Ao contrário da tendência mundial de uso de fontes não renováveis de energia, a matriz energética no Brasil é uma das mais renováveis do mundo industrializado.
Cerca de 43% da produção de energia no país provém de fontes renováveis,
como hidráulica, biomassa (usada na produção de biocombustíveis), etanol (empregado na produção da cana-de-açúcar), além das energias eólica e solar. O uso dessas fontes renováveis de energia tem sido uma alternativa ao uso do petróleo na matriz energética brasileira.
O uso das usinas hidrelétricas para obtenção de energia representa 75% da
geração elétrica no Brasil, que conta com 140 usinas operando na geração de energia.
O etanol, derivado da cana-de-açúcar, alcançou, no ano de 2015, a marca de 37
bilhões de litros produzidos. O uso desse biocombustível como alternativa ao uso da gasolina (produzida por meio da queima de combustíveis fósseis) evitou que o país emitisse, nos últimos 30 anos, cerca de 800 milhões de toneladas de gás carbônico à atmosfera.
Segundo o Atlas Eólico Nacional, no que tange à produção de energia eólica em
comparação aos países da América Latina e ao Caribe, o Brasil é o que possui maior capacidade de produção de energia por meio dos ventos.
A energia solar é ainda a menos utilizada no Brasil para geração de energia
elétrica. Em 2015, apenas 0,01% da energia foi proveniente da geração fotovoltaica.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética, o uso da biomassa
representou, em 2015, 8% da produção de energia, sendo, portanto, uma fonte bastante relevante para a matriz energética brasileira.
Por apresentar um grande potencial de uso de fontes renováveis, o Brasil emite
menos gases de efeito estufa por habitante do que a maioria das nações no mundo todo. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, no entanto, o país ainda enfrenta obstáculos de ordem econômica e operacional para a expansão do uso de fontes renováveis. → Gráfico da matriz energética brasileira
A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo.
Vantagens e desvantagens da matriz energética
brasileira A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo, o que é uma grande vantagem se considerarmos que a matriz energética mundial é completamente dependente do uso de combustíveis fósseis.
Apesar disso, o Brasil ainda depende de combustíveis fósseis para geração de
energia, o que representa a maior desvantagem da matriz energética brasileira. Existem alguns obstáculos que impedem a expansão da geração de energia por meio de recursos renováveis. A energia eólica, por exemplo, só pode ser produzida em locais em que há bastante movimentação de ar. Já a energia solar é produzida somente no período diurno e em locais de grande insolação. Além disso, são necessários investimentos tecnológicos para que seja viabilizado o maior uso das fontes renováveis
Outra desvantagem da matriz energética brasileira está relacionada à energia
hidráulica. Responsável pela maior produção de energia no país, o uso dessa fonte energética causa grandes impactos socioambientais. A instalação de usinas hidrelétricas modifica o meio ambiente, altera o ciclo biológico dos rios, bem como a vida das famílias que moram próximas às áreas de instalação. Além disso, há alteração dos solos e impactos na biodiversidade aquática dos rios que são utilizados para geração de energia.
MATRIZ ENERGÉTICA EUROPEIA:
As principais fontes de energia que constituem a matriz energética da Europa são:gás e petróleo: a exploração e a produção desses recursos energéticos em território europeu ocorrem no Mar do Norte, na costa da Dinamarca, da Escócia, da Inglaterra e da Noruega, a principal produtora. No entanto, essa produção é incapaz de suprir a demanda europeia, e alguns países são obrigados a importar grandes quantidades desses recursos; carvão: embora ainda seja bastante utilizado nas termelétricas, sua produção vem desacelerando, em virtude do esgotamento e das limitações na exploração das jazidas carboníferas, além da pouca viabilidade econômica dessa fonte de energia altamente poluente. Os maiores produtores atuais são Alemanha e Polônia; energia nuclear: é a principal fonte de energia usada na Europa. Em alguns países, como França, Bélgica e Eslovênia, mais de 50% da energia é gerada por usinas atômicas. O uso de energia nuclear foi antes uma opção política do que tecnológica, em decorrência do preço do petróleo, que disparou na década de 1970. Além disso, essa fonte de energia é considerada limpa, pois não libera gases poluentes. A revisão das políticas energéticas: A Europa produz metade da energia que consome, e 50% de sua matriz energética é composta de combustíveis fósseis. Preocupados com a dependência externa em relação a essas fontes de energia e com os altos níveis de poluição provocados pela queima de petróleo e carvão, os europeus têm se voltado para a revisão de suas políticas energéticas e o desenvolvimento de energias renováveis.
Entre as opções de fontes renováveis estão:
A biomassa, que pode ser convertida em combustível de alta qualidade, como o biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais extraídos do girassol, do trigo e da soja; o bioetanol, obtido da fermentação controlada e da destilação de resíduos orgânicos, como o bagaço da cana- de-açúcar e da beterraba; e o biogás, produzido a partir de dejetos animais e restos vegetais; a geração de energia por meio de hidrelétricas, insuficiente para abastecer a demanda europeia; a energia geotérmica, produzida por meio do aproveitamento do calor existente no interior do planeta, que eventualmente se encontra próximo à superfície terrestre. Esse tipo de ocorrência se restringe a locais onde há fontes de água quente e gases, como a Islândia; a energia eólica, cuja produção desacelerou nos últimos anos em virtude de dificuldades técnicas tanto na sua geração quanto na sua distribuição. Também se buscam alternativas para reduzir o nível das emissões dos gases de efeito estufa, como o incentivo à utilização da bicicleta como meio de locomoção e a viabilização comercial do carro elétrico. As indústrias têm de obedecer a uma legislação muito mais rigorosa, com valores-limite de emissão de substâncias poluentes e normas que garantam a proteção do solo, da água e do ar, por exemplo.
Estudo da capacidade de geração de biogás para as cidades de Barra Mansa, Resende e Volta Redonda para a implantação de uma usina de biodigestor anaeróbico