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VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA

1. Segundo uma antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em nome do Senhor (Ex 12, 42),
noite que os fiéis celebram, segundo a recomendação do Evangelho (Lc 12, 35 ss.), de lâmpadas acesas na
mão, à semelhança dos servos que esperam o Senhor, para que, quando Ele vier, os encontre vigilantes e os
faça sentar à sua mesa.
2. A Vigília desta noite, que é a suprema e mais nobre de todas as solenidades, deve ser uma só em
cada igreja. Ordena-se deste modo: depois de um breve lucernário e do precónio pascal (primeira parte desta
Vigília), a santa Igreja medita nas maravilhas que o Senhor, desde o princípio dos tempos, realizou em favor
do seu povo confiante na sua palavra e na sua promessa (segunda parte: liturgia da palavra), até ao momento
em que, ao despontar o dia, juntamente com os novos membros renascidos pelo Batismo (terceira parte), é
convidada para a mesa que o Senhor preparou para o seu povo, como memorial da sua morte e ressurreição
(quarta parte).
3. Toda a celebração da Vigília Pascal deve realizar-se de noite, isto é, não se pode iniciar antes do
anoitecer do Sábado e deve terminar antes do amanhecer do Domingo.
4. A Missa da Vigília Pascal, ainda que termine antes da meia noite, é a Missa pascal do Domingo da
Ressurreição.
5. Quem tomar parte na Missa da noite pode comungar de novo na Missa do dia. Quem celebrar ou
concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar de novo na Missa do dia. A Vigília Pascal substitui
o Ofício de Leitura.
6. O sacerdote deve ter como assistente, normalmente, um diácono. Na falta dele, as funções da sua
ordem são assumidas pelo sacerdote celebrante ou um concelebrante, exceto aquelas que adiante se indicam.
O sacerdote e o diácono revestem-se com paramentos brancos, como para a Missa.
7. Preparam-se velas para todos os que tomam parte na Vigília. Apagam-se todas as luzes da igreja.
Primeira parte
SOLENE INÍCIO DA VIGÍLIA OU LUCERNÁRIO
Bênção do fogo e preparação do círio
8. Fora da igreja, em lugar apropriado, acende-se uma fogueira. Reunido o povo nesse lugar, o
sacerdote aproxima-se, acompanhado dos ministros, um dos quais leva o círio pascal. Não se leva a cruz
processional, nem tochas ou círios. Onde não for possível acender o fogo fora da igreja, o rito será como se
indica no n. 13.
9. O sacerdote e os fiéis benzem-se, enquanto ele diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Depois, o sacerdote saúda o povo na forma habitual e faz uma breve admonição sobre o significado desta
vigília noturna, com estas palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou
da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a
reunirem-se em vigília e oração. Vamos comemorar a Páscoa do Senhor,
ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios, na esperança de
participar no seu triunfo sobre a morte e de viver com Ele para sempre
junto de Deus.
Em seguida, o sacerdote benze o fogo, dizendo de braços abertos:
Oremos.
Senhor nosso Deus, que, por meio do vosso Filho, destes aos vossos
fiéis a claridade da vossa luz, santificai + este lume novo e concedei-nos
que a celebração das festas pascais acenda em nós o desejo do céu, para
merecermos chegar, com a alma purificada, às festas da luz eterna. Por
Cristo nosso Senhor.
Depois da bênção do lume novo, um acólito ou um dos ministros apresenta o círio pascal ao
celebrante, o qual, com um estilete, grava no círio uma cruz; depois, grava a letra grega Alfa por cima da
cruz e a letra grega Ómega por debaixo e, entre os braços da cruz grava os quatro algarismos do ano corrente.
Enquanto grava estes símbolos, diz.
1. Cristo, ontem e hoje,
Grava a haste vertical da cruz.
2. Princípio e fim,
Grava a haste horizontal da cruz.
3. Alfa
Grava o Alfa por cima da haste vertical.
4. e Ómega.
Grava o Ómega por debaixo da haste vertical.
5. A Ele pertence o tempo
Grava no ângulo superior esquerdo o primeiro algarismo do ano corrente.
6. e os séculos.
Grava no ângulo superior direito o segundo algarismo do ano corrente.
7. A Ele a glória e o poder
Grava no ângulo inferior esquerdo o terceiro algarismo do ano corrente.
8. por toda a eternidade. Amen.
Grava no ângulo inferior direito o quarto algarismo do ano corrente.

12. Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos, o sacerdote pode colocar no círio cinco grãos de
incenso, em forma de cruz, dizendo:
1. Pelas suas chagas, 1
2. santas e gloriosas,
3. nos proteja 4 2 5
4. e nos guarde,
5. Cristo Senhor. Ámen. 3
14. O sacerdote acende o círio pascal do lume novo, dizendo:
A luz de Cristo gloriosamente ressuscitado nos dissipe as trevas do
coração e do espírito.
Procissão
15. Aceso o círio, um dos ministros toma carvões ardentes do fogo e põe-nos no turíbulo; e o sacerdote
impõe o incenso na forma habitual. O diácono, ou, na falta dele, outro ministro idóneo, recebe do ministro o
círio pascal e organiza-se a procissão. O turiferário, com o turíbulo aceso, vai adiante do diácono ou do outro
ministro que leva o círio pascal. Seguem-se o sacerdote com os ministros e o povo, todos com velas na mão
apagadas.
À porta da igreja, o diácono ou o outro ministro que leva o círio pascal, para e, levantando o círio,
canta:
A luz de Cristo.
Todos respondem:
Graças a Deus
Precónio pascal
18. Ao chegar ao altar, o sacerdote dirige-se para a sua cadeira, entrega a sua vela ao ministro, impõe e
benze o incenso como para o Evangelho na Missa. O diácono dirige-se ao sacerdote e, dizendo A vossa
bênção, pede e recebe a bênção do sacerdote, que diz, em voz baixa:
O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios, para anunciares dignamente o seu
precónio pascal. Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono responde: Ámen.
Omite-se esta bênção, se o precónio é cantado por outro que não seja diácono.
19. O diácono, depois de incensar o livro e o círio, proclama o precónio pascal no ambão ou na
estante, conservando-se todos de pé, com as velas acesas na mão.
O precónio pascal pode ser proclamado, na falta do diácono, pelo próprio sacerdote ou por outro
presbítero concelebrante. Se, por necessidade, for um cantor leigo que proclama o precónio, omite as palavras
E vós, irmãos caríssimos até ao fim do invitatório, bem como a saudação O Senhor esteja convosco.
Segunda parte
LITURGIA DA PALAVRA
20. Nesta Vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e
duas (Epístola e Evangelho) do Novo Testamento, que devem ser lidas todas onde for possível, para que se
observe a índole da Vigília, que requer longa duração.
21. Contudo, por motivos graves de ordem pastoral, pode reduzir-se o número de leituras do Antigo
Testamento. Mas, tenha-se sempre em conta que a leitura da palavra de Deus é parte fundamental desta
Vigília Pascal. Leem-se, pelo menos, três leituras do Antigo Testamento, escolhidas da Lei e dos Profetas, e
cantam-se os respetivos Salmos responsoriais. Nunca se deve omitir a leitura do cap. 14 do Êxodo.
22. Todos os presentes apagam as suas velas e sentam-se. Antes de se iniciarem as leituras, o sacerdote
dirige ao povo uma breve admonição, com estas palavras ou outras semelhantes:
Irmãos caríssimos: Depois de iniciarmos solenemente esta Vigília,
ouçamos agora, de coração tranquilo, a Palavra de Deus. Meditemos como
Deus outrora salvou o seu povo e como, na plenitude dos tempos, enviou
Jesus Cristo, nosso Salvador. Oremos para que Deus realize esta obra
pascal de salvação e seja consumada a redenção do mundo.
23. Seguem-se as leituras. O leitor vai ao ambão e faz a primeira leitura. Seguidamente, o salmista ou
cantor diz o salmo, a que o povo responde com o refrão. Depois, todos se levantam; o sacerdote diz Oremos
e todos oram em silêncio durante alguns momentos; o sacerdote diz então a oração correspondente à leitura.
Em vez do salmo responsorial, pode guardar-se um tempo de silêncio sagrado; neste caso, omite-se a
pausa depois do Oremos.
Orações depois das leituras
24. Depois da primeira leitura: a criação (Gn 1, 1 – 2, 2 ou 1, 1.26-31a e o Sl 103 ou 32).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno, que tudo fazeis com admirável
sabedoria, dai aos homens por Vós redimidos a graça de compreenderem
que o sacrifício de Cristo, nosso Cordeiro pascal, é obra ainda mais
excelente que o ato da criação no princípio do mundo. Por Cristo nosso
Senhor. R. Amen
Ou: depois da leitura breve sobre a criação do homem (Gn 1, 1.26-31a).
Oremos.
Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem e de
modo mais admirável o redimistes, dai-nos a graça de resistir às seduções
do pecado com a sabedoria do espírito, para merecermos chegar às
alegrias eternas. Por Cristo nosso Senhor. R. Amen.
25. Depois da segunda leitura: o sacrifício de Abraão (Gn 22, 1-18 ou 22, 1-2.9a.10-13.15-18 e o Sl 15).
Oremos.
Senhor nosso Deus, Pai supremo dos fiéis, que, pela graça da adoção,
multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso
servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao vosso
povo a graça de corresponder dignamente ao vosso chamamento. Por Cristo nosso
Senhor. R. Amen.
26. Depois da terceira leitura, passagem do Mar Vermelho (Ex 14, 15 – 15, 1) e o seu Cântico (Ex 15).
Oremos.
Senhor nosso Deus, também nos nossos dias, vemos brilhar as
vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o vosso poder,
libertando um só povo da perseguição do Faraó, hoje assegurais a
salvação de todas as nações, fazendo-as renascer pela água do Batismo:
fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros
do vosso povo eleito. Por Cristo nosso Senhor. R. Amen.
27. Depois da quarta leitura: a nova Jerusalém (Is 54, 5-14 e o Sl 29).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno, multiplicai, para glória do vosso nome,
a descendência que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e
aumentai, pela adoção divina, os filhos da promessa, de modo que a vossa
Igreja possa ver como já se cumpriu o que os santos Patriarcas esperaram
e creram. Por Cristo nosso Senhor. R. Amen.
Ou outra das orações indicadas para depois das leituras eventualmente omitidas.
28. Depois da quinta leitura: a salvação oferecida a todos gratuitamente (Is 55, 1-11) e o Cântico (Is 12).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno, única esperança do mundo, que, na
palavra dos Profetas, anunciastes os mistérios dos tempos presentes,
aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes, porque nenhum dos
vossos fiéis pode crescer na virtude sem a inspiração da vossa graça. Por
Cristo nosso Senhor. R. Amen.
29. Depois da sexta leitura: a fonte da sabedoria (Br 3, 9-15.31 – 4, 4) e o Sl 18).
Oremos.
Senhor nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja,
chamando para ela todos os povos, defendei com a vossa proteção os que
purificais nas águas do Batismo.
Por Cristo nosso Senhor. R. Amen.
30. Depois da sétima leitura: o coração novo e o espírito novo (Ez 36, 16-28) e o Sl 41-42).
Oremos.
Senhor nosso Deus, poder imutável e luz sem ocaso, olhai com
bondade para a vossa Igreja, admirável sacramento da nova aliança, e
confirmai na paz, segundo os vossos desígnios eternos, a obra da
salvação humana, para que todo o mundo veja e reconheça como o
abatido se levanta, o envelhecido se renova e tudo volta à sua integridade
original, por meio d’Aquele que é o princípio de todas as coisas, Jesus
Cristo, vosso Filho. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. R.
Amen.
31. Depois da última leitura do Antigo Testamento, com o salmo responsorial e a oração
correspondente, acendem-se as velas do altar. O sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas alturas (Glória in
excélsis Deo), que é cantado por todos. Tocam-se os sinos, conforme os costumes locais.
32. Terminado o hino, o sacerdote diz a Oração coleta, na forma habitual:
Oremos.
Senhor nosso Deus, que fazeis resplandecer esta
sacratíssima noite com a glória da ressurreição do Senhor,
renovai, na vossa Igreja, o Espírito da adoção filial, para que,
renovados no corpo e na alma, nos entreguemos plenamente ao
vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por
todos os séculos dos séculos. R. Amen.
33. Seguidamente, o leitor faz a leitura do Apóstolo (Epístola).
34. Terminada a leitura da Epístola, todos se levantam. O sacerdote entoa solenemente três vezes o
Aleluia, subindo gradualmente de tom, e todos repetem. Se for necessário, o próprio salmista, em vez do
sacerdote, entoa o Aleluia.
35. O sacerdote, na forma habitual, impõe o incenso e abençoa o diácono. Para a proclamação do
Evangelho não se levam círios, mas apenas incenso.
36. A seguir ao Evangelho, a homilia, embora breve, não se deve omitir.
Terceira parte
LITURGIA BATISMAL
37. Depois da homilia, realiza-se a liturgia batismal. O sacerdote, acompanhado dos ministros, dirige-
se para a fonte batismal, se esta se encontra à vista dos fiéis; caso contrário, coloca-se um recipiente com
água no presbitério.
38. Se houver catecúmenos para ser batizados, faz-se a respetiva chamada; são apresentados pelos
padrinhos, ou, se forem crianças, são levados pelos pais e padrinhos à presença da assembleia eclesial.
39. Se houver procissão para o batistério ou para a fonte batismal, organiza-se imediatamente. À
frente vai o ministro com o círio pascal e seguem-no os batizandos com os padrinhos, depois os ministros, o
diácono e a sacerdote. Durante a procissão cantam-se as ladainhas (n. 43). Terminadas as ladainhas, o
sacerdote faz a admonição (n. 40).
40. Mas, se a liturgia batismal se realiza no presbitério, o sacerdote faz imediatamente a admonição
introdutória, com estas palavras ou outras semelhantes:
Se há administração do Batismo:
Caríssimos irmãos: Ajudemos com as nossas preces estes nossos
irmãos, preparados para receberem a vida nova do Batismo. Oremos a
Deus Pai todo-poderoso, para que, na sua grande misericórdia, os guie e
acompanhe até à fonte batismal.
41. Dois cantores entoam as ladainhas e todos, de pé – em virtude do Tempo Pascal –, respondem.
Se a procissão para o Batistério é longa, as ladainhas cantam-se durante a procissão. Neste caso, os
batizandos são chamados antes da procissão. Esta organiza-se do modo seguinte: à frente, o círio pascal; em
seguida, os catecúmenos acompanhados dos padrinhos; depois, o sacerdote acompanhado dos ministros. A
admonição faz-se antes da bênção da água.
43. Nas ladainhas podem acrescentar-se alguns nomes de santos, sobretudo o do titular da igreja, dos
padroeiros do lugar e dos batizandos.
Terminada as ladainhas se houver batizandos, o sacerdote, de braços abertos, diz esta oração:
Deus todo-poderoso e eterno, estai presente neste mistério do vosso
amor e enviai o Espírito de adoção para renovar aqueles que vão nascer
pela água do Batismo, de modo que a ação do nosso humilde ministério
se torne eficaz pela intervenção do vosso poder. Por Cristo nosso Senhor
Bênção da água batismal
44. O sacerdote procede à bênção da água batismal, dizendo, de braços abertos, a seguinte oração:
Senhor nosso Deus: pelo vosso poder invisível, realizais maravilhas
nos vossos sacramentos, e, de vários modos, preparastes a água para
manifestar a graça do Batismo. Já no princípio do mundo o Espírito pairava
sobre as águas, prefigurando o seu poder de santificar. Nas águas do
dilúvio destes-nos uma imagem do Batismo, sacramento da vida nova,
porque as águas significam, ao mesmo tempo, o fim do pecado e o
princípio da santidade. Aos filhos de Abraão, fizestes atravessar a pé
enxuto o Mar Vermelho, para que esse povo, liberto da escravidão, fosse
a imagem do povo santo dos batizados.
O vosso Filho Jesus Cristo, ao ser batizado por João Batista nas
águas do Jordão, recebeu a unção do Espírito Santo; suspenso na cruz,
do seu lado aberto fez brotar sangue e água, e, depois de ressuscitado,
ordenou aos seus discípulos: «Ide e ensinai todos os povos, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo». Olhai agora, Senhor, para
a vossa Igreja e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Batismo. Receba esta
água, pelo Espírito Santo, a graça do vosso Filho unigénito, para que o
homem, criado à vossa imagem, no sacramento do Batismo seja purificado
das velhas impurezas e ressuscite, como nova criatura, pela água e pelo
Espírito Santo.
47. Introduzindo, conforme as circunstâncias, o círio pascal, uma ou três vezes na água, continua:
Nós Vos pedimos, Senhor, desça sobre esta água, por vosso Filho, a
virtude do Espírito Santo,
Com o círio na água, prossegue:
para que todos os que nela forem batizados, sepultados com Cristo
na morte, com Ele ressuscitem para a vida. Ele que é Deus e convosco
vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos
séculos. R. Amen.
48. Terminada a bênção da água batismal e a aclamação do povo, o sacerdote, de pé, interroga os adultos e os
pais ou padrinhos das crianças para fazerem a renúncia, como se determina nas respetivas celebrações do
Ritual Romano.
Renunciação
Celebrante: Renunciais a Satanás? Eleitos: Sim, renuncio.
Celebrante: E a todas as suas obras? Eleitos: Sim, renuncio.
Celebrante: E a todas as suas seduções? Eleitos: Sim, renuncio
Unção com o Óleo dos catecúmenos
218. Se a unção com o Óleo dos catecúmenos não tiver sido feita anteriormente nos ritos imediatamente
preparatórios (nn. 206-207, pp. 124-125), o celebrante diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça. Em sinal desse poder vos
fazemos esta unção, em nome do mesmo Cristo nosso Senhor, que vive e
reina por todos os séculos. Ámen.
Cada um dos eleitos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no peito, ou em ambas as mãos, ou ainda,
se parecer oportuno, noutras partes do corpo. Se os eleitos forem muito numerosos, pode recorrer-se a vários
ministros.
Profissão de fé
219. Em seguida o celebrante, depois de lhe ser recordado, se for necessário, pelo padrinho (ou pela
madrinha) o nome de cada um dos baptizandos, interroga cada um deles:
Celebrante: N., crês em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da
terra? Eleito: Sim, creio.
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que
Celebrante:
nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos
e está sentado à direita do Pai? Eleito: Sim, creio
Celebrante: Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na
comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne
e na vida eterna? Eleito: Sim, creio.
Depois da sua profissão de fé, faz-se imediatamente a cada um a imersão ou a ablução
Rito do Baptismo
220. Se o Baptismo se faz por imersão quer de todo o corpo, quer somente da cabeça, salvaguarde-se o devido
pudor e decoro. O celebrante toca no eleito e baptiza-o, fazendo-lhe, por três vezes, a imersão total, ou
somente da cabeça, e erguendo-o outras tantas, ao mesmo tempo que invoca uma única vez a Santíssima
Trindade:
N., eu te baptizo em nome do Pai,
faz a primeira imersão
e do Filho,
faz a segunda imersão
e do Espírito Santo.
faz a terceira imersão
Unção depois do Baptismo
Se, por motivos especiais, a celebração da Confirmação vier a ser separada do Baptismo, o celebrante, depois
da imersão ou da infusão da água, faz a unção com o Crisma, na forma habitual, dizendo ao mesmo tempo,
sobre todos os baptizados:
Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que vos
concedeu o perdão de todos os pecados e vos deu uma vida nova pela
água e pelo Espírito Santo, agora que fazeis parte do seu povo unge-vos
com o Crisma da salvação, para que permaneçais, eternamente, membros
de Cristo sacerdote, profeta e rei. Baptizados: Amen.
Em seguida, o celebrante, sem dizer nada, unge cada um dos baptizados, no alto da cabeça, com o
santo Crisma
Imposição da veste branca
225. O celebrante diz:
N. e N., agora sois nova criatura e estais revestidos de Cristo.
Recebei a veste branca, e apresentai-a, sem mancha, no tribunal de Nosso
Senhor Jesus Cristo, para viverdes eternamente com Ele. Amen.
Às palavras do celebrante «Recebei a veste branca», os padrinhos ou as madrinhas dos neófitos
revestem-nos com a veste branca ou de outra cor mais de acordo com os costumes do lugar. Se as
circunstâncias assim o aconselharem, este rito pode omitir-se.
Entrega da vela acesa
226. Em seguida, o celebrante toma nas mãos o círio pascal ou toca-lhe apenas, dizendo:
Padrinhos e Madrinhas, aproximai-vos para entregar a luz aos vossos
afilhados, que acabam de receber o Baptismo.
Os padrinhos e as madrinhas aproximam-se, acendem a vela no círio pascal e entregam-na ao neófito.
Em seguida, o celebrante diz:

Agora sois luz em Cristo. Vivei sempre como filhos da luz. Perseverai
na fé, para que, quando o Senhor vier, possais ir ao seu encontro com
todos os Santos, no reino dos céus. Amen
Celebração da Confirmação (se houver)
229. O celebrante faz uma breve alocução aos neófitos, com estas palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos amigos, acabastes de ser baptizados.
No Baptismo recebestes uma vida nova em Cristo e começastes a
ser membros de Cristo e do seu povo sacerdotal. Ides agora receber o
Espírito Santo que já desceu sobre nós, o mesmo Espírito que foi enviado
pelo Senhor sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes, e que por eles e
pelos seus sucessores é dado aos que receberam o Baptismo. Também
vós recebereis a força do Espírito Santo que Jesus prometeu. Essa força
torna-vos conformes a Cristo, de maneira mais perfeita. Assim podereis
dar testemunho da paixão e ressurreição do Senhor e ser membros activos
da Igreja, para que o Corpo de Cristo seja edificado na fé e na caridade.
Imposição das Mãos
24. Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e (tendo junto de si os presbíteros que se lhe associam), de
pé e de mãos juntas, voltado para o povo, diz:
Oremos irmãos, a Deus Pai todo-poderoso, para que, sobre estes
seus filhos adoptivos, que pelo Baptismo já renasceram para a vida eterna,
derrame agora o Espírito Santo, que os fortaleça com a abundância dos
seus dons e, pela sua unção espiritual, os torne imagem perfeita de Cristo,
Filho de Deus.
Todos oram, em silêncio, durante algum tempo. 25. Seguidamente, o Bispo (e os presbíteros que se lhe
associam) impõem as mãos sobre todos os confirmandos. O Bispo, sozinho, diz:
Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela
água e pelo Espírito Santo, destes uma vida nova a estes vossos servos e
os libertastes do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-
lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de
conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do
espírito do vosso temor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen
Crismação
26. Neste momento, o Bispo senta-se, recebe a mitra, e um diácono apresenta-lhe o santo Crisma. Os
confirmandos aproximam-se um por um do Bispo; ou, se parecer oportuno, o próprio Bispo se aproxima de
cada um dos confirmandos. Aquele que apresentou o confirmando, põe a mão direita sobre o ombro do
confirmando e diz o nome deste ao Bispo, ou o próprio confirmando diz espontaneamente o seu nome.
27. O Bispo humedece o polegar da mão direita no Crisma e traça o sinal da cruz na fronte do
confirmando, dizendo:
N., RECEBE, POR ESTE SINAL, O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE
DEUS.
E o confirmado responde: Amen. O Bispo acrescenta:
A paz esteja contigo. Amen.
Quarta parte
LITURGIA EUCARÍSTICA
59. O sacerdote dirige-se para o altar e dá início à Liturgia eucarística na forma habitual.
60. É conveniente que o pão e o vinho sejam levados ao altar pelos neófitos, ou, se estes são crianças,
pelos seus pais ou padrinhos.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, com estas oferendas, as orações dos vossos fiéis e
fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal, por vossa graça, nos
sirva de remédio para a vida eterna. Por Cristo nosso Senhor.
62. Prefácio Pascal I, p. 542
64. Antes do Cordeiro de Deus (Agnus Dei), o sacerdote dirige algumas breves palavras aos neófitos
sobre a primeira comunhão que vão receber e sobre a importância de tão grande mistério, que é o vértice da
iniciação e o centro de toda a vida cristã.
65. É conveniente que os neófitos recebam a sagrada Comunhão sob as duas espécies, juntamente com
os padrinhos, madrinhas, pais e esposos católicos, bem como os catequistas leigos. Convém também que, com
o consentimento do bispo diocesano, onde as circunstâncias o aconselham, todos os fiéis sejam admitidos à
sagrada Comunhão sob as duas espécies
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam
unidos num só coração e numa só alma aqueles que saciastes com os
sacramentos pascais. Por Cristo nosso Senhor.

68. BÊNÇÃO SOLENE


Nesta noite (neste dia) solene da Páscoa, Deus todo-poderoso vos
dê a sua bênção e, em sua misericórdia, vos guarde de todo o pecado. R.
Amen.
Deus, que, pela ressurreição do seu Filho unigénito, vos renovou para
a vida eterna, vos conceda a glória da imortalidade. R. Amen.
A vós que, terminados os dias da paixão do Senhor, celebrais com
alegria a festa da Páscoa, Deus vos conceda a graça de chegar um dia às
alegrias da Páscoa eterna. R. Amen.
A bênção de Deus todo-poderoso, Pai, Filho + e Espírito Santo, desça
sobre vós e permaneça para sempre. R. Amen.
Também se pode utilizar a fórmula de bênção final da Celebração do Batismo dos adultos ou das crianças,
conforme as circunstâncias.
69. Na despedida, o diácono ou o próprio sacerdote diz: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia.
Aleluia. Todos respondem: Graças a Deus. Aleluia. Aleluia

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