadrada de ordem n
por um número k o determinante fica multiplicado pelo
2 8 2 número kn.
Exemplo: 3 5 3  0 C1 = C3
det(k.A) = kn.detA
1 6 1
4) O determinante de uma matriz triangular é o
 Se uma matriz possui duas filas paralelas
produto dos elementos da diagonal principal.
proporcionais, o determinante será nulo.

2 3 5 3 9 8
Exemplo: 4 6 10  0 L2 = 2.L1 Exemplo: 0 4 5  3.4.1  12
7 0 3 0 0 1

 Se uma fila de uma matriz for uma combinação 5) Se A e B são duas matrizes de ordem n, o
linear de duas outras. determinante do produto de A por B é o
produto do determinante da matriz A pelo
3 5 1 determinante da matriz B, ou seja:
Exemplos: 0 4 2  0 L3 = L 1 + L2
3 9 3 det(A.B) = det(A).det(B)
( Teorema de Binet)
3 5 1 Exemplo:
1 2 3 0 L3 = 2.L1 + L2
7 12 5 2 1  3 4   7 10
A  ,B  e A.B  
13 20
 
1 2

3 4
2) Se trocarmos entre si a posição duas filas detA  5 detB 2 det(A.B)10

paralelas de uma matriz, o determinante muda


de sinal.    detA
det(A.B)  .detB
5

2
10

a d g d a g
Se b e h  10, então e b h  10 CUIDADO: det(A  B) ≠ det(A)  det(B)
c f i f c i

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 18


6) Soma de determinantes Exercícios Resolvidos
Sejam A, B e C três matrizes quadradas de ordem n. 1) Justifique em cada caso o motivo do determinante ser
Considere que: nulo.

 Apenas uma das filas das três matrizes são 4 5 1  7 12 0 1 3 4


diferentes, sendo as demais iguais. a)  8 10 2  0 b) 5 1 0  0 c) 2 0 2  0
 Se essa fila diferente da matriz C for igual à soma
das filas correspondentes de A e B, temos: 4 3 7 4 13 0 1 4 3

det C = det A + det B Solução:.


Identificando as propriedades dos determinantes que se
Exemplo: anulam, vem:
a) O determinante é nulo, pois a 2ª linha é dobro da 1ª
linha.
b) O determinante é nulo, pois a 3ª coluna inteira é
formada por zeros.
c) A 3ª coluna é a soma da 1ª coluna com a 2ª coluna.

a b c 
 
2) Se det p q r = -1 , calcule o valor do
 
 x y z 
 -2a -2b -2c 
det 2p + x 2q + y 2r + z 

Observe que: det C = det A + det B  3x 3y 3z 

Solução:
7) Casos onde o determinante não se altera Um determinante não se altera se uma linha for substituída
pela soma de seus elementos com outra previamente
 O determinante de uma matriz não se altera multiplicada por um número (Teorema de Jacobi). O
quando trocamos de forma ordenada e determinante fica multiplicado pelo número que for
simultânea as linhas pelas colunas, ou seja: multiplicado a uma linha ou coluna. Observando o segundo
t determinante, temos:
det A = det A
a) A 1ª linha foi multiplicada por (- 2).
b) A 2ª linha foi multiplicada por (2).
 Se somarmos a uma fila de A uma outra fila
c) A 2ª linha foi substituída por: Linha 2 + Linha 3. (não
previamente multiplicada por um número real,
interfere no determinante)
obtemos uma matriz A', tal que det A' = det A
d) A 3ª linha foi multiplicada por (3).
(Teorema de Jacobi)
Conclusão. O determinante da matriz é o produto do
determinante original por (-2).(2).(3) resultando no valor:
 4  1 2  (-1).(-2).(2).(3) = 12.
Exemplo: A =  1 3 2   det A = 15
 2 2  1 3) Analise as afirmações abaixo, sabendo que:
 

Multiplicando a terceira linha por 2 e adicionando à a b c


0 3 0  d e f  2
primeira, obtemos A': A' = 1 3 2   det A = 15 g h i
 2 2  1
 

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 19


d e f
I. a b c  2
Exercícios
g h i
 a b c m t k 
01) ( PUC – RS ) Sendo A =  1 2 3 , B =  1 2 3 e det
3a 3b 3c    
m t k   a b c 
II. 3d 3e 3f  6 A = 4, o determinante de B é igual a:
3g 3h 3i
1
a) 
a b c 4
III. 0 0 0  0 1
b)
g h i 4
3
c)
2a 2b 2c 4
IV. 2d 2e 2f  16 d) 4
2g 2h 2i e) – 4

Assinale a alternativa correta. a d g


a) Apenas I, III e IV são verdadeiras. 02) Sabe-se que b e h  2 . Determine o valor de
b) Apenas a afirmação III é verdadeira. c f i
c) Apenas I e II são verdadeiras.
2a  3d 4g
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
2b  3e 4h
2c  3f 4i
Resposta:
03) Sabe-se que M é uma matriz quadrada de ordem 3 e
[A] que det(M) = 5. Então det (2M) é igual a:

I. Verdadeira. Ao permutarmos duas filas paralelas de uma a) 20


matriz quadrada A, obtemos uma matriz B, tal que b) 10
detB   det A. c) 18
II. Falsa. Como: d) 40
 3a 3b 3c  a b c  e) 27
   
 3d 3e 3f   3   d e f  ,
 3g 3h 3i  g h i  04) ( UFSC – SC ) Sendo A uma matriz dada por:
   
 0  1 0 0
vem  
3a 3b 3c a b c  5 8 0 0
A =   1  3 7 0  , calcule det ( A )
3d 3e 3f  33  d e f  27  ( 2)  54  6.  
 4 4 2 2 
3g 3h 3i g h i 
III. Verdadeira. Se uma matriz quadrada apresenta uma fila
de zeros, então seu determinante é nulo. a d g
IV. Verdadeira. 05) Sabe-se que b e h  10 . Determine o valor de
2a 2b 2c a b c c f i
3
2d 2e 2f  2  d e f  8  ( 2)  16.
2a d 3g
2g 2h 2i g h i
2b e 3h
2c f 3i

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 20


 2 3 1
  01. A senha possui dois dígitos nulos.
06) Considere a matriz A   1 4 2  . Calcule:
 0 2 2 02. A senha possui seis dígitos.
  04. O último dígito da senha é zero.
08. Os dígitos da senha estão em ordem crescente.
a) det A 16. A + B +C + D = 45 .
b) det 2A 32. Os dois primeiros dígitos da senha são 1 e 5.
c) det A2
 1 a 2
1

0 0 0
 11) ( IME ) Seja A  a  2 1 1  com a  . Sabe-se

 
2 1 0 0  2 3 1 
07) Calcule o determinante da matriz A  
3 2 4 0
  que det(A 2  2A  I)  16. A soma dos valores de a que
5 3 9 2 

satisfazem essa condição é:

Obs.: det(X) denota o determinante da matriz X


a d g 2a 3d  g
08) Sabendo que b e h  2 , calcule 2b 3e  h a) 0
b) 1
c f i 2c 3f  i c) 2
d) 3
e) 4
2 0 0
A  M5x5  
09) Considere as matrizes A = 4 1 0 e
12) ( ITA – SP ) Considere com
5  det  A   6 e α  R \ 0. Se det  αA t AA t   6α 2 , o
 2 3
valor de α é
3 2 5 1
B= 4 1 3  . Determine:
a) .
6
2 
 3 4 b)
6
.
6
3
a) det A 36
c) .
b) det B 6
c) det (A.B) d) 1.
d) det (4A) e) 216.
e) det (2B)

10) ( IFSC – SC ) Após assistir a uma aula sobre


determinantes de matrizes, Pedro decidiu codificar
sua senha bancária. A senha é composta pelos
números A, B, C e D, justapostos nessa ordem e
codificados através dos determinantes abaixo:

1 7  1 25 1 2 0 2
1 2 4
0 3  8 32 2 4 3 3
A  3 1 2 B C
0 0 2 11 4 8 2 1
1 2 1
0 0 0 1 8 16 0 2

3 0 0 0 0
0 2 0 0 0
GABARITO – AULA 04 – DETERMINANTES – PARTE II
D 0 0 4 0 0
0 0 0 1 0 1) e 2) – 48 3) d 4) 70 5) 60
0 0 0 0 1 6) a) 4 b) 32 c) 16
7) 08 8) – 12
9) a) 6 b) 15 c) 90 d) 384 e) 120
Sobre a senha de Pedro, assinale no cartão-resposta o 10) 50 11) d 12) c
número correspondente à proposição correta ou à
soma das proposições corretas.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 21


2. Obtenção da Matriz Inversa
Vamos através de um exercício resolvido mostrar como se
INVERSÃO DE MATRIZES obtém a inversa de uma matriz de ordem 2.

1. Definição
Exercício Resolvido
Considere A e B duas matrizes quadradas de ordem n.
Se A.B = B.A = In , dizemos que B é a matriz inversa de A e 2 1 1  a b 
1
A inversa da matriz A =   é a matriz A =  
indicaremos por A  5 3  c d
1 1 1
A.A  A .A  I Impondo que: A.A  I , vem:
n n

OBSERVAÇÕES: 2 1 a b 1 0
  . = 
 Uma matriz só possui inversa se o seu determinante for  5 3  c d  0 1 
diferente de zero, sendo assim, a matriz é chamada de  2a  c 2b  d   1 0 
inversível.   
 5a  3c 5b  3d   0 1 
 Se o determinante da matriz for igual a zero, a matriz
não admite inversa, sendo assim, chamada de singular.  2a  c  1  2b  d  0
5a  3c  0 e 5b  3d  1
 Se a matriz A é inversível então ela é quadrada.  
 Se a matriz A é inversível, então a sua inversa é única. Resolvendo os sitemas, vem:
a = 3, b = – 1, c = – 5, d = 2
Exercício Resolvido
1  3 - 1
Assim sendo: A =  A =  
 x x -1 1  - 5 2 
 
Para quais valores de x a matriz A = x + 1 -1 0
 2 1  3 - 1  1 0 
 1 2 -1  Observe que:   .  = 

 5 3  - 5 2   0 1 
é ínversível?
OBSERVAÇÃO:
Solução:
O processo para se obter a inversa de uma matriz por vezes
Uma matriz é inversível quando seu determinante é não
pode se tornar trabalhoso, pois de um modo geral
nulo. Então, vamos calcular detA. podemos recair na resolução de n sistemas de n equações
x x 1 1 e n incógnitas. Segue abaixo, um processo que simplifica
esse cálculo.
x 1 1 0 
1 2 1 Teorema
1
x  2(x  1)  1  (x  1).(x  1)  A matriz inversa A de uma matriz A é dada por:
1
x  2x  2  1  x 2  x  x  1  A 1  .A com det A  0
detA
x 2  3x  2
A representa a matriz adjunta.
Impondo a condição det A  0 , obtemos:
x 2  3x  2  0  x  1 e x  2 . Matriz Adjunta é a matriz transposta da matriz dos
cofatores de A.
Então, a matriz A só admite inversa se x  1 e
Consequências:
x  2 .

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 22


 d b  CURIOSIDADE !
  
 Sendo: A = 
a b 1
 A =
detA detA 
c d   c a 
 MATRIZ INVERSA – SISTEMAS LINEARES
 detA detA  Podemos resolver sistemas lineares usando o conceito de
matriz inversa.
 Cada elemento b ij da matriz inversa de A, pode ser Acompanhe o exemplo abaixo:
calculado aplicando a relação abaixo:
3x  2y  8
Resolver o sistema  .
bij 
1
.C ji 4x  3x  11
detA Solução:
onde C ji é o cofator do elemento a ji
Podemos associar o sistema acima a equação matricial:
A.M  B , sendo
3. Determinante da Matriz Inversa  3 2 x 8
A  , M    e B   
Sendo: An = Bn  det A = det B  4 3 y  11 
Devemos obter a matriz M, que neste caso, nos dá a
Acompanhe, agora, o desenvolvimento abaixo: solução para o sistema.
A.A 1  I Isolando a matriz M na equação abaixo, temos:

   detI 
n

det A.A 1 A.M  B


n

Aplicando o teorema de Binet, vem : A 1 .A.M  A 1 .B


det(A).det A  1  1   I2

M  A 1 .B
1
Então: detA 1   3 2 1  3 2 
detA A inversa da matriz A   é A  
 4 3  4 3 
4. Propriedades Temos então que:
M  A 1 .B
Sendo A e B duas matrizes de ordem n inversíveis, valem
 3 2   8 
as seguintes propriedades: M . 
 
1) A 1
1
A  4 3   11 
2
2) A.B 
1
 B 1 .A 1 M 
1
   A 
3) A 1
t t 1
Portanto, a solução do sistema é S   2,1

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 23


3 1
Exercícios 08) A inversa da matriz A = 
5
 é:
 2 
1 5  2  1
01) Determine a inversa da matriz A =   a)  
5 3 
2 0
3 1
b)  
5 2 
02) Assinale V para as verdadeiras e F para as Falsas:
 2  5
c)  
 1 3 
   2 0
a) ( ) ( UFSC – SC ) Sendo A   2 1  e B   1 3  , d)  
 5 3 5 9  5  3
   
3 1 
então o produto entre a matriz inversa de Aea e)  
 5  2 
matriz transposta de B é a matriz
 1 2
b) ( ) ( UFSC – SC ) Dadas as matrizes A   2 0  e 2 4
 09) O maior elemento da inversa da matriz A =   é:
 2  1 1 5 

 1 5 0 , então a matriz D = A.B não a) 2
B  b) 5/6
 3 0 1
c) 1/5
admite inversa. d) 1/6
e) 1/3

1  4 3  10) Calcule o determinante da inversa da matriz


 
03) Dada a matriz A =   2 1  1 . Determine o 1 1 2  4
   
 8 0  2 0 2 3 6 .
0 0 5 9 
determinante da matriz inversa de A.  
0 0 0 3 

1 x 
04) A matriz   , na qual x é um número real, é 11) ( UFSC – SC ) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
 x 1 01. Se K = (kij) é uma matriz quadrada de ordem 2 dada
inversível se, e somente se: por kij = 22i + j para i < j e kij = i2 + 1 para i ≥ j, então
K é uma matriz inversível.
a) x=0 02. Se A e B são matrizes tais que A.B é a matriz nula,
b) x=1 então A é a matriz nula ou B é a matriz nula.
c) x = -1 04. Sejam as matrizes M e P, respectivamente, de
d) x1 ordens 5 x 7 e 7 x 5. Se R = M.P, então a matriz
e) x2 R2 tem 625 elementos.
08. Chamamos “traço de L” e anotamos tr(L) a soma
4 7 dos elementos da diagonal principal de uma matriz
05) Determine a inversa da matriz A   
1 3  quadrada L; então tr(L) = tr(Lt).

12) ( UEL – PR ) Se A é uma matriz quadrada 2x2 de


1 1 6 determinante 10. Se B = – 2.A e C = 3. B-1, onde B- 1 é a
 
06) A matriz A   4 2 1  admite inversa? matriz inversa de B, então o determinante de C é:
 5 3 7 a) – 60
 
3
b) 
07) Calcule o determinante da inversa da matriz 20

3 2 5 c) 
20
4 1 3.
3
2  9
 3 4 d)
40
40
e)
9

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 24


AULA 06
13) ( UFPR – PR ) Dados os números reais a, b e c diferentes
de zero e a matriz quadrada de ordem 2

M =
a b
considere as seguintes afirmativas a
0 c
 SISTEMAS LINEARES – RESOLUÇÃO I
respeito de M:

1. A matriz M é invertível.
1) Equação Linear
2. Denotando a matriz transposta de M por M T,
teremos det(M.MT ) > 0 . Equação Linear é toda equação da forma:
3. Quando a = 1 e c = − 1 , tem-se M2 = I , sendo I a a1 x 1  a2 x 2  a3 x 3  .......an x n  b
matriz identidade de ordem 2.
onde:
Assinale a alternativa correta.  a1, a2, a3, ...,an são números reais que recebem o nome
de coeficientes das incógnitas x1, x2, x3 ..., xn.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.  b é o termo independente.
b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. Observações:
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.  Costuma-se por conveniência indicar as incógnitas
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. x1, x2, x3,...respectivamente por x, y, z,..
 Se b = 0, dizemos que a equação é linear homogênea.
14) ( UEPG – PR ) Sobre matrizes e determinantes, assinale
o que for correto. Exemplos
01) Seja P uma matriz quadrada. Se det(P)  3 e
det(2P)  96, então P é uma matriz quadrada 1) 2x + 3y - z = 5 é uma equação linear
de ordem 6. 2) 6x + 2y - z + t - w = 0 é uma equação linear
02) Considere as matrizes A(aij )44 , com aij  3i  j e (homogênea)
B  (bij )4 4 , com bij  i  2j. O elemento da 2
3) x - 2y + z = 7 não é uma equação linear, pois numa
quarta linha e da terceira coluna da matriz equação linear, os expoentes de todas as incógnitas devem
3A  2B vale 7. ser unitários.
 3 2 1  4) 5x - 2yz + w = 0 não é uma equação linear, pois
  apresenta um termo misto (yz).
04) Se M   0 1 2  , então o determinante da
 
 2 3 3
Solução de Uma Equação Linear
matriz inversa de M vale 9.
08) Seja qual for o valor de k, k real, o determinante A solução de uma equação linear
 2k 1 a1x1  a2x2  a3x 3  ...  anxn  b é uma sequência ou
da matriz   nunca se anula.
3 k
n-upla ordenada de números reais (1 , 2 , 3 ,..., n )
16) A matriz A é do tipo 6  8, a matriz B é do tipo
m  5 e a matriz C é do tipo n  3. Se existe o que tornam α1x1 + α2x2 + α3x 3 + ... + αnxn = b uma
produto (A  B)  C, então m  5 e n  8. sentença verdadeira.

Exemplos:
GABARITO – AULA 05 – MATRIZ INVERSA
 0 1 
1)  2   O par (2, 1) é uma das soluções para a equação
 1  1  3x – y = 5, pois 3.2 – 1 = 5
 5 10 
2) a) V b) V 3) 1/26 4) d  A terna (0, 4, 1) é uma das soluções para a
 3 7 equação x + 2y + 3z = 11, pois 0 + 2.4 + 3.1 = 11
  
5) A  1   5 5  O par (2, 4) não é solução para a equação
 1 4  2x + y = 0, pois 2.2 + 4  0
 
 5 5   O par (0, 0) é uma das soluções para a equação
6) Não, pois det A = 0 2x + 4y = 0, pois 2.0 + 4.0 = 0
7) 1/15 8) a 9) b 10) 1/30 11) 09
12) d 13) e 14) 10

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 25


IMPORTANTE ! x - y + 2z - w = 0
2)  é um sistema linear
 Equação do tipo 0x 1  0x 2  0x 3  ....0xn  0 admite
 x + y + 4w = 0
qualquer ênupla como solução. homogêneo de 2 equações e 4 incógnitas. A sua Forma
 Equação do tipo 0x 1  0x 2  0x 3  ....0xn  k , com Matricial é
k  0, não admite nenhuma solução. x
 
 1 -1 2 -1   y   0 
2) Sistemas Lineares   • = 
1 1 0 4   z   0 
 
Chama-se sistema linear de m equações e n incógnitas w
x1 ,x2 ,x 3 ,...,xn ao conjunto de equações lineares
Solução de um Sistema Linear
 a11x1 + a12x 2 + a13x 3 + ... + a1nx n = b1
 a x + a x + a x + ... + a x = b2
A solução de uma sistema linear é uma sequência ou
 21 1 22 2 23 3 2n n n-upla ordenada de números reais (α1 ,α2 ,α3 ,...,αn ) que
 a31x1 + a32x 2 + a33x 3 + ... + a3nx n = b3 satisfaz simultaneamente a todas as equações do sistema.

 Exemplo
am1x1 + am2x 2 + am3x 3 + ... + amnx n = bm
 x+y+z = 8
Obs.: 1: Um sistema linear é chamado de Homogêneo 
Considere o sistema  -x - y + z = 0 . Note que a
quando todos os termos independentes b1 ,b2 ,b3 ,...,bm
2x + 5y - z = 13
forem nulos. 
tripla ordenada (x,y,z) = (6,1,1) satisfaz a primeira
Obs.: 2: Note que podemos reescrever um sistema linear equação, mas não satisfaz nem a segunda nem a terceira.
na forma de produto de matrizes, ao que chamamos de Logo, (6,1,1) não é solução do sistema.
Forma Matricial do sistema:
Observe também que a tripla (2,2,4) satisfaz a primeira
 a11 a12 a13 a1n   x 1   b1  e a segunda equação, mas não satisfaz a terceira, portanto
     
 a21 a22 a23 a2n   x 2   b2  também não é solução.
Já a tripla ordenada (1,3,4) satisfaz as 3 equações e, por
 a31 a32 a33 a3n  •  x 3  =  b3  .
      isso, é solução do sistema.
      Uma solução evidente para o sistema homogêneo
a am2 am3 amn   xn   bm  x  y  z  0
 m1 
2x  y  z  0 é a terna (0, 0, 0). Esta solução é chamada
3x  7y  z  0
Exemplos 
solução trivial.
 x+y+z = 100
 Classificação de um Sistema Linear
1)  3x + 5y + 9z = 600 é um sistema linear
10x + 20y + 50z = 2.800
 Um Sistema Linear pode ser classificado de acordo com o
de 3 equações e 3 incógnitas. número de soluções que ele apresenta. Sendo assim ele
pode ser:
A Forma Matricial deste sistema é  DETERMINADO
 1 1 1   x   100  (1 solução)
       POSSÍVEL
 3 5 9  •  y  =  600 
 10 20 50   z   2.800 
       INDETERMINADO
(infinitas soluções)

 IMPOSSÍVEL Não Admite Solução

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 26


a11 b 2  a1n
Exemplos:
a21 b 2  a2n
x  y  5 det X2 =
 O sistema  é possível e determinado pois   
2x  y  4
admite solução única que é o par ordenado (3, 2). an1 b n  ann
x  y  5
 O sistema  é possível e indeterminado :
2x  2y  10 a11 a12  b 1
pois admite infinitas soluções como os pares
ordenados (3, 2); (2, 3); (1, 4); (k, 5 – k). a21 a22  b 2
det Xn =
 x  y  5   
 O sistema  é impossível, pois não existem
x  y  6 an1 an2  b n
número que simultaneamente somados dão 5 e 7.

3) Regra de Cramer A solução do Sistema é dada por:

A Regra de Cramer consiste num método para se resolver det X1 det X2 det Xn
sistemas Lineares de n equações e n incógnitas. Seja o x1  x2   x n 
sistema det S det S det S
a11 x 1  a12 x 2  .......... ..  a1n x n  b 1
Veja que só é possível aplicar a Regra de Cramer em
a x  a22 x 2  .......... .  a2n x n  b 2
 21 1 sistemas n x n em que det S  0. Esses sistemas são
 denominados normais.
    
an1 x 1  an2 x 2  .......... .  ann x n  b n Exercícios Resolvidos

Para obtermos a solução para esse sistema vamos fazer x  2y  z  2


alguns cálculos. Acompanhe: 
1) Resolver o sistema 2x  y  3z  9
 det S 3x  3y  2z  3

Determinante associado a matriz formada pelos
Solução:
coeficientes das incógnitas.
1 2 1 2 2 1
det S = 2  1 3 = 10 det X = 9 1 3 = 10
a11 a12  a1n
3 3 2 3 3 2
a21 a22  a2n 1 2 1
det S = 1 2 2
   det Y = 2 9 3 = 20 det Z = 2  1 9  30
an1 an2  ann 3 3 2 3 3 3

Aplicando a regra de Cramer, temos:


 det Xi

Determinante associado a matriz obtida a partir de S, det X det Y det Z


x y z
trocando a coluna dos coeficientes de Xi, pela coluna dos det S det S det S
termos independentes do sistema.
10 20 30
x= 1 y= 2 z= 3
b1 a12  a1n 10 10 10
b2 a22  a2n
det X1 = S = {(1, 2, 3)}
  
bn an2  ann

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 27


voto secreto; cada aluno pode votar em apenas um dos
Exercícios candidatos, e todos os alunos do IFSUL votaram. Após
a apuração dos votos, verificou-se que Maria e Renato
2x  y  3 juntos tiveram 2.230 votos, Maria e Pedro alcançaram
01) ( PUC – RS ) O sistema  pode ser 1.702 votos, e Renato e Pedro 1.940 votos.
 x  2y  4
Considerando os dados fornecidos, o número de votos
apresentado como
do presidente eleito foi

2 1  x  3 
    
a)  a) 996
 1 2   y   4  b) 1524
 1 2   x  3  c) 1234
b)  
2 1  y   4  d) 1326
 1 2   x   3 
c)       06) ( UFSM – RS ) Um feirante comprou, por R$ 3.725,00, 3
 1 2   y   4  toneladas distribuídas entre arroz, feijão e batata,
 2 1   x  3  num total de 76 sacas. O peso e o preço de cada saca
d)       desses produtos estão mostrados a seguir.
 1 2  y   4 
 2 1  x  3 
e)      
 1 2  y   4 

02) ( IFAL – AL ) Resolva o sistema de equações abaixo para


x e y Reais e determine o valor do produto xy. Sobre essa compra, é possível afirmar:
Está(ão) correta(s)
 x  y  14 I. O feirante comprou exatamente 30 sacas de batata.
` 
4x  2y  38 II. A quantidade de sacas de arroz é o dobro da
a) 5. b) 9. c) 25. d) 45. e) 81. quantidade de sacas de feijão.
III. A quantidade de sacas de arroz é menor que a
03) Resolva os sistemas lineares abaixo: quantidade de sacas de batata.
 xyz  7
 a) apenas I.
a)  2x  y  3z  8
 x  2y  3z  0 b) apenas II.
 c) apenas III.
x  y  2z  3 d) apenas I e II.
 e) apenas II e III.
b)  y  z  1
2x  y  z  3
 07) ( UDESC – SC ) Um Pet Shop tem cães, gatos e
 x  2y  z 3 passarinhos à venda, totalizando 38 cabeças e 112

c) 2x  3y  z 9 patas. Sabe-se que nenhum destes animais apresenta
3x  y  2z  10 algum tipo de deficiência física e que a metade do
 número de passarinhos mais o número de cães supera
em duas unidades o número de gatos. Se o preço de
04) ( IFAL – AL ) Sabendo que Tales e Platão têm juntos venda de cada cão, gato e passarinho é,
massa de 159 kg; Platão e Fermat, 147 kg; e Tales e respectivamente, 500, 90 e 55 reais, então, ao vender
Fermat, 134 kg, determine a massa de Tales, Platão e todos estes animais, o Pet Shop terá arrecadado:
Fermat juntos: a) 4770 reais
b) 3950 reais
a) 200. c) 6515 reais
b) 210. d) 5250 reais
c) 220. e) 5730 reais
d) 230. GABARITO – AULA 06
e) 240.
1) a 2) d 3) * 4) c 5) c 6) c 7) a
05) ( IFSUL – RS ) Na eleição do grêmio estudantil do IFSUL
houve três candidatos à presidência: Maria, Renato e Gabarito: 3) a) S = {(5,1,1)} b) S = {(1, 2, 3)} c) S = {(-1,3,2)}
Pedro. O presidente é eleito pelos alunos através de

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 28


AULA 07
Observe que o sistema acima é Possível e Determinado.
Acompanhe agora, a resolução do sistema
x  y  z  4
SISTEMAS LINEARES – RESOLUÇÃO II 
 yz 2
Perceba também, que o sistema está na forma escalonada.
1) Sistema Linear Escalonado Sua resolução é feita fazendo as devidas substituições,
acompanhe:
Um sistema linear é dito escalonado se em cada equação,
houver pelo menos um coeficiente não nulo e o número de x  y  z  4 (I)

coeficientes iniciais não nulos aumenta de equação para
 y  3z  2 (II)
equação.
Fazendo em (II) y = 2 – 3z e substituindo em (I), temos:
Exemplos:
x + 2 –3z + z = 4  x = 2 + 2z.

5x  y  3 Logo: x = 2 + 2z e y = 2 – 3z.


1)  Dizemos, neste caso, que z é a variável livre do sistema.
 4y  8 Atribuindo a z um valor k real arbitrário , temos:
x = 2 + 2k e y = 2 – 3k.
Assim, o conjunto solução do sistema é:
2x  6y  3z  7

2) 2y  5z  1 S = {(2 + 2k, 2 – 3k, k),k, k  }
 8z  15
 Se desejarmos obter algumas das infinitas soluções desse
sistema, basta atribuirmos a k valores reais, por exemplo:

2x  7y  8z  9t  1 Para k = 1, temos como solução a terna (4, – 1, 1);



3)  3z  8t  2 Para k = 2, temos como solução a terna (6, – 4, 2).
 t3
 Observe que o sistema acima é Possível e Indeterminado.

Resolução de um Sistema Linear Escalonado OBSERVAÇÃO: O Grau de indeterminação de um sistema


linear indeterminado indica o número de variáveis livres.
Observe o sistema abaixo: Esse número pode ser obtido pela diferença n – m, onde n
indica a quantidade de equações e m a quantidade de
x  2y  4z  17 incógnitas do sistema linear na forma escalonada.

 3y  z  9
 2) Sistemas Equivalentes-Escalonamento
 4z  12
Sistemas Equivalentes
Perceba que o sistema está na forma escalonada. Sua
resolução, neste caso, é feita de forma imediata por
Dois Sistemas são ditos equivalentes se e somente se:
substituições, acompanhe:
x  2y  4z  17 (I)  São Possíveis e admitem as mesmas soluções, ou
  São Impossíveis.
 3y  z  9 (II)
 4z  12 (III)
 x  y  5  4x  y  14
Da equação (III), temos z = 3. Substituindo z = 3 na equação Exemplo: S1:  S2 : 
(II), vem: 2x  y  4 3x  2y  13
3y + 3 = 9  y = 2 S1 e S2 são equivalentes, pois ambos são determinados e
Substituindo y = 2 e z = 3 na equação (I), vem: admitem como solução o mesmo par ordenado (3, 2).
x + 2.2 + 4.3 = 17  x = 1.
Logo, a solução do sistema é o terno (1, 2, 3) Sabendo que sistemas equivalentes possuem a mesma
solução, podemos transformar um sistema linear qualquer
 S = {(1, 2, 3)} em um outro sistema equivalente, no entanto, na forma

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 29


escalonada, com o intuito de obtermos sua solução de
maneira mais conveniente. Esse processo é chamado b) 2o etapa:
escalonamento e sua aplicação baseia-se em algumas Zerar o coeficiente da 1a incógnita em todas as
tranformações elementares. equações que estejam abaixo da 1a

Transformações Elementares c) 3o etapa:


Repetir as etapas 1a e 2a no sistema linear, agora
Vamos obter sistemas equivalentes ao sistema a partir da 2a equação; em seguida, repetir novamente
x  y  5 as etapas 1a e 2a a partir da 3a equação e assim por
 através de três transformações elementares. diante, até que o sistema fique escalonado.
2x  y  4
Acompanhe o escalonamento do sistema abaixo:
a) Transformação 1: Trocar de posição duas equações.
 x + 2y - z = -1
x  y  5 2x  y  4 
S1 :  e S2 :  Escalonar o sistema  3x + 4y + z = 15 .
2x  y  4 x  y  5 -2x + 8y - 2z = -6

Observe que S1 e S2 são equivalentes.
Vamos zerar os coeficientes de x na 2a e 3a equação.
b) Multiplicar uma equação por um número real k Inicialmente multiplicamos a 1a equação por –3 e somamos
diferente de zero. com a 2a. O resultado ficará no lugar da 2a equação.

 x  2y  z  1  x  2y  z  1
x  y  5 2x  2y  10   
 3x  4y  z  15  2y  4z  18
S1 :  e S2 :  2x  8y  2z  6 2x  8y  2z  6
2x  y  4 2x  y  4  

S1 e S2 são equivalentes. A equação 2x + 2y = 10 do Agora multiplicamos a 1a equação por 2 e somamos com a


sistema S2, foi obtida multiplicando por 2 os dois 3a. O resultado ficará no lugar da 3a equação.
membros da equação x + y = 5 do primeiro sistema.
 x  2y  z  1
 x  2y  z

 1  
 2y  4z  18  2y  4z  18
c) Adicionar a uma equação uma outra previamente 2x  8y  2z  6

 12y  4z  8

multiplicada por um número real k.
x  y  5 x  y  5 Para que o sistema fique escalonado falta apenas zerar o
S1 :  e S2 : 
2x  y  4 5x  2y  19 coeficiente de y na 3a equação. Para isso, é fácil ver que
basta multiplicar a 2a equação por 6 e somar com a 3a.
S1 e S2 são equivalentes. A equação 5x + 2y = 19 do
sistema S2, foi obtida adicionando à segunda equação  x  2y  z  1  x  2y  z  1
   .
do sistema S1 com o triplo da primeira equação.  2y  4z  18  2y  4z  18
 12y  4z  8  20z 100
 
Como vimos então, podemos transformar qualquer
sistema linear em outro equivalente. Vamos utilizar essas Finalmente, o sistema está na forma escalonada. Note que
tranformações afim de obtermos um sistema escalonado. é muito simples resolvê-lo agora, obtendo os valores das
incógnitas de baixo para cima. Facilmente achamos z  5
Roteiro para o escalonamento Substituindo na 2a equação, calculamos y  1 .
Substituindo esses valores na 1a equação obtemos x2
Como já dissemos anteriormente (e isso é um importante
Logo, a solução para o sistema é a terna (2, 1, 5).
teorema), dado um sistema S1 , é sempre possível obter
um sistema S 2 na forma escalonada, equivalente a S1 . Classificação de um sistema linear usando
Para fazer isso utilizamos as transformações elementares, escalonamento
dentro do seguinte roteiro:
Sejam S um sistema linear qualquer e S’ o sistema linear
a) 1o etapa: escalonado, obtido a partir de S.
Colocar como 1a equação aquela em que o
coeficiente da 1a incógnita não seja nulo.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 30


 Se o número de equações for igual ao número de x  y  z  6 x  y  z  6
incógnitas, no sistema escalonado S’, então o sistema  
 y  2z  8   y  2z  8
original é possível e determinado (SPD);  
  z  3  z 3
 Se o número de equações for menor que número de x  y  z  6 x  y  z  6
 
incógnitas, no sistema escalonado’, então o sistema  y  2.3  8   y 2
original é possível e indeterminado (SPI);  z 3  z 3
 
 Se durante o escalonamento surgir uma igualdade do x  2  3  6 x  1
 
tipo 0  b , onde b é um número não nulo, o sistema  y  2  y  2
é impossível (SI)  z 3 z  3
 
Logo, a solução do sistema é o terno (1, 2, 3)
Exercícios Resolvidos
 S = {(1, 2, 3)}
2x  3y  4z  20

1) x  y  z  6 Observe que o sistema acima é Possível e Determinado.
- x  y  2z  7

x  y  1

Resolução: 2) 2x  y  z  1
y  z  1

Passo 1: É conveniente trocar de posição as duas primeiras
equações, afim de que o coeficiente da 1ª incógnita na 1ª Resolução:
equação seja 1.
Passo 1: Vamos repetir a primeira equação e eliminar a
x  y  z  6 variável x da segunda equação. Acompanhe:

2x  3y  4z  20
- x  y  2z  7 (Segunda Equação – 2.Primeira Equação)

x  y  1
Passo 2: Vamos repetir a primeira equação e eliminar a 
variável x da segunda e terceira equação. Acompanhe:   y  z  1
 y z  1

(Segunda Equação – 2.Primeira Equação)
x  y  z  6 Passo 2: Repetir as duas primeiras equações e eliminar a

 y  2z  8 variável y da 3ª equação. Acompanhe:
- x  y  2z  7
 (Terceira Equação + Segunda Equação)
(Terceira Equação + Primeira Equação)
x  y  1
x  y  z  6 
   y  z  1
 y  2z  8 0x  0y  0z  0
 2y  3z  13 

Note que a equação 0x + 0y + 0z = 0 é sempre verificada,
Passo 3: Repetir as duas primeiras equações e eliminar a podemos, então suprimi-la do sistema. O sistema possui,
variável y da 3ª equação. Acompanhe: então, infinitas soluções. Podemos escrever uma solução
geral para o sistema. Acompanhe:
(Terceira Equação – 2. Segunda Equação)
x  y  z  6
 x  y  1 (I)
 y  2z  8 
   y  z  1 (II)
  z  3
Perceba que o sistema está na forma escalonada. Sua De (II) vem: y = z + 1.
resolução, neste caso, é feita de forma imediata por Substituindo y = z + 1 em (I), vem:
substituições, acompanhe: x = – z.
Atribuindo a z um valor k real arbitrário , temos:
x=–k e y=k+1

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 31


Assim, o conjunto solução do sistema é:
S = {(– k, k + 1, k),k, k  } Exercícios
Se desejarmos obter algumas das infinitas soluções desse 01) Se x, y e z são números reais tais que
sistema, basta atribuirmos a k valores reais, por exemplo: x  y  z  6

x  2y  3z  14 então 3x + 2y + z é:
Para k = 1, temos como solução a terna (– 1, 2, 1); x  3y  6z  25

Para k = 2, temos como solução a terna (– 2, 3, 2).
02) Escalone os sistemas abaixo e resolva-os, caso tenham
Observe que o sistema acima é Possível e Indeterminado.
solução única.
2x  y  z  1
  xyz  4 2x  2y  z  3
3) x - y  z  2 a) 3x  2y  z  0 b)  3x  y  z  1
3x  2z  5  
 5x  5y  z  4  x  3y  z  1
 
Passo 1: Por conveniência vamos trocar de posição as duas  xyz  1
c) 2x  2y  2z  2
primeiras equações, afim de que o coeficiente da 1ª 
incógnita na 1ª equação seja 1. 6x  6y  6z  0

x - y  z  2 x  2y - 3z  0
 03) O sistema 3x  5y - 7z  1 é:
2x  y  z  1
3x  2z  5 2x  3y - 4z  3
 

Passo 2: Vamos repetir a primeira equação e eliminar a a) Possível e Determinado


variável x da segunda e terceira equação. Acompanhe: b) Possível e Indeterminado
c) Homogêneo
(Segunda Equação – 2.Primeira Equação) d) Impossível
x  y  z  2 e) Possui apenas duas soluções inteiras

 3y  z  3
3x  2z  5 04) ( IFAL – AL ) Analise as afirmativas abaixo.

x  y  5
(Terceira Equação – 3.Primeira Equação) I. O sistema  é possível e indeterminado.
2x  y  1
x  y  z  2

 3y  z  3 x  y  z  4
 3y  z  1 
 II. O sistema 2x  3y  z  5 é possível e determinado.
 x  2y  2z  7
Passo 3: Repetir as duas primeiras equações e eliminar a 
variável y da 3ª equação. Acompanhe:
2x  y  5
III. O sistema  é impossível.
(Terceira Equação + Segunda Equação)  4x  2y  10
x  y  z  2

 3y  z  3 Marque a alternativa correta.
0x  0y  0z  4 a) Apenas I é verdadeira.

b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
Note que a equação 0x + 0y + 0z = – 4 nunca é satisfeita, d) Apenas I é falsa.
conclui-se, então, que o sistema não possui solução. e) Apenas III é falsa.
O sistema acima é impossível.

05) ( IFSC – SC ) Segundo uma promoção realizada por um


time de futebol, os associados ganham crédito de
R$6,00 em compras, na loja oficial do clube, por vitória
do time, ganham R$2,00 por empate e não ganham,

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 32


AULA 08
nem perdem créditos quando há derrota. Até o
momento, o time jogou 8 partidas e cada vitória vale 3
pontos na tabela do campeonato, cada empate vale 1
ponto e cada derrota zero ponto, totalizando 16 pontos SISTEMAS LINEARES – DISCUSSÃO I
no campeonato e R$32,00 de créditos para associados.
Em relação aos dados acima, analise as proposições Vimos em aulas anteriores que em relação ao número de
abaixo e assinale a soma da(s) CORRETA(S). soluções de um sistema, ele pode ser classificado da
seguinte forma:
01) A situação apresentada no enunciado pode ser  DETERMINADO
representada por um sistema linear.
(uma única solução)
02) Há apenas uma solução para a quantidade de
vitórias, empates e derrotas do time.  POSSÍVEL
04) Não existem valores reais que representem solução
para a quantidade de vitórias, empates e derrotas  INDETERMINADO
do time. (infinitas soluções)
08) Há mais de uma solução para a quantidade de
vitórias, derrotas e empates do time.  IMPOSSÍVEL (não admite solução)
16) Podemos garantir que a quantidade de vitórias é
maior que a soma de empates e derrotas. Vimos ainda que a resolução de um sistema linear podia
ser feita com base na regra de Cramer:
06) ( UEL – PR ) Uma padaria possui 3 tipos de padeiros, det X1 det X2 det Xn
classificados como A, B e C. Essa padaria é bem x1  x2   x n 
conhecida na cidade pela qualidade do pão francês, da det S det S det S
baguete e do pão de batata.
Lembre-se que só é possível aplicar a Regra de Cramer em
Cada padeiro do tipo A produz, diariamente, 30 pães sistemas n x n em que det S  0. Esses sistemas são
franceses, 100 baguetes e 20 pães de batata. denominados normais.
Cada padeiro do tipo B produz, diariamente, 30 pães
franceses, 70 baguetes e 20 pães de batata. DISCUSSÃO DE UM SISTEMA LINEAR COM n
Cada padeiro do tipo C produz, diariamente, 90 pães EQUAÇÕES E n INCÓGNITAS
franceses, 30 baguetes e 100 pães de batata.
Discutir um sistema linear significa classificá-lo segundo
Quantos padeiros do tipo A, do tipo B e do tipo C são um ou mais valores de determinados parâmetros.
necessários para que em um dia a padaria produza, A discussão será feita em dois momentos:
exatamente, 420 pães franceses, 770 baguetes e 360
pães de batata? 1º) Casos onde o número de equações for igual ao número
de incógnitas. Neste caso, a discussão será feita utilizando
07) ( PUC – SP ) Uma pessoa tem 32 moedas, sendo x de 5 a regra de Cramer e o escalonamento.
centavos, y de 10 centavos e z de 25 centavos,
totalizando a quantia de R$ 4,95. Considerando os 2º) Casos onde o número de equações for diferente do
possíveis valores de x, y e z que satisfazem as número de incógnitas. Neste caso, a discussão será feita
condições dadas, qual das sentenças seguintes NUNCA utilizando apenas o escalonamento.
poderia ser verdadeira?
Nesta aula estaremos discutindo sistemas em que o
a) x + y = 20 número de equações é igual ao número de incógnitas.
b) x + z = 25
c) x + z = 17 Em um sistema linear de n equações e n incógnitas,
d) y + z = 25 podemos ter as seguintes situações:
e) y + z = 20
1. Se det S  0 , o sistema é possível e determinado.
GABARITO – AULA 07 2. Se det S  0 , o sistema é possível indeterminado
1) 10 2) a) SPI b) (1, -1, 3) c) SI 3) d ou impossível.
4) b 5) 09 6) 5 tipo A, 3 tipo B e 2 tipo C
7) e

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 33


Exercícios Resolvidos Se n  3  sistema impossível

x  2y  3 Em resumo, temos:
1) Discutir, em função de k , o sistema  m  2  sistema possível det er min ado
2x  ky  2 
m  2 en  3  sistema possível in det er min ado
m  2 en  3  sistema impossível
Solução: 
O sistema é possível determinado se det S  0 .Assim:
1 2 3) Discuta o sistema abaixo em função dos valores do
 0 k4  0 k  4
2 k parâmetro m.

Se k = 4, temos:  x+y+z = 0
x  2y  3 
  x - y + mz = 2 .
2x  4 y  2 mx + 2y + z = -1

Escalonando o sistema, vem:
O objetivo deste exercício é determinar para quais valores
x  2y  3
 de m o sistema é SPD, SPI ou SI. Neste caso, é conveniente
0x  0y  4 usarmos em conjunto o teorema de Cramer e
escalonamento. Calculemos, inicialmente, o determinante
Note que a equação 0x + 0y = – 4 nunca é satisfeita, da matriz dos coeficientes.
conclui-se, então, que o sistema não possui solução.
1 1 1
Resumindo, temos:
detS  1 1 m  1  m2  2  2m  1  m  m2  m .
k  4  sistema possível det er min ado
 m 2 1
k  4  sistema impossível

2x  y  2z  3 Sabemos que se detS  0 o sistema é SPD. Então


 façamos
2) Discuta o sistema 2mx  y  2z  1
mx  y  2z  n m2  m  0  m0 ou m1.

Solução: Se detS  0 o sistema é SPI ou SI. Fazendo detS  0


O sistema é possível determinado se det S  0 .Assim: obtemos m  0 ou m  1 .

Para detS  0 , o sistema tem a forma


2 1 2
2m  1 2  0  4m  8  0  m  2 x  y  z  0

m 1 2 x  y  2 . Vamos escaloná-lo.
 2y  z  1
Se m = 2, temos:

Multiplicando a 1a equação por –1 e somando com a 2a,


2x  y  2z  3
 temos
4x  y  2z  1
2x  y  2z  n
 x  y  z  0 x  y  z  0
 
Escalonando o sistema, temos: x  y  2   2y  z  2 .
 2y  z  1  2y  z  1
 
2x  y  2z  3

0x  3y  2z  5 Agora, multiplicamos a equação 2 por 1 e somamos com a
0x  0y  0z  n  3 equação 3.

Se n = 3  sistema possível e indeterminado

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 34


x  y  z  0 x  y  z  0 Exercícios
 
 2y  z  2   2y  z  2 .
 2y  z  1  0  1 2x  2y  2z  2  0
  
01) O sistema  2x  y  3z  6 é possível e
Conclusão: quando m  0 o sistema é impossível (SI).  kx  y  5z  9

determinado, quando o valor de k for:
 xyz  0
 a) k  3 .
Para m  1 , o sistema é  xyz  2 . b) k  5 .
x  2y  z  1 c) k  3 .

Novamente vamos escalonar. d) k  5 .
Multiplique a equação 1 por –1 e some com a segunda. e) k  0 .

02) ( FGV – SP ) Sendo k um número real, o sistema linear


 xyz  0  xyz  0
  9x  6y  21
 xyz  2   2y  2 
6x  4y  k
possui infinitas soluções (x, y) para k
x  2y  z  1 x  2y  z   1
  igual a
.
Multiplique a equação 1 por –1 e some com a terceira. a) 10,5.
b) 0.
 x+y+z = 0 x  y  z  0 c) 7.
  d) 10,5.
 -2y = 2   2y  2 . e) 14.
x + 2y + z = -1  y  1
 

Multiplicando a equação 2 por 1/2 e somando com a 2x  y  5


03) ( ESPECEX ) Para que o sistema linear 
terceira, obtemos ax  2y  b
x  y  z  0 x  y  z  0 seja possível e indeterminado, o valor de a  b é:
 
 2y  2   2y  2 a) –1
 y  1  0  0
  b) 4
c) 9
x  y  z  0
  . d) 14
  2y  2 e) 19

Conclusão: quando m  1 como o sistema tem infinitas


04) ( ESPECEX ) Para que o sistema linear
soluções (número de equações menor que o número de
 x  y  az  1
incógnitas). 
 x  2y  z  2 , em que a e b são reais, seja
2x  5y  3z  b
IMPORTANTE! 
possível e indeterminado, o valor de a  b é igual a
Se um sistema linear com n equações e n incógnitas é
a) 10
possível e indeterminado, temos:
det S  det X  det Y  det Z  0 b) 11
No entanto, a recíproca nem sempre é válida. Assim, por c) 12
d) 13
x  y  z  2
 e) 14
exemplo, o sistema 3x  3y  3z  6 possui:
7x  7y  7z  11

det S  det X  det Y  det Z  0 , no entanto, é impossível.

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 35


05) ( EFOMM ) Dado o sistema linear abaixo, analise as 4x  5y  7
seguintes afirmativas: 07) ( UEPG – PR ) Dados os sistemas S1 :  e
2x  3y  9
mx  4y  5
3 4 6   x   3 S2 :  , nas variáveis x e y, assinale o
0 16 b    y    a  3x  y  k
      que for correto.
 1 4 2   z   3 
01) S2 é possível e determinado para m  12 e
I. Se b  12, o sistema linear terá uma única solução.
5
II. Se a  b  12, o sistema linear terá infinitas k .
4
soluções.
5
III. Se b  12, o sistema será impossível. 02) S2 é impossível para m  12 e k   .
4
04) Se S1 e S2 são equivalentes, então k  m  13.
a) Todas as afirmativas são corretas.
b) Todas as afirmativas são incorretas. 08) S2 é possível e indeterminado para m  12 e
c) Somente as afirmativas I e III são corretas. 5
k .
d) Somente as afirmativas I e II são corretas. 4
e) Somente as afirmativas II e III são corretas. 16) Se (x, y) é a solução de S1, então x  y  4.

06) ( ENEM ) Na figura estão representadas três retas no 08) ( ACAFE – SC ) Seja o sistema S de equações lineares
plano cartesiano, sendo P, Q e R os pontos de
nas incógnitas x, y e z, e a e b números reais,
intersecções entre as retas, e A, B e C os pontos de
dado por
intersecções dessas retas com o eixo x.  x  y  z  4

S  4x  ay  z  25, analise as afirmações:
 x  y  3z  b

I. A matriz dos coeficientes associada ao sistema S


tem determinante igual a ( 2a  8).
II. O sistema S é impossível para a  4 e b  2.
III. Se a  1 e para algum valor real de b, a tripla
 b2 4b
ordenada (x,y,z)   7, , é solução
 2 2 
do sistema S.
IV. O sistema S possui infinitas soluções para a  4
e qualquer b  .
Essa figura é a representação gráfica de um sistema
linear de três equações e duas incógnitas que
Todas as afirmações corretas estão em:
a) possui três soluções reais e distintas, representadas
a) I - II
pelos pontos P, Q e R, pois eles indicam onde as
b) I - IV
retas se intersectam. c) I - II - III
b) possui três soluções reais e distintas, representadas d) II - III - IV
pelos pontos A, B e C, pois eles indicam onde as
retas intersectam o eixo das abscissas.
c) possui infinitas soluções reais, pois as retas se
intersectam em mais de um ponto.
d) não possui solução real, pois não há ponto que
pertença simultaneamente às três retas.
e) possui uma única solução real, pois as retas possuem
pontos em que se intersectam. GABARITO – AULA 08

1) d 2) e 3) d 4) b 5) d 6) d 7) 06
8) c

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 36


AULA 09 Exercícios
SISTEMAS LINEARES – DISCUSSÃO II x  2y  8

01) Em relação ao sistema linear 2x  3y  13 , podemos
3x  4y  18
DISCUSSÃO DE UM SISTEMA LINEAR COM NÚMEROS DE 
EQUAÇÕES DIFERENTE DO NÚMERO DE INCÓGNITAS afirmar:

Para um sistema linear com número de equações diferente a) não possui solução
do número de incógnitas, a discussão será feita pelo b) possui infinitas soluções
escalonamento. Acompanhe alguns exemplos resolvidos: c) admite o par (2; 3) como única solução
d) possui o par (3; 2) como uma das soluções
1) Discuta o sistema segundo o parâmetro real m. e) admite apenas duas soluções.

x  2y  4z  10

2x  4 y  8z  m x  y  3

02) Em relação ao sistema linear 2x  3y  7 , podemos
Escalonando o sistema, vem: 4x  y  6

x  2y  4z  10 afirmar:

0x  0y  0z  m  20
a) possui infinitas soluções
Analisando a segunda equação, temos: b) admite o par (2; 1) como única solução
c) possui o par (1, 2) como uma das soluções
Para m = 20  Sistema é possível e indeterminado d) admite apenas duas soluções
Para m  20  Sistema é impossível e) não possui solução

2) Discuta em função do parâmetro m, o sistema: x  2y  3



03) O sistema linear 2x  4 y  6 :
x  2y  4 3x  6y  9
 
2x  5y  7
3x  7y  m
 a) é possível e indeterminado, sendo (3; 1) uma das
soluções
Escalonado o sistema, vem: b) é possível e determinado sendo (3; 0) a única
solução
x  2y  4 x  2y  4 c) é possível e indeterminado, sendo (- 1, 2) uma das
  soluções
 y  1   y 1 d) admite apenas duas soluções.
 y  m  12  0y  m  13
  e) é impossível

Se m = 13, resulta o sistema: 04) O sistema linear abaixo


x  2 y  4 x  3y  2z  1
 x  2 e y  1 
 y 1 2x  6y  4z  2
Logo, o sistema é possível e determinado.
a) admite infinitas soluções
Se m  13, o sistema será impossível, pois a equação b) admite apenas duas soluções
0y  m  13 nunca será verificada. c) é impossível
d) é possível e determinado
Resumindo, temos: e) admite a terna (0, 0, 0) como uma das soluções

m  13  sistema possível det er min ado



m  13  sistema impossível

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 37


05) O sistema linear abaixo 04. A terna (2, 1, 0) é solução do sistema
x  4 y  5z  11 x  2y  3z  4
 2x  y  2z  3
2x  8y  10z  18 

3x  y  z  7
a) admite infinitas soluções 6x  2y  2z  14
b) admite apenas duas soluções
08. Três pessoas foram a uma lanchonete. A primeira
c) é impossível
tomou 2 (dois) guaranás e comeu 1 (um) pastel e
d) é possível e determinado
pagou R$ 4,00. A segunda tomou 1 (um) guaraná
e) admite a terna (0, 0, 0) como uma das soluções
e comeu 2(dois) pastéis e pagou R$ 5,00. A
terceira tomou 2 (dois) guaranás e comeu 2(dois)
06) ( FGV – SP ) O sistema linear abaixo
pastéis e pagou R$ 7,00. Então, pelo menos, uma
x  2y  3z  1 das pessoas não pagou o preço

2x  y  z  4 correto.

a) é impossível
b) admite apenas uma solução 10) ( UFPR – PR ) Os clientes de um determinado banco
c) admite apenas duas soluções podem fazer saques em um caixa automático, no qual
d) admite apenas três soluções há cédulas disponíveis nos valores de R$ 5,00, R$
e) admite infinitas soluções 10,00 e R$ 20,00. Considere as seguintes afirmativas
referentes a um saque no valor de R$ 300,00:
3x  2y  4 I. Existe somente uma maneira de compor esse valor

07) ( FGV – SP ) Considere o sistema linear: 4x  y  13 com 60 cédulas.
x  y  k
 II. Existem somente quatro formas de compor esse
de incógnitas x e y e parâmetro k. Para que o sistema valor com 20 cédulas.
seja possível e indeterminado, devemos ter: III. Existe somente uma maneira de compor esse valor
com a mesma quantidade de cédulas de cada um
a) k=–7 dos três valores disponíveis.
b) k–7
c) o sistema nunca será possível e indeterminado
d) k é um número real qualquer Assinale a alternativa correta.
e) k>–3
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
2x  3y  4z  5 c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
08) O sistema linear  é impossível para: d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
4x  6y  az  b
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.
a) a = 8 e b = 10
b) a  8 e b = 10
c) a = 8 e b  10
d) a = – 8 e b  10
e) a  – 8 e b = 10

09) ( UFSC – SC ) Marque a(s) proposição(ões)


CORRETA(S).

01. Dada uma matriz A, de ordem m x n, e uma matriz


B de ordem n x p, a matriz produto A.B existe e é
de ordem m x p.
GABARITO – AULA 09
02. Se um sistema de equações possui mais
equações do que incógnitas, então ele é
1) c 2) e 3) c 4) a 5) c 6) e 7) c
incompatível (impossível). 8) c 9) 13 10) c

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 38


AULA 10
Solução:
Neste caso, precisamos fazer detS  0 .
SISTEMAS LINEARES HOMOGÊNEOS m 1 2
detS  2m 3 1  15m  1  4m  6  m  10m  10m  7
Sistema linear homogêneo é aquele em que os termos 1 1 5
independentes são iguais a zero. Veja os exemplos abaixo:
.
2x  5y  2z  0 Fazendo detS  0 , temos 10m  7  0
 x  y  z  0 7
I)x  y  2z  0 II)  m
2x  3y  z  0
.
3x  2y  7z  0 10

Uma solução evidente para o sistema homogêneo 3) Determine o valor de m  que torna o sistema
é a sequência (0, 0, 0,.....0). Esta solução é chamada  x  mz  0

solução trivial. Assim, o sistema homogêneo é sempre mx  y  0 possível e indeterminado.
possível. my  z  0

Assim, o terno (0, 0, 0) é solução para o sistema
Solução:
x  y  z  0

2x  3y  z  0 det S  0
1 0 m
Quando aplicamos a regra de Cramer num sistema linear
homogêneo com número de equações igual ao número de m 1 0  0  1  m 3  0  m  1
incógnitas, temos que: 0 m 1

3. Se det S  0  sistema possível determinado

4.
(solução trivial)
Se det S  0  sistema possível indeterminado
Exercícios
(soluções próprias além da solução trivial)
 x  2 y  0

Exercícios Resolvidos 01) ( ACAFE – SC ) O sistema linear 2x  z  0 é
x  mz  0

 2x + y + z = 0 indeterminado para:

1) Resolva o sistema linear  x + -2y = 0. a) m = 0,5
-x - 4y + z = 0
 b) m=2
c) m=-1
Solução:
d) m=1
Vamos calcular o determinante da matriz dos
coeficientes.
x  3y  0
2 1 1 02) ( UFSC – SC ) Considere o sistema S1: 
- 2x - 6y  0
detS  1 2 0  4  4  2  1  11 . Assim, determine a soma dos números associados à(s)
1 4 1 proposição(ões) VERDADEIRA(S).

como detS  0 , o sistema tem solução única, a saber, a 01. O par ordenado (15,5) é uma solução do
solução trivial (0,0,0). sistema S1.
02. O sistema S1 é possível e determinado.
2) Calcule m a fim de que o sistema linear 04. A solução do sistema S1 é uma reta que não passa
 mx + y - 2z = 0 pela origem.
 2x  6y  0
2mx + 3y + z = 0 tenha apenas a solução trivial. 08. O sistema S2:  é equivalente ao
 x + y - 5z = 0 - 10x - 30y  0

sistema S1.
MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 39
 xyz  0

03) ( FGV-SP ) O sistema linear  x  2y  mz  0
 x  4y  m2 z  0

admitirá apenas a solução trivial se:

a) m  1
b) m  1 e m  2
c) m = 1 ou m = 2
d) m  5
e) m  4

x  y  z  0

04) ( UECE – CE ) Em relação ao sistema  x  my  z  0,
mx  y  z  0

pode-se afirmar corretamente que

a) o sistema admite solução não nula apenas quando


m  1.
b) para qualquer valor de m, a solução nula
(x  0, y  0, z  0) é a única solução do sistema.
c) o sistema admite solução não nula quando m  2 ou
m  2.
d) não temos dados suficientes para concluir que o
sistema tem solução não nula.

05) ( UEM – PR ) Dado o seguinte sistema linear

2x  3y  4z  0

A : 4x  4y  5z  3  0,
 x  y  6z  4  0

assinale o que for correto.

01) O sistema A é homogêneo.


02) O sistema A é possível e indeterminado.
04) O determinante da matriz dos coeficientes é nulo.
x  2

08) O sistema linear  y  0 é equivalente ao sistema
z  1

A.
16) Todo sistema linear homogêneo tem solução.

GABARITO – AULA 10

1) a 2) 09 3) b 4) a 5) 24

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS 40

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