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em [a, b] e f derivável em ]a, b[” são indispensáveis.
Por outro lado, dizemos que f é crescente (decrescente) em A se, quaisquer que sejam s
e t em A,
s < t ⇒ f (s) ≤ f (t) (f (s) ≥ f (t)).
Demonstração
a) Precisamos provar que quaisquer que sejam s e t em I, s < t ⇒ f (s) < f (t). Sejam,
então, s e t em I, com s < t.
Da hipótese, segue que f é contínua em [s, t] e derivável em ]s, t[; pelo TVM existe
t[ tal que
280
Portanto,
s, t ∈ I, s < t ⇒ f(s) < f(t).
Solução
f′(x) = 3x2 − 4x + 1
Então,
281
Antes de esboçar o gráfico de f vamos calcular os limites de f para x → +∞ e x → −∞.
Solução
282
f é estritamente crescente em ]−∞, −1] e em
f é estritamente decrescente em
Temos
Solução
Df = {x ∈ ℝ | x ≠ ±1} = ℝ − {−1, 1}.
283
Então,
Segue que
Temos
284
EXEMPLO 4. Suponha f″ (x) > 0 em ]a, b[ e que existe c em ]a, b[ tal que f′ (c) = 0.
Prove que f é estritamente decrescente em ]a, c[ e estritamente crescente em ]c, b[.
Solução
f′ é estritamente crescente em ]a, b[, pois, f″ (x) > 0 em ]a, b[. Assim,
Segue que
285
EXEMPLO 5. Prove que g (x) = 8x3 + 30x2 + 24x + 10 admite uma única raiz real a,
com −3 < a < −2.
Solução
estritamente crescente em segue que g (x) > 0 para todo x ≥ −2. Por outro
286
EXEMPLO 6.
Solução
g′ (x) = ex − x.
Pelo item (a) g′ (x) > 0 para todo x ≥ 0. Assim, g (x) é estritamente crescente em [0,
+∞[; como g (0) = 1, segue que para todo x ≥ 0
287
Como resulta
Vamos mostrar, a seguir, que, para x → +∞, ex tende a +∞ mais rapidamente que
qualquer potência de x.
Seja α > 0 um real dado. Observamos que
Temos, agora,
Assim,
EXEMPLO 7. Suponha g derivável no intervalo aberto I = ]p, q[, com g′ (x) > 0 em I,
e tal que Nestas condições, prove que, para todo x em I, tem-se g (x)
> 0.
288
Solução
EXEMPLO 8. Sejam f e g duas funções deriváveis no intervalo aberto I = ]p, q[, com
g′(x) > 0 em I, e tais que
Solução
Pelo exemplo anterior, temos, para todo x ∈ I, g (x) > 0. Por outro lado, para todo x
em I,
289
e
De e de ① e ② segue
α g (x) − f (x) < 0 e β g (x) − f (x) > 0
EXEMPLO 9. Sejam f e g deriváveis no intervalo aberto I = ]m, p[, com g′ (x) > 0 em
I, e tais que
Solução
De segue que existe s ∈ ]m, p[ tal que, para todo x ∈ ]s, p[,
tem-se g (x) > 0. Por outro lado, para todo x ∈ I, tem-se
α g′ (x) − f′(x) < 0
e
β g′ (x) − f′(x) > 0.
e
β g (x) − f (x) > β g (s) − f (s)
290
Fazendo M = f (s) − α g (s), N = f (s) − β g (s) e lembrando que g (x) > 0 em I, resulta,
para todo x ∈ ]s, p[,
Exercícios 9.2
2. Prove que a equação x3 − 3x2 + 6 = 0 admite uma única raiz real. Determine
um intervalo de amplitude 1 que contenha tal raiz.
3. Prove que a equação x3 + x2 − 5x + 1 = 0 admite três raízes reais distintas.
Localize tais raízes.
4. Determine a, para que a equação
x3 + 3x2 − 9x + a = 0
291
5. Calcule.
6. Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento e esboce o gráfico
(para isto, calcule todos os limites necessários).
b) f (x) = x ln x
292
10. Mostre que, para todo x > 0, tem-se
293
Suponha f derivável no intervalo I. A afirmação: “f é estritamente crescente
17. em I se, e somente se, f′(x) > 0 em I” é falsa ou verdadeira? Justifique.
Deste modo, a reta tangente em (p, f (p)) é o gráfico da função T dada por
T (x) = f (p) + f′ (p) (x − p).
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f (x) < T (x)
Teorema. Seja f uma função que admite derivada até a 2.ª ordem no intervalo
aberto I.
a) Se f″ (x) > 0 em I, então f terá a concavidade para cima em I.
b) Se f″ (x) < 0 em I, então f terá a concavidade para baixo em I.
Demonstração
a) Seja p um real qualquer em I. Precisamos provar que, para todo x em I, x ≠ p,
f (x) > T (x)
295
daí
para todo x em I, x ≠ p.
Solução
296
então,
Pontos de inflexão: −1 e 1. ■
Pontos de inflexão: −1 e 1.
297
EXEMPLO 3. Seja f derivável até a 3.ª ordem no intervalo aberto I e seja p ∈ I.
Suponha que f″ (p) = 0, f′″ (p) ≠ 0 e que f′″ seja contínua em p. Prove que p é ponto de
inflexão.
Solução
Para fixar o raciocínio, suponhamos f″′ (p) > 0. Como f′″ é contínua em p, pela
conservação do sinal, existe r > 0 (que pode ser tomado de modo que ]p − r, p + r[
esteja contido em I) tal que:
f″′ (x) > 0 em ]p − r, p + r[.
implica
Solução
Se f″ (p) ≠ 0, pela conservação do sinal, existe r > 0 tal que f″ (x) tem o mesmo
sinal que f″ (p) em ]p − r, p + r[, logo p não poderá ser ponto de inflexão. Fica
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provado, assim, que, se p for ponto de inflexão, deveremos ter necessariamente f″ (p)
= 0. Para verificar que a condição não é suficiente, basta olhar para a função f (x) = x4 :
f″ (0) = 0, mas 0 não é ponto de inflexão. ■
Exercícios 9.3
299
a) Mostre que f″ é contínua em todo x ≠ 0
b) Mostre que f não admite ponto de inflexão horizontal
8. Seja f (x) = x5 + bx4 + cx3 − 2x + 1.
300
e se existir (finito ou infinito), então existirá e
EXEMPLO 1. Calcule
Solução
301
Pela 1.ª regra de L’Hospital
ou seja,
Assim,
Ou seja,
302
Como vimos, as regras de L’Hospital aplicam-se às indeterminações da forma e
EXEMPLO 2. Calcule
Solução
303
Pela 2.ª regra de L’Hospital,
desde que o último limite exista. Ainda, pela 2.ª regra de L’Hospital,
(Observação. Se
e
Verifique e generalize.)
Temos
Segue que
304
ou seja,
(Observação. Se proceda
c) Temos
Portanto,
EXEMPLO 3. Calcule
Solução
305
regra de L’Hospital resulta
306
De segue
Portanto
EXEMPLO 4. Calcule
Solução
Então
307
O último limite é igual a
Logo,
EXEMPLO 5. Calcule
Solução
308
O último limite é igual a
Assim
(Este limite poderia, também, ter sido calculado da seguinte forma: fazendo a mudança
de variável resulta
Assim
309
EXEMPLO 6. Calcule
Solução
Assim
ou seja, o erro E (x) = f (x) − T (x), em que T (x) = f (p) + f′ (p) (x − p), tende a zero
mais rapidamente do que x − p, quando x tende a p, o que significa
310
seja um valor aproximado para f (x) com erro tendendo a zero mais rapidamente que (x
− p)2, quando x tende a p.
então
Solução
Observação. Seja
311
erro E (x) = φ (x) (x − p)2 tendendo a zero mais rapidamente do que (x − p)2, quando x
tende a p. O polinômio P2 (x) é denominado polinômio de Taylor de ordem 2 de f em x
= p.
então,
Solução
Da hipótese, segue
O polinômio
312
]m, p[, na 2.ª regra, por g′ (x) > 0 nestes intervalos. (Este fato não restringe em nada as
nossas regras, pois o teorema de Darboux (veja Exercício 8 da Seção 9.7) nos diz
exatamente o seguinte: g′ (x) ≠ 0 no intervalo aberto I ⇒ g′(x) mantém o mesmo sinal
neste intervalo.)
Suponhamos
Segue que, dado ∊ > 0 existe δ > 0, δ < r, tal que, para p < x < p + δ, tem-se
Do Exemplo 8 da Seção 9.2, segue que, para p < x < p + δ, tem-se, também,
Logo,
Fica para o aluno provar, como exercício, a 1.ª regra nos casos:
Suponhamos
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Pela definição de limite, dado ∊ > 0 existe δ1 > 0, com p − δ1 > m, tal que, para p − δ1 <
x < p,
Ou seja,
314
existirá e Entretanto, poderá existir, sem
Exercícios 9.4
1. Calcule
2. Sejam f e g deriváveis até a 2.ª ordem em ]p, b[, com g″ (x) ≠ 0 em ]p, b[.
Suponha que
ou
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3. Calcule
9.5. GRÁFICOS
a) explicitar o domínio;
b) determinar os intervalos de crescimento e de decrescimento;
c) estudar a concavidade e destacar os pontos de inflexão;
d) calcular os limites laterais de f, em p, nos casos:
(i) p ∉ Df, mas p é extremo de um dos intervalos que compõem Df.
Solução
a) Df = ℝ.
b) Intervalos de crescimento e de decrescimento.
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